Dieterich Buxtehude (1637-1707): Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel) & A filha feia

Dieterich Buxtehude (1637-1707):  Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel) & A filha feia

Membra Jesu Nostri, de Dietrich Buxtehude, é uma série de 7 cantatas luteranas, com texto em latim, cada uma endereçada a uma parte do corpo de Jesus: aos pés, aos joelhos, às mãos, aos flancos, ao peito, ao coração e à face. É, na verdade, uma meditação sobre o sofrimento de Cristo durante a contemplação da cruz, olhando Jesus dos pés até a cabeça. Uma meditação barroca, de 1680, baseada no poema medieval Salve mundi salutaris. s cantatas são realmente comoventes, no sentido mais puro da palavra, e alguns momentos (como o Vulnerasti cor meum, da cantata 6) são de arrepiar qualquer um. Ah, e além dessas sete cantatas, o cd inclui também uma cantata alemã, Nimm von uns, Herr, du treuer Gott. No mesmo espírito, é uma súplica pela piedade divina diante das faltas humanas.

A filha feia

O jovem Johann Sebastian Bach era contratado na igreja da rica cidade de Arnstadt como organista. Lá, desfrutou de um novo órgão e de um bom salário. Ansioso por mais, em 1705 pediu uma licença de 4 semanas para ir a Lübeck visitar o velho mestre Buxtehude. Tinha apenas 20 anos de idade e viajou os mais de 320 quilômetros que separavam as duas cidades a pé. Surpreendido com a habilidade do jovem organista, Buxtehude propôs a Bach que ele permanecesse em Lübeck até sua morte e depois ocupasse o seu prestigioso posto. Porém, para ocupar tal posição, havia uma regra: o candidato tinha que casar com a filha mais velha do seu antecessor no cargo. A moça em questão, Ana Margarita, era vários anos mais velha do que Bach e não muito bonita, pelo que Bach recusou a oferta.

Handel passou alguns dias em Lübeck em 1703. Bach ficaria lá durante três meses em 1705. Como ele tinha sudo autorizado a ficar ausente por 4 semanas, provocou a fúria dos seus patrões ao fazê-lo durante meses. Essa longa viagem quase lhe custou seu emprego, mas valeu a pena. Ele aprendeu muito com o velho Buxtehude.

Buxtehude estava perto da aposentadoria e ansiava por um sucessor da mais alta qualidade. Claro, tanto Handel como Bach encheram-lhe de esperanças. Ele lhes ofereceu a sua bem paga posição, esclarecendo a questão com sua adorada filha mais velha. Apesar de solteiros, nenhum dos dois compositores concordou. O trabalho era atraente mas, dizem que a filha não era. Johann Mattheson, que seria um compositor proeminente e um notório teórico da música, também a rejeitou.

Bach, contudo, como passou muito mais do que 4 semanas em Lübeck, talvez estivesse pensando seriamente no caso. Digo talvez, porque acredita-se que o jovem Bach estava muito mais interessado em ficar ao lado de Buxtehude o máximo de tempo possível, para aprender tudo o que ele lhe pudesse ensinar.

Uma prova mais forte dos escassos encantos de Ana Margarita pode ser encontrada em visitas anteriores a de Bach. Em 1703, os consagrados Händel e Mattheson também visitaram Buxtehude, repito. Não quiseram ter aulas, vieram apenas para tentar suceder ao venerável organista na sua posição. Quando tomaram conhecimento das condições e de Ana Margarita, não hesitaram: deixaram Lübeck no dia seguinte.

Buxtehude, que tinha jurado não se aposentar até a sua filha se casar, ocupou o cargo até à morte, em 1707. Não pensem, contudo, que Anna Margareta foi deixada sozinha para o resto dos seus dias. O fiel assistente do seu pai, J.C. Schieferdecker, foi encorajado a desposá-la. Ele não é lembrado por mais nada, este foi seu grande feito. Para alguns foi uma atitude de gratidão, para outros, uma demonstração soberana de interesse monetário.

De fato, quando Buxtehude assumiu a posição de organista da Igreja de Santa Maria (Marienkirche), teve de cumprir uma condição semelhante: com a morte de Franz Tunder em Novembro de 1667, a posição de organista da Marienkirche, uma das mais importantes do norte da Alemanha, foi deixada vaga. Depois de muitos outros organistas tentarem o cargo e serem rejeitados, Buxtehude foi eleito em abril de 1668. Em julho do mesmo ano tornou-se cidadão de Lübeck e em agosto casou com Anna Margarethe Tunder, uma das filhas de seu antecessor. Era uma situação imposta para ser aceito no emprego, prática comum na época.

Dieterich Buxtehude (1637-1707): Membra Jesu Nostri (Cantus Cölln, Junghänel)

Membra Jesu Nostri, BuxWV 75 (Zyklus In 7 Kantaten)
Kantate Nr. 1 Ad Pedes 8:49
Kantate Nr. 2 Ad Genua 8:40
Kantate Nr. 3 Ad Manus 8:20
Kantate Nr. 4 Ad Latus 8:27
Kantate Nr. 5 Ad Pectus 9:45
Kantate Nr. 6 Ad Cor 9:15
Kantata Nr. 7 Ad Faciem 7:13

Nimm Von Uns, Herr, Du Treuer Gott BuxWV 78 13:31

Cantus Cölln
Konrad Junghänel

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Bux véio de guerra

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Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Concertos (Freiburger Barockorchester)

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Concertos (Freiburger Barockorchester)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um belo disco de Concertos de W. F. Bach — talvez o melhor deles! Afinal, aqui temos a Freiburger Barockorchester, que é, usando terminologia técnica, um time muito foda. Temos humor e alegria de tocar, um cruzamento deslumbrante entre o Barroco e Beethoven! Esta gravação demonstra como Wilhelm Friedemann Bach é um compositor subestimado. As quatro obras aqui executadas são verdadeiras delícias. Temos a primeira gravação mundial de um belo Concerto para Flauta, bem como a gravação de um Concerto que sempre ouvi cravo — aqui com pianoforte. A Sinfonia (& Fuga) em Ré menor é uma peça notável de expressividade profunda e dramática que vale a pena ouvir. E o Concerto para 2 Cravos é uma verdadeira obra-prima em sua superabundância de idéias originais. Vale a pena ouvir!

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Concertos (Freiburger Barockorchester)

Concerto Per Il Flauto Traverso In D (BR C 15)
1 Un Poco Allegro 7:39
2 Largo 9:21
3 Vivace 5:07

Sinfonia In D (BR C 7)
4 Adagio 3:27
5 Allegro E Forte (Fuga) 4:54

Concerto Per Il Cembalo In E (BR C 12)
6 Allegretto 9:25
7 Adagio 8:39
8 Allegro Assai 5:14

Concerto A Due Cembali In Es (BR C 11)
9 Un Poco Allegro 10:56
10 Cantabile 3:11
11 Vivace 7:11

Cello – Kristin Von Der Goltz, Rebecca Ferri
Double Bass – Ludek Braný*
Flute – Karl Kaiser, Susanne Kaiser
Harpsichord – Michael Behringer (pianoforte nas faixas de 6 a 8), Robert Hill
Horn – Erwin Wieringa, Teunis van der Zwart
Orchestra – Freiburger Barockorchester
Timpani – Gerhard Hundt
Trumpet – Friedemann Immer, Ute Rothkirch
Viola – Christian Goosses, Claire Duquesnois
Violin – Anne Katharina Schreiber, Beatrix Hülsemann, Brigitte Täubl, Christoph Hesse (2), Gerd-Uwe Klein, Petra Müllejans
Violin, Conductor – Gottfried Von Der Goltz
Violin, Viola – Christa Kittel

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A Freiburger Barockorchester. Vocês reconhecem o chefe? É sempre bom conhecer o chefe. Ele está ali, ó.

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Alexandr Borodin (1833-1887): Sinfonias 1 & 2, Nas Estepes da Ásia Central (RPO, Ashkenazy)

Alexandr Borodin (1833-1887): Sinfonias 1 & 2, Nas Estepes da Ásia Central (RPO, Ashkenazy)

Com sua riqueza de temas marcantes, ricamente melódicos e sua estrutura dramática original, a Segunda Sinfonia de Borodin deveria ser uma das sinfonias russas mais populares. Mas não é. Vá entender. As sinfonias de Borodin são criaturas estranhas, pois soam espontâneas e belas mas, ainda assim, não decolam realmente. Em outras palavras, muitas vezes soam como se fossem suítes. Há várias versões excelentes da No.2, como a de Kubelik, só que elas realmente não me convenciam de que esta fosse uma sinfonia de primeira linha. Esta versão de Ashkenazy é uma das poucas que torna essa música ótima.

A primeira sinfonia é apenas OK. O final é uma peça dançante alegre que soa polovistiana e que conquistou a admiração de Liszt.

A segunda, como disse, é muito mais conhecida e Ashkenazy consegue fazer com que pareça nova. O tema de abertura do primeiro movimento é o grande teste para mim. Ashkenazy realmente deixa rolar, dando-lhe naturalidade. Soa rico e portentoso. Cada momento soa bem para meus ouvidos. O delicioso Scherzo está sensacional. Em suma, uma boa interpretação dos dons líricos e sinfônicos de Borodin. Mesmo se você tiver muitas gravações da segunda, adicione esta à pilha – e você esquecerá rapidamente a maioria das outras. Ah – temos aqui uma ótima versão de Nas Estepes da Ásia Central também.

Alexandr Borodin (1833-1887): Symphonies 1 & 2, In The Steppes Of Central Asia (RPO, Ashkenazy)

1 In Central Asia 7:02

Symphony No. 1 In E Flat Major
2 I Adagio – Allegro – Andantino 13:01
3 II Scherzo: Presto – Trio: Allegro 6:56
4 III Andante 8:00
5 IV Allegro Molto Vivo 7:04

Symphony No. 2 In B Minor
6 I Allegro 7:03
7 II Scherzo: Prestissimo – Trio: Allegretto 5:07
8 III Andante 8:48
9 IV Finale: Allegro 5:59

Composed By – Alexander Borodin
Conductor – Vladimir Ashkenazy
Orchestra – The Royal Philharmonic Orchestra

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Sabiam que Borodin era químico?

