PQP BACH, 18 ANOS – COLLOQVIVM PAVLISTANVM INTER VIKINGVM ET BASILIVM [Johann Sebastian Bach – Variações Goldberg – Víkingur Ólafsson]

PQP BACH, 18 ANOS – COLLOQVIVM PAVLISTANVM INTER VIKINGVM ET BASILIVM [Johann Sebastian Bach – Variações Goldberg – Víkingur Ólafsson]

Que os próximos dezoito anos possam ser tão delirantes quanto os primeiros – e que a maioridade penal lhe seja leve. Obrigado por tudo, PQP Bach!


COLLOQVIVM PAVLISTANUM (VERVM)
(homenagem a este outro colóquio, tão ficto quanto maravilhoso)

Cai o pano da noite sobre Babilônia. Todos quantos conseguiram sobreviver mais um dia à maior urbe do hemisfério buscam seus abrigos. Há exceções: boêmios e trabalhadores noturnos, noctívagos e morcegos, aqueles tantos que dormirão outra vez em desamparo, e este punhado de melômanos no átrio duma estação férrea desativada, transformada numa das mais soberbas salas de concerto do planeta. Nesta bolha acusticamente isolada e casseteticamente separada da cacofonia e desespero violentos do derredor, eles esperam.

Não é uma espera aflita: seus ouvidos experimentaram, por setenta e cinco minutos, a schopenhaueriana libertação do sofrimento da vida através da Arte, e agora encaravam aquele drama maior que há na Música, o do silêncio que se segue ao som. Algumas centenas de outros bípedes compartilharam esse deleite, mas Babilônia não faz reféns, e, sabedora disso, a turba ouvinte debandou rapidamente, intimidada pelo duríssimo entorno da gare, onde há brigas pelas sobras (e pelas sobras das sobras) e aqui e ali espocam cachimbos de metal. Restou só aquele punhado de conhecedores, imbuídos da certeza de que guardariam para sempre as memórias daquele exercício para teclado, composto por um certo Sebastião Ribeiro para refrescar seus espíritos, e vertido em seus ouvidos pelo mesmo cabra pelo qual esperavam. Ao redor deles, os olhos dos agentes de evacuação do edifício ebulem de impaciência, e entornam em frustração quase audível quando, por uma portinhola do átrio, surge um sujeito impossivelmente longilíneo: enfim, o tão aguardado cabra, astro internacional da Música, que – tinham certeza disso – nunca deixaria de vir atender seus fãs. A breve fila que se forma é fechada por outro cabra, um tipo atarracado, de roupas amarrotadas, cabelos em desordem e barba à Velho do Saco. Digo-lhes mais: ele sua em bicas, tem os sapatos decorados pelos pombos de Babilônia, e parece vir da galáxia mais diametralmente oposta à do astro, um irretocável cavalheiro de terno bem cortado, semblante de bebê e, assim parece, incapaz de suar.

Afora a inicial do nome, o sobrenome patronímico e a coincidência de morarem em ilhas, estes cabras têm em comum o amor por Sebastião Ribeiro e a disposição de viajar pelas Variações Goldberg. Um deles, o comprido, partiu de sua ilha natal para uma turnê de oitenta e oito recitais, tantos quantos as teclas de seu instrumento, a verter as Goldberg nos ouvidos mais sortudos do planeta; já o suabundo viajou de sua ilha adotiva especialmente para escutá-las em Babilônia. A fila andou, e agora apenas quatro fãs separam estes dois homens de seu breve colóquio. O primeiro é Víkingur Ólafsson; o outro, Vassily Genrikhovich.

Jovem de preto: Boa noite, Sr. Ólafsson. Muito obrigada pelo recital maravilhoso.
Víkingur Ólafsson: Boa noite, pode me chamar de Víkingur. Que bom que gostou!
JdP: Eu amei, Víkingur, muito obrigada. Comprei o CD logo que foi lançado. Eu o escutei muitas vezes, e ainda assim o recital superou minhas expectativas. Adorei a energia, a virtuosidade, e a capacidade que você tem de parecer um pianista diferente a cada variação – inclusive nas repetições.
VO: Obrigado, muito gentil. Essa capacidade tímbrica infinita do piano me fascina e me faz adorar ser pianista. Tenho muita sorte de ter um instrumento como esse para me expressar.
JdP: Algumas pessoas acham que não se deve tocar Bach ao piano…
VO: Eu tento entendê-las, mas então me lembro que Bach foi um explorador incansável dos teclados do seu tempo. Seu instrumento era o órgão, ele explorava seus registros, as combinações entre eles, os contrastes dinâmicos. Por isso, não é difícil para mim imaginar Bach servindo-se de todos os recursos do piano moderno para trazer ainda mais variedade a essas variações.
JdP: A propósito, amei seu bis de anteontem. Obrigada pela homenagem a Nelson Freire [Ólafsson tocara um incandescente concerto de Schumann nos três dias anteriores, e dedicara o bis de uma das récitas  – o Andante da Sonata no. 4 para órgão – à memória de Nelson].
VO: Eu adoro Nelson Freire. Sinto muito por ele e pelo que a perda dele significa para seu país. Seu álbum de música brasileira foi uma revelação para mim.
JdP: Você já tocou música brasileira?
VO: Sim, já estudei peças de Villa-Lobos enquanto estava na Juilliard. Nunca as toquei em público, mas cogitei incluir partes de “A Prole do Bebê” em meu álbum From Afar [em breve no PQP Bach].
JdP: Adoraria ouvir você tocar Villa-Lobos. Quem sabe quando voltar, em 2027? [Ólafsson despediu-se do público, após as Variações Goldberg, prometendo voltar em 2027]
VO: Eu espero que sim. É um compositor que merece ser tão conhecido quanto Bartók. Um orgulho para seu povo, verdadeiramente brilhante.
JdP: Mal posso esperar. Posso tirar uma foto com você?

[…]

Calvo cabeludo de sapatênis: Olá! Obrigado pelas Goldberg e também pelo Schumann ontem. Nunca vou esquecer deles. Pode me dar seu autógrafo?
VO: Olá, claro! [autografa o programa]
CCdS: Eu li que chamaram você de “Glenn Gould da Islândia”…
VO [rindo]: Muito lisonjeiro, mas injusto com Gould. Ele é inigualável. Mas sem dúvidas foi uma grande inspiração.
CCdS: Sua gravação das Goldberg parece uma óbvia homenagem a Gould.
VO: A gravação de 1955 é uma força que nenhum pianista deveria ignorar. Eu gastei o vinil de meu pai de tanto escutá-lo. Desde que comecei a estudar as Goldberg, vinte e cinco anos antes de gravá-las, tive a clareza e a energia de Glenn como um horizonte.
CCdS: No recital você as tocou de maneira muito diferente do álbum e ainda mais surpreendente.
VO: Muito obrigado. Eu tento aproveitar as peculiaridades da acústica de cada sala de concertos em que toco. Essa sala aqui é espetacular, e acho que não conseguiria tocar as Goldberg como toquei hoje em muitos outros lugares do mundo.
CCdS: Foi por causa da acústica que você decidiu tocar também com a orquestra?
VO: Sim, exatamente. Imagino que você tenha visto a entrevista [essa aqui]. A turnê das Goldberg demanda muito e fica difícil encontrar tempo e energia para ensaiar com orquestra. Escolhi só fazer exceções para duas salas de concerto de acústica extraordinária onde eu nunca tinha tocado antes [a outra foi a incrível Ópera de Sydney].

[…]

Senhora de cabelo rosa [muito emocionada]: Foi magnífico. Estou em estupor. Penso no que vou conseguir escutar depois desse seu recital das Goldberg.
VO: Muito obrigado. Por favor, não deixe de ouvir música por causa de mim…
SdCR: Certamente não deixarei. Tem alguma sugestão do que devo ouvir a seguir?
VO [sorrindo]: Tenho outros álbuns disponíveis.
SdCR: Hahaha, já ouvi todos. Quero ouvir você mais vezes, e também tocando com orquestras.
VO: Estou estudando os dois concertos de Brahms. Talvez você possa ir me ouvir tocá-los em algum lugar do mundo?
CCdS [rindo]: Gould também é seu modelo no concerto de Brahms?
VO [rindo também, e certamente também lembrando dessa infame gravação]: Nesses concertos meu modelo é Gilels – outro cujos vinis eu gastei de tanto escutar.

[…]

Tio de bigode [acompanhado de uma jovem que traduzia]: Boa noite! Muito obrigado pelo inesquecível recital. Gostaria, por favor, que autografasse as Goldbergs para mim [alcança a Ólafsson uma partitura da obra].
VO [autografando]: Boa noite! Espero não ter esquecido de nenhuma nota. O senhor conferiu se toquei todas?
TdB: As notas que você tocou são as que me importam!
VO [suspirando jocosamente de alívio]: Fico muito contente com que pense assim, senhor. Obrigado por vir!
TdB: Adoro suas gravações. Sou pianista e admiro muito sua atenção ao detalhe. Amo seus álbuns com as pequenas peças. Nas Goldberg, pela primeira vez, ouvi seu talento a serviço de uma obra mais longa. Fiquei muito impressionado.
VO: Muito obrigado.
TdB: O que vem a seguir?
VO: Estou estudando as últimas sonatas de Beethoven.
TdB: Pretende gravá-las?
VO: Quem sabe? Será um grande desafio.
TdB: Como fez Gould? [que gravou as três últimas sonatas de Beethoven logo após seu legendário álbum de estreia com as Goldberg]
VO [sorrindo]: Dizem que sou o Glenn Gould islandês…

[…]

Vassily Genrikhovich: Gott kvöld!
VO [contendo o bocejo]: Gott kvöld! Muito bom seu islandês!
VG: Obrigado, mas ele vai só até aqui.
VO: Seu islandês vai muito mais longe que meu português…
VG [sorrindo] Acho que iremos mais longe em inglês. Muito grato pelo recital. Nenhuma palavra pode descrever o que você me fez sentir hoje.
VO: Muito obrigado. Muito gentil de sua parte.
VG: É meio bobo dizer que palavras não podem descrever o que senti e ainda assim usar palavras para lhe falar isso. E sou o último fã da fila, você deve estar cansado, e a turnê não termina aqui. Só queria mesmo expressar o quão profundamente você me impressionou e agradecer muito pela generosidade de incluir meu país em seu roteiro pelo mundo. Não são todas as chamadas “turnês mundiais” que nos colocam em suas rotas.
VO: Este país é extraordinário, e a música dele, também. Pena que tenho tão pouco tempo aqui.
VG: Muito obrigado. Eu também acho isso. E sua música também é extraordinária. Viajei da minha cidade apenas para assistir suas apresentações.
VO: Isso me faz sentir muito especial! Sou especialmente grato aos ouvintes peregrinos – eu os chamo “meus turistas Goldberg”. Ouço muitas histórias bonitas de suas viagens e fico muito honrado com sua confiança no que tento lhes oferecer. Muito obrigado pela sua dedicação em comparecer!
VG: Sou um “turista Goldberg”? Isso me orgulha!
VO [sorrindo]: Sim, você é, e espero contar com sua presença em outras ocasiões.
VG: No que depender de mim, pode ter certeza. Quero ouvir você tocando as últimas sonatas de Beethoven, como falou ao cavalheiro antes de mim, e explorando novos repertórios.
VO: Há muita grande música a explorar, e tão pouco tempo para isso!
VG: … e eu não quero mais tomar o seu. Obrigado por tudo, pela gentileza conosco, pelas Goldberg, pelo Quodlibet.
VO [sorrindo]: Você gostou do Quodlibet?
VG: Eu adorei. Tanta gente o toca de uma maneira quadrada, constrita, como um coral para iniciantes. Você o transforma numa apoteose, numa reafirmação da energia das primeiras variações, depois da intensidade emocionante das variações em tonalidade menor.
VO: Fico feliz com que gostou! Eu penso que, depois das variações em menor, só um Quodlibet muito assertivo pode preparar o momento mágico que é a Aria da capo.
VG [pensando em perguntar por que Ólafsson escolheu iniciar a variação XVI com aquele curioso arpejo descendente, mas mudando de ideia]: Teria muito a lhe perguntar, mas você merece descansar. É a segunda vez que digo que você merece descansar. Só falta deixá-lo ir.
VO: Obrigado por vir ao recital. Encontro você novamente em algum lugar do mundo – ou aqui mesmo, em três anos.
VG: Você me daria a imensa honra de tirar uma foto comigo?
VO: Com muito prazer!
VG [à jovem de preto]: Moça, faria a gentileza?

