Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano Nº 3 #BTHVN250

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano Nº 3 #BTHVN250

Ontem, ao procurar por Mendelssohn no micro, encontrei este concerto assim dando sopa, avulso. Gosto demais desta gravação ao vivo onde Michelangeli dá um banho de interpretação no belíssimo terceiro concerto. Esta gravação do terceiro concerto é tão arrebatadora que agora desejaria ouvi-lo. Não adianta, cada vez que ouço uma gravação ao vivo como esta, mais me convenço de que a música vive mais no palco do que em estúdios. Se Bakhtin demonstrou que a ideia tinha natureza dialógica — pois seu habitat seria a expressão e o confronto com outras idéias –, digo que o habitat da música é a interação com os ouvintes. Ali, ganha sentido e magia, como aliás Emma Kirkby confirmou nesta entrevista.

Imperdível!

Beethoven: Concerto para Piano Nº 3

1. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 1. Allegro con brio – Cadenza 17:24
2. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 2. Largo 11:15
3. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 3. Rondo (Allegro) 9:35

Arturo Benedetti Michelangeli, piano
Vienna Symphony Orchestra (Sinfônica de Viena)
Carlo Maria Giulini

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Michelangeli foi profe de Pollini, só por isso tem que respeitar!

PQP

Cesar Franck (1822–1890) – Sonata for Violin and Piano , Edvard Grieg (1843–1907) – Sonata for Violin and Piano no. 3 Op. 45 , Antonín Dvořák (1841–1904) – Romantic Pieces Op. 75 (B 150) – Renaud Capuçon, Khatia Buniatishvili

Esse com certeza é  um belo CD para iniciarmos o ano. Três peças que representam bem o Romantismo, belamente interpretadas por dois dos principais músicos da atualidade, Renaud Capuçon & Khatia Buniatishvili. Muitos podem argumentar, poxa, já existem tantas gravações destas Sonatas de Cesar Franck, há a necessidade de mais uma? Bem, fica a seu critério conhecer o que a nova geração tem a apresentar sobre uma obra tão conhecida.

A química entre os dois músicos existe, isso é inegável. Khátia é uma pianista muito expressiva, sem dúvidas, exala sensualidade em suas apresentações, e sabe como transferir essa expressividade para o piano. Ouçam a Sonata de Grieg, um dos melhores momentos do CD. Renaud Capuçon é o garoto de ouro da veterana Martha Argerich, com que já realizou diversas apresentações, inclusive desta mesma Sonata de Franck. Obviamente Khatia Buniatishvili não é nenhuma Martha Argerich, mas dá conta do recado com sobra.

A dupla encerra o CD com as belíssimas peças românticas de Dvorák. Um belíssimo CD, sem dúvidas.

César Franck – Sonata for Violin and Piano in A major
[1] I Allegretto ben moderato
[2] II Allegro
[3] III Recitativo-Fantasia. Ben moderato – Molto lento – a tempo moderato
[4] IV Allegretto poco mosso 6:04

Edvard Grieg – Sonata for Violin and Piano no. 3 Op. 45 in C minor
[5] I Allegro molto ed appassionato
[6] II Allegretto espressivo alla Romanza
[7] III Allegro animato 7:52

Antonín Dvořák – Romantic Pieces Op. 75 (B 150)
[8] I Allegro moderato
[9] II Allegro maestoso
[10] III Allegro appassionato
[11] IV Larghetto

Renaud Capuçon violin
Khatia Buniatishvili piano

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A Família das Cordas: Antonio Vivaldi (1678-1741) – Concertos para viola d’amore – Rachel Barton Pine

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Começamos pelos mais velhos, seguimos pela primogênita vítima de bullying, passamos pelo pequeno notável, pelo robusto e pelo brutamontes.

Terminamos?

Claro que não!

Continuamos nossa minissérie sobre a família das cordas abordando aqueles primos afastados, meio esquecidos, de quem quase nunca se ouve falar e dos quais, apesar de nos parecerem esquisitos, sempre tem quem goste.

viola d’amore já tinha quase saído de voga quando Vivaldi escreveu estes concertos que hoje são o cerne de seu repertório. Suas seis a sete cordas tocadas com o arco, e outras tantas ressonando por simpatia sob elas, garantem-lhe um timbre rico e algo, digamos, anasalado, que foi gradualmente preterido em favor daquele mais brilhante do violino.

