A coleção da Abril – Nova História da Música Popular Brasileira – trazia grandes medalhões como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Adoniran Barbosa. E, de forma um tanto surpreendente, o LP nº 55 trazia três jovens cantores e compositores pernambucanos, então na casa dos 30 anos. Alceu Valença, nascido em nos limites do agreste com o sertão, Geraldo Azevedo, natural de Petrolina, a “capital do Sertão”, e Marcus Vinicius, pernambucano criado na Paraíba. Os três lançaram suas carreiras mais fortemente no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, naqueles tempos em que as gravadoras estavam concentradas nesses estados.
Um pouco na tradição do Tropicalismo, esses três pernambucanos experimentavam com tudo o que lhes parecia mais interessante: violas e toadas do sertão, guitarras psicodélicas (Paulo Rafael nas músicas de Alceu, Robertinho de Recife nas de Geraldo), pífano, flauta em arranjos (alguns de Rogério Duprat) que remetem ao rock progressivo… Outra caractrística do rock psicodélico muito presente no sedutor Alceu: as letras românticas e surrealistas que parecem ímãs para meninas maconheiras: se Jim Morrison cantava “Girl, we couldn’t get much higher”, Alceu canta “Sei que meu pensamento lhe atrapalha…”
Nova História da Música Popular Brasileira nº 55 – Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Marcus Vinícius – LP de 1978
Lado A
1. Vou Danado pra Catende (Alceu Valença)
2. Agalopado (Alceu Valença)
3. Punhal de Prata (Alceu Valença)
4. Esse Choro Um (Marcus Vinícius)
Lado B
1. Em Copacabana (Geraldo Azevedo)
2. Novena (Geraldo Azevedo e Alceu Valença)
3. Caravana (Geraldo Azevedo)
4. Trem dos Condenados (Marcus Vinícius)
Como é que posso ser mais famoso que Mick Jagger se ele é inglês e eu sou brasileiro? Complexo. Mas não me sinto de nenhuma maneira inferior a ele. No palco, ele não canta o que eu canto e eu não canto o que ele canta. O verdadeiro artista não quer ser parecido com nada. Alceu Valença em entrevista ao Sul 21
Nos idos de 1940, em plena segunda guerra mundial, os EUA estavam empenhados em realizar a chamada “Política da Boa Vizinhança” iniciada ainda em meados da década de 30. Um dos ramos deste projeto era basicamente integrar a cultura entre as Américas, e assim, no verão americano de 1940, o Maestro Leopold Stokowski (1882-1977) embarcou no navio S.S. Uruguay com sua orquestra a “All-American Youth Orchestra” e zarpou para uma turnê de Boa Vizinhança ao Brasil, Argentina, Uruguai, e alguns países da América Central. Seu primeiro porto de escala foi o Rio de Janeiro.
Dono de uma inconfundível cabeleira prateada o britânico, de pai polonês e mãe irlandesa, desembarcou no cais do porto do Rio às 18h30 do dia 7 de agosto de 1940. A recepção foi liderada por Villa-Lobos, que, na companhia da pianista Magda Tagliaferro, velha conhecida de ambos, recebeu o amigo Stokowski com um abraço efusivo. Eles se conheceram na Paris dos anos 1920, e desde então, envolvidos com a criação e a promoção da música erudita moderna, estabeleceram uma amizade duradoura. Antes da turnê pelas Américas, o maestro vinha trocando cartas com Villa sobre um dos intentos de sua visita (integral da carta no fim do texto), e solicitou sua ajuda para recolher e gravar “a mais legítima música popular brasileira”. O maestro explicou que, devido ao seu grande interesse pela música do Brasil, ele iria pagar todas as despesas envolvidas e até especificou os tipos de música que desejava: sambas, batucadas, marchas de rancho, macumba, emboladas, etc. As gravações propostas estavam destinadas a lançamento pela Columbia Records. Elas também seriam tocadas em um congresso folclórico pan-americano que estava por vir (e que nunca aconteceu).
Villa-Lobos atendeu ao pedido do maestro e recorreu ao seus amigos, os sambistas Donga, Cartola e Zé Espinguela, que convocaram a nata dos músicos do Rio. Talvez apenas um homem da estatura de Villa-Lobos e suas ligações com os mundos do choro e do samba poderia ter reunido tal “Dream Team” do Samba para Stokowski. De fato, qualquer cartaz anunciando o seguinte rol seria um item de colecionador avidamente procurado hoje, (eu pelo menos não achei nada, nenhum cartaz do dia na net…).
Em uma grande cerimônia, subiram ao S.S. Uruguay, em agosto de 1940, nomes como Pixinguinha, Donga e João da Baiana, a Santíssima Trindade do Samba – maiores representantes da primeira geração de sambistas do Rio. Também estiveram lá Cartola, ao lado de sua Estação Primeira e um coro de pastoras da Mangueira; Zé da Zilda, um dos primeiros sambistas “de morro”, provenientes das Escolas de Samba, a fazer sucesso “no asfalto”; Jararaca e Ratinho, mestres da embolada; Luiz Americano, saxofonista e chorão, um dos pioneiros no uso do instrumento na música popular brasileira; e Zé Espinguela, macumbeiro, figura de suma importância para o meio cultural da época.
As gravações transcorreram durante toda a madrugada de 8 para 9 de agosto, algumas poucas horas após a atracação do S.S. Uruguay. O convés do navio, frequentado por Stokowski, dirigentes da NBC/RCA por jovens instrumentistas dos Estados Unidos, foi tomado por dezenas de músicos do Rio, alguns deles em traje de carnaval, pois se acreditava que haveria filmagem (também o que nunca aconteceu).