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Thomas Arne (1710-1778): Aberturas e Cantatas (Térey-Smith / Capella Savaria)

Thomas Arne (1710-1778): Aberturas e Cantatas (Térey-Smith / Capella Savaria)

OK, OK, dizem que não existe boa música inglesa de Purcell atá Britten. Eu até concordo, mas grosso modo. Tudo porque Arne é um bom compositor barroco, que nÃo faria feio entre os alemães e italianos NORMAIS. Claro, Arne não está entre os compositores mais conhecidos atualmente, mas certamente foi grande e influente em seu tempo, afastando-se das tradições barrocas para um estilo que retém a essência da tradição operística italiana, mas criando algo reconhecidamente britânico. É uma pena que apenas uma fração de sua obra tenha sobrevivido e menos ainda tenha sido registrada. Este disco, lançado para o 300º aniversário do nascimento de Arne, apresenta algumas das cantatas e aberturas de várias obras de palco de Arne. As cantatas são executadas com competência e divididas entre a soprano canadense Stefanie True — a quem já ouvi em um ótimo disco de Cantatas de Handel) e o tenor húngaro Zoltan Megyesi, que é “convincentemente inglês”. A música do conjunto Capella Savaria também é deliciosa sob a regência de Mary Terey-Smith.

Thomas Arne (1710-1778): Aberturas e Cantatas (Térey-Smith / Capella Savaria)

1 King Arthur: Overture. Con Spirito
2 King Arthur: Overture. Largo
3 King Arthur: Overture. March

4 The Spring, Cantata

5 Judith, Oratorio: Overture. Con Spirito
6 Judith, Oratorio: Overture. Andante
7 Judith, Oratorio: Overture. Minuet

8 Chaucer’s Recantation, Cantata

9 Love and Resentment, Cantata

10 Eliza: Overture. Largo
11 Eliza: Overture. Allegro Con Spirito
12 Eliza: Overture. Grave
13 Eliza: Overture. Andante Minuetto

14 Reffley Spring, Cantata

15 The Fairy Prince, Masque in 3 Acts: Overture. Allegro
16 The Fairy Prince, Masque in 3 Acts: Overture. Andante
17 The Fairy Prince, Masque in 3 Acts: Overture. Presto

Mary Térey-Smith (Conductor)
Capella Savaria (Orchestra)
Stefanie True (Performer)
Zoltán Megyesi (Performer)

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Já postamos compositores mais bem-apessoados.

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quartetos K. 421 e 465 (Dissonances) e Divertimento K. 138 (Ébène)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quartetos K. 421 e 465 (Dissonances) e Divertimento K. 138 (Ébène)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Álbum de 2011 do Quarteto Ébène, ainda com Mathieu Herzog na viola. Ele foi trocado depois pela igualmente ótima Marie Chilemme. Aqui temos dois dos mais belos quartetos de Mozart e ainda o Divertimento K. 138 em versão para Quarteto de Cordas.

O Divertimento também é conhecido — em sua versão para cordas — como Sinfonia de Salzburgo Nº 3. Alguns estudiosos acreditam que os 3 Divertimentos K. 136, 137 e 138, compostos quando Mozart tinha 16 anos, são, na verdade, quartetos de cordas. Outros acham que são sinfonias às quais faltaria acrescentar as partes dos instrumentos de sopro. Entretanto, não parece haver nada de inacabado nessas obras.

O Quarteto de Cordas nº 19 em dó maior , K. 465, “Dissonâncias”, tem este nome devido a sua introdução lenta incomum. É talvez o mais famoso de seus quartetos. É o último do conjunto de seis compostos entre 1782 e 1785 e dedicados a Haydn.

O Quarteto de Cordas nº 15 em ré menor , K. 421, é o segundo dos Quartetos dedicados a Haydn e o único do conjunto em tom menor. Embora não datado no autógrafo, acredita-se que tenha sido concluído em 1783, enquanto sua esposa Constanze Mozart estava em trabalho de parto de seu primeiro filho, Raimund. Constanze afirmou que as figuras de cordas crescentes no segundo movimento correspondiam aos seus gritos da outra sala…

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quartetos K. 421 e 465 (Dissonances) e Divertimento K. 138 (Ébène)

String Quartet Nº 15 K 421 In D Minor
1 I Allegro Moderato 8:05
2 II Andante 6:09
3 III Menuetto And Trio. Allegretto 4:05
4 IV Allegretto Ma Non Troppo 8:35

Divertimento K 138 In F Major
5 I Allegro 3:53
6 II Andante 5:00
7 III Presto 2:24

String Quartet Nº 19 K 465 ‘Dissonance’ In C Major
8 I Adagio – Allegro 11:33
9 II Andante Cantabile 8:14
10 III Menuetto And Trio. Allegro 5:08
11 IV Allegro Molto 7:55

Quarteto Ébène
Cello – Raphaël Merlin
Viola – Mathieu Herzog
Violin – Gabriel Le Magadure, Pierre Colombet

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As fotos do velho Ébène são cada vez mais raras. Todo mundo só quer Marie…

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Castello / Merula / Marini / Bertoli / Buonamente / Frescobaldi / Rossi / Turini: The Contest of Apollo and Pan (Apollo & Pan)

Castello / Merula / Marini / Bertoli / Buonamente / Frescobaldi / Rossi / Turini: The Contest of Apollo and Pan (Apollo & Pan)

Um disco delicado e muito bom de música antiga. São obras que estão todas dentro de um período de 35 anos, oferecendo notável variedade de humor e texturas nas quatro partes para teclado solo para três instrumentos diferentes — cravo, órgão de câmara e espineta –, que aquecem a harmonia sustentada, dobrando linhas melódicas. A espineta é particularmente cativante. Atenção para a brilhante Ciacona de Merula. Cinco Sonatas de 1629 de Dario Castello, fornecem o núcleo do programa. As duas coleções de música instrumental virtuosística de Castello são marcos no repertório e levaram a um número considerável de reimpressões durante várias décadas após sua publicação inicial.

Castello / Merula / Marini / Bertoli / Buonamente / Frescobaldi / Rossi / Turini: The Contest of Apollo and Pan (Apollo & Pan)

1 Sonata para 3 instrumentos & Continuo No. 10 (Sonata Concertate II/10)
Composição : Dario Castello
2 Ciacona, para 2 violinos e baixo contínuo (Canzone Overo Sonate Concertate)
Composição : Tarquínio Merula
3 Sonata para 2 instrumentos & Continuo No. 4 (Sonata Concertate II/4)
Composição : Dario Castello
4 Sonata Sopra “Fuggi Dolente Core”, Para Instrumentos de Câmara e Continuo
Composição : Biagio Marini
5 Sonata No. 7 Para Dulcian & Continuo (Compositioni Musicali)
Composição : Giovanni Antonio Bertoli
6 Sinfonia para 2 violinos e Continuo (Livro 4)
Composta por – Giovanni Battista Buonamente
7 Brando Terzo
Composta por – Giovanni Battista Buonamente
8 Gagliarda Terza
Composta por – Giovanni Battista Buonamente
9 Corrente Terza E Quarta
Composta por – Giovanni Battista Buonamente
10 Toccate D’intavolatura … No.1, Toccate Dodeci
Composição de – Girolamo Frescobaldi
11 Toccate d’intavolatura … No.14, Capriccio Fra Jacopino sopra L’Aria Di Ruggiero
Composição de – Girolamo Frescobaldi
12 Sonata No.5 Sopra Un Aria Francese, Livro 4
Composição : Salomone Rossi
13 Sonata para 2 instrumentos & Continuo No. 7 (Sonata Concertate II/7)
Composição : Dario Castello
14 Âncora Che Col Partire, Madrigal
Composta por – Cipriano de Rore , Giovanni Battista Spadi
15 Sonata para 2 instrumentos e contínuo nº 8 em ré menor (Sonata Concertate II/8)
Composição : Dario Castello
16 Il Zontino, Balletto Para 2 Violinos & Continuo, Op. 22/01
Composição : Biagio Marini
17 Sonata para 2 violinos, Dulcian & Continuo No. 9 (Sonata Concertante II/9)
Composição : Dario Castello
18 Sonata à 3 “E Tanto Tempo Hormai” (fFom Madrigals Livro 3)
Composição : Francesco Turini

Dulcian – Sally Holman
Conjunto – Apollo & Pan
Órgão, Cravo – Steven Devine
Violino – Ben Sansom (2)
Violino, encarte – Tassilo Erhardt

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Claudio Monteverdi (1567-1643): L`Orfeo (Gardiner)

Claudio Monteverdi (1567-1643): L`Orfeo (Gardiner)

Se você, como eu, gosta de música antiga, vai adorar isso. Chamada às vezes La Favola d’Orfeo (A Fábula de Orfeu), L`Orfeo é uma Fabula em Música, ou uma ópera de Claudio Monteverdi, que data do período de transição entre a Renascença e o Barroco. Baseada na lenda grega de Orfeu que desce ao reino dos mortos, de Hades, na tentativa de trazer sua bem amada Eurídice de volta à vida, foi escrita em 1607 para uma encenação no carnaval da corte de Mântua. Embora não tenha sido a primeira ópera a ser composta, esta honra é de Jacopo Petri, Orfeo tem a distinção de ser a mais antiga ópera ainda regularmente executada hoje em dia. Esta obra teve um papel pioneiro no desenvolvimento do gênero visto que é a que mais se aproxima do modelo que se consagraria depois. É justamente considerada a primeira obra-prima do gênero operático. Tecnicamente, é uma ópera, mas não é o estereótipo criado depois e, creio, esta é a melhor versão disponível.

Prólogo
O “Espírito da Música” explica o poder da música, e especificamente o poder de Orfeu, cuja música é tão poderosa que é capaz de mudar a atitude dos próprios deuses.

Ato I
Orfeu e Euridice comemoram a chegada do dia do casamento.

Ato II
Orfeu recebe a terrível notícia de que Euridice havia morrido com a picada de uma serpente, decidindo ir até o Tártaro, de Hades, para poder resgatar a sua amada. Ele fala como a felicidade humana é passageira. O coro final termina com um lamento fúnebre.

