Tchaikovsky (1840 – 1893): Tchaikovsky para Milhões – Diversos Intérpretes ֍

Tchaikovsky (1840 – 1893): Tchaikovsky para Milhões – Diversos Intérpretes ֍

Tchaikovsky

Movimentos de Sinfonias

e Outras Peças Orquestrais

 

Considerando o enorme sucesso da postagem Mahler para milhões, decidi dar continuidade recriando o LP virtual Tchaikovsky para milhões. Dessa vez não consegui todos os arquivos das gravações originais do famigerado LP, mas as substituições foram escolhidas criteriosamente e tenho certeza que Peter Ilyich não ficará contrariado. No LP original havia duas faixas com dois números musicais da ópera Eugene Onegin interpretados pela Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, regida por Férénc Fricsay, e a Marcha Eslava, interpretada pela Filarmônica de Berlim, regida por Ferdinand Leitner, e eu não encontrei essas gravações. Todo o resto, no entanto, está aí. E vocês poderão ver nos créditos da postagem, assim com poderão verificar com os seus próprios ouvidos que os artistas escolhidos para essas obras são de grande magnitude.

O que chamou a minha atenção depois de colocar todas as peças juntas, foi a importância da dança na obra de Tchaikovsky. A importância e a força. Além de ser um bamba das melodias, belíssimas, aquelas que grudam na gente, era um espetacular compositor de música de balé. O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e especialmente O Quebra Nozes, transcendem o mundo da música clássica e suas músicas são reconhecidas por todos.

No lado B do disco encontram-se três movimentos das três últimas sinfonias, as valsas das Sinfonias Nos. 5 e 6 e um Scherzo da Sinfonia No. 4, onde as cordas nunca são tocadas pelos arcos… Você vai descobrir o significado em música da palavra pizzicato. Aproveite bem, pois esses três movimentos foram trazidos de uma das gravações mais famosas das três últimas sinfonias de Tchaikovsky: Leningrad Philharmonic Orchestra regida por Evgeny Mravinsky, gravados em Londres e em Viena, pela DG. Para fechar essa sequência espetacular, a Valsa da ópera Eugene Onegin. Um disco cativante…

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)

Lado A

Eugene Onegin –

  1. Polonaise
Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi

Serenade fur Streichorchester C-Dur

  1. II Waltz_ Moderato, tempo di valse
Staatskapelle Dresden
Otmar Suitner

Marche slave

  1. Marcha
Russian National Orchestra
Mikhail Pletnev

Nutcracker Suite, Op.71ª

  1. 35-1. Miniature Overture
  2. 35-2a. March
  3. 35-2e. Chinese Dance (Tea)
Berliner Philharmoniker
Ferdinand Leitner

Lado B

Symphony Nr. 6

  1. Allegro con grazia

Symphony Nr. 4

  1. Scherzo. Pizzicato ostinato – Allegro

Symphony Nr. 5

  1. Valse (Allegro moderato)
Leningrad Philharmonic Orchestra
Evgeny Mravinsky

Eugene Onegin

  1. Entr’acte – Waltz
Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi

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MP3 | 320 KBPS | 141 MB

O pessoal do PQP Bach ensaiando a Dança Chinesa para não fazer feio na apresentação do fim de ano em Blumenau…

Quando a maioria de nós pensa em Tchaikovsky, pensamos nos seus balés – O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes, este último tão onipresente na época do Natal como o Messias de Handel. Entre a estreia de O Lago dos Cisnes em Moscou, em 1877, e a estreia de O Quebra-Nozes, em São Petersburgo, em 1892, Tchaikovsky elevou o padrão da música de balé russo. Ele substituiu as melodias banais e os ritmos previsíveis normalmente encontrados nos palcos do balé russo por músicas cheias de melodias elevadas e inventivas, harmonias ousadas e vitalidade rítmica. Seus três balés tornaram-se clássicos que perduram até hoje. Leia a integral [aqui].

Cena de Eugene Onegin

Suas obras mostram de forma quase exemplar que o desafio da música de balé vai muito além desse nível funcional (o balé como como um nicho musical que visa simplesmente fornecer a base para os movimentos de dança). Em seus três principais balés, Tchaikovsky consegue retratar musicalmente processos dramáticos e psicológicos, desenvolvendo-os e tornando-os compreensíveis. Igor Stravinsky, o mais famoso compositor do gênero balé depois de Tchaikovsky, caracterizou acertadamente as qualidades da Bela Adormecida: “Cada entrada, cada ação no palco em geral, é sempre tratada individualmente de acordo com o caráter da respectiva pessoa, e cada número tem cara própria.” Leia a integral [aqui].

Aproveite!

René Denon

PQP Bach Quizz: O que é a máquina que aparece estilizada na capa do LP?

a) Parte de um samovar exposto no Museu Tsaritsyno, em Moscou

b) Astrolábio musical russo do século XIX

c) Apontador de batutas usado por Tchaikovsky em suas turnês pela Europa

d) Balança para pesar a quantidade de melodias usada por Tchaikovsky em seus balés

e) NRA

Paris est une fête: Música de Bizet • Chabrier • Milhaud • Ravel – Alexandra Soumm (violino) • Orchestre de Chambre Pelléas & Benjamin Levy ֎

Paris é uma festa

O clima de olimpíadas está no ar e a Cidade Luz mais cativante do que nunca – se bem que as (de)cantadas águas do Sena não parecem tão festeiras assim, segundo concluiu o triatleta belga…

Com essa motivação toda, dei com os costados em um balaio de discos com inspiração francesa e Paris em particular. Esse da postagem me pareceu tão interessante, deliciosamente alegre e estimulante, que resolvi apresenta-lo à nação PQP-Bachiana.

O disco começa com todo o charme das morceaux populaires brésiliens costuradas uma depois da outra por Darius Milhaud, para compor seu Le Boeuf sur le toit. Depois uma orquestração original para a Bourée fantasque de Emmanuel Chabrier, que a escreveu originalmente para piano. Seguindo com violino e orquestra, temos a famosa Tzigane, de Maurice Ravel.

Para terminar a festa parisiense em altos espíritos temos a bela, clássica e juvenil Sinfonia de Bizet. E tudo isso interpretado por uma peculiar orquestra, da qual não havia ouvido falar antes, mas que me deixou curioso e com vontade de quero mais. Você poderá descobrir um pouco mais sobre ela, a violinista e o maestro assistindo a este relativamente curto vídeo aqui.

Darius Milhaud (1892-1974)

Cinéma Fantaisie for Violin and Orchestra, Op. 58b

(After Le bœuf sur le toit, Cadenza by Arthur Honegger)

  1. Fantasia

Emmanuel Chabrier (1841-1894)

Bourrée fantasque

  1. Bourrée fantasque

(Arr. for Violin and Orchestra by Thibault Perrine)

Maurice Ravel (1875–1937)

Tzigane

  1. Tzigane

Georges Bizet (1838–75)

Symphony in C

  1. Allegro vivo
  2. Adagio
  3. Allegro vivace
  4. Allegro vivace

Alexandra Soumm, violino

Orchestre de Chambre Pelléas

Benjamin Levy

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MP3 | 320 KBPS | 135 MB

This recording, a testament to the musical and human affinities forged over many years between these performers, is also a return to the sources of creative fount, with the first recording of Tzigane in the new and the first recording of the orchestration of Emmanuel Chabrier’s Bourree fantasque according to the sketches left unfinished by the composer. From the crinolines of Georges Bizet’s adolescence to the wisps of cigar smoke in the dreamy Brazil of Le Boeuf sur le toit, let’s immerse ourselves in an era when Paris set the tempo for cosmopolitan, carefree celebrations.

Esta gravação, um testamento das afinidades musicais e humanas forjadas ao longo de muitos anos entre esses artistas, é também um retorno às fontes da fonte criativa, com a primeira gravação de Tzigane no novo e a primeira gravação da orquestração de Bourree fantasque de Emmanuel Chabrier de acordo com os esboços deixados inacabados pelo compositor. Das crinolinas da adolescência de Georges Bizet aos fios de fumaça de charuto no Brasil sonhador de Le Boeuf sur le toit, vamos mergulhar em uma era em que Paris definiu o ritmo para celebrações cosmopolitas e despreocupadas.

Aproveite!

René Denon

Alexandra quer saber se você gostou do disco… deixe um comentário!

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 – Columbia Symphony Orchestra – Bruno Walter ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 – Columbia Symphony Orchestra – Bruno Walter ֍

The Best of Jurassic World!

 

Anton Bruckner

Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter

 

Este disco certamente se qualifica tanto para o projeto BRUCKNER 200 ANOS! quanto para a série The Best of Jurassic World!

capa da primeira edição em CD

A Sinfonia No. 9 de Bruckner é uma das mais lindas e aqui temos uma gravação antológica. Ademais, Bruno Walter nasceu em 1876, em Berlim e foi amigo de Gustav Mahler. Ele ficou famoso por suas interpretações das obras de compositores austro-germânicos como Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, Wagner, Bruckner e seu amigo Mahler. Foi o maestro que regeu a primeira apresentação da Canção da Terra, em 1911.

Em 1939 Bruno Walter mudou-se para os Estados Unidos, escapando dos horrores da guerra e do nazismo. No novo mundo passou a gravar seu repertório para a Columbia, regendo a Orquestra Filarmônica de Nova Iorque. Em fevereiro de 1957, teve um ataque cardíaco enquanto gravava a Segunda Sinfonia de Mahler. No entanto, em 1958 ele terminou a gravação da apropriadamente chamada Sinfonia da Ressurreição. Depois disso, Bruno Walter passou a gravar novamente seu repertório, mas em Los Angeles, onde morava, em Beverly Hills, com uma orquestra de estúdio, formada por músicos da Filarmônica de Los Angeles e de músicos dos estúdios de Hollywood, nomeada Columbia Symphony Orchestra. Essas gravações tiveram a extra motivação da nova tecnologia – estéreo – e ficaram conhecidas por terem sido feitas durante seu ‘Indian Summer’. A gravação desta postagem é um ótimo exemplo do sucesso da empreitada.

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 9 em ré menor

  1. Feierlich, misterioso
  2. Bewegt, lebhaft
  3. Langsam, feierlich

Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter

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MP3 | 320 KBPS | 135 MB

Trechos de críticas dispostas no site da Amazon: Bruno Walter once described his experience of understanding Bruckner. He said that for many years he didn’t especially like the music. Then one day he heard a Bruckner work while ill in bed. Disarmed, receptive and uninhibited by prejudice, the music overpowered him. Suddenly he understood.

That must have been an astounding epiphany, because this 9th could not be more subtle, more beautiful, exquisite, loving, serene, plumbing … I don’t have the words.

 

Identifique esses autênticos jurássicos…

While Walter underplays the emotional weight of the music compared to a conductor like Karajan, Bruckner’s message of end of life resignation and fulfillment — especially in the closing pages of the finale — is more truthful and compelling than in more dramatic versions. It is as if Walter, at the end of his illustrious career, was perfectly suited to conduct this music, which was composed at the end of Bruckner’s life.

Aproveite!

René Denon

tecno-jurássico

Brahms (1833 – 1897): As Quatro Sinfonias – Wiener Philharmoniker – James Levine ֎

Brahms (1833 – 1897): As Quatro Sinfonias – Wiener Philharmoniker – James Levine ֎

BRAHMS

4 Sinfonias

Abertura Trágica

Rapsódia para Contralto

Wiener Philharmoniker

James Levine

 

Capa de um dos CDs lançado avulso

Esta coleção de obras de Brahms contendo principalmente as quatro sinfonias é excelente! A orquestra não poderia ser mais qualificada, a produção é impecável, com exceção da Abertura, tudo foi gravado ao vivo, a capa é sensacional – Art Noveau.

A Rapsódia para Contralto, interpretada pela ótima Anne Soffie von Otter, com acompanhamento do Arnold Schoenberg Chor é muito tocante.

O regente é James Levine, um tipo Dr. Jekyll e Mr. Hyde da batuta. Ele foi um maestro americano que chegou muito cedo a posições de destaque e dirigiu as melhores orquestras – Philadelphia, Chicago, Boston, Berlin e Wiener Philharmoniker. Sua mais longa ligação foi a frente do Metropolitan Opera de Nova York. Foi nomeado maestro em 1976 e viveu um rico período de realizações. No entanto, essa relação terminou de maneira tumultuada. Ele foi afastado em 2017, acusado de abuso sexual de vários músicos. Essas denúncias vieram à tona na ocasião do movimento #Me Too.

J Levine e sua toalhinha…

No que tange a música, Levine foi músico completo – regente de obras sinfônicas, grandes obras corais e ópera. Foi excelente acompanhante de solistas, tanto como regente (Kissin, Volodos, Mutter) quanto como pianista (Kathleen Battle, Christa Ludwig, Jessie Norman). Também atuou como músico de câmara junto a ótimos conjuntos. Seu legado de gravações é imenso e de muito bom nível. Esse ciclo de Brahms, gravado ao vivo, é o seu segundo. Há um ciclo gravado para RCA, com a Chicago Symphony Orchestra, que é também excelente. Você perceberá, desde as primeiras notas da Primeira Sinfonia, passando pelo seu exuberante último movimento. Não deixe de ouvir. Não é por nada que ele foi estagiário de George Szell.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Symphony No. 1 In C Minor, Op. 68

  1. Un poco sostenuto – allegro
  2. Andante sostenuto
  3. Un poco allegretto e grazioso
  4. Adagio – più andante – allegro non troppo, ma con brio

Alto-Rapsody op.53

  1. Adagio- poco andante- adagio

Symphony No. 2 In D Major, Op. 73

  1. Allegro non troppo
  2. Adagio non troppo
  3. Allegretto grazioso (quasi andantino) – presto ma non assai
  4. Allegro con spirito

Tragische Ouvertüre Op. 81

  1. Allegro non troppo

Symphony No. 3 In F Major, Op. 90

  1. Allegro con brio
  2. Andante
  3. Poco allegretto
  4. Allegro

Symphony No. 4 In E Minor, Op. 98

  1. Allegro non troppo
  2. Andante moderato
  3. Allegro giocoso
  4. Allegro energico e passionato

Anne Sofie von Otter, contralto

Arnold Schoenberg Chor

Wiener Philharmoniker

James Levine

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MP3 | 320 KBPS | 184 MB

 

Onde está o Pateta?

