Josef Mysliveček (1737-1781): Concertos para Violino e Orquestra (Ishikawa, Pešek)

Josef Mysliveček (1737-1781): Concertos para Violino e Orquestra (Ishikawa, Pešek)

O tcheco Mysliveček estudou Filosofia em Praga, seguindo o caminho de seu pai. Amante de música, publicou um conjunto de seis sinfonias, em 1762, que obteve grande sucesso. Devido à repercussão, decidiu deixar os estudos de filosofia e concentrar-se na música. Com uma subvenção do Conde Vincent von Waldstein mudou-se para Veneza, para estudar com Giovanni Pescetti. Era conhecido como Il divino Boemo. Em 1770, encontrou-se com o jovem Wolfgang Amadeus Mozart, em Bolonha, onde Mysliveček era membro da Accademia Filarmônica. São evidentes as similitudes entre a música dos dois compositores. Faleceu em Roma em 1781, de sífilis. Aqui temos um bom disco. Mysliveček não magica (do verbo magicar) como Mozart, mas é muito digno.

Josef Mysliveček (1737-1781): Concertos para Violino e Orquestra (Ishikawa, Pešek)

Concerto In F Major For Violin And Orchestra
1 Allegro
2 Andante Cantabile
3 Allegro Vivace

Concerto In D Major For Violin And Orchestra
4 Allegro Assai
5 Larghetto
6 Allegro

Conductor – Libor Pešek
Orchestra – Dvořák Chamber Orchestra
Violin – Shizuka Ishikawa

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos (Tau Ceti)

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos (Tau Ceti)

José Eduardo D’Elboux é um pequepiano. Volta e meia ele comenta algum post, está sempre por aí. Há poucos anos, ele me mandou este CD que eu ouvi e deixei de lado por estar passando uma fase meio anti-rock progressivo. Mas hoje o peguei gostei muito do que ouvi. Os clientes da Livraria Bamboletras (2 links) também. As pergutavam o que era aquilo e o José Eduardo ficaria feliz porque um deles perguntou se era o ELP. Achei ótimo e muito divertido. Ele é dividido em duas partes: a primeira composta por D’Elboux sozinho ou com parceiros e a segunda com arranjos de eruditos de outrem ou par D’Elboux.

Como disse, às vezes, D’Elboux soa muito como o grupo que mais admira, o Emerson, Lake & Palmer, mas sua voz natural me parece mais tranquila do que com a fúria habitual dos ingleses. Gostei muito dos arranjos de eruditos. Seu Coriolano e o início da Sinfonia Nº 4, Romântica, de Bruckner, ficaram excelentes, assim como a Toccata e Fuga em Ré Menor, BWV 565, de Bach.

D’Elboux fez sua vida como engenheiro. Foi uma opção consciente. “Especialmente no Brasil, onde o tipo de música que gosto é pouco divulgada, preferi ter uma carreira como profissional de engenharia (o que também gosto) e levar o lado musical como hobby – mas fazendo exatamente o que eu queria em Música, sem concessões, uma vez que não iria depender financeiramente disso. (…) Foi minha “cabeça-dura”, de insistir no que acredito, que fez, desde meu início em 1982 com as primeiras tentativas de bandas, até formar o Tau Ceti em 1988 (cuja semente já estava em minha banda anterior, o Antares, de 1985), e lançar o primeiro álbum em 1995… Depois de um longo tempo parado, retomando a Música ainda insisti e lancei mais um álbum em 2019, mais de 20 anos depois do primeiro. E, neste, já sem outros músicos que topassem a empreitada, fiz um álbum solo onde me responsabilizei por tudo, desde composições e tocar os teclados, como programar os demais instrumentos, arranjos, produção, etc.”.

Para quem chegou da Lua ontem, o rock progressivo (também abreviado por prog rock ou prog) é um gênero que se desenvolveu na Inglaterra e nos EUA em meados da década de 1960, atingindo o pico no início da década de 1970. O estilo foi uma consequência das bandas psicodélicas que abandonaram as tradições padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz ou à música clássica. Elementos adicionais contribuíram para o rótulo de “progressivo”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música se aproximava da condição de “arte” e o estúdio, mais do que o palco, tornou-se o foco da atividade musical, que muitas vezes envolvia criar música para ouvir em vez de dançar.

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos

Parte 1 — Mundo Prog
1. Prelúdio para Sintetizador (D’Elboux) 1:23
2. D’Elboux is on the Table (D’Elboux) 3:17
3. Boto (D’Elboux / Iantorno) 2:21
4. Tempestades Noturnas (D’Elboux / Cesarino) 2:52
5. Reflexões Ectoplasmáticas (D’Elboux) 4:55
6. Prelúdio-Improviso para Piano (D’Elboux) 5:16

Parte 2 — Mundo Clássico
7. Coriolano (Beethoven / arr. D’Elboux) 5:07
8. Prelúdio para Orquestra (D’Elboux) 1:17
9. Romântica (Bruckner / arr. D’Elboux) 5:12
10. Prelúdio para Órgão (D’Elboux) 1:41
11. Épica (Borodin / arr. D’Elboux) 1:58
12. Antares (D’Elboux) 4:49
13. Toccata (Bach / arr. D’Elboux) 3:36

José Eduardo D’Elboux: teclados e programação

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Richard Strauss: Metamorphosen / Schoenberg: Verklärte Nacht (William Boughton, English String Orchestra)

Richard Strauss: Metamorphosen / Schoenberg: Verklärte Nacht (William Boughton, English String Orchestra)

Um excelente repertório. Metamorphosen e Noite Transfigurada são duas esplêndidas peças para orquestra de cordas do século XX. São duas obras que fecham o romantismo, ambas em um movimento e com duração muito semelhante.

O título de Metamorphosen era In Memorian, pois Strauss estava lamentando os soldados alemães mortos na Segunda Guerra Mundial e especialmente os bombardeios sobre Munique. Um amigo mais inteligente e politizado MANDOU-O mudar de ideia. Mas a música é maravilhosa, algo raríssimo em Strauss. Inédito até! O próprio Strauss nunca comentou o significado de Metamorphosen. O título não parece referir-se ao tratamento musical dos temas, “já que dentro da própria peça os temas nunca sofrem metamorfose… mas sim um contínuo desenvolvimento”. É amplamente aceito que Strauss escreveu a obra como uma declaração de luto pela destruição da Alemanha durante a guerra, em particular como uma elegia ao bombardeio devastador de Munique, repito.

Noite Transfigurada é uma obra programática. Foi escrita em 1899, originalmente para sexteto de cordas, ou seja, era um conjunto de câmara para um poema sinfônico e esta é a primeira singularidade da obra. Está escrito sobre um poema de Richard Dehmel, um artista socialista do círculo de Gustav Mahler e fervoroso admirador de Nietzsche. A obra tem cinco pequenas partes nas quais se alternam diferentes descrições da natureza, funcionando como metáfora dos estados dos protagonistas. Além disso, aparecem dois monólogos: o primeiro é uma confissão da mulher ao homem com quem caminha: os dois estão apaixonados, mas ela está grávida de um amor anterior e isso a enche de culpa. O segundo monólogo, a resposta do homem, o que desvirtua o assunto, porque, a seu ver, o fato de serem amantes os torna um só, então o filho pertence a ambos. A transfiguração da natureza e do céu como sinal do seu amor e do seu fluxo natural é o pano de fundo que entrelaça todo o poema. Bonito, né?

Richard Strauss: Metamorphosen / Schoenberg: Verklärte Nacht (William Boughton, English String Orchestra)

1 Richard Strauss – Metamorphosen 26:00
2 Arnold Schoenberg – Verklärte Nacht Op. 4 26:49

Conductor – William Boughton
Orchestra – English String Orchestra
Violin – Michael Bochmann

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O careca Schoenberg foi um famoso tenista da Segunda Escola de Viena

PQP

Richard Strauss (1864-1949): “Assim falou Zaratustra” & Sinfonia Doméstica (Maazel / Filarmônica de Viena)

Richard Strauss (1864-1949): “Assim falou Zaratustra” & Sinfonia Doméstica (Maazel / Filarmônica de Viena)

Minha opinião sobre Richard Strauss é a que segue: ele pegou tudo o que é ruim de Mahler, Wagner e Wolf, e fundiu em algo diferente e pior. Sua música tem um ar constipado. Mas esse disco é sempre elogiado. Maazel e R. Strauss têm tudo a ver. Esse disco é genial! Bah, só que eu não o suporto! Os primeiros minutos de “Assim falou…” são ótimos. E só. Depois, há uns solinhos difíceis de violino que são quase mais ou menos, mas o resto é de rigorosa chatice. O cara é prolixo, pura conversa fiada sem direção. Strauss só acertou em suas Metamorphosen e nas últimas canções, o resto é pra matar o vivente de tédio. Este CD é a cura da insônia. Se o clonazepam não funciona mais, experimente Richard Strauss. E olha que eu amo o romantismo tardio.

