Modest Mussorgsky (1839 – 1881) e outros compositores – Quadros de uma Exposição e outras peças

Tecnicamente, há muitos erros neste famoso “Recital de Sofia (1958)”, a cargo do imenso pianista soviético Sviatoslav Richter. Mas é difícil criticar suas interpretações. Não sou um grande entusiasta das gravações históricas – nasci ouvindo a Rádio da UFRGS tocar Villa-Lobos por Villa-Lobos, Bartók por Bartók, Rachmaninov por Rachmaninov, além das interpretações de grandes personagens como o péssimo Pablo Casals, grande e importante personalidade espanhola, sempre desafinado e fora do tempo ao violoncelo – e sempre detestei aqueles chiados e a desafinação de alguns autores ou intérpretes do passado. Mas, sabem, como não sou coerente mesmo, adoro este recital com erros e som apenas regular. Com S. Richter, passo a gostar até dos tossidos da platéia búlgara… É que ele interpreta, seu piano canta de verdade… e eu me desmilinguo….

P.Q.P. Bach.

The Sofia Recital, 1958

Pictures at an Exhibition, for piano

1. Promenade. Allegro giusto, nel modo rustico, senza allegrezza, ma poco sostenuto – attacca
2. Gnomus.Sempre vivo
3. Promenade.Moderato commodo assai e con delicatezza – attacca
4. The Old Castle
5. Promenade
6. The Tuileries Gardens.Allegretto non troppo troppo,capriccioso
7. Bydlo.Sempre moderato,pesante
8. Promenade.Tranquillo – attacca
9. Ballet of the Chickens in Their Shells
10. Samuel Goldenberg and Schmuyle. Andante. Grave-energico – Andantino
11. Promenade. Allegro giusto,nel modo russico, poco sostenuto – attacca
12. The Market-place at Limoges.Allegretto vivo,sempre scherzando – attacca
13. The Catacombs (Sepulchrum romanum)
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. The Hut on Fowl’s Legs (Baba-Yaga).Allegro con brio,feroce – Andante mosso – Allegro molto – attacca
16. The Great Gate of Kiev.Allegro alla breve.Maestoso.Con grandezza
Composed by Modest Mussorgsky
with Sviatoslav Teofilovich Richter

17. Moment musical for piano in C major, D. 780/1 (Op. 94/1) No.1 in C (Moderato)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

18. Impromptu for piano in E flat major, D. 899/2 (Op. 90/2)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

19. Impromptu for piano in A flat major, D. 899/4 (Op. 90/4)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

20. Etude for piano No. 3 in E major (“Tristesse” / “L’intimité”) Op. 10/3, B. 74
Composed by Fryderyk Chopin
with Sviatoslav Teofilovich Richter

21 Valses Oubliées (4) for piano, No. 1 in F sharp major, S215/1
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

22. Valse Oubliée for piano No. 2, S215/2
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

23. Transcendental Etude after Paganini for piano, “La chasse,” S140/5 – No.5 Feux follets (Allegretto)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

24. Harmonies du soir, for piano (Transcendental Etude No. 11 – Andantino), S. 139/11 (LW A172/11)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 98 e nº 99

Small

Os três colaboradores deste blog já declararam inúmeras vezes sua admiração pelo regente austríaco Nikolaus Harnouncourt (Johann Nicolaus Graf de la Fontaine und d’Harnoncourt-Unverzagt, esse é seu nome completo), por considerá-lo um dos melhores da atualidade. Além de ser extremamente versátil, seja regendo Bach (suas gravações das cantatas são referência), Haydn ou Beethoven, ele sempre consegue a mesma qualidade de interpretação.
Pois bem, teremos a partir desta postagem uma overdose de Harnoncourt. As sinfonias que ainda faltam serem postadas de Haydn estarão sob sua direção, e mais a frente teremos uma outra integral bem famosa, que também estará sob sua direção. Quem viver, verá.
Comecemos, então pelas sinfonias de Haydn, nº98 e de nº99. Harnoncourt estará aqui regendo a Royal Concertgebow Orchestra, com a qual gravou diversas das sinfonias de Haydn, incluindo este ciclo das Sinfonias de Londres.
Uma curiosidade: ele descende de nobres, pois sua mãe era simplesmente neta do Arquiduque Johann de Habsburg. Chique, não acham?

Franz-Joseph Haydn – Symphonies nº 98 in B Dur and nº99 in Es Dur

1 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio – Allegro
2 – Symphonie nº 98 in B Dur – Adagio Cantabile
3 – Symphonie nº 98 in B Dur – Menuetto – Trio
4 – Symphonie nº 98 in B Dur – Finale – Presto
5 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio – Vivace Assai
6 – Symphonie n 99 in Es Dur – Adagio
7 – Symphonie n 99 in Es Dur – Menuetto – Alleretto – Trio
8 – Symphonie n 99 in Es Dur – Finale – Vivace

Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt – Direktor

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J.S. Bach (1685-1750) – Missa em Si Menor, BWV 232, primeira versão

Mais planos deste que vos fala. Ah, quem vos fala é P.Q.P. Bach.

– Hoje, a versão verdadeiramente monumental – e talvez um pouquinho arrastada – de Celibidache;
– em 1º de novembro, a versão quase-perfeita de Harnoncourt;
– a de Gardiner, só tenho em vinil e acho-a tão parecida com a de Harnoncourt que não valeria a pena postar;
– em 1º de dezembro, a versão ultra-camarística e boa, muito boa, de Parrot;
– a de Richter fica de fora por ser decididamente patchy e
– em 1º de janeiro, a versão perfeita de Leonhardt.

Isto até o momento… E na minha opinião perfeitamente contestável.

Consulte qualquer enciclopédia de música, leia qualquer musicólogo, acesse o Google e você concluirá que muita gente considera a Missa em Si Menor, BWV 232, uma das maiores obras já compostas. Grande parte daqueles comentaristas que tem o viciante hábito de criar classificações de maiores e melhores, costumam colocar a Missa como a maior obra musical de todos os tempos. Não gosto deste tipo de afirmativa e estou treinando intimamente para não sair impondo às pessoas frases do tipo “é um grande filme”, “é o maior dos livros”, etc. Melhor antecedê-las de um “em minha opinião…” ou “penso que…”, etc.

Tenho ouvido a Missa desde minha adolescência e parece-me que sempre descubro nela um detalhe a mais, um novo encanto. Voltei a ouvi-la ontem e, por quase duas horas, acreditei em Deus. A noção de divindade sempre evitou este cético que vos escreve, mas, como afirmou o também descrente Ingmar Bergman, é impossível ignorar que Bach (1685-1750) nos convence do contrário através de sua arte perfeita.

