J. S. Bach (1685-1750): 75 Cantatas (Karl Richter) — Vol. 1 de 5 (4 CDs)

Hoje, 28 de julho, é a data do aniversário da morte de Bach e Vivaldi.

Depois de algumas semanas, como o paciente não apresentasse melhoras, houve uma nova operação, além de sangrias, ventosas e bebidas laxativas para limpá-lo. Apareceu um outro médico que brigou com Taylor (o médico que estava tratando Bach). Então foi utilizado sangue de pombo nos olhos do compositor, além de açúcar moído e sal torrado.

Com um tratamento destes, descrito neste post cheio de detalhes, Johann Sebastian Bach acabou por perder não somente a visão, mas a vida, alguns dias depois.

Não tenho grande amor pelas gravações de música instrumental de Karl Richter (1926–1981) e sua Orquestra Bach de Munique, porém seus registros de música vocal são estupendos. Quem tiver dúvidas, ouça isso aqui. Então, hoje começo a mostrar as Cantatas que Richter e sua turma nos deixou gravadas na Archiv. São 75. Estou terminando de ouvir os CDs do primeiro volume, que ora posto. Olha, também são estupendos.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Volume 1 – Advent and Christmas

CD 1
«Nun komm, der Heiden Heiland», BWV 61
«Bereitet die Wege, bereitet die Bahn», BWV 132
«Christen, ätzet diesen Tag», BWV 63

BAIXE O CD1 AQUI — DOWNLOAD CD1 HERE

CD 2
«Christum wir sollen loben schon», BWV 121
«Sehet, welch eine Liebe hat uns der Vater erzeiget», BWV 64
«Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende», BWV 28
«Gott, wie dein Name, so ist auch dein Ruhm», BWV 171

BAIXE O CD2 AQUI — DOWNLOAD CD2 HERE

CD 3
«Ach Gott, wie manches Herzeleid», BWV 58
«Sie werden aus Saba alle kommen», BWV 65
«Meinem Jesum laß ich nicht», BWV 124
«Meine Seufzer, meine Tränen», BWV 13

BAIXE O CD3 AQUI — DOWNLOAD CD3 HERE

CD 4
«Was mein Gott will, das g’scheh’ allzeit», BWV 111
«Jesus schläft, was soll ich hoffen?», BWV 81
«Ich habe genug», BWV 82

BAIXE O CD4 AQUI — DOWNLOAD CD4 HERE

.oOo.

Edith Mathis, Sheila Armstrong, Lotte Schädle
Ursula Buckel, Maria Stader – Sopranos

Anna Reynolds, Herthe Töpper
Trudeliese Schmidt, Julia Hamari – Contraltos

Peter Schreier, Ernst Haefliger
John van Kesteren – Tenores

Dietrich Fischer-Dieskau, Theo Adam
Kurt Moll, Kieth Engen – Baixos

Coro Bach de Munique
Orquestra Bach de Munique
Karl Richter

PQP

15 comments / Add your comment below

  1. Compreendo perfeitamente a recusa em atender a pedidos, mas, como sugestão gostaria que você considerasse a possibilidade de postar as cantatas com a “Amsterdan Baroque Orquestra e Ton Koopman”. Ficaria muitíssimo agradecido.

    1. Valdeci, dentre os membros do PQP, creio que apenas eu tenha essa série do Koopman, e mesmo assim ela não está completa. De qualquer forma, para mim é um projeto impraticável, devido à minha constante falta de tempo e problemas crônicos com a minha conexão de internet. Sugiro procurares em torrents, ou até mesmo no e-mule, que foi de onde baixei o material que tenho.

    1. Vannderson, a divisão entre tenor/barítono/baixo é extremamente recente. Não digo que as pessoas só passaram a usar a palavra “soprano” no século XIX, por exemplo. Mas, até então, o foco era muito mais em “Fulano vai cantar esta parte, e Fulano vai até X mas não consegue chegar a Y” do que em “isto é uma ária para baixo”.

      Em razão disso, vozes que hoje são classificadas como “baixo” ou “mezzo-soprano” cantam partes que supostamente seriam para barítonos, contraltos, sopranos etc. Por exemplo: Ich Habe Genung, cantata para “baixo”, executada por Fischer-Dieskau, um barítono. Por quê? Porque, apesar da classificação, ela foi escrita de uma tal forma que barítonos (ou melhor, esse barítono) são capazes de cantá-la confortavelmente.

      Já a ária Quoniam tu solus Sanctus, da Missa em si menor, na gravação de Richter, é executada por um baixo “de verdade”, e não pelo Dietrich, apesar de ele ter sido escalado para outra ária. Por quê? Entre outros motivos, porque é uma ária para baixo escrita de forma que esse barítono não consegue cantá-la.