Em seu livro “Todo Tempo que Eu Viver” (Rio de Janeiro, Corisco Edições, 1988), o cineasta Roberto Moura citou uma reportagem que apareceu no jornal A Noite em 8 de agosto de 1940: “[…] O salão de música do S.S. Uruguai em toda sua existência talvez não tenha abrigado tantas celebridades como o fez ontem à noite. […]. As 22 horas, começou a concentração dos conjuntos, escolas de samba, orquestra, gente que ia cantar e gente que ia ouvir. Nesse último grupo, o próprio comandante do navio, que logo tomou lugar em uma cômoda poltrona, de onde acompanhou todo o desfile. Pixinguinha, Jararaca, Ratinho, Luís Americano, Augusto Calheiros, Donga, Zé Espinguela, Mauro César, João da Baiana, Janir Martins, Uma ala do Saudade do Cordão [sic], que tanto sucesso alcançou no último carnaval, a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, o compositor David Nasser, toda essa gente fala, comenta, discute, até que tem início a trabalho das gravações. À medida que os ponteiros dos relógios correm, os passageiros do Uruguai voltam dos seus passeios pela cidade e vão tomando lugar no vasto salão. E os grupos se sucedem diante do microfone na tarefa das gravações. Já passava muito da meia-noite quando chegaram os maestros Stokowski e Villa-Lobos. Os fotógrafos se movimentam, na ânsia de colher os melhores flagrantes, mas o famoso regente de Filadélfia foge discretamente das objetivas. Por fim, desaparece de vez do salão. E, assim, de número em número, passa a noite e já é a madrugada que surge. O salão de música do Uruguai ainda cheio. Agora, a maior parte da platéia é constituída dos elementos da “All American Youth Orchestra”, que, curiosos, procuram conhecer os instrumentos típicos. Na sexta-feira, 9 de agosto, com pelo menos quarenta músicas gravadas (alguns dizem uma centena), Stokowski deu adeus ao Rio de Janeiro e partiu para São Paulo. O que ele deu aos músicos por seu trabalho? Apenas seus cumprimentos entusiasmados.”
A Columbia Records lançou as gravações de Stokowski feitas no S.S. Uruguay no inicio de 1942 sob o título “Native Brazilian Music”. Das oficiais quarenta músicas gravadas, apenas dezessete viram a luz do dia, em dois álbuns, cada um contendo quatro discos 78-RPM. As notas na contracapa anunciavam: “Aqui neste álbum da Columbia Discos você tem a autêntica música do Brazil… Magnificamente tocada por músicos nativos… Selecionados e gravados sob a supervisão pessoal de Leopold Stokowski. Estas expressivas gravações foram feitas durante a excursão pela América do Sul do maestro Stokowski com a All American Orchestra. Em vários pontos da Excursão, o doutor Stokowski ouviu o folclore nativo e a música popular interpretados por músicos dos nossos bons vizinhos. Para a gravação, escolheu o que concluiu ser o melhor e o mais típico”.
A maioria dos músicos morreu sem nunca ter ouvido as gravações. Poucos foram pagos por elas. Cartola, por exemplo, recebeu uns míseros 1.500 réis, o suficiente para comprar três maços de cigarro baratos, um ano e meio depois das gravações. Em uma entrevista dada a Sérgio Cabral em 1974, Cartola disse que finalmente ouviu “Quem Me Vê Sorrir” — sua primeira gravação cantando — na casa de Lúcio Rangel uns bons vinte anos depois das sessões no S.S. Uruguay. Dois outros participantes da mesma gravação, Aluísio Dias (1911–1991) e Dona Neuma Gonçalves Silva, tiveram de esperar até 1980 para ouvi-la em fita. Dona Neuma (1922–2000) era a filha do presidente da Mangueira Saturnino Gonçalves, e grande dama do samba, tinha em 1940 apenas 18 anos e foi uma das pastoras que forneceram o acompanhamento vocal eletrizante em “Quem Me Vê Sorrir”. Em uma entrevista de 1981 para o cineasta Roberto Moura, Dona Neuma ainda lembrava com simplicidade e carinho os detalhes a comida deliciosa servida a bordo do S.S. Uruguay 41 anos antes: “…. assim, eu ainda era criança, mas os coroas que foram, foram a fim de comer, tinha muita coisa boa pra gente comer, aí foi a primeira vez que nós comemos peru com abacaxi, carne de porco com ameixa, um jantar luxuoso. Gravamos, depois da festa é que teve a recepção. […] Foi tudo no mesmo dia. Foi rápido. Foi de tarde mas o samba rolou até de manhã. Eu dormi no convés do navio, que gostoso lá. […] Tinha um tipo de uma aletria com presunto, queijo, sei lá, não era macarrão era aletria, mas muito bem feita, soltinha, não ficou aquela lama não, que a gente faz uma aletria, muito bem feita, não sei como é que eles cozinharam aquilo, mas ficou soltinha, acho que eles fizeram o molho depois cozinharam o macarrão ali dentro, deram uma sacudidela que ficou soltinho, uma delícia, mas eu só queria comer, sabe? Comer e andar pelo navio. […] Era um navio bonito. […] Era um salão bonito, tinha um palco, nós cantamos num palco, ele regendo. Ele regia a nós, tinha uma orquestra e a bateria nossa. […] Ele regia a orquestra, depois veio e regeu a bateria e a gente. Nós já sabíamos porque o maestro Villa-Lobos ensinou os gestos da mão, como ia, se fosse levantando, se fosse levantar, todos os gestos nós sabíamos, ensinados pelo maestro Villa-Lobos. Ele ensinava aqui, na escola, em todo lugar, porque o maestro que nós conhecíamos naquela época foi o Villa-Lobos, foi ele. Ele vinha aqui no morro muito, porque ele era amigão do Cartola….”
A Columbia nunca lançou “Native Brazilian Music” no Brasil, e até hoje, as únicas cópias conhecias poderiam ser contadas nos dedos de uma mão. Nem o governo do Brasil nem qualquer outra entidade brasileira fez algum esforço para recuperar estas gravações. Em 1987, durante o centenário de Villa-Lobos, o Museu Villa-Lobos (MVL) no Rio de Janeiro lançou as 17 faixas de Native Brazilian Music em um LP produzido por Suetônio Valença, Marcelo Rodolfo, e Jairo Severiano, com notas do musicólogo Ary Vasconcelos (encarte junto com as faixas no download). A música foi transferida não a partir das matrizes originais, cujo paradeiro (se sobreviveram) continuou desconhecido, mas a partir de discos 78 rpm doados pelo colecionador Flávio Silva. Estes dois albuns contendo 4 discos 78 rpm cada, com 17 faixas no total, devem constar entre os mais importantes discos brasileiros em qualquer época, porém, foram lançados apenas…nos USA! Das 40 músicas gravadas, a Columbia lançou somente 17. Que outros tesouro mais se perderam ?
