A ilusão da vitória na Faixa de Gaza

Observação: Este texto foi deixado pelo leitor-ouvinte Gustavo num comentário à versão do ELP para Quadros de uma Exposição. A princípio, achei que a notável Carta Aberta de Barenboim não tinha nada a ver com o blog, porém, a partir de uma reclamação do próprio Gustavo, fiz a reflexão óbvia: se a música erudita tem a ver com Baremboim e Barenboim tem a ver com a guerra, a publicação em post em nosso blog é pertinente. E é o que estou fazendo agora.

Por Daniel Barenboim, (publicado no THE GUARDIAN)

O regente e pianista Daniel Barenboim é judeu, cidadão israelense e cidadão de honra da Palestina.

Tenho apenas três desejos para o ano-novo. O primeiro é que o governo de Israel se conscientize, de uma vez por todas, que o conflito no Oriente Médio não pode ser resolvido por meios militares. O segundo é que o Hamas se conscientize que não defenderá seus interesses pela violência, e que Israel está aqui para ficar. O terceiro é que o mundo reconheça que esse conflito não é igual a nenhum outro em toda a história.

É um conflito intricado e sensível, um conflito humano entre dois povos profundamente convencidos de seu direito de viver no mesmo pedaço de terra. É por isso que não poderá ser resolvido nem pela diplomacia nem pelas armas.

Os acontecimentos dos últimos dias são extremamente preocupantes para mim por várias razões de caráter humano e político.

Embora seja óbvio que Israel tem o direito de se defender, que não pode e não deve tolerar os constantes ataques contra seus cidadãos, os bombardeios brutais sobre Gaza suscitam profundas indagações na minha mente.

MORTES

A primeira é se o governo de Israel tem o direito de considerar todo o povo palestino culpado pelas ações do Hamas. Será que toda a população de Gaza deve ser responsabilizada pelos pecados de uma organização terrorista?

Nós, o povo judeu, deveríamos saber e sentir mais profundamente do que qualquer outro povo que o assassinato de civis inocentes é desumano e inaceitável. Os militares israelenses argumentam, de maneira muito frágil, que a Faixa de Gaza é tão densamente povoada que é impossível evitar a morte de civis.

A debilidade desse argumento me leva a formular outras perguntas. Se as mortes de civis são inevitáveis, qual é a finalidade dos bombardeios? Qual é a lógica, se é que existe alguma, por trás da violência, e o que Israel espera conseguir por meio dela? Se o objetivo da operação é destruir o Hamas, a pergunta mais importante a ser feita é se esse objetivo é viável. Se não é, todo o ataque não só é cruel, bárbaro e repreensível, como também é insensato.

Por outro lado, se for realmente possível destruir o Hamas por meio de operações militares, que reação Israel espera que haja em Gaza depois que isso se concluir? Em Gaza vivem 1,5 milhão de palestinos, que seguramente não cairão de joelhos de repente para reverenciar o poderio do Exército israelense.

Não devemos esquecer que o Hamas, antes de ser eleito, foi encorajado por Israel como tática para enfraquecer o então líder palestino Yasser Arafat. A história recente de Israel me faz acreditar que, se o Hamas for eliminado por meio de bombardeios, outro grupo certamente tomará o seu lugar, um grupo que talvez seja mais radical e mais violento.

VINGANÇA

Israel não pode se permitir uma derrota militar porque teme desaparecer do mapa. No entanto, a história demonstrou que toda vitória militar sempre deixou Israel em uma posição política mais fraca do que a anterior por causa do surgimento de grupos radicais.

Não pretendo subestimar a dificuldade das decisões que o governo israelense precisa tomar a cada dia, nem subestimo a importância da segurança de Israel. Entretanto, continuo convencido de que o único plano viável para a segurança em Israel, no longo prazo, é obter a aceitação de todos os nossos vizinhos.

Desejo para o ano de 2009 a volta da famosa inteligência que foi sempre atribuída aos judeus. Desejo a volta da sabedoria do Rei Salomão para os estrategistas israelenses, a fim de que a usem para compreender que palestinos e israelenses gozam de idênticos direitos humanos.

