Vários Compositores: Amour Fou -Chansons d’amour à travers les àges- Myriam Leblanc (soprano) & Ensemble Mirabilia ֍

Vários Compositores: Amour Fou -Chansons d’amour à travers les àges- Myriam Leblanc (soprano) & Ensemble Mirabilia ֍

Amor Louco

Canções de amor através dos tempos

Myriam Leblanc, soprano

Ensemble Mirabilia

 

Amour Fou é um título talvez provocativo para um disco, assim como a sua capa, mas ao ouvir suas canções você entenderá. E a ideia de reunir canções falando de amor, de paixão, compostas ao longo de vários séculos e por compositores das mais diversas culturas, é ótima.

Temos assim um disco que pede para ser desfrutado a dois, com tempo de sobra, que isso sempre é bom. Mas, não importa como você o ouça, seja no sistemão de som da sala de estar, seja no compacto do seu ambiente de leituras, ou mesmo ao headphone com o ipod ou celular, não deixe de enredar-se e deliciar-se com essas maravilhosas canções.

Barbara

Entremeadas às canções temos uns poucos números instrumentais, mas sempre no espírito apaixonado. Muitas canções são em francês que o pessoal do disco é de Montreal, mas também há umas em italiano e em inglês. A mais antiga é de compositor anônimo do século XIII e fecha o disco. O desfile continua passando pela Itália de Monteverdi e Vivaldi, Inglaterra de Thomas Campion, Purcell. Os franceses vão de Fauré, que abre o disco com a maravilhosa Au bord de l’eau, e também Blavet, Ballard, Clérambault, dos mais antigos, mas também os mais recentes Barbara e Jacques Brel. Eu descobri a espetacular, maravilhosa Barbara, que já passou para minha playlist. Tanto que escolhi ilustrar a lista dos compositores a seguir apenas com uma imagem dela…

Veja alguns versos dessas canções…

« Amour, le départ d’un amant a comblé mes douleurs, mais malgré tant de maux, si tu me le ramènes, je te pardonne tes rigueurs. »

« Amor, a partida de um amante me encheu de dor, mas apesar de tantos males, se você o trouxer de volta, eu lhe perdôo seus rigores. »

« Passo di pena in pena come la navicella ch’in quest’in quell’altr’onda urtando và. »

« Vou passando de tristeza em tristeza como o barquinho que se vai a bater de onda em onda. »

« Ton image me hante, je te parle tout bas, et j’ai le mal d’amour, et j’ai le mal de toi. »

« Sua imagem me persegue, falo com você baixinho e estou apaixonada, e estou farta de você. »

Quando você escolher alguns versos significativos, mande para mim…

Lista de Canções e Peças

Gabriel Fauré (1845–1924)

  1. Au bord de l’eau, Op. 8 No. 1 (Prudhomme)

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (1567–1643)

  1. Pur ti miro (de L’Incoronazione di Poppea)

Antonio Vivaldi (1678–1741)

  1. Passo di pene in pena (da Cantate Amor hai vinto, RV651)

Michel Blavet (1700 – 1768), Jean-Baptiste de Bousset (1662 – 1725)

  1. Airs sérieux et à boire par Monsieur Bousset, XVIe Livre: Pourquoy doux rossignol ? (Arr. para conjunto de câmara por Grégoire Jeay)

Jean Philippe Rameau (1683–1764)

  1. La Cupis, em ré menor (Instrumental)

Barbara (1930 – 1997)

  1. Dis, quand reviendras-tu?

Christophe Ballard (1641 – 1715)

  1. Brunettes ou Petits airs tendres, avec les doubles et la basse-continue, mêlés de chansons à danser, Tome I: J’avois crû qu’en vous aimant (Arr. para conjunto de câmara por Grégoire Jeay)

George Frideric Handel (1685-1759)

  1. Sonate pour flûte no 2 en mi mineur, HWV 375, « Halle »: IV. Menuet (Instrumental)

Thomas Campion (1567–1620)

  1. Fain Would I Wed a Fair Young Man
  2. It fell on a summer’s day

John Bartlet (fl.1606, d.1610)

  1. Of all the Birds that I do know

Carl Friedrich Abel (1723-87)

  1. 27 pièces pour basse de viole – Le manuscrit Drexel 5871: No. 20: [Arpeggio] en ré mineur, WK 205 (Instrumental)

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (1567–1643)

  1. Si dolce e’l tormento, SV332

Louis-Nicolas Clérambault (1676-1749)

  1. Recueil d’airs variés: Amour, cruel amour

Jacques Brel (1929 – 1978)

  1. Ne me quitte pas

Giuseppe Sammartini (1695-1750)