Richard Strauss (1864-1949): “Assim falou Zaratustra” & Sinfonia Doméstica (Maazel / Filarmônica de Viena)

Also Sprach Zarathustra Op. 30 – Tondichtung Für Großes Orchester (Frei Nach Friedrich Nietsche) (33:54)
A.1 Sehr Breit —
A.2 Von Den Hinterweltlern. Weniger Breit —
A.3 Von Der Großen Sehnsucht. Bewegter —
A.4 Von Den Freunden Und Leidenschaften. Bewegt —
A.5 Das Grablied. Etwas Ruhiger, Ausdrucksvoll —
A.6 Von Der Wissenschaft. Sehr Langsam —
A.7 Der Genesende. Energisch —
A.8 Das Tanzlied —
A.9 Nachtwandlerlied

Sinfonia Domestica Op. 53 = Symphonia Domestica = Symphonie Domestique
A1 Thema I. Bewegt · Thema II. Sehr Lebhaft · Thema III. Ruhig 5:13
A2 Scherzo. Munter 6:33
A3 Wiegenlied. Mäßig Langsam 6:06
A4 Adagio. Langsam 12:17
B1 Finale. Sehr Lebhaft 14:28

Conductor – Lorin Maazel
Orchestra – Wiener Philharmoniker

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Richard Strauss sendo marido e pai: o mesmo interesse e animação da Sinfonia Doméstica

PQP

P. I. Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonias Nº 4 e 2 (Pequena Rússia) (Abbado / New Philharmonia Orchestra, Wiener Philharmoniker)

P. I. Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonias Nº 4 e 2 (Pequena Rússia) (Abbado / New Philharmonia Orchestra, Wiener Philharmoniker)

PQP Bach não roubaria ou mataria por Tchaikovsky — mas o faria por outros, evidentemente. A Sinfonia Little Russian — local mais conhecido pelo nome de UCRÂNIA — é uma gravação de 1968, lá no início da carreira musical de Abbado, embora ele já tivesse 35 anos. Ele faz uma bela leitura da Sinfonia. A Quarta data de 1976 e a gravação, como a primeira, também é cheia de energia e vibração. O primeiro movimento é rápido e quase não carrega nenhum peso trágico – é mais parecido com Liszt em sua exuberância histriônica. Ao ouvir esta Quarta, fica claro que Abbado não é pessimista nem excessivamente preocupado com tragédias… Abbado e as duas orquestras brilham durante todo o programa. Não sou um grande ouvinte de Tchai, mas penso que o regente Abbado mostra uma excelente compreensão de como a música de Tchaikovsky deve ser tocada, especialmente nestas duas sinfonias com alguns temas folclóricos russas. Ao menos, a barulhada é espetacular!

P. I. Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonias Nº 4 e 2 (Pequena Rússia) (Abbado / New Philharmonia Orchestra, Wiener Philharmoniker)

Symphonie Nr. 4 F-moll Op.36 – Symphony No. 4 In F Minor, Op. 36 – Symphonie No 4 En Fa Mineur, Op. 36
1 Andante Sostenuto – Moderato Con Anima – Moderato Assai, Quasi Andante – Allegro Vivo 18:12
2 Andantino In Modo Di Canzone 9:03
3 Scherzo. Pizzicato Ostinato – Allegro 5:40
4 Finale. Allegro Con Fuoco 8:33

Symphonie Nr. 2 C-Moll Op. 17 “Kelinrussiche” – Symphony No. 2 In C Minor, Op. 17 “Little Russian” – Symphonie No 2 En Ut Mineur “Petite-Russie”
5 Andante Sostenuto – Allegro Vivo 10:35
6 Andantino Marziale, Quasi Moderato 7:08
7 Scherzo: Allegro Molto Vivace – Trio. L’Istesso Tempo 5:13
8 Moderato Assai – Allegro Vivo – Presto 10:32

Conductor – Claudio Abbado
Orchestra – New Philharmonia Orchestra (tracks: 5 to 8), Wiener Philharmoniker (tracks: 1 to 4)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kiev — que parem a matança.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

Diabelli teve sorte e foi imortalizado mesmo sem nunca ter escrito grande coisa. As 33 Variações sobre uma Valsa de Anton Diabelli, Op. 120, comumente conhecidas como Variações Diabelli, é um conjunto de variações para piano escritas entre 1819 e 1823 por Beethoven sobre uma valsa composta por — adivinhem? — Anton Diabelli. É frequentemente considerado um dos maiores conjuntos de variações para teclado junto com as Variações Goldberg de Bach. Recentemente, Vassily postou uma gravação da mesma obra que parece ser imbatível — é esta aqui. Pollini mantém sua categoria habitual e sua versão não é nada secundária, mesmo que perca para Uchida. Aqui, cada detalhe tem a marca de Pollini: a afirmação assertiva, quase brusca, do tema, o tremendo ataque a tudo o que exige brilho técnico, a altivez aristocrática com que trata as variações mais introspectivas, a ótima intepretação nos momentos de humor, como a citação da ária de Leporello de Don Giovanni de Mozart na variação 22. Todos são claramente o produto do comando soberano do teclado. Mas ficaremos com Uchida desta vez.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli, Op. 120 (Maurizio Pollini)

1 Tema. Vivace 0:50
2 Var. 1. Alla Marcia Maestoso 1:40
3 Var. 2. Poco Allegro 0:51
4 Var. 3. L’Istesso Tempo 1:12
5 Var. 4. Un Poco Più Vivace 0:59
6 Var. 5. Allegro Vivace 0:50
7 Var. 6. Allegro Ma Non Troppo E Serioso 1:32
8 Var. 7. Un Poco Più Allegro 1:15
9 Var. 8. Poco Vivace 1:24
10 Var. 9. Allegro Pesante E Risoluto 1:59
11 Var. 10. Presto 0:36
12 Var. 11. Allegretto 1:03
13 Var. 12. Un Poco Più Moto 0:50
14 Var. 13. Vivace 0:55
15 Var. 14. Grave E Maestoso 3:26
16 Var. 15. Presto Scherzando 0:36
17 Var. 16. Allegro 0:57
18 Var. 17 0:58
19 Var. 18. Poco Moderato 1:24
20 Var. 19. Presto 0:50
21 Var. 20. Andante 2:06
22 Var. 21. Allegro Con Brio – Meno Allegro 1:09
23 Var. 22. Allegro Molto (Alla “Notte E Giorno Faticar” Di Mozart) 0:50
24 Var. 23. Allegro Assai 0:55
25 Var. 24. Fughetta. Andante 2:48
26 Var. 25. Allegro 0:47
27 Var. 26 0:58
28 Var. 27. Vivace 0:54
29 Var. 28. Allegro 0:59
30 Var. 29. Adagio Ma Non Troppo 1:08
31 Var. 30. Andante, Sempre Cantabile 1:46
32 Var. 31. Largo, Molto Espressivo 4:49
33 Var. 32. Fuga. Allegro 2:54
34 Var. 33. Tempo Di Menuetto, Moderato (Ma Non Tirarsi Dietro) 3:58

Maurizio Pollini, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Diabelli: o homem que entrou de gaiato na imortalidade.

PQP

Purcell, Kauffmann, Tag, Krebs, B. Hummel: Música para Trompete e Órgão (Erb, Weinberger)

Purcell, Kauffmann, Tag, Krebs, B. Hummel: Música para Trompete e Órgão (Erb, Weinberger)
gdsgsdg
O disco é tão obscuro que não existe na Amazon.

Sempre fui seduzido pela sonoridade das obras para trompete e órgão. No passado, era mais comum aparecerem discos desta clássica formação. Hoje, o órgão e suas formações parecem ter saído de moda, não obstante muitos autores barrocos terem escrito obras para esta dupla do barulho. Excetuando-se Purcell, este CD traz obras obscuras de compositores antigos e de um moderno mandando bala e fazendo barulho com os dois potentes instrumentos. O disco tem momentos interessantíssimos e não faço a mínima ideia de como foi parar no meu HD. Há obras muito bonitas de Handel, Corelli e Telemann para esta formação hoje bem rara, mas só as tenho em vinil. Além da de Purcell, a obra de Hummel é ESPLÊNDIDA.

Purcell, Kauffmann, Tag, Krebs, B. Hummel: Música para Trompete e Órgão

Henry Purcell (1659-1695)
Sonata in D-Dur
1. 1. Pomposo
2. 2. Andante maestoso
3. 3. Allegro ma non troppo

Georg Friedrich Kauffmann (1679-1795)
4. Gelobet seist du, Jesu Christ
5. Wie schön leuchter der Morgenstern
6. Ach Gott, vom Hummel sieh darein

Christian Gotthilf Tag (1713-1780)
7. Befiehl du deine Wege

Johann Ludwig Krebs (1713-1780)
8. Wachet auf, ruft uns die Stimme

Bertold Hummel (1925-2002)
Invocationes in C op.68
9. 1. De profundis
10. 2. In te domine speravi
11. 3. Non confundar in aeternum

Helmut Erb, trompete
Gerhard Weinberger, orgel

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Fica bonito, gente.
É um barulhão dos diabos, mas fica bonito.

PQP

Pizzetti / Malipiero / Respighi / Casella: Obras para Violino e Piano (Biondi / Di Ilio)

Pizzetti / Malipiero / Respighi / Casella: Obras para Violino e Piano (Biondi / Di Ilio)

Um bonito disco de música italiana romântica feita por italianos. O período em que os compositores viveram não é o romântico, mas vá ouvir os caras. Fabio Biondi, além de dar belas entrevistas, é um monstro no violino. Não, não estou falando de virtuosismo, falo que ele é bom mesmo. Pela capa, parece que o destaque do CD é Malipiero, mas ele não chega a se destacar. Aliás, Malipiero morreu em 1973. Na Itália fascista, ele manteve boas relações com Benito Mussolini até em 1932 ter escolhido para uma das suas óperas o libreto de Pirandello, La favola del figlio cambiato. Malipiero dedicou a Mussolini a sua ópera seguinte, Giulio Cesare (1934-35), mas isto não o ajudou. Malipiero foi também um fino polemista e crítico musical. Não obstante o seu isolamento artístico, Malipiero manteve contatos com os melhores compositores do século XX, como Igor Stravinsky, Ernest Bloch, Luigi Dallapiccola e Luciano Berio.