A violência palestina atormenta os israelenses e não contribui para a causa palestina. A retaliação militar israelense é desumana, imoral e não garante a segurança de Israel. Como disse antes, os destinos dos dois povos estão inextricavelmente ligados e os obriga a viver lado a lado. Eles terão de decidir se querem que isso se torne uma bênção ou uma maldição.

24 comments / Add your comment below

  1. Desconhecia a posição de Barenboim.
    Sobre o mesmo assunto, é interessante ler o manifesto do Gandhi.

    Para quem não conhece:

    “Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.

    Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu os conheci intimamente na África do Sul. Alguns deles se tornaram grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os “intocáveis” do cristianismo; há um paralelo entre eles, e os “intocáveis” dos hindus. Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.

    O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence.

    Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?

    A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.

    É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.

    O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.

    Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?

    Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.

    E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.

    Se houver sempre uma guerra justificável em nome da humanidade, a guerra contra a Alemanha para prevenir a perseguição desumana contra uma raça inteira seria totalmente justificável. Mas eu não acredito em guerra nenhuma. A discussão sobre a conveniência ou inconveniência de uma guerra está, portanto, fora do meu horizonte. Mas se não pode haver guerra contra a Alemanha, mesmo por crimes que estão sendo cometidos contra os judeus, certamente não pode haver aliança com a Alemanha. Como pode haver aliança entre duas nações que clamam por justiça e democracia e uma se declara inimiga da outra? Ou a Inglaterra está se inclinando para uma ditadura armada, e o que isso significa?

    A Alemanha está mostrando ao mundo como a violência pode ser eficientemente trabalhada quando não é dissimulada por nenhuma hipocrisia ou fraqueza mascarada de humanitarismo; está mostrando como é hediondo, terrível e assustador quando isso aparece às claras, sem disfarces. Os judeus podem resistir a esta organizada e desavergonhada perseguição? Existe uma maneira de preservar a sua auto-estima e não se sentirem indefesos, abandonados e infelizes? Eu acredito que sim. Ninguém que tenha fé em Deus precisa se sentir indefeso, ou infeliz. O Jeová dos judeus é um Deus mais pessoal que o Deus dos cristãos, muçulmanos ou hindus, embora realmente, em sua essência, Ele seja comum a todos. Mas como os judeus atribuem personalidade a Deus e acreditam que Ele regula cada ação deles, estes não se sentiriam desamparados.

    Se eu fosse judeu e tivesse nascido na Alemanha e merecido a minha subsistência lá, eu reivindicaria a Alemanha como o meu lar, do mesmo modo que um “genuíno” alemão o faria, e desafiaria qualquer um a me jogar na masmorra; eu me recusaria a ser expulso ou a sofrer discriminação. E fazendo isso, não deveria esperar por outros judeus me seguindo em uma resistência civil, mas teria confiança que no final estariam compelidos a seguir o meu exemplo.

    E agora uma palavra aos judeus na Palestina:

    Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações. Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.

    Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.

    Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.

    Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provar o seu título escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão mas por culto ao amor.

    Um amigo judeu me mandou um livro chamado A contribuição judaica para a civilização, de Cecil Roth. O livro nos dá uma idéia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem se recusar a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.

    Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites. Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.”

  2. Certo. Tem uns 60 anos, não sei a data que ele escreveu, mas só pode ser de 47-48.
    Concordo que o texto é anacrônico, pus justamente por isso.