  1. Sonata quarta pour flûte et basse continue: Allegro (Instrumental)

Henry Purcell (1659–95)

  1. I love and I must (‘Bell Barr’), Z382

Thomas Campion (1567–1620)

  1. When to her lute Corinna sings

Anônimo (Século XIII)

  1. Bele Doëtte

Myriam Leblanc, soprano

Ellen Torrie, soprano (2, 19 e guitarra em 13)

Ensemble Mirabilia

Grégoire Jeay, flautas diversas e arranjos

 

Ellen Torrie

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MP3 | 320 KBPS | 163 MB

 

M Leblanc

Na coluna ‘The Book is on the Table’ de hoje: “It’s like a brandy distillate, absolutely transparent … Her name is Myriam Leblanc and in my opinion she has been one of the most beautiful voices, perhaps the most beautiful, to come out of the Quebec breeding ground in the past 10 years …”

Christophe Huss, Samedi et rien d’autre, December 2020

Myriam, Ellen e Barbara me encantaram…

Aproveite!

René Denon

Myriam Leblanc e membros de Ensemble Mirabilia

Calcutta 1789 – Na encruzilhada entre Europa e Índia – Notturna e Christopher Palameta ֍

Calcutta 1789 – Na encruzilhada entre Europa e Índia – Notturna e Christopher Palameta ֍

At the Crossroads

Between Europe and India

 

Purcell – Handel

JC Bach – CF Abel

 

Você ainda não viu Uma passagem para a Índia, do David Lean? Então veja, pois o filme é ótimo. Na história se opõem duas culturas: os ingleses tentando manter seus hábitos em um ambiente impregnado de sabores, cheiros e cores exóticas, muito diferentes das que eles conheciam na terrinha deles. O filme originou de um livro escrito por Edward Morgan Forster – E.M. Forster. É uma linda história que descreve esta colisão de culturas, da qual as duas saem modificadas.

O disco desta postagem traz um paralelo sonoro a esse tipo de situação, mas remonta a um período anterior àquela descrita no filme – Calcutá, 1789. O programa descreve o que pode ter sido um concerto realizado em Calcutá naquela época.

Calcutá fica na província de Bengala e foi fundada em 1609 como um posto de troca pela Companhia Britânica das Índias Orientais. A cidade se tornou um cruzamento de culturas, o Ocidente se encontra com o Oriente, gerando uma colorida fusão de comidas, música e artes em geral. Por volta de 1780, a colônia inglesa residente em Calcutá era da ordem de 4000 pessoas. Entre eles, os nababos, ricos representantes do comércio onde permaneciam anos ou mesmo décadas e se cercavam de uma pequena corte, com músicos, cozinheiro e artistas.

Neste ambiente também floresciam empresários musicais, tais como William Hamilton Bird, que organizavam concertos com subscrição e que apresentavam até mesmo Oratórios. O gosto musical era afinado com o que se ouvia em Londres, onde reinava a dupla germânica formada por Carl Friedrich Abel e Johann Christian Bach, o Bach inglês. Músicos das gerações anteriores, como Purcell e Handel também constavam nos programas. É claro que a música era adaptada às disponibilidades locais. Aqui temos quartetos e quintetos com oboé, flauta, cordas e cravo. Mas o que mais coloriu o disco, assim como deve ter feito nos concertos daquela época, são os números musicais com influência da cultura local.

As mulheres desses altos funcionários da Companhia das Índias eram educadas e sabiam tocar cravo. Os nomes de duas delas aparecem no libreto. São as amigas Sophia Plowden, de Lucknow, e Margaret Fowke, de Benares. Elas assistiam a espetáculos de música e dança dos artistas locais e depois arranjavam para cravo aquelas peças que mais gostavam. Algumas dessas árias coletadas foram arranjadas e publicadas por William Hamilton Bird. Todo esse material está reunido na Coleção Fitzwilliam, em Cambridge.

Assim como deve ter ocorrido nos concertos em Calcutá, temos essas pioneiras peças de world music, que funcionam como interlúdios para as peças ocidentais, nas quais brilham também os instrumentos locais, como a tabla e o sitar. A primeira faixa é realmente fascinante. Inicia com solo no cravo e é uma transcrição de uma ária hindustani, ao qual se juntam os instrumentos locais, assim como flauta, oboé, violino violoncelo, numa verdadeira jam session que vale o download. 