Pizzetti / Malipiero / Respighi / Casella: Obras para Violino e Piano (Biondi / Di Ilio)

Tre Canti (Three Songs)
Composed By – Ildebrando Pizzetti
1 Affettuoso (piuttosto Mosso, E Arioso) 4:44
2 Quasi Grave e Commosso 4:06
3 Appassionato 3:58

Opera Omnia Per Violino E Pianoforte (Complete Works For Violin And Piano)
Composed By – Gian Francesco Malipiero
4 Il Canto Nell’ Infinito (The Song In The Infinite) 3:01
5 Canto Crepusculare (Twilight Song) 4:46
6 Il Canto Della Lontananza (The Song Of Separation) 3:19
7 Canto Notturno (Night Song) 4:22

8 Romanza
Composed By – Ottorino Respighi
3:59

9 Aubade
Composed By – Ottorino Respighi
3:00

10 Madrigake
Composed By – Ottorino Respighi
3:32

11 Berceuse
Composed By – Ottorino Respighi
2:55

12 Humoresque
Composed By – Ottorino Respighi
6:24

13 Melodia
Composed By – Ottorino Respighi
3:10

14 Minuetto Dalla Scarlattiana (Menuet From The Scarlattiana)
Composed By – Alfredo Casella
6:05

Piano – Luigi Di Ilio
Violin – Fabio Biondi

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Gente da Cultura não pode se dar bem com fascistas, Gian Francesco. Aprenda!

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias No. 22 (Der Philosoph) • No. 63 (La Roxelane) • No. 80 (Orpheus Chamber Orchestra)

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias No. 22 (Der Philosoph) • No. 63 (La Roxelane) • No. 80 (Orpheus Chamber Orchestra)

Não pensem que erramos, é que a Orpheus trabalha sem maestro. Este antigo CD é maravilhoso.  Embora a orquestra toque com instrumentos modernos, mas esta longe de ser o oposto da “prática de época” — na minha opinião, esse movimento também informa algumas das maneiras de abordar as obras. Então, não deixa de ser historicamente informado. Ouçam e concluam. A Orpheus dá-nos versões enérgicas, ágeis e maravilhosas de três obras encantadoras. A melhor Sinfonia pode ser a 80, OK, mas sou apaixonado pela 22. O nome (“O Filósofo”) não está no manuscrito original e é improvável que tenha vindo do próprio Haydn. Ele aparece em uma cópia manuscrita da sinfonia encontrada em Modena, datada de 1790. Portanto, o apelido data da época do compositor, mas não da composição (1764). Pensa-se que o título deriva da melodia e do contraponto do primeiro movimento (entre as trompas e o corne inglês), que musicalmente aludem a uma pergunta seguida de uma resposta e paralelamente ao sistema de debate disputatio. O uso de um efeito tique-taque abafado na peça também evoca a imagem de um filósofo imerso em pensamentos enquanto o tempo passa. Só que o apelido torna-se menos apropriado à medida que a sinfonia avança e a seriedade dá lugar ao bom humor…

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias No. 22 (Der Philosoph) • No. 63 (La Roxelane) • No. 80 (Orpheus Chamber Orchestra)

Symphony In E-flat Major, Hob. I:22 “The Philosopher”
1 1. Adagio 8:17
2 2. Presto 4:02
3 3. Menuetto – Trio – Menuetto 3:50
4 4. Finale: Presto 2:49

Symphony In C Major, Hob. I:63 “La Roxelane”
5 1. Allegro 5:54
6 2. “La Roxelane”: Allegretto (O Più Tosto Allegro) 4:10
7 3. Menuet – Trio – Menuet 4:10
8 4. Finale: Presto 3:47

Symphony In D Minor, Hob. I:80
9 1. Allegro Spiritoso 5:13
10 2. Adagio 9:25
11 3. Menuetto – Trio – Menuetto 3:36
12 4. Finale: Presto 4:34

Orpheus Chamber Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A Orpheus depois de pôr mais um maestro pra correr.

PQP

.: interlúdio :. Beyond The Missouri Sky (Short Stories): Charlie Haden & Pat Metheny

.: interlúdio :. Beyond The Missouri Sky (Short Stories): Charlie Haden & Pat Metheny

ABSOLUTAMENTE IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este post é originalmente de 2007. Vocês vão notar pelo texto abaixo, que Charlie Haden ainda não tinha falecido.

Agora é P.Q.P. Bach quem ataca de jazz para divulgar outro CD que o guitarrista Pat Metheny (1954) fez em dupla, desta vez com o grande baixista Charlie Haden (1937). Todas as informações grifadas a seguir forma retiradas da Wikipedia.

É um CD muito jazzístico e delicado, em que todas as músicas são tocadas apenas pelos dois solistas em rigoroso duo, com apenas a intervenção de uma discreta bateria (Metheny arrisca-se no instrumento…) em uma das faixas e de alguns efeitinhos de teclado. Haden explora ao extremo seu estilo mais cantabile do que o de um mero marcador de tempo, extraindo de seu contrabaixo um som mais limpo do que cheio. Já Pat Metheny é conhecidíssimo e não vamos perder tempo descrevendo o que vocês já sabem.

.oOo.

Charles Edward Haden é um contrabaixista de jazz nascido a 6 de Agosto de 1937 em Shenandoah no Iowa nos EUA.

Haden é mais conhecido pela sua associação de longa data com o saxofonista Ornette Coleman, mas também pelas suas caraterísticas linhas de baixo melódicas e é hoje um dos mais respeitados contrabaixistas e compositores de jazz da actualidade.

Biografia

Haden nasceu numa família de músicos que actuava frequentemente na rádio, tocando música country e canções folk americanas. Haden estreou-se profissionalmente como cantor quando tinha apenas dois anos de idade e continuou a cantar com a sua família até aos quinze anos, quando contraiu uma forma ligeira de poliomielite que lhe danificou permanentemente as cordas vocais. Alguns anos antes, Haden começara a interessar-se por jazz e a tocar no contrabaixo do seu irmão.

Algum tempo depois, mudou-se para Los Angeles em 1957 e começou a tocar profissionalmente, nomeadamente com o pianista Hampton Hawes e com o saxofonista Art Pepper.

Charlie Haden tornou-se famoso tocando com Ornette Coleman no final dos anos 50, culminando no disco The Shape of Jazz to Come (1959). Este álbum foi muito controverso, na época, e o próprio Haden confessou que, a princípio, o estilo de Coleman o deixava completamente confundido e que se limitava a repetir as linhas melódicas de Coleman no contrabaixo. Foi só mais tarde que ganhou a confiança para criar as suas próprias linhas.Além da sua associação com Coleman, Haden fazia parte do trio e depois do “”American quartet” de Keith Jarrett, com Paul Motian e Dewey Redman, de 1967 a 1976.

Nos anos 70, fundou, com Carla Bley, a Liberation Music Orchestra (LMO). A sua música era fortemente experimental, associando o free jazz e a música de intervenção política. O seu primeiro álbum debruçava-se sobre a Guerra Civil Espanhola. A LMO tinha uma formação flutuante, abrangendo os principais instrumentistas de jazz. Através dos arranjos de Carla Bley, usavam uma vasta paleta de instrumentos de metal, como tuba, trompa e trombone, além da secção mais tradicional de trompete e instrumentos de palheta. O álbum da Liberation Music Orchestra de 1982, The Ballad of the Fallen refería-se, de novo à Guerra Civil Espanhola bem como à instabilidade política e envolvimento dos EUA na América Latina.

Em 1990 a orquestra regressou com o disco Dream Keeper, um registo mais heterogéneo, utilizando o gospel e música sul-africana para referir-se à América Latina e ao Apartheid.

Em 1971 durante uma excursão em Portugal, Haden dedicou a sua “Song for Che” aos revolucionários anti-colonialistas das colónias portuguesas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. No dia seguinte, foi preso no aeroporto de Lisboa e interrogado pela DGS, a polícia política portuguesa. Foi prontamente libertado graças à intervenção da embaixada americana em Lisboa, mas foi depois interrogado acerca da dedicatória pelo FBI, já nos EUA.

Esta exploração temática de géneros de música habitualmente não associados ao jazz tornou-se uma característica marcante de Haden com o seu Quartet West. Fundado em 1987, o quarteto era composto por Haden, Ernie Watts no saxofone, Alan Broadbent ao piano e Larance Marable na bateria. O grupo apresentava arranjos de Broadbent, românticos e elaborados e recebeu muitos prémios.

Haden também tinha trabalhava em duetos com vários pianistas, como Hank Jones, Kenny Barron e Denny Zeitlin. Explorou a música folk americana em American Hymns, a música dos film noir em Always Say Goodbye e a música popular cubana em Nocturne.

Em 1989 foi artista convidado do Festival de Jazz de Montreal e tocou todas as noites do festival com diferentes conjuntos e bandas. A maior parte destes concertos foram editados na série The Montreal Tapes.

Em 1990 grava, com o mestre da guitarra portuguesa, Carlos Paredes, o álbum Dialogues.

No final de 1997, colabora num dueto com o guitarrista Pat Metheny, explorando a música da sua infância, no álbum Beyond the Missouri Sky (Short Stories) e realizando uma digressão mundial com Metheny.

Em 2005, Haden voltou a reunir a Liberation Music Orchestra, grandemente renovada, para lançar Not In Our Name, abordando a situação política dos EUA e a guerra do Iraque.

Em 2007, no seu 70º aniversário, lança o documentário: “Charlie Haden”.

.oOo.

