Uma gravação absolutamente perfeita desta obra tão cara ao barroco italiano foi um dos modos que Abbado encontrou de, sem procurar, despedir-se de nós. Caracterizar o que será ouvido é bem simples: é arrebatador, é virtuosismo a serviço da música, não de egos. Não é nada rotineiro este registro da Orchestra Mozart, milagre bolonhês criado por Abbado em seus últimos anos. Destaque para as cantoras, o equilíbrio e o senso de estilo de tudo o que se ouve. Abbado era um monstro.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736):
Stabat Mater / Concerto para Violino / Salva Regina
1. Stabat Mater – 1. Stabat Mater 4:14
2. Stabat Mater – 2. Cujus Animam 2:20
3. Stabat Mater – 3. O Quam Tristis 2:14
4. Stabat Mater – 4. Quae Moerabat 2:10
5. Stabat Mater – 5. Quis Est Homo 2:31
6. Stabat Mater – 6. Vidit Suum 3:35
7. Eia Mater – 7. Eia Mater 2:15
8. Stabat Mater – 8. Fac Ut Ardeat 2:20
9. Sancta Mater – 9. Sancta Mater 5:32
10. Stabat Mater – 10. Fac Ut Portem 3:52
11. Inflammatus – 11. Inflammatus 2:12
12. Stabat Mater – 12. Quando Corpus – Amen 5:00
13. Concerto For Violin In B Flat Major – Allegro 5:11
14. Concerto For Violin In B Flat Major – Largo 3:37
15. Concerto For Violin In B Flat Major – Allegro 3:41
16. Salve Regina In C Minor – 1. Salve, Regina 3:58
17. Salve Regina In C Minor – 2. Ad Te Clamamus 3:54
18. Salve Regina In C Minor – 3. Eia Ergo 1:30
19. Salve Regina In C Minor – 4. Et Jesum Benedictum 2:16
20. Salve Regina In C Minor – 5. O Clemens, O Pia 2:17
Rachel Harnisch, soprano
Sara Mingardo, contralto
Julia Kleiter, soprano
Giuliano Carmignola, violino
P.S. do Pleyel em 2024: todos esses adjetivos de PQP são justíssimos, este álbum lançado em 2009 é um dos grandes momentos das discografias de Abbado e de Pergolesi
Confesso que até ouvir este cd, nunca tinha ouvido falar de Francesco Durante, ou Emmanuel D’Astorga, o que realmente me chamou a atenção foi o Pergolesi, autor de meu “Stabat Mater” favorito, já postado aqui no blog, na magnífica versão de Emma Kirkby e Christopher Hogwood. Mas qual não foi a minha supresa ao ouvir a “Magnificat” de Francesco Durante, e o Stabat Mater” de D’Astorga: músicas absolutamente maravilhosas, com corais próximos ao que imagino como corais de anjos, e de uma profundidade religiosa que não admite brincadeiras. Então, para esta data natalina, nada como música religiosa de extrema beleza. Maiores informações sobre Franceso Durante, que foi aluno de Scarlatti, pode encontrada aqui. Aproveito esta postagem para desejar a todos os nossos leitores-ouvintes um Feliz Natal e um excelente 2009, e prometo que continuarei trabalhando para possibilitar a vocês o privilégio de terem acesso a música de excelente qualidade com suas melhores interpretações.
Francesco Durante: Magnificat / Emanuele D’Astorga: Stabat Mater / Giovanni Battista Pergolesi: Confitebor tibi Domine (Freiburg Baroque Orch / Hengelbrock)
01 – Francesco Durante – Magnificat – Magnificat anima mea (coro)
02 – Francesco Durante – Magnificat – Et misericordia (Solo Soprano)
03 – Francesco Durante – Magnificat – Fecit potentiam (Coro)
04 – Francesco Durante – Magnificat – Deposuit potentes (Coro)
05 – Francesco Durante – Magnificat – Suscepit Israel (Duetto Tenore-Basso)
06 – Francesco Durante – Magnificat – Sicut locutus est (Coro)
07 – Francesco Durante – Magnificat – Gloria Patri (Coro)
08 – Francesco Durante – Magnificat – Sicut erat in principio (Coro)
Ekkehard Abele, Ann Monoyios, Johannes Happel, Bernhard Landauer, Hermann Oswald – Solistas
Freiburg Baroque Orchestra
Thomas Hengelbrock- Director
09 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Stabat Mater (Coro)
10 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – O quam tristis (Terzetto Soprano-Tenore-Basso)
11 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Quis est homo (Duetto Alto-Soprano, Duetto Tenore-Basso)
12 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Eja mater (Coro)
13 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Sancta Mater (Solo soprano)
14 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Fac me tecum (Duetto Alto-Tenore)
15 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Virgo virginum (Coro)
16 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Fac me plagis (Solo Basso)
17 – Emanuele D’Astorga – Stabat Mater – Christe cum sit (Coro)
Ekkehard Abele, Johannes Happel, Bernhard Landauer, Hermann Oswald, Hans-Jorg Mammel – Solistas
Freiburg Baroque Orchestra
Thomas Hengelbrock- Director
18 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Confitebor (Coro)
19 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Confessio (Solo Soprano)
20 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Fidelia omnia (Solo Soprano)
21 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Redemptionem misit (Coro)
22 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Sanctum et terribile (Solo Alto)
23 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Intellectus bonus (Solo Alto)
24 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Gloria Patri (Coro)
25 – Giovanni Battista Pergolesi – Confitebor tibi Domine – Sicut erat (Coro)
Ekkehard Abele,Johannes Happel, Bernhard Landauer, Stephanie Moller, Hermann Oswald, Hans-Jorg Mammel – Solistas
Freiburg Baroque Orchestra
Thomas Hengelbrock- Director
Um bom disco que não é de enlouquecer, a não ser o muito surpreendente Allegro – Affettuoso de Durante (faixa 12). Simplificando, se você gosta da música de violino do século XVIII, encontrará uma hora de prazer ouvindo este programa habilmente interpretado com peças raramente ouvidas de compositores napolitanos. Elizabeth Wallfisch e seus colegas têm performances excelentes – com ritmos sensatos, articulados, que vão direto ao ponto. Por exemplo, o Concerto nº 5 para cordas de Francesco Durante é um trabalho de seis minutos ferozmente agitado e vivaz que é ao mesmo tempo aventureiro e emocionante. Considerando a abundância de gravações que apresentam obras dos mestres mais conhecidos do século XVIII, este lançamento é uma alternativa bem-vinda, que acentua claramente as virtudes da música que muitas vezes é preterida ou relegada a um status de segunda linha. O som não poderia ser melhor – ouvimos a solista e o grupo em um ambiente natural que nos permite observar cada detalhe.
Concerto In B Flat For Violin And Strings
Composed By – Giovanni Battista Pergolesi
(11:46)
1 Allegro 4:35
2 Largo 3:22
3 Allegro 3:49
Concerto No 2 In G Minor
Composed By – Francesco Durante
(10:38)
4 Affettuoso – Presto 4:30
5 Largo Affettuoso 3:37
6 Allegro Affettuoso 2:31
7 Sonata In A Major
Composed By – Giovanni Battista Pergolesi
2:03
Concerto In D Major For Four Violins And Strings
Composed By – Leonardo Leo
(11:11)
8 Maestoso 2:43
9 Fuga 2:19
10 (Larghetto) 3:08
11 Allegro 3:01
Concerto No 8 In A Major ‘La Pazzia’
Composed By – Francesco Durante
(9:23)
12 Allegro – Affettuoso 6:15
13 Affettuoso 1:17
14 Allegro 1:51
Sinfonia In F Major
Composed By – Giovanni Battista Pergolesi
(6:39)
15 Maestoso Sostenuto 2:04
16 Andante Grazioso 3:02
17 Allegro 1:33
Concerto No 5 For String Orchestra In A Major
Composed By – Francesco Durante
(6:00)
18 Presto 2:26
19 Largo 2:16
20 Allegro 1:18
Bass – Judith Evans
Cello – Catherine Finnis, Richard Tunnicliffe
Directed By – Nicholas Kraemer
Ensemble – The Raglan Baroque Players*
Lute – Elizabeth Kenny
Viola – Annette Isserlis, Judith Tarling
Violin – Alison Bury, Catherine Weiss, Elizabeth Wallfisch, Hetty Wayne, Jean Paterson, Rachel Isserlis, Susan Carpenter-Jacobs*
A Missa de Pergolesi é uma obra de exuberante fantasia. A de Scarlatti é uma obra de beleza e mistério insondáveis. Se eu tivesse que escolher uma peça de Alessandro Scarlatti para dar provas de sua estatura como compositor no mesmo nível de Vivaldi e Handel, ficaria entre Il Primo Omicidio e esta Messa per il Natale.