Ato III
Esperança acompanha Orfeu à entrada do Tártaro. Orfeu encontra Caronte, o guardião do Tártaro e barqueiro do rio Estige, que o atravessa após ouvir uma canção pungente e emocionada de sua lira. A canção da lira também adormece Cérbero, o cão de três cabeças guardião dos portões do Tártaro permitindo que Orfeu passe por ele.

Ato IV
Prosérpina, a rainha do Tártaro e esposa de Plutão, é comovida pela música de Orfeu e, com isso, Plutão, rei do Tártaro, deixa Eurídice ir. Mas Plutão só a libera com uma condição: que Orfeu não olhe para trás onde segue Eurídice. Plutão libera a amada de Orfeu. Assim Orfeu e sua amada Eurídice se retiram do Tártaro, para irem para a Terra, mas num momento de fraqueza humana, Orfeu olha para trás e vê o ombro de Eurídice. Então, sem tempo para começar a olhar o rosto de Eurídice, ela é fulminada e volta como fantasma para o Tártaro.

Ato V
Orfeu é consumido pela dor, e Apollo, o seu pai, vem do céu para levar seu filho, onde lá ele poderá ver para sempre a imagem de Euridice no céu, formada pelas estrelas.

Claudio Monteverdi (1567-1643): L`Orfeo (Gardiner)

L’Orfeo. Favola In Musica (1607)
1-1 Toccata 1:38

Prologo
1-2 Dal Mio Permesso (La Musica) 5:44

Atto Primo
1-3 In Questo Lieto E Fortunato Giorno (Pastore I) / Vieni, Imeneo (Coro Di Ninfe E Pastori) / Muse, Onor Di Parnaso (Ninfa) 3:28
1-4 Balletto: Lasciate I Monti (Coro Di Ninfe E Pastori) / Ma Tu, Gentil Cantor (Pastore III) 2:34
1-5 Rosa Del Ciel (Orfeo / Io Non Dirò Qual Sia (Euridice) / Balletto: Lasciate I Monti / Vieni, Imeneo (Coro Di Ninfe E Pastori) 4:27
1-6 Ma Se Il Nostro Gioir (Pastore II, Pastore I, Pastore III, Pastore IV, Ninfa) / Ecco Orfeo, Cui Pur (Coro Di Ninfe E Pastori) 5:09

Atto Secondo
1-7 Sinfonia / Ecco Pur Ch’a Voi Ritorno (Orfeo) 0:49
1-8 Mira Che Sé N’alletta (Pastore I, Pastore II) / Dunque Fa Degni, Orfeo (Coro Di Ninfe E Pastori) 2:16
1-9 Vi Ricorda, O Bosch’ombrosi (Orfeo, Pastore I) 2:51
1-10 Ahi, Caso Acerbo / In Un Fiorito Prato (Messaggiera, Pastore I, Pastore II, Pastore III, Orfeo) 9:28
1-11 Ahi, Caso Acerbo (Coro Di Ninfe E Pastori) / Ma Io, Che In Questa Lingua (Messaggiera) 2:49
1-12 Sinfonia / Chi Ne Consola, Ahi Lassi / Ahi, Caso Acerbo / Ma Dove, Ah Dove / Ahi, Caso Acerbo (Pastore I, Pastore II, Coro Di Ninfe E Pastori) 7:09

Atto Terzo
2-1 Sinfonia / Scorto Da Te, Mio Nume (Orfeo) / Ecco L’atra Palude (Speranza) / Dove, Ah Dove Ten Vai (Orfeo) 6:29
2-2 O Tu, Ch’inanzi Morte (Caronte) 2:13
2-3 Possente Spirto (Orfeo) 8:23
2-4 Be Mi Lusinga (Caronte / Ahi, Sventurato Amante (Orfeo) / Ei Dorme, E La Mia Cetra (Orfeo) 5:21
2-5 Nulla Impresa Per Uom (Coro Di Spiriti) 2:48

Atto Quarto
2-6 Signor, Quel Infelice (Proserpina) / Benché Severo (Plutone) / O Degli Abitator (Spirito I, Spirito II) / Quali Grazie Ti Rendo (Proserpina) / Tue Soavi Parole (Plutone) 6:54
2-7 Pietade, Oggi, E Amore (Coro Di Spiriti) / Ecco Il Gentil Cantor (Spirito I) 0:40
2-8 Qual Onor Di Te (Orfeo) / O Dolcissimi Lumi (Orfeo / Rotto Hai La Legge (Spirito III) 3:15
2-9 Ahi, Vista Troppo Dolce (Euridice) / Torn’a L’ombra (Spirito I) / Dove Ten Vai (Orfeo) 2:34
2-10 È La Virtute Un Raggio (Coro Di Spiriti) 2:27

Atto Quinto
2-11 Questi I Campi Di Tracia (Orfeo, Eco) 8:09
2-12 Sinfonia / Perché A Lo Sdegno (Apollo, Orfeo) 5:47
2-13 Vanne Orfeo (Coro Di Ninfe E Pastori) 0:59
2-14 Moresca 1:18

Alto Vocals – Ashley Stafford, Brian Gordon (2), Christopher Royall, Julian Clarkson, Patrick Collin
Bass Vocals – Charles Pott, Richard Savage, Simon Birchall, Stephen Charlesworth (2)
Cello, Viola da Gamba – Angela East, Richard Campbell
Chitarrone – Timothy Crawford*
Chitarrone, Cittern, Cittern [Ceterone] – Robin Jeffrey
Chorus [Coro Di Ninfe E Pastori, Coro Di Spiriti] – The Monteverdi Choir
Composed By – Claudio Monteverdi
Conductor – John Eliot Gardiner
Cornett – Jeremy West
Double Bass – Amanda MacNamara*, Valerie Botwright
Ensemble – His Majesties Sagbutts & Cornetts*, The English Baroque Soloists
Guitar [Baroque Guitar], Chitarrone – Jakob Lindberg
Harp [Double Harp] – Frances Kelly
Libretto By – Alessandro Striggio, Jr.*
Organ [Chamber Organ, Chest Organ, Regal], Harpsichord, Virginal – Alastair Ross, Linnhe Robertson, Paul Nicholson
Percussion – David Corkhill
Recorder – David Pugsley, Rachel Beckett
Sackbut [Baroque Sackbut] – Paul Nieman, Peter Goodwin, Richard Cheetham, Stephen Saunders, Susan Addison
Soprano Vocals – Carol Hall (2), Jane Fairfield, Mary Seers, Nicola Jenkin, Rachel Platt, Suzanne Flowers
Tenor Vocals – Angus Smith, Clifford Armstrong, David Roy, Howard Milner, Leigh Nixon
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
Trumpet, Cornett – David Staff
Viola – Annette Isserlis, Jan Schlapp, Nicholas Logie, Rosemary Nalden
Violin – Elizabeth Wilcock, Hildburg Williams, Julie Miller (2), Susan Carpenter Jacobs*
Violin, Violino Piccolo – Graham Cracknell
Violin, Violino Piccolo, Concertmaster – Roy Goodman
Vocals [Caronte, Spirito III] – John Tomlinson (2)
Vocals [Euridice] – Julianne Baird
Vocals [La Musica] – Lynne Dawson
Vocals [Messaggiera] – Anne Sofie von Otter
Vocals [Ninfa] – Nancy Argenta
Vocals [Orfeo] – Anthony Rolfe Johnson
Vocals [Pastore I, Eco] – Mark Tucker (5)
Vocals [Pastore II, Apollo] – Nigel Robson
Vocals [Pastore III] – Michael Chance
Vocals [Pastore IV] – Simon Birchall
Vocals [Plutone] – Willard White
Vocals [Proserpina] – Diana Montague
Vocals [Speranza] – Mary Nichols
Vocals [Spirito I] – Howard Milner
Vocals [Spirito II, Chorus] – Nicolas Robertson

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Monteverdi pintou na sua telinha com seu bigodón sexy.

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Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas For Cravo e Violino (Loreggian, Guglielmo)

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas For Cravo e Violino (Loreggian, Guglielmo)

Sim, cravo e violino. Invertido assim mesmo! As sonatas para teclado e violino representam uma parte menos conhecida da obra de Carl Philipp Emanuel Bach. São executadas com muito menos frequência do que suas obras orquestrais, que os três quartetos que compôs no último ano de sua vida ou as sonatas para flauta, seja com baixo contínuo ou com uma parte teclado obbligato. Seu pai, Johann Sebastian, foi o primeiro compositor alemão a escrever sonatas para cravo e violino (BWV 1014-1019). Seu filho os avaliou muito bem: “Os 6 trios de Clavier … estão entre as melhores obras escritas por meu querido falecido pai. Eles ainda soam muito bem hoje e me dão grande prazer, apesar de terem mais de 50 anos. Há certos Adágios nelas cujas qualidades cantabiles são insuperáveis ​​até hoje”, afirmou ele em uma carta a Johann Nicolaus Forkel em 1774. Parece provável que ele tenha composto suas próprias sonatas pensando no pai. Este disco termina com uma Sonata que por muito tempo foi considerada como sendo de Johann Sebastian. Meus ouvidos dizem que é mesmo! Mas a visão geral é que não seria uma obra de JS, e que provavelmente também não é de CPE Bach. Poderia ser algum aluno de JS. É notável que CPE se referisse às sonatas para teclado e violino de seu pai como ‘trios’. Assim também são chamadas suas próprias sonatas para esta partitura. Isso era bastante comum na época: as duas mãos no teclado eram contadas como duas partes. Lembre-se de que os quartetos a que me referi no parágrafo de abertura foram marcados para três instrumentos. E é incrível que essas excelentes sonatas sejam tocadas tão raramente.

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonatas For Cravo e Violino (Loreggian, Guglielmo)

Sonata In D Major, Wq. 71
1 I. Adagio Ma Non Molto 2:50
2 II. Allegro 2:19
3 III. Adagio 2:26
4 IV. Menuet No. 1 – Menuet No. 2 2:54

Sonata In D Major, Wq. 72
5 I. Adagio Ma Non Troppo 2:43
6 II. Allegro 2:01
7 III. Allegro 3:08

Sonata In C Major, Wq. 73
8 I. Allegro Di Molto 3:16
9 II. Andante 3:53
10 III. Allegretto 7:19

Sinfonia In D Major, Wq. 74
11 I. Allegro 4:36
12 II. Andante 2:54
13 III. Tempo Di Minuetto 2:23

Sonata In B Minor, Wq. 76
14 I. Allegro Moderato 7:19
15 II. Poco Andante 4:52
16 III. Allegretto Siciliano 7:47

Sonata In G Minor, H. 542.5
17 I. – 3:43
18 II. Adagio 2:47
19 III. Allegro 5:13

Roberto Loreggian, cravo
Federico Guglielmo, violino

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Federico Guglielmo pensando nos motivos que levaram a Itália a ficar fora da Copa.