E sobre Pat Metheny

Biografia

Iniciando com o trompete já aos 8 anos de idade, Metheny trocou para a guitarra ao 12 anos. Aos 15 anos, já estava trabalhando com os melhores músicos de jazz do Kansas, adquirindo experiência em bandas já muito jovem. Seu primeiro sucesso na cena internacional do jazz foi em 1974. Com o lançamento de seu primeiro álbum, Bright Size Life (1975), segundo a crítica, ele reinventara “o som tradicional da guitarra jazz” para uma nova geração de guitarristas.

Durante sua carreira, continuou a redefinir o genero utilizando novas tecnologias e trabalhando constantemente para refinar sua capacidade sonora e de improvisação no seu instrumento.Planejando sua carreira com sabedoria, trabalhou primeiro com uma gravadora de grande prestígio na música moderna (ECM), depois em uma gravadora de inclinações pop (Geffen) e finalmente com a multi-nacional (Warner Bros). Flertou com o jazz-rock, com grande sucesso, e chegou mesmo a ter videoclipes exibidos na rede MTV. Segundo os críticos Richard Cook e Brian Morton, “Metheny tornou-se uma figura-chave na música instrumental dos últimos 20 anos”.

Durante os anos, atuou com músicos tão diversos como Steve Reich, Ornette Coleman, Herbie Hancock, Jim Hall, Milton Nascimento e David Bowie. Formou uma parceria de composição com o tecladista Lyle Mays por mais de vinte anos – uma parceria que foi comparada às de Lennon/McCartney e de Ellington/Strayhorn por críticos e por ouvintes igualmente. O trabalho de Metheny inclui composições para guitarra solo, instrumentos elétricos e acústicos, grandes orquestras, e peças para ballet, com passagens que variam do jazz moderno ao rock e ao clássico.

Metheny atuou também na área academica como professor de música. Aos 18, foi o professor mais novo de sempre na universidade de Miami. Aos 19, transformou-se no professor mais novo de sempre na faculdade de Berkeley de música, onde recebeu também o título de doutor honorário vinte anos mais tarde (1996). Ensinou também em workshops de música em várias partes do mundo, desde o Dutch Royal Conservatory ao Thelonius Monk Institute of Jazz. Foi também um dos pioneiros da música eletrônica, e foi um dos primeiros músicos do jazz que tratou o sintetizador seriamente. Anos antes da invenção da tecnologia de MIDI, Metheny usava o Synclavier como uma ferramenta de composição . Também tem participação no desenvolvimento de diversos novos tipos de guitarras tais como a guitarra acústica soprano, a guitarra de 42-cordas Pikasso, a guitarra de jazz Ibanez Pm-100, e uma variedade de outros instrumentos feitos sob encomenda.

Metheny é um músico que estuda e escreve muito, está aberto a inúmeras influências, e principalmente toca e grava muito. Nesse processo, atira em várias direções, e é inegável que acaba produzindo alguns trabalhos de caráter mais comercial, ainda que agradáveis e perfeitamente bem executadas.

Ele ganhou ganhou vários concursos como o “melhor guitarrista de jazz” e prêmios, incluindo discos de ouro para os álbuns Still Life (Talking), Letter from Home e Secret Story. Ganhou também quinze prêmios Grammy Awards sobre uma variedade de categorias diferentes incluindo “Best Rock Instrumental”, “Best Contemporary Jazz Recording”, “Best Jazz Instrumental Solo”, “Best Instrumental Composition”.

O Pat Metheny Group ganhou sete Grammies consecutivos em sete álbums consecutivos. Metheny dedica-se a maior parte de seu tempo a turnes e viagens, e calcula uma média entre 120 à 240 viagens por ano desde 1974. Continua a ser uma das estrelas mais brilhantes da comunidade do jazz, dedicando tempo aos seus próprios projetos, a novos músicos e aos veteranos, ajudando-lhes a alcançar suas audiências tão como realizar suas próprias visões artísticas.

Beyond The Missouri Sky (Short Stories)

1. Waltz For Ruth
2. Our Spanish Love Song
3. Message To A Friend
4. Two For The Road
5. First Song
6. The Moon Is A Harsh Mistress
7. The Precious Jewel
8. He’s Gone Away
9. The Moon Song
10. Tears Of Rain
11. Cinema Paradiso (Love Theme)
12. Cinema Paradiso (Main Theme)
13. Spiritual

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Metheny-Haden: que dupla, que dupla, que dupla!
Metheny-Haden: que dupla, que dupla, que dupla!

PQP

B. Britten (1913-1976): Violin Concerto / W. Walton (1902-1983): Viola Concerto (Vengerov, Rostropovich)

B. Britten (1913-1976): Violin Concerto / W. Walton (1902-1983): Viola Concerto (Vengerov, Rostropovich)

Vocês sabem aquele disco consistente? Pois é o caso. São bons concertos de Britten e Walton — o de Britten é bem melhor — , boas interpretações, boa gravação. Nada de arrebentar, mas tudo em seu lugar. Há traços de Shostakovich no concerto de Britten e a tão vilipendiada viola é bem tocada pelo excelente Vengerov no Walton. O concerto de Britten é cheio de íntima agitação e emoção crua, mas também é elegante e lírico. Vengerov faz justiça aos muitos matizes deste trabalho, particularmente a seu final dolorido e solene, o qual é soberbamente interpretado.

B. Britten (1913-1976): Violin Concerto / W. Walton (1902-1983): Viola Concerto

1 Violin Concerto Op.15: I Moderato con moto – 10:05
2 Violin Concerto Op.15: II Vivace – 8:24
3 Violin Concerto Op.15: III Passacaglia – Andante lento (un poco meno mosso) 15:22

4 Viola Concerto: I. Andante comodo 9:47
5 Viola Concerto: II. Vivo, con molto preciso 4:24
6 Viola Concerto: III. Allegro moderato 16:23

viola

Maxim Vengerov
London Symphony Orchestra
Mstislav Rostropovich

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Britten: grandes música e nariz
Britten: grandes música e nariz

PQP

Henry Purcell (1659-1695): Ode for St. Cecilia’s Day / Te Deum e outras peças (Choir and Orchestra of the Golden Age, Glenton)

Henry Purcell (1659-1695): Ode for St. Cecilia’s Day / Te Deum e outras peças (Choir and Orchestra of the Golden Age, Glenton)

Na tradição de Purcell, Ode for St Cecilia’s Day — escrita assim sem data — na maioria das vezes sugere a grande Hail bright Cecilia de 1692. Mas não importa, a primeira ode para Cecília de Purcell, Welcome to all the pleasures, de nove anos antes, é uma joia por si só e contém música esplêndida, incluindo o fascinante ária Here the deities approve. O catálogo conta com duas versões impressionantes de Andrew Parrott e Robert King, mas esta leitura cuidadosa e lúcida resiste bem à concorrência. The Choir and Orchestra of the Golden Age, conjunto de instrumentos de época com sede em Manchester, trazem performances robustas do Te Deum e do Jubilate. David Staff é um solista efervescente e de bom gosto na Trumpet Sonata de Purcell, que atua como um interlúdio satisfatório para os números vocais. Há muito para desfrutar aqui.

Henry Purcell (1659-1695): Ode for St. Cecilia’s Day / Te Deum e outras peças (Choir and Orchestra of the Golden Age, Glenton)

Morning Service in D Major, Z. 232: Te Deum
1 Morning Service in D Major, Z. 232: Te Deum 13:17

The noise of foreign wars
2 The noise of foreign wars 06:50

Raise, raise the voice, Z. 334
3 Raise, raise the voice, Z. 334 12:28

Trumpet Sonata in D Major, Z. 850
4 I. Allegro 01:27
5 II. Adagio 01:37
6 III. Allegro 01:31

Fishburn, Christopher – Lyricist
Welcome to all the pleasures, Z. 339, “Ode on St. Cecilia’s Day”
7 Welcome to all the pleasures, “Ode on St. Cecilia’s Day”, Z. 339 17:20
Purcell, Henry

Morning Service in D Major, Z. 232: Jubilate Deo
8 Morning Service in D Major, Z. 232: Jubilate Deo 08:19

Bass Vocals – Thomas Guthrie
Choir – Choir Of The Golden Age
Conductor – Robert Glenton
Countertenor Vocals – Christopher Robson, William Purefoy
Orchestra – Orchestra Of The Golden Age
Soprano Vocals – Jeni Bern, Susan Bisatt
Tenor Vocals – Ian Honeyman
Trumpet [Natural Trumpet] – David Staff

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Um dia arranjo uma peruca dessas pro Carnaval.

PQP

Leoš Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Capriccio / Romance / Dumka (Benedek, Line, Hlawatsch)

Leoš Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Capriccio / Romance / Dumka (Benedek, Line, Hlawatsch)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A música de Janáček para conjuntos de câmara já foi moda — foi muito gravada nos anos 60 e 70. Tanto que podemos escolher entre muitos bons registros. A escolha do repertório é um tanto original (ou estranha) e isto é muito bom! A Sonata e as duas primeiras peças para violino e piano realmente têm pouco a ver com o Capriccio. Ildiko Line sai-se maravilhosamente em tudo, mas parece sentir-se mais à vontade no Romance, com seu calor e lirismo brahmsianos, do que na Sonata, cujas originalidades podem lhe escapar. Na abertura do Adagio final, por exemplo, espera-se uma resposta exuberante no violino. Hlawatsch expõe os quatro acordes de abertura com correção, mas Line não vem coma ferocidade esperada. Já o segundo movimento, a Balada, nunca ouvi melhor versão. O Capriccio é uma peça estranha mesmo para os padrões de Janáček. Hlawatsch está claramente intrigado com a música e responde com cuidado os extraordinários problemas de equilíbrio apresentados por um acompanhamento (se é que se pode chamar assim) de flauta, dois trompetes, três trombones e tuba. Lindo disco!

