Josef Suk (1874-1935): Quarteto e Quinteto para Piano + 4 peças

Às vezes, a gente ainda inclui um novo compositor nas categorias do blog… Estudante de Antonín Dvořák, Josef Suk casou-se com uma de suas filhas. Foi gradualmente se afastando da influência musical de seu sogro e evoluiu para uma linguagem musical mui discretamente moderna. Compôs principalmente música sinfônica, com influências da música popular, como era típico da tradição que vem com o checo Bedřich Smetana. Ele compôs duas óperas, duas sinfonias, três poemas sinfônicos, duas aberturas e música de câmara.

E lhes digo que este é um BOM DISCO deste membro da trabalhadora família Suk, que tantos músicos deu à Boêmia. O Nash Ensemble é espetacular, principalmente para caçar esquecidas obras de câmara. Se vocês virem um disco qualquer do Nash por aí me avisem. Os caras acertam mesmo! Aliás, o primeiro CD postado no PQP Bach foi um do Nash com obras extraordinárias de Korsakov e Arensky. Aquele é um dos melhores discos que possuo!

Josef Suk (1874-1935): Quarteto e Quinteto para Piano + 4 peças

1. Piano Quartet in A minor Op. 1, I – Allegro Appassionato
2. Piano Quartet in A minor Op. 1, II – Adagio
3. Piano Quartet in A minor Op. 1, III – Allegro con Fuoco

4. Four pieces, Op. 17, I – Quasi Ballata
5. Four pieces, Op. 17, II – Appassionato
6. Four pieces, Op. 17, III – Un poco triste
7. Four pieces, Op. 17, IV – Burlesca

8. Piano Quintet in G minor Op. 8, I – Allegro energico
9. Piano Quintet in G minor Op. 8, II – Adagio: Religioso
10. Piano Quintet in G minor Op. 8, III – Scherzo: Presto
11. Piano Quintet in G minor Op. 8, IV – Allegro fuoco

The Nash Ensemble

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Astor Piazzolla (1921-1992): Tangos for Violin, Brass Quintet and Percussion

Faz dias que este CD tem divertido o pessoal lá em casa. Os belos e engenhosos arranjos de Donato De Sena para metais e percussão e a atuação do violinista Andrea Tacchi garantem a excelência do CD. Não o recomendo como uma introdução à música de Piazzolla, porém, para os iniciados no mundo do grande Piazzolla, ele certamente será adição bem-vinda a suas coleções.

Em “Las 4 estaciones Porteñas”, De Sena colocou muito, mas muito Vivaldi no violino de Tacchi enquanto o conjunto de metais segue no Piazzolla. Vale a pena ouvir o fascinante jogo de timbres contrastantes.

IM-PER-DÍ-VEL PARA OS INICIADOS EM PIAZZOLLA !!!!

Astor Piazzolla: Tangos for Violin, Brass Quintet and Percussion

1. Violentango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:04:26
2. Amelitango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:04:07
3. Tristango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:05:32

Las 4 Estaciones Portenas (The 4 Seasons in Buenos Aires) (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion)
4. No. 1. Verano Portena 00:04:57
5. No. 2. Otono Portena 00:04:30
6. No. 3. Invierno Portena 00:05:47
7. No. 4. Primavera Portena 00:04:18

8. Undertango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:04:30
9. Novitango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:03:49
10.Histoire du Tango (History of the Tango): I. Bordel 1900 (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion) 00:04:02
11.La Muerte del Angel (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion) 00:03:19
12.Meditango (arr. D. De Sena for brass quintet and percussion) 00:06:15
13.Ave Maria (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion) 00:02:42
14.Oblivion (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion) 00:03:49
15.Libertango (arr. D. De Sena for violin, brass quintet and percussion) 00:02:06

Total Playing Time: 01:04:09

Andrea Tacchi, violino
Quintetto di Ottoni e
Percussioni della Toscana

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

George Philipp Telemann (1681—1767): Darmstadt Overtures (Completas)

Os livros de Nikolaus Harnoncourt devem ser lidos por todos que queiram entender a música barroca e o classissismo. O Diálogo Musical e O Discurso dos Sons são grandes lições. Mas, se Harnoncourt escreve maravilhosamente e é um teórico de peso — sendo um dos caras que criaram a interpretação por instrumentos originais — , nem sempre acerta como regente. Não é o caso este CD duplo. Aqui, ele faz um golaço, tanto que estes CDs têm sido sistematicamente reeditados.

Apesar de muito mais popular do que Bach, Telemann foi bem menor. A distância que o separa de meu pai não é tão grande quanto o abismo que há entre Michel Teló e Chico Buarque ou entre Philip Glass e Steve Reich, contudo os dois foram muito diferentes. O humor de Bach é muito sutil, o de Telemann é escancarado; Bach compunha às pressas, porém com extremo cuidado; enquanto Telemann publicava indiscriminadamente. Sua produção foi imensa — 3000 peças — e seus biógrafos gostam de elogiar este ponto, mas… vai lá ouvir! Não dá.

Aqui temos uma das várias exceções. Nas Aberturas (ou Suítes) Darmstadt, a música flui como poucas, dando razão à popularidade do moço. E, como dissemos, Harnoncourt dá seu show.

George Philipp Telemann (1681—1767) : Darmstadt Overtures (Completas)

Disc: 1
1. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4: Overture (Grave-Allegro-Grave)
2. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4: Rondeau (Gayement)
3. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4:Les Irresoluts (a discretion)
4. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4:Les Capricieux
5. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4:Loure
6. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4:Gasconnade
7. Ov in g for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: g 4:Menuet I alternativement Menuet II

8. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Overture (Grave-Allegro-Allegro)
9. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Harlequinade
10. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Espagnol
11. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Bouree en Trompette
12. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Sommeille
13. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Rondeau
14. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: MenuetI alternativement Menuett II
15. Ov in C for 3 ob, 2 vn, va, and bass bc, TWV 55: C 6: Gigue

16. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Overture (Grave-Allegro-Grave)
17. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Menuet I alternativement Menuet II
18. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Gavotte
19. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Courante
20. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Air
21. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Loure
22. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Hornpipe
23. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Canaries
24. Ov in d for 3 ob, bn, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: d 3: Gigue

Disc: 2
1. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Overture
2. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Prld (Tres vite)
3. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Gigue
4. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Menuet I-Menuet II
5. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Harlequinade
6. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Loure
7. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Rondeau
8. Ov in D for 3 ob, 2 vn, va and bass bc, TWV 55: D 15: Rejouissance

9. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Overture
10. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Les Plaisirs
11. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Air a l’Italien
12. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Menuet l Alternativement Menuet II
13. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Rejouissance
14. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Passepied I/II
15. Ov in a for solo recorder, 2 vn, va and bc, TWV 55: a 2: Polonaise

16. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Overture
17. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Menuet I alternativement Menuett II
18. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Rondeau
19. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Sarabande
20. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Passepied
21. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Plainte
22. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Allemande
23. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Chaconne
24. Ov in f for 2 vn, va, 2 recorders and bc, TWV 55: f 1: Gigue

Vienna Concentus Musicus
Nikolaus Harnoncourt

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias de 5 a 7 / The Oceanides / Finlandia / Tapiola


O Carnaval está aí e nada melhor para celebrar do que a boa música finlandesa. Olha o Sibelius chegando aí, gente!!! Todos sabem que a Finlândia é o país do Carnaval. Muitas loiras, vikings, malemolência, vodka e cerveja para acompanhar o salmão fresco defumado, o arenque do Báltico, as ovas de lota, a carne de alce e as frutas de fevereiro da Escandinávia. A terra do Papai Noel fica linda durante o Carnaval. Gansos sobrevoam lagos congelados, ouve-se o grasnar dos grous e escuta-se ecos do choro dos curleus sobre os brancos campos. Sibelius dizia que sua 6ª Sinfonia lhe lembrava “a queda dos primeiros flocos de neve”, mas isso é uma coisa pré-carnavalesca.