Vou parar por aqui. Quando os jornalistas, os políticos, os artistas leram as impressões e comentários dos jornalistas Americanos a coisa do “políticamente correto” e “boa vizinhança” ficou meio que “à deriva”, virou uma grande “quizumba”, quase um problema diplomático. Coisas do tipo: “… o Brazil é muito bonito, uma grande tribo. Os nativos são gente qua andam e dançam sem roupa, alegres e alheios a grande guerra eropéia…..”. Bom como brasileiros nós nem precisamos nos esforçar para saber as respostas que foram dadas, e as respostas das respostas e por ai vai… Fora o mal-estar dos outros grandes artistas que ficaram de fora do evento sem terem sido convidados. Sobrou para o Villa explicar por que não convidou Siclano e Beltrano. Internamente entre os músicos da época houve muita ciumeira. Talvez esta seja uma explicação próxima do “porque” a Columbia jamais lançou esta pérola em terras Tupiniquins.
Integral da Carta do Villa para o Stokowski:
Rio de Janeiro, 16 de julho de 1940 “Caro Sr. Stokowski
Recebi sua carta do dia 3 do corrente e me apressei para responder para expressar todo o prazer que tive ao saber de sua visita iminente ao Brasil.
Estou verdadeiramente encantado com os seus planos para intercâmbio folclórico entre as nações dos continentes americanos por intermédio de discos.
Você pode contar comigo, pois farei tudo que me for possível para satisfazê-lo, correspondendo à confiança que você depositou em mim.
Estou mandando em anexo um plano das gravações que devem ser feitas por cantores populares (oriundos dos estados mais típicos dos Estados [do Brasil] e que vivem nos ambientes da Capital), vestidos em roupas típicas, se for necessário para filmagem.
Para mobilizar estes elementos, o seguinte é necessário:
1) – Seu consentimento em uma resposta urgente para
iniciar a convocação destes elementos nos próximos dez dias;
2) – A garantia de 500 dólares para despesas gerais;
isto é, a estes músicos, que devemos pagar para
reuni-los, que é uma coisa muito difícil;
3) – As cópias dos discos gravados devem permanecer no Rio,
mesmo aqueles que serão gravados nos países americanos;
Se você estiver de acordo com o plano apresentado abaixo, seria mais conveniente se você enviasse o mais rápido possível instruções para a Embaixada dos Estados Unidos da América do Norte do Brasil, para que haja um entendimento material com o organizador dos elementos típicos que irão servir em sua gravação planejada, pois eu não tenho os meios materiais para o empreendimento. No entanto, eu poderia organizá-los e coordená-los com prazer.
Quanto à parte artística de sua excelente orquestra de jovens americanos, eu devo lembrá-lo de que, para o maior sucesso possível e para a simpatia e interesse da nova geração brasileira, deve-se organizar programas principalmente com música moderna, e incluir em cada concerto um compositor brasileiro, de sua escolha, e outro dos Estados Unidos. Como você, eu tenho um grande interesse na troca da música artística entre os dois Continentes.
Aguardando sua resposta urgente, eu peço a você, Caro Senhor, para aceitar a confiança de meus sentimentos mais distintos,
H-Villa-Lobos
Avenida Almirante Barroso, 81 – Edifício Andorinha, 5° and.
s/ 534 – Rio de Janeiro, Brasil”
Nas gravações de Stokowski, Pixinguinha tocou sua flauta brilhante em muitas faixas, e cantou um dueto com Jararaca.
O conjunto regional de Donga forneceu muitos dos acompanhamentos nas gravações de Stokowski.
João da Bahiana – Por muitos anos o mais importante percussionista no Brasil, ele é tido como o responsável por introduzir o pandeiro no samba e no choro e transformou a faca e prato em instrumento rítmico.
Cartola – Nas sessões de Stokowski, onde ele fez suas primeiras gravações cantadas, Cartola foi acompanhado pelo compositor/violonista da Mangueira Aluísio Dias e um grupo de percussionistas da Mangueira.
Zé Espinguela—José Gomes da Costa (1901–1944). Pai-de-santo e importante pioneiro do samba. Quando o samba ainda era ilegal, Espinguela recebeu rodas de samba em sua casa seguidas das cerimônias de macumba. Encabeçou o Bloco dos Arengueiros no morro da Mangueira (primeiro desfile de Carnaval: 1927), do qual surgiram os sete fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, dentre eles Espinguela. Inventou a competição de escolas de samba em 1929. Popularmente conhecido como Pai Alufá, ele foi acompanhado nas gravações de Stokowski pelo grupo vocal-instrumental-de dança que geralmente tocava em suas festas, fossem elas sagradas ou profanas. Estas foram as únicas gravações cantadas feitas por Espinguela, também conhecido como José ou Zé Spinelli.
O S.S. Uruguay atracado na Praça Mauá no Rio de Janeiro. Foi um dos três navios de Boa Vizinhança pertencentes à American Republics Line e operado pela Moore-McCormack Lines. Em maio de 1939, o Uruguay trouxe Carmen Miranda para Nova York pela primeira vez.
Estaremos nas próximas postagens fazendo uma singela homenagem ao grande Maestro Leopold Stokowski, esta é a primeira de sete.
Apreciem e divulguem esta preciosidade ! Quem sabe um dia ainda aparece as outras 23 faixas gravadas…. o material do álbum de 1987 está em “pdf” junto com a música no “download”.
Native Brazilian Music
1 – Macumba de Oxóssi ( Donga, José Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Está assinada por Donga e Espinguela. Essa macumba “with vocal ensemble” como explica a mesma etiqueta, foi gravada pelo Grupo de Pai Alufá. Como se sabe, Oxóssi é o orixá dos caçadores, sendo sincretizado, no Rio de Janeiro, como São Sebastião, e como São Jorge, na Bahia. Seu símbolo é o arco e flecha, dançando com essa arma em uma das mãos e com um erukerê (uma espécie de espanador feito com rabos de boi) na outra. O Grupo do Pai Alufá era um conjunto vocal-instrumental coreográfico dirigido por Zé Espinguela e que animava as festas deste, fossem elas sagradas (macumbas) ou profanas (sessões de samba e de chula). A voz solista é do próprio Espinguela.
2 – Macumba de Iansã (Donga, José Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Outra macumba de Donga e Espinguela, gravada pelo mesmo grupo e com Espinguela como solista. Iansã, orixá feminino, esposa de Xangô, é sincretizada como Santa Bárbara. Dança geralmente com um alfange e um eruxim de rabo de cavalo.