Alguns críticos diziam que faltava ao seu trabalho uma marca distintiva, lembra o principal crítico de música clássica do New York Times, mas, quando dirigia, as suas apresentações eram “lúcidas, ritmicamente incisivas sem serem obstinadas, e estruturadas de forma convincente, dando ainda às linhas melódicas espaço para respirarem”.

Acima de tudo, acrescenta Anthony Tommasini, Levine “valorizava a naturalidade, sem que nada soasse forçado, fosse uma explosão tempestuosa de uma ópera de Wagner ou uma passagem reflexiva de uma sinfonia de Mahler”.

[…] faltava ao seu trabalho uma marca distintiva […] Rigorosos, não acham? Eu sou bem mais fácil de agradar e gostei muito de ouvir essas gravações. Depois você me conta.

Aproveite!

René Denon

Brahms (1833 – 1897): Ballades & Fantasies – Denis Kozhukhin (piano) ֍

Brahms (1833 – 1897): Ballades & Fantasies – Denis Kozhukhin (piano) ֍

Johannes Brahms

Baladas e Fantasias

Denis Kozhukhin, piano

 

O jovem pianista de olhos azuis e cabelos louros se deu conta que o piano estava afinado um bemol abaixo assim que, com o violinista cigano que acompanhava, atacaram a sonata de Beethoven…  Mas, não perdeu a pose, transpôs tranquilamente, de memória, a parte correspondente para um semitom acima. Estamos falando dos dias de juventude de um dos três ‘B’s da música. Hannes, como era chamado pelos íntimos, além de compositor aspirante, um pianista exímio e extremamente experiente.

A dupla Eduard Reményi e Johannes Brahms não poderia ser mais contrastante, mas como geralmente acontece nessa sorte de associação, complementavam-se de certa forma. Eles não permaneceram juntos por muito tempo, mas o gosto pelas melodias ciganas ficou. Em breve Hannes conheceria outro violinista húngaro, travando uma amizade longa com Joseph Joachim.

O disco da postagem traz uma linda coleção de peças da obra para piano de Brahms, interpretada pelo jovem pianista Denis Kozhukhin. O Tema e Variações é uma transcrição do segundo movimento do Sexteto de Cordas, op. 18, e tem uma dessas melodias ‘chiclete’, que gruda na memória da gente… Em seguida as 4 Baladas, pois que o compositor da postagem, mesmo acusado de ‘clássico’, quando isso era démodé, tinha alma romântica. Para finalizar, uma das coleções de peças curtas, produzidas no final da vida, as Fantasias op. 116. Veja como as perspectivas podem elevar ou detrair, dependendo do caso. (Por isso, devemos ter cuidado com as palavras.) Sobre essas peças, Eduard Hanslick, que era da turma do Wagner, as descreveu como um ‘breviário do pessimismo’ (ele talvez preferisse as valsas), enquanto Rüger menciona ‘gentil melancolia’. Eu sempre gostei dessas peças, desde o filme ‘Chuvas de Verão’. Espero que o disco sirva de estímulo para maiores explorações pelas diferentes interpretações dessas peças e do resto da obra para piano de Brahms.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Theme & Variations in D Minor, Op. 18b

  1. Tema e Variações

4 Ballades, Op. 10

  1. 1 in D Minor “Edward”
  2. 2 in D Major
  3. 3 in B Minor
  4. 4 in B Major

Fantasies (7 piano pieces), Op. 116

  1. 1, Capriccio in D Minor
  2. 2, Intermezzo in A Minor
  3. 3, Capriccio in G Minor
  4. 4 in E Major, Intermezzo
  5. 5, Intermezzo in E Minor
  6. 6, Intermezzo in E Major
  7. 7, Capriccio in D Minor

Denis Kozhukhin, piano

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MP3 | 154 MB

Denis Kozhukhin

Seção ‘The book is on the table’:  “These works by Brahms reflect the many aspects of the life of a great man; the intellect of an exceptional mind and the emotions of a profoundly sensitive human being. From the Ballades with their resonance of a young man wondering about an uncertain future, to the Phantasies, with their sickening contrasts, which move from the despair of a man who suffered great loss to the powerful resilient strength of a human being who refuses to accept the approaching end.”  –  D. Kozhukhin

Russian pianist Denis Kozhukhin studied in Spain, Italy, and Germany. This fine recital of Brahms piano music consists of short pieces drawn from the beginning and end of the composer’s career. […] This is an immensely satisfying disc, raising a thirst for more Brahms from Kozhukhin. Bring on the Handel variations and the Third Piano Sonata!   –   Richard Kraus

The Ballades confirm his mastery of sonority, balance and deportment. Kozhukhin takes care to articulate each note, where the majority of pianists phrase by the bar…this is worth pursuing.  –  Diapason April 2017

Aproveite!

René Denon

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Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart

Sinfonias Nos. 35 & 36

AAM

Christopher Hogwood

 

Esse incrível disco foi gravado em 1979, no formato analógico, e é parte do projeto de gravar todas as sinfonias de Mozart usando instrumentos e práticas de época. Este pioneiro projeto lançado pelo selo L’Oiseau-Lyre, a versão ‘Archive Produktion’ da companhia inglesa Decca, foi completado e a caça pelas caixinhas com os discos nas lojas daqui, naqueles dias, era uma verdadeira caça ao tesouro. O projeto Haydn, bem mais extenso, não teve a mesma sorte, as agruras das gravadoras o atingiram ainda em pleno voo. O disco da postagem terminou como o terceiro do Volume 5, cuja capa ilustra a abertura da postagem.

Era maravilhosamente surpreendente ouvir essa música interpretada nessa forma autêntica. A música de Mozart surgia sob uma nova luz, como as pinturas de Rembrandt após a limpeza da sujeira e das camadas de verniz. Os grandes intérpretes de Mozart naqueles dias eram regentessáuros tais como Bohm, Karajan, Szell, Kubelik, Jochum, Solti… Entre os mais antigos venerados por muitos, mas que já estavam no caminho da fossilização, tínhamos Bruno Walter, Josef Krips, Otto Klemperer.

Detalhe de “A Ronda Noturna”, feita em 1642, por Rembrandt – antes e depois da restauração

Havia os mais moderninhos, que tocavam com bandas menores, como Marriner e a ASMF, Jeffrey Tate e a ECO, Sir Charles Mackerras e a Orquestra de Câmara de Praga, mas o som da L’Oiseau-Lyre era libertador.

Escolhi esse disco para postar por gostar da música e por achá-lo sempre atual e destacando-o assim da coleção com todas as outras sinfonias. Integralidade nem sempre a maneira mais interessante de ouvir a música de Mozart, na minha opinião.

A Sinfonia No. 35 nasceu como mais uma possível Serenata a ser composta por Mozart para o pessoal da família Haffner, de Salzburgo. A encomenda havia chegado a Viena, onde Mozart morava em 1782, enviada pelo seu pai, Leopold Mozart. Wolfgang havia composto uma ‘Serenata Haffner’ enquanto ainda morava em Salzburgo e que fizera muito sucesso, tanto que ganhou o apelido.

Mas Mozart agora estava ocupadíssimo, trabalhando na ópera ‘O Rapto do Serralho’, às voltas com sua noiva e futura esposa, além de aulas muitas. Mesmo assim, foi compondo partes da Serenata e enviando para Salzburgo. O prazo da encomenda venceu e Mozart pediu de volta o que já havia mandado. Gostou tanto do que estava pronto (imagine a pressa com que foi compondo…) que rearranjou o material, acrescentou instrumentos na orquestração e assim surgiu a que agora conhecemos como ‘Sinfonia Haffner’.

A outra sinfonia (pela qual tenho uma especial afeição) é a Sinfonia No. 36, escrita em 1783: A Sinfonia “Linz” foi escrita em três dias! Em 1783, Mozart e sua mulher, Constanza, fazem uma viagem a Salzburgo, para verem o pai e a irmã do compositor. No regresso a Viena, o casal detém-se em Linz, em visita ao velho conde de Thun, grande amigo da família. O conde queria muito que Wolfgang se apresentasse com a orquestra local, mas Mozart não tinha nenhuma de suas partituras à mão. Desejoso de agradecer a boa acolhida, começa uma nova sinfonia e consegue estreá-la no dia programado. [Veja o texto completo aqui]. Essa seria a ‘Sinfonia Linz’.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Symphony No. 35 In D Major “Haffner” K.385

  1. March K. 408 No. 2 [K.385a]
  2. Allegro Con Spirito
  3. Andante
  4. Menuetto & Trio
  5. Presto

Symphony In C Major “Linz” K.425

  1. Adagio – Allegro Spiritoso
  2. Andante
  3. Menuetto & Trio
  4. Presto

The Academy of Ancient Music [on period instruments]

Christopher Hogwood – conductor

Recording locations: St. Jude’s, Hampstead Garden Suburb & St. Paul’s, Arnos Grove,
June & October 1979

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FLAC | 299 MB

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

O disco foi relançado individualmente numa série com preços modestos, como se dizia então…

Nesta gravação eles mantiveram a marcha que havia sido composta para a versão original na forma de uma serenata, mas que foi descartada por Mozart na versão final como Sinfonia. Acho que eles fizeram isso para exibir os tímpanos…

You cannot get any better than this set. It is outstanding. All of the Mozart Symphonies in one package is impressive enough on its own. But this is a very special package. The Academy of Ancient music under Christopher Hogwood have always been a quality act and their work on this set is no exception.

Não posso deixar de concordar…

Aproveite!

René Denon

PS: Não deixe de visitar essa outra postagem com os mesmos artistas…

F. J. Haydn (1732-1809): 4 Sinfonias – The Academy of Ancient Music – Hogwood

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893) & Sergei Rachmaninov (1873 – 1943): Concertos para Piano No. 1 & No. 2 – Werner Haas (piano) – Orchestre National De L’opera De Monte Carlo & Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt – Eliahu Inbal ֎

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893) & Sergei Rachmaninov (1873 – 1943): Concertos para Piano No. 1 & No. 2 – Werner Haas (piano) – Orchestre National De L’opera De Monte Carlo & Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt – Eliahu Inbal ֎

WARHORSES

Cavalos de Guerra! Eu sempre gostei dessa expressão, talvez por minha vadia juventude repleta de livros com histórias cheias de aventuras e de pouca televisão. Quando muito, uma seção na matiné do único cinema da cidade. Em música ela significa ‘algo (como uma obra de arte ou composição musical) que se tornou excessivamente familiar ou banal devido a muitas repetições no repertório usual’. E poucos concertos para piano se classificam tanto como esses dois, do disco da postagem, para a tal expressão. Ambos estão enumerados na curta lista (ah, que seria da nós sem as listas?) de melhores concertos para piano da Gramophone. Despertei sua curiosidade? Verifique quais são os outros concertos da tal lista aqui….

O Concerto No 1 de Tchaikovsky teve um início de carreira um pouco hesitante. Tchaikovsky o revisou três vezes, especialmente o início do concerto. Os acordes iniciais tocados pelo pianista, seguidos pela orquestra tocando o tema principal, eram originalmente arpeggios. Como já mencionei em outras postagens, agarrar a atenção do ouvinte logo de cara é muito importante para o sucesso da peça. O compositor também tinha a expectativa que a obra fosse interpretada pelo pianista e compositor Nikolai Rubinstein, mas este não recebeu muito bem a obra. De qualquer forma, o concerto tornou-se um exemplo de concerto romântico, quase encabeçando a lista (sim, temos uma segunda lista nesta postagem, agora a dos concertos românticos para piano).

O líder dessa lista é o segundo concerto do disco, o Concerto para Piano No. 2, de Rachmaninov. Você deve saber tudo a respeito dessa obra, especialmente de como foi composta após um período no qual o compositor amargou uma enorme depressão, da qual saiu com a ajuda de um psiquiatra que fazia uso da hipnose… Não perca tempo, leia tudo aqui.

A capa da fita cassette

O disco é um primor e faz parte de uma coleção lançada pela Philips em torno do período de surgimento dos CDs, e se chamava Concert Classics. A capa deste disco é típica da série, com a ilustração de Erik Kessels que usa uma colagem com recorte de uma foto.

Os dois concertos reunidos no disco (para a série) têm a interpretação do mesmo pianista – Werner Haas – e o mesmo regente – Eliahu Inbal – mas, foram gravados em momentos diferentes e fazem parte de específicos projetos.

O concerto de Tchaikovsky foi gravado em Monaco, em 1970, juntamente com seus outros dois irmãos menos famosos, os Concertos Nos. 2 e 3. Veja este projeto completo na postagem do FDP Bach, aqui. O concerto de Rachmaninov é de 1974, em Frankfurt, e lançado em um disco com a Rapsódia sobre um tema de Paganini. Esta gravação foi feita em som ‘quadrifônico’. Na verdade, o som do disco é mais uma evidência de como a Philips era uma grande gravadora, especialmente quando piano tomava parte do projeto.

