Juan Bautista José Cabanilles (1644-1712) foi compositor e organista principal (a partir de 1666) da Catedral de Valência, na Espanha. Em 1668, ele foi ordenado padre, mas manteve sua posição como organista principal na catedral por mais de 40 anos. Mas esse CD não é de órgão. Este é um extraordinário e muito criativo registro da obra orquestral de Cabanilles. Olha, é de cair o queixo. Mais um tesouro desencavado pelo catalão Savall.
Joan Cabanilles (1644-1712): Batalles, Tientos & Passacalles
1. Batalla Imperial (J.C. Kerll) (Cabanilles) 5:21
2. Tiento De Falsas II (Cabanilles) 3:36
3. Passacalles I (Cabanilles) 2:36
4. Tiento Lleno 2o Tono (Cabanilles) 4:53
5. Corrente Italiana (Obertura) (Cabanilles) 4:12
6. Tiento De Falsas 8 Punt Alt (Cabanilles) 5:29
7. Passacalles IV (Cabanilles 2:00
8. Tiento XVIII Por A La Mi Re (Cabanilles) 7:28
9. Tiento I Ple (Cabanilles) 6:53
10. Tiento XVII De “Pange Lingua” Punt Alt (Cabanilles) 4:00
11. Tiento IX De Contres (Cabanilles) 15:08
Gravado em 1978, este album registra a primeira gravação que Montserrat Figueras e Jordi Savall fizeram juntos.
Diz a Wikipedia:
Música profana de cámara en el siglo XVII: los tonos humanos
Diversas publicaciones impresas y, sobre todo, recopilaciones manuscritas (cancioneros, como el de la Sablonara) recogen un gran número de tonos humanos (canciones profanas) de la primera mitad del XVII, bien en forma de villancico (con estribillo y coplas) o bien de romance, estrófico. Escritos para entre dos y cuatro voces, dan testimonio de una tradición improvisatoria que permitía armonizar (voces y, sobre todo, acompañamiento instrumental con guitarra o arpa) sobre melodías conocidas.
El género, bajo la denominación de tono humano o de tonada, adoptó textos de los mejores poetas del momento, y en la segunda mitad del siglo, ya como canción a solo con acompañamiento (equiparable al bajo continuo) desde la corte madrileña se difundió por las cortes europeas y la América española. Cabe citar a Juan Hidalgo, José Marín y Sebastián Durón entre sus autores.
TONOS HUMANOS A SOLO CON INSTRUMENTOS De Milanes (siglo XVII) 01. Dexa la aljava Jose Marin (España, 1619 – 1699) 02. Aquella Sierra Nevada Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685) 03. Peyandose Estaba Un Olmo Antonio Martin Y Coll (España, 2ª mitad del siglo XVII) 04. Diferencias Sobre Las Folias (instr.) 05. La Chacona (instr.) 06. Canarios (instr.)
TONOS HUMANOS Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685) 07. Atiénde y da 08. Ay Corazón Amante
SOLO HUMANO Sebastian Durón (España, 1660 – 1716) 09. Sosieguen, Descansen (de la zarzuela ‘Salir El AMor Del Mundo’) Juan Cabanilles (España, 1644 – 1712) 10. Toccata (instr.) 11. Gallarda (instr.)
TONOS HUMANOS A SOLO Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685) 12. Con tanto Respecto Juan del Vado (2ª. mitad del siglo XVII) 13. No Te Embarques Juan Hidalgo (Madrid, 1614 – 1685) 14. Ay Que Me Rio De Amor
El Barroco Español – 1978 Hespèrion XX Jordi Savall, dir.
Montserrat Figueras (Chant) Jordi Savall (Viola da gamba) Ton Koopman (Harpsichord) Christophe Coin (Bass de Violon) Hopkinson Smith (Guitarra & Tiorba)
Arquivo gentilmente cedido pelo nosso leitor Mario. Não tem preço!
Bem, quando a Harmonia Mundi completou 50 anos e editou uma caixinha de 30 CDs (o último é um “.pdf” com as letras das obras e outros detalhes) com 50 obras-primas mostrando o melhor que a HM produziu em todos esses anos. Há de tudo, desde óperas ou a Paixão Segundo São Mateus até obras menores, há desde obras do barroco até modernas, há desde nomes consagrados até absolutas surpresas como este primeiro CD, que nunca imaginaria, mas que – puxa! – é sensacional. Nos próximos dias, meses ou anos, vou postando um a um destes enormes CDs. Serão mais ou menos 35 horas de esplêndida música. Tenham paciência e não me encham o saco. Sou lento e divagativo, mas, de forma tortuosa, vou até o fim. O Organista Doido é que vai adorar: os dois primeiros CDs são de obras para órgão.