“Claro!”

VG: Boa continuação da turnê, que seus caminhos sejam felizes – e bom descanso. Eu também tenho sinestesia e imagino a sua saturação sensorial depois de cada recital.
VO [interessado]: Você também tem sinestesia?
VG: Sim – e também prometi deixá-lo ir.

Os dois se cumprimentam e, entre acenos aos poucos presentes, o suave astro some pela mesma portinhola da qual surgira. O esquadrão de evacuação predial, já nos estrebuchos da impaciência, fecha barulhentamente as penúltimas portas. A última delas vê enfim sair o teimoso punhado de melômanos, incluindo aquele rapaz de sapatos adornados por pombos, que toma o rumo do metrô a saborear o retrogosto do tanto que acabara de viver.

Enquanto compartilhava com os amigos a foto que tirara com Ólafsson, lembrou-se do blogue de que era colaborador – sim, vocês adivinharam qual – e imaginou o jovem Víkingur em seus tempos de Juilliard, aquele comprido fiapo de gente, tão cheio de planos quanto vazio de bolsos, que parava em longas filas, como declarou em entrevistas, para conseguir as xepas dos ingressos para concertos, e se perguntou se aquele Ólafsson-mirim, sedento por mais Villa-Lobos, não teria porventura navegado do PC de sua república pela cyberesfera, e se em suas expedições por ela chegado ao mesmo lugar de que ora escrevo a vós outros, para então bradar, como outros tantos antes dele:

– Who in hell is PQP Bach and why the heck are all Villa-Lobos links dead?

Se alguém encontrar o moço antes de nós, pedimos a gentileza de lhe explicar.


Johann Sebastian BACH (1685-1750)

Ária e variações para teclado, BWV 988, “Variações Goldberg” 
[Exercício de teclado / composto / por uma ÁRIA / com diversas variações / para cravo / com dois manuais. / Composta para conhecedores / para refrescar os seus espíritos, por /Johann Sebastian Bach / compositor da Corte Real da Polônia e da Corte Eleitoral da Saxônia / Kapellmeister e Diretor de/ Música Coral em Leipzig. / Nuremberg, Balthasar Schmid, editor / 1741]

1 – Aria
2 – Variatio 1. a 1 Clav.
3 – Variatio 2. a 1 Clav.
4 – Variatio 3. Canone All’Unisuono a 1 Clav.
5 – Variatio 4. a 1 Clav.
6 – Variatio 5. a 1 Ovvero 2 Clav.
7 – Variatio 6. Canone alla Seconda a 1 Clav.
8 – Variatio 7. a 1 Ovvero 2 Clav.
9 – Variatio 8. a 2 Clav.
10 – Variatio 9. Canone alla Terza. a 1 Clav.
11 – Variatio 10. Fughetta a 1 Clav.
12 – Variatio 11. a 2 Clav.
13 – Variatio 12. Canone alla Quarta
14 – Variatio 13. a 2 Clav.
15 – Variatio 14. a 2 Clav.
16 – Variatio 15. Canone alla Quinta a 1 Clav. Andante
17 – Variatio 16. Ouverture a 1 Clav.
18 – Variatio 17. a 2 Clav.
19 – Variatio 18. Canone alla Sexta a 1 Clav.
20 – Variatio 19. a 1 Clav.
21 – Variatio 20. a 2 Clav.
22 – Variatio 21. Canone alla Settima a 1 Clav.
23 – Variatio 22. a 1 Clav. Alla Breve
24 – Variatio 23. a 2 Clav.
25 – Variatio 24. Canone all’Ottava a 1 Clav.
26 – Variatio 25. a 2 Clav.
27 – Variatio 26. a 2 Clav.
28 – Variatio 27. Canone alla Nona a 2 Clav.
39 – Variatio 28. a 2 Clav.
30 – Variatio 29. A 1 Ovvero 2 Clav.
31 – Variatio 30. Quodlibet a 1 Clav.
32 – Aria da Capo

Víkingur Ólafsson, piano

Gravado na Sala Norðurljós da Sala de Concertos Harpa em Reykjavík, Islândia, de 7 a 12 de abril de 2023.

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“1 ano, 88 concertos. Eu desfrutei cada um deles! Alguns vieram a um concerto, outros a cinco, outros até a dez! Eu amo meu público – e ninguém mais que meus turistas Goldberg” ❤️ 

Vassily

 

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Obra Completa para Alaúde (Lutz Kirchhoff)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Obra Completa para Alaúde (Lutz Kirchhoff)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Depois de ouvir muitas gravações apenas OK, algumas de “grandes nomes”, entendi tudo ao ouvir Lutz Kirchhof. Ou seja, escutei as Suítes para Alaúde de Bach por um longo tempo, porém foi só quando me deparei com esta gravação que percebi como uma suíte para alaúde realmente é. Você também ficará maravilhado com a técnica fenomenal de Kirchhof e se perguntará como ele conseguiu. Os movimentos rápidos são estimulantes e os lentos beiram a experiência religiosa. Música de alaúde de Bach, música íntima, sem acompanhamento. Não tem nada melhor do que isso.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Obra Completa para Alaúde (Lutz Kirchhoff)

Suite In G Minor, BWV 995
1. Prelude 5:05
2. Allemande 4:50
3. Courante 2:01
4. Sarabande 2:22
5. Gavotte I / 6. Gavotte II en Rondeau/Gavotte I 4:30
7. Gigue 2:19

Fugue in G Minor, BWV 1000 5:50

Suite In E Minor, BWV 996
1. Praeludio: Passaggio — Presto 2:31
2. Allemande 2:32
3. Courante 3:12
4. Sarabande 3:20
5. Bourrée 1:34
6. Gigue 3:07

Prelude, Fugue and Allegro in E Flat Major, BWV 998
1. Prelude 2:24
2. Fuga 6:15
3. Allegro 3:50

Partita In C Minor, BWV 997
1. Prelude 3:24
2. Fuga 7:26
3. Sarabande 5:20
4. Gigue 3:05
5. Double 3:15

Prelude In C Minor, BWV 999 1:52

Suite In E Major, BWV 1006a
1. Prelude 5:01
2. Loure 3:33
3. Gavotte En Rondeau 3:27
4. Menuet I 2:04
5. Menuet II 2:08
6. Bourrée 2:11
7. Gigue 2:03

Lutz Kirchhof – Theorbo & Baroque Lute

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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Lutz Kirchhof e seu alaúde.
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E esta é a tiorba

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 137, 129 e 78 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 137, 129 e 78 (Rilling)

Gente, este disco antiguinho tinha que ser postado. Sim, ele é à moda antiga, mas com muita competência e sensibilidade, Rilling e sua excelente turminha apresentam aqui ao menos duas das melhores Cantatas de Bach, a BWV 137 e a 78. A primeira ária de ambas — faixas 2 e 12 — já bastariam pela elevar este CD ao Olimpo. Tudo funciona maravilhosamente e, como diz a imagem que acompanha este post, serve para fazer de você um sujeito mais feliz, mesmo com a fumaceira e a devastação que o agro preparou pra nós. (Escrevo este post em 12 de setembro de 2024. Vou agendá-lo e talvez ele chegue para vocês depois do fim do Brasil.)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 137, 129 e 78 (Rilling)

BWV 137 Lobe den Herren (14:53)
1 Coro (Versus I) 3:40
2 Aria (Versus II) 3:11
3 Aria (Versus III) 3:52
4 Aria (Versus IV) 2:57
5 Choral (Versus V) 1:00

BWV 129 Gebot sei der Herr (18:36)
6 Coro (Versus I) 3:58
7 Aria (Versus II) 3:56
8 Aria (Versus III) 4:12
9 Aria (Versus IV) 4:43
10 Choral (Versus V) 1:38

BWV 78 Jesu, der du meine Seele (21:09)
11 Coro (Choral) 4:33
12 Aria (Duetto) 4:35
13 Recitativo 2:21
14 Aria 2:47
15 Recitativo 2:27
16 Aria 3:15
17 Choral 1:00

Alto Vocals – Carolyn Watkinson (tracks: 11 to 17), Gabriele Schreckenbach (tracks: 1 to 10)
Bass Vocals – Philippe Huttenlocher (tracks: 6 to 10), Walter Heldwein (tracks: 1 to 5), Wolfgang Schöne (tracks: 11 to 17)
Chorus – Gächinger Kantorei Stuttgart
Conductor – Helmuth Rilling
Ensemble – Bach-Ensemble
Orchestra – Bachcollegium Stuttgart
Soprano Vocals – Arleen Auger
Tenor Vocals – Adalbert Kraus (tracks: 1 to 5), Aldo Baldin (tracks: 11 to 17)

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PQP

Vários Compositores – FORGOTTEN DANCES – Alessio Bax (piano) ֎

Vários Compositores – FORGOTTEN DANCES – Alessio Bax (piano) ֎

DANÇAS

Bach • Bartók • de Falla 

Albeniz • Liszt • Ravel

Brahms

O que você faz naquele momento de grande atribulação? Como lidar com os dias nos quais seu coração se enche de dúvidas e angústias? Como beber daquele amargo copo? Hoje, eu danço…

Esse disco do pianista italiano Alessio Bax, radicado em Nova Iorque, oferece música que foi inspirada em danças. Dançar é uma das manifestações artísticas mais primitivas e definitivamente afeta a todos, mesmo aos mais desajeitados. Eu parafraseio o adágio antigo dizendo: quem dança, seus males espantam!

O disco começa com Suíte Inglesa No. 2 de Bach, que é uma sequência de danças: allemanda, courante, sarabanda, bourrées e gigue, precedidas por um dançante prelúdio. Um salto no tempo e no estilo nos leva à outra suíte de danças, agora composta por Bartók. O contraste não poderia ser mais forte. A modernidade da suíte de Bartók se deve muito à inspiração folclórica, de natureza mais primitiva do que as danças cortesãs de Bach.

Em seguida o mistério e a sensualidade das danças espanholas estão presentes em peças mais curtas, mas absolutamente características. Manuel de Falla e Isaac Albeniz são os culpados desses pequenos pecados em forma de música para dançar.

Valsas não poderiam faltar e Liszt, assim como o elegantíssimo Ravel proveem essa demanda. E para fechar o recital, duas pequenas e virtuosísticas peças: uma transcrição para piano de uma gavota de Bach, feita por Rachmaninov, e uma dança húngara, de Brahms, num arranjo de outro grande virtuose do piano, György Cziffra.

Você não precisa sair rodopiando ao ouvir o disco, mas se você nem batucar os dedos ou mexer com os pés, precisa rápida terapia de dança…

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

English Suite No. 2 in A minor, BWV807
  1. Prélude
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Bourrée I – VI. Bourrée II
  6. Gigue

Belá Bartók (1881-1945)

Tanz-Suite, Sz. 77, BB 86b (Version for Piano)
  1. Moderato
  2. Allegro molto
  3. Allegro vivace
  4. Molto tranquillo
  5. Comodo
  6. Finale. Allegro

Manuel de Falla (1876-1946)

El sombrero de tres picos: Danza del molinero (Farruca)
[Version for Piano, with introduction transcribed by Alessio Bax]
  1. Danza

Isaac Albéniz (1860–1909)

Tango (No. 2 from Espana, Op. 165)
  1. Danza

Manuel de Falla

El amor brujo: Danza ritual del fuego, para ahuyentar los malos espíritus
  1. Danza

Franz Liszt (1811-1886)

Valses oubliées, S. 215: No. 1
  1. Valse

Maurice Ravel (1875–1937)

La Valse
  1. Valse

Johann Sebastian Bach

Violin Partita No. 3 in E Major, BWV 1006 [Arr. Rachmaninov]
  1. Gavotte en rondeau

Johannes Brahms (1833–1897)

Hungarian Dance No. 6 in D flat major [Arr. György Cziffra]
  1. Tanz

Alessio Bax, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 150 MB

His ninth solo album on Signum Records, Alessio Bax combines exceptional lyricism and insight with consummate technique and is without a doubt “among the most remarkable young pianists now before the public” (Gramophone). Here he presents an album of works for dancing, including tangos and waltzes spanning three centuries. — [Página da gravadora]

How does Bax achieve such a powerful crescendo at the Bartók Dance Suite’s outset without the least banging …As for Falla’s Ritual Fire Dance, you rarely hear the music soar from the ground up, where booming bass lines ignite genuine right-hand fireworks: a wonderful performance. — [Gramophone Magazine, October 2024]

Aproveite!