A grandeza da Missa não é casual. Bach escreveu-a em 1733 (revisou-a em 1749) com a intenção de que ela fosse uma obra ecumênica. Seria a coroação de sua carreira de compositor sacro. Suas outras obras sacras (Missas, Oratórios, Paixões, Cantatas, etc.) foram sempre compostas em alemão e apresentadas em igrejas luteranas, porém na Missa Bach usa o latim que, em sua opinião, seria mais cosmopolita e poderia trafegar entre outras religiões, principalmente a católica. O texto utilizado não foi o das missas de sua época, é mais antigo e inclui alguns versos retirados após a Reforma, como o significativo Unam sanctam Catholicam et apostolicam Ecclesiam, que é cantado no Credo. É como se Bach pretendesse demonstrar a possibilidade de entendimento entre católicos e protestantes. Curiosamente, esta obra tão profundamente erudita e religiosa, é hoje mais apresentada em salas de concertos do que em igrejas, pois suas necessidades de tempo (105 a 120 minutos) e de grupo de executantes são maiores do que as igrejas normalmente dispõem. Não obstante este problema, Bach consegue transformar tanto as salas de concerto quanto nossas casas em locais de devoção – musical ou religiosa.

(continuo o texto em 1º de novembro)

1. Chorus: Kyrie Eleison
2. Duet: Christe Eleison
3. Chorus: Kyrie Eleison
4. Chorus: Gloria In Excelsis
5. Chorus: Et In Terrra Pax
6. Aria: Laudamus Te
7. Chorus: Gratias Agimus Tibi
8. Duet: Domine Deus
9. Chorus: Qui Tollis Peccata Mundi
10. Aria: Qui Sedes Ad Dexteram Patris
11. Aria: Quoniam Tu Solus Sanctus
12. Chorus: Cum Sancto Spiritu

13. Chorus: Credo In Unum Deum
14. Chorus: Credo In Unum Deum, Patrem Omnipotentem
15. Duet: Et In Unum Dominum
16. Chorus: Et Incarnatus Est
17. Chorus: Crucifixus
18. Chorus: Et Resurrexit
19. Aria: Et In Spiritum Sanctum
20. Chorus: Confiteor
21. Chorus: Et Exspecto Resurrectionem
22. Chorus: Sanctum
23. Chorus: Osanna In Excelsis
24. Aria: Benedictus Qui Venit
25. Chorus: Osanna (Da Capo)
26. Aria: Agnus Dei
27. Chorus: Dona Nobis Pacem

Soprano: Barbara Bonney;
Mezzo-soprano: Ruxandra Donose;
Alto: Cornelia Wulkopf;
Tenor: Peter Schreier;
Baritone: Yaron Windmüller;
Bass: Anton Scharinger
Orchestra/Ensemble: Münchner Philharmoniker Bach Choir of the Johannes Gutenberg University Mainz (Chorus Master: Joshard Daus)
Conductor: Sergiu Celibidache

Parte 1: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 2: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 3: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Parte 4: BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

São duas horas de música. O motivo de tantos downloads é eu ter baixado a coisa em 320 kbps. Um exagero desnecessário. Enganei-me. Para deixar tudo certinho é só baixar todas as quatro partes num diretório e descompactar o primeiro arquivo. O WinRar tratará de encontrar os outros. SE VALE A PENA? CLARO QUE VALE!!!!

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mère l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie espagnole, Boléro

Capa+recortada

Continuemos com os franceses, portanto. Em sua postagem anterior, nossa querida Clara Schumann optou por um Debussy nas mãos de Baremboim, num período em que este regente fez um belo trabalho frente à Orquestra de Paris.

FDP infelizmente deu de presente as versão do famigerado “Bolero”, de Ravel, na interpretação do mesmo Baremboim, frente à mesma orquestra. Dentre as inúmeras versões que ouviu dessa obra, essa versão foi a que mais lhe satisfez. O andamento conseguido pelo argentino foi o que mais lhe agradou, nem muito lento, nem muito rápido.

Eis que, em certa viagem feita a São Paulo já há alguns anos, encontrou em promoção esse maravilhoso cd, onde o grande Pierre Boulez interpreta Ravel, frente à Filarmônica de Berlim. Um francês regendo um francês, sim, era o que procurava, mesmo que estivesse frente à poderosa Filarmônica de Berlim. Nestes momentos é que podemos ver a versatilidade desta orquestra. Reconheço que a versão que Karajan fez desse mesmo Bolero frente à esta mesma orquestra não me satisfez nem um pouco. Achei-a um tanto pesada. Enfim, questão de gosto.

Serei um pouco mais generoso nessa postagem. Vou colocar junto o libreto em formato .pdf, com artigo bem elucidativo, claro, com a qualidade tradicional da Deutsche Grammophon. Com a famigerada capa, é claro…

Maurice Ravel (1875-1937) – Ma Mére l´Oye, Une Barque sur l´océan, Alborada del Gracioso, Rapsodie Espagnole, Boléro

01 – Ma Mére l´Oye – Prelude- Très lent

02 -Ma Mére l´Oye -Danse du rouet et scène- Allegro

03 -Ma Mére l´Oye -Pavane de la belle au bois dormant- Mouvement de Valse modéré

04 -Ma Mére l´Oye -Les entretiens de la Belle et la Bête- Mouvement de Valse modéré

05 -Ma Mére l´Oye -Petit Poucet- Très modéré

06 -Ma Mére l´Oye -Interlude

07 -Ma Mére l´Oye -Très Modé

08 – Ma Mére l´Oye – Apothése- Le jardin féerique- Lent et grave

09 – Une Barque sur L´océan – Très souple de rythme

10 – Alborada del Gracioso – assez vif

11 – Rapsodie espagnole – Prelude à la nuit- Très modéré

12 – Rapsodie espagnole – Malagneña- Assez vif

13 – Rapsodie espagnole – Habanera- Assez lent et d’un rythme las

14 – Rapsodie espagnole – Assez animé

15 – Boléro – Tempo di Bolero moderato assai

CD – BAIXE AQUI
LIBRETO – BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music – (CD 7 de 11) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Volto às obras de câmera de Brahms, depois de alguns meses. Curiosamente, descobri que estou sem o cd 6 desta integral da Philips, ou emprestei para algum amigo da onça que nunca devolveu, ou ele se perdeu nas brumas do passado. Mas vou compensar, trazendo algumas gravações que possuo da integral da DG.
Bem, sei que o Quarteto op. 26 já foi postado, mas como pretendia dar seqüência à serie, resolvi postar novamente. E junto à ele, teremos um trio póstumo.
A interpretação, como de praxe nessa série da Phillips, está a cargo do Beaux Arts Trio.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – I. Allegro non troppo
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – II. Poco adagio
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – III. Scherzo. Poco allegro
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – IV. Finale. Allegro
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – I. Moderato
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – II. Vivace
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – III. Lento
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – IV. Presto

Beaux Arts Trio
Walter Tampler – viola

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia Nº 5 e Sinfonia de Câmara

Hoje, dia 25, faz 101 anos que Shostakovich nasceu. P.Q.P. Bach lembrou e homenageia o mais humano dos compositores. Utilizamos versões clássicas um CD de versões clássicas a cargo de Leonard Bernstein e de Rudolf Barshai.

Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)

Porta de entrada mais utilizada para Shostakovich, a Sinfonia N° 5 é sua obra mais popular. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio um scherzo (o Alegretto) composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele, outro clássico, amava. Alguns consideram a quinta uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Chamber Symphony

Sim, sim, não me culpem. É a quinta vez que publicamos esta pequena sinfonia de câmara, na verdade um arranjo do extraordinário Quarteto Nº 8 de Shosta. O que posso fazer se tal obra tornou-se a sobremesa padrão de muitos CDs? É uma iguaria triste, com um estranho gosto de morte, mas bela, muito bela. Houve uma postagem de três versões muito diferentes entre si num só arquivo (lembram?) e depois ela retornou naquele CD funéreo que também apresentava A Morte e a Donzela de Schubert. É grande música, vale a pena ouvir e reouvir.

P.Q.P. Bach.

1. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Moderato
2. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegretto
3. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Largo
4. Symphony no 5 in D minor, Op. 47: Allegro non troppo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1937
Country: USSR
Recorded: 07/1979
Studio / Live: Live
Venue: Bunka Kaikan, Tokyo, Japan
Conductor – Ensemble: Bernstein, Leonard – New York Philharmonic

5. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
6. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegro molto
7. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Allegretto
8. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo
9. Chamber Symphony in C minor, Op. 110a: Largo

Composer: Dmitri Shostakovich (1906 – 1975)
Period: 20th Century
Form / Genre: Symphony
Written: 1960
Country: USSR
Recorded: 11/1995
Studio / Live: Studio
Venue: Concert Hall, Art Tower Mito, Japan
Conductor – Ensemble: Barshai, Rudolf – Mito Chamber Orchestra
This work is Rudolf Barshai’s 1960 arrangement of Shostakovich’s String Quartet No. 8.

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Giuseppe Tartini (1692 – 1770) – Il Trillo del Diavolo e outras peças

Num CD de uma das novas estrelas do barroco especialista em instrumentos originais – o violinista Andrew Manze – trazemos a famosa Devil`s Sonata ou a Sonata Il Trillo del Diavolo de Giuseppe Tartini. O curioso desta excelente gravação é que Manze a interpreta, assim como às outras obras de Tartini que constam no neste CD da Harmonia Mundi France, em versão solo.

Tal postura não é nada diabólica, nem do outro mundo. Afinal, o próprio Tartini escreveu:

“Em minhas pequenas sonatas às vezes utilizo o baixo contínuo apenas per cerimonia. O correto é tocá-las sem o baixo contínuo.”

Mas o habitual é ouvir-se a Sonata acompanhada – até ostensivamente! – por cravo ou viola da gamba mais cravo ou por piano.

A seguir, em itálico, deixo uma notícia biográfica de Tartini retirada daqui.

Giuseppe Tartini nasceu em Pirano d’Istria (Itália) a 8 de abril de 1692. Muito cedo recebeu as primeiras lições de música e violino. Mas até os vinte anos pouco se interessou pela arte, dedicando-se ao estudo de direito na universidade de Pádua. Sua vida de jovem aristocrata sofreu brusca mudança ao casar-se secretamente com a sobrinha de um cardeal, o que lhe valeu ordem de prisão. Disfarçado de frade, Tartini conseguiu evadir-se, encontrando refúgio no convento dos franciscanos de Assis.

Perdoado pelo cardeal, Tartini voltou em Pádua à companhia da esposa, iniciando então a carreira de concertista. O sucesso enorme atraiu-lhe inúmeros discípulos de vários países, fundando ele uma escola de violino em Pádua (1728), logo denominada Escola das Nações. Adquiriu grande reputação como virtuoso e professor, onde teve Nardini com aluno. Tartini morreu em Pádua a 26 de fevereiro de 1770.

Durante o seu retiro, Tartini entregou-se intensamente ao estudo do violino, inclusive pesquisando novas possibilidades sonoras do instrumento. Ao mesmo tempo dedicado à composição, escreveu a célebre Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do Diabo, cujo apelido provém do espantoso encadeamento de trilos no terceiro movimento. Segundo depoimento que o compositor fez a Lalande – e que este reproduziu durante a sua Viagem à Itália (1790) – a realização dessa sonata teria sido sugerida em sonho pelo próprio demônio. Até hoje a obra permanece como “peça de resistência” no repertório dos virtuoses.

Seu devotamento ao ensino resultou na feitura de trabalhos didáticos, entre os quais o Tratado de música segundo a verdadeira ciência da harmonia (1754). Além de ser o maior violinista do século XVIII, Tartini distingui-se como compositor responsável pela evolução do concerto e da sonata. São as sonatas que mais lhe valem a dupla glória de intérprete e criador. Entre elas se destacam a Sonata n.º 11 em sol menor Op. 11 – Didone, a Sonata n.º 1 em si bemol maior Op. 6 – Imperador, além da já mencionada Sonata n.º 2 Op. 1 – Trilos do diabo. Também são notáveis as Variações sobre um tema de Corelli.

P.Q.P. Bach, de volta.

1. La Sonata del Diavolo in G Minor – Largo
2. La Sonata del Diavolo in G Minor – Allegro
3. La Sonata del Diavolo in G Minor – Andante, Allegro, Adagio

4. L’arte del Arco – Theme & variation 1
5. L’arte del Arco – Variations 2 & 4
6. L’arte del Arco – Variations 9, 15, & 12
7. L’arte del Arco – Variatios 10 & 20
8. L’arte del Arco – Variation 29
9. L’arte del Arco – Variation 30
10. L’arte del Arco – Variation 33
11. L’arte del Arco – Variation 34
12. L’arte del Arco – Variation 23
13. L’arte del Arco – Variation 38

14. Sonata in A minor – Cantabile
15. Sonata in A minor – Allegro
16. Sonata in A minor – Andante
17. Sonata in A minor – Giga
18. Sonata in A minor – Aria (with variations)
19. Sonata in A minor – Variation 1
20. Sonata in A minor – Variation 2
21. Sonata in A minor – Variation 3
22. Sonata in A minor – Variation 4
23. Sonata in A minor – Variation 5