  3. Prezados,
    Achei muito pertinente a publicação da carta aberta do Barenboim aqui no “nosso” blog (olha só, de tanto que esse blog já faz parte da minha vida, e tenho certeza da vida de tantos outros aqui, já me refiro a ele na primeira pessoa do plural…rs…). Faço apenas uma pequena retificação, prezados PQP e família: não fiz uma reclamação, quando comentei que não eram respondidos os meus comentários, foi apenas uma manifestação de carência minha, quiçá desejando interagir mais de perto com o blog…
    Abraço a todos, do
    Gustavo

  4. O que me espanta é a capacidade de judeus e palestinos responderem com violência aquilo que entendem como violação a seus direitos de exitir. Claro que o poder do Estado Judeu parece muito eficaz, mas peca porque não neutraliza seu inimigo, pelo contrário, os palestinos como povo tomam como uma cruzada pessoal causar perdas aos judeus. Me preocupa que isto não tem perspectiva de acabar, pelo contrário, pode agravar e um dia tomar rumo inusitado com uso de poderio atômico, e dai envolver o resto do mundo que pode tomar partido de um ou de outro povo. Tudo por um pedaço de terra que tem valor sentimental.
    Jeruzalem é um local central para os judeus, cristãos e muçulmanos, e por isso mesmo deveria ser um território neutro, onde não fosse possível haver reinvidicação de soberania de qualquer povo.
    O grande erro na criação do Estado de Israel após o fim da segunda grande guerra, foi lhes dar o territorio num local onde não são aceitos,além do que já havia ocupantes do território. Se pensarmos bem, há muitos locais no mundo, longe do oriente médio que poderiam receber os judeus e estabelecer um estado soberano e independente, sem conflito com vizinhos. Não foi o que aconteceu, e agora é conflito até se darem por satisfeitos, e em seguida retalição pelas perdas. Imagina se outros paises árabes da região tomarem partido dos palestinos… os americanos tomarem as dores dos judeus, e todos os paises tiverem que tomar posição militarizada neste conflito.
    Luciano

  5. Criar Israel na Palestina foi um erro e a própria partilha da Palestina foi mal planejada, com o estado palestino descontínuo e Israel desproporcional, só poderia dar errado, e quando deu em 47 a ONU nem tentou colocá-los de volta nos lugares planejados.

    As atitudes do estado de Israel só pioram seus problemas. Cavam um buraco cada vez mais fundo para servir de própria cova, pois hoje eles são fortes e os árabes ‘fracos’, mas não há como conceber essa conjuntura por tempo indefinido, Israel somente existe hoje pois fica longe do Irã.

  6. Exigente,
    o que vejo como problema é o que já coloquei: A magnetude pode arrastar os demais países na região e outros a tomarem uma posição bélica a favor de um ou de outro, e algum deles poderá fazer uso de armamento nuclear. Como represália, outro pais pode retaliar da mesma maneira. O domínio de armamento desse tipo não é mais exclusividade do mundo ocidental. Não esqueça que a Rússia tem muito armamento nuclar da época da guerra fria, e sabe-se lá se após o desmantelamento da União Soviética eles controlam direito estes artefatos que podem estar na mão de quem melhor pode pagar por eles.

  7. O desmantelamento não foi tão ‘bundalelê’ assim, até Bajkonur(não sei se é assim que se escreve) foi desativada. Eles teriam como ver se falta algum ‘nuclear head’ tanto por listagem quanto por rastreamento radioativo, pois nenhuma bomba é livre de deixar rastros.
    Inclusive as bombas tem ‘prazo de validade’ até que o ‘combustivel’ tenha que ser reciclado, quem quer que tivesse comprado, em 91 no caso, muito provavelmente já teria usado.

    Tenho mais medo da venda de códigos de bombas Paquistanesas do que de tráfico de bombas russas.

    O problema(pros anti-israelitas é claro) é que o único país árabe forte está muito longe pra auxílio de infantaria(o irã), e os mais próximos, foram ‘comprados’

  8. Caro Guillaume Legat, o link que você postou só mostra os comentários sobre o texto “Mídia manipula informações sobre conflitos no Oriente Médio e a cobertura da imprensa é tendenciosa contra Israel”, e o texto não aparece. É dificl opinar sem ler o texto.
    Se tens o texto salvo poste-o aqui nos comentários.
    Luciano

  9. Exigente,
    se estes artefatos nucleares tem prazo de validade, o mesmo não ocorre com o material radioativo no seu interior. O que os russos farão com eles afinal? Quanto ao Paquistão, sei que dominam a tecnologia nuclear e seu advesário histórico a Índia também! Fazem ameaças mútuas, sendo que qualquer atentado que aconteça no território indiano, sempre culpam o Paquistão.

