Camille Saint-Saens (1835-1921) – Danse Macabre, Phaéton, Le rouet d'Omphale e etc – REPOSTADO

Um CD indispensável, imperdível, para quem quer conhecer a orquestração enxuta de Saint-Säens. A Danse Macabre ou Dança Macabra em português foi composta em 1871, sendo inicialmente escrita para voz e piano. Mais tarde, Saens transformou em poema sinfônico, substuindo a voz por um violino. Outras duas peças que gosto desse CD é a Marche Héroique e a maravilhosa Havanaise, esta composta em 1887. É uma peça belíssima. O tema inicial do violino nos faz arrepiar. Uma evocação triste surge e vai ganhando corpo até a orquestra tomar as devidas proporções e violino ganhar conotações nervosas, sensitivas e ziguezagueantes. Lembro-me que tinha essa gravação numa fita K-7. Ouvia e ouvia muito essa peça. Até que um dia a fita começou a apresentar problemas. Fiquei triste. Mas até que encontrei esse CD e tive a minha alegria restaurada. Nesse CD, tudo é muito bom. O regente é bom, as duas orquestras idem e o violinista não faz feio. Boa apreciação!

Camille Saint-Saens (1835-1921) – Danse Macabre, Phaéton, Le rouet d’Omphale e etc

Danse macabre, symphonic poem in G minor, Op. 40*
01. Danse Macabre

Phaéton, symphonic poem in C major, Op. 39*
02. Pháeton

Le Rouet d’Omphale, symphonic poem in A major, Op. 31*
03. Le rouet d’Omphale

Introduction and Rondo Capriccioso, for violin & orchestra in A minor, Op. 28**
04. Introduction et Rondo capriccio

Havanaise, in E major for violin & piano (or orchestra), Op. 83**
05. Havanaise

La jeunesse d’Hercule, symphonic poem in E flat major, Op. 50*
06. La Jeunesse d’Hercule

Marche héroïque, for orchestra in E flat major, Op. 34*
07. Marche héroique

Royal Philharmonic Orchestra**
London Philharmonia Orchestra*
Charles Dutoit, regente
Kyung Wha Chung, violino

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Carlinus

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Quartetos de Cordas III – reload

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Antepenúltimo post da série. Vale lembrar que a integral dos quartetos de cordas do Villa, lançada pela Kuarup, tem cinco álbuns. Este é o único duplo e o único com o Quarteto Amazônia: os restantes são simples e com o Quarteto Bessler-Reis.

Acesse o texto do encarte aqui. (Quer dizer, não acesse mais: a Kuarup fechou)

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Villa-Lobos – Quartetos 7 e 11 – Quarteto Amazônia

01 Quarteto de Cordas nº 7 – Allegro
02 Quarteto de Cordas nº 7 – Andante
03 Quarteto de Cordas nº 7 – Scherzo
04 Quarteto de Cordas nº 7 – Allegro Justo
05 Quarteto de Cordas nº 11 – Allegro non Troppo
06 Quarteto de Cordas nº 11 – Scherzo Vivace
07 Quarteto de Cordas nº 11 – Adagio
08 Quarteto de Cordas nº 11 – Poco Andantino

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Villa-Lobos – Quartetos 8, 9, 10 – Quarteto Amazônia

01 Quarteto de Cordas nº 8 – Allegro
02 Quarteto de Cordas nº 8 – Lento
03 Quarteto de Cordas nº 8 – Scherzo
04 Quarteto de Cordas nº 8 – Quasi Allegro
05 Quarteto de Cordas nº 9 – Allegro
06 Quarteto de Cordas nº 9 – Andantino Vagaroso
07 Quarteto de Cordas nº 9 – Allegro Poco Moderato
08 Quarteto de Cordas nº 9 – Molto Allegro
09 Quarteto de Cordas nº 10 – Poco Animato
10 Quarteto de Cordas nº 10 – Adagio
11 Quarteto de Cordas nº 10 – Scherzo
12 Quarteto de Cordas nº 10 – Molto Allegro

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CVL

Frédéric Chopin (1810-1849) -Variations, Rondo, Bolero, Cantabile e etc (CD 13 de 13 – final) – REPOSTADO

Eis que surge, finalmente, o último CD de Chopin. Chegamos ao cabo com uma sensação de missão concretizada. Os posts de Chopin me deixaram a certeza de que o polonês é mais popular e apreciado do que eu pensava. O número de downloads foi enorme. Na próxima semana, dia 08, o mundo festejará os 200 anos do nascimento de Schumann. Iniciaremos algo em homenagem ao alemão, também um dos maiores nomes da história do piano. Boa apreciação desse último Chopin com Ashkenazy.

Frédéric Chopin (1810-1849) -Variations, Rondo, Bolero, Cantabile e etc

01 – Variations in A, Op.posth.P1 No.10 (BI 37) (Souvenir de Paganini)
02 – Variations brillantes in B flat on ‘Je vends des Scapulaires’ from Hérold’s Ludóvic , Op.12
03 – Rondo in E flat, Op.16
04 – Bolero in C, A, Op.19
05 – Cantabile in B flat, Op.posth.P2 No.6 (BI 84)
06 – Variation No.6 in E from ‘Hexameron’, Op.posth.S2 No.2 (BI 113)
07 – Largo in E, Op.posth.P2 No.5 (BI 109)
08 – Allegro de Concert in A, Op.46
09 – Trois Nouvelles Études, No.1 in F minor, Op.posthS2 No.3a (BI 130)
10 – Trois Nouvelles Études, No.2 in A flat, Op.posthS2 No.3b (BI 130)
11 – Trois Nouvelles Études, No.3 in D flat, Op.posthS2 No.3c (BI 130)
12 – Tarantelle in A flat, Op.43
13 – Fugue in A minor, Op.posth.P3 No.2 (BI 144)
14 – Feuille d’Album in E, Op.posth.P2 No.12 (BI 151)
15 – Spring (Wiosna) Op.posth.74 No.2 (BI 116)
16 – 2 Bourrées in G & A, Op.posth.D2 No.1 & No.2 (BI 160a)
17 – Galop Marquis in A flat, Op.posth.P2 No.13
18 – Berceuse in D flat, Op.57
19 – Barcarolle in F sharp, Op.60

Vladimir Ashkhenazy, piano

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Carlinus

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 8 in C minor, WAB 108 – REPOSTADO

A fantástica Sinfonia No. 8 de Anton Bruckner foi a última obra sinfônica completada pelo compositor. Há duas versões – a de 1887 e a de 1890. Ela foi dedicada ao imperador Francisco José I da Áustria. Bruckner começou a trabalhar nessa obra no ano de 1884, ou seja, oito anos antes dela ser estreada em 1892 pelo regente Hans Richter. A obra chega a quase uma hora e meia de duração (80 minutos). É um dos daqueles trabalhos sinfonicamente eloquentes típicos do compositor. É uma peça cheia de paisagens reveladoras, de caminhos de tranquilidade. Conseguimos vislumbrar a alma religiosa de Bruckner. O compositor é o homem dos mosteiros, das paisagens frias e alpinas. Um homem de devoção constante, que buscou “exatificar” a sua fé por meio de suas sinfonias. Confesso que mudei de opinião em relação a Bruckner. O trabalho de Bruckner já me foi bastante inamistoso. Todavia, hoje eu mudei de postura em relação ao compositor. Como é bom ouvi-lo. Permitir que a sonoridade densa e maciça nos encha a interioridade. É preciso certa disposição de alma para ouvi-lo. A regência deste fantástico trabalho fica por conta de Karl Böhm, numa gravação que dispensa comentários. Uma boa devoção!

Anton Bruckner (1824-1896) – Symphony No. 8 in C minor, WAB 108

01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Allegro moderato
03. III. Adagio. Feierlich langsam_ doch nicht schleppend
04. IV. Finale. Feierlich, nicht schnell

Wiener Philharmoniker
Karl Bohm, regente

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Carlinus

Frédéric Chopin (1810-1849) – Piano Sonatas, Fantaisie, Variations, Rondo etc (CDs 11 e 12 de 13) – REPOSTADO

Apesar do tempo já transcorrido desde que postei o último CD dessa série, sigamos com o emprrendimento. Pretendo terminar ainda esta semana as postagens. Na próximo semana o mundo comemorará 200 anos do nascimento de Robert Schumann, outro romântico chorão, nascido em 1810 – assim como Chopin. É preciso que pensemos no tipo de homenagem que vamos fazer ao alemão. Enquanto não chega, debulhemos mais dois CDs dessa caixa convincente com Ashkenazy. Bom deleite!