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Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Sem dúvida, as duas obras mais interessantes deste LP/CD são Contrastes, de Béla Bartók e o Trio de Khachaturian. A extraordinária Contrastes é uma composição de 1938 baseada em melodias de dança húngaras e romenas. Bartók escreveu a obra em resposta a uma encomenda do clarinetista Benny Goodman. Na época, o compositor já residia nos EUA, fugido do nazismo. Aram Khachaturian é geralmente celebrado como o principal compositor armênio do século XX, fazendo a junção da música clássica européia com elementos marcantes da música folclórica de seu país. Excelente maestro e professor, Khachaturian é lembrado hoje principalmente por sua música orquestral que compreende sinfonias, concertos, música para balé e filmes. Ele nasceu e foi criado em Tbilisi, Geórgia (então parte do império russo). Aos dezessete anos mudou-se para Moscou para buscar uma educação superior, primeiro em biologia, depois em performance de violoncelo e finalmente composição. Após anos de estudo e prática, Khachaturian alcançaria uma reputação internacional atraindo elogios de Prokofiev e Shostakovich, que, como o próprio Khachturian, ganhou prêmios e censuras fulminantes do estado soviético. Embora tenha escrito pouca música de câmara, em 1932 Khachaturian compôs um maravilhoso trio em três movimentos para clarinete, violino e piano. Este é magistral e único, uma mostra perfeita da mistura de elementos folclóricos clássicos e exóticos de Khachaturian, particularmente enfatizados pela instrumentação colorida. O primeiro movimento cujo título é Andante con dolore, con molto espressione, imediatamente evoca um novo mundo sonoro. Aqui e ao longo do trio, você ouve melodias ondulantes que evocam cantos emotivos e improvisados. O segundo movimento celebra a dança. O final mais moderado é um tema e variações baseadas em uma melodia folclórica uzbeque.

Bartók: Contrastes / Milhaud: Suíte para Violino, Clarinete & Piano / Khachaturian: Trio para Clarinete, Violino, & Piano / Prokofiev: Overture On Hebrew Themes para Clarinete, 2 Violinos, Viola, Cello & Piano (de Peyer, Hurwitz*, Crowson, Members Of The Melos Ensemble Of London)

Contrasts, For Violin, Clarinet & Piano
Composed By – Bartók
1st Movement: Verbunkos (Recruiting Dance) – Moderato, Ben Ritmato
2nd Movement: Pihenö (Relaxation) – Lento
3rd Movement: Sebes (Fast Dance) – Allegro Vivace

Suite For Violin, Clarinet & Piano
Composed By – Milhaud
1st Movement: Ouverture
2nd Movement: Divertissement
3rd Movement: Jeu
4th Movement: Introduction Et Final

Trio For Clarinet, Violin & Piano
Composed By – Khachaturian
1st Movement: Andante Con Dolore, Con Molto Espressione
2nd Movement: Allegro
3rd Movement: Moderato

Overture On Hebrew Themes, Op. 34 For Clarintet, 2 Violins, Viola, ‘Cello & Piano
Composed By – Prokofiev

Cello – Terence Weil
Clarinet – Gervase de Peyer
Ensemble – Members Of The Melos Ensemble Of London
Piano – Lamar Crowson
Viola – Cecil Aronowitz
Violin – Emanuel Hurwitz, Ivor McMahon

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Um sofá de peso: Prokofiev, Shostakovich e Khachaturian de papo em 1945

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Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias / Concerto para Clavecin (Akademie Für Alte Musik Berlin, Alpermann)

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias / Concerto para Clavecin (Akademie Für Alte Musik Berlin, Alpermann)

Um bom disco de obras do filho predileto de Johann Sebastian com a extraordinária Akademie für Alte Musik Berlin. São Sinfonias e um belo concerto para cravo. Já falamos bastante de WF que, com suas reviravoltas cativantes e inesperadas,  criam uma linguagem musical expressiva e única, mas aqui vai um pouco mais. Após sua morte, Wilhelm Friedemann Bach sofreu com a visão unilateral que muitos de seus contemporâneos tiveram dele em seus anos finais. O romance de Albert Emil Brachvogel, Wilhelm Friedemann Bach, insinuou que ele não era nada estranho à beligerância ou à embriaguez. Mas neste CD ele não briga nem se embriaga. Dá para ouvir sem medo. Nossa, a Sinfonia que fecha este CD (faixa 11 em diante) é uma obra-prima.

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias / Concerto para Clavecin (Akademie Für Alte Musik Berlin, Alpermann)

Sinfonie D-dur Fk 64 (8:51)
1 Allegro E Maestoso 3:10
2 Andante 2:39
3 vivace 3:01

Adagio & Fuge D-moll Fk65 (9:26)
4 adágio 4:34
5 fuga 4:52

Concerto Für Cembalo, Streicher Und Basso Continuo E-moll Fk43 (24:49)
6 Allegretto 9:15
7 adágio 10:01
8 Allegro Assai 5:33

Adagio & Fuge F-moll (7:22)
9 Trio & Adagio 4:09
10 fuga 3:13

Sinfonie F-dur Fk67 (15:18)
11 vivace 3:48
12 Andante 5:03
13 Alegro 3:39
14 Menuetto I e II 2:48

Fagote – Christian Beuse
Violoncelo – Antje Geusen , Jan Freiheit
Concertino – Stephan Mai
Contrabaixo – Matthias Winkler
Ensemble – Akademie Für Alte Musik Berlin
Flauta – Antje Schurrock , Christoph Huntgeburth
Cravo – Raphael Alpermann
Horn – Christoph Moinian , Oliver Kersken
Oboé – Kristin Linde , Xenia Löffler
Viola – Anja-Regine Graewel , Annette Geiger , Clemens Nußbaumer , Stephan Sieben (2)
Violin – Barbara Paulsen , Birgit Schnurpfeil , Daniel Deuter , Dörte Wetzel , Erik Dorset , Georg Kallweit , Kerstin Erben , Stephan Mai , Uta Peters

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A AKAMUS

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Witold Lutoslawski / Matyas Seiber / Howard Blake: Concertos para Clarinete (King)

Witold Lutoslawski / Matyas Seiber / Howard Blake: Concertos para Clarinete (King)

Um disco alegre e muito bem interpretado por Thea King e orquestra. O som alegre do clarinete presta-se não apenas a Poulenc… Gostei demais das peças de Lutoslawski e de Seiber! Nos anos imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial, os músicos e cineastas da Polônia floresceram repentinamente. Foi um notável ressurgimento, mas o regime comunista exigia uma música que fosse ‘acessível’ e folclórica. Witold Lutoslawski cumpria os requisitos sem comprometer muito seus princípios. Os Prelúdios de Dança são um produto desse período difícil e continuam sendo uma de suas obras mais populares. Mátyás Seiber foi um compositor que buscou refúgio na Grã-Bretanha durante tirania nazista. Seiber, aluno de Kodály em Budapeste, trouxe consigo sua herança húngara e o amor pelo jazz, bem como o conhecimento da música de seus contemporâneos mais ilustres, Bartók e Hindemith. Todas essas influências eventualmente se destilaram em um estilo pessoal cujo desenvolvimento foi cruelmente interrompido em 24 de setembro de 1960 por um acidente de carro fatal no Parque Nacional Kruger durante uma visita à África do Sul. Howard Blake nasceu em Londres em 1938. Aos dezoito anos ganhou uma bolsa de estudos para a Royal Academy of Music em Londres, onde estudou piano com Harold Craxton e composição com Howard Ferguson. Então, durante os dez anos seguintes, ele provou ser um músico versátil, trabalhando em Londres como pianista, regente e orquestrador, mas especialmente como compositor. Em 1971 ele deixou Londres para viver em Sussex, onde começou a forjar um estilo pessoal de composição – rítmico, contrapontístico e, acima de tudo, melódico.

Witold Lutoslawski / Matyas Seiber / Howard Blake: Concertos para Clarinete (King)

Witold Lutoslawski Dance Preludes (Preludia Taneczne)
A1 – Allegro Molto 1:56
A2 – Andantino 2:26
A3 – Allegro Giocoso 1:11
A4 – Andante 1:32
A5 – Allegro Molto 1:32

Matyás Seiber* Concertino For Clarinet And String Orchestra
A6 – Toccata (Allegro) 2:38
A7 – Variazioni Semplici (Andante) 3:39
A8 – Scherzo (Allegro) 2:45
A9 – Recitativo (Introduzione) (Rubato) 2:55
A10 – Finale (Allegro) 3:14

Howard Blake Clarinet Concerto
B1 – Invocation: Recitativo – Moderato, Molto Deciso 7:51
B2 – Ceremony: Recitativo – Lento Serioso 7:12
B3 – Round Dance: Vivace 6:28

Clarinet – Thea King
Composed By – Howard Blake (faixas: B1 to B3), Matyás Seiber (faixas: A6 to A10), Witold Lutoslawski (faixas: A1 to A5)
Conductor – Andrew Litton (faixas: A1 to A10), Howard Blake (faixas: B1 to B3)
Leader – José-Luis Garcia
Orchestra – English Chamber Orchestra

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Lutoslawski prestando muita atenção. Arrã…

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Vladimir Martynov (1946): Music Of Vladimir Martynov (Kronos Quartet)

Vladimir Martynov (1946): Music Of Vladimir Martynov (Kronos Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Talvez você já tenho ouvido com enorme prazer a música de Martynov e nem se deu conta. É dele parte da trilha sonora do notável filme A Grande Beleza, Oscar de filme estrangeiro de 2014. Lembram do passeio pelo Tibre durante os créditos finais? Bem, anos antes do filme, o Kronos solicitou ao autor que transcrevesse um de seus corais para quarteto de cordas. Martynov aceitou e o Kronos gravou a nova versão. É a obra que foi utilizada no filme. Ela se chama As Beatitudes. E, bem, na verdade o Quarteto Kronos encomendou todas estas obras ao compositor russo. As Beatitudes é fundamentalmente tonal, reiterando e distorcendo constantemente um belo tema. Em Schubert-Quintet (Unfinished) é o movimento lento do Quinteto de Cordas de Schubert que serve de modelo subjacente para ambas partes da obra, cada uma com mais de dez minutos de duração. No primeiro movimento, uma declaração de abertura robusta é comentada pelo violoncelo e violinos. O segundo faz quase a mesma coisa, mas é mais suave e introspectivo. O Kronos Quartet toca com um fraseado lindamente discreto. Der Abschied é o memorial de Martynov a seu pai. Ele abre com uma sucessão aparentemente interminável de acordes dissonantes e caminhantes e dá lugar, por fim, ao Abschied de Mahler de Das Lied von der Erde. É tocada de maneira linda e comovente.

