
IM-PER-DÍ-VEL !!!
Link revalidado por PQP numa quarta-feira…
Eis uma postagem bastante sabatina: sem nenhum esforço. Essa caixinha com 4 cds — lançada somente aqui no Brasil — traz coletâneas, e embora saibamos que todo “best of” é um abcesso, em certos casos podem ter algum valor de iniciação, descoberta, ou mesmo pela preguiça. É só carregá-los na playlist (rip da casa, altíssima qualidade), apertar o botão de “shuffle” e abrir o vinho.
Ah: e aumentar bastante o volume. (A não ser que o domingo seja enamorado. As divas compreendem.)
Billie Holiday – download (131MB)
01 Summertime 02 What A Little Moonlight Can Do 03 Easy To Love 04 Billies Blues 05 Georgia On My Mind 06 I Cover The Waterfront 07 These Foolish Things 08 Pennies From Heaven 09 Nice Work If You Can Get It 10 Night And Day 11 They Can’t Take That Away From Me 12 The Way You Look Tonight 13 Easy Living 14 God Bless The Child 15 I Must Have That Man 16 You Showed Me The Way 17 My Man 18 I Can’t Believe That You’re In Love With Me 19 All Of Me 20 Body And Soul
Dinah Washington – download (133MB)
01 I Concentrate On You 02 I Won’t Cry Anymore 03 Mad About The Boy 04 Manhattan 05 September in The Rain 06 What Diference A Day Makes 07 All Or Nothing 08 When A Woman Loves a Man 09 Blow Top Blues 10. Embraceable You 11 Evil Gal Blues 12 Homeward Bound 13 I Can’t Get Started 14 Postman Blues 15 Rich Man Blues 16 Wise Woman Blues 17 Mellow Mama Blues 18 I Know How To Do It 19 Salty Papa Blues 20 No Voot, No Boot
Ella Fitzgerald – download (124MB)
01 Undecided 02 Petootie Pie 03 Chew Chew Chew Your Bubble Gum 04 I’m Beginning To See The Light 05 Stone Cold Dead In The Market 06 Into Each Life Some Rain Must Fall 07 Taint What You Do I’ts The Way Do It 08 Five O’ Clock Whistle 09 It’s Only A Paper Moon 10 Cow Cow Boogie 11 Imagination 12 All Or Nothing At All 13 A Tisket, A Tasket 14 Cryin’ Mood 15 How Hogh The Moon 16 If Yoou Should Ever Leave Me 17 Rock It For Me 18 Shine 19 Sing Song Swing 20 Mr. Paganini
Sarah Vaughan – download (92MB)
01 If You Could See Me Now 02 Sweet Affection 03 Are You Certain 04 That Old Black Magic 05 What’s So Bad About It 06 Separate Ways 07 Broken Hearted Melody 08 Friendly Enemies 09 I’ve Got The World On A String 10 Misty 11 Mary Contrary 12 Careless 13 What More Can A Woman Do 14 Perdido 15 The Nearness Of You

Bom sábado!
Blue Dog



IM-PER-DÍ-VEL !!!







Este disco surpreendente e extraordinário é, pensamos, a melhor coleção de música de John Cage em catálogo. Ele é o mais geral. Demonstra o radicalismo do compositor, bem como o seu humor, tudo isso em várias fases. As obras são também são muito diferentes entre si. É muito bom ouvir a Suite for Toy Piano (1948) , que emprega apenas as teclas brancas em uma única oitava, e a versão belamente orquestrada que se segue (escrita por Lou Harrison, um amigo de Cage, em 1963). Mas três das obras-primas absolutas de Cage também estão aqui: a misteriosa Seventy-Four (1992) , a música para balé The Seasons (1947) e o fascinante Concerto para Piano Preparado e Orquestra de Câmara (1950-51). Muito do que você precisa saber sobre John Cage está aqui. No mais, ouça 4´33, o auge do radicalismo e ironia.




O povo não para de pedir:
Roubado 
IM-PER-DÍ-VEL !!!


IM-PER-DÍ-VEL !!!

IM-PER-DÍ-VEL !!!








Eu gosto muito de Berwald. Aliás, compositores suecos são raros. Escrevi “compositores eruditos suecos” e o Google mudou espertamente para “compositores escandinavos”. Citou Berwald, mas já dentro deste novo escopo. Coisas da AI. Ele escreveu 4 belas Sinfonias, das quais as duas primeiras estão aí. Franz Berwald, descendente de uma família de músicos suecos de remota origem alemã, era violinista por formação e se tornou a figura mais importante da música sueca do século XIX. Em suma, ele teve razoável sucesso em seu próprio país, eventualmente se voltando para os negócios, gerenciando uma fábrica de vidro e abrindo uma serraria. Ser músico na Suécia do século XIX devia dar uma grana… Ele acabou nomeado professor de composição da academia sueca apenas em 1867, um ano antes de morrer.

