Percy Whitlock (1903-1946): The Choral Music

Olha, ninguém vai pirar com este CD do inglês Whitlock,  mas sua música sacra tem méritos, discretos méritos. Ele é uma mistura de Vaughan Williams, Delius e Elgar, ou seja, nada muito espetacular. Sua música é certinha e até gostei de ouvi-la no início da tarde de ontem, sabem? O coitado morreu cedo de tuberculose e virtualmente desapareceu, sendo recuperado nesta década. Confiram aí.

Percy Whitlock (1903-1946): The Choral Music 

1. Sing praise to God who reigns above 3:46
2. Jesu grant me this I pray 5:14
3. Solemn Te Deum 7:17
4. O living bread, who once did die 3:48
5. Here, O my Lord, I see Thee face to face 3:13
6. Be still, my soul 4:31
7. The siant whose praise today we sing 3:16
8. Communion Service in G: Kyrie 1:27
9. Communion Service in G: Credo 5:04
10. Communion Service in G: Sanctus 1:18
11. Communion Service in G: Benedictus 0:41
12. Communion Service in G: Agnus Dei 2:11
13. Communion Service in G: Gloria 2:51
14. Glorious in heaven 3:48
15. Magnificat and Nunc Dimittis in G: Magnificat 3:28
16. Magnificat and Nunc Dimittis in G: Nunc Dimittis 2:08
17. O gentle presence 3:09
18. Come, let us join our cheerful songs 2:44
19. O gladsome light 2:59
20. Magnificat and Nunc Dimittis (Fauxboudons): Magnificat 4:05
21. Magnificat and Nunc Dimittis (Fauxboudons): Nunc Dimittis 2:39

The Choir of Rochester Cathedral
Roger Sayer, regência
William Whitehead, órgão

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Acho que ele não iria longe como modelo.

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Sonatas para Violoncelo & Basso Continuo (Bylsma, Marcon, Zanenghi, Galligioni, Sbrogiò)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Sonatas para Violoncelo & Basso Continuo (Bylsma, Marcon, Zanenghi, Galligioni, Sbrogiò)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Para utilizar um termo técnico, eu diria que este CD é do caraglio. O grande Anner Bylsma dá uma verdadeira aula de como tocar um cello barroco e, aqui sim, as composições são extraordinárias. Ouvi várias vezes este disco que traz em si, incrustada, a definição do termo barroco: pérola irregular a assimétrica. Nada aqui é regular ou certinho. É tudo humano e perfeito. Bylsma vem acompanhado de um esplêndido grupo.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Sonatas for Violoncello & Basso Continuo

1. Sonata No. 1 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 47/I. Largo 3:45
2. Sonata No. 1 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 47/II. Allegro 3:26
3. Sonata No. 1 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 47/III. Largo 2:34
4. Sonata No. 1 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 47/IV. Allegro 1:53

5. Sonata No. 2 in F Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 41/I. Largo 2:29
6. Sonata No. 2 in F Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 41/II. Allegro 2:49
7. Sonata No. 2 in F Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 41/III. Largo 3:56
8. Sonata No. 2 in F Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 41/IV. Allegro 2:20

9. Sonata No. 3 in A minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 43/I. Largo 3:38
10. Sonata No. 3 in A minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 43/II. Allegro 3:41
11. Sonata No. 3 in A minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 43/III. Largo 4:20
12. Sonata No. 3 in A minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 43/IV. Allegro 3:07

13. Sonata No. 4 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 45/I. Largo 3:37
14. Sonata No. 4 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 45/II. Allegro 2:48
15. Sonata No. 4 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 45/III. Largo 4:09
16. Sonata No. 4 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 45/IV. Allegro 2:53

17. Sonata No. 5 in E minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 40/I. Largo 3:09
18. Sonata No. 5 in E minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 40/II. Allegro 3:00
19. Sonata No. 5 in E minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 40/III. Largo 3:15
20. Sonata No. 5 in E minor for Violoncello and Basso Continuo, RV 40/IV. Allegro 2:04