Werner Haas

O pianista é famoso por suas interpretações das obras de Debussy e Ravel, gravadas pela Philips. Foi aluno de Walter Gieseking, mas infelizmente morreu cedo, aos 45 anos, em um acidente automobilístico. O regente Eliahu Inbal tem 88 anos e foi regente de diversas orquestras, incluindo a Orquestra da Rádio de Frankfurt, que aparece neste disco. Sua última atuação foi como regente da Taipei Symphony Orchestra. Após sua aposentadoria, Inbal foi nomeado maestro laureado desta orquestra, em 2023.

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893)

Piano Concerto No.1 In B Flat Minor, Op. 23

  1. Allegro Non Troppo E Molto Maestoso – Allegro Con Spirito
  2. Andantino Simplice – Prestissiomo – Tempo I
  3. Allegro Con Fuoco

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Piano Concerto No.2 In C Minor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio Sostenuto
  3. Allegro Scherzando

Werner Haas, piano

Orchestre National De L’opera De Monte Carlo (Tchaikovsky)

Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt (Rachmaninov)

Eliahu Inbal

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MP3 | 320 KBPS | 155 MB

PQP Bach Banho & Tosa em ação…
Eliahu Inbal

Sobre o RACH#2: Eliahu Inbal is one of the most underrated conductors around. It’s good to have so many old recordings of his again available and in this glorious sound as well. This one has definitely aged gracefully and survived the test of time. […] This is highly charged reading, truly emotional and never overblown. Haas is a true virtuoso, but has expressive power most of today’s Kissins and Lang Langs are missing. The piano sound is captured in its full glory

Diversos Compositores: Piano Encores (Bombonzinhos…) – Tristan Pfaff ֍

Diversos Compositores: Piano Encores (Bombonzinhos…) – Tristan Pfaff ֍

Quem ainda não ouviu a frase ‘Eu gosto de um piano bem tocado…’? Como se alguém preferisse ouvir um piano ser maltratado… Mas, quem não gosta de ouvir ao piano lindas melodias, especialmente as mais conhecidas, que nos trazem lindas memórias, lembranças queridas?

Este disco é assim, uma coleção de peças, breves em sua maioria, com as quais os pianistas brindam as audiências ao fim do recital. Eu me interessei em postar essa coleção por lembrar-me de uma fase boa da minha primeira vida.

Meu amigo Paulo e eu íamos a muitas lojas de discos na década de 1980 e os encontros com os frequentadores mais assíduos eram constantes, já havia até uma certa camaradagem entre nós. Os atendentes das lojas conhecíamos todos e os mais diversos eles eram. Um do qual gostávamos muito era o Sr. Rubens, que trabalhava numa loja do Shopping da Gávea, sempre com um colete de lã – por causa do ar condicionado – e um lenço de seda ao pescoço, que lhe dava um certo ar de lorde. Seu Rubens guardava no peito um coração de ouro, mas tinha uma maneira seca de ser, era bem formal. Era necessário um certo esforço para que ele permitisse uma maior proximidade. Deu-me generosamente umas tantas dicas e sempre boas sugestões. Mas, meu amigo e eu adorávamos provoca-lo com afirmações que sabíamos que ele contestaria sobre peças ou intérpretes dos quais ele não gostava.

Uma vez, estávamos lá, com os narizes enfiados nas gôndolas repletas de novidades, fazendo ginásticas mentais pensando nos parcos recursos que guardávamos nas carteiras, quando entrou no salão dos clássicos uma senhora que levou a paciência e a fleuma de Seu Rubens (Rubão, nas nossas conversas longe dele…) ao limite extremo. Ela queria um disco com peças avulsas para piano – para serem ouvidas durante o encontro com as amigas, para o chá e fofocas. E ela se esforçava – aquele assim, com pecinhas bonitas, uns bombonzinhos. Pois foi aí que Rubão não aguentou: Minha senhora, para comprar bombonzinhos é melhor ir a uma bomboniere…

Esse se tornou nosso bordão – tem aí, Seu Rubens, um disco com bombonzinhos? Ele mesmo não resistia à provocação e caíamos todos na gargalhada.

Pois então, nessa nossa ‘loja de discos’, onde nos encontramos virtualmente para fuçar as gôndolas em busca de boa música, agora também tem um disco com bombonzinhos e boa memória de amigos na música.

Gran Quizz PQP Bach: Relacione o nome das peças na coluna à esquerda com o nome do compositor, na coluna da direita.

  1. The Man I Love                                                                                (  ) Schubert
  2. 21 Hungarian Dances, WoO 1: No. 1, Allegro molto                  (  ) de Falla
  3. Kuolema: Valse triste, Op. 44 No. 1                                               (  ) Chopin
  4. In das Album der Fürstin Metternich, WWV 94                        (  ) Tchaikovsky
  5. El Amor brujo: VIII. Danza ritual del fuego                                 (  ) Bach, C P E
  6. Easy Variations on Folk Themes, Op. 51: Merry Dance             (  ) Gounod
  7. Keyboard Sonata in B Minor, Wq. 55 / 3, H. 244                        (  ) Scriabin
  8. Tango (No. 2 from Espana, Op. 165)                                              (  ) Mozart
  9. 3 Songs, Op. 21: III. Jeg giver mit digt til våren                          (  ) Satie
  10. Marche funèbre pour une marionnette                                         (  ) Gershwin
  11. Suite bergamasque: Clair de lune                                                   (  ) Wagner
  12. 3 Pieces, Op. 2: I. Etude                                                                    (  ) Prokofiev
  13. Foglio D’album                                                                                    (  ) Sibelius
  14. Moments Musicaux, D780: No. 3 in F minor                               (  ) Bach, J S
  15. 6 morceaux, Op. 51, TH 143: VI. Valse sentimentale                  (  ) Debussy
  16. Nocturnes, Op. 9: II. Andante en Mi Bémol Majeur                  (  ) Puccini
  17. Pieces From “Romeo And Juliet” – Montagues and Capulets  (  ) Schumann
  18. Prelude in C Minor, BWV 999                                                        (  ) Kabalevsky
  19. Das Butterbrot                                                                                    (  ) Grieg
  20. Kinderszenen, Op. 15: XIII. Der Dichter spricht                         (  ) Brahms
  21. Gymnopédie No. 1                                                                              (  ) Albéniz

Tristan Pfaff, piano

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MP3 | 320 KBPS | 146 MB

Tristan Pfaff

The encore, an end-of-concert ritual, is always highly appreciated by the audience. In a way, through them the listener gets to know the artist a little better, as encore choices reveal taste and personality. Thus, pianist Tristan Pfaff interprets above all pieces he loves: from the Baroque era of Bach to music of the 20th century by Prokofiev and Kabalevsky, a very broad musical horizon is proposed. Popular song is also present with Gershwin’s ‘The man I love’, in its piano version.

Aproveite!

René Denon

Tristan Pfaff na festa de pré-lançamento da postagem no PQP Bach Great Hall, vendo se aproximar um garçom com mais uma bandeja de bombonzinhos servidos durante o rega-bofes…

John Dowland (1563 – 1626): Danças (de Dowland) – Julian Bream (alaúde) ֎

John Dowland (1563 – 1626): Danças (de Dowland) – Julian Bream (alaúde) ֎

Semper Dowland,

      semper dolens…

Dances of Dowland

Julian Bream

 

Dizem que a metade da vida ‘útil’ de um alaudista é gasta afinando o danado do instrumento. Como John Dowland viveu pouco mais de 60 anos, passou uns 20 dormindo e uns 10, pelo menos, afinando seus alaúdes… criando assim suas lindas melodias, as quais preenchia com poesias que tratavam das dores do amor, sofrência pura, melancolia. Mas, era a o que ditava a moda de então…

Julian Bream verificando se o instrumento estava realmente afinado…

O próprio Dowland criou o trocadilho ‘Semper Dowland, semper dolens’ e a sua música mais conhecida é uma melodia que se chama ‘Lachrimae antiquae”.

Esse disco apresenta uma coleção de danças – galliardas, gigas e alemandas – interpretadas pelo espetacular Julian Bream. A produção é de 1964, portanto apresenta características pré-instrumentos de época, mas a arte de Bream é tão refinada e tão impecáveis são a sua técnica e o seu gosto que o disco merece toda a atenção.

Talvez não seja justo ou conveniente ouvir tudo de uma sentada, se você ainda não é do ramo (é claro, essa é apenas a minha opinião), mas é uma coleção à qual tenho retornado com muito gosto. Tenho uma queda especial pela Frog Gallaird, que apresenta a melodia da canção Now, O now, I needs must part. Veja lá e depois me conte…

John Dowland (1563 – 1626)

  1. The Earl Of Essex Galliard
  2. Lachrimae Antiquae
  3. My Lady Hunsdon’s Puffe
  4. Lord D’Lisle’s Galliard
  5. The Frog Galliard
  6. Lachrimae Verae
  7. The Shoemaker’s Wife (A Toy)
  8. Lady Rich Her Galliard
  9. Unnamed Piece (Almaine)
  10. Sir John Smith’s Almaine
  11. Melancholie Galliard
  12. Sir Henry Gifford’s Almaine
  13. Dowland’s First Galliard
  14. Vaux’s Gigge
  15. The Earl Of Derby His Gilliard
  16. Semper Dowland, Semper Dolens

Julian Bream, alaúde

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Julian afinando um dos violões da coleção do PQP Bach

Como disse John Duarte, da Gramophone: Many of today’s most famous lutenists began with but abandoned the guitar; Bream has maintained a uniquely distinguished career with both instruments. […] If he is not a ‘real’ lutenist then few will know the difference and fewer will care about it; most will happily settle for these wonderfully live and human performances of music by the greatest of all English lutenists, as I feel Dowland himself might have done. The sound is magnificent […]. This is, pace the purists, as important a recording of lute music as any on offer, a statement of what this marvellous music is really about.’

Aproveite!

René Denon

Não deixe de visitar:

John Dowland (1563 – 1626) ·∾· Tell me true love ∞ Joel Frederiksen ∞ Ensemble Phoenix München ֍

Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

R Strauss • Glazunov

Mozart • Koechlin

Nielsen • Poulenc

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence

 

1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, …  Você seria capaz de adivinhar qual seria o próximo número? E o outro?

Essa que parece uma charada de Facebook ou pergunta típica de matemático amador é o início da famosa Sequência de Fibonacci.

Fibonacci, o filho de Bonacci, foi um matemático italiano que viveu entre 1170 e 1250, era chamado Leonardo e exatamente por ser filho de Bonacci foi educado no Norte da África, na cidade hoje conhecida como Bugia, na Argélia, onde seu pai era representante comercial da então República de Pisa.

Leonardo desde muito jovem aprendeu a matemática praticada no mundo árabe, especialmente o sistema numérico hindu-arábico e divulgou esses conhecimentos pela Europa Medieval.

Quando meu pai, que havia sido nomeado por seu país como notário público na alfândega de Bugia, atuando em nome dos mercadores de Pisa, me convocou quando eu ainda era uma criança, e pensando na utilidade e conveniência futura, desejou que eu ficasse lá e recebesse instrução na escola de contabilidade. Lá, quando fui apresentado à arte dos nove símbolos hindu através de ensinamentos notáveis, o conhecimento da arte logo me agradou acima de tudo […]

Ele escreveu vários livros, entre eles o Liber abaci, que contém uma coleção de problemas, entre eles o dos coelhos, que se refere à sequência famosa:

Um certo homem colocou um par de coelhos em um lugar cercado por um muro por todos os lados. Quantos pares de coelhos podem ser produzidos a partir desse par num ano se for suposto que todos os meses cada par gera um novo par que a partir do segundo mês se torna produtivo?

Apesar da inicial resistência, típica dos retrógados, as boas novas matemáticas divulgadas por Fibonacci se estabeleceram como a prática. A enorme vantagem do sistema numérico hindu-arábico sobre o sistema numérico greco-romano, então usado, é o fato de ser um sistema posicional. Tente multiplicar, usando algarismos romanos, 17.347 por 23.781…

Mas por que estou falando disso tudo? Bem, porque eu gosto dessas coisas e o nome do conjunto musical que gravou esse belíssimo disco é justamente The Fibonacci Sequence. Há algum tempo postei uma série de cinco discos gravados por eles, três deles destacando um certo instrumento musical, um disco com música de Messiaen e um com o Octeto de Schubert. Esse deve ser um disco deles que eu perdi na pilha que se amontoa aqui, na mesa de trabalho do PQP Bach Co.

As peças são maravilhosas, começando com o famoso poema sinfônico As Aventuras de Till Eulenspiegel, numa redução para cinco instrumentos feita por Franz Hasenöhrl, passando pelo conhecido Quinteto com Trompa, de Mozart e seguido por outros compositores bem diversos. Cada peça tem uma diferente distribuição de instrumentos tornando a audição bastante interessante. Mais um disco para a coleção do conjunto como nome de objeto matemático…

Composto por músicos de renome internacional, o conjunto musical Sequência Fibonancci distingue-se pela variedade e imaginação da sua programação. Aqui, eles exploram o repertório de trompa com o membro fundador e renomado trompista Stephen Stirling como músico de câmara.

Ricahrd Strauss  (1864 – 1949)

Till Eulenspiegel einmal anders!

(arranjo de Franz Hasenöhrl, para violino, contrabaixo, clarinete, fagote e trompa)

  1. Till Eulenspiegels lustige Streiche

Alexander Glazunov (1865 – 1936)

Idyll, para trompa e quarteto de cordas

  1. Idílio

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Quinteto para trompa e cordas em mi bemol maior, K407

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegro

Charles Koechlin (1867 – 1950)

Quatre Petites Pièces

  1. Andante
  2. Très modere
  3. Allegretto
  4. Scherzando

Carl Nielsen (1865 – 1931)

Serenata in Vano, para violoncelo, contrabaixo, clarineta, fagote e trompa

  1. Serenata

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para trompa, trompete e trombone

  1. Allegro moderato
  2. Andante
  3. Rondeau

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence:

Jack Liebeck – violin (leader)

Mia Cooper – violin/viola

Yuko Inoue – viola

Benjamin Hughes – cello

Adrian Bradbury – cello

Duncan McTier – double bass

Julian Farrell – clarinet

Richard Skinner – bassoon

Paul Archibald – trumpet

Emily White – trombone

Kathron Sturrock – piano

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“…dazzlingly good chamber ensemble…exuberantly expressive, intimate style…gorgeously idiomatic playing’ – The Times

‘…no praise can be too high for the Fibonacci Sequence’s polished and dashingly committed performances…’ – Gramophone

Aproveite!