Harmonia Mundi – 50 years of music exploration
CD 1/29
François Couperin – Messe à l’usage des Paroisses – 43’27
1 Kyrie
2 Gloria
3 Offertoire
4 Sanctus
5 Beneditus
6 Agnus
7 Deo Gratias
Michel Chapuis, organ
Concert a l’organ de Cavarrubias
8 Medio registro de mano derecha – Andres de Sola 2’59
9 Pange lingua a tres voces – Sebastian Aguilera de Heredia 1’36
10 Salve de lleno – Sebastian Aguilera de Heredia 1’18
11 Tiento de falsas de quarto tono – Sebastian Aguilera de Heredia 3’13
12 Tiento lleno de primer tono – Sebastian Aguilera de Heredia 3’14
13 Gaitilla de mano izquierda – Sebastián Durón 3’07
14 Tiento sobre la letania de la Virgen – Pablo Bruna 5’57
15 Corrente Italiana – Juan Bautista José Cabanilles 3’27
Salas: Passio Domini Nostri Jesu Christi Officium Hebdomadæ Sanctæ Officium Defunctorum
REPOSTAGEM
Esteban Salas y Castro o Esteban Salas Montes de Oca (La Habana, 25 de diciembre de 1725 – Santiago de Cuba, 14 de julio de 1803) fue un compositor cubano de música religiosa.
Esteban Salas estudió violín, órgano, contrapunto, composición y canto llano (fue tiple en el coro) en la Parroquial Mayor de La Habana.
A los 15 años de edad (1741) ingresó en el Seminario de San Carlos y San Ambrosio. Completó su formación estudiando Filosofía, Teología y Derecho Canónico. El 8 de febrero de 1764 llegó a Santiago de Cuba al ser nombrado por el obispo Francisco Agustín Morell de Santa Cruz maestro interino de la Capilla de Música de la Catedral.
Durante sus 39 años de trabajo en la capital del Departamento de Oriente destacó en la composición, sobre todo de música religiosa, de algunas de cuyas obras escribía también la letra.
Esteban Salas fue ordenado sacerdote en 1790, a los 64 años. Falleció en Santiago de Cuba el 14 de julio de 1803.
En su honor llevan su nombre el Conservatorio de Santiago de Cuba y el Festival Internacional de Música Coral que se celebra cada dos años. En La Habana se celebra anualmente el Festival de Música Antigua Esteban Salas.
Su música siguió ejecutándose hasta finales del siglo XIX. Tras un breve paréntesis sería redescubierta por el escritor y musicólogo Alejo Carpentier. A finales del siglo XX y principios del XXI su obra sería objeto de estudios musicológicos, como los realizados por Miriam Escudero, y grabaciones, como las de Choeur Exaudi, de Cuba. (Enrique Guerrero)
Passio Domini Nostri Jesu Christi
Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803) 01. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Dominica in Palmis: Pueri Hebræorum 02. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Dominica in Palmis: Gloria, laus et honor 03 .Officium Hebdomadæ Sanctæ: Dominica In Palmis: Ingrediente Domino
Juan Bautista Jose Cabanilles (Seville, 1644-1679) 04. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Dominica In Palmis: Verso de primer tono
Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803) 05. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Feria IV-Majoris Hedomadæ: Incipit Lamentatio. Lectio I 06. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Feria IV-Majoris Hedomadæ: Vau. Et egressus est. Lectio II 07. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Feria IV-Majoris Hedomadæ: Jod. Manum suam. Lectio III 08. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Feria IV-Majoris Hedomadæ: Christus factus est 09. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Feria VI. Parasceve: Popule meus
Juan Bautista Jose Cabanilles (Seville, 1644-1679) 10. Sexto Verso
Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803) 11. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Sabbato Sancto: Alleluja. Confitemini Domino 12. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Sabbato Sancto: Laudate Dominum omnes gentes 13. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Sabbato Sancto: Magnificat 14. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Sabbato Sancto: Deo Gratias
Juan Bautista Jose Cabanilles (Seville, 1644-1679) 15. Officium Hebdomadæ Sanctæ: Sabbato Sancto: Duodecimo Verso
Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803) 16. Officium Defunctorum: Parce mihi Domine. Lectio I 17. Officium Defunctorum: Introitus 18. Officium Defunctorum: Kyrie 19. Officium Defunctorum: Graduale 20. Officium Defunctorum: Offertorium 21. Officium Defunctorum: Sanctus 22. Officium Defunctorum: Benedictus 23. Officium Defunctorum: Agnus Dei 24. Officium Defunctorum: Communio (Lux æterna)
Salas: Passio Domini Nostri Jesu Christi – 2004
Ars Longa de La Havana & Camerata Vocale Sine Nomine. Direction Teresa Paz
O quinto volume da série México Barroco de Puebla volta para o século XVII e trata da influência de Flandres na música religiosa da Espanha e suas colônias.
Como assim? Sim, a cultura flamenca influenciou sobremaneira as artes no século XVI e essa influência se arrastou pela centúria seguinte. No caso da Espanha e, por conseguinte, do território que hoje configura o México, tudo começa com Carlos I, o rei d’Espanha nascido em Gantes, atual Bélgica, filho de pai flamenco e mãe castelhana, que viria a governar a união dos reinos de Aragão, Leão e Castela, formando a Espanha. A transferência de membros da corte e de artistas que seguiram junto à família de Carlos quando estes deixaram Flandres para assumirem o trono de Castela transformou a vida cultural ibérica, com ecos nas terras conquistadas nas Américas.
