Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

Vocês conhecem os discos do MAK — Musica Antiqua Köln. Os caras pesquisam e desencavam verdadeiras joias como essas, encontradas no gélido Báltico, entre a Lübeck de Thomas Mann, a Dinamarca de Isak Dinesen e a Suécia do ignorado e grande Franz Berwald (vou postar Berwald para vocês conferirem como é bom). Só que aqui são apenas obscuros barrocos. Para variar, o MAK acerta.

Este é um dos projetos mais divertidos e originais do MAK, mostrando alguns tesouros escondidos do final da era hanseática. O Mar Báltico tornou-se um patriciado de mercadores que disseminaram a cultura e os costumes alemães suas rotas comerciais – como Lübeck, Estocolmo, Riga ou Danzig – antes que músicos locais transmitissem a sabedoria recebida em seu próprio dialeto. Este programa não é uma mera jornada pelos portos do Báltico, mas uma exposição da música instrumental do século XVII. Poucas fontes sobrevivem numa região devastada pela guerra, cujas coleções restantes enfrentaram o ataque final na segunda guerra mundial. Goebel reuniu boa parte de seu programa surpreendentemente variado na Coleção Duben, em Uppsala, Suécia. A mistura de estilos varia aqui das fantasias corais do norte da Alemanha (Herzlich tut mich verlangen de Fischer é um pouco isso) às obras de influência vienense, como a vinheta quixotesca de Andreas Kirchoff, a arrogância regional da Sonata para dois trompetes de Albrici que, embora menos ostentosa do que os exemplos de Biber, fornece um aspecto nórdico bem distinto. Também a “extroversão” italiana de Vierdanck e as habilidosas peças programáticas de Meder (embora a Sonata di Battaglia seja boa demais) são uma pitada do gosto e gênero nacionais.

Albrici / Anônimo / Baltzar / Becker / Fischer / Nicolaus Hasse / Kirchoff / Luetkeman / Meder / Vierdanck: Música Báltica (Goebel, Musica Antiqua Köln)

1. Choralfantasie a 5 “Innsbruck, ich muß dich lassen”
Composed by Paul Luetkeman (1555-1611)

2. Fantasia a 5
Composed by Paul Luetkeman

3. Fantasia for 7 violes in C major
Composed by Anonymous

4. Sonata a 5 for 2 trumpets, 2 violins & bassoon
Composed by Vincenzo Albrici (1631-1696)

5. Sinfonia
Composed by Vincenzo Albrici

6. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck (1605-1646)

7. Capriccio in d (unspecified)
Composed by Johann Vierdanck

8. Pavan a 3
Composed by Thomas Baltzar (1630-1663)

9-11. Suite in D minor
Composed by Nikolaus Hasse (1617-1672)

12. Sonata in B flat major
Composed by Andreas Kirchoff (1650-?)

13. Sonata a 5, No 15
Composed by Dietrich Becker (1623-1679)

14. Herzlich tut mich verlangen, Chorale
Composed by Johann Caspar Fischer (1646-1717)

15-18. Sonata “Der Polnische Pracher”
Composed by Johann Valentin Meder (1649-1719)

19. Sonata di Battaglia in C major
Composed by Johann Valentin Meder

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

Bassoon – Rainer Johannsen
Cello – Markus Möllenbeck
Harpsichord – Christian Rieger
Organ – Christian Rieger
Theorbo – Michael Dücker
Trumpet – Hannes Kothe, Ute Hartwich
Viola – Reinhard Goebel (tracks: 12), Volker Möller (tracks: 1, 2, 13 to 19), Wolfgang Von Kessinger (tracks: 1 to 3, 9 to 19)
Viola da Gamba – Anke Böttger, Jonathan Cable
Violin – Andrea Keller (tracks: 7, 8), Florian Deuter, Reinhard Goebel, Volker Möller (tracks: 3)
Violone – Jonathan Cable

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Carvalhos Bálticos (anônimo, século XVI ou XVII ) | Museu Nacional de Arte da Letônia (Riga)

PQP

J. S. Bach, Balbastre, F. Couperin, Daquin, Fischer, Händel, Rameau, D. Scarlatti: The Harmonious Blacksmith – Trevor Pinnock, cravo

J. S. Bach, Balbastre, F. Couperin, Daquin, Fischer, Händel, Rameau, D. Scarlatti: The Harmonious Blacksmith – Trevor Pinnock, cravo

Favourite Harpsichord Pieces

PERIGO!

Música altamente contagiante

Lidar com muito cuidado!