24. Pastorale for violin in scordatura – Grave
25. Pastorale for violin in scordatura – Allegro
26. Pastorale for violin in scordatura – Largo, Presto, Andante

Andrew Manze. violino solo

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Antonin Dvorak (1841-1904) – Violin Concerto in A Minor, op. 53, Edward Elgar, Violin Sonata in E Minor, op. 82

Esta postagem é uma pequena provocação para meu irmão PQP Bach, que admite não nutrir muitos amores por Antonin Dvorak. Fiz um desafio à ele, então: ouvir com atenção esse concerto para violino. Creio que após essa audição, ele irá rever seu conceito sobre este magnífico compositor.
A provocação também diz respeito ao mais venerado violinista da atualidade, Maxim Vengerov. Alguns críticos o comparam até a David Oistrakh (um pouco exagerada esta comparação). PQP Bach já confessou inúmeras vezes sua veneração a este genial, e ainda jovem, violinista… e sua interpretação deste concerto beira as raias da perfeição. Portanto, deixemos que Vengerov se encarregue desta missão, a saber, fazer com que PQP venha a se interessar mais por esse compositor único. Assim, ele poderá encarar as sinfonias que virão por aí…
Juntamente com o concerto, Vengerov interpreta uma belíssima e sensível sonata para violino de Edward Elgar.

Antonin Dvorak – Violin Concerto in A Minor, op. 53

1 – Allegro ma non troppo
2- Adagio ma non troppo
3 – Allegro giocoso, ma non troppo

Maxim Vengerov – violino
New York Philarmonic Orchestra
Kurt Masur – Conductor

Edward Elgar – Sonata for violin & piano in E minor, Op. 82

4 – Allegro
5 – Andante
6 – Allegro non troppo

Maxim Vengerov – Violino
Revital Chachamov – Piano

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Camargo Guarnieri (1907-1993) – Concertos Nros. 3 e 4 para Piano e Orquestra

Antes de retirar-se por uns dez dias, P.Q.P. Bach deixa vocês com um CD de música brasileira da melhor qualidade. Estas gravações realizadas em 1969 e 1974 na Sala Cecília Meireles dão um panorama claro de qualidade da obra do paulista Mozart Camargo Guarnieri.

A obra musical de Camargo Guarnieri – importante compositor de nossa corrente nacionalista – é formada por mais de setecentas obras e ele é o segundo erudito brasileiro mais executado no mundo, superado apenas por Villa-Lobos.

Seu centenário, ocorrido a 1º de fevereiro deste ano foi esquecido e as homenagens, mesmo as de artistas brasileiros, quase inexistentes. Uma série de concertos em Brasília e pouca coisa em São Paulo. Enquanto isso, no exterior, a Naxos dedica-se cada vez mais a gravar seus concertos, sinfonias e suítes. Nada que me surpreenda. Quando vierem artistas estrangeiros interpretarem para nós Camargo Guarnieri, talvez o vejamos com maior consideração; afinal alguns latino-americanos parecem precisar que seus bens culturais sejam antes avalizados fora do país. Não é nosso caso. Então, fazemos aqui nossa homenagem ao grande amigo de Mario de Andrade e filho do imigrante Miguel Guarnieri, que batizava seus filhos com o nome de grandes músicos.

Concertos Nros. 3 e 4 para Piano e Orquestra

01. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Resoluto
02. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Profundamente triste – Vivo – Profundamente triste
03. Concerto n° 4 para Piano e Orquestra – Rápido

04. Concerto n° 3 para Piano e Orquestra – Allegro deciso -magoado
05. Concerto n° 3 para Piano e Orquestra – Festivo

Piano, Laís de Souza Brasil
Camargo Guarnieri, regência
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC

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Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 4 – “Romântica”

A partir daqui teremos uma sucessão de grandes sinfonias, talvez a maior delas.

O livro História da Música Ocidental – um enorme calhamaço de mais de 1000 páginas –, de Jean e Brigitte Massin, divide as sinfonias de Bruckner em 3 períodos:

– As sinfonias de 00, 0, 1, 2 e 3 seriam as trágicas;
– As sinfonias de 4, 5 e 6 seriam as românticas (apesar de que a Quinta é conhecida também como “Católica”);
– e da sétima em diante seriam as espirituais ou de inspiração religiosa.

Estou ouvindo cada sinfonia antes de postá-las aqui e, apesar de minha má vontade, acabei me dobrando à classificação proposta pelo livro. É chocante a diferença que há entre a terceira e esta quarta sinfonia, a primeira das obras-primas de Bruckner e a mais fácil porta de entrada para seu mundo.

Fiquei na dúvida sobre a versão que postaria, ouvi várias vezes cada uma delas. Descartei de cara Jochum, prefiro-o na oitava e nas Missas, encantei-me com a incrível sonoridade da gravação de 1965 da Orquestra do Concertgebouw de Amsterdan com Bernard Haitink (1929) e pela extraordinária interpretação registrada ao vivo nos anos 90, tendo como protagonista o grande e quase desconhecido no Brasil Günter Wand (1912-2002) que, por sinal, gravou várias sinfonias de Bruckner que estão disponíveis em DVD. Entre a força interpretativa do bem humorado velhinho Wand e o som da orquestra de Haitink fiquei… com os dois.

Um conselho? Baixem as duas versões e comparem!

Vamos lá, então.

P.Q.P. Bach.

Sinfonia Nº 4 em mi bemol maior “Romântica”, de Anton Bruckner.

1. Bewegt, nicht zu schnell
2. Andante quasi Allegretto
3. Scherzo. Bewegt Trio. Nicht zu schnell, keinesfalls schleppend
4. Finale. Bewegt, doch nicht zu schell

Primeira alternativa:
NDR Sinfonieorchester (Live Recording)
Reg.: Günter Wand

BAIXE O WAND AQUI – DOWNLOAD WAND HERE

Segunda alternativa:
Royal Concertgebouw Orchestra
Reg.: Bernard Haitink

BAIXE O HAITINK AQUI – DOWNLOAD HAITINK HERE

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies 90, in C, e 93, in D

Bruggen
FDP volta ás sinfonias de Haydn. Desta vez, são as sinfonias de nº 90 e de nº93. A interpretação desta vez está a cargo de Fanz Brüggen e sua Orchestre of the 18th Century, também especializada em interpretações com instrumentos originais.
Enjoy it.