Frédéric Chopin (1810-1849) – Piano Sonatas, Fantaisie, Variations, Rondo etc

DISCO 11

Piano Sonata No.2 in B flat minor, Op.35
01. Grave – Doppio movimento
02. Scherzo
03. Marche funèbre – Lento (Funeral march)
04. Finale – Presto

Piano Sonata No.3 in B minor, Op.58
05. Allegro maestoso
06. Scherzo – Molto vivace
07. Largo
08. Finale – Presto non tanto – Agitato

Fantaisie in F minor, Op.49
09. Fantaisie in F minor, Op.49

DISCO 12

Piano Sonata No.1 in C minor, Op.4
01. Allegro maestoso
02. Menuetto – Allegretto
03. Larghetto
04. Finale – Presto

Variations sur un air national allemand in E, Op.posth.P1 No.4 (BI 14)
05. Variations sur un air national allemand in E, Op.posth.P1 No.4 (BI 14)

Rondo in C minor, Op.1
06. Rondo in C minor, Op.1

3 Écossaises in D, G & D flat, Op.posth.72 No.3 (BI 12)
07. 3 Écossaises in D, G & D flat, Op.posth.72 No.3 (BI 12)

Rondo à la Mazur in F, Op.5
08. Rondo à la Mazur in F, Op.5

Marche funebre in C minor, Op.posth.72 No.2 (BI 20)
09. Marche funebre in C minor, Op.posth.72 No.2 (BI 20)

Contredanse in G flat, Op.posth.A1 No.4 (BI 17)
10. Contredanse in G flat, Op.posth.A1 No.4 (BI 17)

Rondo in C, Op.posth.73a (BI 26) (solo version)
11. Rondo in C, Op.posth.73a (BI 26) (solo version)

Variations in D on a Theme by Thomas Moore for four hands, Op.posth.P1 No.6 (BI 12a)
12. Variations in D on a Theme by Thomas Moore for four hands, Op.posth.P1 No.6 (BI 12a)

Vladimir Ashkénazy, piano

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BAIXAR AQUI CD12

Carlinus

Copa do Mundo: África do Sul 2010 – Hinos dos Países

Faltam apenas dois dias para começar o maior espetáculo da Terra, palpites à parte, o que interessa aqui é a música, e com essa postagem quero revelar o meu interesse pela música marcial e solene das nações. Nesta seleção, feita especialmente para essa copa, temos representados alguns dos mais belos hinos nacionais já compostos. Infelizmente muitos outros não puderam fazer parte desta lista; esses ficarão para uma outra oportunidade. Aqui, tomei a iniciativa de selecionar os hinos de todos os países que farão parte da Copa do Mundo de 2010. Retirados de uma caixa com 8 cds, lançada em 2005, intitulada “The Complete National Anthems of the World”, todos são muito bem interpretados pela Slovak Radio Symphony Orchestra na regência de Peter Breiner. Não vou destacar nenhuma melodia, ouçam e tirem suas próprias conclusões.

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Copa do Mundo: África do Sul 2010 – Hinos dos Países

Grupo A

South Africa
“National anthem of South Africa”
Enoch Sontonga and Reverend ML de Villiers

Mexico
“Himno Nacional Mexicano” (“Mexican National Anthem”)
Jaime Nunó

Uruguay
“Himno Nacional” (“National Anthem”)
Francisco José Debali

France
“La Marseillaise” (“The Song of Marseille”)
Claude Joseph Rouget de Lisle

Grupo B

Argentina
“Himno Nacional Argentino” (“Argentine National Anthem”)
Blas Parera

Nigeria
“Arise O Compatriots, Nigeria’s Call Obey”
Nigerian Police Band, under the directorship of B. E. Odiase

South Korea
“Aegukga” (“The Patriotic Song”) (unofficial)
Ahn Eak-tae

Greece
“Ýmnos eis tīn Eleutherían” (“Hymn to Liberty”)
Nikolaos Mantzaros

Grupo C

England
“God Save the Queen” or King
Unknown

United States
“The Star-Spangled Banner”
John Stafford Smith

Algeria
“Kassaman” (“We Pledge”)
Mohamed Fawzi

Slovenia
“Zdravljica”(7th stanza) (“A Toast”)
Stanko Premrl

Grupo D

Germany
“Das Deutschlandlied” (3rd stanza) (“The Germany Song”)
Joseph Haydn

Australia
“Advance Australia Fair”
Peter Dodds McCormick

Serbia
“Bože pravde” (“God of Justice”)
Davorin Jenko

Ghana
“God Bless Our Homeland Ghana”
Philip Gbeho

Grupo E

Netherlands
“Het Wilhelmus” (“The William”)
Adrianus Valerius

Denmark National
“Der er et yndigt land” (“There is a Lovely Country”)
Hans Ernst Krøyer

Denmark Royal
Kongesangen (“The King’s Anthem”)
Unknown

Japan
“Kimi ga Yo” (“May Your Reign Last Forever”)
Traditional melody of the Meiji period

Cameroon
“O Cameroun, Berceau de nos Ancêtres” (“O Cameroon, Cradle of Our Forefathers”)
René Djam Afame

Grupo F

Italy
“Il Canto degli Italiani” (“The Song of the Italians”)
Michele Novaro

Paraguay
“Paraguayos, República o Muerte” (“Paraguayans, the Republic or Death”)
Françoice Dupuis, and Remberto Giménez

New Zealand
“God Defend New Zealand”
John Joseph Woods

Slovakia
“Nad Tatrou sa blýska” (“Lighting Over the Tatras”)
Folk tune

Grupo G

Brazil
“Hino Nacional Brasileiro” (“Brazilian National Anthem”)
Francisco Manuel da Silva

North Korea
“Aegukka” (“The Patriotic Song”)
Kim Wŏn’gyun

Côte d’Ivoire
“L’Abidjanaise” (“Song of Abidjan”)
Pierre Marie Coty and Pierre Michel Pango

Portugal
“A Portuguesa” (“The Portuguese Song”)
Alfredo Keil

Grupo H

Spain
“La Marcha Real” (“The Royal March”)
Unknown

Switzerland
“Schweizerpsalm” (“Swiss Psalm”)
Alberich Zwyssig

Honduras
“Himno Nacional de Honduras” (“National Anthem of Honduras”)
Carlos Hartling

Chile
“Himno Nacional de Chile” (“National Anthem of Chile”)
Ramón Carnicer

Slovak Radio Symphony Orchestra, Peter Breiner

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Marcelo Stravinsky

Coleção Grandes Compositores 03/33: Beethoven (1770-1827)

Vamos ao terceiro volume da Coleção Grandes Compositores, que está fazendo o maior sucesso, sempre com grandes interpretações, das mais famosas orquestras e dos maiores regentes de todos os tempos.

***

Se passássemos o olhar pelas biografias, comentários, críticas ou estudos sobre músicos e suas obras, veríamos com surpresa como a palavra “gênio” e seus derivados inundam uma boa parte desses escritos, disseminados com uma generosidade completamente injustificada na maior parte dos casos. Adjetivar assim é uma mania utilizada em excesso, chegando às raias do louvor exagerado, fastidioso e, o que é pior, injustificável. A genialidade, infelizmente, é um dom que raramente faz parte da produção humana de ideias, na arte em geral e deveria guardar-se para aqueles escassos seres humanos que realmente a merecem. Se fizéssemos um inventário das personagens que habitam a história da música, veríamos que, dentre os milhares de bons músicos, compositores e intérpretes, muitos realizam um trabalho meritório, de qualidade, de expressão mais ou menos clara das ideias que expõem ou interpretam na escrita ou na leitura, e que por vezes atingem elevadas formas de expressão, mas são muito poucos, dia mesmo raros, os que transmitem uma visão pessoal, um ideal próprio e, na interpretação, uma compreensão que vai além do que está escrito, sendo capazes de revelar o que subsiste diante da quase sempre insuficiente forma de expressão desses sentimentos. Há que considerar que a interpretação da música é uma forma de criação nada fácil, e que, quando é somente leitura e não existe uma personalidade na maneira de pôr em foco, de transmitir, a música que lemos, a criatividade está ausente e não damos à interpretação toda a profundidade que existe em uma ideia musical, pequena ou grande, e porque na criação pura, a composição, também existe maior diversidade de categorias e que nessa diversidade o título de gênio, genial etc. pode e deve aplicar-se com cuidado.