Em primeiro plano, as sete cordas principais da viola d'amore, que são tocadas com o arco. Sob elas, as sete cordas que ressoam por simpatia.
Em primeiro plano, as sete cordas principais da viola d’amore, que são tocadas com o arco. Sob elas, as sete cordas que ressoam por simpatia.

A violinista Rachel Barton Pine, uma apaixonada pela viola d’amore, esperou muito tempo para finalmente por suas mãos num desses instrumentos, como conta nessa entrevista (em inglês). Depois de muito estudo, e de breves experimentos com o repertório, que incluíram alguns bis de viola d’amore em recitais dedicados ao violino, ela resolveu estrear com a gravação que ora lhes apresento, lançada no mês passado. A discografia desses concertos de Vivaldi, que já contava com ótimas versões de Fabio Biondi e Catherine Mackintosh, enriqueceu sobremaneira com este CD, particularmente pelo adorável, elegante uso que Pine faz do rubato.

VIVALDI – THE COMPLETE VIOLA D’AMORE CONCERTOS
RACHEL BARTON PINE – ARS ANTIQUA

Antonio Lucio VIVALDI (1678-1741)

Concerto em Ré maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 392
01 – Allegro
02 – Largo
03 – Allegro

Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 393
04 – Allegro
05 – Largo
06 – Allegro

Concerto em Fá maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 97
07 – Largo – Allegro
08 – Largo
09 – Allegro

Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 394
10 – Allegro
11 – Largo
12 – Allegro

Concerto em Ré menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 395
13 – Allegro
14 – Andante
15 – Allegro

Concerto em Lá maior para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 396
16 – Allegro
17 – Andante
18 – Allegro

Concerto em Lá menor para viola d’amore, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 397
19 – Vivace
20 – Largo
21 – Allegro

Concerto em Ré menor para viola d’amore, alaúde, orquestra de cordas e baixo-contínuo, RV 540*
22 – Allegro
23 – Largo
24 – Allegro

Rachel Barton Pine, viola d’amore
*Hopkinson Smith
, alaúde
Ars Antiqua

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Vassily Genrikhovich

Rachel e seu instrumento: "amore" antigo.
Rachel e seu instrumento: “amore” antigo.

 

.: interlúdio :. Freddie Mercury, Montserrat Caballé: Barcelona

.: interlúdio :. Freddie Mercury, Montserrat Caballé: Barcelona

Um trabalho de Freddie Mercury (1946-1991) jamais seria totalmente ruim. Tudo o que ele produziu sempre teve alto capricho e acabamento. E suas qualidades vocais e afinação são um milagre. Mas neste Barcelona (1988), sua ego trip com Montserrat Caballé (1933-2018) não vai muito além de duas ou três boas faixas, como Barcelona, How can I go on e Overture Piccante. Se o Queen já era operístico, aqui Mercury aparece livre da influência roqueira de May, Deacon e Taylor. Uma pena, porque as coisas pioram bastante quando ele decididamente se coloca no crossover. A presença de Caballé é perfeita, só que o ego de Mercury tira-lhe espaço. O disco não é um fiasco e aprecio bastante de sua perfeição técnica e a atuação de todo mundo, apesar da música ser só mais ou menos.

Freddie Mercury, Montserrat Caballé: Barcelona

1 Barcelona 5:38
2 La Japonaise 4:49
3 The Fallen Priest 5:45
4 Ensueño 4:20
5 The Golden Boy 6:04
6 Guide Me Home 2:41
7 How Can I Go On 3:59
8 Overture Piccante 6:40

Cello – Deborah Ann Johnston
Horns – Barry Castle
Percussion – Frank Ricotti
Violin – Homi Kanga, Laurie Lewis
Backing Vocals – Carol Woods, Debbie Bishop, Lance Ellington, Madeline Bell, Mark Williamson, Miriam Stockley, Peter Straker
Lyrics By – Tim Rice
Bass – John Deacon

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Caballé & Mercury: dueto de peso.