René Denon

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze Op. 6 & Kinderszenen Op. 15 – Zhu Xiao-Mei (piano) ֎

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze Op. 6 & Kinderszenen Op. 15 – Zhu Xiao-Mei (piano) ֎

Robert SCHUMANN

Davidsbündlertänze opus 6

Kinderszenen opus 15

Zhu Xiao-Mei, piano

 

Se você não conhece pelo menos superficialmente os principais acontecimentos da vida de Xiao-Mei, deve procurar saber. Ela cresceu durante a Revolução Cultural Chinesa e para seguir sua vocação de pianista precisou passar por várias vicissitudes, até estabelecer-se como como uma grande artista. Ela dedica-se à obra dos compositores que mais admira, como Scarlatti, Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert e Schumann. A obra de Bach está no centro de suas atenções, especialmente os grandes ciclos, como o Cravo Bem Temperado, as Partitas e as Variações Goldberg.

Aqui ela interpreta duas lindas obras de Robert Schumann num belo disco, romântico, mas delicado. Em seguida alguns trechos tirados do livreto que acompanha os arquivos musicais, traduzidos pela inteligência artificial (…)

Sobre as Cenas Infantis: Eu tinha apenas três ou quatro anos na época, mas me lembro muito bem. Foi no nosso apartamento em Pequim. Naquela tarde desabou uma tempestade sobre a cidade. Minha mãe não pode sair. Ela sentou-se ao piano e tocou para mim o Träumerei (Sonhando), das Cenas Infantis (Kinderszenen). Isso teve um impacto enorme em mim! Eu acho que foi naquele momento que minha mãe entendeu que eu também tinha um sonho: tocar piano e ser músicista. Esta é uma obra que passei a tocar desde muito cedo e com a qual cresci.

Sobre as Danças dos Companheiros de Davi: Se foi Kinderszenen que deu origem à minha vocação musical na China, Davidsbündlertänze foi a primeira grande composição que trabalhei quando emigrei para o Ocidente, para os Estados Unidos. E, da mesma forma, nunca parei de toca-la desde então. Para mim, é a obra na qual Schumann abre o seu coração mais completamente. Com o Davidsbündler – os ‘Companheiros de David’ – e através do fluxo constante de artigos por ele publicados, Schumann declarou guerra a todos os compositores que pensava serem superficiais ou reacionários. O que ele queria era colocar a poesia, em toda a sua grandeza, mais uma vez, no coração da música. Ao mesmo tempo estava a ponto de ganhar a mão de Clara. O resultado de tudo isso foi um trabalho no qual Schumann realmente queria mostrar ao mundo tudo o que era capaz. A obra é um incrível caleidoscópio de sentimentos e emoções. Na minha opinião, Schumann nunca mostraria tanta versatilidade de novo . . .

Sobre o compositor: [Entrevistador]: Como você vê a influência de Bach em Schumann? [Z X-M]: Na minha opinião, ele foi talvez o melhor aluno que Bach já teve e, de qualquer forma, o mais original. Schumann é um compositor de sonhos e poesia. Muitas vezes, em um sonho, nossas ideias se chocam umas com as outras, algumas desaparecem, outras passam do primeiro plano para o fundo e vice-versa. Schumann transmite essas diferentes camadas de consciência, como se poderia chamá-las, por meio da polifonia, a grande tradição polifônica derivada de Bach.

Robert Schumann (1810 – 1856)

Davidsbündlertänze opus 6

  1. Lebhaft
  2. Innig
  3. Mit Humor (Etwas hahnbüchen)
  4. Ungeduldig
  5. Einfach
  6. Sehr rasch (und in sich hinein)
  7. Nicht schnell (mit äußerst starker Empfindung)
  8. Frisch
  9. Lebhaft
  10. Balladenmässig, sehr rasch
  11. Einfach
  12. Mit Humor
  13. Wild und lustig
  14. Zart und lustig
  15. Frisch
  16. Mit gutem Humor
  17. Wie aus der Ferne
  18. Nicht schnell

Kinderszenen opus 15

  1. Von fremden Ländern und Menschen
  2. Kuriose Geschichte
  3. Hasche-Mann
  4. Bittendes Kind
  5. Glückes genug
  6. Wichtige Begebenheit
  7. Träumerei
  8. Am Kamin
  9. Ritter vom Steckenpferd
  10. Fast zu ernst
  11. Fürchtenmachen
  12. Kind im Einschlummern
  13. Der Dichter spricht

Zhu Xiao-Mei, piano

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Seção ‘The Book is on the Table’:

This is beautiful, moving playing: As always with this superb musician she makes the music sing. This is beautiful, moving playing. A true artist who sounds like no one else yet always convinces me of the music. This may be Schumann’s most personally revealing piece and she seems to reveal the man behind the music.    Kevin M. Moore

Ravishing and illuminating: Fabulous. Sensitive rendering of beautiful pieces. Miss Zhu Xiao-Mei has a tender and delicate approach which speaks straight to the soul! However, don’t be fooled. She can also be forceful and intense when required, revealing the depths of Schumann’s complexity which is underrated, in my opinion. I think there’s something enchanting about her playing.  Anônimo

Aproveite!

René Denon

J. S. Bach (1685-1750): 5 Concertos para piano, BWV 1052 a 1056 – Ramin Bahrami (piano) – Gewandhausorchester Leipzig & Riccardo Chailly ֍

J. S. Bach (1685-1750): 5 Concertos para piano, BWV 1052 a 1056 – Ramin Bahrami (piano) – Gewandhausorchester Leipzig & Riccardo Chailly ֍

BACH

Concertos BWV 1052 a 1056

Ramin Bahrami (piano)

Gewandhausorchester Leipzig

Riccardo Chailly

 

Pode baixar que é só música boa! Cinco maravilhosos concertos para piano (ou cravo) dos tantos que Bach arranjou para tocar às sextas-feiras no Café Zimmermann, na charmosa Katharinenstraße, em Leipzig.

Bahrami depois de tomar um bom café com a turma do PQP Bach

Ramin Bahrami é iraniano e estudou no Conservatório Verdi, em Milão, depois em Imola e na Hochschule für Musik, em Stuttgart. Entre os grandes intérpretes de Bach ao piano ele estudou com Alexis Weissenberg, Charles Rosen, András Schiff, Robert Levin e Rosalyn Tureck.

Aqui ele interpreta ao piano esses maravilhosos concertos de Bach acompanhado apropriadamente pela Orquestra do Gewandhouse, de Leipzig, regida pelo ótimo Riccardo Chailly.

Sobre o Café Zimmermann: Em 1729, Bach foi nomeado diretor do Collegium Musicum de Leipzig, uma associação musical municipal de estudantes e músicos profissionais, fundada por Georg Philipp Telemann. Bach dava concertos com esta associação todas as sextas-feiras à noite no Zimmermannsche Kaffeehaus, na Katharinenstraße, que era a rua mais elegante de Leipzig na época. O dono da badalada cafeteria, Gottfried Zimmermann, não cobrava aluguel dos músicos e o público tinha entrada gratuita. Zimmermann ganhou dinheiro vendendo café, que ainda era uma iguaria rara e exótica naquela época. Este café foi o local onde Bach executou obras como o Kaffee-Kantate, bem como seus Concertos para Violino e peças de compositores como Handel e seu bom amigo Telemann.

Sobre o Bahrami: Ramin Bahrami é considerado um dos mais interessantes intérpretes da música para piano de Johann Sebastian Bach. Depois dos concertos de Bach em Leipzig em 2009 com a Gewandhausorchester dirigida por Riccardo Chailly, os críticos alemães aclamaram-no como “um mago do som, um poeta do teclado… um artista extraordinário que tem a coragem de enfrentar Bach de uma forma verdadeiramente pessoal”. Leipziger volkszeitung

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Keyboard Concerto No. 1 in D minor, BWV1052

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro

Keyboard Concerto No. 2 in E major, BWV1053

  1. Allegro
  2. Siciliano
  3. Allegro

Keyboard Concerto No. 3 in D major, BWV1054

  1. Allegro
  2. Adagio e piano sempre
  3. Allegro

Piano Concerto No.4 in A, Bwv 1055

  1. Allegro
  2. Larghetto
  3. Allegro ma non tanto

Keyboard Concerto No. 5 in F minor, BWV1056

  1. Allegro
  2. Largo
  3. Presto

Ramin Bahrami (piano)

Gewandhausorchester Leipzig

Riccardo Chailly

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Eu adoro esses concertos, mas tenho uma queda ainda maior pelo movimento lento do Concerto No. 5. Veja lá e diga-me se não é uma belezura…

Aproveite!

René Denon

O pessoal do Departamento de Artes do PQP Bach Co sempre solicito enviou essa ilustração do (outro) famoso Bahrami…

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 8 em dó menor – Orquestra Filarmônica Chinesa – Lan Shui ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 8 em dó menor – Orquestra Filarmônica Chinesa – Lan Shui ֍

BRUCKNER

Sinfonia No. 8

Orquestra Filarmônica Chinesa

中国爱乐乐团

Lan Shui 

水蓝

Essa gravação da magnífica Oitava Sinfonia de Bruckner faz parte de uma coleção chamada ‘CPO Live 100 CDs’, lançada pela DR Classics Cultural Development, e foi gravada na Sala da Cidade Proibida. Já postamos uma destas gravações, com a Quarta Sinfonia.

Veja como a sinfonia é apresentada pelo The Guardian: O próprio Bruckner disse quando terminou o gigantesco e revelador final: “Aleluia… O Finale é o movimento mais significativo da minha vida.” Temas de todos os grandes movimentos da obra soam juntos no final da sinfonia, um momento que encandece com o que Robert Simpsons chama de “calma ardente”. É o ponto final de uma jornada sinfônica de 75 minutos e é uma das experiências existencialmente mais emocionantes que uma sinfonia já criou. O sucesso de Bruckner é fazer você sentir, quando chegar a este movimento final, que toda a experiência da peça está contida e transfigurada nessa coroação do espaço e do tempo sinfônicos, e que as sublimes trevas da obra – como os abismos aterrorizantes a dissonância no primeiro movimento, o tipo de música que o maestro Wilhelm Furtwängler descreveu como a “batalha de demônios” de Bruckner – e sua luz igualmente transcendente, como no clímax do movimento lento, são simultaneamente sobrepujadas pela magnificência pura e deslumbrante dessa música, a última coda sinfônica que Bruckner comporia.

Lan Shui curtindo a suavidade das cordas da PQP Bach String Orchestra…

Sobre o regente, o site da OSS, orquestra com quem trabalhou por longa data e da qual é Conducter Laureate diz: Lan Shui is renowned for his abilities as an orchestral builder and for his passion in commissioning, premiering and recording new works by leading Asian composers. As Music Director of the Singapore Symphony Orchestra from 1997 to Jan 2019, American Record Guide noted that Shui has “turned a good regional orchestra into a world-class ensemble that plays its heart out at every concert”. [Lan Shui é conhecido por suas habilidades como construtor de orquestras e por sua paixão em encomendar, estrear e gravar novas obras dos principais compositores asiáticos. Como Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Cingapura de 1997 a janeiro de 2019, o American Record Guide observou que Shui “transformou uma boa orquestra regional em um conjunto de classe mundial que toca seu coração em todos os concertos”.]

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 8 em dó menor

  1. Allegro moderato
  2. Scherzo
  3. Adagio
  4. Finale

Orquestra Filarmônica Chinesa

Lan Shui

Gravação feita ao vivo em 20 de junho de 2012

Sala de Concerto da Cidade Proibida, Beijing.

Disponível no interessantíssimo site https://www.abruckner.com/

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Uma palavra sobre 中国爱乐乐团, que é como se escreve Orquestra Filarmônica Chinesa.

Os dois primeiros caracteres, 中 (zhong) e 国(guó), formam a palavra China.

爱 (ài) significa amar, gostar e 乐 (lè) significa alegria, rir, música. Juntos formam Filarmônica.  团(tuán) significa redondo, bola, mas também grupo, sociedade. Assim, 乐团 quer dizer orquestra. Não é impressionante?

Sobre a Sala de Concertos: A Sala de Concertos da Cidade Proibida (中山公园音乐堂) é um local multifuncional com 1.419 lugares em Pequim. O nome do local veio do fato de estar localizado dentro do Parque Zhongshan de Pequim, um vasto antigo altar imperial Shejitan e agora um parque público localizado a sudoeste da Cidade Proibida e na Cidade Imperial.

Cidade Proibida Púrpura 紫禁城 (zǐ jìn chéng)

O nome do regente, Lan Shui, se escreve invertendo os caracteres: 水蓝.

水 (Shui), indica água e 蓝 (Lan), azul.

Aproveite!