Leoš Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Capriccio / Romance / Dumka (Benedek, Line, Hlawatsch)

Leoš Janáček (1854-1928)
Sonata for Violin and Piano, JW VII/7 (*)
1 I. Con moto 05:51
2 II. Balada; Con moto 04:56
3 III. Allegretto 02:54
4 IV. Adagio 05:34

Romance, JW VII/3 (*)
5 Romance, JW VII/3 05:12

Dumka, JW VII/4 (*)
6 Dumka, JW VII/4 06:22

Allegro, JW IX/9 (*)
7 Allegro, JW IX/9 03:25

Capriccio for Piano Left-Hand and Chamber Orchestra, JW VII/12
8 I. Allegro 05:19
9 II. Adagio 05:42
10 III. Allegretto 04:18
11 IV. Andante 06:36

Conductor – Tamás Benedek
Flute, Piccolo Flute – István Rácz
Piano – Thomas Hlawatsch
Trombone – Kerényi Balázs, Sandor Szabo (2), Tibor Koszorus
Trumpet – Czeglédi Zsolt (2), István Somorjai
Tuba – Bálint István
Violin – Ildikó Line (*)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Janáček na porta de entrada do PQP Prague Hall ao lado da Ponte Carlos.

PQP

Arnold Schoenberg (1874-1951): Violin Concerto Op.36 / Sibelius (1865-1957): Violin Concerto Op.47 (Hahn / Salonen)

Arnold Schoenberg (1874-1951): Violin Concerto Op.36 / Sibelius (1865-1957): Violin Concerto Op.47 (Hahn / Salonen)

Schoenberg já estava vivendo na Califórnia quando escreveu seu Concerto para Violino. Ainda era um ser humano ríspido, mandão e gostava de estar sempre cercado de acólitos, mas já estava, de forma muito curiosa, tropicalizado. Usava roupas incríveis, quase havaianas em seu radicalismo. Queria fazer músicas para filmes em Hollywood, mas pedia dinheiro demais e não era contratado… Teve também a doce ilusão de que seu Concerto tocaria nas rádios — hábito nos anos 30 e 40 — e que ficaria famoso nos States. Imaginem o quanto o sujeito viajava na maionese! Estava nos EUA.. Bem, claro que nada disso aconteceu e hoje ouvimos com interesse diminuto a obra, que é boa. Nada além disso. Já o Concerto para Violino de Sibelius é tonal, belíssimo e glorioso. Hillary Hahn e Esa-Pekka Salonen, com seus suecos, dão um banho. Acho que vale a audição, claro.

Arnold Schoenberg (1874-1951): Violin Concerto Op.36 / Sibelius (1865-1957): Violin Concerto Op.47

1. Violin Concerto, Op.36 – 1. Poco Allegro 11:36
2. Violin Concerto, Op.36 – 2. Andante grazioso 7:30
3. Violin Concerto, Op.36 – 3. Finale. Allegro 10:38

4. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 1. Allegro moderato 17:20
5. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 2. Adagio di molto 8:36
6. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 3. Allegro, ma non tanto 7:16

Hilary Hahn, violino
Swedish Radio Symphony Orchestra
Esa-Pekka Salonen

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Schoenberg em seu exílio californiano
Schoenberg em seu exílio californiano. Sucesso, só com os alunos…

PQP

Henry Purcell (1659-1695): “Come Ye Sons Of Art” – Ode For The Birthday Of Queen Mary (1694) / Music For The Funeral Of Queen Mary (1695) (Gardiner)

Henry Purcell (1659-1695): “Come Ye Sons Of Art” – Ode For The Birthday Of Queen Mary (1694) / Music For The Funeral Of Queen Mary (1695) (Gardiner)

John Eliot Gardiner gravou as obras da Rainha Mary — a Ode de Aniversário e a Música para o Funeral — lá em 1976. A Orquestra e o Coro Monteverdi já eram espetaculares, só que esta gravação analógica do Aniversário, feita na Capela Rosslyn Hill, em Londres, não é tão bem equilibrada, com os solistas às vezes soando pequenos demais para competir com o conjunto de apoio. No entanto, a execução da Música Funeral por Gardiner é um acontecimento grandioso e imponente, e é uma pena que a gravação não lhe faça maior justiça. O Funeral — com o perdão da palavra — é um verdadeiro deleite, especialmente os quartetos de trombones. Há um verdadeiro sentimento de luto, mas sem deixar a música totalmente sombria. Interpretação suntuosa e altamente dramática. Talvez insuperável ainda hoje, apesar de seus problemas.

Henry Purcell (1659-1695): “Come Ye Sons Of Art” – Ode For The Birthday Of Queen Mary (1694) / Music For The Funeral Of Queen Mary (1695) (Gardiner)

“Come Ye Sons Of Art” Ode For The Birthday Of Queen Mary (1694) = Ode Pour L’Anniversaire De La reine Mary = Geburtstagsode Für Königin Maria
1 Ouverture 4:06
2 “Come, Ye Sons Of Art, Come Away” 1:58
3 “Sound The Trumpet” 2:28
4 “Come, Ye Sons Of Art, Come Away” 1:23
5 “Strike The Viol” 4:43
6 “The Day That Such A Blessing” 2:29
7 “Bid The Virtues” 3:31
8 “These, Are The Sacred Charms” 1:38
9 “See Nature, Rejoicing” 2:54

Music For The Funeral Of Queen Mary (1695) = Musique Funèbre Pour La Reine Mary = Trauermusik Für Königin Maria
10 Marche 2:12
11 “Man That Is Born” 3:46
12 Canzona 1:43
13 “In The Midst Of Life” 5:53
14 Canzona 0:49
15 “Thou Knowest, Lord, The Secrets Of Our Hearts” 2:18
16 March 2:15

Bass Vocals – Thomas Allen
Cello [Continuo] – Marilyn Sansom
Choir – Monteverdi Choir*
Composed By – Henry Purcell
Conductor – John Eliot Gardiner
Contrabass [Continuo] – Barry Guy
Countertenor Vocals – Charles Brett, John Williams (41)
Ensemble – Equale Brass Ensemble*
Harpsichord [Continuo] – Trevor Pinnock
Orchestra – Monteverdi Orchestra*
Sackbut [Equale Brass Ensemble] – Peter Harvey (2)
Soprano Vocals – Felicity Lott
Timpani [Equale Brass Ensemble] – David Corkhill
Trombone [Equale Brass Ensemble] – Peter Goodwin
Trumpet [Equale Brass Ensemble] – Graham Whiting, Michael Laird (2)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Muito cuidado com Gardiner. Ele pode, subitamente, tornar-se pugilista.

PQP

Khachaturian / Prokofiev / Glazunov: Russian Violin Concertos (Fischer, Russian National Orchestra, Kreizberg)

Khachaturian / Prokofiev / Glazunov: Russian Violin Concertos (Fischer, Russian National Orchestra, Kreizberg)

Este foi o álbum de estreia de Julia Fischer. Sua colaboração com Yakov Kreizberg já vinha de algum tempo. Ela o considerava o mais simpático dos maestros, e ele a ajudou a concretizar a gravação. Ele compartilhava com ela a admiração pelo concerto de Khachaturian e apoiou o plano de gravar esta peça imerecidamente negligenciada. Ela achava difícil até vendê-la para os promotores de concertos, que sem dúvida teriam preferido a milésima versão do concerto de Tchaikovsky. Mas ambos os artistas acreditaram em todos os trinta e sete minutos da obra, que é mesmo magnífica. Kreizberg, imaginem, morreu em 2011 com apenas 51 anos. No Concerto de Khat, há um “apelo de sabor armênio”, às vezes soando folclórico, até mesmo oriental. Há poesia também, como no tratamento do segundo tema, e de todo o comovente Andante sostenuto, com mais cor armênia. David Oistrakh estreou este concerto. O Primeiro Concerto para Violino de Prokofiev é a obra mais familiar deste programa, tanto em concerto como em disco. Nas notas do livreto de Fischer, ela menciona sua ironia, sarcasmo, e seu lirismo, no qual ela diz que pretendeu focar. Ela faz justiça a todos os os estados de espírito, pois saborear esses contrastes é essencial, né? E ela tem razão — este é um concerto principalmente lírico, e sua estrutura incomum de dois movimentos externos lentos emoldurando um scherzo central influenciou alguns outros concertos de cordas. A abordagem de Fischer é bastante íntima e convincente. O Glazunov é aceitável, com um allegro final bem dançável e assobiável.