Paavo Berglund é um grande regente finlandês e, como tal, está extremamente associado ao Carnaval. Morreu faz mais ou menos de 20 dias, em 25 de janeiro e foi um imenso divulgador de Shostakovich em suas passagens por Bournemouth, pela Escócia, pela Orquestra de Câmara da Europa, por Helsinque, etc. Mas seu nome grudou mesmo em Sibelius. Berglund gravou 3 vezes o ciclo completo de sinfonias e poemas sinfônicos do bardo finlandês. Berglund foi um grande carnavalesco, porém não resistiu à depressão contraída após a morte de Joãosinho Trinta.

Este álbum duplo é uma joia que você deveria baixar e ouvir neste sábado de Carnaval.

Jan Sibelius (1865-1957): Sinfonias de 5 a 7 / The Oceanides / Finlandia / Tapiola

Disc 1:
1. Symphony No. 5 in E flat major Op. 82: I. Tempo molto moderato – Allegro moderato – Presto 13:40
2. Symphony No. 5 in E flat major Op. 82: II. Andante mosso, quasi allegretto 8:00
3. Symphony No. 5 in E flat major Op. 82: III. Allegro molto – Un pochettino largamente 8:48

4. Symphony No. 6 in D minor Op. 104: I. Allegro molto moderato 8:14
5. Symphony No. 6 in D minor Op. 104: II. Allegretto moderato 5:31
6. Symphony No. 6 in D minor Op. 104: III. Poco vivace 3:55
7. Symphony No. 6 in D minor Op. 104: IV. Allegro molto 11:11

Disc 2:
1. Symphony No. 7 in C Op. 105: Adagio 7:15
2. Symphony No. 7 in C Op. 105: Un pochettino meno adagio 3:01
3. Symphony No. 7 in C Op. 105: Poco rallentando al adagio 6:48
4. Symphony No. 7 in C Op. 105: Presto – Poco a poco rallentando al adagio 4:24

5. The Oceanides Op. 73 8:38

6. Finlandia Op. 26 7:26

7. Tapiola Op. 112 14:52

Paavo Berglund
Helsinki Philharmonic Orchestra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Jan Sibelius (1865-1957): Obras para Piano

Sibelius era um romântico tardio. Um romântico tardio bem esquisito do qual gosto muito. Meu primeiro contato com suas obras para piano foi um belo e pesado disco de vinil. O pianista era Glenn Gould. Somando-se esquisitice com esquisitice o resultado era excelente. Heinonen, o pianista deste CD, mantém o clima preferido do finlandês: uma sintaxe à princípio pouco convidativa, fria, mas gentil e cheia de surpresas. Eu gosto. Não são obras para serem ouvidas apenas uma vez, elas custam a convencer, mas convencem. Sibelius foi um cara fundamental para a independência da Finlândia, que ficava ora em mãos russas, ora em suecas. Sua música teve importante papel na formação da identidade nacional finlandesa. Tudo aqui é nacionalismo, cada nota, apesar do jeitão intimista do moço.

A seleção inclui a Sonata Op. 12, importante obra do Siba, e um arranjo para piano de Finlândia, a música mais famosa daquela parte fria e escura do mundo. E o que dizer da língua maluca que eles falam?

Jan Sibelius (1865-1957): Obras para Piano

1. Five Characteristic Impressions, Op. 103 – 1. The Village Church Eero Heinonen (piano) 3:31
2. Five Characteristic Impressions, Op. 103 – 2. The Fiddler Eero Heinonen (piano) 2:28
3. Five Characteristic Impressions, Op. 103 – 3. The Oarsman Eero Heinonen (piano) 2:26
4. Five Characteristic Impressions, Op. 103 – 4. The Storm Eero Heinonen (piano) 1:42
5. Five Characteristic Impressions, Op. 103 – 5. In Mournful Mood Eero Heinonen (piano) 2:04

6. Kyllikki (Drei lyrische Stücke für Pianoforte), Op. 41 – 1. Largamente Eero Heinonen (piano) 3:10
7. Kyllikki (Drei lyrische Stücke für Pianoforte), Op. 41 – 2. Andantino Eero Heinonen (piano) 4:47
8. Kyllikki (Drei lyrische Stücke für Pianoforte), Op. 41 – 3. Commodo Eero Heinonen (piano) 3:18

9. Viisi luonnosta (Five Esquisses), Op. 114 – 1. Maisema (Landscape) Eero Heinonen (piano) 2:58
10. Viisi luonnosta (Five Esquisses), Op. 114 – 2. Talvikuvia (Winter Scene) Eero Heinonen (piano) 2:09
11. Viisi luonnosta (Five Esquisses), Op. 114 – 3. Metsälampi (Forest Lake) Eero Heinonen (piano) 1:36
12. Viisi luonnosta (Five Esquisses), Op. 114 – 4. Metsälaulu (Song in the Forest) Eero Heinonen (piano) 2:27
13. Viisi luonnosta (Five Esquisses), Op. 114 – 5. Kevätnäky (Spring in Vision) Eero Heinonen (piano) 1:34

14. Sonata in F major, Op. 12 – I Allegro molto Eero Heinonen (piano) 6:41
15. Sonata in F major, Op. 12 – II Andantino Eero Heinonen (piano) 7:01
16. Sonata in F major, Op. 12 – III Allegro pochettino moderato Eero Heinonen (piano) 4:23

17. Five pieces, Op. 85 (The Flowers) – 1. Bellis Eero Heinonen (piano) 1:42
18. Five pieces, Op. 85 (The Flowers) – 2. Œillet Eero Heinonen (piano) 2:00
19. Five pieces, Op. 85 (The Flowers) – 3. Iris Eero Heinonen (piano) 3:08
20. Five pieces, Op. 85 (The Flowers) – 4. Aquileja Eero Heinonen (piano) 2:14
21. Five pieces, Op. 85 (The Flowers) – 5. Campanula Eero Heinonen (piano) 2:13

22. Zwei Rondinos (Two Rondinos), Op. 68 – Rondino Nr. 1 in G sharp minor (gis-moll) Eero Heinonen (piano) 3:52
23. Zwei Rondinos (Two Rondinos), Op. 68 – Rondino Nr. 2 in C sharp minor (cis-moll) Eero Heinonen (piano) 1:56

24. Finlandia, Op. 26/7 (transcription by the composer) 8:56

Eero Heinonen, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

.: interlúdio :. Thelonious Monk – Underground

Vamos começar pelo que interessa:

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Thelonious Monk entrou no estúdio no fim de 1967 / início de 1968 com seu longevo quarteto — Charlie Rouse (sax tenor), Larry Gales (baixo) e Ben Riley (bateria) — para gravar um novo álbum, um álbum cheio de novidades. Nada menos que quatro composições novas foram estreadas por Monk neste disco, o último pela Columbia. Seu período na gravadora foi marcado pela baixa produção. Lá, lançou vários discos ao vivo, todos eles somente com músicas antigas, nenhuma inédita. A Columbia, em resposta, não renovou seu contrato. O quarteto desfez-se.

