Frank Zappa (1940-1993) – Yellow Shark (repostagem)

Observação de PQP Bach.: esta postagem é originalmente de autoria de FDP Bach e sua data é de março deste ano. Só que ela é tão boa que fez com que eu comprasse o CD e substituísse seu arquivo de 128 kbps por um de 320 kbps. Só isso. Abaixo, o post de FDP Bach:

Meu primeiro contato com Frank Zappa foi através de uma fita cassete, comprada em alguma promoção, chamada “Frank Zappa meets The Mothers of Prevention”. Demorei um pouco para assimilar aquela confusão de sons, aquela ironia nem um pouco sutil, mas me chamou a atenção a qualidade dos músicos envolvidos.

Passados alguns anos, caiu-me em mãos outras duas fitas cassetes, que um colega de serviço me emprestou, chamada “The Best Band you never heard in your life”. Achei aquele título um tanto quando pretensioso, mas após ouvi-lo, tive de concordar. Nunca tinha ouvido nada parecido com aquilo, e a ouvi até arrebentar. Na época, era muito difícil e caro se conseguir cds importados, mesmo morando em São Paulo. Comprei o cd, duplo, e até hoje é meu cd favorito da imensa discografia de Frank Zappa.Tenho aproximadamente uns 20 cds dele, e a cada vez que os ouço descubro novos elementos, que apenas confirmam a genialidade de seu compositor. Como instrumentista, revolucionou a técnica do solo de guitarra, se tornando um virtuose do instrumento, referência para milhares de fâs.
Sem querer entrar em maiores detalhes, deixo-os para os especialistas, trago um CD emblemático da carreira do genial guitarrista, compositor, showman, enfim, como quiserem classificá-lo, pois me sinto incapacitado para tanto. Na verdade, foi um dos últimos trabalhos de Zappa, nesta altura de sua vida já totalmente detonado pelo câncer que iria matá-lo algum tempo depois.

P.S. Agradeço ao Rui Magalhães a gentileza de corrigir alguns erros cometidos no texto. Já os corrigi, escrevi de cabeça, sem ter tido o trabalho de conferir as informações.

Frank Zappa – Yellow Shark

1 Intro
2 Dog Breath Variations
3 Uncle Meat
4 Outrage At Valdez
5 Times Beach II
6 III Revisited
7 The Girl In The Magnesium Dress
8 Be-Bop Tango
9 Ruth Is Sleeping
10 None Of The Above
11 Pentagon Afternoon
12 Queti Cazzi Di Piccione
13 Times Beach III
14 Food Gathering In Post-Industrial American
15 Welcome To The United States
16 Pound For A Brown
17 Exercise, Nº 4
18 Get Whitey
19 G-Spot Tornado

Ensemble Modern
Frank Zappa & Peter Rundell – Condutors

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FDP Bach

Frank Zappa (1940-1993) – obras orquestrais

Esse CD duplo com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano é a mais sensacional incursão de Frank Zappa na música erudita. As obras de Zappa em questão talvez apresentem a orquestração mais complexa e colorida desde Ravel – e são nitidamente experimentais (estrutura zero, ou perto disso, e brainstorm dez). Apesar de intrincadas, os músicos desdenharam delas durante as gravações, como se o roqueiro não soubesse o que estava escrevendo. Mesmo assim, você releva numa boa os eventuais erros de execução (eu mesmo não os encontro – procurá-los mataria o prazer que sinto com essas peças).

Costumo dizer que Zappa conseguiu concretizar uma classical-rock fusion, que compositores como Jon Lord (com aquele concerto para grupo de rock e orquestra), por exemplo, não lograram bem, mas Zappa também extrapolou o limite do pastiche e da obra séria – ouçam Strictly Genteel, que mais parece uma big band do especial de fim de ano de Roberto Carlos, porém de uma emoção ao mesmo tempo sincera e desatada.

***

Disc: 1

1. Bob in Dacron, First Movement
2. Bob in Dacron, Second Movement
3. Sad Jane, First Movement
4. Sad Jane, Second Movement
5. Mo ‘n Herb’s Vacation, First Movement
6. Mo ‘n Herb’s Vacation, Second Movement
7. Mo ‘n Herb’s Vacation, Third Movement

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Disc: 2
1. Envelopes
2. Pedro’s Dowry
3. Bogus Pomp
4. Strictly Genteel

Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Kent Nagano

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CVL

PS.: A partir da próxima semana não tem mais jeito: salvo alguma exceção, só vou poder aparecer às sextas.

Frank Zappa (1940-1993) – Boulez conducts Zappa

Quem caberia melhor no perfil do título deste álbum, The perfect stranger*? Pierre Boulez, por reger obras do talvez mais conceitual e experimental roqueiro que já existiu até o momento, ou Frank Zappa, por ser tão ousado em suas experiências musicais ao ponto de adentrar a música atonal e acusmática?

A verdade é que Zappa era tão antenado com a vanguarda de qualquer gênero musical – jazz, rock, fusion ou música erudita – que não poderia deixar, ao se aventurar na “música de concerto”, de despertar os olhares de um papa da música contemporânea. E Boulez recrutou sem pestanejar seu Ensemble Intercontemporain para executar as peças camerísticas do americano off style.

Gostaria de traduzir e postar aqui os breves comentários sobre cada obra, conforme escreveu Zappa, mas deixo para vocês lerem o encarte (em inglês).

Não é meu CD preferido do genial bigodudo. Prefiro as obras orquestrais com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano – acho que não há nada mais mixórdico e audacioso dele utilizando uma orquestra (aguardem).

Como não poderia deixar de ser, o presente álbum foi gravado no Ircam.

***

* Por que tanto disco de rock tem esse título?

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The perfect stranger – Boulez conducts Zappa

1. The Perfect Stranger
2. Naval Aviation in Art?
3. The Girl in the Magnesium Dress
4. Dupree’s Paradise
5. Love Story
6. Outside Now Again
7. Jonestown

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CVL