      Esclareci alguma coisa com esse palavrório todo? 🙂

    2. Ah, tem outra coisa: Classificar uma voz masculina como barítono é uma invenção bastante recente (preciso confirmar, mas acho que é século XIX; quase certamente é pós-Mozart; suponho ser wagneriana). Até então, falava-se em soprano, alto, tenor e baixo.

  2. Cara, parabéns pela iniciativa! Richter é um monumento bachiano. Até os chatos que dizem que tocar Bach é privilégio dos intérpretes historicamente informados admiram o Richter. Eu praticamente só ouço cantatas desse grupo na interpretação do Karlinhos.

    Tudo bem, você não gosta das interpretações instrumentais dele (seu herege!!!), mas sugiro fortemente que você ouça sua gravação das Goldberg feita para a DG. (Teve outra que ele fez para um outro selo qualquer, a qual, dizem, ficou péssima.)

  3. Aconteceu um daqueles pesadelos terríveis: fui colocar no pen-drive minha cantata preferida, a Peasant Cantata, para ouvir, e não a encontrei em lugar nenhum das memórias que tenho aqui. Baixei-a, maravilhado, aqui no PQP, naquela sucessão de caixas bachianas dos anos passados_ tenho-a em vinil, numa edição importada da Alemanha, com o Collegium aureum: Elly Ameling, Gerald English, Siegmund Nimsgern_, e encontrei todo o material de Bach, menos, MENOS, a referida peça.

    Por acaso ela consta desses cinco cds? Por acaso vocês poderiam repostá-la, ou postar a referida gravação do Collegium aureum? (Pergunta inútil, visto que todos os pedidos feitos à equipe do blog é respodida taxativamente da mesma maneira: “sem chance; poderia fazer isso num universo paralelo; isso jamais, nessa vida e nas outras, irá acontecer; só repostaremos quando Jesus voltar à Terra com a procissão de anjos; estou sem tempo”. Vamos falar sério: vocês adoram quando alguém pede uma repostagem né? Adoram! Até salivam de prazer por poderem demonstrar tanto sarcasmo!

  4. Sim, He will be Bach, e “Ombra mai fu”, embora tenha sido escrita originalmente para mezzo-soprano, é atualmente cantada por barítonos e tenores. Sabe que tem gente que acha que as classificações vocais não servem para nada, não é? Especialmente as subclassificações (ex: tenor lírico, ligeiro, dramático, etc.) Já eu não penso assim. Acho que as divisões das vozes servem só para diferenciá-las, além de tornar mais fácil para os compositores de ópera escolherem a voz mais certa para o papel certo.

    1. Concordo contigo. Só acho que o copositor não pode se ater demais a essas classificações, mas acho que qualquer pessoa razoável tem isso em mente.

      Com a prática, até ouvintes conseguem perceber as nuances das subclassificações. Por exemplo, você consegue imaginar a straussianíssima Renée Fleming cantando… Salomé??? Se não, é porque você notou que, embora seja uma soprano poderosa, sua voz não “encaixa” bem no papel de Salomé.

      Eu acho até bom os compositores terem abandonado a prática de escrever “para Fulano”. Tende a tornar a obra mais acessível. Aliás, todo compositor devia pensar assim: “Tudo bem que meu amigo é capaz de tocar isso, mas ele é um dos maiores violoncelistas/violinistas/pianistas(etc.) do mundo, então, vou ‘facilitar’ alguns trechos para que os sub-gênios (ou seja, o resto do mundo) também tenha acesso a minha obra.”

      Mas infelizmente, desde o século XVIII os compositores abandonaram completamente a prática (e desafio) de escrever música boa para amadores (Mozart, Telemann e J. C. Bach foram alguns dos últimos a fazer isso). Do XIX em diante, a ordem do dia é que se exija, no mínimo, absoluta virtuosidade. Quem não tem tempo para ser um absoluto virtuose, que se dane. 🙁

  5. Os links estão quebrados, teria como colocar novamente?
    Grato Lênin

    Sempre os mesmos comentários… Os links não estão quebrados.
    PQP

  6. Adoro Richter! Considero-o o maior regente da parte vocal da obra de Bach. Aguardo ansiosamente a postagem dos outros volumes desta estupenda série!

    Grande abraço a todos os integrantes deste estupendo blog!

  7. E então pai. Desculpe a chateação mas não são 5 volumes? a postagem do 1o. vol foi em 28 de jul 2012. O que aconteceu com os outros 4? ou eu entendi errado? não é sempre que temos o GRANDE Richter interpretando Bach. Valeu PQP

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