Khachaturian / Prokofiev / Glazunov: Russian Violin Concertos (Fischer, Russian National Orchestra, Kreizberg)

Khachaturian* Violin Concerto In D Minor (1940)
1 – 1. Allegro Con Fermezza Cadenza – Aram Khatchaturian 14:54
2 – 2. Andante Sostenuto 12:28
3 – 3. Allegro Vivace 9:16

Prokofiev* Violin Concerto No. 1 In D Op. 19 (1916-1917)
4 – 1. Andantino – Andante Assai 10:09
5 – 2. Scherzo (Vivacissimo) 3:37
6 – 3. Moderato – Allegro Moderato – Più Tranquillo 8:14

Glazunov* Violin Concerto In A Minor Op. 82 (1905)
7 – 1. Moderato – 4:19
8 – 2. Andante – Cadenza – Alexander Glazunov 10:29
9 – 3. Allegro 5:40

Julia Fischer, violin
Russian National Orchestra
Yakov Kreizberg

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 375MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 185 MB

Julia Fischer

PQP

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 44 “Trauer”, 88 e 104 “London” (Capella Istropolitana, Wordsworth)

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 44 “Trauer”, 88 e 104 “London” (Capella Istropolitana, Wordsworth)

Haydn escreveu 104 sinfonias, das quais a última é apresentada neste disco interpretado pelos eslovacos da Capella Istropolitana e seu regente inglês Barry Wordsworth, grupo de crescente reputação na Europa. E você vê o porquê neste disco. Eles conseguem levar Haydn de uma forma que captura o espírito e o frescor de seu trabalho. As três sinfonias são tocadas lindamente. E com Haydn isso é muito. Ele é reconhecido hoje como o “pai” da sinfonia, não porque tenha criado a forma — houve sinfonias antes dele, mas não soavam como hoje. Foi Haydn quem moldou e desenvolveu a sinfonia na forma clássica madura. A de Nº 44 é facilmente reconhecida como uma sinfonia moderna com quatro movimentos. É um trabalho agradável, mas certamente não está classificado entre os trabalhos mais importantes de Haydn, mas já dá a promessa das coisas maiores que estão por vir. A música de Haydn está repleta de felicidade e de belas melodias para as quais ele parecia ter um suprimento inesgotável. A Sinfonia Nº 88 representa mais um avanço no crescimento de Haydn como compositor. Continua sendo uma das sinfonias mais populares de Haydn e é frequentemente gravada e tocada em concertos. Aqui temos mais consistência do que na 44. Já é uma joia, mas a pepita do disco, no entanto, é a Sinfonia Nº 104, facilmente uma daquelas poucas sinfonias classificadas entre as maiores já escritas. Este é Haydn no pleno reflexo de sua genialidade. Nela, o compositor combina seu inato senso de estilo com uma grande competência e é uma alegria ouvi-la mais uma vez. Uma palavra sobre a Capella Istropolitana e Wordsworth: cresci numa época em que as sinfonias traziam consigo um molho pesado, às vezes indigesto. Minha introdução à Sinfonia Nº 104 de Haydn foi com Otto Klemperer e a Philharmonia. A interpretação era majestosa, grandiosa, bem executada e totalmente sem noção. Aqui, tudo é mais íntimo. A Capella Istropolitana é uma orquestra menor e de toque muito mais leve. É Haydn. Sua genialidade foi nos levar até às portas de Beethoven, mas ele não foi Beethoven.

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 44 “Trauer”, 88 e 104 “London” (Capella Istropolitana, Wordsworth)

Symphony No. 44 in E Minor, Hob.I:44, “Trauersinfonie” (Mourning)
1 I. Allegro con brio 07:08
2 II. Menuet and trio 06:23
3 III. Adagio 04:35
4 IV. Finale: Presto 03:48

Symphony No. 88 in G Major, Hob.I:88
5 I. Adagio – Allegro 06:40
6 II. Largo 05:34
7 III. Menuetto: Allegretto 04:13
8 IV. Finale: Allegro con spirito 03:53

Symphony No. 104 in D Major, Hob.I:104, “London”
9 I. Adagio – Allegro 08:22
10 II. Andante 09:29
11 III. Menuet – Trio 05:26
12 IV. Finale: Spiritoso 06:51

Orchestra: Capella Istropolitana
Conductor: Wordsworth, Barry

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A Capellla Istropolitana é de Bratislava

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra (arranjo de Schoenberg e Riehn)

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra (arranjo de Schoenberg e Riehn)

Meus amigos, Mahler escreveu uma redução de A Canção da Terra (Das Lied von der Erde) para piano e voz… Quem conhece a obra sabe que não pode ter ficado grande coisa, claro, mas estas reduções eram uma prática comum numa época em que havia frequentes saraus musicais. Por incrível que pareça, Shostakovich também fazia versões para piano de suas sinfonias. Pois bem, Arnold Schoenberg adorava Das Lied von der Erde e resolveu fazer um arranjo para pequeno grupo que estivesse mais próximo da grandiosidade do original. São 15 instrumentos, dentre os quais um piano — principalmente para “simular” os tutti — e duas vozes.

Philippe Herreweghe, que não é trouxa e conhece a capacidade de Schoenberg para reearranjar peças de outros (conhecem seus trabalhos orquestrais sobre peças para órgão de Bach e quartetos de Brahms e Schubert? Pois deviam!) resolveu gravar a versão em 1994 para a Harmonia Mundi.

A informação que tenho dos quinze instrumentistas foi retirada do CD que possuo. Nele não há a relação deles. Agora li um comentário de que seriam nove: flauta, clarinete, dois violinos, viola, cello, baixo, piano e harmônica. Deixo a pesquisa para vocês, OK?

A interpretação de Herreweghe e seus músicos é para deixar qualquer um pasmo. É uma coisa de louco este CD.

Texto da Canção da Terra com traduções e análises: AQUI. Basta clicar no cabeçalho, cada imagem representa um dos movimentos.

Recomendo para todos! Imperdível para mahlerianos!

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra (arranjo de Schoenberg e Riehn)

1. I. Das Trinklied vom Jammer der Erde – 8:13
2. II. Der Einsame im Herbst – 9:25
3. III. Von der Jugend – 3:50
4. IV. Von der Schönheit – 7:30
5. V. Der Trunkene im Frühling – 4:47
6. VI. Der Abschied – 28:55

Alto Vocals – Birgit Remmert
Composed By – Gustav Mahler
Conductor – Philippe Herreweghe
Ensemble – Ensemble Musique Oblique
Instrumentation By – Arnold Schoenberg, Rainer Riehn
Tenor Vocals – Hans Peter Blochwitz

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mahler trabalhando no jardim

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Missae Breves, BWV 234 & 235 (Pygmalion)

J. S. Bach (1685-1750): Missae Breves, BWV 234 & 235 (Pygmalion)

Como vocês sabem, sofro de hipobachemia, mal que aflige algumas pessoas que ficam muito tempo longe de J.S. Bach. Durante as crises causadas pela síndrome, ficamos trêmulos, irritadiços como se fôssemos menstruar e não conseguimos ouvir compositores que desperdiçam notas como se estivessem bebendo água na torneira da praça. Então, sempre PRECISO voltar a ele como a um barco seguro. Este repertório é algo raro, apesar de sua alta qualidade. OK, não falemos em qualidade, é sinônimo de Bach.

J. S. Bach (1685-1750): Missae Breves, BWV 234 & 235 (Pygmalion)

1. Motet: “Der Gerechte kommt um” 6:23

2. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: I. Kyrie 5:35
3. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: II. Gloria 2:57
4. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: III. Gratias 3:11
5. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: IV. Domine fili 4:54
6. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: V. Qui tollis peccata mundi 4:07
7. Messe Brève en Sol Mineur, BWV 235: VI. Cum sancto spiritu 4:07

8. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: I. Kyrie 5:42
9. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: II. Gloria 5:41
10. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: III. Domine Deus 5:37
11. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: IV. Qui tollis peccata mundi 6:53
12. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: V. Quoniam tu solus 3:09
13. Messe Brève en La Majeur, BWV 234: VI. Cum sancto spiritu 3:14

Pygmalion
Raphaél Pichon, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

E aí está o pessoal do Pygmalion.

PQP

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830 (Pinnock – Archiv)

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830 (Pinnock – Archiv)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vamos às explicações. Trevor Pinnock fez uma bela gravação das Partitas para o selo Archiv na década de 1980 — é esta que ora vos posto –, mas há uma gravação mais recente que é uma melhoria significativa tanto em termos do som gravado, quanto no que diz respeito à interpretação, que subiu vários degraus. Trata-se da gravação de Hänssler. O PQPBach tem ambas. Pinnock é sempre bom, mas ele parece estar no topo na outra versão. Os trinados e ornamentos são relaxados e uniformes, seu toque legato é incomparável. Os movimentos de dança são perfeitos, sem serem apressados ​​ou frenéticos. Tudo parece mais simples sem ser superficial. Mas esta versão aqui é também sensacional, é o trampolim para a outra. E é muito bom ver um grande artista evoluir. A competição é obviamente acirrada neste repertório e não farei nenhuma comparação com versões para piano. Huguette Dreyfus é uma concorrente, embora eu ache Pinnock mais flexível, mais interessante musicalmente e com melhor qualidade de som. Masaaki Suzuki é bom se você quiser tempos mais relaxados e um pouco mais de ar entre você e o instrumento. Aos meus ouvidos, Suzuki é menos “parecido com Bach” do que Pinnock. É elegante, mas de alguma forma um pouco distante e enigmático. Scott Ross é péssimo.  Excetuando Ross, eu viveria feliz com qualquer versão para cravo, mas estas duas de Pinnock moram no meu ventrículo esquerdo, que é onde o coração bate mais forte.