Contudo, a palavra “gênio” pode aplicar-se nesses casos de uma forma indubitável, e Ludwig van Beethoven é indiscutivelmente um deles, não importa que certos literatos, artistas, pensadores, talvez para se fazerem ouvir ou por extravagância, tenham considerado sua música como “sentimentalóide”, insultando-o demonstrando sua estupidez nesse campo e seu desprezo ou desconhecimento de uma obra que ainda pode nos ensinar muito.

Texto de Eduardo Rincón

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Coleção Grandes Compositores Vol. 03: L. van Beethoven

DISCO A
Symphony Nº 5 in C Minor , Op. 67
01. Allegro con brio (7:18)
02. Andante con moto (9:14)
03. Allegro (4:48)
04. Allegro (8:41)

Symphony Nº 6 in F, Op. 68 “Pastoral”
05. Allegro ma non troppo (9:04)
06. Andante molto mosso (10:19)
07. Allegro (3:08)
08. Allegro (3:23)
09. Allegretto (8:25)

Berlin Philharmonic Orchestra, Herbert von Karajan

DISCO B
Leonore Overture Nº 3, Op. 72b
01. Adagio; Allegro (15:03)
Vienna Philharmonic Orchestra, Leonard Bernstein

Piano Concerto Nº 5in E Flat, Op. 73 “Emperor”
02. Allegro (20:15)
03. Adagio un poco mosso (7:36)
04. Rondo: Allegro (10:35)
Wilhelm Kempff, piano
Berin Philharmonic Orchestra, Ferdinand Leitner

Piano Sonata Nº 14 in C Sharp Minor, Op. 27, Nº 2 “Moonlight”
05. Adagio sostenuto (6:01)
06. Allegretto (2:28)
07. Presto (7:05)
Emil Gilels, piano

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição e Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

Há uma tríade maravilhosa nesta postagem: (1) Sergiu Celibidache. O maestro romeno, morto em 1996, era uma figura formidável do mundo da regência. As interpretações do maestro eram absolutamente pessoais e diversas de quaisquer outras que se conheça. É o que podemos testemunhar neste post maravilhosamente imperdível. Há algo de misterioso e fascinante em seus trabalhos. Há uma força que nos chama, que nos convoca à apreciação. É sempre bom ouvir peças regidas pelo velho Sergiu – filósofo, físico e matemático. (2) Mussorgsky. O russo é um dos meus compositores favoritos. Os Seus Quadros em uma exposição são uma das peças mais conhecidas do repertório erudito de todo o mundo. É música genuinamente russa elevada ao cubo. Os Quadros em uma Exposição buscam retratar musicalmente uma visita à exposição das obras de Hartmann, na qual o ouvinte tem como guia o próprio compositor, simbolizando na obra nas diversas Promenades que separam as diferentes seções. (3) Ravel. Aqui temos o Bolero, uma das peças mais conhecidas e aclamadas do século XX. É sempre agradável ouvir o Bolero de Ravel. A melodia do Bolero é simples, repetitiva e envolvente. É uma música que anda em círculos, em volteios, que vão se intensificando e eivando de complexidade. Somos compelidos a acompanhá-lo em sua ciranda agradável. Em suma: este CD deve ser ouvido para ser entendido. Não deixe de ouvir e apreciar. Boa contemplação!

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Quadros em uma Exposição

01. Applause
02. Promenade
03. Gnomus
04. Promenade
05. Il vecchio castello
06. Promenade
07. Tuileries
08. Bydlo
09. Promenade
10. Ballet des petits poussins dans leurs coques
11. Samuel Goldenberg und Schmuyle
12. Limoges- le marché
13. Catacombae- Sepulchrum Romanum
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. La Cabane de Baba-Yaga sur des pattes de poule
16. La Grande Porte de Kiev
17. Applause

Maurice Ravel (1875-1937) – Bolero

18. Applause
19. Tempo di Bolero moderato assai
20 Applause

Münchner Philharmoniker
Sergiu Celibidache, regente

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Carlinus

Sir Paul McCartney (1942) – Duas canções do Oratório de Liverpool

Quando Paul foi mencionado numa postagem de Karl Jenkins que fiz, lembrei que faltava eu postar mais coisas do ex-Beatle aqui no blog. Ano passado teve a Standing Stone (cujo link deve ter expirado há tempos – não vou renová-lo), agora posto duas canções de sua obra de estreia na música clássica: o indisfarçavelmente autobiográfico Oratório de Liverpool, de 1991, escrito com a ajuda do maestro Carl Davis nas orquestrações. Como os arquivos do oratório completo estão em algum back up recôndito em minhas tralhas, disponibilizo este CD demo com as duas melhores canções da obra – dá pra achar a letra na Internet sem muito esforço.

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Oratório de Liverpool

1. Save the child
Soprano: Kiri Te Kanawa; meio-soprano: Sally Burgess; tenor: Jerry Hadley

2. The drinking song
Baixo: Willard White

Orchestra: Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Conductor: Carl Davis

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CVL

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) – Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 e Sinfonia no.2 em F sustenido maior – "para a memória de Liszt" (CD 1 de 4)

Glazunov é um daqueles compositores que provocam sensações glaciais em mim. Explico. Ouvi pouca coisa desse russo que foi professor de Shostakovich, um dos meus compositores favoritos. Por sua vez, Glazunov teve como preceptor o grande Rinsky-Korsakov, que lhe deu um sólida formação. As peças de Glazunov são “vagas” – não em sentido negativo. Cheiram àquelas regiões inóspitas da Ásia Central. Tem o mesmo colorido das tundras da Sibéria ou da Floresta de Taiga. Possui as ressonâncias dos silêncios boreais. Dos mistérios que habitam os raios anêmicos de sol que douram com timidez a sua terra. Gosto de Glazunov. Ele é uma espécie de Elgar russo. Um Vaughan Williams embriagado, mais pesado. Nesta postagem (que não tinha intenção de fazer), encontram-se duas sinfonias do compositor – as de número 1 e 2. Destaco aqui a de número 1, que possui características identificadamente schumannianas. Imagine só! Quando Glazunov a compôs, gozava apenas 16 anos de idade. A peça fez uma sucesso retumbante. Aturdiu os ouvintes que, assustados, mal acreditaram quando viram um jovem com uniforme escolar subir ao palco e pegar o arco do violino para tocar. A sinfonia foi composta em 1881. Não foi para menos, o jovem músico despertou a atenção de Tchaikovsky e Balakirev. Já a sinfonia número 2 (“Em memória de Liszt”), por quem tenho uma relação de afeto, eu já a ouvi muitas vezes em outras ocasiões. Eu costumava escutá-la num programa chamado “Clássicos de Todos os Tempos”, que passa aqui em Brasília todas as noites, na emissora Brasília Super Rádio FM. Páro por aqui. Ouçamos o moço. Permitamos que ele se explique com a sua música “vaga”, mas precisa. Uma boa apreciação!

Alexander Konstantinovich Glazunov (1865-1936) – Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 e Sinfonia no.2 em F sustenido maior – “para a memória de Liszt”

Sinfonia no. 1 em E maior, Op. 5 – “Sinfonia Eslava”
01. Allegro
02. Scherzo:Allegro
03. Adagio
04. Finale

Sinfonia no.2 em F sustenido maior – “Em memória de Liszt”
05. Andante maestoso – Allegro
06. Andante
07. Allegro vivace
08. Introduction e Finale

Moscow Radio Symphony Orchestra
Vladimir Fedoseyev, regente

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Carlinus

Sir Paul McCartney (1942) – Ecce cor meum

Graças a Händel, o oratório – seja sacro, seja profano – transformou-se em um gênero de composição inglês por excelência, tanto pelas características que adquiriu quanto pela predileção de compositores e público. Por isso mesmo, quando Paul se aventurou pelas searas da música de concerto decidiu seguir o caminho mais previsível, através do Oratório de Liverpool. Não foi lá essas coisas todas, mas rendeu o encorajamento suficiente para não parar. Depois vieram Standing Stone, o CD A garland for Linda e Working Classical, até surgir este segundo oratório, Ecce cor meum (Eis meu coração), que – se não chega a ser Händel (“é, né?”) – ficou muito bem acabado. O álbum acabou rendendo a Paul o Classical British Award de melhor CD em 2007, numa votação em que o segundo lugar foi Canções do Labirinto, de Sting. Tudo bem, foi voto popular, mas eu também daria esse crédito ao ex-Beatle pelo esforço. Vejamos o que vocês dizem.