  10. Se você notarem que o contador de entradas do PQP Bach deu um salto de pelo menos três ou quatro visitas é porque publiquei a carta do Barenboim em meu blog e elogiei vocês.

    Belo trabalho. Parabéns pelo blog.

  11. Luciano

    O maior problema é que há algum tempo atrás, um dos ‘heróis’ da bomba paquistanesa estava vendendo tecnologia nuclear para a Líbia e parece que já havia vendido para outros países, se bem me lembro, não mais que outros 2.

    Sobre as bombas russas, o material radioativo depois de um tempo não tem mais a capacidade de realizar a reação em cadeia desejada, embora ainda seja destrutivo. Essas possíveis bombas no ‘mercado negro’ também certamente sriam Bombas-A, por terem mobilidade. As ‘nuclear heads’ das Bombas-H são massivas e somente possíveis de serem transportados por bombardeiros e mísseis balísticos pesados, coisa também inconcebível para uso terrorista.

  12. Exigente,
    Você escreveu: “As ‘nuclear heads’ das Bombas-H são massivas e somente possíveis de serem transportados por bombardeiros e mísseis balísticos pesados, coisa também inconcebível para uso terrorista.” Não dá para esquecer que os russos vendem caças Mig para quem tiver dinheiro e o Hugo Chavez comprou. Para os árabes não seria dificil adquirí-los legalmente. Não sei como isso ainda não aconteceu!
    Luciano

  13. Exatamente, Migs são caças, não suportam o peso de ogivas nucleares.
    E o Irã tem vários migs, sukhois, Paquistão tem vários Lockheed Martin. O Irã inclusive tem tecnologia pra fazer e modernizar caças, mas só 3ª geração, talvez algo um pouco melhor, mas pouco.

    Certamente se tivessem bombas atomicas russas ‘rodando por aí’, já teriam detonado em algum lugar.

  14. Tens razão, alguma “bombinha” dessas já teria sido usada por um grupo qualquer, e os alvos são bem conhecidos: Israel ou algum pais europeu. Contra os EUA, não fariam porque eles intercptariam antes e a bomba explodiria sobre o local que estivesse sobrevoando, muito antes de chegar a América.
    O que noto é que os judeus são muito mais organizados do que todos os árabes juntos. Os árabes parece que tem rivalidades entre eles, e ao invés de se unirem contra “o inimigo comum”, agem contra o estado judeu de forma isolada. E é claro que a resposta israilense é pronta e muitas vezes desproporcional. Se bem que falar em proporção nesta guerra não declarada é um absurdo.
    Luciano.

  15. Gandhi tinha razão mesmo.

    Os islâmicos tem seus próprios conflitos internos entre Xiitas, Sunitas, Wahabitas e sei lá mais o que, sem falar no Kweit, Arábia Saudita, Afeganistão e Iraque, protetorados americanos. O Paquistão até é meio alinhado com os EUA, mas a relação é tensa e instável. O Egito tá meio fora da cena. Tudo isso destrói a liga árabe.

  16. Exigente,
    pelo que você escreve, os árabes se estivessem mais organizados teriam condições de criarem um mercado comum como a união européia. Esta união em trÊs ou quatro décadas melhoraria muito as condições de vida dos mais atrasados, como é o caso dos palestinos que querem uma fronteira aberta com Israel por trabalharem dentro do estado judeu. Esta união com o tempo podeira abranger defesa militar. Mas para isso, é preciso primeiramente acabar com conflitos internos e neutralizar os radicais. Mas tenho que reconhecer que historicamente muitos são oriundos de tribos nômades que conflitatavam entre sí no deserto e isto é a raiz da desunião deles. A única forma de organização de árabes parece ser a OPEP, e nem é exclusivamente árabe. A Venezuela e seu Cahvezzzz também integram esta organização!

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