德农·雷内 (Denon René)

Gustav Mahler (1860 – 1911): Mahler para Milhões – Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera & Rafael Kubelik ֍

Gustav Mahler (1860 – 1911): Mahler para Milhões – Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera & Rafael Kubelik ֍

MAHLER

Movimentos de Sinfonias

OS da Rádio da Baviera

Rafael Kubelik

 

No início da década de 1970 chegaram às lojas de discos alguns LPs com títulos do tipo ‘Mozart para Milhões’, ‘Schubert para Milhões’… Era uma série que buscava conquistar um maior público para a música clássica, na linha da série ‘Concertos para Milhões’ e a famosa coleção dos LPs com capas ilustradas com gatinhos. Nesta série o foco era o compositor e foi o LP ‘Mahler para Milhões’ meu primeiro contato com a música de Gustav Mahler e isso abriu uma nova dimensão em meu universo musical.

Eu nunca ouvira algo mais pungente quanto o Adagietto da Quinta Sinfonia – faixa que abre o lado A do disco. E considerem que a minha vitrola de então era parte de um três-em-um da Sharp, não exatamente um Hi-Fi. Essa peça se tornou mais popular após o filme ‘Morte em Veneza’, de Luchino Visconti, do livro de Thomas Mann.

A segunda faixa não poderia ser mais contrastante da primeira – um scherzo que inicia nas cordas graves, asperamente, o segundo movimento da Primeira Sinfonia. No trio experimentamos a forma como Mahler faz essa imensa orquestra tocar como se fosse uma orquestra de câmara.

Em seguida um enorme Lied com acompanhamento de orquestra, outra especialidade mahleriana. Urlicht – Luz Primordial – tem como base um poema da coleção Des Knaben Wunderhorn e acabou se tornando a abertura do último movimento da Segunda Sinfonia, a ‘Ressurreição’.

As portas do céu se abriram na quarta faixa e os anjos cantaram ‘Bim, bam, bim, bam […]’ o curto quinto movimento da Terceira Sinfonia. Esse movimento é descrito assim pelo site da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais: Sem interrupção, o movimento seguinte, embora breve, emprega, além da voz solista, um coro feminino e um coro de vozes de crianças. Este evoca sons de sinos que, ao lado da vivacidade rítmica da orquestra e da leveza do coro feminino, tem algo de primavera, respondendo ao verão do movimento inicial. Seguindo o sentido do texto, a atmosfera da seção central é contrastante, antes de uma conclusão surpreendente.

No lado B do disco fazemos contato com o aspecto monumental, gigante das obras de Mahler – a metade final da chamada Segunda Parte da Oitava Sinfonia, conhecida como a Sinfonia dos Mil, uma referência ao números de músicos e cantores necessários para a sua realização. Um certo exagero, é claro, mas nem tanto. A segunda parte dessa sinfonia tem como ‘script’ um símbolo da literatura germânica, o “Fausto” de Goethe, em sua cena final. Para ter uma ideia das forças envolvidas nessa tarefa, veja os créditos na sequência da postagem.

Todas as peças do LP foram tiradas de um dos ciclos pioneiros das Sinfonias de Mahler, gravadas pela Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera sob a regência de Rafael Kubelik.

Este ciclo é o primeiro item da lista das melhores gravações das obras de Mahler da revista Gramophone e realmente é uma excelente introdução. Se você já conhece a música de Mahler poderá desfrutar da música dessa postagem como uma coleção de lindos highlights que lhe estimularão a ouvir as obras completas de onde os movimentos foram retirados. Se você ainda não se aventurou por essas águas, esse disco lhe oferecerá uma ótima porta de entrada. De qualquer forma, simplesmente aproveite essa oportunidade.

Gustav Mahler (1860 – 1911)

Lado 1

Sinfonia No. 5 em dó sustenido menor

  1. Movimento – Adagietto

Sinfonia No. 1 em ré maior – ‘Titã’

  1. Movimento

Sinfonia No. 2 em dó menor – ‘Ressurreição’

  1. Movimento – Urlicht (de Des Knaben Wunderhorn)

Sinfonia No. 3 em ré menor

  1. Movimento – ‘Lustig im Tempo und keck im Ausdruck: Bimm bamm!’

Lado 2

Sinfonia No. 8 em mi bemol maior

  1. Final

Norma Procter, contralto [Faixa 3]

Coro Toelzer de meninos [Faixa 4]

Coros das Rádios da Baviera, do Norte da Alemanha e do Oeste da Alemanha; Coro de meninos da Catedral de Regensburg; Coro feminino do Coro de Motetos de Munique [Faixa 5]

Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera

Rafael Kubelik

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MP3 | 320 KBPS | 94 MB

When it comes to Mahler’s 10 symphonies (or nine and a half, given that only the Adagio of No 10 is played), Kubelík vies with the best of his rivals, offering us Mahler as pantheist, nature lover, humanist and only reluctant neurotic. Rob Cowan, da Gramophone

FDP Bach postou o ciclo completo nestas páginas. Se você quiser preencher os ‘espaços’ entre os movimentos desta postagem, pode começar a busca, agora.

Aproveite, você que é um dos milhões de seguidores do blog…

René Denon

PQP Bach Quizz: Para que serve a máquina que aparece estilizada na capa do LP?

a) Misturador de acordes

b) Máquina de fazer sorvete na região de Munique

c) Moedor de carne para fazer Salsichas Frankfurter

d) Moedor de Café do English Garten, de Munique

e) NRA

Poulenc (1899-1963): Peças para piano – Eric Le Sage ֍

Poulenc (1899-1963): Peças para piano – Eric Le Sage ֍

Francis Poulenc

Mouvements perpétuels

Novelettes . Impromptus

Noturnes e outras

Eric Le Sage, piano

Além de compositor, Francis Poulenc era pianista. Assim, não é surpreendente que o piano tenha papel importante em grande parte de sua obra.

Nesta coleção de peças curtas, agrupadas em conjuntos de três ou mais, temos um painel bastante representativo e um programa ótimo para uma tarde.

O intérprete é Eric Le Sage, que atraiu minha atenção primeiro pelo nome, e depois se tornou uma constante nas minhas escolhas entre os pianistas devido a sua técnica, sensibilidade e também pela escolha de repertório. Tenho ouvido esta seleção ao longo de uma tarde bastante mais cinzenta do que o habitual aqui, na qual meu coração esteve bem atribulado. Que a música de Poulenc, pela interpretação cuidadosa e sensível de Eric Le Sage, lhe chegue ao coração.

Francis Poulenc (1899 – 1963)

CD1

[1] Presto in B flat major

[2-4] Trois Mouvements perpétuels

[5] Mélancolie

[6-16] Les Soirées de Nazelles

[17] Humoresque, FP 72: “Prestissimo molto staccato”

[18] Française d’après Claude Gervaise, FP 103 Modéré

[19-25] Suite Française pour piano d’après Claude Gervaise, FP 80

[26] Pastourelle, FP 45: Modéré

[27] Intermède en ré mineur, FP 60.II

[28-30] Trois novelettes, FP 47

[31 -33] Trois Mouvements perpétuels

[34] Bourrée, au Pavillon d’Auvergne

[35] Valse, FP 17: Assez vif

CD2

[1-15] Quinze improvisations pour piano, FP 63 / 113 / 170 / 176

[16-18]  Trois intermezzo, FP 71 / 118

[19] Badinage, FP 73: “Assez animé”

[20] Valse. Improvisation sur le nom de Bach, FP 62

[21-23] Napoli – suite for piano

[24-28] Cinq Impromptus

[29-31] Suite pour piano, FP 19

[32-39] 8 Nocturnes

Eric Le Sage (piano)

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FLAC | 523 MB

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MP3 | 320 KBPS | 353 MB

O sábio Eric

“Le Sage’s ample arsenal of touch and release strategies and his infinitely calibrated dynamic spectrum reveal nuances of textural richness inherent in this intimate repertory” [“O amplo arsenal de estratégias de toque e liberação de Le Sage e seu espectro dinâmico infinitamente calibrado revelam nuances de riqueza textural inerentes a este repertório íntimo”]

Born in Aix en Provence, Eric Le Sage was the winner of major international competitions such as Porto in 1985 and the Robert Schumann competition in Zwickau, in 1989. He was also a prize-winner at Leeds International competition the same year, which allowed him to perform under the baton of Sir Simon Rattle. [Natural de Aix en Provence, Eric Le Sage foi vencedor de grandes competições internacionais como o Porto em 1985 e o concurso Robert Schumann em Zwickau, em 1989. Foi também premiado no concurso internacional de Leeds no mesmo ano, o que lhe permitiu para se apresentar sob a batuta de Sir Simon Rattle.]

Aproveite!

René Denon

Não deixe de visitar as postagens a seguir:

Francis Poulenc (1899-1963): Melodias para Piano – Gabriel Tacchino ֎

Poulenc (1899-1963) – Música para Piano – Charles Owen ֎

Francis Poulenc (1899-1963): Peças para Piano – Gen Tomuro

Schubert (1797 – 1828): Quinteto com Piano D. 677 (A Truta) – Trios de Cordas D. 581 & D. 471 – Paul Lewis (piano) – Leopold String Trio – Graham Mitchell (contrabaixo) ֎

Schubert (1797 – 1828): Quinteto com Piano D. 677 (A Truta) – Trios de Cordas D. 581 & D. 471 – Paul Lewis (piano) – Leopold String Trio – Graham Mitchell (contrabaixo) ֎

SCHUBERT

Quinteto “A Truta”

Trios de Cordas D. 581 & D. 471

Paul Lewis, piano

Leopold String Trio

Graham Mitchell, contrabaixo

Uma coisa pode-se dizer de Schubert: era um bom amigo! Cultivou amizades com poetas, pintores, músicos. As Schubertiades, reuniões onde música e poesia embalavam o alegre convívio desses amigos eram importantes momentos na vida do músico, onde apresentava suas mais novas obras.

von Schober

Nos fins de 1816 Schubert desistiu de se tornar professor como seu pai e foi morar em outra parte de Viena com seu amigo poeta Franz von Schober. Foi esse amigo que provocou o encontro do compositor com o barítono Johann Michael Vogl, em 1817. Schubert admirava o cantor desde 1813, mas sua notória timidez o impedira de uma aproximação. Schober pressentiu que o interesse do cantor, no fim de sua carreira, pelas lindas canções de Schubert seria de ótimo proveito para ambos. Além disso frutificou uma grande amizade, apesar da diferença de idade. Vogl era 30 anos mais velho do que Schubert e ainda assim viveu mais 12 anos após a morte do amigo. Vogl certamente contribuiu para uma maior divulgação das canções de Schubert e um ano antes de morrer fez uma última apresentação do grande ciclo de canções, o Winterreise.

Mas a história da principal peça deste disco começa com uma viagem de férias na qual Vogl foi passear em sua cidade natal, Steyr, onde morava um mecenas da música e ótimo violoncelista amador, Sylvester Paumgartner. Vogl levou Schubert com ele, garantido a melhor música que poderia ter…

Paumgartner adorava as canções de Schubert e gostava em particular da canção sobre a truta que acaba sendo fisgada. Daí para o pedido de uma peça de câmara com o tema da canção foi um pulo – que tal os instrumentos do quinteto do bom Hummel, que além do piano tinha violino, viola, violoncelo e contrabaixo? Schubert iniciou a composição do quinteto que terminou no outono, quando já estava de volta em Viena. O lindo quinteto foi despachado para Paumgartner assim que ficou pronto e revelou toda a alegria e contentamento dos dias passados em Steyr.

Trio Leopoldo

Há muitas gravações desse quinteto, peça que atrai tanto pianistas como grupos de câmara, quartetos de cordas, que precisam convidar um amigo contrabaixista, variando um pouquinho a formação. Algumas gravações notórias: Clifford Curzon e membros do Octeto de Viena, Emil Gilels, membros do Quarteto Amadeus, Rudolf Serkin e amigos, membros do Alban Berg Quartet, Elisabeth Leonskaja e Georg Hortnagel, membros do Hagen Quartet, András Schiff e Alois Posch. Eu gosto muito do disco com o Domus Quartet, gravado quando o grupo estava em seus primeiros anos, acompanhados por Chi-chi Nwanoku, com a produção impecável de Andrew Keener. Um dos pianistas expert em Schubert, Alfred Brendel, fez duas gravações para a Philips. A gravação que escolhi para a postagem também traz um pianista que tem feito maravilhosas gravações de música de Haydn, Mozart, Beethoven e Schubert e foi aluno de Brendel – Paul Lewis.

Aqui ele é acompanhado do Trio Leopold e de Graham Mitchel, numa ótima produção da Hyperion…

Following their splendid collaboration in the Mozart quartets… Paul Lewis and the Leopold Trio (with Graham Mitchell) are equally impressive in the Trout. High spirits and poetry are given equal attention… Each ‘Trout’ variation is strongly characterised – if the theme seems a little lethargic, the first three variations, each more animated than the last, put this into perspective.    – Gramophone – May 2006

Franz Schubert (1797 – 1828)

String Trio in B flat major, D471

  1. Trio

Piano Quintet in A major, D667 ‘The Trout’

  1. Allegro vivace
  2. Andante
  3. Scherzo: Presto
  4. Thema: Andantino – Variations 1-5 – Allegretto
  5. Finale: Allegro giusto

String Trio in B flat major, D581

  1. Allegro moderato
  2. Andante
  3. Minuetto: Allegretto
  4. Rondo: Allegretto

Paul Lewis, piano

Leopold String Trio

Graham Mitchell, contrabaixo

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FLAC | 249 MB

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MP3 | 320 KBPS | 184 MB

Paul Lewis

‘The Trout is played with sweetness and lyricism … the Leopold and friends allow very few clouds in this sunniest of pieces … it makes for thoroughly enjoyable listening’ (American Record Guide)

Aproveite!

René Denon

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

Handel (1685 – 1759): Water Music & Fireworks – Le Concert Spiritual & Hervé Niquet ֎

HANDEL

Water Music

Music for the Royal Fireworks

Le Concert Spiritual

Hervé Niquet

Handel havia caído das graças do rei George I e andava amargando um misere medonho sem as bonanças reais – fornecedores de carnes, embutidos, queijos, vinhos e perucas andavam arredios e Handel na maior secura.