Talvez a gente possa chamar Martynov de minimalista, mas esqueça o minimalismo feérico dos norte-americanos. Aqui é tudo paz, profundidade e emoção.

Vladimir Martynov (1946): Music Of Vladimir Martynov (Kronos Quartet)

1 The Beatitudes 5:24

Schubert-Quintet (Unfinished) (23:22)
2 Movement I 12:02
3 Movement II 11:20

4 Der Abschied 39:57

Cello – Jeffrey Zeigler
Viola – Hank Dutt
Violin – David Harrington, John Sherba

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Vladimir Martynov: um minimalismo diferente

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.: interlúdio :. Chick Corea (1941-2021): Septet

Já faz muito tempo (2009) que esse baita CD foi postado pelo próprio PQPBach himself. Agradeço as gentis palavras a mim dedicadas, e trago novamente mais essa ‘prova’ da genialidade de Chick Corea (como se isso ainda fosse necessário). 

Na minha opinião, este é um grande CD de autêntica música erudita. Creio que seja melhor, inclusive, que aquele outro de CC que o grande mano FDP Bach postou dia desses. Aqui, Chick Corea percorre facilmente aquele pequeno caminho que une o jazz à música erudita.

Sempre fico com um sentimento de pena quando leio aqueles comentaristas que dizem que o blog PQP Bach decaiu por este ou aquele motivo e depois tascam o verdadeiro problema: vocês postam jazz! Se há algo não nos afeta é esta pequena afirmação. Eu nem respondo a estas opiniões porque elas demonstram tanto preconceito (ou desconhecimento) e tal incompreensão da “coisa musical” que não merecem resposta.

No Septeto, Corea só retoma seu sotaque de jazz na última peça — The Temple Of Isfahan –, uma parente próxima da extraordinária La Fiesta, do disco Return to Forever, talvez ainda o melhor de Mr. Armando. Nas peças restantes, Corea sente-se inteiramente à vontade escrevendo uma peça erudita moderna e de excelente nível. Ele comprova que, assim como Mingus, é um compositor erudito que gosta de jazz. Ouçam com atenção porque este disco é de raro brilho.

Baita CD em 320 kbps!!!

Chick Corea: Septet

1. 1st Movement
2. 2nd Movement
3. 3rd Movement
4. 4th Movement
5. 5th Movement

6. The Temple Of Isfahan

Chick Corea: piano
Ida Kavafian: violin
Theodore Arm: violin
Steven Tenenbom: viola
Fred Sherry: cello
Steve Kujala: flute
Peter Gordon: French horn

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Jacob (1895-1984): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs (1889-1960): Concertino para Piano e Orquestra de Cordas / Rootham (1875-1938): Suite Miniatura para Orquestra de Cordas e Piano / Milford (1903-1959): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs : Suíte “Peacock Pie” para Orquestra de Cordas e Piano / Dring (1923-1977): Festival Scherzo para Piano e Cordas (Guildhall Strings, Roscoe)

Jacob (1895-1984): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs (1889-1960): Concertino para Piano e Orquestra de Cordas / Rootham (1875-1938): Suite Miniatura para Orquestra de Cordas e Piano / Milford (1903-1959): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs : Suíte “Peacock Pie” para Orquestra de Cordas e Piano / Dring (1923-1977): Festival Scherzo para Piano e Cordas (Guildhall Strings, Roscoe)

São ingleses nascidos na virada do século XIX para o XX… A piada — ou a realidade — diz que não houve nenhum grande compositor nascido nas ilhas britânicas de Purcell até Britten, isto é, do final de século XVII até o início do XX. Mesmo Handel é emprestado… Apesar disso, este CD é leve, agradável e despretensioso, basta ver os títulos de Concertinos, Suítes Miniaturas e outras delicadezas. Há bons momentos como naquele Vivace de Gibbs (faixa 6) e outros. Quase todas essas obras foram escritas para orquestras escolares, instituições muito numerosas na Grã-Bretanha. Embora alguns desses compositores tenham trabalhado em formas mais extensas, aqui eles se tornam miniaturistas. Algumas pessoas ridicularizam o miniaturista como inferior ao sinfonista, mas na verdade os dois gêneros requerem habilidades diferentes. O sinfonista precisa manter o interesse a longo prazo. O miniaturista precisa manter o interesse o tempo todo, e é raro o compositor conseguir fazer as duas coisas. O sinfonista lida com maior complexidade; o miniaturista com a inspiração. Sei lá! Confiram aí!

Jacob (1895-1984): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs (1889-1960): Concertino para Piano e Orquestra de Cordas / Rootham (1875-1938): Suite Miniatura para Orquestra de Cordas e Piano / Milford (1903-1959): Concertino para piano e orquestra de cordas / Gibbs : Suíte “Peacock Pie” para Orquestra de Cordas e Piano / Dring (1923-1977): Festival Scherzo para Piano e Cordas (Guildhall Strings, Roscoe)

Concertino para piano e orquestra de cordas
Composição de – Gordon Jacob
1 Allegro Con Spirito 3:14
2 Andante 4:42
3 Allegro Scherzando 2:59

Concertino para Piano e Orquestra de Cordas Op 103
Composição de – Armstrong Gibbs
4 Con Moto Moderado 6:49
5 Lento Cantabile 3:25
6 Vivace 3:04

Suite em miniatura para orquestra de cordas e piano
Composição : Cyril Rootham
7 Allegretto 3:25
8 Lento Açaí 4:13
9 Allegro Moderato E Leggiero 1:56
10 Molto Vivace 2:10

Concertino em mi maior para piano e orquestra de cordas
Composição de – Robin Milford
11 Allegro Moderado 2:50
12 Romanza: Poco Adagio 3:52
13 Rondo: vivace 2:42

Peacock Pie – Suíte para Orquestra de Cordas e Piano
Composição de – Armstrong Gibbs
14 Os Caçadores (Allegro) 2:20
15 The Sunken Garden (Tranquillo Ma Non Troppo Lento) 4:34
16 The Ride-By-Nights (Con Brio) 2:51

17 Festival Scherzo para piano e cordas
Composição : Madeleine Dring

Direção, violino – Robert Salter
Ensemble – Guildhall Strings *
Piano – Martin Roscoe

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Exatamente! Temos uma compositora no grupo! Ela é Madeleine Dring!

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.: interlúdio :. Jean-Philippe Scali: Evidence

.: interlúdio :. Jean-Philippe Scali: Evidence

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O que você quer de um grande disco de jazz? Uma boa banda? Tem. Arranjos espetaculares e surpreendentes? Tem. Um monte de gente ouvindo um ao outro e criando belos contrapontos? Tem. Mingus revisitado? Tem. Um Monk cheio de novidades? Tem. Ainda pouco conhecido, Jean Philippe Scali oferece-nos aqui um lindíssimo álbum. O saxofonista faz-se acompanhar por excelentes músicos, majoritariamente do sul de França. Este é o primeiro álbum dele. É de 2012. Ouvi uma vez e tive que repetir e repetir. A cada vez, ouço novos sons, antes ocultos, óbvio. Um álbum muito bonito e divertido!

.: interlúdio :. Jean-Philippe Scali: Evidence

01. Brother James – 5:48
02. Autoportrait d’Un Chat Sauvage – 10:32
03. Fables Of Faubus – 9:19
04. Eternel Present – 5:37
05. Five Minutes’ Walk – 4:33
06. Come Sunday – 3:46
07. Evidence – 9:04
08. When The Saints Go Marching In… Suite (Part 1) – 4:53
09. When The Saints Go Marching In… Suite (Part 2) – 4:42
10. Hope – 4:54
11. Dragui’s Mood – 6:01

Personnel:

Jean-Philippe Scali, saxophone & compositions
Julien Alour, trumpet & flugelhorn
Jerry Edwards, trombone
Adrien Chicot, piano & Fender Rhodes
Simon Tailleu, bass
Manu Franchi, drums
Stephan Carracci, vibraphone
Bastien Ballaz, trombone
François Théberge, tenor saxophone
Thomas Savy, bass clarinet

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Informação: músico trabalha duro, Scali é o da direita.

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Johann Mattheson (1681-1764): Das größte Kind / Christmas Oratorio / Oratório de Natal (Willens)

Johann Mattheson (1681-1764): Das größte Kind / Christmas Oratorio / Oratório de Natal (Willens)

Um lindo disco! As pessoas tendem a pensar em Johann Mattheson apenas como teórico. Mas ele foi também um excelente compositor. Em Hamburgo, competiu em um mundo que contava com Telemann e Handel. Não era fácil. Na verdade, todos eram amigos, às vezes rivais, e em um caso, ele e Handel até travaram um duelo… Mattheson teria vencido, mas um botão de casaco de metal de Handel impediu que a espada lhe penetrasse no peito… Melhor assim, imaginem a perda! A música de Mattheson foi lentamente revivida ao longo da última década. As três gravações lançadas pela cpo, da Köln Academy sob Michael Willens, são um esforço concentrado para tornar sua música mais conhecida. As árias são lindas, cheias de harmonias incomuns. Michael Willens mantém seu conjunto em tempos nítidos e excelente fraseado. Os cantores são perfeitos e a parte de Maria no oratório é habilmente cantada pela soprano sueca Susanne Rydén. Esse disco dá certamente uma nova visão sobre o compositor Mattheson.