***

Ecce cor meum

1. I. Spiritus
2. II. Gratia
3. Interlude (Lament)
4. III. Musica
5. IV. Ecce Cor Meum

# Performer: David Theodore, Colm Carey, Mark Law, Kate Royal
# Orchestra: Academy of St. Martin-in-the-Fields
# Conductor: Gavin Greenaway

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CVL

Ralph Vaughan Williams (1872-1958) – Sinfonia No. 3, "Pastoral" e Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 6 em Fá maior, Op. 68 – "Pastoral"

Duas sinfonias pastorais. Não preciso dizer que estão entre as minhas peças favoritas. Tenho uma paixão incondicional por essas duas peças. São demonstrações de grande sensibilidade e de uma relação de respeito contemplativo para com a natureza. A Sinfonia No. 3 de Williams ou Sinfonia Pastoral como também é conhecida foi composta entre 1921 e 1922. Vaugham Williams teria arranjado motivos para compô-la em homenagem aos mortos e feridos durante a I Guerra Mundial. Ela se constituiria, assim, numa meditação possível sobre os sons da paz. A Sinfonia Pastoral apesar do nome sugestivo não é programática como a Sinfonia Pastoral de Beethoven. Interessante é saber que Vaughan Williams afirmava que essa composição não tinha nada a ver com a paisagem campestre das charnecas inglesas. O compositor a inseria num contexto bélico, afinal ele servira na Primeira Grande Guerra. A peça tem um caráter bucólico. É como se o tempo estivesse parado. Como se as estações se sucedessem. Como se um carro de boi, típico na paisagem do campo, seguisse na distância e nós ficassêmos a olhar na imensidão, parados. A outra peça dispensa comentários. É a conhecida e aclamada Sinfonia Pastoral de Beethoven, peça para a qual não faço qualquer concessão. É uma das minhas favoritas. Não deixe de ouvir este CD, pastoralmente, imperdível. Boa apreciação!

Ralph Vaughan Williams (1872-1958) – Sinfonia No. 3, “Pastoral”*

01. I. Molto moderato
02. II. Lento moderato
03. III. Moderato pesante
04. IV. Lento – Moderato maestoso

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 6 em Fá maior, Op. 68 – “Pastoral

05. I. Allegro ma no troppo
06. II. Andante molto nosso
07. III. Allegro
08. IV Allegro
05. Allegretto

Royal Concertgebouw Orchestra
Sir Roger Norrington, regente
*Sibylla Rubens, soprano

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Carlinus

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – A Flauta Mágica (Die Zauberflöte) – ópera

Era agosto ou setembro de 2008. O período da estiagem estava atingindo o seu ponto mais crítico no Centro-Oeste. Nestes meses, Brasília se transforma num Saara brasileiro por conta do clima. A umidade do ar atinge níveis muito baixos. O calor é escaldante. Todavia, parece existir uma recompensa por conta desses rigores. Os dias quentes proporcionam fins de tardes fenomenais. Os ocasos são verdadeiros partos piscodélicos. A tintura vermelha do sol derrama-se por todos os lados. As nuvens no céu são como gases ensaguentadas. A vegetação seca. Uma névoa leitosa , empoeirada e espessa envolve todas as coisas. Esse era o cenário aqui em Brasília. Chovera em maio. Ou seja, o Planalto estava há três meses sem sentir o alívio da chuva. Por este tempo fiquei sabendo que a ópera A Flauta Mágica de Mozart seria apresentada no gramado da Esplanada dos Ministérios. Fiquei profundamente entusiasmado com a notícia. A regência seria do memorável maestro Silvio Barbato, morto em maio de 2009, ou seja, há quase 1 ano no vôo da Air France, infelizmente. Tive a oportunidade de ver o Barbato em outros eventos à frente da Sinfônica do Teatro Nacional aqui em Brasília regendo Mozart, Mahler e Brahms. O maestro era um empreendedor nesse sentido. Em 2006, quando da ocasião da comemoração dos 250 anos do nascimento de Mozart, Barbato resolveu homenagear o compositor promovendo 12 horas seguidas de música do gênio austríaco. Em outras ocasiões, quando era o regente titular da Sinfônica do Teatro Nacional, promovia concertos itinerantes pela cidades-satélites – Gama, Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga. Isso consituía um ato de excelência no sentido de democratizar a música clássica. Mas voltemos ao evento que teria A Flauta Mágica. Era um sábado à noite. Um palco foi montado e um extraordinário cenário foi erguido para representação da obra. O público eclético estava nas arquiancadas. Barbato que um ano antes regera Carmen de Bizet, fez a devida apresentação da obra mozartiana. A orquestra fazia o seu trabalho, Barbato regia, os cantores no palco misturavam vozes com encenações teatrais; dois telões foram montados, mostrando o que acontecia no palco e ao mesmo tempo a tradução da obra que era cantada em alemão. Fantástico. Estava embasbacado. Uma estupefação tomava conta de mim, pois esta é uma das obras de Mozart que mais ouvi e gosto. Não costumo ouvir óperas, mas esta é diferente. Possui árias belíssimas. Uma temática mística que impressiona. O fato é que quando os cantores entoavam as árias mais suaves de A Flauta Mágica, eu me sentia preso àquela musicalidade. Mas o inusitado aconteceu: após três meses sem chuva, uma garoa fina começou a cair, levantando o cheiro de terra molhada. O maestro foi resistente aos primeiros pingos. Mas como a orquestra estava tocando ao ar livre, Barbato acabou explicando a necessidade de parar o concerto. Fiquei imensamente triste com aquilo. Tentei me refugiar em algum lugar. De repente, um milagre: a chuva parou. Todavia, a maioria do público abandonou o espetáculo. Barbato decidiu dar continuidade à obra. Novas sucessões de cantos extraordinárias. Até que a Rainha da Noite apareceu, cantou e a chuva tornou-se firme e aí Barbato com sua voz peculiar avisou: “Gente, infelizmente não dá para continuar. Temos aqui na orquestra instrumentos delicadíssimos e caros. Expô-los a água é perigoso, pois são imensamente sensíveis”. Aquilo me constenou. Como que fica sem chover por três meses e a chuva reaparece justamente naquela ocasião, quando a beleza estava sendo desvelada? São as ironias da natureza. Os segredos inopinados das horas, dos dias, do tempo. Aquela foi a última ocasião em que vi Silvio Barbato regendo. Que pena! Mas fica aqui a certeza de uma extraordinária peça. A Flauta Mágica é, se não estou enganado, a penúltima ópera de Mozart, posto que a última é A Clemência de Tito, de 1791. Ou seja, o ano da morte do compositor. A ópera acontece em dois atos. Abbado fica engarregado por conduzir esta gravação à frente da Mahler Chamber Orchestra. Foi realizada em 2006 em homenagem aos 250 anos do nascimento de Mozart. Comemoração mais que merecida. Não deixe de ouvir esta gravação e se deliciar com os elementos variados dessa, que é uma das maiores óperas de todos os tempos – alegria, amor, tristeza, ambição, poder, mistérios maçônicos, mitologia. Tudo isso pode ser encontrado nesta obra. Boa apreciação!