René Denon

Outro álbum de danças bom demais…

Vários: Dances – Peças para Piano – Benjamin Grosvenor

Bach (1685 – 1750): “Schübler Chorales” BWV 645-650, Passacaglia BWV 582 e outras peças – Simon Preston (órgão) ֍

Bach (1685 – 1750): “Schübler Chorales” BWV 645-650, Passacaglia BWV 582 e outras peças – Simon Preston (órgão) ֍

BACH

Simon Preston, órgão

O dia foi alucinante, hético! Logo pela manhã recebemos a notícia que três CDs da coleção do Sumo Sacerdote estavam corrompidos, pálidos, translúcidos, desprovidos de suas seivas musicais, inaudíveis! Toda a equipe da casa colocou-se prontamente em alerta, havíamos de reconstruir, mesmo que virtualmente, digitalmente, os tais desmemorizados CDs. Parecia que eles haviam sido abatidos por um dementador que lhes havia sugado todo o teor musical, para sempre…

Pois a equipe passou o dia dando buscas em arquivos, até mesmos arcaicos HDs foram vasculhados em busca das faixas perdidas. Pelo fim da tarde virtualmente todas haviam sido resgatadas, com exceção de duas delas: BWV 582 e BWV 590.

É claro que nossos bem informados leitores devem ter percebido de cara, os discos eram da coleção de obras de Bach, naquelas caixotas prateadas da Archiv Produktion, com a foto quadradinha do santo padroeiro do blog na frente. Isso é o que tornava nossa urgência, urgentíssima!

Mas, uma miríade de outras coisinhas miúdas, tarefas nossas outras, bem mais mundanas, nos pegaram, pois que a equipe do PQP Bach além de seus momentos de heróis, tem muitas horas para serem apenas Clark Kents e Bruce Waynes. No cair da noite, quando começou a resenha do dia com os colegas foi que me dei conta – BWV 590 é uma Pastorale e havia uma gravação da danadinha em uma de minhas postagens, porém com outro competente organista – Simon Preston! E não é que a BWV 582 é a poderosa Passacaglia! Essa peça também está em um dos discos do Simon Preston, mas esse eu ainda não havia postado. Daí, lembrei-me que iniciei o projeto de postar toda a sua série, mas interrompi o processo na postagem que fiz na época em que ele, Simon Preston, foi tocar instrumentos mais celestiais…

Sir Simon Preston (O órgão lhe deu ‘asas’)

Pois quem está atento aos sinais que o destino nos aponta, deve escutá-los e agir. Assim, aqui está, mais um disco do Simon Preston, este com os maravilhosos ”Schübler Chorales” e encerrando com a Passacaglia e tem outras coisas mais, que deixo para você mesmo descobrir…

Ah, essas duas peças foram também localizadas e em breve seguirão para os HDs do Sumo Sacerdote, ufa, que dia…

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Toccata, Adagio And Fugue in C Major, BWV 564
  1. Toccata
  2. Adagio
  3. Fugue
Fantasia And Fugue In G Minor, BWV 542
  1. Fantasia
  2. Fugue
6 Chorales Of Diverse Kinds (Schübler Chorales)
  1. Wachet Auf, Ruft Uns Die Stimme BWV 645
  2. Wo Soll Ich Fliehen Hin BWV 646
  3. Wer Nur Den Lieben Gott Läßt Walten BWV 647
  4. Meine Seele Erhebet Den Herrn BWV 648
  5. Ach Bleib’ Bei Uns, Herr Jesu Christ BWV 649
  6. Kommst Du Nun, Jesu, Vom Himmel Herunter BWV 650
Tocata And Fugue In F Major, BWV 540
  1. Toccata
  2. Fugue
Passacaglia And Fugue In C Minor, BWV 582
  1. Passacaglia
  2. Fugue

Simon Preston, órgão

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 163 MB

Espero que você passe bons momentos desfrutando esse disco e que seu interesse pela obra de Bach para órgão aumente… pois há mais ainda por vir! Agora, me desculpem, mas ainda há um peça interpretada por Trevor Pinnock ao cravo que queremos localizar e ninguém quer deixar o boss desapontado, não é?

Aproveite!

René Denon

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Catrin Finch, harpista galesa, é um verdadeiro fenômeno, sendo hoje talvez o principal nome de seu instrumento. Aqui está uma estreia de gala na Deutsche Grammophon ao abordar as Variações Goldberg.

As Variações Goldberg são um ícone no mundo da música clássica. Foi o desafio mais do que qualquer coisa o que primeiro me atraiu. Não sabia se ia dar certo ou não. Foi muito emocionante fazer a adaptação, era como montar um imenso e perfeito quebra-cabeça. Quando cheguei à última parte e vi que podia ser feito, tinha que aprender a tocar a peça. Há milhares de pessoas ao redor do mundo que são loucos pelas Goldberg. Espero que meu trabalho abra portas a ainda outros. A ária é muito famosa. Serviu de tema até para Hannibal Lecter… Sinto que vou desenvolver a interpretação das Goldberg pela vida inteira. Mesmo assim, estou muito feliz com meu trabalho. É a coisa mais importante que fiz até agora na minha carreira.

EU, PQP BACH, SOU LOUCO PELAS GOLDBERG. É a música que mais ouço e portanto posso dizer que é a que mais gosto dentre todas, pois não sou masoquista. Esta deve ser a quinta ou sexta postagem desta obra no blog. Acho que vocês aguentam.

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (versão para harpa, por Catrin Finch)

Arranged for Harp by Catrin Finch

1 Aria [3:33]
2 Var. 1 a 1 Clav. [1:27]
3 Var. 2 a 1 Clav. [1:59]
4 Var. 3 Canone all’Unisono a 1 Clav. [1:26]
5 Var. 4 a 1 Clav. [1:17]
6 Var. 5 a 1 ovvero 2 Clav. [0:48]
7 Var. 6 Canone alla Seconda a 1 Clav. [1:25]
8 Var. 7 a 1 ovvero 2 Clav. [2:19]
9 Var. 8 a 2 Clav. [1:00]
10 Var. 9 Canone alla Terza a 1 Clav. [1:34]
11 Var. 10 Fughetta a 1 Clav. [1:01]
12 Var. 11 a 2 Clav. [0:58]
13 Var. 12 Canone alla Quarta [2:11]
14 Var. 13 a 2 Clav. [2:47]
15 Var. 14 a 2 Clav. [1:12]
16 Var. 15 Canone alla Quinta in moto contrario [3:48]
17 Var. 16 Ouverture a 1 Clav. [3:38]
18 Var. 17 a 2 Clav. [1:35]
19 Var. 18 Canone alla Sesta a 1 Clav. [1:19]
20 Var. 19 a 1 Clav. [1:17]
21 Var. 20 a 2 Clav. [1:19]
22 Var. 21 Canone alla Settima [2:12]
23 Var. 22 Alla breve a 1 Clav. [1:31]
24 Var. 23 a 2 Clav. [1:13]
25 Var. 24 Canone all’Ottava a 1 Clav. [3:12]
26 Var. 25 a 2 Clav. [7:13]
27 Var. 26 a 2 Clav. [1:24]
28 Var. 27 Canone alla Nona [1:54]
29 Var. 28 a 2 Clav. [1:10]
30 Var. 29 a 1 ovvero 2 Clav. [1:09]
31 Var. 30 Quodlibet a 1 Clav. [2:06]
32 Aria [2:53]

Catrin Finch, harpa

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Catrin Finch, uma versão surpreendente das Goldberg
Catrin Finch, uma versão surpreendente das Goldberg

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Capa ilustrativa, pois não sei de onde saiu este bom CD. 

FDP Bach continua sua saga rampaliana, trazendo para seus ouvintes/leitores mais deste gigante francês, Jena Pierre Rampal. Neste cd, ele toca Vivaldi, Bach e TelemanN. Prestem muita atenção na facilidade com que ele aparentemente toca. Há momentos em que pensamos, poxa, mas quando é que este cara respira… feeling único, com uma técnica fantástica. Enjoy.

Antonio Vivaldi (1678-1741), Johann Sebastian Bach (1685-1750), George Phillip Telemann (1681-1767): Concertos e Suíte (Rampal)

Antonio Vivaldi (1678-1741) –

1. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : I. Allegro
2. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : II. Largo
3. Concerto For Flute & Orchestra in D Major, Op. 10, No. 3, RV 428 ‘Ill gardellino’ : III. Alegro
4. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’: I. Allegro
5. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : II. Largo
6. Concerto for Flute & Orchestra in F Major, Op. 10, No. 1, RV 433 ‘La tempesta di mar’ : III. Presto

Performed by I Solisti Veneti
with Jean-Pierre Rampal, Dorothy Linell, Isaac Stern, Daniele Roi
Conducted by Claudio Scimone

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: I. …
8. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: II. Largo
9. Concerto for Flute, Strings and Basso continuo in G minor , BWV 1056: III. Presto
10. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: I. Allegro
11. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: II. Larghetto
12. Concerto for Flute, Strings and Bass continuo in C Major, BWV 1055: III. Allegro ma non
tanto
Performed by Prague Ars Rediviva Orchestra
with Frantisek Slama, Jean-Pierre Rampal, Isaac Stern, Frantisek Posta, Josef Hala
Conducted by Milan Munclinger

George Phillip Telleman (1681-1767)
13. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Ouverture
14. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Les Plaisirs
15. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Air a l’italien
16. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Menuets I & II
17. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Rejouissance
18. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Passepieds I & II
19. Suite for Flute & Orchestra in A minor: Polonaise

with Isaac Stern, Jerusalem Music Centre Chamber Orchestra
Conducted by Jean-Pierre Rampal

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Esse era bom! Melhor ainda quando ajeitava os óculos.

FDP

Bach (1685 – 1750): Partitas BWV 825 & 826; Suíte Inglesa BWV 808 – Rudolf Buchbinder (piano) ֎

Bach (1685 – 1750): Partitas BWV 825 & 826; Suíte Inglesa BWV 808 – Rudolf Buchbinder (piano) ֎

BACH

Partitas Nos. 1 & 2

Suíte Inglesa No. 3

Rudolf Buchbinder, piano

 

A formação de meu gosto musical se deu no vai-e-vem dos discos usados, comprados e trocados nos sebos da vida. Com o passar do tempo e dos LPs pela agulha da vitrola, certas escolhas se tornaram mais decisórias e algumas empolgações acabaram descartadas. Lembro-me de um período imerso nos concertos para violino de Paganini e Vieuxtemps, que não durou muito.

Uma dessas escolhas que se reforçou cedo e que permanece até agora é a de ouvir a música para teclado de Bach interpretada ao piano. Discos com essa característica estavam sempre na minha mira. Havia um disco do Wilhelm Kempff, bem famoso pelo Mozart e Beethoven, com a Suíte Francesa No. 5, que ainda me encanta e também um disco com transcrições, gravado por Alexis Weissenberg. Depois dois discos do então ainda húngaro András Schiff, que sempre me deram muito prazer. Um disco definitivo tem como intérprete o controverso pianista croata Ivo Pogorelich. Acho seus discos com música de Bach e Scarlatti maravilhosos e você poderá ouvi-los clicando aqui e aqui.