Estas faixas (1 e 2) foram os únicos registros feitos por Espinguela em sua vida
3 – Ranchinho Desfeito (Donga, De Castro e Souza, David Nasser)
Uma antiga composição de Donga, letra de De Castro e Souza, ocupa a terceira faixa do nosso LP do primeiro álbum americano. Joel Nascimento canta com o Regional de Donga. Pixinguinha, então com 42 anos, “rouba” porém o fonograma com empolgante atuação na flauta.
4 – Caboclo do mato (de Getúlio marinho, com João da Bahiana, Jair Martins e Jararaca)
“Samba with vocal ensemble” está no selo do disco. Presentes nesta faixa o pandeiro de João e a flauta de Pixinguinha. A voz feminina – que repete “din, din, din, Aruama” – é provavelmente de Janir Martins.
5 – Seu Mané Luís (de Donga, com Zé da Zilda e Janir Martins)
Janir Martins dialoga com Donga neste “samba with vocal duet”. No acompanhamento, mais uma vez, o regional de Donga, com Pixinguinha à flauta.
6 – Bambo do bambu (de Donga, com Jararaca e Ratinho)
Jararaca e Ratinho cantam a embolada assinada por Donga. Nesse autêntico “destrava a lingua”, Ratinho, embola-se e tem a sua travada antes da hora…O violão sensacional que encerra a gravação é de Laurindo de Almeida.
7 – Sapo no saco (de Jararaca, com Jararaca e Ratinho)
Novamente Jararaca e Ratinho, agora na embolada Sapo no saco, de ambos, um clássico do gênero. Uma das raras composições deste repertório já gravadas anteriormente, Sapo no saco foi lançado em disco por Jararaca em abril de 1929.
8 – Que quere que quê (de João da Baiana, Donga e Pixinga, com João da Bahiana e Janir Martins)
Macumba carnavalesca de Donga, João da Bahiana e Pixinguinha. O pandeiro de João da Bahiana e a flauta de Pixinguinha, mais uma vez, roubam a cena
9 – Zé Barbino (de Pixinguinha e Jararaca)
A peça que abre o lado “b” do LP é um maracatu estilizado escrito a quatro mãos por Pixinguinha e Jararaca e gravado em dupla pelos próprios autores. Trata-se ainda de um dos raros fonogramas em que Pixinguinha atua como cantor.
10 – Tocando pra você (Luiz Americano)
Momento extraordinário nas sessões de gravação realizadas a bordo do navio Uruguai foi este em que Luís Americano, acompanhado de regional, executou ao clarinete o seu deslumbrante choro Tocando pra você, que traz João da Bahiana ao pandeiro
11 – Passarinho bateu asas (de Donga, com Zé da Zilda)
No navio, coube a Zé da Zilda a interpretação. Mais uma vez, destaca-se no acompanhamento a flauta de Pixinguinha.
12 – Pelo telefone (de Donga, Mauro de Almeida, com Zé da Zilda)
“Pelo Telefone” é um dos sambas mais emblemáticos (foi primeira música registrada como ‘samba’ no Brasil) da história da música popular brasileira . “Zamba with vocal chorus” diz o selo do disco. Só que este “zamba” não é um samba qualquer, mas justamente o primeiro a celebrizar-se como tal. Pixinguinha tem aqui nova atuação extraordinária.
13 – Quem me vê sorrir ( de Cartola e Carlos Cachaça, com Cartola e Coro da Mangueira)
Outro ponto culminante dos dois álbuns Columbia: Cartola acompanhado pelo “Mangueira Chorus” (é como se encontra no disco) canta seu samba Quem me vê sorrir, letra de Carlos Cachaça (Carlos Moreira de Castro). Carlos, aliás, era para ter ido também ao navio Uruguai, mas justamente na noite da gravação teve plantão na Central do Brasil, onde trabalhava. Este seria, possivelmente, o mais antigo registro gravado da voz de Cartola.
14 e 15 – Teiru e Nozani-ná (Música Folclorica, adaptada po HVL, com Quarteto do Coral Orfeão HVL)
Um quarteto de professores do Orfeão Villa-Lobos canta estas duas composições de Heitor Villa-Lobos: Teiru, canto fúnebre pela morte de um cacique foi recolhido por Roquete Pinto em 1912 entre os Parecis. É de 1926, sendo o segundo dos Tres Poemas Indigenas. Nazoani-ná (Ameríndio) é uma das Canções Típicas Brasileiras, de 1919. O coro do Orfeão está designado no disco por “Brazilian Indian Singers”…
16 – Cantiga de festa (de Donga e José Espinguela, com Zé Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Zé Espinguela e Donga assinam mais esta corima, cantada pelo primeiro com o apoio do Grupo Pai Alufá.
17 -Canidé Ioune (Música Folclórica adaptada por HVL)
Canidé Ioune é o primeiro dos Tres Poemas Indígenas, de Villa-Lobos. Está baseado em um tema indígena recolhido pelo viajante Jean de Léry em 1553. Para interpretá-lo voltam os “Brazilian Indian Singers”, isto é, os professores do Orfeão.
Décimo e último episódio da série História da Música Brasileira, criada em 1999. Esta série teve a participação de Vox Brasiliensis Coro e Orquestra, dirigida por Ricardo Kanji, e participação especial, nos episódios 8, 9 e 10, da Sinfonia Cultura, da Fundação Padre Anchieta, dirigida por Lutero Rodrigues.
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 10 – Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
Paulo Castagna
O décimo e último episódio de História da Música Brasileira aborda a Belle Èpoque brasileira, um período situado entre as últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX e caracterizado pela criação de uma cultura urbana baseada no ideal europeu (principalmente francês) de civilização. Além da adoção do romantismo franco-germânico no repertório dos teatros e escolas de música, proliferaram-se, nas danças de salão dessa fase, a abordagem da música popular a partir do olhar europeu, ou seja, como manifestação exótica de uma população inculta, mas que poderia ser civilizada pela arte do Velho Mundo. Como exemplos de tais tendências, o programa apresenta obras de Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 1864 – Rio de Janeiro, 1920), Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá, 1846 – Curitiba, 1913) e Alexandre Levy (São Paulo, 1864-1892).
Veja abaixo o Episódio 10 – Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?, que também pode ser visto no Youtube em http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
. . . Nossos agradecimentos ao musicólogo Prof. Paulo Castagna (http://paulocastagna.com), um dos criadores desta série, por nos ter incentivado nesta empreitada e cedido os áudio-visuais para postarmos. Não tem preço !!! Valeu !!! . . .