Johann Mattheson (1681-1764): Das größte Kind / Christmas Oratorio / Oratório de Natal (Willens)

01. Part I. Corale: Gelobet seyst du Jesu Christ
02. Aria a 2 con Coro: Sey willkommen tausendmahl (Maria, Joseph, Coro)
03. Recitativo: So ist durch mich das Heil der Welt (Maria, Joseph)
04. Aria con Coro: Israel! freue dich (Maria, Coro)
05. Recitativo: Erstarre doch verfinsterte Natur (Joseph, Maria)
06. Aria: Heller Glanz von’s Vaters Licht (Joseph)
07. Corale: Das ewge Licht geht da herein
08. Aria a 2: Wer kann dieses recht erwegen? (Die Menschenkinder)
09. Corale: Er kommt aus seines Vaters Schooß
10. Part II. Corale: Er äußert sich all sein’ Gewalt
11. Recitativo: O allerliebstes Kind (Das Nachdenken)
12. Aria: Weg, du Kostbarkeit der Erden (Das Nachdenken)
13. Recitativo: Ist dis der Ort? (Die Hirten und Hirtinnen, Maria, Joseph)
14. Aria a 3: Es klopft noch unsre volle Brust (Ein Hirten)
15. Recitativo: Ja, was noch mehr (Ein Hirte)
16. Corale: In dulci jubilo
17. Aria con Coro: Großer Gott der du deine Allmacht neigest (Die Andacht, Coro)
18. Accompagnato: Gott hat mein Fleisch an sich genommen (Die Braut Christi)
19. Corale: O Jesu parvule
20. Accompagnato: Und will der Tod mir meine Augen brechen (Die Braut Christi)
21. Aria: Was schad’t mir der Tod (Die Braut Christi)
22. Corale: Ubi sunt gaudia
23. Recitativo: O frohe Nacht (Die Hirten)
24. Aria: Komme dann erwehlte Seele (Maria)
25. Recitativo: So laßet uns des Herren Güte (Joseph, Ein Hirte)
26. Corale: Das hat er alles uns getan

Maria/Eine Hirtin – Susanne Rydén, soprano
Die Braut Christi/Ein Menschenkind/Eine Hirtin – Nele Gramß, soprano
Ein Menschenkinde/Eine Hirte – Anne Schmid, alto
Melissa Hegney, alto
Die Andacht/Ein Hirte – Gerd Türk, tenor
Ulrich Cordes, tenor
Joseph/Ein Hirte – Wolf Matthias Friedrich, bass
Das Nachdenken – Thilo Dahlmann, bass
Kölner Akademie
Michael Alexander Willens, conductor

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Sim, este Mattheson quase matou Handel.

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Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Fantaisies – Sonates – Fugues – Polonaises (Gratton)

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Fantaisies – Sonates – Fugues – Polonaises (Gratton)

Na era romântica, os compositores frequentemente expressavam a si mesmos e a seus sentimentos pessoais em suas composições. Antigamente, a música também expressava emoção, mas esta era de natureza mais impessoal. Se há algum compositor dos tempos pré-românticos que responde à imagem romântica de um compositor é Wilhelm Friedemann Bach, o filho mais velho de Johann Sebastian. Segundo todos os relatos, ele era um personagem difícil, em parte por ter sido mimado por seu pai superprotetor. Foi somente depois que Johann Sebastian morreu que ele ganhou a independência. Mas parece que ele achou difícil se posicionar em um mundo em que muitas coisas mudavam. Uma das coisas que estava aberta a mudanças era o gosto musical. A obra de Friedemann reflete os vários gostos de sua época. Certamente não há falta de interesse nas obras de teclado de Friedemann para os intérpretes modernos. Ao longo dos anos, ouvi várias gravações, mas elas se concentram principalmente em um número relativamente pequeno de peças. as 12 polonesas — reconhecidamente, estas são obras-primas — estão entre suas obras mais executadas, além de algumas sonatas, fantasias e fugas. Como neste CD. A mente independente e o estilo individualista de Friedemann vêm particularmente à tona nas duas sonatas. Elas estão cheios de reviravoltas melódicas e pausas repentinas, e contêm algumas surpreendentes progressões harmônicas.

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Fantaisies – Sonates – Fugues – Polonaises (Gratton)

1 Fantasie In D’Moll FK 19 5:08
2 Polonaise VII In E-Dur 3:16
3 Polonaise VIII In E-Moll 3:59
4 Fuga III In D-Moll 1:10

5 Sonata In G-Dur, FK 7: Andantino, Allegro Di Molto 3:19
6 Sonata In G-Dur, FK 7: Lamento 4:25
7 Sonata In G-Dur, FK 7: Presto 3:21

8 Fuga I In C-Dur 1:33
9 Fuga II In C-Moll 2:12
10 Polonaise I In C-Dur 3:52
11 Fantasie In C-Moll, FK nv2 6:12

12 Sonata In D-Dur, FK 3: Un Poco Allegro 6:35
13 Sonata In D-Dur, FK 3: Adagio 5:22
14 Sonata In D-Dur, FK 3: Vivace 6:48

15 Polonaise XI In G-Dur 3:37
16 Fantasie In A-Moll FK 23 3:19
17 Fuga VI In E-Moll 3:04

Maude Gratton, cravo

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Maude Gratton

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J. S. Bach (1685-1750) / Sofia Gubaidulina (1931): Violin Concertos / In Tempus Praesens (Mutter)

J. S. Bach (1685-1750) / Sofia Gubaidulina (1931): Violin Concertos / In Tempus Praesens (Mutter)

Não há lei que obrigue os “historicamente desinformados” a serem ruins. Este disco, todo com instrumentos atuais, me causou enorme prazer por ser diferente, original e bom. Fiquei impressionado com a abertura dele. A execução de dois famosos e muito interpretados concertos de Bach foi uma lufada de ar fresco. A unidade entre solista e conjunto mostra uma precisão sem esforço e uma alma real. OK, é um romantismo pré-romântico, mas Mutter tem rara sensibilidade. A música canta. O Concerto de Gubaidulina é envolvente, tem lindos momentos e poderá fascinar muitos daqueles que não têm amor à “nova música erudita”. Ela mostra um enorme acervo de timbres que são explorados ao longo dos 32 minutos do concerto, dividido em cinco movimentos sem pausa. Partindo do violino solo, com pequenas intervenções orquestrais, a música vai se abrindo em leque, cada vez com mais instrumentos. Tudo termina de novo na solista, desaparecendo sozinha num agudíssimo. Excelente disco!

J. S. Bach (1685-1750) / Sofia Gubaidulina (1931): Violin Concertos / In Tempus Praesens (Mutter)

Concerto For Violin, Strings And Continuo In A Minor, BWV 1041
Composed By – Johann Sebastian Bach
Orchestra – Trondheim Soloists*
Producer – Reinhild Schmidt
Soloist, Violin, Conductor – Anne-Sophie Mutter
(13:28)
1 – 1. (Allegro Moderato) 3:36
2 – 2. Andante 6:41
3 – 3. Allegro Assai 3:11

Concerto For Violin, Strings And Continuo In E Major, BWV 1042
Composed By – Johann Sebastian Bach
Orchestra – Trondheim Soloists*
Producer – Reinhild Schmidt
Soloist, Violin, Conductor – Anne-Sophie Mutter
(17:25)
4 – 1. Allegro 7:44
5 – 2. Adagio 7:11
6 – 3. Allegro Assai 2:30

In Tempus Praesens (2006/07)
7 Concerto For Violin And Orchestra
Composed By – Sofia Gubaidulina
Soloist, Violin – Anne-Sophie Mutter
Orchestra – London Symphony Orchestra*
Conductor – Valery Gergiev
Producer – Sid McLauchlan

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Quem não gosta de Anne-Sophie Mutter é mulher do padre, evidentemente.

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Leoš Janáček (1854-1928): Diário de um Desaparecido • Sinfonietta (Langridge, Balleys, Berliner Philharmoniker, Abbado)

Leoš Janáček (1854-1928): Diário de um Desaparecido • Sinfonietta (Langridge, Balleys, Berliner Philharmoniker, Abbado)

A princípio, não fiquei muito impressionado com as escolhas de Abbado aqui, mas, depois de ouvir mais atentamente, ele me conquistou completamente, com todas as sutilezas e nuances não audíveis em outros lugares, todinhas colocadas em seu devido lugar. Os excelentes músicos de Berlim realmente trazem outra dimensão ao trabalho, captado de maneira muito agradável pelos abençoados engenheiros da DG… Temos aqui uma grande versão da Sinfonietta e um excelente Diário. A Sinfonietta é uma obra prima. Trata-se de uma obra tardia, de 1926. Janáček pretendia expressar “o homem livre contemporâneo, sua beleza espiritual e alegria, sua força, coragem e determinação para lutar”. Tudo começou com Janáček ouvindo uma banda de metais, inspirando-se a escrever algumas fanfarras. Mais tarde, ele retirou a “coisa militar” da obra. O Diário é executado com base em uma orquestração de 1943 escrita por Ota Zitek (o original é para acompanhamento de piano). A partitura é muito fiel ao original sem tentar imitá-lo servilmente. Funciona muito bem! Recomendo a audição!