Muitos nomes de pianistas, famosos e não tão famosos, recheiam minha lista de bons discos com esse tipo de música, mas não deixo de sentir curiosidade e até uma certa antecipação ao encontrar um disco como este da postagem. O pianista Rudolf Buchbinder (Rodolfo Encadernador) é um bamba e, como diria meu amigo Adrew, he has been around… Gravou muitos discos para a  TELDEC (Telefunken-Decca), depois passou um tempo com a Sony, período no qual gravou esse disco, e desde 2019 tem contrato exclusivo com o gravadora do selo amarelo. Veja como o site da DG o apresenta: Admirado por colegas intérpretes, aclamado pela crítica e reverenciado por amantes da música em todo o mundo, Rudolf Buchbinder está entre os grandes pianistas do nosso tempo. Suas interpretações fluem de uma fusão única de percepção espiritual e rigor intelectual, espontaneidade expressiva e controle técnico, refinados ao longo de uma carreira que abrange mais de sessenta anos. O poder irresistível de sua arte continua a crescer, reforçado pelo estudo incansável e uma paixão ao longo da vida pelas obras-primas da literatura do piano.  

Sobre o disco de Bach, a Gramophone inicia a crítica com essa promissora frase: Rudolf Buchbinder oferece uma interpretação de Bach cheia de confiança e inteligência, sem medo de ornamentar e interessado em destacar o drama da música. Posteriormente, algumas rugas surgem na testa do crítico, mas eu não sou assim tão rigoroso e gostei bastante do disco…

Johann Sebastian Bach (1685–1750)

Partita No. 1 in B flat major, BWV825

  1. Praeludium
  2. Allemande
  3. Corrente
  4. Sarabande
  5. Menuet I & II
  6. Gigue

Partita No. 2 in C minor, BWV826

  1. Sinfonia
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Rondeaux
  6. Capriccio

English Suite No. 3 in G minor, BWV808

  1. Prelude
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Gavotte I & II
  6. Gigue

Rudolf Buchbinder (piano)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 130 MB

Rudolf Buchbinder visitando a ala de encadernações do complexo editorial do PQP Bach

[…] the delight of this recording lies in the detail. When full-dress grandeur is called for, as in the Sinfonia to the Second Partita, Buchbinder provides it in spades, and when athleticism is required – as in the final two movements of that work – he’s ready with that too…his next Bach recording can’t come too soon. BBC Music Magazine November 2015

Aproveite!

René Denon

J. S. Bach (1685-1750): Obras para Órgão e Cravo (Koopman / Pinnock)

J. S. Bach (1685-1750): Obras para Órgão e Cravo (Koopman / Pinnock)

A caixa está ao lado. São 3 CDs dos quais o terceiro foi arruinado pelo tempo, conforme foto abaixo. Tudo por causa de uma esponjinha “protetora” que foi se desmanchando e penetrando no plástico do CD. Sem dúvida, a esponjinha foi uma notável invenção da DG/Archiv. Não me apresentem o autor da brilhante ideia. Quem tiver este terceiro CD, faça o favor. Nele há obras para cravo tocadas pelo Trevor Pinnock. Asseguro-lhes, é excelente. Então, ficamos só com os dois CDs do Koopman, o que não é pouco, mas é menos do que foi comprado. Temos uma seleção das melhores obras de Bach para o instrumento. Todas moram no meu coração, mas tenho especial afeto pela Passacaglia e pelo BWV 564. E o BWV 540, que maravilha!

J. S. Bach (1685-1750): Obras para Órgão e Cravo (Koopman / Pinnock)

Toccata & Fuga In D Minor BWV 565
1-1 Toccata 6:40
1-2 Fuga 1:19

Toccata, Adagio & Fuga In C Major BWV 564
1-3 Toccata 5:07
1-4 Adagio 4:05
1-5 Fuga 4:26

Toccata & Fuga In F Major BWV 540
1-6 Toccata 7:27
1-7 Fuga 5:21

Toccata & Fuga “Dorian” BWV 538
1-8 Toccata 5:16
1-9 Fuga 6:31

2-1 Passacaglia In C Minor BWV 582 12:55

2-2 Pastorale In F Major BWV 590 12:03

2-3 Canzona In D Minor BWV 588 6:02

2-4 Allabreve In D Major BWV 589 4:20

6 Chorales Of Diverse Kinds (“Schubler” Chorales)
2-5 Wachet Auf, Ruft Uns Die Stimme BWV 645 4:10
2-6 Wo Soll Ich Fliehen Hin BWV 646 1:35
2-7 Wer Nur Den Lieben Gott Läßt Walten BWV 647 4:10
2-8 Meine Seele Erhebet Den Herren BWV 648 3:25
2-9 Ach Bleib’ Bei Uns, Herr Jesu Christ BWV 649 2:19
2-10 Kommst Du Nun, Jesu, Vom Himmel Herunter BWV 650 3:25

Ton Koopman, órgão

O tal terceiro CD!

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

.oOo.

P.S. — O grande René Denon conseguiu o tal terceiro CD com o Pinnock!

Aqui está:

CD3

1 Chromatische Fantasie und Fuge BWV 903 10:40

2 Italienisches Konzert F-Dur BWV 971: Allegro 3:51
3 Italienisches Konzert F-Dur BWV 971: Andante 4:30
4 Italienisches Konzert F-Dur BWV 971: Presto 3:59

5 Toccata d-Moll BWV 913 13:43

6 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Ouverture 7:30
7 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Courante 1:46
8 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Gavotte I/II 2:58
9 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Passepied I/II 2:34
10 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Sarabande 5:03
11 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Bourrée I/II 2:41
12 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Gigue 2:04
13 Französische Ouvertüre (Partita) h-Moll BWV 831: Echo 3:00

Trevor Pinnock, cravo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Um lado
Outro lado.

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Gould, 1981)

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Gould, 1981)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É inacreditável que esta gravação de 1981 — a segunda de Gould para as Variações Goldberg, de Bach –, jamais tenha passado pelo PQP Bach. E que a de 1955 esteja sem link… Mas é da vida. O blog é desprogramado mesmo… Em 1955, Glenn Gould surpreendeu os executivos da Columbia Masterworks ao escolher as Variações Goldberg de J. S. Bach para sua gravação de estreia. Sua performance foi rápida, fluida, brilhante e deliciosa, e foi um sucesso de vendas surpreendentemente grande. Em 1981, Gould fechou o círculo e gravou as Goldberg novamente. Foi sua última gravação de estúdio. Essa segunda tentativa não poderia ser mais diferente da primeira: implacavelmente intelectual, percussiva, insistente. E melhor. Gould não tinha o hábito de regravar, mas um crescente desconforto com aquela performance anterior o fez voltar-se mais uma vez para uma obra-prima atemporal e tentar, por meio de uma perspectiva radicalmente alterada, um relato mais definitivo. Por sua própria admissão, ele havia, durante aqueles anos intermediários, descoberto a “lentidão” ou uma qualidade meditativa muito distante dos dedos brilhantes e da glória pianística. E é esse “repouso outonal” que adiciona uma dimensão tão profundamente imaginativa à clareza desimpedida e à definição precisa de Gould. A Ária agora é hipnotizantemente lenta. As confidências trêmulas da Variação 13 na performance de 1955 dão lugar a algo mais direto, mais incisivo e determinado, enquanto as medidas leves e dançantes da Var. 19 são humoristicamente lentas e precisas. O retorno da Ária também é avassalador em seu profundo senso de consolo e resolução. Pessoalmente, eu não gostaria de ficar sem nenhuma das gravações de Gould, mas devo dizer que a segunda é certamente a melhor. A gravação é soberba e é notável que os dois maiores discos de Gould sejam seu primeiro e seu último.

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Gould, 1981) — Goldberg Variations, BWV 988 – 1981 Recording

1 Aria 3:05
2 Variatio 1 a 1 Clav. 1:10
3 Variatio 2 a 1 Clav. 0:49
4 Variatio 3 a 1 Clav. Canone All’Unisono 1:31
5 Variatio 4 a 1 Clav. 0:50
6 Variatio 5 a 1 Ovvero 2 Clav. 0:37
7 Variatio 6 a 1 Clav. Canone Alla Seconda 0:40
8 Variatio 7 a 1 Ovvero 2 Clav. 1:16
9 Variatio 8 a 2 Clav. 0:54
10 Variatio 9 a 1 Clav. Canone Alla Terza 0:59
11 Variatio 10 a 1 Clav. Fughetta 1:04
12 Variatio 11 a 2 Clav. 0:54
13 Variatio 12 Canona Alla Quarta 1:38
14 Variatio 13 a 2 Clav. 2:38
15 Variatio 14 a 2 Clav. 1:04
16 Variatio 15 a 1 Clav. Canone Alla Quinta. Andante 5:00
17 Variatio 16 a 1 Clav. Ouverture 1:38
18 Variatio 17 a 2 Clav. 0:54
19 Variatio 18 a 1 Clav. Canone Alla Sesta 1:03
20 Variatio 19 a 1 Clav. 1:03
21 Variatio 20 a 2 Clav. 0:50
22 Variatio 21 Canone Alla Settima 2:13
23 Variatio 22 a 1 Clav. Alla Breve 1:03
24 Variatio 23 a 2 Clav. 0:58
25 Variatio 24 a 1 Clav. Canone All’Ottova 1:42
26 Variatio 25 a 2 Clav. 6:03
27 Variatio 26 a 2 Clav. 0:52
28 Variatio 27 a 2 Clav. Canone Alla Nona 1:21
29 Variatio 28 a 2 Clav. 1:03
30 Variatio 29 a 1 Ovvero 2 Clav. 1:02
31 Variatio 30 a 1 Clav. Quodlibet 1:28
32 Aria Da Capo 3:45

Glenn Gould, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE (*)

(*) Bit rate baixinho, mas só tenho assim.


[Incursão não autorizada do chapeiro-sênior na postagem do Comandante Supremo:

Ei, chefinho!

Primeiramente, bonita camisa!

Em seguida, queria dizer que aqui estão as Goldberg de Gould em 1981 com um bitrate mais altinho:

BAIXE AQUI COM QUALIDADE MELHOR QUE O LINK DO CHEFINHO

Aproveito a petulante invasão de seu sacrossanto espaço para comunicar – antes da merecida advertência – que a postagem da gravação de 1955 está com links novos.

Caso espirrar, saúde!

Vassily]


 

Meio louquinho, mas tudo certo.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Suítes para violoncelo solo, BWV 1007-1012, nas três gravações de Antonio Meneses

Antonio Meneses em 2010 (https://flickr.com/photos/tvbrasil/5257503493/, CC BY-NC-SA 2.0)

I
Grand Théâtre de Genève, Suíça, década de 90

Antonio Meneses [em inglês]: Oi! Para quem é o autógrafo?
Vassily Genrikhovich [em português]: Olá, Antonio! É para [o nome do impostor que está em meu RG], por favor.
AM: Rapaz, eu nunca diria que você é brasileiro! [sorri enquanto autografa o CD do Don Quixote com os filarmônicos de Berlim sob Karajan]
VG: Às vezes até eu tenho dúvidas.
AM [em inglês, dirigindo-se à então esposa, a pianista filipina Cecile Licad, que o acompanhara no recital]: Eu achei que ele era filipino.
Cecile Licad [interessadíssima, em tagalog]: Você é pinoy? [termo tagalog para “filipino”]
VG [em inglês, porque fala lhufas de tagalog] Sou brasileiro.
CL [sem mais qualquer interesse no semblante]:
AM [em português, rindo]: Acho que ela não gosta de brasileiros [devolvendo-me o CD autografado] Ainda bem que ela me abriu uma exceção…

II
Philharmonie de Colônia, Alemanha, primeira década do século XXI

VG [em português]: Olá, Antonio! Para [o nome do impostor, novamente], por favor.
AM [sorrindo]: Brasileiro tem todas as caras, mesmo! [autografa o programa, em que tocara o primeiro concerto de Haydn]
VG: Há uns dez anos, em Genebra, você achou que eu fosse filipino.
AM: É mesmo? Hoje eu diria que você é japonês!
VG [rindo]: Fui rebaixado?
AM [com um sorriso maroto]: Foi promovido!