Alessandro Scarlatti (1660-1725) compôs apenas dez missas. O conservadorismo litúrgico de sua época evitou a moda das massas inovadoras, postas de lado pelas formas quase operísticas da cantata e do oratório, nas quais Scarlatti se destacou. Por volta de 1707, no entanto, em razão dos gosto dos patrões de Scarlatti, especialmente os cardeais da Academia Arcadiana, Scarlatti mudou para uma espécie de simplicidade pastoral, estilo que aperfeiçoou em sua Cantata per la Notte di Natale de 1705. Em 1707, no entanto, Scarlatti já era ‘maestro di capella’ — capo di all capo, por assim dizer — na basílica de Santa Maria Maggiore em Roma. Como tal, ele poderia escrever o que quisesse, e é claro que o que ele queria uma obra que exibisse toda sua habilidade em polifonia e inovação harmônica,
A missa de Natal de Scarlatti foi uma dessas composições, escrita para coros totalmente independentes, mais dois violinos obligatti que embelezam a polifonia independentemente de qualquer coro. O clima dessa missa é serenamente comemorativo — uma música como a que um coro de anjos poderia ter cantado. Mesmo o Agnus Dei é menos um apelo por misericórdia do que uma canção de afeto para o Santo Menino. O tratamento de Scarlatti do espaço acústico entre os dois coros é espetacular; certifique-se de configurar seu sistema de som para maximizar a separação e sentar-se com atenção entre os alto-falantes, balançando a cabeça para a esquerda e para a direita como se estivesse assistindo a uma partida de tênis.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) foi contratado para escrever sua Missa pelos padres da cidade de Nápoles, após o terrível terremoto em 1731, para solicitar a atenção de Santo Emigdius, “para que ele pudesse protegê-los de tais flagelos no futuro, fazendo intercessão com Deus”. Aparentemente, os terremotos têm o poder de inspirar uma criatividade bizarra na música; a missa do terremoto de 12 vozes de Antoine Brumel vem à mente, além desta fantasticamente colorida ‘missa breve’ de Pergolesi, em que o Kyrie dura apenas 4 minutos, mas o Gloria representa as maravilhas da natureza por 24 minutos completos. Este também é um trabalho cheio de artifícios acústicos espaciais, com fragmentos de música e texto explodindo à esquerda e à direita e, aparentemente acima, atrás, abaixo e dentro de seus ouvidos. Os patronos devem ter ficado encantados com ele, já que o trabalho foi apresentado três vezes, cada uma com orquestras maiores. Posteriormente, a Missa foi apresentada anualmente em setembro em Nápoles e em Roma — “com todos os músicos e violinistas de Roma”, segundo um memorialista contemporâneo — em homenagem a São João Nepomuceno, o santo favorito dos Habsburgos.
Pergolesi viveu apenas 26 anos, o que o tornou uma perda precoce para a música tão trágica quanto Mozart. Esta missa e seu famoso Stabat Mater são músicas de suprema arte e beleza.
O Concerto Italiano, liderado por Rinaldo Alessandrini, canta e toca essas duas músicas incríveis da maneira que merecem. Isso é um grande elogio. O CD mereceu o Diapason d`Or.
—-> ATENÇÃO: No nome do arquivo está Palestrina em vez de Pergolesi. Mas é Pergolesi, tá? Tive um surtinho de Alzheimer, só isso.
.oOo.
Giovanni Battista Pergolesi: Messa Romana / Alessandro Scarlatti: Messa per il Natale
Messa Di S. Emidio (Missa Romana)
Composed By – Giovanni Battista Pergolesi
1 I. Kyrie Eleison 0:41
2 II. Christe Eleison 2:41
3 III. Kyrie Eleison 0:58
4 IV. Gloria In Excelsis Deo 2:35
5 V. Laudamus Te 2:00
6 VI. Gratias Agimus Tibi 3:55
7 VII. Dominus Deus 4:07
8 VIII. Qui Tollis Peccata Mundi 2:30
9 IX. Qui Tollis Peccata Mundi 4:07
10 X. Qui Sedes Ad Dexteram Patris 2:28
11 XI. Quoniam Tu Solus Sanctus 1:59
12 XII. Cum Sancto Spirito 2:33
Messa Per Il Santissimo Natale
Composed By – Alessandro Scarlatti
13 I. Kyrie eleison 4:08
14 II. Gloria In Excelsis Deo 10:30
15 III. Credo 7:38
16 IV. Sanctus 1:10
17 V. Agnus Dei 4:28
Conductor – Rinaldo Alessandrini
Orchestra, Choir – Concerto Italiano
Ando por demais barroco nos últimos tempos. Não me perguntem o motivo, não sei explicar. Só sei dizer que minhas próximas postagens serão barroco e mais barroco. Deixarei o romantismo de lado por um tempo. A não ser que apareça alguma coisa me pareça imprescindível por algum motivo.
A incrível capacidade de Claudio Abbado de se reciclar é algo que merece elogios. Quem diria que depois de velho o grande Claudio Abbado, ex poderoso diretor da Filarmônica de Berlim, que gravou discos antológicos de compositores do século XX, iria se tornar um adepto das gravações de época, com orquestras e coros menores, e se dedicar ao classicismo e ao barroco? Pois é, estes cds que ele gravou nos últimos anos, tocando com esta Orchestra Mozart, são imperdíveis. Recomendo todos eles.
Neste CD que ora posto, dando prosseguimento ao “Ciclo Pergolesi” a que me propus, temos uma belíssima “Missa de S. Emidio”, que recomendo com todas as letras. Como sempre, este tipo de CD tem de ser ouvido com calma, de preferência sentado em sua melhor poltrona, e degustando um bom vinho. Serve para refletirmos sobre os mistérios da natureza humana e divina. Um bom livro também faz boa companhia. Tem chovido muito aqui na minha região, e não dá vontade de sair de casa com esse tempo. Pergolesi, desta forma, se torna uma excelente companhia.
Espero que apreciem.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736): Missa S. Emidio, Laudate pueri Dominum, Salve Regina (Abbado – Orchestra Mozart)
Missa S. Emidio (30:01)
1 Kyrie Eleison 0:45
2 Christe Eleison 2:28
3 Kyrie Eleison 0:58
4 Gloria In Excelsis Deo 2:41
5 Laudamus Te 2:08
6 Gratias Agimus Tibi 3:48
7 Domine Deus 4:12
8 Qui Tollis Peccata Mundi (I) 2:15
9 Qui Tollis Peccata Mundi (II) 4:04
10 Qui Sedes Ad Dexteram Patris 2:19
11 Quoniam Tu Solus Sanctus 1:48
12 Cum Sancto Spiritu. Amen 2:33
Salve Regina In F Minor (15:20)
13 Salve Regina 4:39
14 Ad Te Clamamus 4:44
15 Eia Ergo 1:33
16 Et Jesum Benedictum 2:18
17 O Clemens, O Pia 2:05
Manca la Guida Al Piè (8:40)
18 Recitativo: “È Dover Che Le Luci” 2:09
19 Aria: “Manca la Guida Al Piè” 6:31
Laudate Pueri Dominum (18:33)
20 Laudate Pueri Dominum 3:05
21 A Solis Ortu 3:38
22 Excelsus Super Omnes 2:06
23 Quis Sicut Dominus 2:05
24 Suscitans A Terra 2:29
25 Gloria Patri 2:53
26 Sicut Erat In Principio 2:15
Este é um resumo bastante incompleto do que foi a carreira do extraordinário Collegium Aureum, grupo que teve sua origem na Harmonia Mundi e que foi um dos principais pioneiros das interpretações historicamente informadas.
Uma pequena joia esta interpretação de La Serva Padrona!
Criada para ser apresentada despretensiosamente nos entreatos de outra peça, La Serva Padrona atraiu desde a estreia um grande público e se converteu numa referência para boa parte das óperas cômicas que se seguiram e que, não raro, aprofundaram e desenvolveram elementos que já estavam nela sugeridos.
O compositor italiano Giovanni Battista Pergolesi (1710 – 1736) faleceu muito precocemente com apenas 26 anos e La Serva Padrona (A criada patroa) é a sua mais importante obra. Com libreto de Gennaro Maria Federico ela subiu ao palco pela primeira vez em 1733 no Teatro di San Bartolomeo, em Nápoles.
Rigorosamente falando La Serva Padrona não é uma ópera. Ela é melhor classificada como um intermezzo, ou seja, um tipo de espetáculo que tinha lugar nos intervalos das óperas sérias. Pergolesi escreveu sua Serva para ser apresentada entre os atos de outra ópera de sua autoria, Il prigioner superbo. O próprio autor parece não se dar conta da originalidade da obra.