Symphony nº 90 in C

1 – Adagio – Allegro Assai
2 – Andante
3 – Menuet
4 – Finale (Allegro assai)

Symphony nº 93 in D

1 – Adagio – Allegro assai
2 – Largo cantabile
3 – Menuetto (Allegro)
4 – Finale (Presto ma non troppo)

Orchestre of the 18th Century
Frans Brüggen

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Sergei Prokofiev (1891-1953) – Concertos para Violino Nº 1 e 2 – Sonata para Violino Solo

Este é um CD lindíssimo que eu volto a postar pela simples razão de que nossa primeira versão, postada por F.D.P. Bach – e com o grande Oistrakh! -, não tinha divisões de faixas (movimentos). Acontece nas melhores famílias, como a nossa.

Esta gravação de Tedi Papavrami não fica muito atrás e nos dá a liberdade de, por exemplo, ir diretamente ao segundo movimento do segundo concerto, uma maravilha de 10 minutos que deveria ser mais conhecida.

P.Q.P. Bach.

PROKOFIEV: Violin Concertos Nos. 1 and 2 / Sonata in D Major

Violin Concerto No. 1 in D major, Op. 19
Tedi Papavrami, violin
Performed by: Polish National Radio Symphony Orchestra
Conducted by: Antoni Wit
I. Andantino: Andante assai 09:32
II. Scherzo: Vivacissimo 03:55
III. Moderato – Allegro moderato – Moderato – Piu tranquillo 08:58

Violin Concerto No. 2 in G minor, Op. 63
Tedi Papavrami, violin
Performed by: Polish National Radio Symphony Orchestra
Conducted by: Antoni Wit
I. Allegro Moderato 10:30
II. Andante assai – Allegretto – Andante assai 10:04
III. Allegro, ben marcato 06:31

Violin Sonata in D major, Op. 115
Tedi Papavrami, violin
I. Moderato 04:38
II. Theme and Variations: Andante dolce 03:12
III. Con brio – Allegro precipitato 04:16

Total Playing Time: 01:01:36

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Johann Sebastian Mastropiero (? – ?) – Obras de diversos períodos com Les Luthiers

Mastropiero é sem dúvida um dos compositores que motivam maiores polêmicas entre os musicólogos. Por exemplo, diversos autores divergem em sua data de nascimento. Seria um 7 de fevereiro, mas não concordam quanto a ano nem século. Do mesmo modo, há vários países que disputam sua nacionalidade. Tampouco se conhece a data de sua morte. Nem se esta verdadeiramente ocorreu.

Há também controvérsias sobre seu nome, pois ele também foi conhecido por Peter Illich, Wolfgang Amadeus, etc. A grande dispersão de dados biográficos sobre o mestre e as grandes lacunas existentes acerca de determinados períodos de sua vida, fazem com que seja muito difícil escrever uma biografia minimamente completa.

Há 40 anos, o grupo argentino Les Luthiers dedica-se quase que com exclusividade à obra de Mastropiero. P.Q.P. Bach faz aqui um apanhado de onze obras mastropieranas, com destaque para as obras-primas Voglio entrare per la finestra, uma imensa ária para tenor, coro e orquestra e para a originalíssima e monumental Cantata Laxaton, dedicada a um produto medicinal ao qual o compositor estava especialmente agradecido. Há também a Vals del segundo e outras peças famosíssimas como El Rey Enamorado e Gloria hosana, that`s the question.

P.Q.P. Bach aproveita para avisar seus leitores/ouvintes que estará ausente entre os dias 15 e 23 de setembro pois irá a Buenos Aires com a finalidade de assistir ao espetáculo de comemoração dos 40 anos do Les Luthiers, entre outras cositas, claro.

Para quem não conhece o Les Luthiers, vejam aqui como não sabemos nada sobre nossos vizinhos. Os caras são pouco famosos…

Mais detalhes aqui, aqui ou com a Condessa Shortshot.

Coletânea de Mastropiero montada por P.Q.P. Bach, que os ouve há mais de 30 anos:

1. Voglio entrare per la finestra
2. Gloria hosana, that`s the question
3. Concierto grosso alla rustica
4. Quinteto de vientos
5. El Rey enamorado (*)
6. Vals del segundo
7. Payada de la vaca
8. Romanza escocesa sin palabras
9. El asesino misterioso
10. Una canción regia
11. Cantata Laxaton

(*) Que dedico à Meg.

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Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia Nº 8 “Sinfonia dos Mil”

Mahler não gostava que chamassem sua oitava sinfonia de “Sinfonia dos MIl”, mas não é nenhum absurdo. Para ser executada, ela precisa de um contingente apenas 4 vezes menor do que o número de soldados americanos mortos no Iraque e é bom que o palco esteja mais firme que o governo Bush.

É uma obra mais impressionante do que bela e nem é bem uma sinfonia, mas uma gigantesca cantata. Sua execução exige, entre orquestra e coro, mais de mil figuras. Servem como textos o hino Veni creator spiritus e o coro final da segunda parte do Fausto de Goethe. Nem todos acham que o resultado justifica os colossais recursos exigidos. Dentre estes estou eu, P.Q.P. Bach.

O que me interessa nesta sinfonia é a rica polifonia empregada, um tributo a meu pai e às estruturas criadas por ele. Abaixo, em itálico, copiado daqui, está o detalhamento do exército empregado.

SINFONIA No.8
(para 8 solistas – 3 sopranos, 2 contraltos, tenor, barítono e baixo – 2 coros mistos, coro infantil, órgão e orquestra)
Apelido: ‘Dos Mil’
Tonalidade principal: Mi bemol Maior
Composição: 1906-1907
Revisão: não houve
Estréia: Munique, 12 de setembro de 1910 (solistas: Gertrud Förstel, Marta Winternitz-Dorda, Irma Koboth, Otillie Meyzger, Tilly Koenen, Felix Senius, Nicolo Geisse-Winkel, Richard Mayr. Leipzig Riedelverein, Viena Singverein, Coro Infantil da Escola Central de Munique, Orquestra do festival, regência de Mahler)
1a.Publicação: 1911 (Viena, Universal Editions)
Instrumentação:
2 piccolos
4 flautas
4 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib
3 clarinetes em Sib e La
Clarone
4 fagotes
Contrafagote
8 trompas
8 trompetes (4 fora do palco)
7 trombones (3 fora do palco)
Tuba
Tímpanos
Triângulo
3 pares de pratos
Bombo
Tam-Tam
Sinos grandes
Glockenspiel
Celesta
Piano
Harmônica
Órgão
2 harpas
Mandolim
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda C grave)
Soprano I (Magna Peccatrix)
Soprano II (Una poenitentium)
Soprano III (Mater Gloriosa)
Contralto I (Mulier samaritana)
Contralto II (Maria Aegyptiaca)
Tenor (Doctor Marianus)
Barítono (Pater ecstaticus)
Baixo (Pater profundus)
Coro infantil
Coro Misto SCTB I
Coro Misto SCTB II

Duração: aprox. 85-90 minutos

Movimentos:
I- Hymnus: Veni, Creator Spiritus
II- Final scene from Goethe’s ‘Faust’ part II

Texto:
1) ‘Veni, creator spiritus’, atribuído ao monge medieval Hrabanus Maurus
2) Cena final do Segundo Fausto de Goethe

Programa:
É um dos mais interessantes de Mahler, uma sinfonia muito significativa em termos filosóficos e espirituais para o compositor. O primeiro movimento é um hino medieval que evoca o espírito criador, e o segundo movimento é a redenção humana através do Amor cristão, que Mahler achou, muito propriamente, nas palavras de Goethe.