[a ficha só cairia depois do Google me contar que Antonio, divorciado de Cecile, se casara com a japonesa Satoko]

III
Sala São Paulo, exatamente cinco 3-de-agostos antes deste último e tão triste 3 de agosto

AM: Oi!
VG: Olá, Antonio! Sou [nome do impostor, uma vez mais].
AM [autografando o programa do concerto da Osesp com a estreia mundial do Concerto para violoncelo de Marlos Nobre, dedicado a ele próprio]: Gostou do concerto?
VG: Adorei!
AM: O Marlos não teve pena de mim, não.
VG: Sou seu fã há décadas, desde que ouvi seu Don Quixote com Karajan.
AM: Que bacana! Obrigado por vir!
VG: Fico imaginando o que era tocar com Karajan.
AM: Karajan era tranquilo. Mas o…
VG: ?
AM [gargalhando e devolvendo o programa autografado]: Deixa quieto…


Não conseguirei escrever seu obituário. Partiu cedo demais e com muito ainda a oferecer ao Som. E, porque eu o sinto vivo, farei com que ele viva também entre os leitores-ouvintes através das três gravações que nos deixou das eudaimônicas suítes do Demiurgo da Música, cada uma delas mais ou menos contemporânea das breves janelas que se me abriram para ele e que me deram a medida da falta que o virtuose da Música e das panelas, professor zeloso e querido amigo fará aos que lhe foram próximos.

Em memória de Antonio Meneses Neto (23 de agosto de 1957, Recife – Basileia, 3 de agosto de 2024).

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
Suítes para violoncelo solo, BWV 1007-1012 

No. 1 em Sol maior, BWV 1007
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Menuets I & II
Gigue

No. 2 em Ré menor, BWV 1008
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Menuets I & II
Gigue

No. 3 em Dó maior, BWV 1009
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Bourrées I & II
Gigue

No. 4 em Mi bemol maior, BWV 1010
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Bourrées I & II
Gigue

No. 5 em Dó menor, BWV 1011
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Gavottes I & II
Gigue

No. 6 em Ré maior, BWV 1012
Prélude
Allemande
Courante
Sarabande
Gavottes I & II
Gigue

Antonio Meneses, violoncelo


Primeiro registro:

Gravado na Sala Casals em Tokyo, Japão,
de 14 a 16 de outubro e em 18 e 19 de dezembro de 1993.

Lançado em 25 de abril de 1994 pelo selo Philips, somente no mercado japonês.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 


Segundo registro:

Gravado na Igreja Saint Martin, East Woodhay, Hampshire, Reino Unido, de 2 a 5 de junho de 2004.

Lançada em 2004 pelo selo Avie.

 

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 


Terceiro registro:

Gravado no Estúdio Arsis de São Paulo (SP) em 2023.

Lançado em 15 de dezembro de 2023 – seu canto do cisne discográfico – pelo selo Azul.

 

 

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE


Recomendo fortemente que, ao ouvirem estas gravações, escutem também as seis primeiras faixas do álbum a seguir, que servem como preâmbulos às Suítes do Maior de Todos:

Antonio Meneses – Suítes brasileiras

Do saudoso Antonio vocês já me viram postar aqui:

Richard Strauss (1864-1949) – Don Quixote – Till Eulenspiegel – Meneses – Karajan

BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas para violoncelo e piano, Op. 102 [Beethoven – Complete Works for Cello and Piano – Meneses – Pressler]

AM e VG em São Paulo, no último encontro que tiveram

Vassily

J. S. Bach (1685-1750): Oratório da Páscoa, BWV 249 & Cantata BWV 6 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Oratório da Páscoa, BWV 249 & Cantata BWV 6 (Rilling)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vou contar um segredo para vocês. Eu estou ouvindo todos os meus CDs. Um a um, um por um. Alguns eu jogo fora ou dou depois de uma decepção. Mas às vezes bato de cara com algo excelente de que tinha esquecido. É o caso deste Vol. 11 de minhas queridas Cantatas de Bach por Helmuth Rilling. Ganhei a enorme Caixa de Cantatas de uma namorada faz uns 35 anos. 53 CDs! Minha capa é menos carnavalesca do que a que apresento, mas foi o que encontrei. Rilling estava no limite entre a música historicamente informada e o horrível passado das gravações barrocas. Adorei o mimo quando ganhei! Muito obrigado! A maturidade me ensinou que ex-mulher é cargo de confiança e que não se fala mal de nenhuma. Ainda mais eu, que casei tantas vezes até finalmente encontrar meu primeiro amor… Bem, ouçam tudo porque vale a pena. A sonhadora ária Sanfte soll mein Todeskummer (faixa 7) está de arrancar o coração, de tão linda. E o que dizer de Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ (faixa 14)?

J. S. Bach (1685-1750): Oratório da Páscoa, BWV 249 & Cantata BWV 6 (Rilling)

BWV 249 Osteroratorium Kommt, Eilet Und Laufet (40:53)
1 Sinfonia 4:01
2 Adagio 4:16
3 Duetto E Coro 4:41
4 Recitativo 1:06
5 Aria 8:19
6 Recitativo 0:47
7 Aria 6:08
8 Recitativo 0:55
9 Aria 6:57
10 Recitativo 0:42
11 Coro 2:45

BWV 6 Bleib Bei Uns (19:06)
12 Coro 5:37
13 Aria 4:04
14 Choral 4:25
15 Recitativo 1:00
16 Aria 3:04
17 Choral 0:47

Alto Vocals – Carolyn Watkinson (tracks: 12 to 17), Julia Hamari (tracks: 1 to 11)
Bass Vocals – Philippe Huttenlocher (tracks: 1 to 11), Walter Heldwein (tracks: 12 to 17)
Choir – Gächinger Kantorei Stuttgart
Conductor – Helmuth Rilling
Orchestra – Bach-Collegium Stuttgart
Soprano Vocals – Arleen Augér* (tracks: 1 to 11), Edith Wiens (tracks: 12 to 17)
Tenor Vocals – Adalbert Kraus

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Coelhinho da Páscoa, o que trazes pra mim?

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

Meus astutos e ínclitos pequepianos, esta é uma gravação mezzo antiquada, com vibratões e instrumentos modernos, mas há algo de especial nela. Além do repertório LINDO, VERDADEIMENTE EXTRAORDINÁRIO, além do talento de Rilling, há Dietrich Fischer-Dieskau cantando. Só esta versão da Cantata BWV 82 é superior a todas as gravações de Karl Richter somadas, apenas para citar um contemporâneo de Rilling. Pois Rilling não é um romântico de Bach. E acreditem, ele está vivo até hoje. Ele é bem conhecido por suas performances da música de Bach e seus contemporâneos. Foi o primeiro a ter gravado duas vezes (em instrumentos modernos) as obras vocais completas de Bach, uma tarefa monumental envolvendo mais de 1.000 peças musicais — abrangendo 170 CDs. Ele também gravou muitas obras corais e orquestrais românticas e clássicas, incluindo as obras de Johannes Brahms.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

Cantata No. 51, “Jauchzet Gott In Allen Landen,” BWV 51 (BC A134)
1 Aria 4:37
2 Recitativo 2:36
3 Aria 4:35
4 Choral 3:42
5 Aria 2:23

Cantata No. 56, “Ich Will Den Kreuzstab Gerne Tragen,” BWV 56 (BC A146)
6 Ich Will Denn Kreuzstab Gerne Tragen 8:08
7 Mein Wandel Auf Der Welt 2:22
8 Endlich, Endlich Wird Mein Joch 6:27
9 Ich Stehe Fertig Und Bereit 2:07
10 Komm, O Tod, Du Schlafes Bruder 1:42

Cantata No. 82, “Ich Habe Genug,” BWV 82 (BC A169)
11 Aria 7:39
12 Recitativo 1:34
13 Aria 9:17
14 Recitativo 54:03
15 Aria 4:02

Bass Vocals – Dietrich Fischer-Dieskau (tracks: 6 to 15)
Chorus – Gächinger Kantorei Stuttgart (tracks: 6 to 10)
Conductor – Helmuth Rilling
Orchestra – Bachcollegium Stuttgart (tracks: 6 to 15), Württembergisches Kammerorchester (tracks: 1 to 5)
Soprano Vocals – Arleen Auger (tracks: 1 to 5)

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Em 1967, uma foto de Helmuth e Martina Rilling em Nova York com Leonard Bernstein

PQP

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

Glenn Gould era um original. No auge da carreira, abandonou os concertos pelas gravações, cantava durante as mesmas, era um mago no estúdio e corrigia seu som quando isto era “roubar no jogo”, fazia entrevistas consigo mesmo, produzia notáveis programas radiofônicos. Era um gênio e um gênio do piano, mas… preferiu tocar A Arte da Fuga, ou metade dela, ao órgão. Claro, vocês sabem que Glenn Gould era dado a estranhas opções de andamentos e brigava com muita gente boa, como Lenny Bernstein. Mas eu aprovo este CD, apesar de alguns críticos atacarem a digitação muito pouco “organística” de GG. Se o CD é estranho pela utilização de órgão por parte de Gould, ele é absolutamente sensacional a partir da faixa 10, onde retorna definitivamente o piano. Ele acentua tudo de forma demasiada no órgão — não sei explicar — é também muito bonito.

Tudo bem, sei que A Arte da Fuga pode ser interpretada em qualquer instrumento ou grupo deles, não ignoro que alguns pensam tratar-se de obra para leitura, mas ouçam a faixa 10, quando Gould entra tocando (e cantando, como sempre) o Contrapunctus I… É muito bom, né? Apenas acho um pouco discutível a forma como ele finalizou a fuga inacabada. Ficou um pouco romântica, com intenção pouco clara, sei lá.

(ALÔ, PRÍNCIPE SALINAS! Ao ouvir Andras Schiff, senti falta de… Gould cantando. Como pode meu ouvido ter se acostumado desta forma à cantoria de Gould?)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

1. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 1
2. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 2
3. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 3
4. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 4
5. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 5
6. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 6 (a 4, im Stile francese)
7. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 7 (a 4, per Augmentationem et Diminutionem)
8. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 8 (a 3)
9. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 9 (a 4, alla Duodecima)
10. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 1
11. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 2
12. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 4
13. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 9 (a 4, alla Duodecima)
14. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 11 (a 4)
15. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 13 (a 3)
16. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 14 (Fuga a 3 Soggetti) unfinished
17. Prelude and Fugue on the name of “B-A-C-H,” for keyboard in B flat major (doubtful; perhaps by J.C. Kittel), BWV 898

Glenn Gould, órgão, piano

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Gould no Café da PQP Bach Corp. de Toronto

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Meu irmão PQP Bach já postou uma bela versão destas mesmas Suítes Inglesas, com o grande Gustav Leonhardt, com certeza um dos maiores intérpretes que nosso pai já teve. Mas os gouldmaníacos logo se manifestaram, e começaram a pedir mais gravações do canadense. Fucei, então, meus cds de mp3, e logo encontrei essas gravações. Somos todos gouldmaníacos, com certeza. Essa sua versão das Suítes Inglesas é magnífica, e não canso de ouvi-la. Ainda tenho meu LP com essa gravação, aliás, e fiquei muito feliz quando consegui a versão em mp3. Mas vamos ao que interessa.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

Suite No. 1 In A Major, BWV 806 = A-dur = En La Majeur = In La Maggiore
1-1 I. Prélude 2:45
1-2 II. Allemande 2:10
1-3 III. Courante I 1:47
1-4 IV. Courante II 2:11
1-5 V. Double I 2:06
1-6 VI. Double II 1:59
1-7 VII. Sarabande 4:07
1-8 VIII. Bourrée I 1:16
1-9 IX. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:14
1-10 X. Gigue 2:00

Suite No. 2 In A Minor, BWV 807 = A-moll = En La Mineur = In La Mineur
1-11 I. Prélude 4:31
1-12 II. Allemande 1:34
1-13 III. Courante 1:11
1-14 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:03
1-15 V. Bourrée I 1:26
1-16 VI. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:00
1-17 VII. Gigue 2:17