O intermezzo é uma forma dramática que se opõe à rigidez formal e à grandiloquência da ópera séria exatamente por sua função de entreter a plateia, adotando por isto enredos leves e uma simplicidade formal notável. A ópera séria, fruto da reforma do libreto proposta na virada dos séculos XVII e XVIII, advogava entre outras coisas uma rígida separação de gêneros e a eliminação das inserções cômicas, então muito comuns, nas peças dramáticas. Nos intermezzos não encontraremos assuntos mitológicos ou da história clássica, nem heróis espetaculares ou mulheres sofredoras. Não estão presentes também os efeitos cênicos surpreendentes produzidos por aparatos cenográficos complexos.
O libreto de La Serva Padrona, cuja execução dura cerca de uma hora, põe em cena uma história doméstica simples e divertida, com um desfecho rápido e, até certo, ponto previsível, tratada com um mínimo de meios musicais: apenas dois cantores, para os papéis de Serpina e Uberto, e ainda um ator mudo, no papel do criado Vespone. A orquestra, por sua vez, é reduzida ao naipe de cordas e ao baixo contínuo. Composta por dois intermezzos se baseia nos personagens da commedia dell’arte e nos assuntos típicos da época: a esperteza das pessoas do povo triunfando sobre a avareza da burguesia. Tudo isso articulado numa divertida sátira social.
A peça foi o estopim de uma polêmica que agitou os meios musicais franceses no período do barroco tardio, muito depois da morte de Pergolesi: a Querela dos Bufões. Em agosto de 1752, uma companhia itinerante de bufões italianos representou em Paris La Serva Padrona, no entreato da ópera Acis & Galatée de Lully. Foi o suficiente para vir à tona a oposição, até então latente, entre os partidários da tradição lírica francesa e os defensores do estilo bufo italiano — tendo de um lado, os aristocratas, com Rameau como símbolo, e do outro, intelectuais e enciclopedistas, como Jean-Jacques Rousseau.
A polêmica ultrapassou o terreno da música e levou a uma discussão de ideias estéticas, culturais, filosóficas, e até políticas. Os partidários de Rameau defendiam a complexidade da harmonia e ornamentação da música francesa e combatiam o que consideravam música de entretenimento, enquanto os de Rousseau atacavam a retórica dos temas mitológicos que pouco diziam ao público burguês emergente e defendiam a simplicidade e naturalidade da ópera italiana. Tudo isso provocado pelo sucesso de La serva padrona.
A gravação veiculada traz a soprano Maddalena Bonifaccio no papel de Serpina e o baixo-barítono Siegmund Niemsgern como Uberto. O conjunto instrumental é o Collegium Aureum, grupo criado em 1962 por solistas e professores do Conservatório de Freiburg, na Alemanha.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736): La Serva Padrona — Coleção Collegium Aureum Vol. 7 de 10
CD07: Pergolesi – La serva padrona (48:54)
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736)
La serva padrona
Atto primo
01. Aspettare, e non venire (Uberto)
02. Recitativo
03. Sempre in contrasti (Uberto)
04. Recitativo
05. Stizzoso, mio stizzoso (Serpina)
06. Recitativo
07. La conosco a quegl’ occhietti (Serpina, Uberto)
Atto secondo
08. Recitativo
09. A Serpina penserete (Serpina)
10. Recitativo
11. Son imbrogliato io gia (Uberto)
12. Recitativo
13. Per te io ho nel core (Duet)
Maddalena Bonifacio, soprano
Siegmund Nimsgern, bass
Collegium Aureum
Franzjosef Maier, direction
“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.
A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.
Baroque – The Essencials
Música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do desejo e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jônico (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Essa era seguiu a era da música renascentista e foi seguida, por sua vez, pela era clássica. A música barroca constitui uma parte importante do cânone “clássico”, e agora é amplamente estudada, executada e ouvida.
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons dissonantes por dentro das escalas diatônicas como fundação para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composição inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogêneo da polifonia.
Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.
Os principais compositores da era barroca incluem Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, George Frideric Handel, Monteverdi, Scarlatti, Alessandro Scarlatti, Purcell, Georg Philipp Telemann, Jean-Baptiste Lully, Jean-Philippe Rameau, Jean-Baptiste Lully, Tomaso Albinoni, François Couperin, Giuseppe Tartini, Heinrich Schutz, Giovanni Battista Pergolesi, Buxtehude e Johann Pachelbel.
Baroque – Essentials
Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 01. Solomon, HWV 67-Arrival Of The Queen Of Sheba Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 02. Concerto For Violin And Strings In E Major, Op.8, No.1, RV 269 “La Primavera”-1. Allegro Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 03. Brandenburg Concerto No.3 In G Major, BWV 1048-1. (Allegro) Johann Pachelbel (Alemanha, 1653-1706) 04. Canon in D, P.37 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 05. Suite No.2 in B minor, BWV 1067-7. Badinerie Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu” Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643) 07. Vespro della Beata Vergine, SV 206-1. Domine ad adiuvandum a 6 Louis-Claude Daquin (França, 1694-1772) 08. Premier livre de pieces de clavecin / Troisième Suite-16. Le coucou Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695) 09. Come, Ye Sons Of Art Away, Z. 323-3. Sound The Trumpet, Sound Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 10. Gloria In D Major, RV 589-1. Gloria in excelsis Deo Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 11. Adagio For Strings And Organ In G minor Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 12. Messiah, HWV 56 / Pt. 2-“Hallelujah” Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 13. Suite No.3 in D, BWV 1068-2. Air Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 14. Concerto For Violin And Strings In F Minor, Op.8, No.4, RV 297 “L’inverno”-1. Allegro non molto Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 15. Music For The Royal Fireworks: Suite HWV 351-4. La Réjouissance Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767) 16. Tafelmusik-Banquet Music In 3 Parts / Production 1-1. Ouverture-Suite In E Minor-6. Air. Un peu vivement Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 17. Herz und Mund und Tat und Leben, Cantata BWV 147-Arr. Guillermo Figueroa-10. Jesu, Joy Of Man’s Desiring Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 18. 6 Concerts transcrits en sextuor / 6e concert-1. La poule (Live) Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736) 19. Stabat Mater, P. 77-1. Stabat Mater Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) 20. Hippolyte et Aricie-Overture Domenico Scarlatti (Nápolis, 1685 – Espanha, 1757) 21. Sonata In E, K.380 Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 22. Zadok The Priest, HWV 258 Johann Sebastian Bach (Alemanha, 1685-1750) 23. Christmas Oratorio, BWV 248 / Part Two-For The Second Day Of Christmas-No.10 Sinfonia Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 24. Concerto grosso In G Minor, Op.6, No.8, MC 6.8 “Fatto per la Notte di Natale”-3. Adagio-Allegro-Adagio Gregorio Allegri (Itália, 1582-1652) 25. Miserere
Palhinha –06. Serse / Act 1 HWV40-“Ombra mai fu”, com Andreas Scholl.
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Por algum motivo inexplicável resolvi começar o dia ouvindo Pergolesi. Talvez motivado pela rotina que vivemos nos últimos meses, presos por um medo de algo invisível ao olho humano, mas tão letal … a humanidade está vivendo um período difícil, talvez um dos mais difíceis já enfrentados na sua história. Mesmo com todo o desenvolvimento da ciência, da tecnologia, estamos sempre com medo do próximo, não podemos nos aproximar dos nossos seres queridos.
Nunca deixo de me surpreender que, ao ouvir o “Stabat Mater” de Pergolesi, o compositor tenha morrido com apenas 26 anos de idade. Que profundidade de sentimentos para alguém tão jovem. Sim, porque esta sua obra prima provavelmente é o mais belo ‘Stabat Mater’ já composto, me perdoem Vivaldi dentre outros compositores que viveram na mesma época. Nunca deixo de me emocionar quando o ouço.
Esta gravação que ora vos trago não é tão recente, 2010, para ser mais exato, mas não deixa de ser menos bela. A mezzo soprano Bernarda Fink e a soprano Anna Prohaska dão um banho de interpretação, nos deixando ainda mais atônitos com a beleza da obra.