Para saber mais sobre a obra AQUI:

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – A Flauta Mágica (Die Zauberflöte)

CD 1

01. Ouverture
02. Nr. 1 Introduktion »Zu Hilfe! Zu Hilfe!« (Tamino, Die drei Damen)
03. Nr. 2 Arie »Der Vogelfanger bin ich ja« (Papageno)
04. »Papageno!« – »Ah! Das geht mich an!« (Die drei Damen, Papageno, Tamino)
05. Nr. 3 Arie »Dies Bildnis ist bezaubernd schon« (Tamino)
06. »Freue dich und fasse Mut, schoner Jungling!« (Die drei Damen, Tamino)
07. Nr. 4 Rezitativ und Arie »O zittre nicht, mein lieber Sohn!« (Königin der Nacht)
08. Nr. 5 Quintett »Hm, hm, hm« (Papageno, Tamino, Die drei Damen)
09. »Ha, ha, ha!« – »Pst, pst!« (Die drei Slaven)
10. Nr. 6 Terzett »Du feines Taubchen, nur herein!« (Monostatos, Pamina, Papageno)
11. »Bin ich nicht ein Narr« (Papageno, Pamina)
12. Nr. 7 Duett »Bei Mannern, welche Liebe fuhlen« (Pamina, Papageno)
13. Nr. 8 Finale »Zum Ziele fuhrt dich diese Bahn« (Die drei Knaben, Tamino, Priester, Sprecher, Chor)
14. »Wie stark ist nicht dein Zauberton« (Tamino)
15. »Schnelle Fube, rascher Mut« (Pamina, Papageno, Monostatos, Sklaven, Chor)
16. »Es lebe Sarastro! Sarastro soll leben!« (Chor, Pamina, Sarastro, Monostatos, Tamino)
17. Nr. 9 Marsch der Priester
18. »Ihr, in dem Weisheitstempel« (Sarastro, Zweiter Priester, Sprecher, Dritter Priester)
19. Nr. 10 Arie mit Chor »O Isis und Osiris« (Sarastro, Chor)
20. »Eine schreckliche Nacht!« (Tamino, Papageno, Sprecher, Zweiter Priester)
21. Nr. 11 Duett »Bewahret euch vor Weibertucken!« (Erster Priester, Zweiter Priester)

CD 2

01. Nr. 12 Quintett »Wie Wie Wie Ihr an diesem Schreckensort« (Die drei Damen, Papageno, Tamino, Priester
02. »Heil dir, Jüngling! Dein standhaft männliches Betragen« (Sprecher, Zweiter Priester, Papageno)
03. Nr. 13 Arie »Alles fühlt der Liebe Freuden« (Monostatos)
04. Nr. 14 Arie »Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen« (Königin der Nacht)
05. »Morden soll ich« (Pamina, Monostatos, Sarastro)
06. Nr. 15 Arie »In diesen heil’gen Hallen« (Sarastro)
07. »Hier seid ihr euch beide alleine überlassen« (Sprecher, Zweiter Priester, Papageno)
08. Nr. 16 Terzett »Seid uns zum zweitenmal willkommen« (Die drei Knaben)
09. »Tamino, wollen wir nicht speisen« (Papageno) – »Tamino! Du hier« (Pamina)
10. Nr. 17 Arie »Ach, ich fühl, es ist verschwunden« (Pamina)
11. »Nicht wahr, Tamino, ich kann auch schweigen« (Papageno)
12. Nr. 18 Chor der Priester »O Isis und Osiris (Chor)
13. »Prinz, dein Betragen war bis hieher männlich und gelassen« (Sarastro, Pamina)
14. Nr. 19 Terzett »Soll ich dich, Teurer, nicht mehr seh’n« (Pamina, Sarastro, Tamino)
15. »Tamino! Tamino! Willst du mich denn gänzlich verlassen« (Papageno, eine Stimme, Die drei Priester)
16. Nr. 20 Arie »Ein Mädchen oder Weibchen wünscht Papageno sich!« (Papageno)
17. »Da bin ich schon, mein Engel!« (Das alte Weib, Papageno)
18. Nr. 21 Finale »Bald prangt, den Morgen zu verkünden« (Die drei Knaben, Pamina)
19. »Der, welcher wandert diese Straße voll Beschwerden« (Die Geharnischten, Tamino, Pamina)
20. »Papagena! Papagena! Papagena! Weibchen! Täubchen!« (Papageno, Die drei Knaben, Papagena)
21. »Nur stille, stille, stille, stille!« (Monostatos, Königin der Nacht, Die drei Damen)

Mahler Chamber Orchestra
Claudio Abbado, regente
Arnold Schoenberg Chor
Sarastro—————René Pape
Rainha da Noite——–Erika Miklósa
Pamina—————-Dorothea Röschmann
Tamino—————-Christoph Strehl
Papageno————–Hanno Müller-Brachmann
Papagena————–Julia Kleiter
Sprecher————–Georg Zeppenfeld
Monostatos————Kurt Azesberger
3 Damen————–Caroline Stein, Heidi Zehder, Anne-Carolyn Schlüter
3 Knaben————-Alexander Lischke, Frederic Jost, Niklas Mallmann

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio em Si bémol maior, Op. 11 e Trio em Mi bémol maior, Op. 38

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Quanto mais escuto Beethoven, mais robustece dentro de mim a percepção de que estou diante de uma dádiva, de um evento sacralizante. Beethoven era um homem de personalidade dura, indomável, mas de um gênio, de uma capacidade de fecundar ímpetos de sensibilidade. Não me canso de ouvir o mestre alemão. Minha paixão pela sua música é um acontecimento que me aviva. Faz surgir dentro de mim um contetamento ensolarado. Uma alegria silenciosa e reverente. Não é a alegria que surge de dentes escancarados, cínica, extravagante. É uma alegria que me leva a mim mesmo e me torna mais complacente para com comigo e para com os demais homens. Beethoven depura em mim o “sim”e o “não” da vida e me torna capaz de acreditar de que viver vale a pena. Estes dois deliciosos trios traduz em completa exatidão aquilo que minhas palavras parcas não foram capazes de pintar. Ouça e aprecie!

P.S. Encontrei o CD somente na Amazon francesa.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio em Si bémol maior, Op. 11 e Trio em Mi bémol maior, Op. 38

Trio en Si bémol majeur, Op. 11
01. I. Allegro con brio
02. II. Adagio
03. III. Tema con variazioni ‘Pria ch’io l’impregno’

Trio en Mi bémol majeur, Op. 38
04. I. Adagio- Allegro con brio
05. II. Adagio cantabile
06. III. Tempo di minuetto
07. IV. Tema con variazioni
08. V. Scherzo
09. VI. Andante con moto alla marcia – Presto

Florent Héau, clarinete
Jérome Ducros, piano
Henri Demarquette, violoncelo

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Carlinus

Arnold Schoenberg (1874-1951) – Gurre-lieder

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Gurre-Lieder é uma cantata composta por Arnold Schoenberg a partir de uma obra do escritor dinamarquês Jens Peter Jacobsen (traduzido para o alemão por Robert Franz Arnold). A tradução para o português seria mais ou menos assim: “canções de Gurre”. Gurre é um castelo medieval situado na Dinamarca. O poema trata sobre amor, assassinato e revelações tenebrosas. A obra é dividida em três partes. Schoenberg someçou a composição desse monumental trabalho em 1900 e somente concluiu em 1911. É uma obra gigantesca, de quase 100 minutos, que exige bastante disciplina para ser ouvida. O Mi bemol inicial é sufocante como uma sauna a vapor – uma imitação do Anel de Wagner, já que estamos falando da fase inicial de Schoenberg? A gravação ora apresentada é ao vivo. Mais informações AQUI. As informações das faixas foram extraídas a partir de uma gravação de Simon Rattle encontrada na Amazon.

Arnold Schoenberg (1874-1951) – Gurre-lieder

1. Gurrelieder, Part One: Orchestral Prelude
2. Gurrelieder, Part One: Nun dämfpt die Dämm’rung (Waldemar)
3. Gurrelieder, Part One: O, wenn des Mondes Strahlen (Tove)
4. Gurrelieder, Part One: Ross! Mein Ross! (Waldemar)
5. Gurrelieder, Part One: Sterne jubeln (Tove)
6. Gurrelieder, Part One: So tanzen die Engel vor Gottes Thron nicht (Waldemar)
7. Gurrelieder, Part One: Nun sag ich dir zum ersten mal (Tove)
8. Gurrelieder, Part One: Es ist Mitternachtszeit (Waldemar)
9. Gurrelieder, Part One: Du sendest mir einen Liebesblick (Tove)
10. Gurrelieder, Part One: Du wunderliche Tove! (Waldemar)
11. Gurrelieder, Part One: Orchestral interlude
12. Gurrelieder, Part One: Tauben von Gurre (Waldtaube)
13. Gurrelieder, Part Two: Herrgott, weisst du, was du tatest
14. Gurrelieder, Part Three: Erwacht, König Waldemars Mannen wert! (Waldemar)
15. Gurrelieder, Part Three: Deckel des Sarges klappert (Bauer & Chor)
16. Gurrelieder, Part Three: Gegrüsst, o König (Waldermars Männen)
17. Gurrelieder, Part Three: Mit Toves stimme flüstert der Wald (Waldemar)
18. Gurrelieder, Part Three: ‘Ein seltsamer Vogel ist so’n Aal’ (Klaus-Narr)
19. Gurrelieder, Part Three: Du strenger Richter droben (Waldemar)
20. Gurrelieder, Part Three: Der Hahn erhebt den Kopf zur Kraht
21. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Orchestral Prelude
22. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Herr Gänsefuss, Frau Gänsekraut (Sprecher)
23. Gurrelieder, Des Simmerwindes wilde Jagd: Seht die Sonne (Chor)