Suite No. 3 In G Minor, BWV 808 = G-moll = En Sol Mineur = In Sol Mineur
1-18 I. Prélude 2:53
1-19 II. Allemande 1:44
1-20 III. Courante 1:20
1-21 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:19
1-22 V. Gavotte I (Ou La Musette) 0:50
1-23 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 1:10
1-24 VII. Gigue 1:52

Suite No. 4 In F Major, BWV 809 = F-dur = En Fa Majeur = In Fa Maggiore
2-1 I. Prélude 4:25
2-2 II. Allemande 2:46
2-3 III. Courante 0:54
2-4 IV. Sarabande 3:01
2-5 V. Menuett I 1:20
2-6 VI. Menuett II – Menuett I Da Capo 1:57
2-7 VII. Gigue 2:15

Suite No. 5 In E Minor, BWV 810 = E-moll = En Mi Mineur = In Mi Mineur
2-8 I. Prélude 4:43
2-9 II. Allemande 2:58
2-10 III. Courante 1:51
2-11 IV. Sarabande 1:59
2-12 V. Passepied I (En Rondeau) 1:06
2-13 VI. Passepied II – Passepied I Da Capo 1:37
2-14 VII. Gigue 2:04

Suite No. 6 In D Minor, BWV 811 = D-moll = En Ré Mineur = In Re Mineur
2-15 I. Prélude 8:25
2-16 II. Allemande 3:11
2-17 III. Courante 2:46
2-18 IV. Sarabande 3:07
2-19 V. Double 2:15
2-20 VI. Gavotte I 1:34
2-21 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 2:19
2-22 VIII. Gigue 2:56

Glenn Gould – Piano

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PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantata BWV 80, Magnificat (Herreweghe, Collegium Vocale Gent)

Duas das obras vocais mais conhecidas de Bach: não só pelas incomparáveis melodias em coros e árias belíssimas, mas também por serem obras grandiosas, celebratórias, com grandes efetivos orquestrais – para o período – incluindo três trompetes (referência bíblica). Ao contrário das Paixões de Cristo e outras várias obras compostas para momentos de seriedade, tristeza, fé e resignação – pois na Leipzig e Weimar de Bach havia forte respeito à quaresma e ao luto após a morte de duques e reis – estas duas obras se destinam a festas, comemorações: a gravidez de Maria (2 de julho no calendário luterano) e o dia da reforma protestante (31 de outubro).

Nessa gravação lançada em 1990 dificilmente algo poderia dar errado: o grupo belga Collegium Vocale Gent e seu maestro Philippe Herreweghe já tinham alguns anos de estrada, desde os tempos em que Gustav Leonhardt os convidara para participar da pioneira gravação integral das cantatas. Os solistas também são de altíssimo nível: especialmente o baixo Peter Kooy é um especialista em Bach, com uma ampla discografia com Herreweghe, Suzuki e outros (em certos lugares ele assina Peter Kooij: como vocês sabem, os holandeses e flamencos adoram vogais dobradas). Mais recentemente, Herreweghe e o Collegium Vocale abandonaram o selo Harmonia Mundi e seguiram gravando cantatas, inclusive com uma 2ª gravação da BWV 80 que eu ouvi mas sigo preferindo esta primeira gravação.

Johann Sebastian Bach (1685-1750):
Magnificat em ré maior, BWV 243
1. “Magnificat anima mea Dominum” [Coral] 2:58
2. “Et exultavit spiritus meus” [Aria – Soprano 2] 2:27
3. “Quia respexit humilitatem” [Aria – Soprano 1] 2:42
4. “Omnes generationes” [Coral] 1:18
5. “Quia fecit mihi magna” [Aria – Baixo] 2:01
6. “Et misericordia eius” [Duo – Alto, Tenor] 3:38
7. “Fecit potentiam” [Coral] 1:48
8. “Deposuit potentes” [Aria – Tenor] 1:57
9. “Esurientes” [Aria – Alto] 3:12
10. “Suscepit israel” [Trio – Sopranos 1 e 2, Alto] 1:48
11. “Sicut locutus est” [Coral] 1:36
12. “Gloria” [Coral] 2:09

Cantata “Ein Feste Burg Ist Unser Gott”, BWV 80
13. “Ein feste Burg ist unser Gott” [Coral] 4:54
14. “Alles, was von Gott geboren” [Aria – Baixo + Coral] 3:53
15. “Erwäge doch” [Recitativo – Baixo] 1:56
16. “Komm in mein Herzenshaus” [Aria – Soprano] 3:07
17. “Und wenn die Welt voll Teufel wär” [Coral] 3:30
18. “So stehe dann” [Recitativo – Tenor] 1:29
19. “Wie selig sind doch die” [Duetto – Alto, Tenor] 4:04
20. “Das Wort sie sollen lassen stahn” [Coral] 1:25

Collegium Vocale Gent (coro), La Chapelle Royale (orquestra)
Solistas: Agnès Mellon, Barbara Schlick (soprano), Gérard Lesne (alto), Howard Crook (tenor), Peter Kooy (baixo)
Regente: Philippe Herreweghe

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Pleyel

J. S. Bach (1685-1750): Alio Modo – Obras para Órgão e Cravo transcritas para “consort of viols” (Fretwork)

J. S. Bach (1685-1750): Alio Modo – Obras para Órgão e Cravo transcritas para “consort of viols” (Fretwork)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Alio modo é uma expressão latina que significa apenas de outro modo. Sim, e é de outro modo que ouvimos essas excelentes peças para órgão e teclado de Bach. Este CD é uma joia do Fretwork. Eles têm produzido gravações excelentes há quase 30 anos, e esta está entre as melhores  — apesar de não ser um CD para neófitos, creio. Como disse antes, o repertório aqui apresentado é um programa de transcrições de algumas obras para teclado de Bach, algumas para órgão e outras para cravo. As transcrições para três, quatro e cinco violas foram feitas por Richard Boothby e funcionam muito bem. O próprio Bach era um reciclador e transcritor inveterado, então a transcrição faz parte da linguagem do próprio compositor, mesmo que um conjunto de violas não seja algo para o qual o próprio Bach teria composto. As peças de órgão, especialmente, dão a mim uma sensação de extrema naturalidade e coerência. A versão da Passacaglia é belíssima, para se ouvir de joelhos. A execução é, como sempre, brilhante. Os Fretwork são um conjunto de técnica soberba e têm um magnífico som. Eles trazem significado real a cada peça deste programa bastante variado.

J. S. Bach (1685-1750): Alio Modo – Obras para Órgão transcritas para “consort of viols” (Fretwork)

1 Pièce D’Orgue In G Major BWV 572 5:44
2 Wenn Wir In Höchsten Nöten Sein BWV 641 1:54
3 Prelude & Fugue XVI In G Minor BWV 885 4:45
4 Passacaglia In C Minor BWV 582 11:15
5 Kyrie, Gott Vater In Ewigkeit 0:55
6 Christe, Aller Welt Trost 1:32
7 Kyrie, Gott Heiliger Geist BWV 671 4:41
8 Die Sind Die Heiligen Zehen Gebot BWV 678 4:01
9 Dies Sind Die Heiligen (Alio Modo) BWV 679 1:54
10 Prelude & Fugue XXII In A Minor BWV 867 5:03
11 Aus Tiefer Not Schrei Ich Zu Dir BWV 686 4:38
12 Fugue In E Flat Major, “St. Anne” BWV 552.2 6:34
13 Vor Deinen Thron Tret Ich Hiermit BWV 668 4:31
14 Prelude & Fugue XI In F Major BWV 880 5:36
15 Wir Gläuben All An Einen Gott BWV 680 2:42
16 Fugue IV I D Minor BWV 849 3:27
17 The Musical Offering : Ricercar BWV 1079 6:52
18 Canon Triplex BWV 1076 1:09

Fretwork:
Richard Boothby, Richard Campbell, Wendy Gillespie, Julia Hodgson, William Hunt, Susanna Pell

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O grupo sueco ABBA, é claro

PQP

J. S. Bach (1685-1750): 5 Concertos para piano, BWV 1052 a 1056 – Ramin Bahrami (piano) – Gewandhausorchester Leipzig & Riccardo Chailly ֍

J. S. Bach (1685-1750): 5 Concertos para piano, BWV 1052 a 1056 – Ramin Bahrami (piano) – Gewandhausorchester Leipzig & Riccardo Chailly ֍

BACH

Concertos BWV 1052 a 1056

Ramin Bahrami (piano)

Gewandhausorchester Leipzig

Riccardo Chailly

 

Pode baixar que é só música boa! Cinco maravilhosos concertos para piano (ou cravo) dos tantos que Bach arranjou para tocar às sextas-feiras no Café Zimmermann, na charmosa Katharinenstraße, em Leipzig.

Bahrami depois de tomar um bom café com a turma do PQP Bach

Ramin Bahrami é iraniano e estudou no Conservatório Verdi, em Milão, depois em Imola e na Hochschule für Musik, em Stuttgart. Entre os grandes intérpretes de Bach ao piano ele estudou com Alexis Weissenberg, Charles Rosen, András Schiff, Robert Levin e Rosalyn Tureck.

Aqui ele interpreta ao piano esses maravilhosos concertos de Bach acompanhado apropriadamente pela Orquestra do Gewandhouse, de Leipzig, regida pelo ótimo Riccardo Chailly.

Sobre o Café Zimmermann: Em 1729, Bach foi nomeado diretor do Collegium Musicum de Leipzig, uma associação musical municipal de estudantes e músicos profissionais, fundada por Georg Philipp Telemann. Bach dava concertos com esta associação todas as sextas-feiras à noite no Zimmermannsche Kaffeehaus, na Katharinenstraße, que era a rua mais elegante de Leipzig na época. O dono da badalada cafeteria, Gottfried Zimmermann, não cobrava aluguel dos músicos e o público tinha entrada gratuita. Zimmermann ganhou dinheiro vendendo café, que ainda era uma iguaria rara e exótica naquela época. Este café foi o local onde Bach executou obras como o Kaffee-Kantate, bem como seus Concertos para Violino e peças de compositores como Handel e seu bom amigo Telemann.

Sobre o Bahrami: Ramin Bahrami é considerado um dos mais interessantes intérpretes da música para piano de Johann Sebastian Bach. Depois dos concertos de Bach em Leipzig em 2009 com a Gewandhausorchester dirigida por Riccardo Chailly, os críticos alemães aclamaram-no como “um mago do som, um poeta do teclado… um artista extraordinário que tem a coragem de enfrentar Bach de uma forma verdadeiramente pessoal”. Leipziger volkszeitung

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Keyboard Concerto No. 1 in D minor, BWV1052

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro

Keyboard Concerto No. 2 in E major, BWV1053

  1. Allegro
  2. Siciliano
  3. Allegro

Keyboard Concerto No. 3 in D major, BWV1054

  1. Allegro
  2. Adagio e piano sempre
  3. Allegro

Piano Concerto No.4 in A, Bwv 1055

  1. Allegro
  2. Larghetto
  3. Allegro ma non tanto

Keyboard Concerto No. 5 in F minor, BWV1056

  1. Allegro
  2. Largo
  3. Presto

Ramin Bahrami (piano)

Gewandhausorchester Leipzig

Riccardo Chailly

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MP3 | 320 KBPS | 171 MB

Eu adoro esses concertos, mas tenho uma queda ainda maior pelo movimento lento do Concerto No. 5. Veja lá e diga-me se não é uma belezura…

Aproveite!

René Denon

O pessoal do Departamento de Artes do PQP Bach Co sempre solicito enviou essa ilustração do (outro) famoso Bahrami…

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

Uma Arte da Fuga à antiga, com instrumentos modernos e o grande Karl Münchinger à frente da Orquestra de Câmara de Stuttgart. Uma gravação fatalmente fora de moda, demodê para mais de metro, porém aceitável. Não consigo lembrar de uma época em que tantas gravações diferentes de A Arte da Fuga de Bach estivessem disponíveis. Tenho defendido o direito dos intérpretes de escolherem que tipo de abordagem instrumental adotar neste trabalho musicalmente profundo e científico. Podemos estar razoavelmente certos de que o próprio Bach pretendia que fosse uma obra para teclado solo e isso foi demonstrado de forma competente e convincente, por exemplo, por Gustav Leonhardt e Davitt Moroney, ambos tocando cravo solo, e por Herbert Tachezi que preferiu o órgão. Mas há uma vantagem nas versões para vários instrumentos, pois ao ouvinte mais inexperiente é permitido distinguir mais facilmente todos os fios da textura de Bach. E dá-lhe complexidade!

