“A beautiful performance with a bright musicality was born.”
eBravo digital magazine

Caso eu fosse músico profissional ou mesmo razoável amador, pianista ou violinista, teria a Sonata para violino e piano de César Franck em meu repertório. É uma dessas obras que nos cativa desde a primeira audição. E para completar o programa do disco, outra sonata espetacular, a Primeira Sonata de Brahms. Johannes atuou muito, desde a sua juventude, como pianista acompanhante, especialmente de violinistas, e sabia de tudo sobre o ofício – o repertório, os truques, as técnicas. Mas isso miles de compositores sabiam, além disso, ele tinha o dom, era Brahms e terrivelmente auto-crítico.

Aqui temos um disco lançado recentemente pela Deutsche Grammophon, que contratou o virtuose pianista Nobu Tsujii e também adquiriu os direitos sobre suas antigas gravações e esse disco é um desses casos. A gravação foi feita no Teldex Studio, Berlim, por volta de 2017, pela Avex Classics. Nestes dias a dupla de jovens músicos, Miura e Tsujii andavam pelas cidades do Japão dando recitais. Você vai encontrar vários vídeos deles tocando trechos de sonatas no YouTube.
Eu só conheci o disco agora, ponto positivo para o relançamento, afinal de contas, nada como ouvir linda música executada tão primorosamente como é o caso aqui.
César FRANCK (1822-1890)
Sonata para Violino em lá maior (1886)
- Allegretto ben moderato
- Allegro
- Recitativo-Fantasia. Ben moderato – Molto lento
- Allegretto poco mosso
Johannes BRAHMS (1833-97)
Sonata para Violino No. 1 em sol maior, Op. 78 (1878-79)
- Vivace ma non troppo
- Adagio
- Allegro molto moderato
Fumiaki Miura, violin
Nobuyuki Tsujii, piano
Gravação. 2017-18, Teldex Studio, Berlin
AVEX CLASSICS AVCL25991 [56:02]
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 128 MB

Caso você tenha acesso às plataformas de distribuição de músicas, aqui está uma possibilidade para a audição:
Tidal
Trechos de uma crítica que pode ser lida integralmente aqui: Despite the stiff competition […], this newcomer can hold its head high. In the opening movement, Miura and Tsujii contour the ebb and flow of the narrative, confidently negotiating the harmonic shifts and tempo variants. The second movement is turbulent and impressively virtuosic. I’m particular taken by the heartfelt anguish of the Recitativo, and the sheer joy and elation with which they approach the finale.
The inclusion of the Brahms Violin Sonata No. 1 is apposite, as beguiling lyricism likewise permeates the score. Miura’s warm, burnished tone is ideal for this music. The opening movement’s gentle, bucolic charm is eloquently conveyed. The Adagio, which follows, is played with unfeigned sincerity and radiant fragility, and there’s nobility of gesture in the passionate moments of the ‘Regenlied’ finale.
Fumiaki Miura plays a 1704 Stradivarius loaned by the Munetsugu Foundation.
Apesar da forte concorrência […], este novo lançamento pode orgulhar-se dos resultados. No movimento de abertura, Miura e Tsujii contornam o fluxo e refluxo da narrativa, entretrocando com confiança as mudanças harmônicas e as variações de andamento. O segundo movimento é turbulento e impressionantemente virtuoso. Fiquei particularmente impressionado com a angústia profunda do Recitativo e com a pura alegria e euforia com que abordam o final.
A inclusão da Sonata para Violino nº 1 de Brahms é oportuna, visto que um lirismo sedutor também permeia a partitura. O timbre quente e polido de Miura é ideal para esta música. O charme suave e bucólico do movimento de abertura é transmitido com eloquência. O Adagio, que se segue, é tocado com sinceridade genuína e fragilidade radiante, e há nobreza de gestos nos momentos apaixonados do final de “Regenlied”.
Fumiaki Miura toca um Stradivarius de 1704 emprestado pela Fundação Munetsugu.
Aproveite!
René Denon




































































































































