Mas, sempre cercados de amigos nobres e influentes, ele logo teve a sua chance. O rei decidiu oferecer um festival aquático, afinal as margens do Tâmisa são lindas.

Handel preparou para a ocasião uma excelente suíte orquestral, com oboés e todos os instrumentos de sopros que tanto agradavam ao rei, mas disso para ele nada contaram, seria uma surpresa.

No momento certo a orquestra tocou sob a regência de Handel e a música agradou tanto sua majestade que vários trechos tiveram que ser repetidos. O próprio rei exigiu a presença do responsável por aquelas belezuras. Como não se deve negar qualquer coisa ao rei, os nobres levaram à presença real o outro George… Nem precisa dizer que Handel voltou a ficar de boas com o rei, para grande alegria dos seus fornecedores e nossa também, que a música é ouvida até hoje.

Maestros tais como Sir Thomas Beecham, Rafael Kubelik e George Szell estão entre os que deixaram registros dessa música usando orquestras convencionais, mas depois do surgimento dos grupos historicamente informados, esse tipo de abordagem ficou anacrônico. Temos tantas e tão boas gravações com estas orquestras que é até difícil escolher. Os conhecidos Pinnock, Hogwood, Manitas-de-Piedra-Gardiner, Savall são algumas que não podemos esquecer, mas há muitas mais. Para essa postagem iniciei com a gravação da orquestra belga B’Rock, mas acabei chegando a essa outra gravação, de Hervé Niquet e Le Concert Spiritual, que acabei favorecendo, mas a decisão precisou do uso de VAR.

Este disco foi gravado para celebrar o 15º aniversário do grupo Le Concert Spirituel reunindo uma centena de músicos no Arsenal, na cidade de Metz, um espaço cultural que é a sede da Orquestra Nacional da Lorraine, para recriar com exatidão o evento original, regido por Handel:

Foi uma longa e luxuosa noite; um exercício de relações públicas, poder e política, e um entretenimento privado muito público. Na noite amena de 17 de julho de 1717, a um custo de “cento e cinquenta libras apenas para os músicos”, o rei George I entrou na Barca Real em Whitehall e navegou em uma flotilha de cortesãos e diplomatas para a casa de Lord Ranelagh, em Chelsea, onde jantou.

Com o ouvido embevecido por três suítes orquestrais que sintetizavam estilos francês, italiano e inglês com instrumentação inédita (acredita-se que a suíte G maior de contornos mais suaves pode ter sido tocada dentro de casa), o rei gostou tanto da criação de Handel que pediu que ela fosse tocada uma segunda e terceira vez.

Pois então, você precisa ouvir para crer – um som realmente majestoso, dignos dos Georges em questão…

George Frideric Handel (1685 – 1759)

Water Music Suite No. 1 in F major, HWV348

  1. Overture – II. Adagio e staccato
  2. Allegro
  3. Andante
  4. Allegro da capo
  5. Passepied
  6. Air
  7. Menuet
  8. Bouree – IX. Hornpipe
  9. Air: Allegro

Water Music Suite No. 2 in D major, HWV349

  1. Prelude: Allegro
  2. Alla Hornpipe
  3. Menuet
  4. Lentement
  5. Bourree

Water Music Suite No. 3 in G major, HWV350

  1. Sarabande
  2. Rigaudon I-II
  3. Menuet I-II
  4. Gigue I-II

Music for the Royal Fireworks, HWV351

  1. Overture Adagio
  2. Overture: Allegro
  3. Bourree
  4. La paix
  5. La rejouissance
  6. Menuet I – VI. Menuet II

Special track

  1. Joyeux Anniversaire

Le Concert Spirituel

Hervé Niquet

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

Hervé pousando em frente às colunas do PQP Bach Hall de Metz…

Handel Royal Fireworks Music; Water Music

Veja essa crítica para maiores detalhes sobre os instrumentos usados…

Massed bands for Handel in exhilarating period performances by Hervé Niquet 

“Under Niquet’s high-adrenalin direction the instruments bray, rasp and swagger to gloriously raucous effect. You will not hear a more elementally exciting Fireworks than this.” The Daily Telegraph

A equipe de artes do PQP Bach mandou essa ilustração para a postagem do mighty George…

Aproveite!

René Denon

C. Saint-Saëns (1835 – 1921): Concertos para Piano Nos. 2 & 5 – C. Franck (1822 – 1890): Variações Sinfônicas – Jean-Yves Thibaudet (piano) – Orchestre de la Suisse Romande & Charles Dutoit ֎

C. Saint-Saëns (1835 – 1921): Concertos para Piano Nos. 2 & 5 – C. Franck (1822 – 1890): Variações Sinfônicas – Jean-Yves Thibaudet (piano) – Orchestre de la Suisse Romande & Charles Dutoit ֎

Saint-Saëns:

Concertos para Piano Nos. 2 & 5

Franck: Variações Sinfônicas

Jean-Yves Thibaudet

Orchestre de la Suisse Romande

Charles Dutoit

Sempre gostei de música, mas tenho paixão pelos concertos para piano. É o gênero musical que me atrai mais e o tipo de música que ouço com maior frequência.

Compor um concerto para piano propõe problemas formidáveis, sendo um deles criar uma introdução que capture a atenção do ouvinte e o envolva imediatamente. É verdade que esta questão também se aplica a outras formas musicais, mas no caso do concerto para piano oferece muitas possibilidades. No Concerto em sol maior Ravel estala um chicote e coloca a música em movimento. Prokofiev reservou um de seus temas mais inesquecíveis, apresentado pelo clarinetista, bem na abertura de seu Concerto No. 3 em dó maior.

Este disco traz dois dos cinco concertos para piano de Saint-Saëns – aqueles dos quais eu mais gosto – Nos. 2 e 5. O Concerto No. 2 em sol menor é provavelmente o mais tocado e estava no repertório de Arthur Rubinstein, que também tocava uma outra peça do disco, as Variações Sinfônicas de César Franck. Mas eu gosto mais ainda do Concerto No. 5 em fá maior, chamado Concerto Egípcio. Aqui a orquestra prepara em pouquíssimo tempo a entrada do pianista, com uma série de pizzicatti, dando propulsão ao concerto. E como Camille era um pianista excepcional e estava felicíssimo por estar de férias no Egito, em Luxor, criou um concerto muito bonito, com toques exóticos.

Camille Saint-Saëns wrote his Fifth Piano Concerto in Luxor to celebrate the 50th anniversary of his debut. It’s been known as the “Egyptian” ever since. [Camille Saint-Saëns escreveu seu Quinto Concerto para Piano em Luxor para comemorar o 50º aniversário de sua estreia. É conhecido como o “Egípcio” desde então.]

O solista é Jean-Yves Thibaudet:

Over the course of three decades, Jean-Yves Thibaudet has performed world-wide, recorded more than 50 albums, and built a reputation as one of today’s finest pianists. [Ao longo de três décadas, Jean-Yves Thibaudet se apresentou em todo o mundo, gravou mais de 50 álbuns e construiu uma reputação como um dos melhores pianistas da atualidade.]

Camille Saint-Saëns (1835 – 1921)

Piano Concerto No. 5 in F major, Op. 103 ‘Egyptian’

  1. Allegro animato
  2. Andante
  3. Molto allegro

César Franck (1822 – 1890)

Symphonic Variations for piano & orchestra, M46

  1. Symphonic Variations

Camille Saint-Saëns (1835 – 1921)

Piano Concerto No. 2 in G minor, Op. 22

  1. Andante sostenuto
  2. Allegro scherzando
  3. Presto

Jean-Yves Thibaudet (piano)

Orchestre de la Suisse Romande

Charles Dutoit

Recording Venue: Victoria Hall, Geneva

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MP3 | 320 KBPS | 152 MB

JeanÝves Thibaudet

BBC Music MagazineDecember 2007

Saint-Saëns’s… piano concertos are fascinating works on many fronts, but not least for the balance they seem to hold between the wild Romantic and the contained Classical composer. Thibaudet subscribes rather to the latter view.

Gramophone Classical Music Guide2010

This scintillating disc finds Jean-Yves Thibaudet on notably effervescent form, revelling in Saint-Saëns’s pianistic brio and intricacy. He makes a special case for the enchanting but still neglected Egyptian Concerto, commenced in Luxor, completed in Cairo and, according to the composer, reflecting ‘the joy of a sea voyage’.

Dutoit and the Suisse Romande are all of a piece with their high-flying soloist and Decca’s balance and sound are exemplary.

Camille aprovou o banho & tosa do PQP Bach…

Aproveite!

René Denon

Eu também gostei bastante desta interpretação:

Claude Debussy (1862-1918): Prélude à l’après midi d’un faune / Nocturnes / Images / Le Martyre de Saint Sébastien (Fragments Symphoniques) – Maurice Ravel (1875 – 1937): Rapsodie Espagnole / Pavane pour une infante défunte – London Symphony Orchestra & Pierre Monteux ֎

The Best of Jurassic World!

Debussy & Ravel

London Symphony Orchestra

Pierre Monteux

Música para se ouvir na manhã de um dia de festa! – muito apropriado pois hoje é a manhã do dia que se celebra o Santo Guerreiro – Salve Jorge! O sol está espetacular e a manhã, irretocável!

Este arquivo reúne gravações feitas no fim da vida de Pierre Monteux, que já era uma lenda – o homem que regeu a estreia da Sagração da Primavera, de Stravinsky.

Entre os dias 11 e 13 de dezembro de 1961, Pierre Monteux gravou no Kingsway Hall, em Londres, o primeiro disco como o Principal Regente da London Symphony Orchestra. Lado A, Debussy, e lado B, Ravel. As faixas do lado A são as primeiras três faixas virtuais deste arquivo: O Prélude e dois Noturnos. Creio que o terceiro Noturno não foi gravado por demandar o tal coro feminino, mas isso é pura especulação minha. As faixas do lado B, composições de Ravel, estão no final do arquivo, as faixas virtuais enumeradas de 13 até 17.

Pierre ensaiando a PQP Bach Orchestra – fortíssimo!

O resto do arquivo, as faixas virtuais numeradas de 4 até 12 foram gravadas dois anos depois, e fazem parte de um LP dedicado apenas a música de Debussy. Lado A, Images, para orquestra, Lado B fragmentos sinfônicos para uma peça de Gabriele D´Annunzio, sobre São Sebastião, outro santo bastante venerado aqui na região do Rio de Janeiro.

Você pode programar seu sistema e ouvir um disco de cada vez ou pode também simplesmente colocar a coisa toda para tocar e se deliciar com o programa. Nas críticas que andei lendo para a postagem é mencionado a diferença entre as gravações feitas no fim de 1961 daquelas feitas perto de dois anos depois, bem no fim da vida de Monteux.

Two years earlier Monteux was in much finer form. As well as the expected orchestral refinement there is the overall sweep lacking in 1963, the clouds passing steadily overhead and the Fêtes celebrated with tingling vitality.

Dois anos antes, Monteux estava em muito melhor forma. Além do esperado refinamento orquestral, há a empolgação que faltou em 1963, as nuvens passando constantemente por cima e as Fêtes celebradas com vitalidade de arrepiar.

Eu ouço essas gravações há muito tempo e sempre tive muitíssimo prazer em ouvi-las. Assim, decidi reunir aqui esse pacote para a primeira edição desta série (espero que haja outras edições) de Tesouros do Tunel do Tempo ou The Best of Jurassic World.

PS: Monteux gravou com a LSO outras peças de Ravel, com destaque para o balé completo Daphnis et Chloé. Espero que eventualmente essas gravações apareçam aqui. Você não perde por esperar.

Claude Debussy (1862 – 1918)

Prélude à l’après-midi d’un faune

  1. Prélude

Nocturnes

  1. Nuages
  2. Fêtes

Images pour orchestre

  1. I Gigues
  2. II Ibéria – Par Les Rues Et Par Les Chemins
  3. II Ibéria – Les Parfums De La Nuit
  4. II Ibéria – Le Matin D’un Jour De Fête
  5. III Rondes De Printemps

Le Martyre de Saint Sébastien – Symphonic fragments

  1. La cour de Lys
  2. Danse extatique et final du 1er Acte
  3. La Passion
  4. Le Bon Pasteur

Maurice Ravel (1875 – 1937)

Rapsodie Espagnole

  1. Prélude à la nuit
  2. Malagueña
  3. Habanera
  4. Feria

Pavane Pour Une Infante Défunte

  1. Pavane

London Symphony Orchestra

Pierre Monteux

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MP3 | 320 KBPS | 233 MB

… Cet enregistrement est un souvenir précieux, je l’écoutais, chez mes parents; tout début des années 60, c’était un bel album “Trésor Classique” de chez PHILIPS. Je ne me souviens, cependant que du Martyr de Saint-Sébastien. Il me semble, que l’éditeur a fait un peu de remplissage, mais quel remplissage ! Images, Nocturnes … Heureuse réédition, sous étiquette Decca, à petit prix.

… Essa gravação é uma lembrança preciosa, eu costumava ouvi-la na casa dos meus pais, no início dos anos 60, era um belo álbum “Trésor Classique” da PHILIPS. Lembro-me, porém, apenas do Martírio de São Sebastião. Parece-me que o editor fez um pouco de filler, mas que filler! Images, Nocturnes… Feliz reedição, no selo Decca, a um preço baixo. (0800 aqui no PQP Bach…)                                 TOMMY

Aproveite! The Best of Jurassic World!