J.S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

1. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.1 Contrapunctus I Karl Münchinger 4:17
2. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.2 Contrapunctus II Karl Münchinger 2:44
3. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.3 Contrapunctus III Karl Münchinger 4:13
4. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.4 Contrapunctus IV Karl Münchinger 3:20
5. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.5 Contrapunctus V Karl Münchinger 4:55
6. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.6 Contrapunctus VI Karl Münchinger 3:30
7. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.7 Contrapunctus VII Karl Münchinger 2:54
8. The Art Of Fugue, Bwv 1080 – – – No.8 Contrapunctus VIII Karl Münchinger 6:08
9. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.9 Contrapunctus IX Karl Münchinger 2:36
10. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.10 Contrapunctus X Karl Münchinger 4:46
11. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.11 Contrapunctus XI Karl Münchinger 7:07
12. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.15 Fuga per canonem Karl Münchinger 2:45
13. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.17 Fuga per canonem Karl Münchinger 2:39
14. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.16 Fuga per canonem Karl Münchinger 4:01
15. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.14a Fuga per canonem Karl Münchinger 4:45
16. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.13a Karl Münchinger 2:28
17. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.13b Karl Münchinger 2:27
18. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.19a Karl Münchinger 2:32
19. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.19b Karl Münchinger 2:38
20. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.12a Karl Münchinger 3:17
21. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.12b Karl Münchinger 3:05
22. The Art of Fugue, BWV 1080 – – – No.18. Chorale: “Wenn wir in höchsten Nöten sein” Karl Münchinger 14:23

Karl Münchinger
Orquestra de Câmara de Stuttgart

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A Lição de Música – Johannes Vermeer
Year c. 1662–1665

PQP

J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

J. S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

Minha mulher perguntou se isso era um arranjo ou se apenas era uma gravação antiquada e romântica de Bach. Respondi: segunda opção. Mas eu não ousaria falar mal deste disco. E ele é bom. Numa época em que eu tinha condições de comprar apenas um ou dois discos por mês, adquiri esta Oferenda. Não sei como o vinil não furou. Devo ter ouvido esta gravação centenas de vezes e a Oferenda tornou-se uma de minhas obras prediletas. É até hoje. Não me importa que a orquestra pareça ser movida a energia atômica, tal sua potência; aqui, o que me importa são as lembranças de um adolescente que estava tendo seus primeiros contatos com Bach. CD sensacional. Sem discussões! :¬)))

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical (Münchinger / Orq de Câmara de Stuttgart)

4. Musical Offering, BWV 1079 – Ricercar a 3 Karl Münchinger 7:25
5. Musical Offering, BWV 1079 – Canon perpetuus a 2 Karl Münchinger 1:34
6. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 violini in unisono Karl Münchinger 0:47
7. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 per motum contrarium Karl Münchinger 0:50
8. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 per augmentationem, contrario motu Karl Münchinger 2:19
9. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 Karl Münchinger 0:46
10. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 Karl Münchinger 1:56
11. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 2 per tonos Karl Münchinger 2:24
12. Musical Offering, BWV 1079 – Canon perpetuus contrario motu Karl Münchinger 1:20
13. Musical Offering, BWV 1079 – Canon a 4 Karl Münchinger 5:10
14. Musical Offering, BWV 1079 – Fuga canonica Karl Münchinger 1:56
15. Musical Offering, BWV 1079 – Sonata a 3 – I Largo Karl Münchinger 4:55
16. Musical Offering, BWV 1079 – Sonata a 3 – II Allegro Karl Münchinger 6:16
17. Musical Offering, BWV 1079 – Sonata a 3 – III Andante Karl Münchinger 2:55
18. Musical Offering, BWV 1079 – Sonata a 3 – IV Allegro Karl Münchinger 3:13
19. Musical Offering, BWV 1079 – Ricercar a 6 Karl Münchinger 9:12

Karl Münchinger
Orquestra de Câmara de Stuttgart

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

As the Old Sing, So Pipe the Young, by Jan Steen, c. 1688-70, via Mauritshuis Museum, The Hague

PQP

J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado I (Maurizio Pollini)

J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado I (Maurizio Pollini)

A Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini fundada por Lais Vogel e P.Q.P. Bach sempre defendeu a tese — que hoje é opinião geral — de que os maiores gênios da humanidade foram William Shakespeare, Johann Sebastian Bach, Ludwig van, Charles Darwin, Karl Marx, Sigmund Freud, James Joyce e Maurizio Pollini. O resto está sob o topo daquilo que de mais alto o ser humano alcançou. Humano?, eu disse humano? Pois quando soube que Pollini lançara o Volume I do CBT, achei que ele estava fazendo o que não precisava. Claro que a gravação é excelente e dá importante contribuição à farta discografia bachiana. E oh, OK, ele está ficando velho e quis meter sua colher em Bach, quis deixar sua visão de uma obra fundamental para a arte pianística? Sem dúvida, eu o compreendo perfeitamente e só o lado técnico da interpretação já justifica tudo, mas o CBT não é o topo de Pollini como pianista, é apenas uma das melhores gravações em piano que ouvi de uma obra que prefiro ouvir no cravo. Pollini novamente não se deixa dominar por sua assombrosa técnica e insiste em fazer música. É uma gravação para rivalizar com Gould, mas nunca de forma hostil. Em alguma fugas, ouve-se não apenas a respiração como alguns gemidos a la Gould. Pollini não é um pianista vaidoso e bobo como tantos, é um intelectual ao qual se poderia atribuir a frase de Newton “Se eu vi mais longe, foi por estar em pé sobre ombros de gigantes”, ou seja, em sua gravação há ênfases de Gould, fraseados de Leonhardt e surpresas típicas de Pollini, como o súbita agressividade demonstrada no Prelúdio BWV 855, tudo dentro do maior equilíbrio e bom gosto. Mas ainda que, apesar de toda a qualidade do pianista e de seu direito de criar uma interpretação do século XXI para a obra (pós-Gould e até pós-Schiff em termos de concepção), acho que a contribuição maior de Pollini está lá adiante, a partir de Beethoven. Não fiquei decepcionado, até pelo contrário, mas prefiro os cravistas e, na verdade, lá no fundo, acho que as incensadas gravações de Bach realizadas por Gould são expressões importantes e ultra-elaboradas de uma “arte menor”, pois ele senta frente a um piano. Um purista? Talvez. Sei que estou sendo polêmico onde talvez não devesse, mas meus ouvidos há anos dizem que Leonhardt e Hantaï, em Bach, dão de dez em Gould e, agora, em Pollini.

Mas é uma tremendo CD e você deve ouvi-lo.

Johann Sebastian Bach: Das Wohltemperierte Klavier: Book 1, BWV 846-869

CD 1:
1) Prelude in C major BWV 846 [1:52]
2) Fugue in C major BWV 846 [1:56]
3) Prelude in C minor BWV 847 [1:30]
4) Fugue in C minor BWV 847 [1:40]
5) Prelude in C sharp major BWV 848 [1:13]
6) Fugue in C sharp major BWV 848 [2:14]
7) Prelude in C sharp minor BWV 849 [2:43]
8 ) Fugue in C sharp minor BWV 849 [4:47]
9) Prelude in D major BWV 850 [1:11]
10) Fugue in D major BWV 850 [1:47]
11) Prelude in D minor BWV 851 [1:25]
12) Fugue in D minor BWV 851 [1:58]
13) Prelude in E flat major BWV 852 [3:58]
14) Fugue in E flat major BWV 852 [1:39]
15) Prelude in D sharp minor/E flat minor BWV 853 [3:24]
16) Fugue in D sharp minor/E flat minor, BWV 853 [5:59]
17) Prelude in E major BWV 854 [1:23]
18) Fugue in E major BWV 854 [1:11]
19) Prelude in E minor BWV 855 [2:18]
20) Fugue in E minor BWV 855 [1:10]
21) Prelude in F major BWV 856 [0:54]
22) Fugue in F major BWV 856 [1:14]
23) Prelude in F minor BWV 857 [2:02]
24) Fugue in F minor BWV 857 [3:57]

CD 2:
1) Prelude in F sharp major BWV 858 [1:15]
2) Fugue in F sharp major BWV 858 [1:52]
3) Prelude in F sharp minor BWV 859 [1:03]
4) Fugue in F sharp minor BWV 859 [3:28]
5) Prelude in G major BWV 860 [0:56]
6) Fugue in G major BWV 860 [2:52]
7) Prelude in G minor BWV 861 [2:00]
8 ) Fugue in G minor BWV 861 [2:19]
9) Prelude in A flat major BWV 862 [1:33]
10) Fugue in A flat major BWV 862 [2:21]
11) Prelude in A flat minor/G sharp minor BWV 863 [1:33]
12) Fugue in A flat minor/G sharp minor BWV 863 [2:36]
13) Prelude in A major BWV 864 [1:14]
14) Fugue in A major BWV 864 [2:18]
15) Prelude in A minor BWV 865 [1:02]
16) Fugue in A minor BWV 865 [3:47]
17) Prelude in B flat major BWV 866 [1:11]
18) Fugue in B flat major BWV 866 [1:32]
19) Prelude in B flat minor BWV 867 [3:00]
20) Fugue in B flat minor BWV 867 [3:33]
21) Prelude in B major BWV 868 [1:19]
22) Fugue in B major BWV 868 [2:05]
23) Prelude in B minor BWV 869 [5:08]
24) Fugue in B minor BWV 869 [7:03]

Maurizio Pollini, piano

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Maurizio Pollini
Maurizio Pollini

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Peças para Violino e Baixo Contínuo (Schmitt, Gervreau, Jansen)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Peças para Violino e Baixo Contínuo (Schmitt, Gervreau, Jansen)

Este é aquele cantinho de Sonatas de Bach com alguns patinhos feios. Mas mesmo sendo patinhos feios, é Bach e Bach sempre vale a pena. Tanto que damos de cara com alguns movimentos de fazer cair os butiá do bolso de tão belos e bem escritos. As sonatas para violino e cravo de Johann Sebastian Bach são obras em forma de trio sonata, com as duas partes superiores no cravo e violino sobre uma linha de baixo fornecida pelo cravo e uma viola da gamba opcional. Ao contrário das sonatas barrocas para instrumento solo e contínuo, em que a realização do baixo figurado foi deixada ao critério do intérprete, a parte do teclado nas sonatas foi quase inteiramente especificada por Bach. Provavelmente, a maioria deles foi composta durante os últimos anos de Bach em Köthen entre 1720 e 1723, antes de ele se mudar para Leipzig.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Peças para Violino e Baixo Contínuo (Schmitt, Gervreau, Jansen)

Sonate Pour Violon & Basse Continue En La Majeur, BWV Anhang II 153
Composed By – Johann Sebastian Bach
1 Andante 3:06
2 Allegro 2:00
3 Adagio 3:32
4 Allegro 2:09
5 Fuga 2:24

Sonate Pour Violon & Basse Continue En Mi Mineur, BWV 1023
Composed By – Johann Sebastian Bach
6 – 1:14
7 Adagio Ma Non Tanto 3:39
8 Allemanda 4:31
9 Gigue 2:56

Sonate Pour Violon & Basse Continue En Do Mineur, BWV 1024
Composed By – Johann Sebastian Bach
10 Adagio 2:40
11 Presto 3:45
12 Affetuoso 2:24
13 Vivace 4:14

14 Fugue Pour Violon & Basse Continue, BWV 1026
Composed By – Johann Sebastian Bach
4:35

Sonate Pour Violon & Clavecin Obligé En La Majeur, BWV 1025
Composed By – Johann Sebastian Bach, Sylvius Leopold Weiss
15 Fantasia 2:43
16 Courante 4:11
17 Entrée 3:45
18 Rondeau 4:02
19 Sarabande 3:59
20 Menuet 2:48
21 Allegro 4:00

Harpsichord – Jan Willem Jansen
Violin – Hélène Schmitt
Violoncello – Alain Gervreau

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WILLEM VAN HERP, CELEBRATING COMPANY IN INTERIOR, 1613/14-1677: Pole dancing no século XVII.