Leoš Janáček (1854-1928): Diário de um Desaparecido • Sinfonietta (Langridge, Balleys, Berliner Philharmoniker, Abbado)

Tagebuch Eines Verschollenen (Zápisník Zmizelého) Für Tenor, Alt, Drei Frauenstimmen Und Klavier
Orchestrated By – Ota Zítek, Václav Sedláček
(35:11)
1 I. Potkal Jsem Mladou Cigánki • Ich Traf Eine Junge Zigeunerin (Tenor) 1:13
2 II. Ta Černá Cigánka • Die Schwarze Zigeunerin (Tenor) 1:18
3 III. Svatojanské Mušky Tančíja • Die Johanniskäfer Tanzen (Tenor) 1:47
4 IV. Už Mladé Vlaštúvky • Es Zwitschern Die Jungen Schwalben (Tenor) 0:55
5 V. Tĕžko Sa Mi Oře • Das Pflügen Geht So Schwer (Tenor) 0:46
6 VI. Hajsi, Vy Siví Volci • Heia, Ihr Grauen Ochsen (Tenor) 1:28
7 VII. Ztratil Sem Količek • Ich Verlor Den Pflock (Tenor) 0:52
8 VIII. Nehled’te, Volečci • Schaut Nicht, Ihr Lieben Ochsen (Tenor) 1:12
9 IX. Vítaj, Janičku • Sei Willkommen, Janiček (Alt, Tenor, Chor) 2:31
10 X. Bože Dálný, Nesmrtelný • Du Ferner, Unsterblicher Gott (Alt, Chor) 4:23
11 XI. Táhne Vuňa K Lesu • Ein Duft Durchzieht Den Wald (Tenor, Alt) 3:10
12 XII. Tmavá Olšinka, Chladná Stidénka • Dunkles Erlengehölz, Kühles Brünnlein (Tenor) 1:02
13 XIII. * * * (Orchester) 2:58
14 XIV. Slnéčko Sa Zdvihá • Die Sonne Geht Auf (Tenor) 1:03
15 XV. Moji Sivi Volci • Meine Grauen Ochsen (Tenor) 0:56
16 XVI. Co Sem To Udĕlal? • Was Hab Ich Bloß Getan? (Tenor) 1:18
17 XVII. Co Komu Súzeno • Was Einem Bestimmt Ist, Dem Entkommt Man Nie (Tenor) 1:43
18 XVIII. Bedbám Já Včil O Nic • Das Einzige, Was Mich Noch Kümmert (Tenor) 1:04
19 XIX. Letí Straka • Es Fliegt Die Elster (Tenor) 1:16
20 XX. Mám Já Panenku • Ich Habe Ein Mädchen (Tenor) 0:44
21 XXI. Muj Drahý Tatíčku • Mein Teures Väterchen (Tenor) 0:49
22 XXII. S Bohem, Rodný Kraju • Ade, Mein Heimatland (Tenor) 2:18

Sinfonietta
(23:05)
23 I. Allegretto 2:16
24 II. Andante 5:45
25 III. Moderato 5:05
26 IV. Allegretto 2:58
27 V. Andante Con Moto 6:55

Chorus – Damen des RIAS Kammerchors* (faixas: 9, 10)
Chorus Master – Marcus Creed
Chorus Master [Language Coach] – Dr. Elisabeth Rajter
Composed By – Leoš Janáček
Conductor – Claudio Abbado
Contralto Vocals – Brigitte Balleys (faixas: 10, 11)
Orchestra – Berliner Philharmoniker
Orchestrated By – Ota Zítek (faixas: 1 to 22), Václav Sedláček (faixas: 1 to 22)
Tenor Vocals – Philip Langridge (faixas: 1 to 9, 11, 12, 14 to 22)

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O compositor na meia idade, bem antes da época em que escreveu as obras deste CD.

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano Op. 101 e 106 (Pollini, 2022)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano Op. 101 e 106 (Pollini, 2022)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Beethoven – The Late Sonatas Op. 101 e 106 marca a conclusão da revisão de Maurizio Pollini sobre as cinco últimas sonatas do compositor. Suas gravações marcantes dessas obras na década de 1970 foram reconhecidas na época com o Prêmio Gramophone. Há alguns anos o pianista decidiu revisitar as cinco sonatas, e em 2019 fez uma aclamada segunda gravação das três finais no Herkulessaal em Munique. Agora ele voltou ao mesmo salão para gravar Op. 101 e 106 – entre as obras tecnicamente mais desafiadoras e aventureiras do repertório de concertos.

A natureza quixotesca da Sonata em lá maior de Beethoven, Op. 101, e as complexidades da Sonata “Hammerklavier”, Op. 106, oferecem possibilidades infinitas de interpretação. “Cada sonata para piano de Beethoven é um mundo diferente”, observa Maurizio Pollini. “Ele encontra um personagem diferente em cada uma, da primeira à última. Cada uma é única.” A Sonata Op. 101 é muito livre. Elaborada no verão de 1815 e concluída no ano seguinte, seus quatro movimentos são marcadamente diferentes em estilo e substância das sonatas anteriores do compositor. “É um grande desafio entendê-la e tocá-la”, diz Pollini. A escala de desafio, no entanto, empalidece ao lado do estabelecido por Beethoven na Sonata “Hammerklavier”. A obra é tão difícil que permaneceu sem ser executada em público após sua publicação em 1819, até que o jovem Franz Liszt mostrou o caminho dezessete anos depois na Salle Érard de Paris. Pollini a descreve como a “maior sonata de Beethoven”. Seu movimento lento sozinho é quase tão longo quanto todos os quatro movimentos de sua companheira de álbum. “Você pode pensar na Marcha Fúnebre da Sinfonia ‘Eroica’ – esses são talvez os dois maiores movimentos que Beethoven já compôs”, sugere o pianista. A transição para a fuga do quarto e último movimento, um Largo sublime, dissolve as percepções comuns de tempo e espaço, é como se fosse aberta uma porta para uma dimensão espiritual inacessível. Ele prepara o caminho para uma fuga a três vozes. “Às vezes, considera-se que Beethoven voltou ao espírito da música antiga em suas últimas obras, mas isso está completamente errado”, conclui Pollini. “Ele usa velhas técnicas para renovar sua música.”

Maurizio Pollini é um capítulo à parte. Meu. Deus. Aos 80 anos, tio Maurizio resolveu regravar umas coisinhas, pois segue descobrindo e descobrindo. E vocês sabem que tocar a Hammer na idade dele é um considerável desafio físico, né? E ele o faz ao vivo, tolerando errinhos, de forma mais atirada e muito menos clínica que nas gravações mais antigas. Disse um amigo que esta gravação seria uma desleitura de Schnabel, que Pollini sempre mencionou como um modelo. Imperdível mesmo!

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano Op. 101 e 106 (Pollini, 2022)

1. Sonata para Piano No. 28 em Lá Maior, Op. 101 – I. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung. Allegretto ma non troppo (3:21)
2. Sonata para piano nº 28 em lá maior, op. 101 -II. Lebhaft, marschmäßig. Vivace alla marcia (5:48)
3. Sonata para piano nº 28 em lá maior, op. 101 – III. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio ma non troppo, con affetto (2:20)
4. Sonata para piano nº 28 em lá maior, op. 101 – IV. Geschwind, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit. Allegro (6:59)

5. Sonata para piano nº 29 em si bemol maior, op. 106 “Hammerklavier” – I. Allegro (9:31)
6. Sonata para piano nº 29 em si bemol maior, op. 106 “Hammerklavier” – II. Scherzo. Assai vivace (2:23)
7. Sonata para piano nº 29 em si bemol maior, op. 106 “Hammerklavier” – III. Adagio sostenuto (15:13)
8. Sonata para piano nº 29 em si bemol maior, op. 106 “Hammerklavier” – IV. Largo – Allegro risoluto (11:05)

Maurizio Pollini, piano

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Eu amo este velhinho.

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Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Jazz Album (RCO, Chailly)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Jazz Album (RCO, Chailly)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Jazz por Shostakovich? E recebeu uma Gramophone’s Choice e relançamento anos depois na série The Originals? Bem, este maravilhoso CD não bem isso. As incursões animadas e cativantes de Shostakovich na música popular de seu tempo estavam muito longe de Jelly Roll Morton ou Duke Ellington. como vocês poderão comparar. Essas coloridas suítes de jazz chaplinescas ficam mais próximas de Gershwin, Milhaud e outros. Aqui, Shostakovich faz uma espécie de paródia — aliás, suas maiores obras também possuem episódios assim. Além disso, o jazz “real” era tratado com desconfiança na Rússia soviética e, portanto, a exposição de Shostakovich a ele era limitada. Chailly e a RCO trazem linda música, lindamente tocada e gravada. Tudo cheio de valsas e polcas. Realmente mostra a versatilidade de Shostakovich — muitas vezes nem soa como ele. É leve, arejado, divertido, harmonicamente ousado em alguns momentos, mas sempre muito gostoso de ouvir. Ah, e tem uma baita versão do belo Concerto Nº 1 para Piano e Orquestra. Ouça e divirta-se.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): The Jazz Album (RCO, Chailly)

Jazz Suite No. 1
1 Waltz 2:37
2 Polka 1:41
3 Foxtrot 3:38

Piano Concerto No. 1 In C Minor, Op. 35 (Concert For Piano, Trumpet And Strings)
4 Allegretto 5:36
5 Lento 8:04
6 Moderato 1:44
7 Allegro Con Brio 6:28

Jazz Suite No. 2 (Suite For Promenade Orchestra)
8 March 3:04
9 Lyric Waltz 2:35
10 Dance 1 2:57
11 Waltz 1 3:19
12 Little Polka 2:32
13 Waltz 2 3:41
14 Dance 2 3:34
15 Finale 2:19

16 Tahiti Trot (Tea For Two) 3:33

Piano – Ronald Brautigam
Trumpet – Peter Masseurs
Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly

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Não é jazz,mas — oh, yeah! — ele sabia se divertir desde criança.

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J. S. Bach (1685-1750): Árias com Anne Sofie von Otter

J. S. Bach (1685-1750): Árias com Anne Sofie von Otter

Não foi com Bach que Anne Sofie von Otter fez suas primeiras aparições solo, mas ela tinha grande vivência com o compositor por ter participado, quando jovem, do Coro Bach de Estocolmo. “O maestro do Coro Bach naquela época era muito dinâmico e entusiasmado por Bach. Em seguida, surgiu Nikolaus Harnoncourt para nos conduzir nos motetos de Bach e também foi uma experiência maravilhosa. Foi um momento emocionante para jovens como eu, que já se reuniam em torno do toca-discos para escutar suas novas gravações de Monteverdi, Bach e Mozart. Harnoncourt realmente foi a minha principal influência de Bach.”

“Depois de alguns anos, voltei a cantar bastante Bach, até participando de gravações com John Elliot Gardiner”, acrescenta, “mas depois eu coloquei de propósito sua música de lado, porque havia muito a explorar, principalmente na ópera. Portanto, este disco não chega a ser uma surpresa. Eu ouvi todas as Cantatas, Oratórios e Paixões e anotava aquilo que achava mais adequado à minha voz. Foi maravilhoso descobrir novas árias, mas ao invés de apenas solos vocais, decidi dividi-lo com movimentos puramente instrumentais. Quando o Concerto Copenhague apareceu no horizonte, comecei também a me aconselhar com Lars Ulrik, que acrescentou novas ideias”.