PQP

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) – Sinfonias – Wolfgang Sawalisch, The New Philharmonia Orchestra

Estes CDs me foram repassados gentilmente por nosso colaborador Rene Denon, quando lhe perguntei qual era o seu maestro favorito em se tratando de Mendelssohn. Ele nem pestanejou quando respondeu Wolfgang Sawalisch. Fiquei curioso então em conhecer estas gravações. Conhecia este maestro regendo principalmente Schubert e Brahms, e foi com grande satisfação e prazer que os ouvi atentamente. Lembro sempre do então jovem Claudio Abbado frente a Sinfônica de Londres quando falamos em Mendelssohn, integral que já trouxemos algumas vezes aqui no PQPBach.

Mendelssohn foi um fenômeno, um novo Mozart, e assim como esse, nos deixou muito cedo, meros 38 anos de idade, mas sua contribuição foi fundamental na história da música ocidental, com certeza foi um dos pilares do Romantismo. E estas suas sinfonias com certeza estão inscritas na categoria de obras primas daquele período tão importante da História da Cultura Ocidental. Sei que os senhores irão apreciar.

Cd 1

01. Symphonie Nr.1 c-Moll, Op.11 I. Allegro di molto
02. Symphonie Nr.1 c-Moll, Op.11 II. Andante
03. Symphonie Nr.1 c-Moll, Op.11 III. Menuetto, allegro molto
04. Symphonie Nr.1 c-Moll, Op.11 IV. Allegro con fuoco
05. Symphonie Nr.3 a-Moll, Op.56“Schottische” I. Andante con moto–Allegro un poco
06. Symphonie Nr.3 a-Moll, Op.56“Schottische” II. Vivace non troppo
07. Symphonie Nr.3 a-Moll, Op.56“Schottische” III. Adagio
08. Symphonie Nr.3 a-Moll, Op.56“Schottische” IV. Allegro vivacissimo

The New Philharmonia Orchestra
Wolfgang Sawallisch – Conductor

CD 2

01. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Sinfonia. Maestoso con moto – Allegr
02. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Alles was Odem hat lobe den Herrn
03. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Saget es, die ihr erlost seid – Er z
04. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Saget es, die ihr erlost seid
05. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Ich harrte des Hern
06. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Stricke des Todes hatten uns umfangen
07. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Die Nacht ist vergangen
08. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Nun danket alle Gott
09. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Drum sin ich mit meinem Liede
10. Symphonie Nr. 2 B-dur op. 52 ‘Lobgesang’ Ihr Volker! bringet her dem Herrn

Rotraud Hansmann – Soprano
Helen Donath – Soprano
Waldemar Kment – Tenor
The New Philharmonia Chorus & Orchestra
Wolfgang Sawalisch – Conductor

CD 3

01. Symphonie Nr. 4 A-dur op. 90 ‘Italienische’ 1. Allegro vivace
02. Symphonie Nr. 4 A-dur op. 90 ‘Italienische’ 2. Andante con moto
03. Symphonie Nr. 4 A-dur op. 90 ‘Italienische’ 3. Con moto moderato
04. Symphonie Nr. 4 A-dur op. 90 ‘Italienische’ 4. Saltarello. Presto
05. Symphonie Nr. 5 D-dur op. 107 ‘Reformation’ 1. Andante – Allegro con fuoco
06. Symphonie Nr. 5 D-dur op. 107 ‘Reformation’ 2. Allegro vivace
07. Symphonie Nr. 5 D-dur op. 107 ‘Reformation’ 3. Andante
08. Symphonie Nr. 5 D-dur op. 107 ‘Reformation’ 4. Choral ‘Ein’ feste Burg ist un

The New Philharmonia Orchestra
Wolfgang Sawallisch – Conductor

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CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Musica Antiqua Bohemica – Pavel Josef Vejvanovský (1633/39 -1693): Sonatas – Miroslav Kejmar e Zdeněk Šedivý

61lJSyUZrnL._SS280Se fôssemos puristas, não poderíamos incluir esta gravação numa série de música antiga da Boêmia. Afinal, Pavel Vejvanovský era morávio da gema: nasceu no mesmo vilarejo de Hukvaldy onde, mais de dois séculos depois, Leoš Janáček encontraria a luz; passou boa parte da vida em Olomouc (para cujo príncipe-bispo trabalhou no auge da carreira) e morreu em (tente pronunciar isso sem deglutir a própria língua) Kroměříž – todos eles logradouros da Morávia. No entanto, se os próprios boêmios da Supraphon resolveram incluir Vejvanovský na série Musica Antiqua Bohemica, quem sou eu, com meu pobre nome sem diacríticos, para contestá-los?