J. S. Bach (1685-1750): 6 Partitas, BWV 825-830 (Pinnock – Archiv)

Partita No. 1 In B Flat Major, BWV 825 = B-dur = En Si Bémol Majeur
1-1 1. Praeludium 1:57
1-2 2. Allemande 4:12
1-3 3. Corrente 2:50
1-4 4. Sarabande 4:09
1-5 5. Menuet I/II 2:35
1-6 6. Gigue 2:27

Partita No. 2 In C Minor, BWV 826 = C-moll = En Ut Mineur
1-7 1. Sinfonia. Grave Adagio 4:34
1-8 2. Allemande 5:30
1-9 3. Courante 2:00
1-10 4. Sarabande 2:48
1-11 5. Rondeaux 1:27
1-12 6. Capriccio 3:34

Partita No. 4 In D Major, BWV 828 = D-dur = En Ré Majeur
1-13 1. Ouverture 6:37
1-14 2. Allemande 5:37
1-15 3. Courante 2:28
1-16 4. Aria 1:33
1-17 5. Sarabande 4:28
1-18 6. Menuet 1:26
1-19 7. Gigue 4:04

Partita No. 5 In G Major, Bwv 829 = G-dur = En Sol Majeur
2-1 1. Praeambulum 2:50
2-2 2. Allemande 4:05
2-3 3. Corrente 1:53
2-4 4. Sarabande 3:49
2-5 5. Tempo Di Minuetto 1:15
2-6 6. Passepied 1:43
2-7 7. Gigue 4:18

Partita No. 3 In A Minor, BWV 827 = A-moll = En La Mineur
2-8 1. Fantasia 2:15
2-9 2. Allemande 3:22
2-10 3. Corrente 1:56
2-11 4. Sarabande 3:49
2-12 5. Burlesca 1:55
2-13 6. Scherzo 1:14
2-14 7. Gigue 3:31

Partita No. 6 In E Minor, BWV 830 = E-moll = En Mi Mineur
2-15 1. Toccata 7:41
2-16 2. Allemanda 3:03
2-17 3. Corrente 3:12
2-18 4. Air 1:43
2-19 5. Sarabande 4:17
2-20 6. Tempo Di Gavotta 1:24
2-21 7. Gigue 5:06

Harpsichord – Trevor Pinnock

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O grande Trevor Pinnock em foto atual.

PQP

Henry Purcell (1659-1695): Dido And Aeneas (Concentus Musicus Wien, Harnoncourt)

Henry Purcell (1659-1695): Dido And Aeneas (Concentus Musicus Wien, Harnoncourt)

Esta não é a melhor gravação de Dido e Aeneas que está em nosso blog. Há outras bem melhores, quase todas. Mas Harnoncourt é sempre Harnoncourt e merece nosso respeito. Trata-se de uma obra-prima composta por Purcell. É considerada a primeira ópera nacional inglesa, tendo sido a única escrita por Purcell (1659-1695), um dos maiores compositores britânicos de todos os tempos e mestre do barroco. Ainda que tenha vivido pouco, nos deixou um número expressivo de odes para coro e orquestra, cantatas, canções, hinos, serviços, sonatas de câmara e obras para teclado, além de mais de quarenta peças para música de cena (PQP Bach tem TODAS, VALE A PENA CONHECER). Henry Purcell alcançou em vida relativo prestígio.

A ópera foi escrita em 1689, para o internato feminino Josias Priest, de Chelsea, Londres, a partir de um libretto de Nahum Tate (1652-1715), poeta e dramaturgo inglês. O enredo segue a história de amor entre a lendária rainha de Cartago, Dido, e o refugiado troiano Enéas, narrada no livro IV da Eneida de Virgílio. Quando o mítico herói e sua tropa naufragam em Cartago, ele e a rainha se enamoram. Mas, por inveja, as bruxas conspiram contra os amantes e convencem Enéas a partir, pois seu destino, traçado pelos deuses, é o de fundar uma nova Tróia, a cidade de Roma. Enéas, mesmo blasfemando contra a inclemência dos deuses, aceita seguir viagem e comunica a Dido que partirá naquela manhã. A rainha, esmagada pela dor, imola-se, apesar de Enéas, comovido e mudando o desígnio, afirmar preferir enfrentar a cólera dos deuses a abandoná-la.

A partitura é uma obra-prima de concisão e uma modelo para toda ópera de bolso: a orquestra inclui cordas e contínuo, há uns poucos papéis principais e a duração dos seus três atos não ultrapassa uma hora. Nela, Purcell incorporou tanto os desenvolvimentos da escola inglesa do século XVII, como influências musicais continentais. Combina, por exemplo, danças e coros, elementos próprios da tradição francesa, com árias que seguem em geral os modelos das óperas barrocas italianas. Os recitativos, por seu turno, a cavaleiro das tradições francesas e italianas, nada têm de artificial – são livres, melódicos e plasticamente moldados ao texto.

A abertura é francesa: um adágio solene inicial dá lugar a uma seção mais animada que introduz a cena. Já os coros homofónicos construídos com base em ritmos de dança, recordam os de Lully, assim como o minueto do coro Fear não danger to ensue (“Não temas os perigos que possam vir”). No entanto, cabe salientar a melodia tipicamente inglesa de Pursue thy conquest, Love (“Persegue tua conquista, Amor”) e a do coro Come away, fellow sailors (“Vinde, camaradas de marinheiros”), no início do terceiro ato. Esta alegre e singela canção marinheira carrega evidente matiz popular.

Algumas árias da ópera foram construídas sobre um baixo ostinato. A última delas, e a mais importante, é o famoso lamento de Dido: When I am laid in earth (“Quando eu descer à terra”), uma das mais tocantes de todo repertório lírico. Nela, além do ostinato, os intervalos descendentes e as harmonias com retardos intensificam o infortúnio da rainha.

O coro final, With drooping wings (“Com asas caídas”) parece inspirado no de Vénus and Adonis, de Blow – de quem Purcell foi, aliás, discípulo. Possui forte caráter elegíaco, sugerido pelo uso de escalas menores descendentes e pelas impressionantes pausas após a expressão “never part” (“nunca parta”).

Texto retirado da Escola de Música da UFRJ.

Henry Purcell (1659-1695): Dido And Aeneas (Concentus Musicus Wien, Harnoncourt)

Dido And Aeneas, Opera, Z. 626

1.1 1. Overture 2:53

Act I
1.2 2. Song (Belinda) & Chorus “Shake The Cloud From Off Your Brow” 1:06
2.1 3. Song (Dido) “Ah! Belinda” 4:08
2.2 4. Recitative & Song (Belinda & Dido) “Grief Increases By Concealing” 0:32
2.3 5. Chorus “When Monarchs Unite” 0:14
2.4 6. Recitative (Dido & Belinda) “Whence Could So Much Virtue Spring?” 2:13
2.5 7. Duet (Belinda & Second Woman) & Chorus “Fear No Danger” 1:36
3.1 8. Recitative (Belinda, Aeneas & Dido) “See, Your Royal Guest Appears” 0:50
3.2 9. Chorus “Cupid Only Throws The Dart” 0:35
3.3 10. Recitative (Aeneas) “If Not For Mine, For Empire’s Sake” 0:23
3.4 11. Song (Belinda) “Pursue Thy Conquest, Love” 0:51
3.5 12. Chorus “To The Hills And The Vales” 1:20
4 13. The Triumphing Dance 1:21

Act II Scene 1
5.1 14. Recitative (Sorceress) “Wayward Sisters” 2:31
5.2 15. Chorus “Harm’s Our Delight” 0:14
5.3.1 16. Recitative (Sorceress) “The Queen Of Carthage”. 0:42
5.3.2 Chorus “Ho Ho Ho” 0:10
5.4.1 17. Recitative (Witches & Sorcerers) “Ruin’d Ere The Set Of Sun?” 1:20
5.4.2 Chorus “Ho Ho Ho” 0:10
5.5 18. Duet (Witches) “But Ere We This Perform” 1:10
6.1 19.Chorus “In Our Deep Vaulted Cell” 1:07
6.2 20. Echo Dances Of Furies 1:01

Act II Scene 2
7.1 21. Ritornelle 0:57
7.2 22. Song (Belinda) & Chorus “Thanks To These Lonesome Vales” 1:15
8.1 23. Song (Second Woman) “Oft She Visits This Lone Mountain” 1:38
8.2 24. Recitative (Aeneas & Dido) “Behold, Upon My Bending Spear” 0:35
8.3 25. Song (Belinda) & Chorus “Haste, Haste To Town” 0:43
9 26. Recitative (Spirit & Aeneas) “Stay, Prince” 3:00

Act III Scene 1
10.1 27. Song (Sailor) & Chorus “Come Away, Fellow Sailors” 1:32
10.2 28. The Sailors’ Dance 0:51
11.1 29. Recitative & Duets (Sorceress & Witches) “See The Flags And Streamers Curling” 1:06
11.2 30. Song (Sorceress) “Our Next Motion” 0:41
11.3 31. Chorus “Destruction’s Our Delight” 0:34
11.4 32. The Witches’ Dance 1:13

Act III Scene 2
12.1 33. Recitative (Dido, Belinda & Aeneas) “Your Counsel All Is Urg’d In Vain” 4:52
12.2 34. Chorus “Great Minds Against Themselves Conspire” 1:04
13 35. Recitative (Dido) “Thy Hand, Belinda” / Song (Dido) “When I Am Laid In Earth” 4:24
14 36. Chorus “With Droppings Wings Ye Cupids Come” 2:47

Chorus – Arnold-Schönberg-Chor*
Chorus Master – Erwin G. Ortner*
Composed By – Henry Purcell
Conductor – Nikolaus Harnoncourt
Libretto By – Nahum Tate
Orchestra – Concentus Musicus Wien
Vocals [Aeneas, A Trojan Prince] – Anton Scharinger
Vocals [Belinda, Dido’s Sister] – Rachel Yakar
Vocals [Dido, Or Elissa, Queen Of Carthage] – Ann Murray
Vocals [Sailor] – Josef Köstlinger
Vocals [Second Witch] – Helrun Gardow
Vocals [Second Woman • First Witch] – Elisabeth Von Magnus-Harnoncourt*
Vocals [Sorceress] – Trudeliese Schmidt
Vocals [Spirit] – Paul Esswood