Comentários:
O subtítulo ‘Dos Mil’ foi colocado contra a vontade de Mahler, por razões comerciais, já que sua estréia realmente contava com um contingente instrumental de 1023 músicos. É a única sinfonia de Mahler inteiramente cantada, como uma grande cantata sinfônica, e que transparece um grande otimismo espiritual em seus únicos 2 movimentos. No último, entretanto, há subdivisões que indicam certa ordenação próxima à forma-sonata, ainda que bastante diluída. Somente o primeiro movimento e o final do segundo (o maior de Mahler, de aprox. 50 minutos) contém grandes efeitos de massa dignos da enorme instrumentação exigida, o que lhe valeram severas críticas e também raras execuções, apesar de poder ser executada com metade deste número (na estréia a orquestra e o coro estavam duplicados).

Gosto muito dos regentes russos (ou soviéticos). São exatos, rigorosos e é difícil superá-los quando está presente a polifonia que se faz ouvir aqui. Dentre as gravações modernas, as de Bernstein e de Solti são normalmente as mais elogiadas, mas quando procurei por gravações de Kondrashin (1914-1981), Mravinsky (1903-1988) e Svetlanov (1928-2002), encantei-me pela do último realizada em 1994 por obra e graça da Harmonia Mundi France.

P.Q.P. Bach.

Composer: Gustav Mahler
Regente: Evgeny Svetlanov
Regente do Coro: Viktor Popov
Coro e Orchestra da Russian State Symphony Orchestra

Disc: 1
1. Sym No.8 in E flat: Part I. Hymnus ‘Veni, Creator Spiritus’: Allegro Impetuoso

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Disc: 2
1. Sym No.8 in E flat: Part II. Scene Finale Du ‘Faust II’ De Goethe: Poco Adagio/Piu Mosso

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Nikolai Andreyevich Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Sherazade e Capricho Espanhol

Grande compositor e notável orquestrador, Rimsky-Korsakov foi o principal membro do Grupo dos Cinco (os outros eram Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, Césa Cui e Modest Mussorgsky), que buscava a produção de música autenticamente russa. Ele possuía uma certa queda por utilizar temas de contos de fada e isto, aliada a sua habilidade orquestral, nos deu obras de peculiar colorido sonoro. Gosto demais das obras deste CD. Fico devendo A Grande Páscoa Russa.

P.Q.P. Bach.

Scheherazade, symphonic suite for orchestra, Op. 35
Composed by Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov

1. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Sea and Sinbad’s Ship
2. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Story of the Kalandar Prince
3. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Young Prince and Princess
4. Scheherezade – Symphonic Suite, Op.35: The Festival of Bagdad – The Sea – The Ship goes to pieces on a rock summounted by a bronze warrior

Capriccio espagñol (Kaprichchio na ispankskiye temï), for orchestra, Op. 34
Composed by Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov

5. Capriccio espagnol, Op. 34: Alborada
6. Capriccio espagnol, Op. 34: Variazioni
7. Capriccio espagnol, Op. 34: Alborada
8. Capriccio Espagnol, Op. 34: Scena e canto gitano
9. Capriccio Espagnol, Op. 34: Fandango asturiano

Performed by Royal Philharmonic Orchestra
Conducted by Barry Wordsworth

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Symphonies 88 in G Major e 89 in F Major

FDP Bach volta à postagem das sinfonias de Haydn. O destaque da vez são as de nº 88 e 89. O regente ainda é o competente Sigiswald Kujiken, mas a orquestra da vez é “La Petite Bande”, conjunto orquestral por ele formado em 1972, especializado em interpretações com instrumentos de época.

Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 88 in G Major e 89, em F major.

1 Symphonie 88 in G Major – Adagio – Allegro
2 Symphonie 88 in G Major- Largo
3 Symphonie 88 in G Major – Allegretto
4 Symphonie 88 in G Major – Allegro con Spirito
5 Symphonie 89 in F Major – Vivace
6 Symphonie 89 in F Major – Andante com Moto
7 Symphonie 89 in F Major – Menuet
8 Symphonie 89 in F Major – Vivace Assai

La Petite Bande
Sigiswald Kujiken – Director

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Antonin Dvorak (1841-1904) – Slavonic Dances, op. 46 e op. 72

Excelente versão das Danças Eslavas, de Dvorak. A execução de von Dohnányi é vibrante como devem ser a execução dessas obras, e a Orquestra de Cleveland volta aos áureos tempos em que era dirigida por George Szell, com uma interpretação impecável e cheia de pulsação e energia.

Antonin Dvorak – Slavonic Dances, op. 46 e op. 72.

1 – Slavonic Dance, Op. 46, nº1 in C Major
2 – Slavonic Dance, Op. 46 nº2 in E Minor
3 – Slavonic Dance, Op. 46 nº3 in A Flat Minor
4 – Slavonic Dance, Op. 46 nº4 in F Major
5 – Slavonic Dance, Op. 46 nº 5 in A Major
6 – Slavonic Dance, Op. 46 nº6 in D Minor
7 – Slavonic Dance, Op. 46 nº7 in C Minor
8 – Slavonic Dance, Op. 46 nº8 in G Minor
9 – Slavonic Dance, op. 72 nº1 in B Major
10 – Slavonic Dance, op. 72, nº2 in E minor
11 – Slavonic Dance, op. 72, nº3 in F Major
12 – Slavonic Dance, op. 72 nº4 in D Flat Major
13 – Slavonic Dance, op. 72 nº 5 in B Flat Minor
14 – Slavonic Dance, op. 72, nº6 in B Flat Minor
15 – Slavonic Dance, op. 72 nº7 in C Major
16 – Slavonic Dance, op. 72 nº8 in A Flat Major

The Cleveland Orchestra
Christoph von Dohnányi – Director

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Anton Bruckner (1824-1896) – Integral das Sinfonias – Sinfonia Nro. 3 em Ré Menor

Não quero provocar polêmicas entre os brucknerianos como eu, mas minha opinião é que esta sinfonia é a única que talvez mereça os comentários críticos de Brahms acerca do caráter das enormidades musicais de Bruckner. Ela é dedicada a Richard Wagner e é também conhecida como Sinfonia Wagner.