Vejvanovský foi um trompetista virtuoso que sabia escrever brilhantemente para seu instrumento, sem saber lá dotar de muita espessura ou profundidade suas obras. A oportunidade de escutar solistas tão bons quanto Miroslav Kejmar e Zdeněk Šedivý – distintos ocupantes, cada um a seu tempo, do posto de primeiro trompete da Filarmônica Tcheca – garante uma experiência agradável, ainda mais após a overdose de cordas com que entupimos os martelos, as bigornas e os estribos de nossos leitores-ouvintes nas últimas semanas. Quem não for lá tão fã de metais quererá, provavelmente, passar esse naco em nosso rodízio.

PAVEL JOSEF VEJVANOVSKÝ – SONATAS

Pavel Josef VEJVANOVSKÝ (1633/39-1693)

01 – Serenada, MAB 49/27
02 – Sonata venatoria em Ré maior, MAB 36
03 – Sonata secunda a 6, MAB 47/7b
04 – Sonata vespertina a 8, MAB 47/1
05 – Sonata a 4, MAB 36
06 – Sonata a 5, MAB 49/27
07 – Serenada em Dó maior, MAB 36

Miroslav Kejmar e Zdeněk Šedivý, trompetes
Orquestra de Câmara de Praga (ou, para quem gosta de diacríticos e encontros consonantais: Pražský komorní orchestr)
Libor Pešek, regência

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KRO-MNER-JISH - mas cuidado com a língua!
KRO-mner-jish – mas cuidado com a língua!

Vassily Genrikhovich

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonias Nº 1 e 3

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonias Nº 1 e 3

Uma excelente gravação para este esplêndido repertório. Talvez a Sinfonia Nº 1 de Brahms seja a que eu mais goste dentre todas. Sim, dentre todas as centenas de sinfonias que já ouvi. E é um registro de respeito! O inglês Edward Gardner demonstra a força e a extrema competência do naipe de cordas da orquestra de Bergen. É um conjunto excepcional como um todo. Maestro titular da Filarmônica de Bergen desde outubro de 2015, Edward Gardner liderou a orquestra em várias turnês internacionais, incluindo performances em Berlim, Munique e Amsterdam e no BBC Proms e no Festival Internacional de Edimburgo. Gardner foi recentemente nomeado titular Orquestra Filarmônica de Londres, com seu mandato iniciando em setembro de 2021. O cara é ótimo e vocês podem comprovar ouvindo o CD. Um bom 2020 para todos nós!

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonias Nº 1 e 3

Brahms: Symphony No. 1 in C minor, Op. 68 45:38
I. Un poco sostenuto – Allegro 16:01
II. Andante sostenuto 8:43
III. Un poco allegretto e grazioso 4:53
IV. Adagio – Allegro non troppo 16:01

Brahms: Symphony No. 3 in F major, Op. 90 35:43
I. Allegro con brio 12:45
II. Andante 8:28
III. Poco allegretto 5:56
IV. Allegro 8:34

Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner

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Edward Gardner na Sala de Fantasmagoria e Concepção Melódica da PQP Bach Corp.

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 38, 39, 40 e 41 (Karl Böhm, WPO)

Esta deve ser a terceira ou quarta vez que estou repostando estes CDs que considero imprescindíveis em qualquer CDteca. Karl Böhm foi um dos maiores especialistas em Mozart do Século XX, e mesmo hoje, com tantos CDs sendo lançados com registros historicamente informados, ainda considero estes CDs “IM-PER-DÍ-VEIS”.

Este foi o disco que me apresentou estas duas sinfonias, quando eu era apenas um pré adolescente morando no interior do Paraná. Claro que minha vida nunca mais foi a mesma. Foi um choque. A suavidade da interpretação magistral de Karl Böhm contrastava com a sisudez do senhor de óculos quadrados que aparecia na capa do LP, assustador por vezes. Os primeiros compassos da Sinfonia n° 40 me comoveram desde a primeira audição e não preciso dizer que aquele LP se tornou um de meus favoritos. Ouvi tanto que o risquei, afinal meu velho 3×1 não era lá grandes coisas, mas era o que meus pais conseguiram comprar. E o usei exaustivamente até pedir arrego. Mas o LP com o selo amarelo estava sempre lá, rodando, enchendo o espaço com a beleza da música mozartiana. Creio que ainda o tenha.