1 I. Duo: Stabat mater dolorosa
2 II. Aria (soprano): Cujus animam gementem
3 III. Duo: O quam tristis et afflicta
4 IV. Aria (alto): Quae moerebat et dolebat
5 V. Duo: Quis est homo, qui non fleret
6 VI. Aria: Vidit suum dulcem natum
7 VII. Aria (alto): Eja, mater, fons amoris
8 VIII. Duo: Fac, ut ardeat cor meum
9 IX. Duo: Sancta mater, istud agas
10 X. Aria (alto): Fac, ut portem Christi mortem
11 XI. Duo: Inflammatus et accensus
12 XII. Duo: Quando corpus morietur – Amen
Anna Prohaska – Soprano
Bernarda Fink – Mezzo Soprano
Akademie für Alte Musik Berlin
Volto a postar em grande estilo: Sandrine Piau embalada pelos Les Talens Lyriques! Excelente CD que ressalta a evidente cumplicidade de Sandrine com Les Talens Lyriques. C’est fantastique !
Parceiros de longa data, Sandrine Piau e Christophe Rousset têm interpretado com frequência o Stabat Mater, uma obra emblemática do repertório napolitano do século XVIII, tanto juntos quanto com outros músicos. Foi, portanto, um passo natural para eles gravar esta obra-prima suprema da música sacra. Eles se juntam aqui por um parente recém-chegado a Les Talens Lyriques, que também se tornou um parceiro regular do grupo, o contratenor americano Christopher Lowrey (já ouvido em um disco Alpha dedicado a Monteverdi, Alpha 216).
O programa é completado por um Beatus vir de Leonardo Leo (1694-1744), cantado por Sandrine Piau, e um Salve Regina para alto de Nicola Porpora (1686-1768), duas obras totalmente desconhecidas de dois compositores que, no entanto, eram muito famosos na época – Porpora, por exemplo, era o professor de canto de Farinelli e mentor do jovem Haydn.
Christophe Rousset encontra nessa música ‘uma expressão de piedade muito mediterrânea e com muito sabor, na qual a pessoa passa das lágrimas ao riso rapidamente’. Sandrine Piau vê em Leo “uma elegância de estilo, uma certa distância na tristeza”. (extraído da internet)
Giovanni Battista Pergolesi (Itália 1710 – 1736) 01. Stabat Mater in F Minor, P. 77: I. Stabat Mater dolorosa 02. Stabat Mater in F Minor, P. 77: II. Cujus animam gementem 03. Stabat Mater in F Minor, P. 77: III. O quam tristis et dolebat 04. Stabat Mater in F Minor, P. 77: IV. Quae moerebat et dolebat 05. Stabat Mater in F Minor, P. 77: V. Quis est homo qui non fleret 06. Stabat Mater in F Minor, P. 77: VI. Vidit suum dulcem natum 07. Stabat Mater in F Minor, P. 77: VII. Eia Mater fons amoris 08. Stabat Mater in F Minor, P. 77: VIII. Fac ut ardeat cor meum 09. Stabat Mater in F Minor, P. 77: IX. Sancta Mater istud agas 10. Stabat Mater in F Minor, P. 77: X. Fac ut portem Christi mortem 11. Stabat Mater in F Minor, P. 77: XI. Inflammatus et accensus 12. Stabat Mater in F Minor, P. 77: XII. Quando corpus morietur
Nicola Porpora (Itália, 1686-1768) 13. Salve Regina in G Major: I. Salve Regina 14. Salve Regina in G Major: II. Ad te clamamus 15. Salve Regina in G Major: III. Ad te suspiramus 16. Salve Regina in G Major: IV.Eia ergo 17. Salve Regina in G Major: V. Et Jesum 18. Salve Regina in G Major: VI. O clemens
Leonardo Ortensio Salvatore de Leo (Itália, 1694 – 1744) 19. Beatus vir qui timet in F Major: I. Beatus vir 20. Beatus vir qui timet in F Major: II. Exortum est 21. Beatus vir qui timet in F Major: III. Misericors 22. Beatus vir qui timet in F Major: IV. Iucundus homo 23. Beatus vir qui timet in F Major: V. Dispersit 24. Beatus vir qui timet in F Major: VI. Gloria 25. Beatus vir qui timet in F Major: VII. Sicut era
Pergolesi: Stabat Mater – 2020 Les Talens Lyriques, Christophe Rousset Sandrine Piau & Christopher Lowrey
Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.
Um disco estranho, paradoxal. Após o Réquiem de Verdi e o Stabat Mater de Rossini, Antonio Pappano e sua Orquestra de Santa Cecília voltam mais no tempo, até o início do século XVIII. É uma jogada ousada: o maestro e a orquestra não estão associados à música barroca. Nem Anna Netrebko, estrela da Ópera de Kirov e agora vista em toda parte. Então, é de se pensar que esta performance remontaria aos registros incrivelmente pesados das gravações saídas da Itália nos anos 50, 60 e 70? Não, nem tanto. Liderada — e, de acordo com Pappano, treinada — por Alessandro Moccio, spalla da Orquestra dos Champs-Elysées de Philippe Herreweghe, a orquestra toca tudo com algum cuidado, deixando entrar boa quantidade de ar. Mas as cantoras não são nada barrocas e tentam resolver tudo no berro mesmo. Sim, ficou estranho.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736): Stabat Mater / Nel chiuso centro / La conversione e morte di Sang Guglielmo duca d’Aquitania / Questo è il piano
Nel chiuso centro
1 Nel chiuso centro
2 Euridice e dove
3 Si, che pietà non v’è
4 O d’Euridice n’andrò fastoso
Li prodigi della divina grazia nella conversione e morte di san Guglielmo d’Aquitania
5 Allegro assai e spiritoso
6 Andante
7 Allegro
Questo è il piano, questo è il rio Cantata for alto and strings
8 Questo è il piano
9 Oh, dolce tempo
10 Torna, torna a Cocito
11 Se nel dir son menzognero
Stabat Mater
12 Stabat mater
13 Cujus animam
14 O quam tristis
15 Quae moerebat
16 Quis est homo
17 Vidit suum
18 Eja mater
19 Fac ut ardeat
20 Sancta mater
21 Fac ut portem
22 Inflammatus
23 Quando corpus
Anna Netrebko
Marianna Pizzolato
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia
Antonio Pappano
É sempre um imenso prazer repostar o ‘Stabat Mater’, de Pergolesi. Trata-se de uma das mais belas obras já compostas, é de uma beleza e profundidade únicas, eleva o espírito, apesar de tratar da morte. É obra para meditar, para se esquecer dos problemas mundanos e concentrar-se. Lembro do impacto inicial que senti quando a ouvi pela primeira vez, com a nossa divina Dame Emma Kirkby, que com sua voz nos faz acreditar em anjos. O filósofo francês jean-Jacques Rosseau declarou que a Abertura da obra é o ‘mais perfeito e tocante dueto que já foi escrito pela pena de qualquer compositor’. E tenho de concordar com ele.
A dupla de solistas aqui é de peso pesados: a soprano russa Julia Lezhneva e o magnífico contra-tenor francês Phillipe Jaroussky Ambos estão em perfeita sintonia, suas vozes se complementam, e tornam a obra ainda mais bela, mas Jarrousky ganha com um corpo de diferença. Para acompanhá-los, temos o excelente conjunto I Barocchisti, dirigido pelo experiente maestro Diego Fasolis, ou seja, só tem fera em Barroco aqui.
Lembro que uma das últimas gravações que o maestro italiano Claudio Abbado realizou foi exatamente destas três obras de Pergolesi, na verdade foram três CDs dedicados ao compositor, que ele admirava muito.
Em anexo aos arquivos de áudio compactados, em FLAC e MP3, também estou disponibilizando o booklet do CD, que tem um texto explicativo das obras, além de suas respectivas letras.
Discaço que certeza leva o selo de IM-PER-DÍ-VEL !!! Para se ouvir sem moderação.
Pergolesi viveu apenas vinte e seis anos, dá para acreditar que alguém em tal idade conseguiu compor obra de tal envergadura ?