J. S. Bach (1685-1750): Árias com Anne Sofie von Otter

01 “Widerstehe Doch Der Sünde” (Cantata BWV 54) 6:17
02 “Schläfert Aller Sorgenkummer” (Cantata BWV 197) 7:54
03 “Wenn Des Kreuzes Bitterkeiten” (Cantata BWV 99) 2:50
04 “Erbarme Dich, Mein Gott” (St. Matthew Passion) 6:17
05 “Kommt, Ihr Angefocht’nen Sünder” (Cantata BWV 30) 4:12
06 Sinfonia (Cantata BWV 35) 5:17
07 “Nichts Kann Mich Erretten” (Cantata BWV 74) 5:30
08 Sinfonia (Cantata BWV 12) 2:19
09 Agnus Dei (Mass In B Minor) 5:33
10 “Et Misericordia” (Magnificat) 3:28
11 “O Ewigkeit, Du Donnerwort” (Cantata BWV 60) 4:05
12 “Sei Lob Und Ehr Dem Höchsten Gut” (Cantata BWV 117) 3:20

Anne Sofie von Otter, mezzo-soprano
Baroque Concerto Copenhagen
Lars Ulrik Mortensen

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Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Piano Nº 1 e 2 / Rodion Shchedrin (1932): Concerto para Piano Nº 2 (Hamelin / Litton)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Piano Nº 1 e 2 / Rodion Shchedrin (1932): Concerto para Piano Nº 2 (Hamelin / Litton)

Eu amo os belos e também zombeteiros Concertos para Piano de Shostakovich! Para um virtuoso tão consumado como Marc-André Hamelin, estes concertos podem parecer quase como um passeio no parque. Certamente, o famoso comando técnico do canadense está mais empolgante do que nunca. Mas isso não significa que Hamelin seja insensível aos muitos tons de voz mais calmos da música. O exemplo claro disso é seu tratamento dos movimentos lentos – o do número 2 pode até ser um tom lânguido demais para alguns gostos (embora não para o meu). As gravações próprio compositor em 1959 em Paris, feitas quando sua técnica já estava começando a ser desafiada pela debilidade muscular que o atormentaria pelo resto de sua vida, oferecem insights inestimáveis ​​sobre sua personalidade musical e Hamelin certamente o ouviu — o final do número 1 comprova. O Segundo Concerto de Shchedrin é um dos exemplos mais inventivos do antigo poliestilismo soviético, mantendo um equilíbrio entre diferentes técnicas e um toque de jazz. É uma boa companhia para Shosta.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Piano Nº 1 e 2 / Rodion Shchedrin (1932): Concerto para Piano Nº 2 (Hamelin / Litton)

Piano Concerto No 1 In C Minor Op 35 (1933) (22:14)
1 Allegro Moderato – 5:40
2 Lento – 8:27
3 Moderato – 1:33
4 Allegro Con Brio 6:31

Piano Concerto No 2 In F Major Op 102 (1957) (19:16)
5 Allegro 6:50
6 Andante – 7:18
7 Allegro 5:05

Piano Concerto No 2 (1966) (21:26)
8 Dialogues: Tempo Rubato 9:02
9 Improvisations: Allegro 4:21
10 Contrasts: Andante – Allegro 7:57

Composed By – Dmitri Shostakovich (faixas: 1 to 7), Rodion Shchedrin* (faixas: 8 to 10)
Concertmaster [Leader Of Orchestra] – Marcia Crayford
Conductor – Andrew Litton
Orchestra – BBC Scottish Symphony Orchestra
Trumpet – Mark O’Keeffe (faixas: 1 to 4)

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O Pianista de Hamelin é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm…

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J. S. Bach (1685-1750): As 6 Partitas (Hewitt)

J. S. Bach (1685-1750): As 6 Partitas (Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Angela Hewitt regravou estas obras de Bach. A nova gravação está AQUI. Divirtam-se neste e naquele post!

Esta postagem é de 2012… Devia estar totalmente sem tempo, porque apenas grudei abaixo um texto da Wikipedia.

As Partitas, BWV 825–830, são um conjunto de seis suítes de cravo escritas por Johann Sebastian Bach, e publicadas entre 1726 e 1730, em Leipzig, sob o título da primeira parte dos trabalhos publicados durante a sua vida, e que se chamaram: Clavierübung. Elas foram as últimas das suas suites compostas para teclado as outras sendo, as Seis Suites Inglesas, BWV 806-811 e as Seis Suites Francesas, BWV 812-817.

As partitas, que foram publicadas na primeira parte da publicação de quatro partes total do Clavierübung, durante a vida de Bach, são consideradas o sumo do exercício da técnica extrema da composição de Bach para o teclado.

Exatamente como as outras duas suites prévias, as francesas e as inglesas, todas as “Seis Partitas” seguem o esquema básico da suíte: “allemande-courantesarabanda e giga“. Neste esqueleto (cada uma possui variedade em seu próprio formato), primeiramente, colocando um movimento de abertura distinto (um prelúdio, uma sinfonia ou fantasia, ou mesmo uma abertura) que determinaria a cor e o temperamento de cada suite e, em seguida, pelas galantarias—danças opcionais—que ele adicionava opcionalmente nos finais das suítes. A variedade sempre aumenta mais em não colocar peças especificamente para danças, como um rondeau e burlesca, o que contribuiu muito para a continuidade da música e caráteres em cada suíte. Na “Partita nº2”, Bach escolheu um capríccio para colocar no final da giga.

Bach mistura, o que parece ser aleatoriamente, as tonalidades para cada grupo de partita, sendo elas “Si bemol Maior; do menor; lá menor; Ré Maior; Sol Maior; e mi menor.” Pelo menos assim parece ao primeiro olhar. Mas, olhando mais profundamente, a gente vê que Bach tem um esquema muito complexo, e ele escolhe expandir os intervalos para cima e para baixo, assim: 2ª (para cima), 3ª (para baixo), 4ª (cima), 5º (baixo), 6ª (cima) (isto é: de Sib a do menor é o intervalo de 2ª para cima; de do a lá menor, é o intervalo de 3ª para baixo; de lá a Ré, é 4ª (cima), assim por diante dando um caráter híbrido (crescendo) de dupla dimensão.

Bach, obviamente gostou desta experiência toda, pois nos próximos dez anos ele compôs e publicou em prestações, mais 3 coletâneas do Clavierübung (“livro para o cravo”)—o mais completo estudo explorando a arte dos instrumentos de teclado que já foi publicado dos compositores barrocos alemães.

J. S. Bach (1685-1750): As 6 Partitas

Disc: 1
1. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Praeludium
2. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Allemande
3. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Corrente
4. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Sarabande
5. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Menuet I – Menuet II – Menuet I da capo
6. Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825: Giga

7. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Sinfonia: Grave adagio – Andante – Allegro
8. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Allemande
9. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Courante
10. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Sarabande
11. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Rondeaux
12. Partita No. 2 In C Minor, BWV 826: Capriccio

13. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Ouverture – Allegro
14. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Allemande
15. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Courante
16. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Aria
17. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Sarabande
18. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Menuet
19. Partita No. 4 In D Major, BWV 828: Gigue

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Disc: 2
1. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Fantasia
2. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Allemande
3. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Corrente
4. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Sarabande
5. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Burlesca
6. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Scherzo
7. Partita No. 3 in A Minor BWV 827: Gigue

8. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Praeambulum
9. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Allemande
10. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Corrente
11. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Sarabande
12. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Tempo di Minuetta
13. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Passepied
14. Partita No. 5 in G Major BWV 829: Gigue

15. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Toccata – (Fugue)
16. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Allemande
17. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Corrente
18. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Air
19. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Sarabande
20. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Tempo di Gavotta
21. Partita No. 6 in E Minor BWV 830: Gigue

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Angela Hewitt, piano

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.: interlúdio :. John Zorn: The Gnostic Preludes

.: interlúdio :. John Zorn: The Gnostic Preludes

O compositor John Zorn é um homem de muitos projetos, gêneros e estilos. Quando perguntado sobre estilos, ele respondeu: “Não tenho medo de estilos, gosto de todos.” Sua música é um cruzamento único — seja jazz de vanguarda, clássico, música de desenho animado, improvisação livre, etc. –, ele mergulha continuamente em territórios musicais diferentes. Sendo um explorador intrépido e uma esponja musical, seus interesses são tão vastos e em constante mudança que é inútil colocá-lo em qualquer coisa, exceto em uma categoria para si mesmo. Parece que a exploração é a motivação e o principal motor que conduz Zorn. Aqui, com Bill Frisell, Carol Emanuel e Kenny Wollesen, prepare-se para algumas das músicas mais bonitas que Zorn já fez. Ele se volta para a delicadeza da música de câmara com um conjunto íntimo de harpa, vibrafone e violão inspirado na Música Antiga, em Debussy, no minimalismo de Reich e nas tradições espirituais esotéricas de todo o mundo. A música é lírica e hipnótica, perfeita para meditação matinal, para uma tarde solitária ou contemplação à meia-noite. Interpretado com grande emoção por colaboradores de longa data de Zorn, eles interagem com sensibilidade e graça. Os Gnostic Preludes são uma das criações mais delicadas e sutis de Zorn.

John Zorn: The Gnostic Preludes

1 Prelude 1: The Middle Pillar 6:39
2 Prelude 2: The Book Of Pleasure 6:06
3 Prelude 3: Prelude Of Light 5:56
4 Prelude 4: Diatesseron 4:35
5 Prelude 5: Music Of The Spheres 8:14
6 Prelude 6: Circumambulation 6:34
7 Prelude 7: Sign And Sigil 6:22
8 Prelude 8: The Invisibles 3:35

Composed By, Arranged By – John Zorn
Ensemble – The Gnostic Trio
Guitar – Bill Frisell
Harp – Carol Emanuel
Vibraphone, Bells – Kenny Wollesen

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John Zorn explorando a discoteca multiestilo da PQP Bach Corp.

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