Schubert (1797-1828): Sinfonias Nos. 8 e 9 – Camerata Academica des Mozarteums Salzburg – Sandor Végh

Franz Schubert

Sinfonias Nos. 8 & 9

Camerata Academica

Sandor Végh

 

Schubert certamente é conhecido por suas peças para piano, incluindo as suas últimas sonatas, a música de câmera e sobretudo por suas canções acompanhadas ao piano, os Lieder. Este tipo de música sempre teve execução garantida pelo próprio compositor e por seus muitos amigos artistas. No entanto, as obras orquestrais tinham destino mais incerto, não havia garantias de ter uma sinfonia, por exemplo, executada por uma orquestra de músicos profissionais. Apesar disto, ele produziu algumas lindas sinfonias. As primeiras tinham escopo mais modesto e foram executadas por orquestras amadoras. As Sinfonias Nos. 5 e 6, no entanto, demandam um conjunto maior e você poderá ouvi-las na interpretação da Camerata Academica des Mozarteums Salzburg, sob a regência de Sandor Végh, álbum postado aqui.

Agora temos as duas últimas Sinfonias, que têm um escopo ainda maior. A Sinfonia Inacabada foi composta em 1822 e a sua história, desde a pena de Schubert até a estreia, no dia 17 de dezembro de 1865, envolve um grande amigo do compositor e algum mistério.

Johann Baptist Jenger, Anselm Hüttenbrenner e Franz Schubert

O amigo chamava-se Anslem Hüttenbrener e era pianista e compositor amador. A Sinfonia foi dada à Sociedade Musical da Estíria, de Granz, que havia homenageado Schubert. Como Anselm era o elo entre Schubert e a Sociedade, os manuscritos da Sinfonia foram enviados para ele, mas este nunca os repassou aos outros membros da Sociedade.

Estaria Anselm esperando que Schubert completasse a sinfonia? Teriam os dois amigos esquecido completamente da peça? O fato é que Schubert não completou a sinfonia e morreu seis anos depois. Anselm serviu de fonte para muitas informações sobre Schubert após a morte dele, mas nunca mencionou o manuscrito, nem mesmo para Ferdinand, irmão de Schubert, que passou a cuidar de suas obras.

Somente em 1865, Anselm entregou os manuscritos da Sinfonia a Johann Herbeck, regente da Gesellschaft der Musikfreunde, que fora visitá-lo em Granz e a Sinfonia foi então revelada.

Óculos de Schubert sobre a partitura de uma de suas canções

A história da Grande Sinfonia também envolve algumas peripécias. Em 1825 Schubert iniciou a composição desta grande peça e a terminou no ano seguinte. No entanto, sem fundos para ter a obra estreada, enviou-a como uma dedicatória à Gesellschaft der Musikfreunde. Schubert recebeu por isso algum dinheiro e as partes da Sinfonia foram copiadas. Em 1827 a orquestra fez uma primeira leitura da sinfonia com vistas a sua execução, mas a obra foi considerada muito difícil e deixada de lado.

Em 1838, Robert Schumann visitou Viena e Ferdinand, o irmão de Schubert, mostro-lhe a partitura da sinfonia. Schumann levou consigo uma cópia da mesma e em 1839 a obra foi então estreada pela Leipzig Gewandhaus, sob a regência de Feliz Mendelssohn. A estreia foi saudada por um artigo escrito por Schumann onde a expressão ‘himmlische Länge’ – comprimento celestial – foi cunhada para referir-se a sinfonia. Você poderá descobrir mais detalhes sobre esta história aqui.

Franz Schubert (1797 – 1828)

Sinfonia No. 8 em si menor, D. 759

  1. Allegro moderato
  2. Andante com moto

Sinfonia No. 9 em dó maior, D. 944

  1. Andante – Allegro non troppo
  2. Andante con moto
  3. Allegro vivace
  4. Allegro vivace

Camerata Academica des Mozarteums Salzburg

Sandor Végh

Coprodução ORF – Österreichischer Rundfunk & Capriccio

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 311 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 182 MB

TUDO JUNTO (SINFONIAS 5, 6, 8 E 9) EM MP3

Sandor Vegh

Veja o que disse Thomas Zehetmair (regente e violinista) sobre a ‘Grande Sinfonia’: “É um dos misteriosos milagres da arte!”

Aproveite!

René Denon

Deixe um comentário