Acessível, belo, muito desigual em termos rítmicos — contando inclusive com a valsa Ugly Beauty. Underground, com sua incrível capa que nos dá saudades dos vinis, vai desde o blues melancólico de Easy Street, até a alegria de Green Chimneys, desde a simplicidade de Thelonious às complexidades de Boo Boo’s Birthday. Quando passamos a régua, o que sobra é um trabalho primoroso.

Thelonious Monk – Underground

1. Thelonious 3:19
2. Ugly Beauty 10:45
3. Raise Four 7:01
4. Boo Boo’s Birthday (Take 11) 5:57
5. Easy Street 7:52
6. Green Chimneys 13:11
7. In Walked Bud 6:50
8. Ugly Beauty (Take 4) 7:38
9. Boo Boo’s Birthday (Take 2) 5:36
10. Thelonious (Take 3) 3:12

Monk, piano
Larry Gales, bass
Charlie Rouse, tenor sax
Ben Riley on drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Maurice Ravel (1875-1937): Sonatas & Trio

Costumo ter cuidado com a música francesa. Evito 100% o uso da popular, trata-se de uma coisa horrível que deixa sequelas em quaisquer sensibilidades! E tenho muita parcimônia com os eruditos. Rameau, Couperin, Saint-Säens, Messiaen, Ravel… e o resto tem de ser muito bem escolhido. Este CD vem de dentro da zona de conforto. É um Ravel muito bom e muito bem interpretado pelos jovens Capuçons e pelo não menos Braley. Jamais imaginaria que as Sonatas e o Trio coubessem num só CD, mas Ravel era assim: compunha pouco e certo. Uma vez, dando uma olhada na relação de suas obras, descobri que conhecia a grande maioria. E é difícil encontrar algum equívoco do compositor andando por aí, né? O homem era mesmo talentoso e devia ter uma feroz autocrítica; apesar de francês, não lhe passava nada. Um CD consistente, muito bom.

Ravel: Sonatas & Trio

1. Piano Trio: I. Modéré 9:09
2. Piano Trio: II. Pantoum: Assez Vif 4:25
3. Piano Trio: III. Passacaille: Très Large 8:41
4. Piano Trio: IV. Finale: Animé 5:18
Renaud Capuçon/Gautier Capuçon/Frank Braley

5. Sonata For Violin And Piano: I. Allegretto 7:56
6. Sonata For Violin And Piano: II. Blues: Moderato 4:58
7. Sonata For Violin And Piano: III. Perpetuum Mobile 3:37
Renaud Capuçon/Frank Braley

8. Sonata For Violin And Cello (1920-22): I. Allegro 5:03
9. Sonata For Violin And Cello (1920-22): II. Très Vif 3:20
10. Sonata For Violin And Cello (1920-22): III. Lent 7:13
11. Sonata For Violin And Cello (1920-22): IV. Vif, Avec Entrain 5:58
Renaud Capuçon/Gautier Capuçon

12. Sonata Posthume For Violin And Piano 11:10
Renaud Capuçon/Frank Braley

Renaud Capuçon, violino
Gautier Capuçon, violoncelo
Frank Braley, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

É um espanto a Maria João Pires ou o espanto de Maria João Pires

Maria João tinha ensaiado um concerto de Mozart. Foi quando viu Riccardo Chailly fazer, junto com a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam, a introdução de outro concerto de Mozart. Totalmente perturbada, ela diz para Chailly que ia tocar o que desse ou o que lembrava. O resultado é que ela tocou todo o concerto até o final sem cometer nenhum erro. Bem, é a Maria João, mas mesmo assim é espantoso. Como lembra FM, era um concerto de meio-dia, ou seja, ensaio aberto, basta ver pelos trajes. Mas a angústia dela e a resposta artística são de arrepiar.

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonias Nº 9 e 8 com Josef Krips

Sou um grande admirador da Nona de Schubert e nunca a ouvi ser tão bem tocada como neste espantoso CD da Decca. Som perfeito, interpretação perfeita, não obstante o fato de tratarem-se de gravações dos anos 50 e 60. Tenho uma ligação especial e triste com esta música. Quando voltei do enterro de meu pai, em 1993, vitimado por um primeiro, fulminante e estarrecedor enfarto, notei que havia um CD no aparelho de som, provavelmente o último que ele ouvira. Sim, claro, a Nona de Schubert. Krips: nascido em Viena em abril de 1902, Josef Krips foi apresentado a mim por FDP Bach. Ele parece ter sido destinado aos clássicos alemães e vienenses. Krips foi um dos poucos maestros que podiam reger em 1945 em Viena, pois nunca tinha trabalhado sob o regime nazista. Foi o primeiro a conduzir a Filarmônica de Viena e o Festival de Salzburgo no período pós-guerra. De 1950 até 1954, Krips foi o maestro principal da Orquestra Sinfônica de Londres. Depois disso, entre 1963 até 1970, ele comandou a Orquestra Filarmônica de Buffalo e a Orquestra Sinfônica de São Francisco. Em 1970, ele se tornou o maestro titular da Ópera Alemã de Berlim. Entre 1970 e 1973, foi o principal maestro da Filarmônica de Viena. Krips morreu em Genebra, Suíça em 1974, aos setenta e dois anos. A Oitava com a Wiener Philharmoniker foi a última gravação de Krips para a Decca e o disco que ora postamos faz parte de uma série de cinco relançamentos dedicados à arte de Josef Krips. Se vocês procurarem as avaliações dos críticos sobre este CD vão ler os maiores, deslavados e merecidos elogios.

Locais de gravação: Kingsway Hall, Londres, maio de 1958 (Symphony No. 9); Sofiensaal, Viena, Áustria, março de 1969 (Symphony No. 8).

IM-PER-DÍ-VEL !!!!!!!!!