 

Bavarian Radio Chorus Bavarian
Radio Symphony Orchestra

Zubin Mehta, regente

Sharon Sweet, Tove
Florence Quivar, Waldtaube
Jon Frederic West, Waldemar
Hans Hotter, Erzähler
Jon Garrison, Klaus Narr
David Wilson-Johnson, Bauer

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Carlinus

José Manuel Joly Braga Santos (1924-1988) – Sinfonias n° 1 a 6 (exceto a 4) + Fernando Lopes-Graça (1906-1994) – Sinfonia, Suíte rústica n° 1 e Canto de amor e morte

Os arquivos e comentários deste post foram enviados pelo José Eduardo. Acho que é a primeira postagem do blog sobre música portuguesa do séc. XX – mais uma lacuna aqui preenchida (update: deixou de ser com o post do mano CDF no início do mês). Realmente, como vocês podem ler abaixo e ouvir em seguida, Braga Santos tem pontos de semelhança com Camargo Guarnieri, que pensei ser um compositor sem paralelos. E tanto Braga Santos quanto Lópes-Graça são compositores de mão cheia.

CVL

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Fernando Lopes-Graça é provavelmente o principal compositor português, junto com Carlos Seixas e João Domingos Bomtempo (cada um de uma época, portanto). Ele se insere claramente na linha bartókiana de um modernismo bastante claro na forma, ritmicamente vigoroso, contrapontisticamente hiperativo e de harmonia com muitos toques modais, relativamente modesta no uso de dissonância e, sobretudo, que se apóia de maneira bastante inteligente no folclore e na cultura popular.

A Sinfonia que mandei, dita “Per orchestra”, é em três movimentos bem delineados, sendo o último uma passacaglia sobre um tema folclórico. É a única sinfonia do autor. Gosto muito da peça. O sabor modal lembra um pouco Vaughan Williams e Ernest Moeran, mas a ênfase rítmica e a limpidez incrível da forma o aproximam muito mais de Camargo Guarnieri.

A “Suíte rústica” no. 1 (ele escreveu mais duas, uma para orquestra de cordas e outra para piano) é uma peça em seis partes, cada uma baseada em um tema popular de uma região de Portugal: Oliveira do Hospital, Foz Côa, Reguengos de Monsaraz, Póvoa do Lanhoso, Pegarinhos e Beira. É uma delícia, os temas folclóricos são facilmente discerníveis e, ao mesmo tempo, são transformados por harmonia e orquestração bastante sofisticadas.

Joly Braga Santos teve uma carreira menos ilustre e foi menos reconhecido em vida. É, digamos, uma redescoberta mais recente, devida principalmente ao trabalho do regente Álvaro Cassuto. É o compositor português da moda nos países anglófonos. O David Hurwitz, do ClassicsToday, adora Braga Santos.

É um compositor praticamente contemporâneo de Lopes-Graça, porém pertencente a uma linha bem diferente, mais conservadora. Braga Santos foi um compositor precoce, e quatro de suas seis sinfonias foram escritas antes de seus 27 anos – são obras de juventude, surpreendemente bem realizadas.

Sua linguagem lembra Sibelius, Respighi e, principalmente, Vaughan Williams. A forma é bem expandida, os desenvolvimentos são alongados e comumente nascem de um estático inicial que vai acumulando tensão até um grande clímax. A harmonia mistura modalismo e cromatismo pós-wagneriano. As melodias são longas e muito bem desenhadas. A cor orquestral é costumeiramente escura, densa.

As duas sinfonias que mandei, a Segunda e a Terceira, são obras em grande escala. São bem parecidas, quase intercambiáveis entre si. Ambas têm quatro movimentos: os externos mais dramáticos, com longas introduções lentas; um segundo movimento adagio reflexivo; e um scherzo mais próximo do intermezzo brahmsiano do que do scherzo bruckneriano.

Elas surpreendem por terem sido escritas, e tão bem, por um compositor tão jovem. Mas, embora repletas de belíssimos momentos, são obras bastante derivativas. Overall, acho que valem sim a curiosidade.

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Sinfonia no. 2
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

Sinfonia no. 3
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

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A gravação tem um som meio “de lata”, equalização alta – parece de música popular – e pobreza de detalhes. Ela faz parte de uma série de registros de música portuguesa realizada nos anos 90 no Leste Europeu, principalmente Hungria. É bastante curioso. Adoraria ouvir essas peças em som moderno e com intérpretes mais refinados. As sinfonias de Braga Santos tiveram mais sorte e foram magnificamente gravadas pela Marco Polo/Naxos.

Fernando Lopes-Graça (1906-1994)

Sinfonia “per orchestra”, op. 38
Suíte rústica no. 1, sobre temas folclóricos portugueses, op. 64

Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 6
Ana Ester Neves, soprano
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

“Encruzilhada”, música para balé
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

É o complemento dos CDs do Braga Santos que enviei antes. Tem a Sinfonia no. 6 e o balé “Encruzilhada”, todos da última fase, “abstrata” (apud CROWL, Harry), do compositor. Em geral, essa fase não me desperta, infelizmente, maior interesse.

A Sexta Sinfonia tem uma estrutura diferente das demais sinfonias de Braga Santos. É estruturada em seis movimentos executados em um só fôlego. A partir da segunda metade surgem as intervenções corais, com soprano solo (há texto, inclusive, de Camões).

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 1
Sinfonia no. 5
Orquestra Sinfônica Portuguesa

A Primeira é a minha sinfonia de Braga Santos favorita. Ela tem a mesma linguagem das quatro primeira sinfonias do autor – pós-romântica de toques modais alla Vaughan Williams – mas tem uma modelagem formal diferente. É em três movimentos, sendo que o último, batante poderoso, ainda não tem o início lento habitual do autor – ele prefere aqui incorporar ao finale um trio mais contemplativo, curiosamente parecido com o trio do scherzo da Segunda Sibelius (aquelas notas repetidas no oboé!). A sinfonia termina com um “apêndice” gradioso em estilo bruckneriano, culminando em fortes acordes espaçados (como na Quinta de Sibelius). As múltiplas influências indicam a relativa pouca maturidade do autor, mas a música é em muitos momentos realmente emocionante.

A Quinta pertence a fase posterior da carreira do Braga Santos. Sua linguagem é mais densa, dissonante, misteriosa. A música de Braga Santos já era densa, sombria. Aqui ela se torna realmente escura. Ao contrário das três sinfonias anteriores, a Quinta coloca o scherzo em segundo lugar, e é justamente ele o destaque da obra. Ele é inspirado em um ritmo moçambicano da região de Zavala. A peça mistura um ritmo constante nas percussões (xilofone, celesta) com uma harmonia fantasmagórica.

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Fernando Lopes-Graça

“Canto de amor e morte”
Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

É o complemento do álbum da Sinfonia e da Suíte rústica no. 1, que já mandei. É, segundo várias fontes, uma grande obra-prima da música portuguesa. Foi composta em 1961 para piano e quinteto de cordas, e orquestrada no ano seguinte. É uma espécie de longo poema sinfônico, de forma livre, em estilo cromático-extremado-quase-não-tonal. É música grave, seriíssima, sisuda, carrancuda. Talvez seja por essa cara feia e sem humor que eu, mesmo reconhecendo sua potência e relevância, nunca tenha sido frequentador assíduo da obra.

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Noneto, Quarteto simbólico e peças para violão

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD importado traz – não sei por que motivo, mas agradeço – duas interpretações do Noneto e duas do Quarteto Simbólico, sendo completado – também sem razão aparente – por algumas peças para violão. As interpretações das duas obras principais não fazem frente à de Gil Jardim, postada no início do ano aqui no blog, mas valem como preciosidade; até porque as peças para violão estão nas mãos de Bream, Segovia e Laurindo Almeida.