“Em 50 anos, serei lembrado apenas pelo meu concerto para violino em sol menor… Brahms foi um compositor muito maior do que eu porque assumiu riscos”. OK, então, neste CD, temos Bruch representado por sua melhor música e ela não parece uma obra complementar — é muito bonita. Claro que Brahms é Brahms , mas Bruch não faz feio, de modo algum. Talvez a comparação direta mais conhecida entre os concertos para violino de Brahms e Bruch venha de Hans von Bülow, que comentou que, enquanto Bruch havia escrito um concerto para violino, Brahms havia composto um contra ele. E embora isso seja talvez um pouco duro com Brahms, pode-se entender o ponto de von Bülow: Bruch usa a orquestra para apoiar seu solista, enquanto Brahms tenta tratar tanto o solista quanto a orquestra como iguais. Comparações à parte, ambos são exemplos imponentes do gênero e permanecerão estabelecidos como pedras fundamentais do repertório de concertos. Aqui, os dois concertos são tocados com raro brilho.

Prezados, como estarei viajando no final de semana, minha contribuição para o blog está sendo postada h0je, quinta feira. E começarei com Vivaldi. Mas não se trata de qualquer Vivaldi, e sim de um Vivaldi interpretado por nossa musa inspiradora, com sua voz angelical, Emma Kirkby. Já postei duas outras obras com esta maravilhosa soprano inglesa, especialista no repertório renascentista e barroco. Neste CD Kirkby interpreta Motetos e a Magnificat do padre ruivo. Peças maravilhosas, sensíveis e que mostram o domínio que a sardenta Kirby tem de sua voz. Falar de Vivaldi é chover no molhado. Nunca conheci alguém que dissesse não gostar de sua música. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.
O nome de Rafael Kubelik é garantia de qualidade e durabilidade. Ele não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras. E quando ele pega um boêmio a coisa se torna realmente linda. É uma gravação de referência para a Nona de Dvořák. A Nona Sinfonia foi escrita em 1892 no período em que o compositor estava nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que estava encantado com o novo lugar sentia saudades de sua terra. Essa confusão pra lá de fingida aparece neste Op. 95 quando temas norte-americanos dialogam com eslavos e a obra ganha um tom trágico. A obra estreou em 1893 no Carnegie Hall de Nova York em comemoração ao aniversário da conquista do novo mundo, fato que deu nome à obra. Já a transcrição de quarteto de cordas para orquestra do Fugão de Beethoven é desnecessária. Ouça a versão original e estamos conversados.










Meus astutos e ínclitos pequepianos, esta é uma gravação mezzo antiquada, com vibratões e instrumentos modernos, mas há algo de especial nela. Além do repertório LINDO, VERDADEIMENTE EXTRAORDINÁRIO, além do talento de Rilling, há Dietrich Fischer-Dieskau cantando. Só esta versão da Cantata BWV 82 é superior a todas as gravações de Karl Richter somadas, apenas para citar um contemporâneo de Rilling. Pois Rilling não é um romântico de Bach. E acreditem, ele está vivo até hoje. Ele é bem conhecido por suas performances da música de Bach e seus contemporâneos. Foi o primeiro a ter gravado duas vezes (em instrumentos modernos) as obras vocais completas de Bach, uma tarefa monumental envolvendo mais de 1.000 peças musicais — abrangendo 170 CDs. Ele também gravou muitas obras corais e orquestrais românticas e clássicas, incluindo as obras de Johannes Brahms.

Glenn Gould era um original. No auge da carreira, abandonou os concertos pelas gravações, cantava durante as mesmas, era um mago no estúdio e corrigia seu som quando isto era “roubar no jogo”, fazia entrevistas consigo mesmo, produzia notáveis programas radiofônicos. Era um gênio e um gênio do piano, mas… preferiu tocar A Arte da Fuga, ou metade dela, ao órgão. Claro, vocês sabem que Glenn Gould era dado a estranhas opções de andamentos e brigava com muita gente boa, como Lenny Bernstein. Mas eu aprovo este CD, apesar de alguns críticos atacarem a digitação muito pouco “organística” de GG. Se o CD é estranho pela utilização de órgão por parte de Gould, ele é absolutamente sensacional a partir da faixa 10, onde retorna definitivamente o piano. Ele acentua tudo de forma demasiada no órgão — não sei explicar — é também muito bonito.
O grande René Denon postou estes CDs em 2019 com muito mais categoria. Bem 