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Nono episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
REPOSTAGEM
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 9 – Romantismo: um Brasil para poucos
Paulo Castagna
O nono episódio de História da Música Brasileira é dedicado ao movimento musical romântico brasileiro e suas contradições sociais. Embora a sociedade brasileira da segunda metade do século XIX tenha optado pela extinção do sistema escravocrata, a elite urbana exigiu uma cultura de origem branca e européia, o mais isenta possível dos costumes populares. Foram assim criados os primeiros clubes de concertos, destinados a levar a essa mesma elite óperas, sinfonias, concertos para instrumento e orquestra, danças de salão, canções e música de câmara de origem européia ou de autores brasileiros filiados à tradição européia. Nesse ambiente, a partir da década de 1870, a elite brasileira iniciou a assimilação do romantismo europeu, estimulando o surgimento de compositores inteiramente dedicados a essa tendência, como Henrique Oswald (Rio de Janeiro, 1852-1931), Leopoldo Miguez (Niterói, 1850 – Rio de Janeiro, 1902) e Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 1864 – Rio de Janeiro, 1920), dos quais são apresentadas neste programa algumas obras pianísticas, camerísticas e sinfônicas.
Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!! . Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso canal Youtube História da Música Brasileira Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso blog PQPBach Ponha a boca no trombone! Divulgue a Música Antiga Brasileira Ponha a boca no trombone! Deixe seus comentários, críticas, opiniões, broncas, elogios ou simplesmente [curtir] !!!!
Oitavo episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
REPOSTAGEM
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 8 – Carlos Gomes, o emblema da ópera no Brasil
Paulo Castagna
O oitavo episódio de História da Música Brasileira é dedicado ao compositor Antônio Carlos Gomes (Campinas-SP, 1836 – Belém-PA, 1896), primeiro autor brasileiro de óperas a ter adquirido notoriedade na Europa. O programa discorre sobre sua formação em Campinas, São Paulo e Rio de janeiro, e sobre sua vida profissional no Brasil e na Itália, apresentando obras menos conhecidas de sua produção, entre elas, peças para piano como as polcas Caiumba e Nini, canções como o Hino à Mocidade Acadêmica, a modinha Quem sabe, a ária Conselhos, o prelúdio da ópera A noite do castelo e a Sonata em ré maior para cordas, que recebeu do autor o subtítulo “Burrico de pau”.
Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!! . Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso canal Youtube História da Música Brasileira Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso blog PQPBach Ponha a boca no trombone! Divulgue a Música Antiga Brasileira Ponha a boca no trombone! Deixe seus comentários, críticas, opiniões, broncas, elogios ou simplesmente [curtir] !!!!
Sétimo episódio: uma breve análise sociológica do Brasil do século XIX, em 28 minutos! Escravidão, Inglaterra, café, eleições … a música refletindo, como um espelho do tempo, os valores da época!
Sétimo episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
REPOSTAGEM .
EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 7 – Saraus, Danças e Intimidades. A Música no Brasil do séc. XIX
Paulo Castagna
O sétimo episódio de História da Música Brasileira explora a música usada no ambiente doméstico brasileiro do século XIX. Canções, como modinhas e lundus – gêneros respectivamente apolíneo e dionisíaco – envolviam a expressão dos sentimentos amorosos (presentes ou perdidos), o humor e a sátira, sendo muito comuns em reuniões familiares e sociais daquele período. As danças, por sua vez, eram destinadas às festas e comemorações, sendo as principais, nessa época, a polca, a quadrilha, a mazurca e a valsa, abordadas nessa ordem no sétimo programa. Embora tenham circulado, no Brasil do século XIX, tanto obras locais quanto internacionais, o sétimo programa apresenta composições brasileiras destinadas ao meio doméstico da elite do período, abordando também algumas questões sociais envolvidas nesse repertório.
Veja abaixo o episódio 7 – Saraus, Danças e Intimidades. A Música no Brasil do séc. XIX, que também pode ser visto no Youtube em http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
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Sexto episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 6 – A música da Independência
Paulo Castagna
O sexto episódio da História da Música Brasileira aborda a atividade musical no Rio de Janeiro em torno do ano da Independência (1822), com muitas informações e imagens históricas. Destacam-se as obras de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), principalmente as profanas. O episódio, inclui também a finalização do Requiem de Mozart por Sigismund Neukomm (1778-1858) no Rio de Janeiro e a apresentação, na íntegra, do primeiro movimento do primeiro Dueto concertante para dois violinos de Gabriel Fernandes da Trindade (a mais antiga composição camerística brasileira), pelos violinistas Cláudio Cruz e Betina Stegman. O programa aborda, ainda, a história dos principais hinos políticos compostos na ocasião, como o Hino Constitucional Brasiliense (hoje o Hino da Independência) – cuja letra de Evaristo da Veiga foi musicada por D. Pedro I – e o Hino ao Sete de Abril (hoje o Hino Nacional), com a letra original de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, que comemorava a abdicação de D. Pedro I e seu retorno a Portugal, em 1831.
Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!! . Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso canal Youtube História da Música Brasileira Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso blog PQPBach Ponha a boca no trombone! Divulgue a Música Antiga Brasileira Ponha a boca no trombone! Deixe seus comentários, críticas, opiniões, broncas, elogios ou simplesmente [curtir] !!!!
Quinto episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 5 – Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
Paulo Castagna
O quinto episódio da História da Música Brasileira é dedicado à música de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), o maior compositor afro-descendente de música sacra dos séculos XVIII e XIX, desde sua primeira composição conhecida, Tota pulchra es Maria (1783), escrita aos 16 anos de idade. O episódio inclui informações sobre sua ordenação sacerdotal, seu desenvolvimento profissional e sua relação com a elite monárquica e com o compositor Marcos Portugal, que chegou ao Rio de Janeiro em 1811 para assumir a função de compositor da corte. Além de obras sacras, o programa apresenta, na íntegra, duas de suas peças orquestrais: as Aberturas em Ré e Zemira.