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonias Nº 9 e 8 com Josef Krips

Sinfonia N° 9, D. 944, A Grande
01. I. Andante – Allegro ma non troppo
02. II. Andante con moto
03. III. Scherzo (Allegro vivace)
04. IV. Allegro vivace

London Symphony Orchestra

Sinfonia Nº 8, D. 759, Inacabada
05. I. Allegro moderato
06. II. Andante con moto

Wiener Philharmoniker
Josek Krips

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

.: interlúdio :. Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble – Officium (1994)

Este disco foi uma grande novidade quando de seu lançamento lá em 1994. Um esplêndido saxofonista tocando junto com um conjunto vocal especialista na polifonia dos motetos e em canto gregoriano. Os críticos abrem as pernas para este projeto que foi repetido depois em dois outros CDs, comprovação de seu sucesso. PQP Bach acha o CD chato ao extremo, ruim mesmo. Porém, como ele está longe de ser o dono da verdade, faz questão de por na roda a fim de saber a opinião do povo pequepiano. Digam alguma coisa aê, por favor!

(Um amigo meu perguntou se isso não seria uma espécie de Kenny G gregoriano…).

Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble – Officium (1994)

01. “Parce mihi domine” (Christóbal de Morales) – 6:42
02. “Primo tempore” (Anonymous) – 8:03
03. “Sanctus” (Anonymous) – 4:44
04. “Regnanten Sempiterna” (Anonymous) – 5:36
05. “O Salutaris Hostia” (Pierre de La Rue) – 4:34
06. “Procedentem sponsum” (Anonymous) – 2:50
07. “Pulcherrima rosa” (Anonymous) – 6:55
08. “Parce mihi domine” (de Morales) – 5:35
09. “Beata viscera” (Magister Perotinus) – 6:34
10. “De spineto nata rosa” (Anonymous) – 2:30
11. “Credo” (Anonymous) – 2:06
12. “Ave maris stella” (Guillaume Dufay) – 4:14
13. “Virgo flagellatur” (Anonymous) – 5:19
14. “Oratio Ieremiae” (Anonymous) – 5:00
15. “Parce mihi domine” (de Morales) – 6:52

The Hilliard Ensemble:
David James – countertenor
Rogers Covey-Crump – tenor
John Potter – tenor
Gordon Jones – baritone

Jan Garbarek – soprano and tenor saxophones

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Handel, Schütz, J.S. Bach, Purcell, Vivaldi: The Art of Countertenor, com Michael Chance

Mais uma leva de discos imperdíveis… Esqueça Deller e outras velharias, fique com Scholl, Jacobs e com este maravilhoso contratenor Michael Chance. Este é um baita disco duplo da Archiv com alguns dos melhores trabalhos de Chance no selo. O primeiro CD é formado por árias esparsas do barroco alemão. Tudo ali já perfeito, mas a verdadeira festa está no segundo: ali encontram-se algumas peças de Purcell e três obras completas de Vivaldi: “Nisi Dominus”, “Stabat Mater” e “Salve Regina”. Olha, ouça e depois me diga se Chance não é um menino batuta.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Handel, Schütz, J.S. Bach, Purcell, Vivaldi:
The Art of Countertenor, com Michael Chance

1. Handel – Semele – Aria- -Hymen, Haste, They Torch Prepare-
2. Handel – Semele – Aria- -Your Tuneful Voice My Tale Would Tell-
3. Handel – Semele – Aria- -Despair No More Shall Wound Me-
4. Handel – Messiah – Aria- -But Who May Abide The Day Of His Coming-
5. Handel – Messiah – Aria- -Thou Art Gone Up On High-

6. Schütz – -Auf Dem Gebirge Hat Man Ein Geschrei GehÖRet-

7. Bach, J.S. – Mass In B-Minor- 10. Aria -Qui Sedes Ad Dexteram Patris-
8. Bach, J.S. – Mass In B-Minor- 26. Aria -Agnus Dei-
9. Bach, J.S. – St. Matthew Passion- 39. Aria -Erbarme Dic, Mein Gott-
10. Bach, J.S. – St. Matthew Passion- 60. Aria -Sehet, Jesus Hat Die Hand-, Chorus- -Wohin–
11. Bach, J.S. – St. John Passion- 7. Aria -Von Den Stricken Meiner SÜNden-
12. Bach, J.S. – St. John Passion- 30. Aria -Es Ist Vollbracht-
13. Bach, J.S. – Herz Und Mund Und Tat Und Leben- 3. Aria -SchÄMe Dich, O Seele, Nicht-
14. Bach, J.S. – Lass Fürstin, Lass Noch Einen Strahl- 5. Aria -Wie Sarb Die Heldin So VergnÜGt-
15. Bach, J.S. – Actus Tragicus- 3a. Arioso -In Deine HÄNde Befehl Ich Meinen Geist-

16. Henry Purcell – Sound The Trumpet, Beat The Drum (Welcome Ode For James II), For 2 Altos, Tenors, Basses, Chorus, Strings & Continuo, Z. 335
17. Purcell – Of Old When Heroes Thought It Base (Yorkshire Feast Song), Ode For Soloists, Chorus & Instruments, Z. 333
18. Purcell – Of Old . . . – -Sound, Trumpets, Sound

Antonio Vivaldi – Nisi Dominus (Psalm 126), For Voice, Viola D’amore, Strings & Continuo In G Minor, RV 608
19. Vivaldi – Nisi Dominus- Nisi Dominus (Allegro)
20. Vanum Est Vobis (Largo)
21. Surgite (Presto-Adagio)
22. Cum Dederit (Largo-Andante)
23. Sicut Sagittae ({Resto-Allegro)
24. Beatus Vir (Andante)
25. Gloria Patri (Larghetto)
26. Sicut Erat In Principio
27. Amen (Allegro)

Antonio Vivaldi – Stabat Mater, Hymn For Voice, Strings & Continuo In F Minor, RV 621
28. Vivaldi – Stabat Mater-Stabat Mater (Largo)
29. Suius Animam (Adagissimo)
30. O Quam Tristis (Andante)
31. Quis Est Homo (Largo)
32. Quis Non Posset (Adagissimo)
33. Pro Peccatis (Andante)
34. Eja Mater (Largo)
35. Fac T Ardeat (Lento)
36. Amen (Allegro)

Antonio Vivaldi – Salve Regina, Antiphon For Voice, Double Chorus, 2 Recorders, Flute, Double Strings & Continuo In C Minor, RV 616
37. Salve Regina- Salve Regina (Andante)
38. Ad Te Clamamus (Allegro)
39. Ad Te Suspiramus (Larghetto)
40. Eja Ergo (Allegro)
41. Et Jesum (Andante Molto)
42. O Clemens (Andante)

Michael Chance, contratenor
English Chamber Orchestra, John Nelson
The English Concert, Trevor Pinnock
His Majesties Sagbutts and Cornetts, English Baroque Soloists, Monteverdi Choir, John Eliot Gardiner
+ Timothy Wilson + Ashley Stafford

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

German Baroque Cantatas Vols 1, 2 e 3

Bem, este aqui é um trio de CDs da gravadora Ricercar. O grupo que interpreta as obras é o Ricercar Consort. Deve ser a gravadora do grupo, não? Pois os CDs, lançados em 1992, sumiram. Talvez tenham sido relançados por outra gravadora; afinal, o Ricercar ainda anda por aí fazendo música, mas, enfim, tenho pouca informação a respeito da coleção original. Algum de vocês sabe, claro, e vai colocar tudo faixa por faixa nos comentários, não?