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Villa-Lobos: Nonetto; Quatuor

1. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
2. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement – Allegro con moto
3. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement – Andantino
4. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement – Allegro deciso
5. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
6. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement
7. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement
8. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement
9. Estudio, for guitar No. 8 in C sharp minor, A. 235/8
10. Prelúdio, for guitar No. 3 in A minor, A. 419/3
11. Estudio, for guitar No. 1 in E minor, A. 235/1
12. Prelúdio, for guitar No. 2 in E major, A. 419/2
13. Prelúdio, for guitar No. 4 in E minor, A. 419/4
14. Prelúdio, for guitar No. 5 in D major, A. 419/5
15. Gavotta-Chôro, for guitar (Suite populaire brésilienne No. 4), A. 020/4

# Performer: Concert Arts Ensemble, Andrés Segovia, Julian Bream, Laurindo Almeida, Elsie Houston
# Orchestra: The Brazilian Festival Orchestra, The Brazilian Festival Quartet
# Conductor: Roger Wagner, Hugh Ross

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CVL

Coleção Grandes Compositores 02/33: W.A. Mozart (1756-1791)

Atendendo a pedidos, estarei continuando a Coleção Grandes Compositores, que teve início com Tchaikóski no primeiro volume.

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Qual teria sido a inspiração de Mozart para compor suas três últimas sinfonias? Apesar de quase dois séculos de sérias pesquisas e da criação de várias histórias de ficção (inclusive a peça e o filme Amadeus, de grande sucesso), os últimos anos da vida de Mozart permanecem envoltos em mistério. Persistem muitas questões acerca de sua morte, das circunstâncias financeiras e de seu casamento, mas nada disso é mais intrigante do que o aparecimento de sua famosa “trilogia final” – Sinfonia Nº 39, 40 e 41 – após seis semanas de febril criação, no verão de 1788.

Raramente Mozart produzia trabalhos substanciais sem ter em mãos uma encomenda, ou pelo menos uma perspectiva de apresentação; no entanto, ninguém jamais soube de alguma ocasião planejada para a apresentação dessas sinfonias. Simplesmente, não sabemos o que inspirou tal criação extraordinária e nem mesmo se Mozart chegou a ouvir essas composições, que coroaram suas realizações no campo da música orquestral.

A questão causa ainda maior perplexidade se considerarmos a totalidade da obra sinfônica de Mozart. Pois, embora ele já registrasse a autoria de mais de quatro dúzias de sinfonias na ocasião em que passou para o papel a trilogia final, a maioria dessas peças datava de sua juventude. Mozart chegou à sinfonia, assim como a todos os gêneros musicais, em idade muito tenra. Suas primeiras obras sinfônicas datam de 1764 e foram produzidas sob o olhar vigilante de J. C. Bach, filho mais novo de Johann Sebastian, que por amizade auxiliou o compositor de 8 anos de idade durante sua estadia em Londres, em uma de suas famosas tournées de menino prodígio.

Talvez a explicação mais convincente para as sinfonias de 1788 seja que Mozart as escreveu para atender a uma necessidade artística interior – um desejo de dar livre curso a seus poderes de criação e fazer um ” apelo à eternidade”, conforme sugere Alfred Einstein, eminente estudioso de Mozart. A música, com certeza, apoia esse ponto de vista, pois em momento algum Mozart superou essas sinfonias, tanto em beleza formal quanto em profundidade de expressão.

Nenhum compositor se exprimiu em tão múltiplas facetas quanto Mozart. Ele criou música virtualmente em todas as formas a seu alcance – concertos, sonatas, sinfonias, óperas, música de câmara – , infundindo seu gênio em cada nova peça. Uma serenata casual para a festa nos jardins de um nobre, um simples quarteto de cordas ou o acompanhamento de uma missa, podiam ser o estímulo para sua imaginação musical. Conforme observa Alfred Einstein: “Mesmo quando Mozart tem uma tarefa rotineira a realizar, ele a toma para si como se fosse muito mais que uma rotina.”

Fonte: Trechos retirados do encarte do cd

Boa audição!

.oOo.

Coleção Grandes Compositores Vol. 02: W.A. Mozart

DISCO A
Sinfonia Nº 40 em Sol Menor, K. 550

01. I. Molto Allegro (8:29)
02. II. Andante con moto (8:13)
03. III. Menuetto: Allegretto (4:50)
04. IV. Allegro assai (9:13)
Orquestra Filarmônica de Viena, Leonard Bernstein

Sinfonia Nº 41 em Dó, K. 551 “Júpiter”
05. I. Allegro vivace (11:55)
06. II. Andante cantabile (9:07)
07. III. Menuetto: Allegretto (5:14)
08. IV. Molto Allegro (11:38)
Orquestra Filarmônica de Viena, Leonard Bernstein

DISCO B
Abertura, As Bodas de Fígaro, K. 492

01. Presto (4:09)
Academia de St. Martin in the Fields, Sir Neville Marriner

Concerto para Piano Nº 21 em Dó, K. 467
02. I. Allegro (14:49)
03. II. Andante (7:01)
04. III. Allegro vivace assai (6:33)
Mitsuko Uchida, piano
Orquestra de Câmara Inglesa, Jeffrey Tate

Serenata em Sol, “Eine Kleine Nachtmusik”, K. 525
05. I. Allegro (5:47)
06. II. Romance: Andante (5:55)
07. III. Menuetto: Allegretto (2:03)
08. IV. Rondó: Allegro (3:54)
Conjunto de Câmara da Academia St. Martin in the Fields

Sonata para Paino Nº 15 em Dó , K. 545
09. I. Allegro (4:33)
10. II. Andante (7:00)
11. III. Rondó: Allegretto (2:00)
Mitsuko Uchida, piano

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Violin Concertos (complete)

Já fazia algum tempo que eu havia separado este CD para postar. Não sei o porquê de ter demorado tanto para trazê-lo à tona. Talvez estivesse tentando achar uma ocasião especial. Mas sou sabedor de que para postar Mozart não existe uma condicional. Wolfgang é bem vindo todos os dias, independente da ocasião. E digo mais: não se trata de qualquer post de Mozart. Traz os 5 concertos para violino, algo para o qual dispensamos maiores comentários. Vale um pequeno adendo sobre o violinista. Simplesmente Giuliano Carmignola, um dos maiores nomes para o instrumento na atualidade. É uma grande gravação na qual conseguimos perceber toda mestria e versatilidade do moço interpretando esses magníficos concertos compostos por Mozart no ano de 1775. Carmignola toca em um violino de época, o Pietro Guarnieri di Venezia, de 1733. Vale a pena conferir. Boa apreciação!

P.S. Quem quiser ter um extraordinário encontro com esses concertos, numa fusão de belas cenas naturais, poesia e literatura, assista ao filme sino-francês Balzac e a costureirinha chinesa.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Violin Concertos (complete)

Disco 1

Violin Concerto No. 1 in B flat major, KV 207
01. Allegro moderato
02. Adagio
03. Presto

Rondo for violin & orchestra in flat major, KV 269
04. Allegro

Violin Concerto No. 2 in D major, KV 211
05. Allegro moderato
06. Andante
07. Rondeau, allegro

Violin Concerto No. 3 in G major, KV 216
08. Allegro
09. Adagio
10. Rondeau, allegro

Disco 2

Violin Concerto No. 4 in D major, KV 218
01. Allegro
02. Andante cantabile
03. Rondeau, andante grazioso-allegro ma non troppo

Violin Concerto No. 5 in A major, KV 219
04. Allegro aperto
05. Adagio
06. Rondeau, tempo di menuetto

Adagio for violin & orchestra in E major, KV261
07. Adagio for violin & orchestra in E major, KV261

Rondo for violin & orchestra in C major, KV 373
08. Rondo for violin & orchestra in C major, KV 373

Il Quartettone
Carlo de Martini, diretor
Giuliano Carmignola, violino

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2004

Aqui vai o terceiro CD (na verdade, o primeiro dos três) com Minczuk e a Orquestra Acadêmica de Campos do Jordão – assim, vocês poderão apreciar melhor a peça de Marlos Nobre que o Dudamel regeu no YouTube – e ainda tem a bela oitava sinfonia de Dvorák.