A música hispânica, ainda que de uma polifonia muito bem elaborada, era até então ainda bastante sisuda, católica e até medievalesca, mas ganhou novos contornos com a chegada de artistas criados nas liberais terras flamencas, que já estavam em pleno renascimento. Daí que surgem e se popularizam as batalhas, espécie de padrão musical marcado pelo embate de dois coros ou grupos instrumentais que se alternam, como em pergunta e resposta.
Esses e novos elementos compositivos chegam rapidamente nos domínios hispânicos de além-mar. Não por acaso, a peça central deste álbum de hoje é a Missa da Batalha do compositor já nascido em terras mexicanas Fabiano Ximeno Pérez (ou Pérez Ximeno, sei lá: aparece das duas formas). Ximeno nasceu e morreu na capital da Nova Espanha e foi mestre de capela da Catedral da Cidade do México. Seu contato com Puebla se deu quando lhe foi solicitado vistoriar a construção do órgão da sede episcopal poblana. Naquela cidade, compôs duas missas e mais algumas peças sacras, material que se conservou nos arquivos da diocese e que são-lhes hoje apresentados aqui.
Entremeadas à missa de Ximeno, estão obras para orquestra e para órgão de outros autores contemporâneos a ele, como Tielman Susato, Antonio de Cabezón,Clèment Janequin, Mateu Fletxa, e Joan Cabanilles, como ocorre nos CDs anteriores, autores cujas peças estão arquivadas na Catedral de Puebla e devem ter sido executadas no mesmo período, compondo o ambiente musical da época. O todo é muito bom!
Ouça! Ouça! Deleite-se
O Sactus de Ximeno e sua polifonia crescente, belíssima:
México Barroco / Puebla V
Fabián Ximeno Pérez
Missa de la Batalla
Tielman Susato (Soest, Alemanha, c. 1510 – Suécia, depois de 1570)
01. Pavana La Bataille Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
02. Tiento de 4º tono, sobre “Malheur me bat” de Ockeheim Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
03. Missa de la Batalla, I. Kyrie
04. Missa de la Batalla, II. Gloria Mateu Fletxa “el Vell” (Pardes, França, 1481 – Poblet, Espanha, 1553)
05. Ensalada “La Justa” Anonimo
06. Al revuelo de una garza Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
07. Missa de la Batalla, III. Credo Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
08. Tiento de 5º tono Clèment Janequin (Châtellerault, França, 1485- Paris,França, 1558)
09. Batalla Anonimo
10. Entrada Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
11. Missa de la Batalla, IV. Sanctus Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
12. Tiento del 1º tono Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
13. Missa de la Batalla, V. Agnus Dei Francisco Guerrero (Sevilha, Espanha, 1528 – 1599)
14. Ave virgo sanctissima Juan Bautista José Cabanilles (b. Algemesí, Espanha, 1644 – Valencia, Espanha, 1712)
15. Battalla Imperial
Coro e Conjunto de Cámara de la Ciudad de México
Benjamín Juárez Echenique, regente
México, 1997
Existe a Música Antiga, o Barroco e há Savall. A abordagem do gambista, violoncelista e regente Jordi Savall à música pré-barroca é tão talentosa e interessada, que parece de um gênero diferente. É um grande mestre que, de forma inesperada e paradoxal, “renova” a música antiga, revelando como ela pode ser, quando interpretada com sensibilidade e senso de estilo. Para completar, Savall promove diálogos interculturais em seus discos e, sem palavras, faz-nos pensar.
Música Antiga com Jordi Savall e o Hesperion XX: Folias & Canarios
1 Folias (Pavana Con Su Glosa) Composed By – Antonio de Cabezón 2:03
2 Fantasia Composed By – Alonso Mudarra 2:45
3 Tiento De Falsas Composed By – Joan Cabanilles* 4:02
4 Jàcaras Composed By – Gaspar Sanz 2:15
5 Canarios Composed By – Gaspar Sanz 2:01
6 Paduana Del Re Composed By – Anonyme* 2:18
7 Saltarello Composed By – Anonyme* 1:10
8 Arpegiatta Composed By – Girolamo Kapsberger* 1:43
9 Gallarda Composed By – Giacomo De Gorzanis* 1:35
10 Canarios Composed By – Girolamo Kapsberger* 2:07
11 Si Ay Perdut Mon Saber Composed By – Jordi Savall, Ponç d’Ortafà* 3:59
12 La Mariagneta Composed By – Anon*, Jordi Savall 1:48
13 Con Que La Lavaré Composed By – Anonyme* 2:19
14 El Pare I La Mare Composed By – Anonyme*, Jordi Savall 3:39
15 Paradetas Composed By – Andrew Lawrence King*, Lucas Ruiz De Ribadayaz* 3:19
16 Clarines Y Trompetas Composed By – Gaspar Sanz 5:29
17 Fantasia Composed By – Joan Cabanilles* 2:33
18 Toccata & Chiaccona Composed By – Alessandro Piccinini 3:44
19 Todo El Mundo En General Composed By – Francisco Correa De Arauxo 3:57
20 Canarios Composed By – Anonyme*, Jordi Savall 2:19