Dizem que, em visita a Wagner, Bruckner apresentou-lhe os manuscritos da segunda e terceira sinfonias. Perguntou-lhe qual a que ele preferia, pois desejava dedicar-lhe uma delas; Wagner escolheu, mas Anton, que bebera muita cerveja durante o encontro, esqueceu qual fora a resposta… E Wagner acabou com esta.

Esta sinfonia é uma exceção na obra do compositor e, depois da terceira, a coisa fica séria e Bruckner irá enfileirar uma obra-prima atrás da outra.

As versões da terceira são a habitual pândega que explicitamos com ajuda deste site. Em negrito, a versão da gravação que escolhi.

P.Q.P. Bach.

Versão original de 1873, composição iniciada em 23 de fevereiro de 1873, partitura completa concluída em 31 de dezembro de 1873. Um esboço anterior fora apresentado a Wagner em Bayereuth em setembro 1873, quando o Finale ainda não tinha sido orquestrado. Uma cópia final completa foi enviada mais tarde a Wagner, na primavera de 1874, e esta é a base da edição de Nowak [1977].

Versão de 1874, representou, de acordo com Bruckner, “uma melhoria considerável da primeira versão “. Não publicada e não gravada.

Versão de 1876, é o resultado de uma revisão rítmica; só o Adágio desta versão foi publicado até agora, por Nowak.

Versão de 1877, realizada entre 1876-77. As citações de Wagner foram suprimidas, o Finale encurtado e o Scherzo ganhou uma nova conclusão. Executada em Viena em 16 de dezembro de 1877, sob a direção de Bruckner. A primeira edição foi publicada em 1880 por Rättig, com algumas pequenas diferenças em relação ao autógrafo da versão de 1877, como a eliminação da coda do Scherzo (de fato a coda leva a indicação “não imprimir” no autógrafo). Não há uma edição Haas desta sinfonia, e a primeira edição crítica para a Sociedade Bruckner foi preparada por Oeser em 1950. A edição de Oeser é uma mistura da versão de 1877 e da edição de 1880, pois está baseada na partitura manuscrita mas segue a partitura impressa ao deixar de fora a coda do Scherzo. A edição Nowak da versão de 1877 (incorporando a coda do Scherzo) apareceu em 1981 e desde então tornou-se a edição mais aceita da obra.

Versão de 1888/89, é uma revisão feita com ajuda de Franz Schalk durante os anos 1888-89. A obra foi ainda mais abreviada, e a Coda do Scherzo foi mais uma vez abandonada. Mudanças na orquestração modificaram todo o clima da obra, tornando-a mais próxima do mundo sonoro das últimas sinfonias. Esta versão foi publicada com algumas modificações por Rättig em 1890 (segunda edição). Executada pela primeira vez em 21 de dezembro de 1890 pela Filarmônica de Viena sob a direção de Hans Richter. A edição crítica desta versão é de Nowak [1959]. Antes da recente proeminência da versão de 1877 versão, esta era a versão mais executada.

Sinfonia Nº 3 em ré menor de Anton Bruckner.

I. Gemäßigt, mehr bewegt, Misterioso 21`15
II. Adagio. Bewegt, quasi Andante 14`40
III. Scherzo. Ziemlich schnell – Trio – Scherzo da capo 7`15
IV. Finale. Allegro 14`40

Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara;
Reg.: Rafael Kubelik.

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Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 1 in D minor , op. 15

Confesso que demorei para postar os concertos para piano de Brahms devido mais à minha busca frenética atrás daquela que considero o graal da interpretação destas obras: a versão de Stephen Bishop Kovacevich ao lado do Colin Davis / LSO. Mas infelizmente não tive sorte até agora…
Pois bem, vamos portanto de Pollini, novamente, visto que é o favorito de muita gente, com exceção de nossa colega Clara Schumann, apaixonada que é pelo Alfred Brendel… se ela fizer questão até posso satisfazer seu desejo de ouvir estes concertos com o velho mestre Brendel, basta sua solicitação… o Abbado é o mesmo.

Desculpe, mas nem tudo é Abbado… Neste primeiro concerto temos o grande Karl Böhm, já velhinho, quase às portas da morte, mas com a mesma classe e elegância de sempre.
O Concerto de nº 1 para piano de Orquestra de Brahms em um primeiro momento assusta pela grandiosidade da abertura… até parece uma sinfonia. Mas a partir do momento em que o solista emerge no meio daquela massa sonora orquestral o que temos é uma belíssima parceria piano/orquestra.

O Concerto nº 2, bem o concerto nº2 é uma outra história… FDP declara com todas as letras maiúsculas e em negrito se for o caso, de que ESSE É SEU CONCERTO PARA PIANO FAVORITO. Que me perdoem beethovenianos com o concerto Imperador, os Mozartianos com o “Elvira Madigan”, ou o de nº23, liszmaníacos, chopinianos, rachmaninovianos, ou sei lá mais quem… a relação de FDP com esse concerto é uma relação de amor antiga, de milhares de vezes virando o velho vinil, de se emocionar a cada audição, mesmo sabendo a melodia de cor, de estar assobiando o tempo todo a melodia do primeiro e do segundo movimentos… sou de opinião de que as obras que nos marcam nos marcam por surgirem em momentos específicos e importantes para nós… como se viessem nos abastecer de alguma coisa que está nos fazendo falta, alguma coisa que possa vir a nos ajudar a encarar e enfrentar determinada situação. Esse concerto surgiu num momento muito importante, daqueles momentos que deixam marcas indeléveis para o resto de nossos dias. Conjunção de fatores externos aliados à uma baixa imunidade emocional fizeram com que essa obra se estabelecesse definitivamente como o nossa favorita.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 1 in D minor , op. 15

1 – Maestoso – Poco pio moderato
2 – Adagio
3 – Rondo (Allegro ma non troppo)

Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker
Karl Böhm – Director

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 2 in B flat, op. 83

1 – Allegro Non Troppo
2 – Allegro Appasionato
3 – Andante
4 – Allegretto Grazioso – Un Poco Piu Presto

Maurizio Polini – Piano
Wiener Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

Concerto nº1 – BAIXE AQUI
Concerto nº2 – BAIXE AQUI

Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 85, 86 e 87

FDP Bach, juntamente com seu irmão PQP, assim como seus colegas Clara Schumann e Blue Dog estão todo bobos com a honra concedida através do prêmio “As 7 maravilhas da Blogosfera”. Sente-se, portanto, mais do que nunca responsável em manter a qualidade do Blog, através da qualidade de suas postagens.
Portanto, eis as sinfonias de Haydn que fecham o ciclo das chamadas Sinfonias “Paris”, as de nº 85, 86 e 87. A interpretação ainda estã a cargo da Orchestra of the Age of Enlightment.