01. Stabat Mater – Stabat Mater dolorosa
02. Stabat Mater – Cujus animam gementem
03. Stabat Mater – O quam tristis et afflicta
04. Stabat Mater – Quae moerebat et dolebat
05. Stabat Mater – Quis est homo qui non fleret
06. Stabat Mater – Vivit suum dulcem natum
07. Stabat Mater – Eja Mater, fons amoris
08. Stabat Mater – Fac ut ardeat cor meum
09. Stabat Mater – Sancta Mater, istud agas
10. Stabat Mater – Fac ut porterm Christi mortem
11. Stabat Mater – Inflammatus et accensus
12. Stabat Mater – Quando corpus morietur
Julia Lezhneva – Soprano
Phillipe Jaroussky – Contratenor
I Barrocchisti
Diego Fasolis – Conductor
13. Laudate pueri Dominum – Laudate pueri Dominum
14. Laudate pueri Dominum – A solis ortu usque ad occasum
15. Laudate pueri Dominum – Excelsus super omnes gentes Dominus
16. Laudate pueri Dominum – Quis sicut Dominus Deus noster
17. Laudate pueri Dominum – Suscitans a terra inopem
18. Laudate pueri Dominum – Gloria Patri
19. Laudate pueri Dominum – Sicut erat in principio
Julia Lezhneva – Soprano
Phillipe Jaroussky – Contratenor
I Barrocchisti
Coro della Radiotelevisione Svizzera, Lugano
Diego Fasolis – Conductor
20. Confitebor tibi Domine – Confitebor tibi Domine
21. Confitebor tibi Domine – Confessio et magnificentia opus ejus
22. Confitebor tibi Domine – Fidelia omnia mandata ejus
23. Confitebor tibi Domine – Rademptionem misit populo suo
24. Confitebor tibi Domine – Sanctum et terribile nomen ejus
25. Confitebor tibi Domine – Gloria Patri
26. Confitebor tibi Domine – Sicut erat in principio
Julia Lezhneva – Soprano
Phillipe Jaroussky – Contratenor
I Barrocchisti
Coro della Radiotelevisione Svizzera, Lugano
Diego Fasolis – Conductor
Harmonia Mundi: História da Música Sacra vol 20/21: Stabat Mater
O Stabat Mater ( latim para Estava a mãe) é uma prece ou, mais precisamente, uma sequentiacatólica do século XIII.
Há dois hinos que são geralmente chamados de Stabat Mater: um deles é conhecido como Stabat Mater Dolorosa (sobre as Dores de Maria), e o outro, chamado Stabat Mater Speciosa, que, de maneira alegre, se refere ao Nascimento de Jesus. A expressão Stabat Mater, porém, é mais utilizada para o primeiro caso – um hino do século XIII, em honra a Maria e atribuído ao franciscano Jacopone da Todi ou ao papa Inocêncio III.
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O título do hino mais triste (Dolorosa) é um incipit da primeira linha, Stabat mater dolorosa (que significa “A mãe permaneceu cheia de tristeza”). O hino chamado de Dolorosa, um dos mais pungentes e diretos poemas medievais, medita sobre o sofrimento de Maria, a mãe de Jesus, durante a crucificação. Ele é cantado em honra à Nossa Senhora das Dores. O Dolorosa já recebeu diversas composições musicais por diversos artistas, principalmente Palestrina, Pergolesi, Scarlatti, Vivaldi, Haydn, Rossini, Boccherini e Dvořák.
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O Dolorosa era bem conhecido já no final do século XIV e Georgius Stella escreveu sobre a sua utilização em 1388, com outros autores corroborando a afirmação mais para o final do século. Na Provença, por volta de 1399, ele era utilizado em procissões que duravam nove dias.
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Como sequência litúrgica, o Dolorosa foi suprimido, juntamente com centenas de outras, pelo Concílio de Trento, mas retornou ao missal por ordem do papa Bento XIII, em 1727, na festa de Nossa Senhora das Dores. (texto adaptado da Wikipedia).
vol. 20:
Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736)
01. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Stabat Mater Dolorosa
02. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Aria: Cuius animam gementem
03. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: O quam tristis et afflicta
04. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Aria: Quæ moerebat et dolebat
05. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Quis est homo, qui non fleret
06. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Aria: Vidit suum dulcem natum
07. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Aria: Eja, Mater, fons amoris
08. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Fac, ut ardeat cor meum
09. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Sancta Mater, istud agas
10. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Aria: Fac, ut portem Christi mortem
11. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Inflammatus et accensus
12. Stabat Mater pour soprano, alto, cordes et orgue – Duo: Quando corpus morietur – Amen
Luigi Boccherini (Luca, Itália, 1743 – Madri, Espanha, 1805) 13. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Stabat Mater dolorosa. Grave assai 14. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Cujus animam gementem: Allegro 15. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Quae moerebat et dolebat. Allegretto con motto 16. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Quis est homo. Adagio assai- Recitativo 17. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Pro peccatis suae gentis. Allegretto 18. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Eja mater, fons amoris. Larghetto non tanto 19. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Tui nati vulnerati: Allegro vivo 20. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Virgo virginum praeclara. Andantino 21. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Fac ut portem Christi mortem. Larghetto 22. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Fac me plagis vulnerati. Allegro commodo 23. Stabat Mater G. 532, Premiere Version 1781: Quando corpus morietur. Andante lento
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vol. 21:
Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 01. Stabat Mater RV 621 – Stabat Mater dolorosa. Largo 02. Stabat Mater RV 621 – Cujus animam gementem. Adagio 03. Stabat Mater RV 621 – O quam tristis. Andante 04. Stabat Mater RV 621 – Quis est homo. Largo 05. Stabat Mater RV 621 – Quis non posset. Adagio 06. Stabat Mater RV 621 – Pro peccatis suae gentis. Andante 07. Stabat Mater RV 621 – Eja mater, fons amoris. Largo 08. Stabat Mater RV 621 – Fac ut ardeat. Lento 09. Stabat Mater RV 621 – Amen. Allegro
Gioachino Antonio Rossini (Pésaro, Italy, 1792-Passy, Paris, 1868) 10. Stabat Mater – I. Introduzione. Andante moderato. Stabat Mater dolorosa 11. Stabat Mater – II. Aria. Allegretto maestoso. Cujus animam gementem 12. Stabat Mater – III. Duetto. Largo. Quis est homo, qui non fleret 13. Stabat Mater – IV. Aria. Allegretto maestoso. Pro peccatis suae gentis 14. Stabat Mater – V. Coro e Recitativo. Andante mosso. Eja Mater, fons amoris 15. Stabat Mater – VI. Quartetto. Allegretto moderato. Sancta Mater, istud agas 16. Stabat Mater – VII. Cavatina. Andante grazioso. Fac, ut portem Christi mortem 17. Stabat Mater – VIII. Aria e Coro. Andante maestoso. Inflammatus et accensus 18. Stabat Mater – IX. Quartetto. Andante. Quando corpus morietur 19. Stabat Mater – X. Finale. Allegro. In sempiterna saecula. Amen
A produção musical italiana observada através de um filtro português.
As impressionantes bibliotecas e arquivos musicais portugueses ainda não estão plenamente descobertos para o mundo. Notícias sobre a livraria d’El Rey D. João IV já circulam amiúde, mas sem que se saiba algo mais para além do seu malfadado destino, desde o falecimento daquele monarca até os trágicos acontecimentos de 1755. Entrementes, é também verdade que pouca consciência ainda se tem sobre os tesouros que sobreviveram ao terramoto e de toda a música que se produziu e ouviu em solo lusitano nos sucessivos reinados de D. João V, D. José I, D. Maria I e D. João VI. Que a corte portuguesa, desde os primórdios do século XVIII, se entregaria completamente às vicissitudes da estética italiana é assunto já bastante escorreito. O que ainda escapa ao interesse da musicologia internacional é o facto de que Portugal, por conta desta dependência estética — facto que por si só não representa qualquer demérito -, se tornaria num dos mais convulsivos importadores de música durante mais dois séculos. Hábito que, aliás, remonta ao reinado de D. João IV, no frémito de constituir a sua tão decantada quanto ecléctica colecção musical.
Neste sentido, os arquivos portugueses conservam inúmeras páginas de música (óperas, música religiosa e instrumental) absolutamente inéditas, ou em cópias que em muito tornam interessantes as comparações que se podem desprender do confronto entre estas e os manuscritos italianos espalhados dentro e fora da península.
Sérgio Dias, Nápoles/Lisboa, inverno de 2003
Ensemble Turicum
Fundado em 1990 pelo cantor brasileiro Luiz Alves da Silva, o Ensemble Turicum [Turicum é o nome latino de Zurich] consagra a sua actividade à redescoberta, ao relance e à interpretação com a maior autenticidade possível da música de câmara e vocal da época barroca, executada com instrumentos históricos. Os seus membros têm uma longa experiência de colaboração com numerosos conjuntos barrocos de renome internacional (entre outros: Hesperion XX, a Capella Reial Barcelona, a Folia Madrid, Concerto Këln, Clemencic Conzert Wien, Ensemble 415 Genève).
O Ensemble Turicum, na sua formação de base, é composto por um quarteto de cordas, um instrumento de baixo contínuo e um cantor solista. Naturalmente, consoante os programas, convida outros cantores ou instrumentalistas para completar o conjunto. Entre as múltiplas actividades do Ensemble Turicum, destaca-se uma digressão pela Alemanha, em 1990, com as “Lamentações de Jeremias” no programa. Este programa compreendia música vocal de Antonio Vivaldi, por ocasião do 250º aniversário da sua morte, apresentado ao público em várias cidades suiças, uma representação do “Stabat Mater” de G.B. Pergolesi, com a participação da conhecida soprano espanhola, Isabel Rey. Para além dos célebres compositores já citados, o Ensemble Turicum sempre se preocupou em apresentar obras escolhidas de mestres menos conhecidos como, por exemplo, peças de Christian Geist, Francisco Vias, Domenico Gherardeschi e outros.