 

Este álbum deveria ser distribuído na saída das escolas, nas salas de espera de consultórios, nas filas para elevadores, nas travessias de barcas e ferryboats. Isto é pura propaganda!

Por favor, faça uma corrente, distribua esta postagem para mais dez pessoas e você alcançará a graça de ouvir música por muito, muito tempo!

Havia o cassette do álbum!

The Harmonious Blacksmith – Favourite Harpsichord Pieces são título e subtítulo do álbum. O Ferreiro Harmonioso é o nome da peça que inicia o disco e consiste de tema e cinco variações, o último movimento da Suite No. 5, em mi maior, HWV 430, que de tão bonito ganhou carreira solo. Outra peça favorita de quem quer que a ouça é Les baricades mistérieuses, de François Couperin. Com um nome assim misterioso e uma melodia que gruda na gente para toda a vida, é um hit das paradas de sucesso de música barroca desde que foi composta.

E o Concerto Italiano? Bach gostava tanto dos concertos de Vivaldi que fez um só para tocar para as pessoas que o iam visitar. Ele dizia: Ah, o roter Priester, ele é assim…. E aí, tocava o Concerto Italiano.

Foca na Música!

O som do disco? Bem, como eu diria? Ressonante! Um amigo me disse que este disco foi gravado em algum banheiro. Mas, quem liga para isto? Foca na música! A música é tão boa de se ouvir.

Tem as duas contrastantes sonatinhas de Scarlatti, com seu ares de Espanha. Tem a Le coucou (cuco!), do Daquin, e também La Suzanne, do Balbastre. E mais umas outras peças marcantes do repertório para cravo.

Trevor Pinnock estudou cravo no London’s Royal College of Music e lhe disseram que ele nunca ganharia a vida tocando instrumento tão arcano. Ele queimou a predição quase de saída, tornando-se o cravista da veneranda Academy of St. Martin-in-the-Fields. Em 1972 criou The English Concert, e começaram a se apresentar em festivais onde encontraram um big shot da Archiv Produktion. Tiveram que ralar com o cara por uns quatro anos antes do primeiro contrato de gravação. Depois, só sucesso. Pinnock continuou como regente do grupo por uns trinta anos.

Pelas entrevistas que andei lendo e pelas gravações que continuam a aparecer, podemos deduzir que Pinnock é um excelente músico e parece ótimo sujeito. Dividindo seu tempo como regente e solista, Pinnock continua bastante ativo. Sua segunda gravação das Partitas para Cravo de Bach é excelente, assim como um disco intitulado Journey, que reúne música para cravo cobrindo um longo período. Ele está a caminho de realizar um de seus grandes desejos, gravando os dois livros do Cravo Bem Temperado, antes de chegar aos 80 anos. Como ele diz, é uma questão de força de vontade: acordar cedo, praticar os Prelúdios e Fugas e depois brincar com o neto.

Georg Frideric Handel (1685 – 1759)

  1. Aria e variações “The Harmonious Blacksmith”

Johann Caspar Fischer (1656 – 1746)

  1. Passacaglia da Suíte “Urania”, para cravo, em ré menor

François Couperin (1668 – 1733)

  1. Les baricades mistérieuses

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

  1. Concerto Italiano, BWV 971

Jean-Philippe Rameau (1683 – 1764)

  1. Gavotte (com 6 Doubles), em lá menor

Domenico Scarlatti (1685 – 1757)

  1. Sonata para cravo em mi maior, K. 380
  2. Sonata para cravo em mi maior, K. 381

Joseph-Hector Fiocco (1703 – 1741)

  1. Adagio em sol maior, Da Suíte No. 1, Op. 1

Louis-Claude Daquin (1694 – 1772)

  1. Le coucou

Claude-Béninge Balbastre (1724 – 1799)

  1. La Suzanne

Trevor Pinnock, cravo

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FLAC | 357 MB

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MP3 | 320 KBPS | 120 MB

Trevor, de bem com a vida!

Aproveite, baixe, desfrute e divulgue!

René Denon

O órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes (Die Orgel der Kirche Santo Antonio in Tiradentes)

1216dl0A presente gravação é, antes de mais nada, uma documentação para registro e divulgação dos resultados alcançados até hoje, através de um projeto de cunho cultural que vem se desenvolvendo desde 1977.

Para solicitar a ativação de algum link, deixe sua mensagem clicando no quadradinho no lado superior direito desta postagem.

Este projeto, iniciado por brasileiros e alemães, teve seu ponto de partida com a restauração do órgão alemão barroco da Igreja Matriz de Santo Antonio, em Tiradentes, Minas Gerais.