01-04. Sinfonia n° 8, de Dvorák
05. Kabbalah, de Marlos Nobre
06. Dança húngara n° 5, de Brahms

BAIXE AQUI

CVL

Eli-Eri Moura (1963) – Música instrumental

Ao se ouvir a obra de Eli-Eri Moura, há de se distinguir dois compositores: o acessível, que compõe obras tonalíssimas como a ópera Dulcineia e Trancoso e o Réquiem Contestado, e o hermético, do CD com obras de câmara postado aqui no blog no início do ano.

No presente álbum vocês poderão comparar as duas tendências do compositor paraibano juntas. Se em Circumsonantis e Nouer III o ouvinte mais convencionalista pode tomar abuso ou arrumar outra coisa pra fazer, em Recordabilis Bach ele pode imaginar a neve caindo dentro de seu próprio quarto e ser impelido a montar um presépio fora de época (ouça pra saber por quê).

E não há nenhuma discrepância ou indissociabilidade entre as duas facetas de Eli-Eri: ele simplesmente parte de uma ideia musical e a articula conforme as linguagens que lhe permitirem melhor expressão.

***

Saiba tudo sobre o CD neste link. Por lá mesmo você pode baixar todas as faixas e respectivas partituras (quer dizer, as partituras não achei), senão baixe as faixas AQUI.

CVL

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2006

Hoje vai o CD com a Orquestra Acadêmica tocando as Ritmetrias do Edino Krieger. A captação de som desses CDs em Campos do Jordão ficou longe das melhores, mas é louvável a iniciativa de se lançarem esses discos com os registros do melhor festival de inverno da América Latina. Por isso, aproveitem.

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01 Glinka – Abertura da Ópera Russlan e Ludmila 5m45s
02 I – Andante sostenuto 18h21s
03 II – Andantino in modo canzona 8m55s
04 III – Scherzo – Allegro 5m32s
05 IV – Allegro con fuoco 8m56s
06 Edino Krieger – Ritmetrias – Variações rítmicas sobre um metro contínuo 6m52s

Roberto Minczuk e a Orquestra Acadêmica

BAIXE AQUI

CVL

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas (CDs 9 e 10 de 13)

Mazurka é uma dança folclórica polonesa. As mazurkas ficaram conhecidas e imortalizadas por causa das composições de Frédéric Chopin. O compositor deu um caráter diferenciado a esse tipo de construção. O polonês imprimiu um sentido mais clássico a essas composições, incluindo nisso contraponto e fugas. Estes dois CDs são uma ótima oportunidade para um devaneio nesta noite de sexta-feira. FDP (acho) postou há algum tempo atrás as Mazurkas de Chopin com Arthur Rubinstein. Boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas

Disco 09

01 – Mazurka No.1 in F sharp minor, Op.6 No.1
02 – Mazurka No.2 in C sharp minor, Op.6 No.2
03 – Mazurka No.3 in E, Op.6 No.3
04 – Mazurka No.4 in E flat minor, Op.6 No.4
05 – Mazurka No.5 in B flat, Op.7 No.1
06 – Mazurka No.6 in A minor, Op.7 No.2
07 – Mazurka No.7 in F minor, Op.7 No.3
08 – Mazurka No.8 in A flat, Op.7 No.4
09 – Mazurka No.9 in C, Op.7 No.5
10 – Mazurka No.10 in B flat, Op.17 No.1
11 – Mazurka No.11 in E minor, Op.17 No.2
12 – Mazurka No.12 in A flat, Op.17 No.3
13 – Mazurka No.13 in A minor, Op.17 No.4
14 – Mazurka No.14 in G minor, Op.24 No.1
15 – Mazurka No.15 in C, Op.24 No.2
16 – Mazurka No.16 in A flat, Op.24 No.3
17 – Mazurka No.17 in B flat minor, Op.24 No.4
18 – Mazurka No.18 in C minor, Op.30 No.1
19 – Mazurka No.19 in B minor, Op.30 No.2
20 – Mazurka No.20 in D flat, Op.30 No.3
21 – Mazurka No.21 in C sharp minor, Op.30 No.4
22 – Mazurka No.22 in G sharp minor, Op.33 No.1
23 – Mazurka No.23 in D, Op.33 No.2
24 – Mazurka No.24 in C, Op.33 No.3
25 – Mazurka No.25 in B minor, Op.33 No.4
26 – Mazurka No.26 in C sharp minor, Op.41 No.1
27 – Mazurka No.27 in E minor, Op.41 No.2
28 – Mazurka No.28 in B, Op.41 No.3
29 – Mazurka No.29 in A flat, Op.41 No.4

Disco 10

01 – Mazurka No.30 in G, Op.50 No.1
02 – Mazurka No.31 in A flat, Op.50 No.2
03 – Mazurka No.32 in C sharp minor, Op.50 No.3
04 – Mazurka No.33 in B, Op.56 No.1
05 – Mazurka No.34 in C, Op.56 No.2
06 – Mazurka No.35 in C minor, Op.56 No.3
07 – Mazurka No.36 in A minor, Op.59 No.1
08 – Mazurka No.37 in A flat, Op.59 No.2
09 – Mazurka No.38 in F sharp minor, Op.59 No.3
10 – Mazurka No.39 in B, Op.63 No.1
11 – Mazurka No.40 in F minor, Op.63 No.2
12 – Mazurka No.41 in C sharp minor, Op.63 No.3
13 – Mazurka No.42 in G, Op.posth.67 No.1 (BI 93)
14 – Mazurka No.43 in G minor, Op.posth.67 No.2 (BI 167)
15 – Mazurka No.44 in C, Op.posth.67 No.3 (BI 93)
16 – Mazurka No.45 in A minor. Op.posth.67 No.4 (BI 163)
17 – Mazurka No.46 in C, Op.posth.68, No.1 (BI 38)
18 – Mazurka No.47 in A minor, Op.posth.68 No.2 (BI 18)
19 – Mazurka No.48 in F, Op.posth.68 No.3 (BI 34)
20 – Mazurka No.49 in F minor, Op.posth.68 No.4 (BI 168) (reconstruction by J. Ekier)
21 – Mazurka in A minor, Op.posth.S2 No.5 (BI 140) (à Émile Gaillard)
22 – Mazurka in A minor, Op.posth.S2 No.4 (BI 134) (Notre Temps)
23 – Mazurka in B flat, Op.posth.S1 No.2b (BI 16) (Prague)
24 – Mazurka in G, Op.posth.S1 No.2a (BI 16)
25 – Mazurka in A flat, Op.posth.P2 No.4 (BI 85) (Szymanowska)
26 – Mazurka in C, Op.posth.P2 No.3 (BI 82)
27 – Mazurka in B flat, Op.posth.P2 No.1 (BI 73) (for Alexandra Wolowska)
28 – Mazurka in D, Op.posth.P2 No.2 (BI 71)
29 – Mazurka in D, Op.posth.A1 No.1 (BI 4) (Mazurek)
30 – Mazurka No.49 in F minor, Op.posth.68 No.4 (BI 168) (revised version)

Vladimir Ashkenazy, piano

BAIXAR AQUI CD 09
BAIXAR AQUI CD 10

Carlinus

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2005

O vídeo de Marlos Nobre ontem me fez ir até a gaveta onde estão guardados os CDs com a Orquestra Acadêmica do FIICJ e postá-los aqui no blog – na verdade ia compartilhar só o CD com a Kabballah, mas pra não ficar indo e voltando presenteio-lhes com os três álbuns de uma vez. Vai primeiro este, duplo, com as excelentes Variações Sinfônicas do Almeida Prado ao final.

CD 1

01 Samuel Barber: Adagio para Cordas, Op. 11 7m26s
02 Johannes Brahms: Abertura Festival Acadêmico em Dó Menor, Op. 80 10m01s
03 a 06 Gustav Mahler: Sinfonia No. 1 em Ré Maior 50m55s
07 Antonín Dvorák: Dança Eslava em Mi Menor, Op. 72 5m38s

Regência: Kurt Masur

01 a 15 Modest Mussorgsky / Maurice Ravel: Quadros de uma Exposição 32m26s
16 Carlos Gomes: Abertura da Ópera O Guarani 8m02s
17 a 27 Almeida Prado: Variações Sinfônicas (Primeira Gravação e Estréia Mundial) 15m25s

Regência: Roberto Minczuk

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gravado no Auditório Cláudio Santoro em julho de 2005 e na Sala São Paulo em 31 de julho de 2005, durante o 36° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão

CVL