(extraído do encarte)
Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736) 01. Messa a 5 Voci – 1. Kyrie 02. Messa a 5 Voci – 2. Christe 03. Messa a 5 Voci – 3. Gloria 04. Messa a 5 Voci – 4. Laudamus (Soprano) 05. Messa a 5 Voci – 5. Gratias 06. Messa a 5 Voci – 6. Domine Deus (Soprano/Alto) 07. Messa a 5 Voci – 7. Qui tollis 08. Messa a 5 Voci – 8. Quoniam (Soprano) 09. Messa a 5 Voci – 9. Cum Sancto Spiritu
Leonardo Leo (San Vito, 1694-Napoli, 1744) 10. Sinfonia “Il Demetrio” – 1. Allegro 11. Sinfonia “Il Demetrio” – 2. Andantino 12. Sinfonia “Il Demetrio” – 3. Allegro
Antonio Galassi (Italie, c.1750-Portugal, 1790) 13. Te Deum – 1. Te Deum Laudamus 14. Te Deum – 2. Te gloriosus Apostolorum chorus 15. Te Deum – 3. Tu Patris sempiternus 16. Te Deum – 4. Tu devicto 17. Te Deum – 5. Tu ergo quaesumus 18. Te Deum – 6. Aeterna fac cum sanctis tuis 19. Te Deum – 7. Fiat misericordia 20. Te Deum – 8. In te Domine speravi
David Perez (Napoli, 1711-Lisboa, 1778) 21. Trio – 1. Andante 22. Trio – 2. Minuete
Ensemble Turicum: Musique napolitaine des archives portugaises – 2004
Luiz Alves da Silva & Mathias Weibel
O mundo está lotado de gravações do belo Stabat Mater de Pergolesi e há também grande abundância de versões dos dois Salve Regina. Pergô, que morreu aos 26 anos, tinha um talento especial para o teatro e seu Stabat Mater foi muitas vezes acusado de ser muito operístico. Fabio Biondi apresenta todas essas obras sem muito sentimentalismo (aleluia!) e usando uma orquestra bastante reduzida — apenas três violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, tiorba e órgão. Apesar da óbvia religiosidade, essas peças tendem, curiosamente, à sensualidade. A voz quente do soprano Dorothea Röschmann e o impecável contratenor David Daniel dão o clima hipnotizante e dúbio. Biondi escolhe tempi bastante rápidos. Os dois “Salve Regina” são marcados por uma voz cada um dos solistas. Vale a pena ouvir.
Pergolesi foi chamado de “Mozart italiano”, exagero que já não prevalece nos dias de hoje. Em vida, o compositor alcançou raros sucessos e nunca foi reconhecido como grande mestre. Após sua morte, contudo, cresceu uma lenda romântica em torno dele, com várias fantasias hoje desmentidas. Isso se deve ao fato de ter morrido muito jovem. Também se mistificou muito sobre sua obra, criando-se dois partidos: o de um entusiasmo extravagante que levou àquela comparação com Mozart, e o de uma depreciação injusta, que considerou sua obra uma confusão absurda de vários estilos. No século XX Pergolesi foi julgado com mais exatidão, ocupando o seu lugar de precursor do Classicismo vienense. A música de Pergolesi recebeu uma curiosa homenagem no século XX através de paródias de sua obra no balé Pulcinella, de Stravinsky.
Giovanni Battista Draghi, de alcunha Pergolesi (1710-1736):
Stabat Mater e Salve Regina
1 Stabat Mater: I: Stabat Mater dolorosa environ 3:56
2 Stabat Mater: II: Cujus animam gementem 2:02
3 Stabat Mater: III: O quam tristis et afflicta 1:53
4 Stabat Mater: IV: Quae moerabat et dolebat 1:56
5 Stabat Mater: V: Quis est homo, qui non fleret 2:19
6 Stabat Mater: VI: Vidit suum dulcem Natum 3:20
7 Stabat Mater: VII: Eja Mater, fons amoris 2:02
8 Stabat Mater: VIII: Fac Et Ardeat Cor Meum 1:55
9 Stabat Mater: IX: Sancta Mater istud agas 4:23
10 Stabat Mater: X: Fac ut portem Christi mortem 3:28
11 Stabat Mater: XI: Inflammatus et accensus 1:44
12 Stabat Mater: XII: Quando corpus morietur 4:18
13 Salve Regina in F minor: I. Salve Regina 3:35
14 Salve Regina in F minor: II. Ad te clamamus 4:03
15 Salve Regina in F minor: III. Eia ergo, advocata nostra 1:17
16 Salve Regina in F minor: IV. Et Jesum 1:57
17 Salve Regina in F minor: V. O clemens 2:11
18 Salve Regina in A minor: I. Salve Regina 3:22
19 Salve Regina in A minor: II. Ad te clamamus 2:03
20 Salve Regina in A minor: III. Eia ergo, advocata nostra 2:00
21 Salve Regina in A minor: IV. O clemens 2:57
Dorothea Röschmann
David Daniels
Europa Galante
Fabio Biondi
Amadeus: A trilha sonora do filme atingiu a 56ª posição na parada de álbuns da revista americana Billboard, tornando-o uma das gravações mais populares de música clássica de todos os tempos!
REPOSTAGEM
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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) 01. Symphony No. 25 in G minor, K. 183 (K. 173dB) 1st movement
02. Serenade No. 13 for strings in G major (“Eine kleine Nachtmusik”), K. 525 1st movement
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) 03. Stabat mater, for soprano, alto, strings & organ in F major Quando Corpus Morietur and Amen
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) 04. Salieri’s March into Mozart’s Non più andrai, for piano (as used in the film, Amadeus) & Alfred Brendel
05. Serenade No. 10 for winds in B flat major (“Gran Partita”), K. 361 (K. 370a) 3rd movement
06. Die Entführung aus dem Serail (The Abduction from the Seraglio), opera, K. 384 Chorus of the Janissaries
07. Piano Concerto No. 20 in D minor, K. 466 2nd movement (Romanza) & Imogen Cooper
08. Die Entführung aus dem Serail (The Abduction from the Seraglio), opera, K. 384 Turkish Finale & Suzanne Murphy
09. Mass No. 17 for soloists, chorus & orchestra in C minor (fragment, “Great Mass”), K. 427 (K. 417a) Kyrie & Felicity Lott
10. Concerto for flute, harp & orchestra in C major, K. 299 (K. 297c) 2nd movement & Osian Ellis, William Bennett
11. Symphony No. 29 in A major, K. 201 (K. 186a) 1st movement, allegro moderato
12. Adagio and Rondo for glass harmonica, flute, oboe, viola & cello in C minor, K. 617 Adagio
13. Concerto for 2 pianos & orchestra in E flat major (“Concerto No. 10”), K. 365 (K. 316a) 3rd movement & Anne Queffelec, Imogen Cooper
14. Sinfonia concertante for violin, viola & orchestra in E flat major, K. 364 (K. 320d) 1st movement & Levon Chilingirian, Csaba Erdelyi
15. Zaide, opera, K. 344 (K. 336b) Ruhe sanft, mein holdes Leben & Felicity Lott Giuseppe Giordani (1751-1798)
16. Caro Mio Ben for voice & piano (or orchestra) & Michele Esposito Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
17. Piano Concerto No. 22 in E flat major, K. 482 3rd movement & Ivan Moravec
18. Le nozze di Figaro (The Marriage of Figaro), opera, K. 492 Act 3, Ecco la Marcia *
19. Le nozze di Figaro (The Marriage of Figaro), opera, K. 492 Act 4, Ah Tutti Contenti *
Early 18th Century Gypsy Music 20. Bubak And Hungaricus & Alfred Brendel
Antonio Salieri (1750-1825) 21. Axur, Re D’ormus, opera Finale
Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) 22. Don Giovanni, opera, K. 527 Act 2, Commendatore scene & Richard Stilwell, John Tomlinson, Willard White
23. Piano Concerto No. 20 in D minor, K. 466 1st Movement & Christian Zacharias
24. Die Zauberflöte (The Magic Flute), opera, K. 620 Overture
25. Die Zauberflöte (The Magic Flute), opera, K. 620 Aria, “Queen of the Night” & Louisa Kennedy
26. Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 1. Introitus
27. Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 2. Dies Irae
28. Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 3. Rex Tremendae Majestatis
29. Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 4. Confutatis
30. Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 5. Lacrimosa
* track 18: Felicity Lott, Richard Stilwell, Samuel Ramey, Isobel Buchanan, Willard White
* track 19: Richard Stilwell, John Tomlinson, Willard White, Robin Leggate, Anne Howells, Felicity Lott, Alexander Oliver, Deborah Rees, Samuel Ramey, Patricia Payne
Amadeus: The Complete Original Soundtrack Recording – 1984
Neville Marriner (dir) & Academy of St. Martin-in-the-Fields
Marc Grauwels (dir) & Brussels Virtuosi & Thomas Bloch (track 12)
“Now attributed to Pergolesi on the basis of the most recent research, the Seven Words of Christ has been regarded, ever since it was discovered by Hermann Scherchen, as ´one of the most heartfelt works of art, full of profound tenderness and all-conquering sense of beauty´. This major work of the Neapolitan Baroque (1736) was given in concert premiére at the Beaune Festival in July 2012, a few days before it was recorded.”