1. Symphonie N 85 En Si Bémol Majeur Adagio Vivace
2. Symphonie N 85 En Si Bémol Majeur Romance Allegretto
3. Symphonie N 85 En Si Bémol Majeur Menuetto, Allegretto Trio
4. Symphonie N 85 En Si Bémol Majeur Finale Presto
5. Symphonie N 86 En Ré Majeur Adagio Allegro Spiritoso
6. Symphonie N 86 En Ré Majeur Capriccio Largo
7. Symphonie N 86 En Ré Majeur Menuet Allegretto Trio
8. Symphonie N 86 En Ré Majeur Finale Allegro Con Spirito
9. Symphonie N 87 En La Majeur Vivace
10. Symphonie N 87 En La Majeur Adagio
11. Symphonie N 87 En La Majeur Menuet, Trio
12. Symphonie N 87 En La Majeur Finale, Vivace

Orchestra of the Age of Enlightenment
Sigiswald Kujiken – Director

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George Friedrich Händel (1685-1759) – Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque

Como prometido, estarei intercalando outras obras, de outros autores, entre as sinfonias de Haydn. Hoje vamos de Handel (ou Haendel), compositor alemão, contemporâneo de Bach, mas que, ao contrário de nosso pai, viajou bastante, e foi influenciado por diversos outros compositores, fossem italianos, fossem ingleses. E foi na Inglaterra que se estabeleceu, e onde fez maior sucesso, com suas óperas e oratórios.
Apresentarei aqui algumas obras orquestrais, e para solistas. Os intérpretes são o excelente conjunto inglês “The English Concert”, especializado no repertório barroco, e dirigido pelo incansável Trevor Pinnock. Belíssima interpretação para estas belíssimas obras,

George Friedrich Händel (1685-1759) – Concerto Grosso Alexander’s Feast, 3 Oboe Concertos, Sonate a cinque

Concerto grosso Alexander’s Feast in C major, HWV 318
01 – I. Allegro
02 – II. Largo
03 – III. Allegro
04 – IV. Andante, ma non presto

Sonata a cinque in B flat major, HWV 288
05 – I. Andante
06 – II. Adagio
07 – III. Allegro

Concerto No. 1 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 301
08 – I. Adagio
09 – II. Allegro
10 – III. Siciliana. Largo
11 – IV. Vivace

Concerto No. 2 for Oboe and String Orchestra in B flat major, HWV 302a
12 – I. Vivace
13 – II. Fuga. Allegro
14 – III. Andante
15 – IV. Allegro

Concerto No. 3 for Oboe and String Orchestra in G minor, HWV 287
16 – I. Grave
17 – II. Allegro
18 – III. Sarabande. Largo
19 – IV. Allegro

The English Concert
Trevor Pinnock – Director
Simon Standage – Violino
David Reichemberg – Oboe

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Sinfonias nº 82, 83 e 84

FDP Bach se propôs a postar as 22 últimas sinfonias de Haydn, que vão do nº 82 até o nº 104. Será um trabalho longo, mas prazeiroso. Obviamente, estarei intercalando outro material entre elas, para não se tornar maçante (claro que ouvir uma sinfonia de Haydn jamais será maçante).
Começo então com as de nº 82 até a nº 84.
Serão vários regentes, e várias orquestras, pra variar um pouco nas interpretações.

Sinfonia nº 82, “L´Ours” in C Major, Hob 1:82
1- Allegro assai
2 – Allegretto
3 – Menuet-Trio
4 – Finale: Vivace

Sinfonia nº 83, “La Poule”, in G Minor – Hob 1: 83
5 – Allegro spirituoso
6 – Andante
7 Menuet – allegretto – Trio
8 – Finale – Vivace

Sinfonia nº 84 in E Flat major – Hob 1:84
9 – Largo – Allegro
10 – Andante
11 – Menuet – allegretto – trio
12 – Finale – vivace

Orchestra of the Age of Enlightenment
Sigiswald Kuijken – Director

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – “Missa Teresa” e “Pequena Missa do Orgão”

Já que nosso querido F.D.P. Bach deixou o nível do blog lá em cima, não serei eu, P.Q.P., que farei a bobagem de cometer uma postagem, digamos, rasante.

Uma gravação notável, cheia de prêmios aqui e ali, um regente com grande vivência em música vocal e uma excelente orquestra. Tudo perfeito para a levar adiante estas grande obras de Haydn. Dizem que suas missas seriam sinfonias disfarçadas, ou que seriam por demais alegres e, portanto, inadequadas, mas será que a religiosidade deve ser sempre sempre triste ou grandiosa ou culpada? Não pode ser alegre e bela? Bom, este decididamente não é nosso tema.

Aproveitem para ouvir este CD primoroso.

Joseph Haydn: Theresienmesse/Kleine Orgelmesse

1. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Kyrie
2. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Gloria: Gloria in excelsis Deo
3. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Gratias agimus tibi
4. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Quoniam tu solus sanctus
5. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Credo: Credo in unum Deum
6. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Et incarnatus est
7. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Et resurrexit
8. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Sanctus
9. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Benedictus
10. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Agnus Dei: Agnus Dei
11. Mass In B Flat Major ‘Theresienmesse’ (Hob. XXII:12): Dona nobis pacem

12. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Kyrie
13. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Gloria
14. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Credo
15. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Sanctus
16. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Benedictus
17. Mass In B Flat Major – Missa brevis Sancti Joannis de Deo ‘Kleine Orgelmesse’ (Hob. XXII:7): Agnus Dei

Conductor: Richard Hickox
Performers: Stephen Varcoe, Pamela Helen Stephen, Janice Watson
Orchestra: Collegium Musicum 90

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Restaurado – Ludwig van Beethoven – Concerto para Piano nº 5, op. 73, Imperador

Para completar a série, eis o cd 3, da integral dos concertos para piano de Beethoven. Eis, finalmente, o tão aclamado Concerto nº5, intitulado com razão “Imperador”. Também estou disponibilizando o booklet da coleção, onde se encontrarão as informações necessárias sobre os concertos.

Ludwig van Beethoven – Concerto para piano e orquestra nº 5, op. 73, “Imperador”.

No. 5, Op. 73 – I. Allegro
No. 5, Op. 73 – II. Adagio un poco moto
No. 5, Op. 73 – III. Rondo. Allegro

Berliner Philarmoniker
Maurizio Pollini – Piano
Claudio Abbado – Director

CD 3 – BAIXE AQUI

[restaurado por Vassily em 29/5/2020]