Veja abaixo o episódio 5 – Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte, que também pode ser visto no Youtube em *
* http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
Não deixe de visitar o mais completo website sobre a vida e obra do Pe. José Maurício Nunes Garcia, que ficou 2 anos fora do ar. Devemos essa obra prima a Antonio Campos Monteiro Neto, que dedicou 2 anos para remontar e atualizar o site: http://www.josemauricio.com.br/
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Quarto episódio da série História da Música Brasileira, com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 4 – Ouro, diamantes e música em Minas
Paulo Castagna
O quarto episódio da História da Música Brasileira é dedicado aos compositores mineiros e afro-descententes José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita e João de Deus de Castro Lobo. Lobo de Mesquita nasceu na Vila do Serro, por volta de 1746 e transferiu-se para o Arraial do Tijuco (atual Diamantina) cerca de trinta anos depois, onde viveu seu período mais produtivo, transferindo-se em 1798 para Vila Rica (hoje Ouro Preto), e em 1801 para o Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de organista da Ordem Terceira do Carmo até sua morte, em 1805. Castro Lobo nasceu em Vila Rica em 1794 e faleceu em Mariana em 1832, cidade na qual desempenhou os cargos de mestre da capela da catedral e organista, trabalhando junto ao órgão que foi assunto do terceiro episódio desta série. Entre as obras de Lobo de Mesquita, foi incluído o Ego enim accepi a Domino (Lição VIII das Matinas de Quinta-feira Santa), que mais provavelmente foi escrito por Jerônimo de Sousa Lobo em Vila Rica, em fins do século XVIII ou princípios do século XIX.
Veja o episódio 4 – Ouro, diamantes e música em Minas, que também pode ser visto no Youtube em: http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
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. HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Paulo Castagna
(Resumo da história do projeto, cuja integral pode ser lida aqui.)
História da Música Brasileira foi um projeto idealizado por Ricardo Kanji e Paulo Castagna em 1997, que se concretizou em 1998. O projeto contou com a colaboração de músicos experientes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e mesmo da Argentina.
O trabalho foi iniciado com a elaboração de textos e seleção de repertório por Paulo Castagna, que incluiu muitas obras inéditas e mesmo editadas especialmente para o projeto. Paralelamente, Ricardo Kanji reuniu e ensaiou os integrantes do Vox Brasiliensis, o grupo que executou a grande maioria das obras do projeto.
O projeto surgiu a partir de várias necessidades, entre elas a gravação de várias obras inéditas, a divulgação da música antiga brasileira, na época bastante desconhecida, e a geração de um material que proporcionasse uma compreensão mais ampla do fenômeno musical no Brasil antigo. A História da Música Brasileira baseou-se em muitos esforços musicológicos anteriores e acabou estimulando vários outros projetos relacionados à música antiga composta no Brasil, entre eles iniciativas de organização e catalogação de acervos de manuscritos, projetos de edição e gravação musical, programas de rádio, publicações especializadas e outros. Apesar de suas limitações técnicas e de sua antiguidade, o material é, ainda hoje, utilizado em aulas, cursos e palestras sobre música antiga brasileira em todo o mundo, tendo se tornado uma referência na área e um rápido meio de contato com a diversidade musical brasileira anterior ao século XX.
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 3 – A música no período áureo de Minas Gerais
Paulo Castagna
O terceiro e quarto episódios da História da Música Brasileira referem-se à música sacra escrita em Minas Gerais no século XVIII, principalmente por compositores afro-descendentes. Este terceiro episódio aborda a perseguição da música africana pelas autoridades eclesiásticas da época e o cultivo da música sacra nas igrejas e das canções portuguesas no ambiente doméstico, ainda que em algumas dessas canções se observe o interesse português pela visão de mundo africana. Entre obras de compositores portugueses, como o Pueri Hebræorum para três vozes e baixo e talvez o Bajulans para quatro vozes e baixo, este episódio apresenta composições mineiras de Francisco Gomes da Rocha (c.1754-1808), Manuel Dias de Oliveira (c.1735-1813) e Inácio Parreiras Neves (c.1730-c.1791). Também foi dedicado espaço, neste episódio, à arquitetura sacra e ao órgão da catedral de Mariana, provavelmente construído em Hamburgo por Arp Schnitger em 1701, mas enviado a Minas Gerais por ordem do rei de Portugal em 1750.
Veja o episódio 3– A música no período áureo de Minas Gerais, que também pode ser visto no Youtube em: http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
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Segundo episódio da série História da Música Brasileira, com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!
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HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Paulo Castagna
História da Música Brasileira foi um projeto idealizado por Ricardo Kanji e Paulo Castagna em 1997, que se concretizou em 1998 e contou com a colaboração de músicos experientes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e mesmo da Argentina.
O trabalho foi iniciado com a elaboração de textos e seleção de repertório por Paulo Castagna, que incluiu muitas obras inéditas e mesmo editadas especialmente para o projeto. Paralelamente, Ricardo Kanji reuniu e ensaiou os integrantes do Vox Brasiliensis, o grupo que executou a grande maioria das obras do projeto e que foi especialmente criado para isso. Os episódios 8, 9 e 10 também contaram com a participação da Orquestra Sinfonia Cultura, da Fundação Padre Anchieta, dirigida por Lutero Rodrigues.
O projeto surgiu a partir de várias necessidades, entre elas a gravação de obras inéditas, a divulgação da música antiga brasileira, na época bastante desconhecida, e a geração de um material que proporcionasse uma compreensão mais ampla do fenômeno musical no Brasil antigo e que pudesse ser usado em escolas, universidades e mesmo na televisão.
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 2 – A música setecentista no Brasil
Paulo Castagna
O segundo episódio da História da Música Brasileira aborda a música de tradição européia composta em Pernambuco, Bahia e São Paulo no século XVIII. Embora a maior parte das obras musicais escritas no Nordeste brasileiro dessa época tenha sido perdida, o programa tenta apresentar um panorama da produção que ocorreu nessas regiões antes da Independência. Dificilmente qualificável como barroco ou mesmo clássico, esse repertório estende-se das obras portuguesas cantadas no Brasil (como a primeira peça cantada neste episódio, que hoje sabemos ser do português renascentista Manuel Cardoso) até as composições que apresentam mistura de elementos musicais de vários estilos, incluindo o melodismo da ópera italiana, mesmo na música sacra. Escritas em uma fase escravocrata, na qual essas regiões brasileiras eram marcadas pelo genocídio das comunidades indígenas e apropriação de suas terras para a exploração agro-pecuária, as obras apresentadas neste programa refletem a cultura dos europeus que se beneficiavam do sistema sócio-econômico imposto às comunidades locais. Mesmo assim, algumas idéias e sonoridades africanas já eram presentes nos lundus que circulavam por várias camadas sociais e mesmo em algumas canções que a elite portuguesa praticava em suas residências.