Assim nos é apresentado este cd recém lançado pelo selo Harmonia Mundi, que traz uma obra até então inédita de Pergolesi. A direção está nas mãos competentíssimas de René Jacobs, um gigante neste repertório. Outro detalhe curioso é que a estréia dessa obra se deu apenas alguns dias antes dos músicos se trancarem no estúdio para a sua gravação.
E segundo as mesmas pesquisas, foi composta no último de vida do genial Pergolesi, que viveu apenas 26 anos de idade, mas que produziu as mais belas obras do repertório barroco napolitano. Esse compositor aparece com frequência aqui no PQPBach, principalmente devido ao seu “Stabat Mater”, sua obra prima, sem dúvida uma das mais belas obras da música ocidental. Além disso, era um compositor muito querido pelo Claudio Abbado, que gravou alguns cds com suas obras nos últimos anos de sua vida.
Então, vamos ao que interessa. Pergolesi nas mãos de René Jacobs, nem preciso dizer que isso é absolutamente IM-PER-DÍ-VEL !!!
01 – Verbum I. Christus (bass) Recitativo – Huc, o dilecti filii
02 – Aria – En doceo diligere
03 – Anima(alto) Aria – Quod iubes, magne Domine
04 – Verbum II. Christus (tenor) Recitativo – Venite, currite
05 – Aria_ Latronem hunc aspicite
06 – Anima (soprano) Aria – Ah! peccatoris supplicis
07 – Verbum III. Christus (bass) Recitativo – Quo me, amor
08 – Aria – Dilecta Genitrix
09 – Anima (soprano) Recitativo – Servator optime
10 – Aria – Quod iubes, magne Domine
11 – Verbum IV. Christus (bass) Aria – Huc oculos
12 – Anima (alto) Aria – Afflicte, derelicte
13 – Verbum V. Christus (bass) Aria – O vos omnes, qui transitis
14 – Anima (tenor) Aria – Non nectar, non vinum, non undas
15 – Verbum VI. Christus (bass) Aria – Huc advolate mortales
16 – Anima (soprano) Aria – Sic consummasti omnia
17 – Verbum VII. Christus (bass) Recitativo – Quotquot coram cruce statis
18 – Aria – In tuum, Pater, gremium
19 – Anima (tenor) Aria – Quid ultra peto vivere
Sophie ¨Karthäuser – Soprano
Christophe Dumaux – Contratenor
Julien Behr – Tenor
Konstantin Wolff – Bass
Akademie für Alte Musik Berlin
René Jacobs – Conductor
Um CD da mais alta qualidade. Grande interpretação do Stabat Mater, principal obra desta compositor que, infelizmente, faleceu aos 26 anos, vítima da tuberculose. A imagem de Pergolesi fixou-se tendo por base poucas obras. Stravinsky era tarado por ele. É considerado o “pai” da ópera cômica, vide La Serva Padrona. Só recentemente é que foi recuperada toda a extensão da sua obra, através de um exaustivo trabalho de investigação. As suas obras sacras são caracterizadas tanto pela solenidade e imponência, como pelo intimismo, onde o sagrado é entendido como fonte de experiência emocional. Baixe logo porque vale a pena.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736):
Stabat Mater / Concerto para Flauta / Sinfonia / Salve Regina
1 Stabat Mater: Stabat Mater 3:57
2 Stabat Mater: Cujus animam gementem 2:28
3 Stabat Mater: O quam tristis 2:10
4 Stabat Mater: Quae moerebat et dolebat 2:14
5 Stabat Mater: Quis est homo 3:16
6 Stabat Mater: Vidit suum dulcem Natum 3:36
7 Stabat Mater: Eja Mater 2:14
8 Stabat Mater: Fae ut ardeat cor meum 2:13
9 Stabat Mater: Saneta Mater 5:34
10 Stabat Mater: Fac ut portem 3:39
11 Stabat Mater: Inflammatus et accensus 2:01
12 Stabat Mater: Quando corpus – Amen 4:33
13 Flute Concerto in G Major: Spiritoso 4:15
14 Flute Concerto in G Major: Largo 4:11
15 Flute Concerto in G Major: Allegro spiritoso 4:35
16 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Comodo 1:10
17 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Allegro 1:48
18 Sinfonia in F Major for Cello and Continuo: Adagio 2:10
20 Salve Regina in F Minor: Salve Regina 4:11
21 Salve Regina in F Minor: Ad te clamamus 4:36
22 Salve Regina in F Minor: Eja ergo, advocata nostra 1:32
23 Salve Regina in F Minor: Et Jesum 2:17
24 Salve Regina in F Minor: O clemens 1:47
Elin Manahan Thomas, soprano
Robin Blaze, tenos
Ashley Solomon, flauta
Jennifer Morsches, violoncelo
Florilegium,
Essa postagem era para ir ao ar no natal do ano passado, eu tinha preparado um texto muito bom, mas o perdi, então aí vai um mix do que eu li na capa do CD com as impressões que tive.
Pergolesi: Messa Romana:
O Kyrie Eleison, que era para ser em um tom de introspecção, vem festivo, quase em um Rondó. O coro canta as primeira sílaba ( Ky ) fazendo intervalos que quinta e oitava, normais e invertidas, o que aumenta o tom de ansiosidade e perspectiva. Trompetes, trompas e Violinos tocam movimentos rítmicos ascendentes, ligeiros, terminando a faixa de forma abrupta, fazendo um paralelo para a condução do Christe Eleison, que vem em modo menor, trazendo o tom de introspecção esperado para o 1º movimento. Percebe-se que em certa parte da faixa o coro canta apenas ”ELEISON” ou seja ”PIEDADE”, reforçando ainda mais o tom sombrio. A faixa termina de forma muito mais abrupta, com o coro cantado novamente ”ELEISON”, com tom raivoso. O resto da Missa Romana vem sempre obedecendo essa regra. Em uns movimentos muito rápidos, ligeiros, alegres, dançantes, e em outros, o tom depressivo, triste.
É necessário disciplina para ouvir essa missa, não ouvir por ouvir, mas para que não cair na mesmice de um New Age, ou de coisa qualquer.
Allesandro Scarlatti: Messa per il Santissimo Natale
Missa de Natal Scarlatti foi tal composição, escrita para coros totalmente independentes mais violinos I e II em obbligato que embelezam a polifonia de forma independente de qualquer coro. O humor dessa massa é serenamente comemorativo – música, como o coral de anjos poderia ter cantado. Mesmo o Agnus Dei é menor fundamento por misericórdia do que uma canção de carinho para o Menino Jesus. Tratamento de Scarlatti do espaço acústico entre os dois coros é espetacular!”
Pergolesi: Messa Romana; Allesandro Scarlatti: Messa per il Santissimo Natale
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Kyrie eleison (1:41)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Christe eleison (3:41)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Kyrie eleison (1:58)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Gloria in excelsis Deo (3:35)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Laudamus te (2:00)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Gratias agimus tibi (4:55)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Dominus Deus (4:70)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Qui tollis peccata mundi (3:30)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Qui tollis peccata mundi (4:46)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Qui sedes ad dexteram patris (2:28)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Quoniam tu solus sanctus (2:59)
Mass (Kyrie & Gloria), for soloists, chorus & orchestra in F major (4 versions)~Cum Cancto Spiritu (3:33)
Messa per il Santissime Natale, for double chorus, 2 violins & continuo in A major~Kyrie (4:80)
Messa per il Santissime Natale, for double chorus, 2 violins & continuo in A major~Gloria (11:30)
Messa per il Santissime Natale, for double chorus, 2 violins & continuo in A major~Credo (8:38)
Messa per il Santissime Natale, for double chorus, 2 violins & continuo in A major~Sanctus (1:10)
Messa per il Santissime Natale, for double chorus, 2 violins & continuo in A major~Agnus Dei (4:28)
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Após a overdose que tivemos nos últimos dias de coleções de parar o trânsito, volto discretamente para postar novamente a obra prima de Pergolesi, o “Stabat Mater”, nesta coleção impecável que Claudio Abbado gravou em pouco menos de um ano.