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

The Meeting of Dido and Aeneas (1766) — Sir Nathaniel Dance-Holland 1735-1811

PQP

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5 (Gergiev / Münchner)

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5 (Gergiev / Münchner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Provavelmente, a Filarmônica de Munique deu mais apresentações da música de Anton Bruckner do que qualquer outra orquestra. Há um grande número de gravações de Bruckner conduzidas pelos maestros lendários que trabalharam na Filarmônica de Munique, incluindo Celibidache, Thielemann, Kempe e Wand. Tendo começado em setembro de 2017, no Mosteiro de St. Florian — um cenário com significado histórico único neste contexto –, a Filarmônica de Munique e Valery Gergiev apresentaram um ciclo espetacular das sinfonias de Anton Bruckner. A extraordinária e belíssima Quinta Sinfonia de Bruckner tem muitas gravações impressionantes. Penso em particular na gravação de Eugen Jochum, que regeu uma performance fantástica (1964) na Abadia de Ottobeuren. E depois um concerto de Chailly em 1991. E, mais recentemente, o último concerto que Nikolaus Harnoncourt deu com a Concertgebouw Orchestra em 2013. Harnoncourt e Bruckner simplesmente “se entenderam” fantasticamente. Mas certamente há apresentações ainda melhores, basta pensar em Celibidache, Karajan e Wand. Aqui, Gergiev nos dá de 80 minutos de pura emoção, sem nenhum tédio. Que profundidade, que brilho, que riqueza de detalhes, sem nenhuma superficialidade! Ele é intenso e envolvente a cada segundo. Este é realmente um acréscimo à discografia de Bruckner e merece um lugar junto aos maiores campeões citados. E, céus, que música!

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 5 (Gergiev / Münchner)

ANTON BRUCKNER: Symphony No. 5, WAB 105
1. Introduction: Adagio – Allegro
2. Adagio: Sehr langsam
3. Scherzo: Molto vivace (Schnell) – Trio: Im gleichen Tempo
4. Finale: Adagio – Allegro moderato

RECORDING DATE: 23 / 24 September 2019
LOCATION: Stiftsbasilika St. Florian, Austria

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ignoro quem é (foi) o autor.

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Sonata D. 960 / Fantasia Wanderer D. 760 (Brendel)

Franz Schubert (1797-1828): Sonata D. 960 / Fantasia Wanderer D. 760 (Brendel)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Schubert, com certeza, jamais foi negligenciado por Alfred Brendel. Mas suas sonatas para piano, com algumas exceções, foram e são. No ensaio de Brendel de 2015, A Lifetime of Recordings, ficamos sabendo com incredulidade que Otto Erich Deutsch, que catalogou a obra de Schubert, ouviu pela primeira vez a Sonata D. 958 — hoje considerada a primeira parte de uma trilogia de despedida — quando o próprio Brendel a tocou em Viena na década de 1960. Diz-se que Rachmaninoff nem sabia que existiam sonatas para piano de Schubert. Embora eu seja um habitué de recitais de piano, nunca ouvi uma Sonata de Schubert ao vivo. Como sublinha Brendel, a descoberta tardia destas obras é em função da sua originalidade desconcertante: comparadas com as sonatas clássicas de Haydn, Mozart e Beethoven, ou com as sonatas românticas de Chopin, Schumann e Brahms, elas são inclassificáveis. Charles Rosen (outro notável pianista-autor) joga a toalha em seu deslumbrante The Classical Style, cujo penúltimo parágrafo conclui que Schubert “se destaca como um exemplo da resistência às generalizações”. Um dos projetos indispensáveis de Brendel tem sido o de promover as Sonatas para piano de Schubert. Ele gravou e regravou essas obras. E o fez da forma mais sublime que se possa imaginar.

E o que dizer da Wanderer? Que obra espetacular! A Fantasia Wanderer é uma obra para piano em quatro movimentos composta por em novembro de 1822. Esta fantasia é considerada como a composição de Schubert para piano mais exigente tecnicamente, e uma das poucas a exigir virtuosismo. Schubert disse mesmo Das Zeug soll der Teufel spielen (O diabo devia tocar isto), fazendo referência à sua própria incapacidade de executá-la.

Franz Schubert (1797-1828): Sonata D. 960 / Fantasia Wanderer D. 760 (Brendel)

Sonata In B Flat Major, D. 960
1 1. Molto Moderato 14:38
2 2. Andante Sostenuto 8:54
3 3. Scherzo (Allegro Vivace Con Delicatezza) 3:57
4 4. Allegro, Ma Non Troppo 8:30

5 Fantasia In C Major, Op. 15 D. 760 “Wanderer Fantasy” 21:04

Alfred Brendel, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Brendel faz uma pose de goleiro pra nóis tudo

PQP

.: interlúdio :. Charles Mingus: Let My Children Hear Music

.: interlúdio :. Charles Mingus: Let My Children Hear Music

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Pô, Mingus! The shoes of the fisherman`s wife are some jive ass slippers? Como uma obra tão espetacular pode ter um título tão… Sei lá. Alguém sabe de alguma referência que o explique? O nome original era Once upon a time, there was a holding corporation called Old America

Let My Children Hear Music é um álbum lançado pela Columbia Records em 1972. A música é composta para grande orquestra de jazz e Mingus trabalhou com vários arranjadores, orquestradores e maestros, principalmente Sy Johnson e Alan Raph, para realizar algumas de suas composições mais ambiciosas. O resultado é extraordinário. Comprei este álbum pela primeira vez aos 17 anos e logo vi que ele tinha tudo: beleza, swing, majestade e emoções que abrangem a comédia, a alegria e até o terror. Mingus me apresentou a um mundo musical de possibilidades ilimitadas. Todos os instrumentos conhecidos e desconhecidos do jazz aparecem aqui (incluindo violoncelo, trompa, fagote e uma seção inteira de baixos com arco em algumas músicas), assim como toda estratégia de vanguarda, e ainda assim tudo soa totalmente natural, com melodias e harmonias gloriosas. Tal como Welles, William Blake e muitos dos génios subestimados ou ignorados, Mingus era um verdadeiro dissidente. Ele era ao mesmo tempo progressista e conservador, intensamente comprometido em conservar a melhor música do passado, insistindo para que ela fosse ouvida, e um vanguardista. Enfim, era um artista com perfeita noção da posição em que está inserido. Temos faixas sensacionais neste disco, quase todas elas, mas nada se compara a The Shoes, na minha opinião.

Bem, naquela época não se costumava colocar a nominata de todos os músicos envolvidos, mas consegui os dos principais solistas:

Lonnie Hillyer – trumpet
Julius Watkins – French horn
Bobby Jones – tenor saxophone
Joe Wilder – trumpet
Charles McCracken – cello
Charles McPherson – alto saxophone
James Moody – tenor saxophone
Sir Roland Hanna – piano
Snooky Young – lead trumpet throughout
Dannie Richmond – drums

Charles Mingus: Let My Children Hear Music

1 “The Shoes of the Fisherman’s Wife Are Some Jive Ass Slippers” – 9:34
2 “Adagio ma Non Troppo” – 8:22
3 “Don’t Be Afraid, the Clown’s Afraid Too” – 9:26
4 “Taurus in the Arena of Life” – 4:17 (on CD reissue)
5 “Hobo Ho” – 10:07
6 “The Chill of Death” – 7:38
7 “The I of Hurricane Sue” – 10:09

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mingus: gênio absoluto

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

Maurizio Pollini faleceu hoje, dia 23 de março de 2024, aos 82 anos. Certamente, foi o pianista que mais ouvi tocar em meus 66 anos e o que maior prazer me causou. Meu pai começou tudo quando eu ainda era adolescente. Como esquecer da série de concertos de Mozart gravados por Pollini com Karl Böhm? Depois vieram seus imbatíveis Concertos para Piano de Brahms, a música moderna, as Sonatas de Schubert — sua Fantasia Wanderer… — as últimas Sonatas de Beethoven e depois a integral. E Debussy e Chopin. Eu não estou aqui para medir pianistas, mas não creio ter havido melhores do que S. Richter e Pollini. Ah, e como esquecer quando o vi em Londres? Como esquecer do discurso que minha mulher — uma muito talentosa e inteligente musicista — fez no intervalo, falando sobre como ele dava sentido a cada nota que tocava? O fato é que estou triste, apesar de termos registrados grandes momentos deste enorme artista. Jamais escreverei um RIP para ele, pois agora mesmo estou ouvindo estes CDs que ora posto. Não vou te deixar descansando, Maurizio. Esqueça.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Integral dos Concertos para Piano (Pollini / Abbado)

The Piano Concertos (Live Recordings)

Concerto For Piano And Orchestra No. 1 In C Major
1. Allegro Con Brio 17:16
2. Largo 11:13
3. Rondo. Allegro [Scherzando] 8:59

Concerto For Piano And Orchestra No. 2 In B Flat Major
1. Allegro Con Brio 13:33
2. Adagio 7:41
3. Rondo. Molto Allegro 7:31

Concerto For Piano And Orchestra No. 3 In C Minor
1. Allegro Con Brio 16:07
2. Largo 10:07
3. Rondo. Allegro 9:28

Concerto For Piano And Orchestra No. 4 In G Major
1. Allegro Moderato 17:18
2. Andante Con Moto 5:17
3. Rondo. Vivace 10:00

Concerto For Piano And Orchestra No. 5 In E Flat Major, “Emperor”
1. Allegro 20:29
2. Adagio Un Poco Moto – Attacca: 7:48
3. Rondo. Allegro 10:35

Maurizio Pollini, piano
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A luz mais constante do céu musical da minha vida se apagou. Grazie, maestro. (Karlheinz)

PQP