René Denon

Monteux e a London Symphony Orchestra

Alguns autênticos habitantes do Mundo Jurássico:

Beethoven (1770-1828): Sinfonias Nos. 5 & 7 – Chicago Symphony Orchestra – Fritz Reiner

Diversos Compositores: Günter Wand em Concerto ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 4 em mi bemol maior ‘Romântica’ – Orquestra Filarmônica Chinesa – Okko Kamu ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 4 em mi bemol maior ‘Romântica’ – Orquestra Filarmônica Chinesa – Okko Kamu ֍

BRUCKNER

Sinfonia No. 4

Orquestra Filarmônica Chinesa

中国爱乐乐团

Okko Kamu

A Sinfonia No. 4 de Bruckner, conhecida como ‘Sinfonia Romântica’, é uma das mais conhecidas do compositor. Na coleção Mestres da Música, vendida nas bancas – LP e fascículo – foi a obra escolhida para representar a arte de Bruckner. O LP trazia uma gravação da sinfonia com a Orquestra Sinfônica de Viena, regida por Otto Klemperer, bem possivelmente uma produção do selo VOX.

O que temos nesta postagem é uma gravação bastante peculiar – feita ao vivo no dia 13 de março de 2009 no Sala de Concertos da Cidade Proibida, em Pequim, com a Orquestra Filarmônica da China, regida por Okko Kamu. É a gravação ao vivo de um concerto no qual, pela primeira vez alguma Sinfonia de Bruckner era interpretada pela orquestra, que havia sido formada em 2000.

O disco é parte de uma coleção chamada ‘CPO Live 100 CDs’, lançada pela DR Classics Cultural Development. Veja, CPO não é o famoso selo de música clássica alemão ou o igualmente famoso robô da franquia Star Wars, mas a sigla de China Philharmonic Orchestra, o nome da orquestra em inglês. Nesta coleção há mais duas sinfonias de Bruckner que eventualmente estarão disponíveis no seu PQP Bach mais próximo.

CPO (ilustração obtida pela equipe de mídia do PQP Bach)

Fiquei muito bem impressionado com a interpretação e foi divertido prestar atenção aos ruídos típicos de uma gravação ao vivo, mas que não atrapalharam em nada a audição, até o aplauso final. Pelos nomes dados aos movimentos e às suas durações, acredito que a edição Haas deve ter sido usada. Os responsáveis pela gravação – Liu Da e Lu Nannan – capricharam. Desde a abertura, com os trêmulos nas cordas bem audíveis, coisa que nem sempre acontece nas gravações, passando pelos muitos tuttis, que me fizeram correr para o botão de volume do Denonzão, tudo soa muitíssimo bem.

Veja o que o site do agente fala sobre o regente: Okko Kamu nasceu em uma família musical em Helsinque. Seu pai tocava contrabaixo na Filarmônica de Helsinque e ele começou a tocar violino aos dois anos de idade com seu primeiro professor, Väinö Arjava, que dirigia a orquestra de seu pai, antes de continuar as aulas com Onni Suhonen na Academia Sibelius, onde também estudou o piano. Mais tarde, tornou-se líder do Quarteto Suhonen e, aos 20 anos, concertino da Orquestra Nacional de Ópera da Finlândia, antes de se tornar maestro permanente.

Gravou mais de 100 CDs para selos como Finlandia e Musica Sveciae, entre outras, e as suas gravações das quatro sinfonias de Berwald e do concerto para piano para Naxos receberam o distinto e raro prêmio “Diapason d’Or”. O repertório gravado de música fora do mainstream inclui “Música Completa para Orquestra de Cordas” de Aulis Sallinen e concertos para flauta de Penderecki, Takemitsu e Sallinen, juntamente com música mais central das eras clássica e romântica

Do site da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais: Bruckner é uma ponte direta entre Schubert e Mahler e, daí, à Segunda Escola de Viena. Foi através da ascendência de Wagner sobre Bruckner que a música na Áustria encontrou a necessidade de escapar das estruturas clássicas e de finalmente emancipar a dissonância. Por isso seu romantismo é tão profundo: ele é mais instintivo, mais livre e mais ousado do que a maioria de seus contemporâneos.

O apelido “Romântica”, dado por ele mesmo, parece advir de um programa imagético, à maneira de Wagner, baseado em castelos, caçadas e festejos medievais. Isso, no entanto, é o que menos conta na obra. Importam muito mais o Ländler (dança tradicional austríaca) usado na seção central do terceiro movimento, que, se não se tivesse a certeza de Bruckner, suspeitar-se-ia Schubert; as duas ideias melódicas que se opõem no segundo movimento (de causarem inveja a qualquer dialética) e, aí, o discurso quase declamado posto na voz das violas; os contrastes entre metais e cordas no primeiro movimento e, nele, as melodias que sabem ao popular.                      Moacyr Laterza Filho

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 4 em bemol maior – Romântica

  1. Bewegt, nicht zu schnell
  2. Andante, quasi allegretto
  3. Scherzo – bewegt
  4. Finale – bewegt, doch nicht zu schnell

Orquestra Filarmônica Chinesa

Okko Kamu

Gravação feita ao vivo em 13 de março de 2009

Sala de Concerto da Cidade Proibida, Pequim

Disponível no interessantíssimo site Discografia de Bruckner.

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Uma palavra sobre 中国爱乐乐团, que é como se escreve Orquestra Filarmônica Chinesa usando caracteres chineses.

Os dois primeiros caracteres, 中 (zhong) e 国(guó), formam a palavra China.

爱 (ài) significa amar, gostar e 乐 (lè) significa alegria, rir, música. Juntos formam Filarmônica.  团(tuán) significa redondo, bola, mas também grupo, sociedade. Assim, 乐团 quer dizer orquestra. Não é impressionante?

Sobre a Sala de Concertos: A Sala de Concertos da Cidade Proibida (中山公园音乐堂) é um local multifuncional com 1.419 lugares em Pequim. O nome do local veio do fato de estar localizado dentro do Parque Zhongshan de Pequim, um vasto antigo altar imperial Shejitan e agora um parque público localizado a sudoeste da Cidade Proibida e na Cidade Imperial.

Cidade Proibida Púrpura 紫禁城 (zǐ jìn chéng)

Aproveite!

德农·雷内 (Denon René)

Vários Compositores – Concertos para Bandolim – Avi Avital – Il Giardino Armonico & Giovanni Antonini ֎

Vários Compositores – Concertos para Bandolim – Avi Avital – Il Giardino Armonico & Giovanni Antonini ֎

VIVALDI • BACH

PAISIELLO • HUMMEL • BARBELLA

Concertos para Bandolim

AVI AVITAL

Il Giardino Armonico

Giovanni Antonini

 

Disco luminoso esse, como essa manhã de domingo em Camboinhas, ótimo para se ouvir antes da final de um dos mais charmosos torneios de tênis da temporada de saibro na Europa.

Quanto ao tênis, a quadra onde se dará o jogo fica num cenário de tirar o fôlego, com vista para o mar e as marinas repletas de iates.

Lançado em novembro do ano passado, o disco ganhou rave reviews, inclusive da sisuda revista britânica Gramophone. Mas, pudera, o espetacular Avi Avital e seu bandolim é acompanhado pela orquestra barroca Il Giardino Armonico conjunto excelente regido pelo genial Giovani Antonini.

Se essa manhã houvesse ocorrido perto de 50 anos atrás, o disco seria outro e teria chegado as minhas mãos em outra mídia, por outras formas, a tv nem seria colorida e certamente esporte não seria tênis. Mas, o prazer com a música ainda sim seria intenso.

Definitivamente o disco a que me remeteu essa gravação, com Narciso Yepes, hoje soa datado, mesmo se considerarmos que o repertório diferente, apesar de similar.

Mas para quê ficar falando de velhos de tempos se hoje temos Avi Avital para iluminar ainda mais amanhã de domingo.

Bom, agora, com licença, pois o jogo está ótimo!

ANTONIO VIVALDI (1678–1741)

Concerto for 4 Mandolins, Strings and Basso continuo in B minor after “L’estro armonico” op. 3 no. 10 / RV 580 for four violins

All four solo parts played by Avi Avital

  1. Allegro
  2. Largo – Larghetto – Adagio – Largo
  3. Allegro

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685–1750)

Concerto for Mandolin, Recorder, Strings and Basso continuo in D minor after BWV 1060R in C minor for violin and oboe

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro

EMANUELE BARBELLA (1718–1777)

Concerto for Mandolin, Strings and Basso continuo in D major

  1. Allegro
  2. Andantino
  3. Giga. Allegro

attr. GIOVANNI PAISIELLO (1740–1816)

Concerto for Mandolin, Strings and Basso continuo in E flat major

  1. Allegro moderato
  2. Larghetto grazioso
  3. Giga. Allegro

JOHANN NEPOMUK HUMMEL (1778–1837)

Concerto for Mandolin and Orchestra in G major

  1. Allegro moderato e grazioso
  2. Andante con variazioni
  3. Rondo

Avi Avital, mandolin

Il Giardino Armonico

Giovanni Antonini recorder & conductor

Recorded: 2022-11

Recording Venue: Euregio Kulturzentrum, Gustav Mahler Saal, Toblach

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Com seu álbum ‘Concertos’ o carismático bandolinista Avi Avital realiza um sonho e colabora com o renomado conjunto de instrumentos históricos ‘Il Giardino Armonico’ e seu maestro e fundador Giovanni Antonini. Juntos, eles interpretam três concertos para bandolim de Emanuele Barbella, Giovanni Paisiello e Johann Nepomuk Hummel, bem como arranjos de concertos de J. S. Bach e Vivaldi.

Original pode ser visto aqui.

Avital’s seemingly effortless virtuosity and quasi-improvisatory flights in this audibly genial collaboration will send you on your way rejoicing. — Gramophone Magazine, February 2024

Mais informações sobre o artista aqui.

O primeiro concerto do disco, de Vivaldi, para quatro violinos, é aquele que Bach transcreveu para quatro cravos, para tocar com seus filhos, na Academia do Café Zimmermann!

Aproveite!

René Denon

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia No. 5 & Música Incidental para ‘Rosamunde’ – WDR Sinfonieorchester Köln & Günter Wand ֎

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia No. 5 & Música Incidental para ‘Rosamunde’ – WDR Sinfonieorchester Köln & Günter Wand ֎

 

SCHUBERT

Sinfonia No. 5

‘Rosamunde’ – Música Incidental

 

J’adore a música de Schubert! Mestre absoluto da melodia, compositor de enorme fluência e verve. A retórica de Schubert é da persistência e repetições que se recolocam com pequenas alterações entre tantas outras coisas. Mas, como perigosamente me aproximo das especulações, vamos ao disco.

A música orquestral de Schubert é pequena se colocarmos em proporção ao resto de sua obra, mas isso reflete as reais possibilidades de execução no momento da criação. As suas cinco primeiras sinfonias, compostas entre 1813 e 1816, foram criadas para apresentações por orquestras amadoras.

A Sinfonia No. 1 foi apresentada pela orquestra formada por seus colegas de escola. As outras quatro sinfonias foram sendo apresentadas pela orquestra que surgiu dos encontros de músicos na casa de seus pais, cresceu e seu desenvolveu tornando-se uma ótima orquestra amadora. Essas sinfonias de juventude refletem o interesse e a admiração que Schubert tinha pelo compositores importantes de seu tempo, como Haydn e Beethoven, por quem tinha uma enorme admiração. Mas, a Sinfonia desse disco foi inspirada em uma obra de outro compositor por quem ele tinha grande admiração, a Sinfonia No. 40 de Mozart. Eu tenho especial admiração pelas duas sinfonias, a de Mozart e a de Schubert. Até na escolha dos instrumentos ele seguiu o mestre e criou uma peça com um maravilhoso Andante con moto, que aqui se estende por bons dez minutos e é antecipado por um radiante Allegro. Toda obra, com certeza daria muito prazer a Wolfie. Uma sinfonia com ares vienenses, com leveza, elegância e espirituosidade, muito bem realçadas por essa gravação, com a Orquestra da Rádio Alemã em Köln, regida pelo venerando Günter Wand. E olha que a gravação foi feita há já mais do que 40 anos.

Para completar o programa temos a música composta para o drama ‘Rosamunde’, escrita por Helmina von Chézy, que também escreveu o libreto de ‘Euryanthe’, musicado por Carl Maria von Weber. A peça teatral estreou em 20 de dezembro de 1823, foi apresentada mais uma vez e tornou-se um retumbante fracasso. Mas, temos a música cujo tema foi usado novamente por Schubert em um quarteto de cordas composto no ano seguinte e herdou o nome da peça: Rosamunde.

Ah, quase ia me esquecendo! O tema da Rosamunde foi mais uma vez usado em um dos Impromptus. Veja a faixa bônus.

Franz Schubert (1797 – 1828)

Symphony No. 5 in B flat major, D485

  1. Allegro
  2. Andante con moto
  3. Menuetto. Allegro molto – Trio
  4. Allegro vivace

Incidental music to Rosamunde, D797

  1. Entr’acte No. III in B-Flat Major
  2. Ballet Music No. 1
  3. Ballet Music No. 2

WDR Sinfonieorchester Köln

Günter Wand

Faixa Bônus

  1. Impromptu em si bemol maior, Op. 142, 3 ‘Rosamunde’

Klara Würtz, piano

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Herr Wand und Orchester

Esse disco faz parte da coleção com todas as sinfonias de Schubert gravadas por Günter Wand regendo a orquestra da Rádio Alemã em Colônia, mas acho que esse disco pode (e talvez deva) ser apreciado assim, devagar e isolado de seus irmão, especialmente os que trazem as enormes sinfonias…

Aproveite!

René Denon

.: interlúdio :. Thomas Oliemans: Formidable! (Canções Francesas) ֍

.: interlúdio :. Thomas Oliemans: Formidable! (Canções Francesas) ֍

Formidável!