Sempre que ouço o ” Stabat Mater” de Pergolesi sinto um arrepio na espinha. Não conheço nada mais angustiante que este lamento, não há como não imaginar esta dor intensa que uma mãe deve sentir quando perde de um filho.
Sara Mingado e Raquel Harnisch estão magníficas no “Stabat Mater”. Conseguimos identificar a cumplicidade na dor e no lamento em suas interpretações. É como se viesse da própria alma. Me perdoem os mais puristas, mas ainda prefiro a voz feminina à dos contra-tenores, mesmo sendo fã das gravações do Andreas Scholl e do René Jacobs. Sara Mingardo faz um trabalho notável nesta gravação, volto a repetir.
Ah, antes que esqueça, alguém pediu dia desses alguma outra obra de Pergolesi, como um concerto, ou uma obra de câmera. Curiosamente, neste CD, temos um Concerto para Violino. E o intérprete é ninguém mais que Giuseppe Carmignola, um dos maiores intérpretes do violino barroco na atualidade. Paa encerrar o CD, mais um “Salve Regina”.
Assim encerro a série de postagens deste fantástico compositor, que infelizmente viveu apenas 26 anos. Esta coleção do Abbado foi um dos maiores lançamentos fonográficos da música clássica no ano de 2010. Vida longa ao Signore Abbado por nos proporcionar esse prazer.
O sol está a pino neste sábado de manhã, como esteve nos últimos dias aqui no interior. Está fazendo um friozinho agradável. Hoje tirei o dia para não fazer nada, não sair de casa, enfim, curtir o dia aqui, ouvindo uma boa música.
Tenham todos um bom final de semana.
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1. Stabat Mater
Sara Mingardo, Rachel Harnisch, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
3. O quam tristis
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
4. Quae moerabat
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
5. Quis est homo
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
6. Vidit suum
Rachel Harnisch, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
7. Eia Mater
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
8. Fac ut ardeat
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
9. Sancta Mater
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
10. Fac ut portem
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
11. Inflammatus
12. Quando corpus – Amen
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
Concerto for Violin in B Flat Major
edited by Federico Agostinelli
13. 1. Allegro
14. 2. Largo
15. 3. Allegro
Giuliano Carmignola, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
Salve Regina in C Minor
edited by Federico Agostinelli
16.1. Salve, Regina
17 2. Ad te clamamus
18. 3. Eia ergo
19. 4. Et Jesum benedictum
20. 5. O clemens, o pia
Julia Kleiter, Orchestra Mozart, Claudio Abbado
Dando continuidade ao meu projeto de postar obras de Pergolesi, começo a postar a série de três CDs que Claudio Abbado gravou ente 2009 e 2010, com a excelente “Orchestra Mozart”, e neste cd, com o excelente “Coro della Radiotelevisione Svizzera”.
Adoro obras corais sacras. Claro que devido à clara influência de Bach e Handel, mas existem diversos outros compositores barrocos, contemporâneos de Bach, que também produziram magníficas obras, mas devido ao gigantismo de Johann e de Handel, ficaram um tanto quanto obscurecidos e esquecidos. A índústria fonográfica vem tentando nos últimos tempos suprir estas carências e muitos músicos vêm se especializando nestes repertórios.
Desde a primeira vez que ouvi a voz celestial de Emma Kirkby cantando o “Stabat Mater” me apaixonei pela obra de Pergolesi. E nestes últimos anos venho procurando outras obras, mas trata-se de tarefa um tanto quanto difícil. Mas creio que com este projeto de Claudio Abbado, dedicando-se durante algum tempo ás obras principalmente sacras, um maior número de orquestras, ou músicos, venham a gravá-las. Inclusive, está sendo um sucesso a postagem da Anna Netrebko cantando o “Stabat Mater”, já são mais de 350 downloads em uma semana. Daí vemos o interesse de nossos leitores-ouvintes de terem acesso à estes cds, que de outra forma que não fosse esta, seria quase impossível adquirir. A não ser, é claro, que tenham cartão de crédito internacional, além de um bom saldo na conta corrente, e paciência para esperarem por até três meses para receber o produto.
Este CD que estou postando traz o magnífico “Dixit Dominus”,
Bem, problemas à parte, espero que apreciem a beleza destas obras. Em anexo, segue booklet com informações sobre as obras e as letras das mesmas.
1 – CONFITEBOR TIBI, DOMINE. I. Confitebor tibi, Domine
2 – II. Confessio et magnificentia opus eius
3 – III. Fidelia omnia mandata eius
4 – IV. Redemptionem misit populo suo
5 – V. Sanctum et terribile nomen eius
6 – VI. Gloria Patri
7 – VII. Sicut erat in principio
Julia Kleiter – Soprano
Rosa Bove – Contralto
Coro della Radiotelevisione Svizzera
Orchestra Mozart
Claudio Abbado – Conductor
8 – CHI NON ODE E CHI NON VEDE. I Aria_ Chi non ode e chi non vede
9 – II Recitativo_ Di costei parlo
10 – III – Largo_ Tu dovresti, Amor tiranno
11 – Recitativo_ Ma dove io mi rivolgo_
12 – Largo stentato_ Miseri affetti miei
13 – Aria. Presto_ Cadro contento
14 – SALVE REGINA a-moll. I. Salve Regina
15 – II. Ad te clamamus
16 – III. Eia ergo
17 – IV. O clemens, o pia
Julia Kleiter – Soprano
Orchestra Mozart
Claudio Abbado – Conductor
18 – DIXIT DOMINUS. I. Dixit Dominus
19 – II. Virgam virtutis
20 – III. Dominare
21 – IV. Tecum principium
22 – V. Juravit Dominus
23 – VI. Dominus a dextris tuis
24 – VII. Gloria Patri
Rachel Harnisch – Soprano
Lucio Gallo – Bass – Barítono
Coro dela Radiotelevisione Svizzera
Claudio Abbado – Conductor
Este tremendo registro do Stabat Mater de Pergolesi é a primeira contribuição de meu outro irmão renegado e deserdado: F.D.P. Bach. Ele acaba de unir-se a mim.
Gravação imperdível com Emma Kirby (soprano) e James Bowman (contra-tenor), sob a regência de Christopher Hogwood e a Academy of Ancient Music.
Pergolesi concluiu seu Stabat Mater no mosteiro franciscano de Pozuolli durante a fase aguda de sua enfermidade, possivelmente tuberculose. Os duetos são uma preciosidade. Vi o canal Film&Arts apresentar esta peça com o mesmo Hogwood, porém com solistas diferentes. Hogwood acerta em cheio. Foi paixão à primeira audição. A gravação que estou disponibilizando é mais especial ainda por ter a presença da Emma Kirkby, voz criada por Deus no oitavo dia para tê-la ao seu lado eternamente. Se meu pai a tivesse conhecido, talvez não perdesse tempo com Marias Bárbaras e Annas Magdalenas.
1. Stabat Mater: I. Stabat Mater – Emma Kirkby/James Bowman 2. Stabat Mater: II. Cujus animam gementem – Emma Kirkby 3. Stabat Mater: III. O Quam tristis et afflicta – Emma Kirkby/James Bowman 4. Stabat Mater: IV. Quae moerebat et dolebat – James Bowman 5. Stabat Mater: V. Quis est homo – Emma Kirkby/James Bowman 6. Stabat Mater: VI. Vidit suum dulcem Natum – Emma Kirkby 7. Stabat Mater: VII. Eja, mater – James Bowman 8. Stabat Mater: VIII. Fac ut ardeat cor meum – Emma Kirkby/James Bowman 9. Stabat Mater: IX. Sancta mater – Emma Kirkby/James Bowman 10. Stabat Mater: X. Fac ut portem – James Bowman 11. Stabat Mater: XI. Inflammatus et accencus – Emma Kirkby/James Bowman 12. Stabat Mater: XII. Quando corpus – Emma Kirkby/James Bowman
13. Salve Regina: I. Salve Regina – Emma Kirkby 14. Salve Regina: II. Ad te clamamus – Emma Kirkby 15. Salve Regina: III. Eja ergo – Emma Kirkby 16. Salve Regina: IV. Et Jesum – Emma Kirkby 17. Salve Regina: V. O clemens – Emma Kirkby