Tradicional

  1. Sakia (ária hindustani) (Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

Johann Christian Bach (1735 – 1782)

Quinteto para flauta, oboé, violino, violoncelo e cravo, Op. 22, No. 2

  1. Allegro commodo
  2. Tempo di minuetto

Quinteto para flauta, oboé, violino, violoncelo e cravo, Op. 22, No. 1

  1. Andantino

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Sonata em sol maior para oboé, dois violinos e b. c. – ‘My song shall be away’

  1. Largo e staccato
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro

Henry Purcell (1659 – 1695)

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. If love’s a sweet passion (de The Fairy Queen, Z628)
  2. Fairest Isle (de King Arthur)

Carl Friedrich Abel (1723 – 1787)

Quarteto em si bemol maior, Op. 12 No. 5, WK 71

  1. Un poco allegro
  2. Rondo

William Hamilton Bird (1750 – 1805)

Oriental Miscellany

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. Rekhtah “Mera peara ab ia re”

George Frideric Handel (1685 – 1759)

(Arr. para grupo de câmera feito por Notturna)

  1. Ahi perche, giusto ciel (de Rodelinda)
  2. Solomon: Will the Sun Forget to Streak?
  3. Falsa imagine (de Ottone)

William Hamilton Bird (1750 – 1805)

Oriental Miscellany

  1. 13: Terana « Dandera vakee » para cravo e sitar

Henry Purcell (1659 – 1695)

The Indian Queen, Z630

  1. Rondeau

Notturna

Christopher Palameta, oboé e direção artística

Mika Putterman, flauta transversa
Olivier Brault, violino
Dorian Bandy, violono e viola
Susie Napper, violoncelo
Brice Sailly cravo
Uwe Neumann, sitar
Shawn Mativetsky, tabla

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FLAC | 362 MB

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MP3 | 320 KBPS | 156 MB

Parte do elenco do filme de D. Lean relaxando no palácio do PQP Bach em Mumbai

Calcutá 1789 é um retrato fascinante da vida musical do século 18 na Índia durante o período colonial britânico.

Sob a direção de Christopher Palameta, o programa combina música tradicional indiana com obras de Purcell, Handel, J.C. Bach e C. F. Abel.

Aos instrumentistas de época de Notturna juntam-se os sons voluptuosos do sitar, tocado por Uwe Neumann, e da tabla, tocada por Shawn Mativetsky.

Inspirada em um programa de concertos de 1789 descoberto nos arquivos de Calcutá, a gravação reconstrói o rico intercâmbio cultural que se desenvolveu entre músicos indianos e ingleses que foram trazidos para a Índia como parte da comitiva da Companhia Britânica das Índias Orientais.

Aproveite!

René Denon

O Dep. de Artes do PQP Bach forneceu esta ilustração para a postagem… acho que eles se confundiram um pouco. Quel cul t’as!

Carl Friedrich Abel (1723-1787) – The Drexel Manuscript – Paolo Pandolfo

Carl Friedrich Abel (1723-1787) – The Drexel Manuscript – Paolo Pandolfo

gls_08_12_abel_digipak_afDe volta do Coração das Trevas, ainda no divertidamente aflito período de incubação de perebas medonhas, e enquanto removo os parasitos das longas barbas, tento destilar as memórias da, ahn, *indescritível* viagem pelo rio Congo com algumas inalações de boa música.

Este cidadão, o gambista e violoncelista Abel, foi um dos virtuoses da corte de Cöthen que inspiraram Johann Sebastian Bach a escrever muito do melhor de sua música instrumental: se é certo que lhe coube uma das partes de viola da gamba do peculiar conjunto instrumental do Concerto de Brandenburg no. 6, há também quem diga que ele inspirou o Demiurgo da Música a compor suas sublimes Suítes para violoncelo solo.

Mais ainda: com um dos filhos do Mestre – Johann Christian, o “Bach Inglês” – Abel estabeleceria os primeiros concertos por assinatura daquelas ilhas, decisivos para o processo, que culminaria nas décadas seguintes, de mudança dos holofotes dos salões da nobreza para as salas de concertos repletas de público pagante.

Para alguém que teve a reputação de maior gambista de seu tempo, não surpreende que as obras de Abel para a viola da gamba sejam bastante idiomáticas. Ainda assim, suas sugestões de classicismo e rococó às vezes soam incongruentemente modernas num instrumento que, posto que belíssimo, cairia em oblívio antes do final do século XVIII.

As vinte e oito peças deste álbum, que fazem parte da coleção Drexel – uma calhamaçuda doação do sujeito em questão para a Biblioteca Pública de New York – foram editadas e executadas com o tesão habitual pelo maravilhoso gambista Paolo Pandolfo, que é daqueles artistas que transformam em ouro tudo o que tocam, e de tal maneira que mantém brilho próprio num céu em que, há muitas décadas, reina supremo o grande Jordi Savall.

Se todo este Abel não for o bastante para convencê-los disso, as Suítes de Bach que postarei em breve serão. Aguardem!