PQP

J. S. Bach (1685-1750): 8 Cantatas Seculares (Profanas), BWV 201 a 207 + Quodlibet BWV 524 (Rilling) 4 CDs

J. S. Bach (1685-1750): 8 Cantatas Seculares (Profanas), BWV 201 a 207 + Quodlibet BWV 524 (Rilling) 4 CDs

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Publiquei há poucas semanas a segunda parte dessa maravilha. Ela está neste link, ó. E esta aqui é a primeira parte. O primeiro dos 4 CDs não é tão bom, mas os outros três são impressionantes. É notável o entusiasmo da turma de Rilling nestas Cantatas às vezes negligenciadas. As cantatas seculares foram escritas (tanto os textos como a música) para eventos especiais do calendário familiar, social, acadêmico ou político — um casamento, uma festa de aniversário, uma cerimônia acadêmica ou uma homenagem a um príncipe. Embora normalmente fossem tocadas apenas uma vez em sua forma original, Bach fez questão de reutilizar o material delas, se surgisse a oportunidade. Os exemplos mais conhecidos do uso de árias e coros seculares com novos textos sagrados são encontrados no Oratório de Natal, para o qual Bach baseou-se extensivamente em três cantatas festivas escritas para o Príncipe Eleitor da Saxônia e sua família.

J. S. Bach (1685-1750): 8 Cantatas Seculares (Profanas), BWV 201 a 207 + Quodlibet BWV 524 (Rilling) 4 CDs

Disk 1 von 4 (CD)

Geschwinde, ihr wirbelnden Winde BWV 201 (Der Streit zwischen Phoebus und Pan) (Kantate)
1 1: Chor: Geschwinde, ihr wirbelnden Winde
2 2: Rezitativ: Und du bist doch so unverschämt und frei
3 3: Arie: Patron, das macht der Wind
4 4: Rezitativ: Was braucht ihr euch zu zanken
5 5: Arie: Mit Verlangen drück ich deine zarten Wangen
6 6: Rezitativ: Pan, rücke deine Kehle nun
7 7: Arie: Zu Tanze, zu Sprunge
8 8: Rezitativ: Nunmehro Richter her
9 9: Arie: Phoebus, deine Melodie
10 10: Rezitativ: Komm, Midas, sage du nun an
11 11: Arie: Pan ist Meister, laßt ihn gehen
12 12: Rezitativ: Wie, Midas, bist du toll
13 13: Arie: Aufgeblasne Hitze
14 14: Rezitativ: Du guter Midas, geh nun hin
15 15: Chor: Labt das Herz, ihr holden Saiten

Disk 2 von 4 (CD)

Weichet nur, betrübte Schatten BWV 202 (Hochzeits-Kantate)
1 1: Arie: Weichet nur, betrübte Schatten
2 2: Rezitativ: Die Welt wird wieder neu
3 3: Arie: Phoebus eilt mit schnellen Pferden
4 4: Rezitativ: Drum sucht auch Amor sein Vergnügen
5 5: Arie: Wenn die Frühlingslüfte streichen
6 6: Rezitativ: Und dieses ist das Glücke
7 7: Arie: Sich üben im Lieben
8 8: Rezitativ: So sei das Band der keuschen Liebe
9 9: Gavotte: Sehet in Zufriedenheit

Amore traditore (Cupido, du Verräter) BWV 203 (Kantate)
10 10: Arie:Amore traditore
11 11: Rezitativ: Voglio provar
12 12: Arie: Chi in amore ha nemica la sorte

Ich bin in mir vergnügt (Von der Vergnügsamkeit) BWV 204 (Kantate)
13 13: Rezitativ: Ich bin in mir vergnügt
14 14: Arie: Ruhig und in sich zufrieden
15 15: Rezitativ: Ihr Seelen, die ihr außer euch stets in die Irre lauft
16 16: Arie: Die Schätzbarkeit der weiten Erden
17 17: Rezitativ: Schwer ist es zwar, viel Eitles zu besitzen
18 18: Arie: Meine Seele sei vergnügt
19 19: Rezitativ: Ein edler Mensch ist Perlenmuscheln gleich
20 20: Arie: Himmlische Vergnügsamkeit

Disk 3 von 4 (CD)

Zerreißet, zersprenget, zertrümmert die Gruft (Der zufriedengestellte Aeolus) BWV 205 (Kantate)
1 1: Chor der Winde: Zerreißet, zersprenget, zertrümmert die Gruft
2 2: Rezitativ: Ja, ja! Die Stunden sind nunmehro nah
3 3: Arie: Wie will ich lustig lachen
4 4: Rezitativ: Gefürcht’ter Äolus
5 5: Arie: Frische Schatten, meine Freude
6 6: Rezitativ: Beinahe wirst du mich bewegen
7 7: Arie: Können nicht die roten Wangen
8 8: Rezitativ: So willst du, grimmger Äolus
9 9: Arie: Angenehmer Zephyrus
10 10: Rezitativ: Mein Äolus, Ach!
11 11: Arie: Zurücke, zurücke, geflügelten Winde
12 12: Rezitativ: Was Lust! Was Freude! Welch Vergnügen!
13 13: Arie: Zweig und Äste
14 14: Rezitativ: Ja, ja! Ich lad euch selbst zu dieser Feier ein
15 15: Chor der Winde: Vivat! August, August vivat!

16 16: Quodlibet (Was sind das für große Schlösser) BWV 524 (Fragment für 4 Soli und Basso continuo)

Disk 4 von 4 (CD)

Schleicht, spielende Wellen BWV 206 (Glückwunsch-Kantate)
1 1: Chor: Schleicht, spielende Wellen, und murmelt gelinde!
2 2: Rezitativ: O glückliche Veränderung!
3 3: Arie: Schleuß des Janustempels Türen
4 4: Rezitativ: So recht! beglückter Weichselstrom!
5 5: Arie: Jede Woge meiner Wellen
6 6: Rezitativ: Ich nehm zugleich an deiner Freude teil
7 7: Arie: Reis von Habsburgs hohem Stamme
8 8: Rezitativ: Verzeiht, bemooste Häupter starker Ströme
9 9: Arie: Hört doch! der sanften Flöten Chor
10 10: Rezitativ: Ich muß, ich will gehorsam sein
11 11: Chor: Die himmlische Vorsicht der ewigen Güte

Auf, schmetternde Töne der muntern Trompeten BWV 207a (Kantate)
12 12: Chor: Auf, schmetternde Töne der muntern Trompeten
13 13: Rezitativ: Die stille Pleiße spielt
14 14: Arie: Augustus’ Namenstages Schimmer
15 15: Marsch
16 16: Rezitativ: Augustus’ Wohl ist der treuen
17 17: Arie: Mich kann die süße Ruhe laben
18 18: Ritornello
19 19: Rezitativ: Augustus schützt die frohen Felder
20 20: Arie: Preiset, späte Folgezeiten
21 21: Marsch
22 22: Rezitativ: Ihr Fröhlichen, herbei
23 23: Chor: August lebe, lebe König

Vereinigte Zwietracht der wechselnden Saiten BWV 207 (Kantate) (Auszug)
24 24: Rezitativ: Wen treibt ein edler Trieb
25 25: Rezitativ: Dem nur allein soll meine Wohnung offen sein
26 26: Rezitativ: Es ist kein leeres Wort

Alto Vocals – Ingeborg Danz
Bass Vocals – Andreas Schmidt, Dietrich Henschel
Choir – Gächinger Kantorei
Conductor – Helmuth Rilling
Orchestra – Bach-Collegium Stuttgart*
Soprano Vocals – Sibylla Rubens
Soprano Vocals – Christine Schäfer
Tenor Vocals – Markus Ullmann*, Markus Schäfer

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Rilling mandando o desprefeito bolsonarista de Porto Alegre calar a boca.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Motetos, BWVs 225-230 (Herreweghe)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Motetos, BWVs 225-230 (Herreweghe)

Por algum motivo até agora inexplicável, os Motetos de papai ainda não foram postados. Não sei o porque, talvez mano PQP esteja guardando algum trunfo na manga, mas resolvi atender a alguns pedidos insistentes, feitos no correr dos últimos meses, aproveitando uma pequena folga que terei nesta semana. Obras corais extremamente complexas, inexplicavelmente pouco gravadas (talvez mesmo pela sua dificuldade de interpretação), estes motetos são verdadeiras obras primas de papai. Introspectivas, meditativas, elas exigem do ouvinte concentração absoluta, de preferência sem barulhos externos que atrapalhem suas peculiaridades. Herreweghe, bem, Herreweghe é um dos maiores regentes da obra de papai. Até agora não li nenhum comentário negativo de suas gravações. A Chapelle Royale e o Collegium Vocale Gent são seus eternos  companheiros, e graças a eles e seus solistas, temos tido acesso a interpretações magníficas, não apenas das obras de papai, mas também de diversos outros compositores barrocos.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Motetos, BWVs 225-230 (Herreweghe)

01 – BWV 226 Der Geist hilft unsrer Schwachheit auf
02 – BWV 228 Fürchte dich nicht
03 – BWV 227 Jesu meine Freude
04 – BWV 229 Komm, Jesu, Komm
05 – BWV 230 Lobet den Herrn, alle Heiden
06 – BWV 225 Singet dem Herrn ein neues Lied

La Chappele Royalle
Collegium Vocale, Gent
Phillipe Herreweghe – Condutor

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Frans Hals: Dois meninos cantando (1620)

FDP Bach

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Flötensonaten – Flute Sonatas / Triosonate – Trio Sonata BWV 1038 (Ensemble Trazom)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Flötensonaten – Flute Sonatas / Triosonate – Trio Sonata BWV 1038 (Ensemble Trazom)

Um disco bem antigo, com interpretações atualmente apenas aceitáveis, mas que vale pela Trio Sonata que abre o CD. Se você quiser ouvir uma grande versão das outras obras que figuram no CD, a provável campeã é esta aqui. Meus ouvidos garantem veementemente que a BWV 1038 é de Bach, mas… A Trio Sonata BWV 1038 de Bach para Flauta, Violino e Continuo propõe um enigma. Ele sobreviveu como um conjunto de peças escritas por Johann Sebastian Bach – mas a fonte não fornece um compositor. Assim, sua autenticidade tem sido questionada repetidas vezes. De acordo com as pesquisas mais recentes, entretanto, presume-se que esta bela sonata seja uma obra original de Bach.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Flötensonaten – Flute Sonatas / Triosonate – Trio Sonata BWV 1038 (Ensemble Trazom)

Trio Sonata In G Major BWV 1038 For Traverso, Violin And Basso Continuo
1 Largo 3:14
2 Vivace 1:01
3 Adagio 1:58
4 Presto 1:22

Flute Sonata In E Flat Major BWV 1031 For Traverso And Obl. Fortepiano
5 Allegro Moderato 3:17
6 Siciliano 2:18
7 Allegro 4:25

Flute Sonata In G Minor BWV 1020 For Traverso And Obl. Fortepiano
8 Allegro 3:37
9 Adagio 3:16
10 Allegro 5:00

Flute Sonata In E Major BWV 1035 For Traverso And Basso Continuo
11 Adagio Ma Non Tanto 2:22
12 Allegro 3:06
13 Siciliano 3:11
14 Allegro Assai 3:12

Flute Sonata In E Minor BWV 1034 For Traverso And Basso Continuo
15 Adagio Ma Non Tanto 3:08
16 Allegro 2:39
17 Andante 3:24
18 Allegro 4:36

Cello – Stefan Fuchs (2)
Ensemble – Ensemble Trazom
Flute [Traverso] – Julia Dickson
Harpsichord, Fortepiano – Urte Lucht
Violin – Susanne von Bausznern

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Hendrick ter Brugghen: O Tocador de Flauta

PQP