Veja o episódio 2. A música setecentista no Brasil, que também pode ser visto no Youtube em: http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB. Destacamos que ao órgão e cravo apresenta-se a grande artista brasileira Rosana Lanzelotte.
(http://www.lanzelotte.com/)
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História da Música Brasileira foi um projeto idealizado por Ricardo Kanji e Paulo Castagna em 1997, que se concretizou em 1998, com financiamento da Telebrás, direção de TV de Reinaldo Volpato e administração do CEPEC – Centro de Produções Editoriais e Culturais, dirigido por Ricardo Maranhão. As gravações sonoras foram realizadas pela EGTA Produções, dirigida por Everton Gloeden e Tadeu do Amaral e a filmagem foi feita no Anfiteatro Camargo Guarnieri da Universidade de São Paulo e no Teatro Cultura Artística de São Paulo, infelizmente destruído no incêndio de 2008. O projeto contou com a colaboração de músicos experientes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e mesmo da Argentina.
O trabalho foi iniciado com a elaboração de textos e seleção de repertório por Paulo Castagna, que incluiu muitas obras inéditas e mesmo editadas especialmente para o projeto. Paralelamente, Ricardo Kanji reuniu e ensaiou os integrantes do Vox Brasiliensis, o grupo que executou a grande maioria das obras do projeto e que foi especialmente criado para isso. Os episódios 8, 9 e 10 também contaram com a participação da Orquestra Sinfonia Cultura, da Fundação Padre Anchieta, dirigida por Lutero Rodrigues. A partir dos roteiros elaborados por Vitor Navas, foram feitas as gravações, dirigidas por Ricardo Kanji, que também apresenta o documentário.
Foram lançados, durante o projeto, 2 cds e 10 vídeos de cerca de 28 minutos cada um, embora tenham sido inicialmente previstos 6 cds e 15 vídeos (por isso o quadro informativo no início de cada programa indica um total de 15 episódios). Algumas obras foram gravadas apenas em áudio, enquanto outras foram filmadas e integraram os vídeos. Todo esse material foi divulgado entre fins de 1998 e princípios de 1999: os 2 cds, com o título de “História da música brasileira: período colonial”, com a Orquestra e Coro Vox Brasiliensis, sob regência de Ricardo Kanji e pesquisa musicológica de Paulo Castagna foram lançados em São Paulo pelo selo Eldorado (CD 946137), enquanto a série de 10 vídeos foi transmitida várias vezes pela TV Cultura de São Paulo a partir daquela época. Em fins de 1999 a extinta editora Apel lançou em São Paulo os 10 vídeos em VHS (hoje esgotados) e a gravadora K617 lançou na França uma seleção dos 2 cds originais no cd “Música Sacra do Brasil: São Paulo / Minas Gerais / Rio de Janeiro” (Chœur et orchestre Vox Brasiliensis; direction Ricardo Kanji), que se tornou o primeiro cd do projeto Les Chemins du Baroque referente ao Brasil (CD K617096), iniciativa que divulgou dezenas de cds com música antiga composta nas Américas.
O projeto surgiu a partir de várias necessidades, entre elas a gravação de obras inéditas, a divulgação da música antiga brasileira, na época bastante desconhecida, e a geração de um material que proporcionasse uma compreensão mais ampla do fenômeno musical no Brasil antigo e que pudesse ser usado em escolas, universidades e mesmo na televisão. A História da Música Brasileira baseou-se em muitos esforços musicológicos anteriores e acabou estimulando vários outros projetos relacionados à música antiga composta no Brasil, entre eles iniciativas de organização e catalogação de acervos de manuscritos, projetos de edição e gravação musical, programas de rádio, publicações especializadas e vários outros. Apesar da limitação de seus recursos e de sua defasagem em relação às possibilidades técnicas atuais, o material é, ainda hoje, utilizado em aulas, cursos e palestras sobre música antiga brasileira em todo o mundo, tendo se tornado uma referência na área e um rápido meio de contato com a diversidade musical brasileira anterior ao século XX.
Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:
1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?
HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA Episódio 1 – Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
Paulo Castagna
O primeiro episódio da História da Música Brasileira inicia-se com a execução, pela orquestra Vox Brasiliensis, da Abertura Zemira de José Maurício Nunes Garcia, a obra que se tornou a vinheta sonora e visual da série. Ricardo Kanji apresenta, em seguida, uma introdução ao projeto, que inclui uma conversa com Paulo Castagna sobre o trabalho com manuscritos musicais, no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. Informações gerais sobre o início do domínio europeu do Brasil e sobre a relação com os indígenas e africanos são ligadas à atividade musical dos séculos XVI, XVII e princípios do XVIII, com vários exemplos sonoros, incluindo Matais de incêndios, a primeira composição polifônica encontrada em manuscrito musical brasileiro.
Veja o episódio 1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil, que também pode ser visto no Youtube em: http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB
Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!! . Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso canal Youtube “História da Música Brasileira”: http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB Ponha a boca no trombone! Divulgue nosso blog “PQPBach”: http://www.sul21.com.br/blogs/pqpbach/ Ponha a boca no trombone! Deixe seus comentários !!!!
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Este CD oferece uma mescla de obras religiosas e profanas do período colonial brasileiro, incluindo uma dança, canções, obras orquestrais, lições de piano e de solfejos (extraídas de compêndios teóricos), uma cantata acadêmica e uma composição religiosa para a Quarta-feira de Cinzas, produzidas nas antigas capitanias de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Integram este volume também exemplos musicais compostos na Europa, mas provavelmente praticados no Brasil colonial, como o Marinícolas e as canções de Marcos Portugal. Paulo Castagna, extraído do encarte, 1999.