Mas ouvi atentamente à música. É muito boa. Trata-se de cantatas compostas na fase pré-Bach naquilo que hoje entendemos por Alemanha. Não são obras pra cima, são sacras sacras. Muitíssimo bem interpretadas, são para os efetivamente tarados pelo barroco, não para os outros.

German Baroque Cantatas Vols 1, 2 e 3

101 Franz Tunder_ Salve mi Jesu.mp3
102 Dietrich Buxtehude_ Wenn ich, Herr Jesu, habe dich.mp3
103 Dietrich Buxtehude_ Jesu, meine Freud und Lust.mp3
104 Heinrich Schutz_ Erbarm dich mein, o Herre Gott.mp3
105 Christoph Bernard_ Was betr?bst du dich, meine Seele.mp3
106 Johann Philipp Krieger_ O Jesu, du mein Leben.mp3
107 Johann Philipp Ahle_ Jesu dulcis memoria.mp3
108 Johann Philipp Ahle_ Gehe aus auf die Landstrassen.mp3
109 Leopoldus I_ Regina Coeli.mp3
201 Herr ich lasse dich nicth.mp3
202 Dialogus inter Christum et fidelem animan.mp3
203 Nichts soll uns scheiden von der Liebe Gotter.mp3
204 Ich halte es dafür.mp3
205 Ich suchte des Nachts.mp3
206 Das neugeborne Kindelein.mp3
301 Johann-Hermann Schein_ Christ, unser Herr, zum Jordan kam (Opella Nova, 1618).mp3
302 Johann-Hermann Schein_ O Jesu Christe, Gottes Sohn (Opella Nova, 1618).mp3
303 Franz Tunder_ An Wasserfl?ssen Babylon.mp3
304 Franz Tunder_ Ach Herr, lass deine lieben Engelein.mp3
305 Frans Tunder_ Wachet auf! ruft uns die Stimme.mp3
306 Anonyme_ Es ist g’nug.mp3
307 Dietrich Buxtehude_ Laudate pueri, Dominium.mp3
308 Dietrich Buxtehude_ Klag-Lied.mp3
309 Dietrich Buxtehude_ Gen Himmel zu dem Vater mein.mp3
310 Dietrich Buxtehude_ Singet dem Herrn.mp3

Ricercar Consort
Henri Ledroit

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies Nos. 4 – 9 ("The War Symphonies") — 5 CDs

Já postamos tantas e tantas versões das sinfonias de Shosta que nem vale a pena escrever novamente a respeito. Esta coleção de Gergiev é realmente muito boa. Trata-se da nova estrela da regência russa. O homem é um monstro e merece a audição.

Sim, vai receber o selo de qualidade:

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies Nos. 4 – 9 (“The War Symphonies”) — 5 CDs

CD 1:
1. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 1. Allegro poco moderato 16:06
2. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 2. Presto 12:54
3. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 3. Moderato con moto 8:02
4. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 4a. Largo – 6:23
5. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 4b. Allegro 13:24
6. Symphony No.4 in C minor, Op.43 – 4c. Allegro 7:26

CD 2:
1. Symphony No.5 in D, Op.47 – 1. Moderato 16:26
2. Symphony No.5 in D, Op.47 – 2. Allegretto 5:13
3. Symphony No.5 in D, Op.47 – 3. Largo 14:45
4. Symphony No.5 in D, Op.47 – 4. Allegro non troppo 11:37

CD 3:
1. Symphony No.6 in B minor, Op.54 – 1. Largo 18:53
2. Symphony No.6 in B minor, Op.54 – 2. Allegro 6:47
3. Symphony No.6 in B minor, Op.54 – 3. Presto 6:40
4. Symphony No.9 in E flat, Op.70 – 1. Allegro 5:54
5. Symphony No.9 in E flat, Op.70 – 2. Moderato 6:48
6. Symphony No.9 in E flat, Op.70 – 3. Presto – 4:15
7. Symphony No.9 in E flat, Op.70 – 4. Largo – 2:16
8. Symphony No.9 in E flat, Op.70 – 5. Allegretto 6:31

CD 4:
1. Symphony No.7, Op.60 – “Leningrad” – 1. Allegretto 27:35
2. Symphony No.7, Op.60 – “Leningrad” – 2. Moderato (poco allegretto) 13:12
3. Symphony No.7, Op.60 – “Leningrad” – 3. Adagio 18:02
4. Symphony No.7, Op.60 – “Leningrad” – 4. Allegro non troppo 20:05

CD 5:
1. Symphony No.8 in C minor, Op.65 – 1. Adagio 25:37
2. Symphony No.8 in C minor, Op.65 – 2. Allegretto 5:58
3. Symphony No.8 in C minor, Op.65 – 3. Allegro non troppo 6:13
4. Symphony No.8 in C minor, Op.65 – 4. Largo 10:49
5. Symphony No.8 in C minor, Op.65 – 5. Allegretto 14:41

Mariinsky (Kirov) Theater Orchestra
Rotterdam Philharmonic Orchestra
Valery Gergiev

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

.: interlúdio :. Pan-African Orchestra — Opus 1

A esmagadora maioria de vocês nunca ouviu algo parecido com isso. Quem me trouxe o CD e me obrigou a ouvir foi meu filho — e estou agradecido a ele. A Pan-African Orchestra combina música tradicional africana com música moderna. Trata-se de um projeto incomum, ambicioso e altamente profano, como tudo o que é realmente bom e saudável. A ausência de deus é Maravilhosa. O objetivo é o de fazer a integração musical de várias tradições musicais africanas em uma (tentativa de) síntese, ou seja, de criar um sistema verdadeiramente africano de música sinfônica. Reunido em Danso Abiam (Gana), o grupo foi altamente combatido no continente, porque não apenas agrupa sonoridades que tradicionalmente não se misturam na música africana (como combinações entre flautas e xilofones, por exemplo), mas também por utilizar instrumentos usados ​​apenas para fins ritualísticos. Não obstante toda a controvérsia e discussão gerada pelo grupo, Opus I é um disco espetacular que capta o parte do espírito musical e humano do continente Africano. Vale a pena. É uma música nova. Embriague-se.

IM-PER-DÍ-VEL PARA QUEM GOSTA DE SABORES FORTES.

Pan-African Orchestra — Opus 1

1 Wia Concerto No.1 (First Movement – in Four Parts)
2 Yaa Yaa Kol
3 Mmenson
4 Explorations – Hi-Life Structures
5 Akan Drumming
6 Sisala Sebrew
7 Explorations – Ewe 6,8 Rhythms
8 Box Dream
9 Adawura Kasa

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

.: interlúdio :. Thelonious Monk – San Francisco Holiday (1958-61)

San Francisco Holiday é uma seleção de quatro apresentações ao vivo entre 1958 e 1961, período em que Monk estava at his absolute best. São 69 minutos da mais plena satisfação jazzística.