Karl Böhm já havia gravado uma integral das sinfonias de Mozart, porém com a Berliner Philharmoniker, gravações estas consideradas definitivas. Só muito mais tarde tive acesso a elas e também me encantei. Mas esta última gravação de Böhm, realizada poucos anos antes de sua morte, ainda é a minha favorita. E Karl Böhm, difinitivamente, foi um dos maiores intérpretes da obra de Mozart. E a Filarmônica de Viena é minha orquestra favorita para este repertório.

Espero que os senhores gostem. Eu simplesmente adoro…
IM-PER-DÍ-VEL !!!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 38, 39, 40 e 41- Karl Böhm, WPO

Symphony nº 38 in D Major, “Prague” K. 504
01. 1 Adagio Allegro
02. 2 Andante
03. 3 Finale Presto

Symphony nº 39 in E Flat major K. 543
04. 1 Adagio Allegro
05. 2 Andante con moto
06. 3 Menuetto Allegretto Trio
07. 4 Finale Allegro

Symphony Nº 40 in G minor
1 Molto allegro
2 Andante
3 Menuetto – Allegretto – Trio
4 Allegro assai

Symphony No 41 in C major ‘Jupiter’
5 1 Allegro vivace
6 2 Andante cantabile
7 3 Menuetto – Allegretto – Trio
8 4 Molto allegro

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Rarities #BTHVN250

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Rarities #BTHVN250

Senhoras e senhores: é com imensa satisfação, dir-se ia prazer quase libidinoso (quase) que iniciamos nosso ANO BEETHOVEN, no qual celebraremos o ducentésimo quinquagésimo aniversário de nosso preclaro Lud Van, a apresentar-lhes a OBRA COMPLETA DE BEETHOVEN PARA BANDOLIM – tão imensa, verão os senhores, que não ocupa sequer um terço de um CD.

É interessante matutar o que deve ter levado um renano de sangue belga radicado em Viena a escrever algo para um instrumento mediterrâneo como o bandolim – algum amador talentoso e/ou rico, talvez, ou mais provavelmente um rabo de saia por quem, para variar, nutria sentimentos inconfessos que lhe alargavam as úlceras e o catapultavam para as tabernas mais pulguentas da capital austríaca. Já as obras que completam o álbum, que incluem algumas das numerosas “Árias Nacionais” arranjadas por Beethoven para duos e trios no final de sua vida, essas tiveram a vil inspiração do ouro: pagavam contas como ninguém, quanto mais em tempos de Guerras Napoleônicas, nas quais os patronos do “Espanhol Louco” se viam em maus lençóis e tinham que escolher entre cortar da própria carne e racionar o caviar, ou suspender as remessas de dinheiro para o apartamento mais caótico de Viena.

Nada há aqui de muito importante, embora eu ache muito simpáticas as diminutas peças para bandolim e piano. Entendam esta postagem, por favor, como uma caixa de bombons – aquelas que têm cada vez menos guloseimas interessantes, e cada dia mais renegados como o Smash e o Milkybar – que lhes ofereço para que  possa ter tempo de tomar um cafezinho.

A propósito: podem me passar o Sensação?

BEETHOVEN – RARITIES

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

01 – Adágio em Mi bemol maior para bandolim e piano, WoO 43/2
02 – Sonatina em Dó maior para bandolim e piano, WoO 44/1
03 – Sonatina em Dó menor, WoO 43/1

Andante e variações para bandolim e piano, WoO 44/2
04 – Andante
05 – Variazioni I-VI

Lájos Mayer, bandolim
Imre Rohmann, piano

Seis Árias Nacionais com variações para violino e piano, Op. 105
06 – Ária escocesa – Andantino quasi allegretto
07 – Ária escocesa – Allegretto scherzoso
08 – Ária austríaca – Andantino
09 – Ária escocesa – Andante espressivo assai
10 – Ária escocesa – Allegretto spiritoso
11 – Ária escocesa – Allegretto più tosto vivace

12 – Seis Danças Alemãs para violino e piano, WoO 42

Béla Bánfalvi, violino
Sándor Falvai, piano

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Nem venham: o Sensação é meu!

Vassily Genrikhovich