Anônimo (recolhido no Brasil por C.P.F. von Martius entre 1817-1820) 01. Lundu
Anônimo (Séc. XVII) 02. Mariniculas
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) 03. Você Trata Amor Em Brinco
Anônimo (recolhido no Brasil por C.P.F. von Martius entre 1817-1820) 04. Acaso São Estes – S. Paulo 05. Perdi O Rafeiro – S. Paulo
06. Escuta Formosa Márcia – S. Paulo
07. Foi-se Jozino E Deixou-me – Bahia
08. Prazer Igual Ao Que Sinto – Minas Gerais
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) 09. Marília De Dirceu – Ah! Marília, Que Tormento (Ária VIII)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 10. Beijo A Mão Que Me Condena
Anônimo (1759) 11. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino 1. Recitativo
12. Herói, Egrégio, Douto, Peregrino 2. Ária
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805) 13. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 1. Exaudi Nos, Domine
14. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 2. Gloria, Patri
15. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 3. Sicut Era
16. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 4. Immutemur Habitu
17. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 5. Misereris Mnium, Domine
18. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 6. Miserere Mei, Deus (Salmo 56)
19. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 7. Quoniam In Te Confidit
20. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 8. Gloria, Patri
21. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 9. Sicut Era
22. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 10. Kyrie / Christie / Kyrie
23. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 11. Domine, Ne Memeneris (Salmo 78)
24. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 12. Exaltabo Te, Domine
25. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 13. Sanctus
26. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 14. Benedictus
27. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 15. Hosanna
28. Bênção das Cinzas e Missa para a Quarta-Feira de Cinzas 16. Agnus Dei
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789) 29. Lições De Solfejo 1. Lição XX
30. Lições De Solfejo 2. Lição XIX
31. Lições De Solfejo 3. Lição XXII
32. Lições De Solfejo 4. Lição XXIII
33. Lições De Solfejo 5. Lição XXIV
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 34. Lições De Pianoforte 1. Primeira Parte – Lição XII
35. Lições De Pianoforte 2. Segunda Parte – Lição V
36. Abertura Em Ré
37. Abertura da Ópera “Zemira” (1803) – Ouverture que Expressa Relâmpagos e Trovoadas
História da Música Brasileira – Período Colonial II – 1999
Orquestra e Coro Vox Brasiliensis
Regente: Ricardo Kanji
REPOSTAGEM .
Este CD oferece uma mostra da música religiosa produzida ou praticada no Brasil, do inícios do séc. XVIII a inícios do séc. XIX, nas capitanias de Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Reunimos para isso, algumas composições recuperadas desde os trabalhos pioneiros do musicólogo Francisco Curt Lange (1903 – 1997) na década de 1940, até as mais recentes pesquisas.
A produção musical católica floresceu em todos os grandes centros urbanos da América Latina a partir de fins do séc. XVI, observando duas características básicas: 1) a assimilação das técnicas européias de composição e execução musical; 2) adaptação das mesmas às condições particulares de cada região do Novo Mundo. As pesquisas sobre esse fenômeno, intensificadas a partir da década de 1980, têm revelado, portanto, não somente música escrita e executada nessas regiões no período colonial, como também música que, em vários aspectos, exibe particularidades nem sempre encontradas na produção religiosa européia.
A música colonial latino-americana foi essencialmente vocal e religiosa, sendo raras, no período, as obras profanas ou as composições exclusivamente instrumentais, fenômeno decorrente do estabelecimento da religião católica como forma de agregação social. Foi somente no séc. XIX, depois dos movimentos de independência e das revoluções industriais, sociais e urbanas, que iniciou-se o franco desenvolvimento da música profana, instrumental e mesmo doméstica na região.
O Brasil, no período colonial (1500-1822), exibiu um desenvolvimento musical bastante tardio, em relação a outras regiões do continente. Embora existam raros exemplos relativos à primeira metade do séc. XVIII, foi a partir da década de 1770, com o avanço do processo de urbanização, que intensificou-se a produção musical religiosa na América Portuguesa.
Como parte decisiva de nosso trabalho no Projeto História da Música Brasileira, este CD tem a preocupação de apresentar não somente obras inéditas, mas de aumentar a difusão do repertório cultural da Colônia. Paulo Castagna, extraído do encarte, 1999.
Anônimo (Séc. XVIII) 01. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 1. Asperges Me/ Domine, Hyssopo (Alegro)
02. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 2. Misere Mei, Deus (Moderato)
03. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 3. Gloria Patri (Andante)
04. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 4. Sicut Erat (Allegro)
05. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 5. Hosana Filio David
06. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 6. Collegerunt Pontifices
07. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 7. Sancuts
08. Asperges Me/ Domine, Hyssopo 8. Pueri Hebraerum (Antífona)
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790) 09. Antífona De N. Senhora 1. Salve Regina (Largo)
10. Antífona De N. Senhora 2. Eia Ergo (Andantino)
11. Antífona De N. Senhora 3. Virgo Maria (Adagio)
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813) 12. Encomendação De Almas 1. Alerta, Mortais (Andante/Poco Allegro)
13. Encomendação De Almas 2. Senhor Deus (Moderato)
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805) 14. Ego Enem Accepi A Domino
Francisco Gomes da Rocha (1746-1808, Vila Rica, MG) 15. Novena de Nossa Senhora do Pilar 1. Veni Sancte Spiritus (Andantino)
16. Novena de Nossa Senhora do Pilar 2. Domine Ad Adjuvandum (Allegro)
17. Novena de Nossa Senhora do Pilar 3. Gloria Patri (Andante)
18. Novena de Nossa Senhora do Pilar 4. Sicut Era (Allegro)
19. Novena de Nossa Senhora do Pilar 5. In Honorem Sacratissimae virginis Mariae (Invitatorio – Allegro Comodo)
20. Novena de Nossa Senhora do Pilar 6. Quem Terra, Pontus, Sidera (Hino – Andante)
21. Novena de Nossa Senhora do Pilar 7. Virgo Prudentissima (Antífona – Allegretto)
José Alves (Portugal, sec. XVIII) 22. Donec Ponan (Andante)
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844) 23. Veni Sancte Spiritus (Allegro Brilhante)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) 24. Tota Pulchra Es Maria (Andante Amoroso/Largo)
25. Dies Sanctificatus (Moderato)
26. Justus Cum Ceciderit (Moderato)
Anônimo (Francisco Martins?c.1620-1680) 27. Pueri Hebraeorum
Anônimo (início do séc. XVIII) 28. Ex Tractatu Sancti Augustini
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813) 29. Moteto “Bajulans”
30. Surrexit Dominus (Allegre)
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789) 31. Divertimentos Harmônicos 1. Beata Virgo
32. Divertimentos Harmônicos 2. Benedicta Tu In Mulieribus
33. Divertimentos Harmônicos 3. Quae Est Ista
34. Divertimentos Harmônicos 4. Eficieris Gravida
35. Divertimentos Harmônicos 5. Oh! Pulchra Es
Anônimo (início do séc. XVIII) 36. Matais De Incêndios
História da Música Brasileira – Período Colonial I – 1999
Orquestra e Coro Vox Brasiliensis
Regente: Ricardo Kanji .