Antes disponíveis apenas em caixas de integrais, as faixas deste disco foram resgatadas de quatro diferentes concertos: de um show de 1959 no New York City’s Town Hall, com performances de três peças bastante conhecidas: “Em Walked Bud”, “Blue Monk” e “Rhythm-a Ning” (com um tremendo solo de Charlie Rouse). Art Blakey se junta ao grupo em “Bye-Ya/Epistrophy” em gravação de 1958 no NY’s Five Spot. De 1960, num concerto em São Francisco e já com Harold Land no sax e Joe Gordon no trompete, temos “San Francisco Holiday” e “Four In One”. E de Paris, em registro de 1961, temos “Jackie-ing” e a versão full-length de “Epistrophy”.

É Monk, né? O pianista de “poucos dedos” dá um banho nestes registros como deve ser: ao vivo.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Bom fim de semana a todos!

Thelonious Monk – San Francisco Holiday (1958-61)

01. In Walked Bud
02. Blue Monk
03. Rhythm-a-ning
04. Medley: Bye-Ya / Epistrophy
05. San Francisco Holiday (Worry Later) [Take 2]
06. Four In One (Take 1)
07. Epistrophy
08. Jackie-ing
09. April In Paris
10. Epistrophy

Thelonious Monk (piano)
Charlie Rouse, Johnny Griffin, Harold Land (tenor saxophones)
Joe Gordon (trumpet)
Sam Jones, Ahmed Abdul-malik, John Ore (bass)
Art Blakey, Frankie Dunlop, Billy Higgins, Art Taylor (drums)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Carl Nielsen (1865-1931): Symphony Nº 5, Concertos, Wind Quintet

A Sinfonia Nº 5 de Nielsen é absurdamente bela. O Quinteto de Sopros é algo que me deixa feliz e os 3 Concertos de Nielsen — são só três — são também esplêndidos, com ligeira preferência minha pelo para violino. A regência da Sinfonia e do Concerto para Violino é de Kubelik… Então dizer o quê? Que desejo um bom sábado para vocês? Sim, também. Uma vez disse que os escandinavos, muito organizados, parecem ter acertado que cada país teria seu compositor importante na música erudita. A Noruega ficou com Grieg, a Suécia com Berwald, a Finlândia com Sibelius e a Dinamarca com Nielsen. E, putz, Nielsen é desprezadíssimo. Que injustiça.

A 5ª Sinfonia pertence a outro mundo. Escrita entre 1921 e 1922 mostra o mundo e a linguagem musical desintegrando-se. Homem de seu tempo, Nielsen provocou irritação, principalmente pelo trecho onde indica que a percussão deve fazer barulho sem especificar de que tipo… Ou melhor, Nielsen simplesmente instrui a percussão a tentar parar a progressão da música a qualquer custo, sem explicar o que deviam fazer para isso… Na gravação de Kubelik, a coisa até que vai calma, mas tenho outra em CD de uns bagunceiros escoceses acostumados à brigas de rua e aos quebra-quebra habituais dos bêbados, onde esforços maiores são feitos (Royal Scottish National Orchestra / Bryden Thomson, aqui, aqui e aqui). O originalíssimo primeiro movimento divide-se em 2 partes e 3 planos tonais; o ritmo é monótono, depois torna-se militaresco e até aterrorizante, ainda mais quando os percussionistas decidem acabar com a música. Vale a pena conhecer por inteiro esta obra curiosíssima e ultraclara em sua determinação de mostrar o ambiente político que se criava.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Carl Nielsen (1865-1931): Symphony Nº 5, Concertos, Wind Quintet

CD1
1. Symphony No.5, Op.50 – I. Tempo Giusto 11:41
2. Symphony No.5, Op.50 – Adagio Non Troppo 9:46
3. Symphony No.5, Op.50 – II. Allegro 6:21
4. Symphony No.5, Op.50 – Presto 3:14
5. Symphony No.5, Op.50 – Andante Poco Tranquillo 4:21
6. Symphony No.5, Op.50 – Allegro 3:21

Danish Radio Symphony Orchestra
Rafael Kubelik

7. Violin Concerto, Op. 33 – I. Praeludium – Largo 6:33
8. Violin Concerto, Op. 33 – II. Allegro Cavalleresco 12:49
9. Violin Concerto, Op. 33 – III. Poco Adagio 6:53
10. Violin Concerto, Op. 33 – IV. Rondo_ Allegretto Scherzando 11:05

Arve Tellefsen, violin
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

CD 2
1. Flute Concerto – I – Allegro moderato 11:28
2. Flute Concerto – II – Allegretto 7:44

Frantz Lemmser, flute
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

3. Clarinet Concerto, Op 57: Allegretto un poco – Poco adagio – Allegro non troppo – Adagio – Allegro vivace 25:46

Kjell-Inge Stevensson, clarinet
Danish Radio Symphony Orchestra
Herbert Blomstedt

4. Wind Quintet in A major, Op.43: I Allegro ben moderato 8:20
5. Wind Quintet in A major, Op.43: II Menuet 4:37
6. Wind Quintet in A major, Op.43: III Praeludium (Adagio) – Tema con variazioni (Un poco andantino) 10:59

Melos Ensemble

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Complete Cello Sonatas

Talvez o Raphael Cello fosse postar isso aqui, mas como sou sacana mesmo, posto antes. E pela segunda vez. O filminho promocional abaixo não faz justiça ao excelente CD duplo de Ophélie Gaillard e do Pulcinella que coloco em um só arquivo. Vivaldi costuma surpreender, principalmente fora do âmbito dos concertos. O padreco escrevia música com extrema facilidade, porém muitas vezes só ligava o piloto automático sem maior atenção. Porém, quando o desligava e punha todo seu talento a trabalhar, melhor sair da frente. Chegaram a nós apenas nove sonatas para violoncelo de Vivaldi. Os musicólogos dizem que havia outras tantas. Há também dúvidas quanto à autenticidade da sexta. Olha, eu gostei muito deste CD. Tem um espírito italiano, é consistente e é muito bem gravado.

Vocês sabem que a sonata indica uma composição para ser tocada. Seria uma oposição àquilo que seria para cantar (a cantata). Então, um dos méritos adicionais do grande Padre Vermelho e Tarado é esta perfeita adaptação tanto à música vocal — foi um operista de mão cheia — quanto à instrumental.