O órgão de tubo de Tiradentes foi comprado em 1779 na cidade de Porto, Portugal, sob o reinado de D. Maria I e transportado no ano de 1788 para o Brasil. É um instrumento de origem alemã – provavelmente construído na Francônia – pois a registração que ele oferece é característica dos órgãos fabricados no Sul da Alemanha, no século XVIII.

O instrumento dispõe de um manual com 4 oitavas e 15 registros, sendo 8 para a região aguda e 7 para a grave, não possuindo pedal. A caixa foi projetada por Salvador de Oliveira e esculpida por Antonio Rodrigues Penteado e Antonio da Costa Santeiro. Em 1798 Manuel Victor de Jesus confeccionou uma armação suntuosa para a caixa. Finalmente, no mesmo ano, Francisco de Paula Oliveira Dias (filho de Manoel Dias de Oliveira), foi o primeiro organista a tocar o órgão da Matriz.

Em 1977, atendendo à sugestão de eminentes personalidades brasileiras, a Kraftwerk Union AG, que participa do Programa Nuclear Brasileiro, enviou a Tiradentes um construtor de órgãos da Francônia, Manfred Thonius, que restaurou o órgão bicentenário, colocando-o novamente em perfeitas condições de funcionamento.

A reinauguração deu-se a 22 de abril de 1978, com um concerto, quando foram executadas obras de Bach, Haendel e Pachelbel, por Manfred Thonius, demonstrando a excelente qualidade sonora do instrumento.

Dando continuidade ao projeto do órgão de Tiradentes, a Kraftwerk Union AG concedeu em 1980, uma bolsa de estudos na Alemanha ao jovem músico André Luis Pires, hoje radicado em Tiradentes. Durante o estágio na Alemanha, André Luis Pires estudou órgão com Walter Greb, organista da Igreja de São Bonifácio em Erlangen, e aprendeu com Manfred Thonius, em Nuremberg, a manutenção básica do instrumento.

Em Tiradentes, André Luis Pires iniciou em 1981 suas apresentações como organista. Fica conhecendo a obra do excelente compositor mineiro e tiradentino, do século XVIII, Manoel Dias de Oliveira, e propõe-se a calcar o esforço maior do seu trabalho na divulgação de sua obra.

2dlkz6uCompletando a idéia original do projeto, que partindo da restauração do órgão se propunha a reativar e enriquecer uma tradição musical bicentenária da região, foi criado um conjunto coral, pois a música do “Barroco Mineiro” envolve sempre, e, necessariamente, “vozes”.

Em fins de 1981 o coral foi formado, sob a regência de André Luis Pires, por habitantes de Tiradentes. Na Semana Santa de 1982 dá-se a primeira apresentação pública, participando das cerimônias litúrgicas.

Em fevereiro de 1982, é criada a Sociedade Manoel Dias de Oliveira, que passa a ser, desde então, a entidade mantenedora do projeto.

Esta gravação é dedicada, com gratidão, a todos aqueles – brasileiros e alemães – que, através de sua colaboração permitiram tornar realidade, ouvir novamente o som do órgão de Tiradentes e possibilitaram o renascimento e enriquecimento de uma tradição de grande valor cultural. Ela é dedicada, também, a todos aqueles que se interessam pela Arte e pela Cultura em geral, e que amam a Musica em particular.

(Flávia Camargo Toni, 1982, extraído da capa interna do LP)

PS: – Nossa ouvinte Nicia Braga informa: “Muito tempo se passou desde o que foi citado no texto. Hoje o órgão voltou a funcionar graças a um projeto viabilizado pela organista Elisa Freixo e pelos patrocinadores do projeto. Todas às sextas feiras, às 20:30, ele pode ser ouvido tocado pela própria Elisa Freixo ou convidados. Vale a pena ouví-lo”

Texto interessante encontrado na internet:

O único documento que informa a data aproximada de nascimento de Manoel Dias de Oliveira é o Rol dos confessados desta Freguezia de S. Antonio da Villa de S. Jozé Comca do Rio das Mortes deste prezente anno de 1795 (IPHAN – Tiradentes-MG). Já que as idades indicadas dos filhos neste censo populacional conferem com as respectivas certidões de nascimento – o que jamais poderia ser exemplo de regra sobre o rigor dos recenseamentos coloniais, a idade do compositor – 60 anos – também pode ter sido anotada corretamente. Ele teria nascido portanto entre setembro de 1734 e agosto de 1735.