CARL FRIEDRICH ABEL – THE DREXEL MANUSCRIPT

Carl Friedrich ABEL (1723-1787)

Solos para viola da gamba da coleção Drexel, volume 5871

Suíte em Ré maior

01 – (Prélude)
02 – Allegro
03 – Vivace
04 – Andante
05 – (Allegro)
06 – Adagio
07 – (Tempo di Minuetto)
08 – (Aria)
09 – Tempo di Minuet
10 – (Minuetto)

Suíte em Ré menor

11 – (Arpeggiata)
12 – (Minuetto)
13 – Allegro
14 – Adagio
15 – (Allegro)
16 – Tempo di Menuet (Ré maior)

Suíte em Ré maior

17 – (Prélude)
18 – Allegro
19 – (Allegro)
20 – (Aria con
Variazioni)
21 – Fuga
22 – Adagio
23 – Tempo di Minuet
24 – (Petit Prélude)
25 – Tempo di Menuet
26 – (Minuetto)

Duas peças em Lá maior

27 – Allegretto
28 – Allegro

PAOLO PANDOLFO, viola da gamba baixo

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Paolo, il Magnifico
Paolo, il Magnifico

Vassily Genrikhovich

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um belo CD que envolve a esplêndida Freiburger Barockorchester. Porém, desta vez, a grande estrela não é a orquestra e sim a gambista alemã Hille Perl. A competência da moça é efetivamente notável. Sua sonoridade nos consola ao apresentar um programa com trabalhos bem conhecidos e outros inteiramente fora do repertório habitual. Gravação lúcida, detalhada e suave. Dá para ouvir o CD por horas e horas, sem cansar. A música é profunda e a performance, soberba.

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

Georg Philipp Telemann
Concerto For Recorder, Viola Da Gamba & Orchestra TWV 52:a1
1 Grave 4:05
2 Allegro 4:22
3 Dolce 3:45
4 Allegro 3:41

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
5 Adagio & Allegro 6:55

Johann Pfeiffer
Concerto In A Major For Viola Da Gamba, Two Violins & Basso Continuo
6 À Tempo Guisto 3:29
7 Allegro 2:56
8 Lerog 4:26
9 Allegro 2:59

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
10 Interludium In D 2:24

Johann Gottlieb Graun
Concerto In G Major For Viola Da Gamba, Strings & Basso Continuo
11 Allegro 5:24
12 Adagio Ma Non Tanto 8:44
13 Allegro 7:22

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
14 Arpeggiata & Fantasia 6:27

Viola da Gamba – Hille Perl
Alto Recorder – Han Tol
Violin – Petra Müllejans
Orchestra – Freiburger Barockorchester
Directed By – Petra Müllejans

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Hille Perl, que tremenda gambista!
Hille Perl, que tremenda gambista!

PQP

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

Pois é. Eu não sou exatamente um amante do instrumento flauta e nem de seu repertório. Na minha opinião inútil, há as Sonatas de Bach, a Triosonata da Oferenda, o Concerto para Flauta e Harpa de Mozart, o de Nielsen e pouca coisa além. É um tremendo instrumento de orquestra, isso sim. Os Concertos de Abel são bons mais pela qualidade do solista e da orquestra deste CD do que pela música. Abel era um obediente às regras de seu tempo. Os concertos são convencionais, sem chegarem a ser inventivos. Mas é agradável de se ouvir numa manhã fria e nublada como a de hoje — vocês está no dia 23 de setembro, eu em 11 de setembro. Ah, as principais obras de Abel foram escritas para seu instrumento, a viola da gamba. E ela está na ilustração de Gainsborough abaixo, ao lado daquele lindo cachorro que eu gostaria de ter como amigo.

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

1. Fl Con in C, Op.6 No.1: Allegro Moderato
2. Fl Con in C, Op.6 No.1: Adagio
3. Fl Con in C, Op.6 No.1: Allegro

4. Fl Con in e, Op.6 No.2: Allegro
5. Fl Con in e, Op.6 No.2: Adagio Ma Non Troppo
6. Fl Con in e, Op.6 No.2: Allegro

7. Fl Con in D, Op.6 No.3: Moderato
8. Fl Con in D, Op.6 No.3: Adagio Ma Non Troppo
9. Fl Con in D, Op.6 No.3: Allegro Assai

10. Fl Con in G, Op.6 No.5: Allegro
11. Fl Con in G, Op.6 No.5: Adagio
12. Fl Con in G, Op.6 No.5: Presto

Karl Kaiser, flauta
La Stagione Orchestra
Michael Schneider

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Escreve, Abel, escreve
Escreve, Abel, escreve (gravura de Thomas Gainsborough)

PQP