Antonio Vivaldi – Complete Cello Sonatas

1. Sonate n°3 en La mineur – Largo 4:21
2. Sonate n°3 en La mineur – Allegro 3:09
3. Sonate n°3 en La mineur – Largo 4:13
4. Sonate n°3 en La mineur – Allegro 3:03

5. Sonate n°5 en Mi mineur – Largo 3:11
6. Sonate n°5 en Mi mineur – Allegro 2:46
7. Sonate n°5 en Mi mineur – Largo 3:38
8. Sonate n°5 en Mi mineur – Allegro 2:06

9. Sonate n°9 en Sol mineur – Preludio largo 4:30
10. Sonate n°9 en Sol mineur – Allemanda andante 3:43
11. Sonate n°9 en Sol mineur – Sarabanda largo 4:55
12. Sonate n°9 en Sol mineur – Gigue allegro 2:14

13. Sonate n°2 en Fa majeur – Largo 3:03
14. Sonate n°2 en Fa majeur – Allegro 2:23
15. Sonate n°2 en Fa majeur – Largo 3:34
16. Sonate n°2 en Fa majeur – Allegro 2:33

17. Sonate n°7 en La mineur – Largo 2:14
18. Sonate n°7 en La mineur – Allegro poco 2:25
19. Sonate n°7 en La mineur – Largo 3:30
20. Sonate n°7 en La mineur – Allegro 2:27

Disc 2:

1. Sonate n°6 en Si bémol majeur – Preludio largo 2:24
2. Sonate n°6 en Si bémol majeur – Allemanda allegro 2:27
3. Sonate n°6 en Si bémol majeur – Largo 2:48
4. Sonate n°6 en Si bémol majeur – Allegro corrente 2:36

5. Sonate n°4 en Si bémol majeur – Largo 4:05
6. Sonate n°4 en Si bémol majeur – Allegro 2:33
7. Sonate n°4 en Si bémol majeur – Largo 4:49
8. Sonate n°4 en Si bémol majeur – Allegro 3:10

9. Sonate n°1 en Si bémol majeur – Largo 3:32
10. Sonate n°1 en Si bémol majeur – Allegro 3:08
11. Sonate n°1 en Si bémol majeur – Largo 3:21
12. Sonate n°1 en Si bémol majeur – Allegro 2:08

13. Sonate n°8 en Mi bémol majeur – Larguetto 4:05
14. Sonate n°8 en Mi bémol majeur – Allegro 2:44
15. Sonate n°8 en Mi bémol majeur – Andante 2:39
16. Sonate n°8 en Mi bémol majeur – Allegro 2:52

Ophélie Gaillard
Ensemble Pulcinella

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies Nos. 1 & 15 (com Gergiev)

A Sinfonia Nº 1 de Shosta foi escrita como um trabalho de aula para o Conservatório. Até hoje ouvimos este tremendo tema para casa. Mas vou contar uma coisa para vocês: olhando e revendo a totalidade delas, revirando e ouvindo tudo de novo, a Sinfonia Nº 15 — a última — é para mim a melhor de todas. É uma síntese. Não é tão profunda quando a 10ª ou a 6ª, não é tão clara em suas intenções quanto a 11ª, nem é tão literária e humana quanto a 13ª. Tem bom humor, sarcasmo, tristeza, desespero. Tem Rossini e Wagner. É uma sinfonia, mas sua estrutura tem tantos solos que talvez merecesse o apelido de Sinfonia Concertante. E não tem nenhum momento onde a qualidade ou o estilo faça meu interesse diminuir. Fico todo o tempo tenso, atento, meio que torcendo pela orquestra fazer tudo direitinho. E é uma espécie de despedida feita ao som de uma jocosa percussão. E olhem que não havia antidepressivos para o torturado Shostakovich, havia apenas um enorme artista fazendo renascer seu sarcasmo da juventude. Adoro!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies Nos. 1 & 15

1. Symphony No. 1: I. Allegretto 8:52
2. Symphony No. 1: II. Allegro 4:40
3. Symphony No. 1: III. Lento – Largo 8:45
4. Symphony No. 1: IV. Allegro molto – Lento – Adagio – Presto 9:35

5. Symphony No. 15: I. Allegretto 8:18
6. Symphony No. 15: II. Adagio 14:59
7. Symphony No. 15: III. Allegretto 4:04
8. Symphony No. 15: IV. Adagio – Allegretto 16:36

Mariinsky Orchestra
Valery Gergiev

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Concertos para Violoncelo com… não sei

Eu ia postar aqui os dois CDs de Amy Winehouse. São bons demais, mas pode ser perigoso. Poucos sites têm. Os donos dos direitos poderiam ficar nervoso.

O fato é que nem imagino quem participa desta maravilhosa gravação dos Concertos para Violoncelo de Shostakovich. Eu suponho que seja resultado da fantástica parceria entre Mstislav Rostropovich e Seiji Ozawa, mas não posso jurar pelo que sussurram meus ouvidos.

Por falar em parceria, Rostrô e Shosta foram colaboradores nestes dois extraordinários concertos. Shosta escrevia uma parte e ia visitar Rostrô a fim de testá-la. O violoncelista era um dos poucos amigos na fase final depressiva e desesperada de Shosta. Os dois concertos são dedicados a Mstislav Rostropovich. Dois grandes homens, dois grandes humanistas, dois grandes concertos.

Já disse, chuto ouvir Mstislav Rostropovich e Seiji Ozawa neste extraordinário registro que ora vos posto.

(Acabo de ouvir mais uma vez e o segundo concerto não me paraceu ser Ozawa. Talvez nem Rostrô. Bem, se alguém puder me dizer quem é, diga).

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Shostakovich — Concertos para Violoncelo com…

Cello Concerto No. 1 Op. 107
1. Allegretto
2. Moderato
3. Cadenza
4. Allegro con moto

Cello Concerto No. 2 Op. 126
5. Largo
6. Allegretto
7. Allegretto

?, violocenlo
?, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

.: interlúdio :. Paul Bley / Evan Parker / Barre Phillips: Sankt Gerold

Free jazz não é para todo mundo. Há pessoas que se irritam com ele, porém, guardadas as proporções, sinto-o análogo a uma abordagem à Guimarâes Rosa. As primeiras páginas são difíceis de entender, mas, depois que a coisa se acomoda, vale a pena. Lembrem que eu escrevi “guardadas as proporções”. Na Variação 3, eu já começo a achar este Sankt Gerold bem normal e começo a gostar da coisa. Bley tem a reputação, dentro do jazz moderno, de ser um pianista e compositor excessivamente cerebral mas suficientemente incompreensível. Já o inglês Evan Parker é um dos expoentes mais obstinados do atonalismo selvagem, deixando em sérios apuros aqueles que buscam “melodia”. Ele parece querer derrubar a melodia assim como toda a habitual sintaxe do jazz.

Bley — ou o ambiente monástico da ECM — parecem ter acalmado um pouco a selvageria de Parker, mas mesmo assim ele traz boa quantidade emocional ao trabalho de Bley. Barre Phillips completa o trio vanguardista de forma quase poética. As contribuições de Parker são os mais exigentes. É difícil não se maravilhar com sua técnica e com a enorme variedade de sons que ele verte quase ao mesmo tempo. As Variações 3, 6, 7, 9 e 10 são as minhas favoritas. O estranho mesmo é que, se Phillips e Parker são os mais impressionantes, é Bley quem fica em nossa mente por mais tempo.