Flávia Toni, em sua dissertação de mestrado pela USP (1985), levantou a hipótese sobre as origens do compositor mulato. Segundo a musicóloga paulistana, Manoel Dias de Oliveira talvez fosse filho de Lourenço Dias de Oliveira (Portugal?, ? – Vila de São José, 1760). Branco, solteiro e possivelmente português, atuou como organista na Vila de São José entre 1756 e 1760, onde pertenceu às Irmandades do Bom Jesus do Descendimento, Caridade de Nossa Senhora da Piedade, Nosso Senhor dos Passos e por fim São Miguel e Almas. Sendo solteiro – o que não era de se estranhar, pois havia menos mulheres que homens brancos na primeira metade do século XVIII em Minas, Lourenço Dias de Oliveira pode ter gerado o filho com uma negra ou escrava, costume, aliás, comum no Brasil colonial. Se foi realmente seu pai, pode ter sido também seu professor. Em todo o caso, a coincidência de sobrenomes e profissão não pode ser subestimada.

Outra possibilidade é que Manoel Dias de Oliveira tenha sido escravo de Lourenço Dias de Oliveira, e por este alforriado, independente de ter sido ou não seu filho. Como músico de destaque desde jovem, o que lhe possibilitaria uma situação financeira acima da média dos escravos, é possível também que Manoel Dias de Oliveira tenha comprado sua liberdade através do processo de coartação, já que os artistas podem ter sido os primeiros a se beneficiar desta singular relação entre escravo e proprietário, desenvolvida principalmente na Capitania de Minas Gerais a partir do final da primeira metade do século XVIII. Não se sabe onde Manoel Dias de Oliveira nasceu. Talvez tenha nascido na própria Vila de São José, o que só não se pode comprovar pelo fato de estarem perdidos os registros de nascimento daqueles anos. É provável que o compositor já estivesse na Vila de São José desde 1752, na ocasião, com aproximadamente 18 anos – e sabe-se isto por sua entrada como irmão na Irmandade de São João Evangelista. Não há notícia que daquela data até sua morte, em 1813, tenha vivido em qualquer outra vila fora São José, apesar de atividades comprovadas em outros arraiais e vilas mineiras, quer seja como compositor (São João d’El Rey e Congonhas), calígrafo (Igreja Nova da Borda do Campo, atual Barbacena) ou militar (Arraial da Laje, atual Resende Costa).

Órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes
André Luis Pires, organista
Bach, Johann Sebastian (1685-1750)
01. Lobt Gott, ihr Christen allzugleich em Mi Maior
02. Sinfonia nº 6 a três vozes em Mi Menor
03. Prelúdio e Fuga a três vozes em Lá Menor, BWV 559
04. Prelúdio e Fuga nº 16 a quatro vozes em Sol Menor, BWV 861 (1º vol. do Cravo bem Temperado)
05. Fantasia em Sol Menor
06. Fuga a quatro vozes em Dó Maior
Johann Caspar Ferdinand Fischer (1665-1746)
07. Prelúdio e Fuga a quatro vozes em Dó Sustenido Menor
Domenico Zipoli (1688 – 1726)
08. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso I em Ré Menor
09. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso II em Mi Menor
10. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso III em Sol menor
11. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso IV em Sol Menor
12. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso V em Dó Maior

Coral da Sociedade Manoel Dias de Oliveira
Maestro André Luis Dias
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
13. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 1. Heu
14. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 2. Canto da Verônica
15. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 3. Pupili
16. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 4. Cecidit Corona
17. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 5. Quomodo
18. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 6. Spiritus
19. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 7. Sepulto Domino
20. Surrexit Dominus vere
21. Motetos para Procissão das Dores: 1. Stabat Mater
22. Motetos para Procissão das Dores: 2. Cujus animam
23. Motetos para Adoração: 1.Venite adoremus
24. Motetos para Adoração: 2.Tantum ergo
25. Popule meus
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
26. Domine, tu mihi lavas pedes
Bach, Johann Sebastian (1685-1750)
27. Gloria sei Dir gesungen (da Cantata”Wachet auf, ruft uns die Stimme”)

O órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes – 1982
Maestro e organista André Luis Pires
Solo da Verônica: Leila Taier

LP de 1982, do acervo do poeta Oscar Iskin Jr. (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna

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MP3 320 kbps – 307,2 MB – 47,6 min
powered by iTunes 12.1.0

Boa audição.

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Avicenna

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

IM-PER-DÍVEL !!!