A transição de artistas do mundo erudito para o universo popular pode ser embaraçosa, quase ridícula ou mesmo desastrosa, mas pode ser… formidável!

Thomas Oliemans é cantor e pianista em ópera, Lieder, chansons e qualquer outra coisa com grandes palavras e ou notas, segundo ele mesmo. Já fez a Viagem de Inverno e viveu as agruras conflituosas do Amor do Poeta com o Paolo Giacometti o acompanhando ao piano. Ao lado do pianista Malcolm Martineau já cantou as canções de Fauré e Poulenc. Nos palcos de Óperas já caçou pássaros e andou às voltas com um esperto barbeiro e mais outras coisas nas obras de Mozart, viveu frias noites com a boemia parisiense e tantas aventuras pelas quais um cantor pode viver…

Aqui ele canta chansons acompanhado da ótima Amsterdam Sinfonietta. Como surgiu a ideia de um disco como este? Aqui as explicações dadas pelos próprios perpetradores:

Tenho chansons na minha cabeça desde que me lembro: no som arranhado do rádio de um carro ou de um toca-fitas, ouvindo do banco de trás durante horas a fio a caminho da Vendée ou Dordogne, ou suavemente vindo de um disco de gramofone do studio do meu pai logo abaixo do meu quarto, provavelmente uma compilação como Vive La France ou Jean Ferrat canta Aragão.

Quando comecei a aprender a tocar piano, adquiri o hábito de cantar junto e era obviamente chansons que eu pegava de ouvido e cantava. Julien Clerc com seu frangleis de This Melody, e Brel com seu La chanson des vieux amants. Os professores de francês da minha escola secundária me inscreveram no Concours de la Chanson, que eu prontamente (e quase por acidente) ganhei.

E assim o caminho se abriu para que eu me tornasse um cantor ou pianista profissional, ou pelo menos um músico. Isso me levou principalmente ao mundo do canto clássico, na ópera, Lied e no oratório, no qual senti que havia muito a descobrir para meu desenvolvimento posterior.

Mas a chanson nunca esteve distante. De fato, em quase todas as fases do meu desenvolvimento musical ela parecia crescer comigo. (…)

– Thomas Oliemans, voz e piano

A curiosidade artística corre nas veias da Amsterdam Sinfonietta e resultou em inúmeros projetos extraordinários. Sob o título de sucesso Breder Dan Klassiek [Além do Clássico], por exemplo, Amsterdam Sinfonietta apresenta música clássica em combinação com pop, clássico indiano, rap ou jazz, e já apareceu com artistas como Rufus Wainwright, Patrick Watson, De Dijk, Wende e Typhoon. Essencial para isso é a troca de ideias e um interesse genuíno pelos repertórios e mundos uns dos outros.

Amsterdam Sinfonietta tem uma forte ligação com o barítono Thomas Oliemans. Nos últimos anos ele tem cantado repertório clássico com a orquestra. E foi então que em uma noite ele cantou ao piano Que reste-t-il de nos amours, de Charles Trenet. Nasceu uma ideia: um projeto conjunto focado na canção francesa.

– Stephan Heber, artistic programmer – Amsterdam Sinfonietta

O texto original em inglês pode ser lido aqui.

PROGRAMME

César Franck

  1. Variations symphoniques, FWV 46 (Extract) 1:45

Hubert Giraud

  1. Sous le ciel de Paris 3:23

Charles Trenet

  1. Boum! 2:09
  2. La mer 3:48

Charles Aznavour

  1. For me Formidable & Formidable 5:14

Claude Debussy

  1. String Quartet in G Minor, Op. 10: III. Andantino 7:24

Michel Legrand

  1. Les Parapluies de Cherbourg: Je ne pourrai jamais vivre sans toi 5:22
  2. The Thomas Crown Affair: Les moulins de mon coeur 4:12

Barbara

  1. L’Île aux mimosas 4:23
  2. Dis, quand reviendras-tu? 4:06

Gilbert Becaud

  1. Et maintenant 5:05

Jacques Brel

  1. Mathilde 2:33
  2. Mon enfance 5:15

Gabriel Fauré

  1. Pelléas et Mélisande, Op. 80: I. Prélude 5:01

Jacques Brel

  1. Les prénoms de Paris 3:22

Joseph Kosma

  1. Les feuilles mortes 5:20

Thomas Oliemans

Amsterdam Sinfonietta

Candida Thompson

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As gotas d’água que me fizeram ouvir o disco foram as canções Dis, quand reviendras-tu?, que eu adoro e você poderá ver aqui e aqui, com a cantora que a compôs, Barbara, e La mer, do Charles Trenet e que pode ser ouvida com outro grande transgressor de profissões, no caso o ator Kevin Klein, do filme French Kiss.

Veja aqui

e aqui.

Espero que seja divertido para você como foi para mim e que você também conclua que o disco é..

Formidável!

René Denon

Thomas reagiu assim quando soube que o fotografo era um paparazzo a serviço do PQP Bach

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824 – 1896): Sinfonia No. 8 em dó menor [Versão 1890 – Edição R. Haas] – Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824 – 1896): Sinfonia No. 8 em dó menor [Versão 1890 – Edição R. Haas] – Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan ֍

BRUCKNER

Sinfonia No. 8

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

 

Os tempos nas partituras originais [Ed. Haas] de Bruckner são bem mais simples do que parecem em algumas edições posteriores [Ed. Nowak]. Bruckner frequentemente quer uma pequena modificação no tempo e escreve ‘lagsamer’ (mais devagar). No entanto, alguns regentes diminuem o tempo por cerca de trinta por cento! Não, é bem mais sutil do que isso – como uma valsa vienense.  Ninguém jamais editou uma valsa vienense (marcar na partitura), todas as inflexões de tempo ficariam horríveis no papel’. HvK

Darth von Vader

Karajan passou para a história como o maior regente que já houve, pelo menos como figura midiática de referência na música clássica, a despeito de nomes como Toscanini e Furtwängler. Certamente o período histórico pelo qual sua figura esteve presente nas diversas mídias contribuíram para formar essa imagem. Um misto de herói e vilão, que em geral polariza as pessoas – os que o adoram e os que o detestam – um tipo Darth Vader da batuta.

Eu tenho pouco interesse pelas inúmeras gravações que ele fez, especialmente na última década à frente da igualmente mítica Berliner Philharmoniker, de repertório tão amplo quanto o espectro dos antibióticos de última geração. No entanto, sua habilidade para lidar com o tempo, sua capacidade de concentração, o tornavam ótimo intérprete de um repertório que incluía obras de Bruckner, Sibelius e Richard Strauss, para citar alguns. Sem contar a admiração que tinha por algumas dessas obras, como a Sétima e a Oitava Sinfonias de Bruckner. A Sinfonia No. 8 teve papel fundamental em sua carreira.

Em 1944, quando ainda era chamado de Heribert, ele convenceu a direção da Rádio Alemã a fazer uma gravação de estúdio da Oitava de Bruckner, o que ocorreu entre junho e setembro de 1944. Apesar do primeiro movimento ter se perdido, essa gravação sobrevive, incluindo a gravação em estéreo experimental do último movimento.

Com a morte de Furtwängler em 1954, Karajan foi eleito regente da Berliner Philharmoniker, que ainda estava sendo reconstruída. As gravações com a orquestra recomeçaram em 1957 e, após vários concertos, eles finalmente gravaram a sinfonia em maio de 1957, com a produção de Walter Legge. Essa gravação foi lançada na versão mono, uma das teimosias de Walter Legge, e só alguns anos depois a versão estéreo foi disponibilizada, sob demanda. [Aguarde postagem em futuro próximo.]

HvK e a Wiener Philharmoniker

Mas, como tudo, até contrato vitalício chega ao fim, tem que acabar, e a relação entre o Herr Direktor e a orquestra se deteriorou ao ponto de rompimento. E como o monge perde a túnica, mas não o hábito, Herbert seguiu regendo as Sinfonias de Bruckner, agora com a Wiener Philharmoniker. Essa gravação ocorreu em 1988, pouco tempo antes da morte do maestro. Eu gosto dessa gravação pois acho que nesse momento de despedida dessa obra que lhe era tão cara nos legou um registro de altíssimo nível, marcando o fim de uma era. A melhor orquestra austríaca regida por um de seus mais notórios maestros com a música que ele adorava. Vale a pena conferir…

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 8 em dó menor

[Versão 1890 – Edição: Robert Haas]

  1. Allegro moderato
  2. Scherzo: Allegro moderato
  3. Adagio: Feierlich langsam; doch nicht schleppend
  4. Finale: Feierlich, nicht schnell

Wiener Philharmoniker

Herbert von Karajan

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Gravado em: 14 – 11 – 1988

Local da gravação: Grosser Saal, Musikverein, Wien

Penguin Guide: Rosette

Recorded the year before he died, this might stand as a spiritual testament to Karajan’s relationship with this work. — James Jolly, Gramophone Magazine

 Gramophone Magazine: 100 Greatest Recordings

Aproveite!

René Denon

Heribert Karajan

Poulenc (1899-1963), Fauré (1845-1924), Debussy (1862-1918): Impressions françaises (Música de câmara com flauta) – Juliette Hurel (flauta) ֍

Poulenc (1899-1963), Fauré (1845-1924), Debussy (1862-1918): Impressions françaises (Música de câmara com flauta) – Juliette Hurel (flauta) ֍

 

Impressions françaises

Poulenc, Fauré & Debussy

Juliette Hurel

 

A flauta é um instrumento perigoso! Costuma ser melíflua… até de mais e aí é onde dorme o perigo. Deduz-se de uma carta escrita nos idos 1778 que Mozart não gostava de flauta, mas não devemos ser tão categóricos, uma vez que ele teve muito tempo para mudar de ideia e as flautas com as quais ele lidava não eram exatamente o tipo de instrumento que podemos ouvir numa gravação como a do disco aqui.

Eu certamente aprecio as flautas com moderação, mas esse disco repleto de obras de câmara compostas por franceses entrou logo no meu radar e aqui está ele, repleto de ótimas peças.

A sonata de Poulenc abre o disco e já apresenta a maestria e musicalidade da flautista Juliette Hurel. Segue uma coleção de peças para flauta e piano compostas por Gabriel Fauré, com algumas de suas melodias mais conhecidas.

Das peças de Debussy, a sonata para flauta, viola e harpa é a que tem as sonoridades mais bonitas, e ela é ladeada por duas versões de Syrinx, para solo de flauta, a primeira delas com uma recitante. Há também uma transcrição para flauta e piano do Prélude à l’après-midi d’un faune.

Para completar, uma peça pequenina de Poulenc, para flauta solo.

Hélène et Juliette

Juliette Hurel est sans doute déjà une légende vivante et elle est française. Comme il se doit, son talent a donc été ignoré par les plus grands orchestres français! ça, on le savait déjà. Chez Hurel, chaque son est un monde, choyé, aimé. Son phrasé est d’une élégance à couper le souffle. Dans ces instants de présent vécu jusqu’à la moelle, elle nous fait toucher à l’éternité. […] Ici, rien qui brille en une inélégante apparence, mais une lumière qui vient du fond du coeur. D’ailleurs, J. Hurel sait aussi bien faire chanter la flûte en bois que la flûte en métal. Une anticommerciale au talent infini. [de uma crítica feita no site de uma loja de discos…]

Juliette Hurel é, sem dúvida, uma lenda viva e é francesa. Como não poderia deixar de ser, o seu talento foi, portanto, ignorado pelas maiores orquestras francesas! Já sabíamos disso. Com Hurel, cada som é um mundo, mimado, amado. Seu fraseado é incrivelmente elegante. Nestes momentos do presente vividos até ao âmago, aproxima-nos da eternidade. […] Aqui nada brilha numa aparência deselegante, mas sim uma luz que vem do fundo do coração. Além disso, J. Hurel sabe fazer a flauta de madeira cantar tão bem quanto a flauta de metal. Um anticomercial com talento infinito.

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para flauta e piano, Op. 164

  1. Allegro malinconico
  2. Cantilena
  3. Presto Giocoso

Gabriel Fauré (1845 – 1924)

Peças para flauta e piano

  1. Pièce pour flûte et piano
  2. Sicilienne pour flûte et piano, Op. 78
  3. Morceau de concours pour flûte et piano
  4. Fantaisie pour flûte et piano, Op. 79
  5. Berceuse pour flûte et piano, Op. 16

Claude Debussy (1862 – 1918)

Peça para flauta (com recitante)

  1. Syrinx pour flûte et récitante

Sonata for Flute, viola e harpa

  1. Pastorale
  2. Interlude
  3. Final

Peça para flauta

  1. Syrinx pour flûte

Peça para flauta e piano

(Transcrição de Gustave Samazeuilh)

  1. Prélude à l’après-midi d’un faune

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Peça para flauta

  1. Un joueur de flûte berce les ruines, pour flûte

Juliette Hurel, flauta

Hélène Couvert, piano

Florence Darel, recitante

Arnaud Thorette, viola

Christine Icart, harpa

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Juliette Hurel adorou o comentário de Mozart

Hurel is an award-winning musician who has collaborated with similarly decorated musicians such as Pierre Boulez, Martha Argerich, Shlomo Mintz, Gidon Kremer and Claire Désert, among many others. As a soloist Hurel has appeared with Les Siècles, Tokyo Metropolitan Symphony Orchestra, and the Montreal Orchestre Métropolitain. 

Hurel é uma artista premiada que colaborou com músicos com condecorações semelhantes, como Pierre Boulez, Martha Argerich, Shlomo Mintz, Gidon Kremer e Claire Désert, entre muitos outros. Como solista, Hurel se apresentou com Les Siècles, Tokyo Metropolitan Symphony Orchestra e Montreal Orchester Métropolitain.

Aproveite!

René Denon