Paul Bley / Evan Parker / Barre Phillips: Sankt Gerold

Variation 1 10:18 Phillips, Parker, Bley
Variation 2 7:12 Phillips, Parker, Bley
Variation 3 2:56 Phillips
Variation 4 1:59 Parker
Variation 5 6:20 Phillips, Parker, Bley
Variation 6 3:56 Bley
Variation 7 7:13 Phillips
Variation 8 8:14 Phillips, Parker, Bley
Variation 9 7:03 Bley
Variation 10 5:22 Parker
Variation 11 4:49 Phillips, Parker, Bley
Variation 12 1:29 Parker

Barre Phillips, Double Bass
Paul Bley, Piano
Evan Parker, Soprano & Tenor Saxophones

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Canções e Valsas (coisa rara)

Este é um CD do mais alto nível que foi lançado no ano do centenário de nascimento de Shosta. Thomas Sanderling juntou-se ao famoso barítono russo Sergei Leiferkus para um emocionante levantamento das canções de Shostakovich, algumas das quais foram orquestradas exclusivamente para as celebrações de 2006 e apresentadas neste CD em estreia mundial. A coleção concentra-se no amor de Shostakovich pelos textos satíricos. Completando o disco, Sanderling gravou oito Valsas para orquestra — um outro conjunto de raridades. Para quem gosta de Shosta como eu, diria que este CD é um grande presente após dias e dias de chuva sobre Porto Alegre. Não aguento mais. A chuva e a incompetência do comentarista Falcão no comando do meu time deprimem qualquer um, mas este CD me fez sorrir e esquecer. Falcão, volta pra Globo, pelamor! O Galvão Bueno está com saudades!

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Canções e Valsas (coisa rara)

Four Verses of Captain Lebyadkin, Op. 146
1 Love of Captain Lebyadkin
2 Cockroach
3 Ball for the Benefit of Governesses
4 Radiant Personality
Satires (Pictures of the Past), Op. 109
5 To A Critic
6 Awakening of Spring
7 Descendants
8 Misunderstanding
9 Kreutzer Sonata
Five Romances on Words from “Krokodil” Magazine, Op. 121
10 First-hand Evidence ,
11 Tricky Request
12 Discretion
13 Irinka and the Shepherd
14 Extreme Delight
15 Preface to the Complete Edtion of My Works and a Brief Reflection Apropos This Preface, Op. 123
Eight Waltzes from film music
16 Waltz from the music to the film “Maxim’s Return” Op. 45
17 Waltz from the music to the film “Golden Mountains” Op. 30
18 Waltz from the music to the film “Michurin” Op. 78
19 Waltz from the music to the film “Pirogov” Op. 76
20 Waltz from the music to the film “The Gadfly” Op. 97
21 Waltz from the music to the film “The First Echelon” Op. 99
22 Waltz from the music to the film “Unity” (Song of the Great Rivers)Op. 95
23 Waltz from the incidental music to the play “The Human Comedy” Op. 37

Sergei Leiferkus, baixo-barítono
Russian Philharmonic Orchestra
Thomas Sanderling

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP

.: interlúdio :. Pat Metheny – Zero Tolerance for Silence (1992)

Se você não suporta o free jazz, a Segunda Escola de Viena e as liberalidades de uma forma geral, fuja deste disco. Não se engane, o brilhantíssimo guitarrista Pat Metheny tem outra criatura dentro dele, mas não como você, leitor que sexualiza tudo, pensou. Há Dr. Jeckyll: o Metheny doce, melódico, brando, que poderia criar um trabalho com o titulo de Zero Tolerance for Noise; e Mr. Hyde: o parceiro de Ornette Coleman de Song X e autor deste agressivíssimo Zero Tolerance for Silence.

“A gravação mais radical da década…”. “Um novo marco na música para guitarra elétrica…”. “O instrumento queima, voa, são fragmentos retorcidos da imaginação de um incendiário mestre do imprevisível, um desafio para aqueles que se aventuram…”. Estes foram alguns trechos escritos para Zero Tolerance for Silence pelo guitarrista do Sonic Youth, Thurston Moore, em sua crítica. E é difícil expressar melhor a sensação — porque trata-se disso, de sensação — de ouvi-lo.

Em dezembro de 1992, Pat entrou no New York Power Station armado apenas com uma guitarra elétrica, pôs nela toda a distorção possível e gravou as cinco partes que compõem este disco absolutamente selvagem. Nele, o caos impera de forma especialmente arbitrária: são acordes quebrados, métricas inviáveis, conversas entre duas guitarras que lembram Frank Zappa — mas sem suas confusas influências eruditas, porque aquilo são apenas influências — , escalas inexistentes e todo o arsenal que você pode imaginar para um processo rigoroso de desconstrução que deixaria o free jazz tonto. Muitos, virando-lhe as costas, chamariam o CD de vanguardista ou o acusaria de ter apenas ruído como conteúdo, mas, desculpem, o fato é que há uma lógica estrutural nesta estranha suíte. A “situação” da primeira parte (18 minutos) torna-se logo depois mais agradável e melódica — de uma forma canhestra pra caralho — na parte 2, trazendo de volta lembranças de uma outra composição, “Parallel Realities” (com Jack DeJohnette, 1990), não ortodoxa. Neste mundo cheio de referências é dífícil ser totalmente original e os acordes de Metheny passam a lembrar Jimi Hendrix. Depois, o tema cerne do CD está agonizando e as notas se parecem com o movimento das garras de um animal morrendo… A parte 4 recebe um toque decididamente roqueiro reforçado pela presença de um terceira guitarra largando seus acordes em meio ao desarticulado diálogo dos dois principais instrumentos.

Um CD absolutamente radical, indicado apenas àquelas pessoas que não nada de varizes e conservadorismo em seus ouvidos.

IM-PER-DÍ-VEL, mas, repito, só para radicais !!!

Pat Metheny – Zero Tolerance for Silence (1992)

1. Part 1
2. Part 2
3. Part 3
4. Part 4
5. Part 5

Pat Metheny, guitarras

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Le Passioni dell'Uomo / Concertos para Violino

Esplêndido CD duplo da Deutsche Harmonia Mundi! Todos nós conhecemos e caracterizamos Totonho por seus concertos. Dos 241 concertos para violino que compôs, muitos deles têm títulos programáticos. O violinista barroco italiano Enrico Casazza, selecionou seis concertos cujos nomes referem-se às paixões humanas (L’Amoroso ou L’Inquietudine). O CD bônus inclui quatro concertos inicialmente compostos para outros instrumentos que não o violino. Estes trabalhos foram arranjados para violino e orquestra de cordas por Pablo Queipo de Llano. A orquestra de nome modestíssimo — La Magnifica Comunità — é, tá bom, bem boa mesmo.

Vivaldi (1678-1741): Le Passioni dell’Uomo / Concertos para Violino

Disco 1

01/03. Concerto for Violin in E minor, RV 277 “Il Favorito”
04/06. Concerto for Violin in D major, RV 234 “L’Inquietudine”
07/09. Concerto for Violin in E major, RV 271 “L’Amoroso”
10/12. Concerto for Violin in C minor, RV 199 “Il Sospetto”
13/15. Concerto for Violin in B minor, RV 387 “Per Signora Anna Maria”
16/18. Concerto for Violin in C minor, RV 761 “Amato bene”

Disco 2

01/03. Concerto for Violin in B minor, RV 378R
04/06. Concerto for Violin in G minor, RV 320
07/09. Concerto for Violin in B flat major, RV 432R (originally for Flute)
10/12. Concerto for Violin in G minor, RV 322 (reconstructed)

Enrico Casazza, Violino e regência
La Magnifica Comunità

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (RapidShare)

PQP