Por uma dessas coisas inexplicáveis, a obra para órgão de Bach está fora de moda. Algumas pessoas acham que o som do órgão é tão irritante quanto os padres pedófilos de Ratzinger, mas é bem no órgão que Bach realiza suas maiores experimentações. (Ah, acharam que eu ia fazer uma piada com o órgão sequiçual, né?) Mas retornemos ao que interessa: o que há de peças amalucadas na Orgelwerke é uma grandeza! E eu gosto. Muito! Este CD é sensacional por diversas razões.

(1) O organista é do caralho (ou do órgão, como queiram);
(2) O repertório, apesar de evitar os experimentalismos, está longe dos lugares-comuns;
(3) A produção da Hyperion é fodal;
(4) O CD está fora de catálogo até em Marte e
(5) Fique tranquilo, você não terá de ouvir a Toccata e Fuga em Ré Menor novamente.

E ah, vocês sabem como era a nossa família. Vinte filhos e aquele entra e sai de alunos, todos interpretando peças de sua preferência e criando outras. Então, alguns historiadores de ejaculação precoce pegaram tudo isso e disseram que era de Johann Sebastian, mas nem sempre era… Neste disco há peças de vários Bachs, de outros agregados que tentavam comer minhas irmãs e de todo o tipo de gente que queria a cerveja de meu pai. Bem, era uma zona e até isso se reflete neste baita CD.

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

Johann Sebastian Bach:
1. Prelude & Fugue No.1 in C major, BWV 553 <— Sensacional

Gottfried August Homilius
2. ‘Schmücke Dich, O Liebe Seele’, BWV 759

Johann Sebastian Bach:
3. Prelude & Fugue No.2 in D minor, BWV 554
4. ‘Jesu, Der Du Meine Seele’, BWV 752
5. ‘Wie Schön Leuchtet Der Morgenstern’, BWV 763
6. ‘O Herre Gott, Die Göttlich’s Wort’, BWV 757
7. Prelude & Fugue No.3 in E minor, BWV 555
8. ‘Ach Gott Und Herr’, BWV 692
9. ‘Ach Gott Und Herr’, BWV 693
10. Prelude & Fugue No.4 in F major, BWV 556

Georg Boehm
11. ‘Vater Unser Im Himmelreich’, BWV 760 <— Genial! Esse merecia uma das minhas irmãs púberes
12. ‘Vater Unser Im Himmelreich’, BWV 761

Johann Sebastian Bach
13. Prelude & Fugue No.5 in G major, BWV 557 <— quasi scherzando

Carl Philipp Emanuel Bach
14. ‘Aus Der Tiefe Rufe Ich’, BWV 745 <— Prêmio Ademir da Guia de “Quem sai aos seus não degenera”

Johann Caspar Fischer
15. ‘Christ Ist Erstanden’, BWV 746 <— Por esta composição recebeu a punição máxima de meu pai: uma hora de costas na frente de um clérigo ‘celibatário’ católico

Johann Sebastian Bach
16. Prelude & Fugue No.6 in G minor, BWV 558
17. ‘Auf Meinen Lieben Gott’, BWV 744 <— Sofrível, pai. O que houve?

Johann Gottfried Walther
18. ‘Gott Der Vater Wohn Uns Bei’, BWV 748 <— Tão bom quanto o jovem atacante do Inter! No ângulo, Walther! Podes escolher qualquer das púberes do harém bachiano!

Johann Sebastian Bach
19. Fugue in G major, BWV 581 <— A recuperação do véio
20. ‘Nun Ruhen Alle Wälde’, BWV 756
21. Prelude & Fugue No.7 in A minor, BWV 559
22. ‘Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend’, BWV 749 <— Simplesinho, mas bonitinho
23. ‘Herr Jesu Christ, Meines Lebens Licht’, BWV 750

Johann Michael Bach
24. ‘In Dulci Jubilo’, BWV 751 <— Esse aí era o tio, pai da Maria Bárbara, primeira mulher de meu pai. Péssimo, coitado

Johann Sebastian Bach
25. Prelude & Fugue No.8 in B-flat major, BWV 560
26. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 1 <— Vcs já viram uma obra de variações de meu pai que fosse ruim? Não existe!
27. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 2
28. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 3
29. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 4
30. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 5
31. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 6
32. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 7
33. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 8
34. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 9
35. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 10
36. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 11
37. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 12
38. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 13
39. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 14
40. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 15
41. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 16
42. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 17

Christopher Herrick, organ

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Herrick parece normal, mas não esqueçam que os organistas são pessoas bastante estranhas.
Herrick parece normal, mas não esqueçam que os organistas são pessoas bastante estranhas.

PQP