21. Sonata No. 6 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 46/I. Largo 2:31
22. Sonata No. 6 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 46/II. Allegro 2:46
23. Sonata No. 6 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 46/III. Largo 2:02
24. Sonata No. 6 in B-flat Major for Violoncello and Basso Continuo, RV 46/IV. Allegro 2:25

Anner Bylsma, Violoncello – Matteo Goffriller, Venezia, 1693
Francesco Galligioni, Violoncello – Anonymous, Italy, 1700
Ivano Zanenghi, Archlute – Stephen Murphy after Martin Hoffmann, Germany, mid-17th century
Alessandro Sbrogiò, Violone – Anonymous, Germany, late 17th century
Andrea Marcon, Harpsichord & Organ – Harpsichord by William Horn, Brescia after Giusti, Italy, 17th century, Organ by Francesco Zanin, Codroipo Udine

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Anner Bylsma

PQP

O PQP Bach alcança a maioridade

O PQP Bach alcança a maioridade

É inacreditável que o melhor blog do mundo já esteja completando 18 anos. Faltam apenas 9 posts para o PQPBach alcançar os 8000! Hoje, somos uns 10 tarados por música — alguns não se conhecem pessoalmente — que formam o time de postadores e o mais interessante dos grupos de WhatsApp do Hemisfério Sul.

Quando fundei o PQP, não somente queria polinizar beleza entre os amigos, mas tinha um alvo, um inimigo. Eu achava que a música erudita era algo tão criativo que não merecia os textos sisudos e quase vazios dos encartes dos CDs e LPs, sempre escritos por doutores muito ciosos de suas posições acadêmicas. Hoje, eles se servem da gente…

Mas, atualmente, com nossa fama, tudo mudou e o que nos move é a admiração das pessoas. Um em Porto Alegre, outro em Vitória, São Paulo, Niterói ou Floripa, somos perseguidos na rua por pessoas que babam por todo o tipo de gravações. Algumas coisas que nos pedem nem existem… Então, somos obrigados a consolá-los. Tão chato ser gostoso!

Parabéns à equipe PQP!

Abaixo, duas fotos: a primeira de como você acha que somos, a segunda é mais realista.

Escolhi alguns comentários…

Meu caro PQP

Fosse eu um ilustrado escritor e teria forma de expressar toda a gratidão e reconhecimento pelo seu trabalho em prol, não só da cultura musical de todos nós, mas também do meu melómano prazer, mania até!

Sendo apenas um “irmão” de pátria-lingua deixo aqui o meu esforçado testemunho de tudo o que referi.

Aqui em Angola, infelizmente, ainda não chegou a vez da Cultura, a cultura (de semear) as mentes e as Almas. Ainda estamos no materialismo básico da escola, do hospital, da estrada, do matar a fome, do tirar da miséria. O materialismo impulsivo da compra ainda não está disponível (Bem Haja!). Por isso fica minha consciência aliviada por me ter tornado, com sua preciosa colaboração, num pirata culto-cibernético…

No entanto, sempre que posso e me encontro em frente aquelas deslumbrantes estantes dos livros e dos CD’s do chamado Mundo Desenvolvido – uma das ultimas a magnifica “biblioteca de Alexandria” da Leitura em São Paulo – babo-me de deleite e prazer e contribuo para os criadores comprando livros e cd’s.

Meu caro Amigo – Amigo, pois faz muito mais por mim do que muitos dos que se intitulam “amigos” – no que de mim depender terá o seu lugar assegurado no Nirvana, no Paraíso ou em qualquer outro Refugio Final que for do seu agrado ou conveniência. Serei sua testemunha abonatória… E mais não lhe consigo dizer.

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Estou saindo de casa agora para tomar meu vôo para Praga, mas antes decidi responder o seu email. Eu fiquei muito contente com a sua mensagem, eu te acho um cara fascinante e ultimamente tenho frequentado mais o PQP para ler as resenhas do que para baixar música. Isto sim é revigorante!

Ah, caro PQP, eu te agradeço por muita coisa! Talvez como criador do blog você diminua a importância que ele tem para seus leitores. Isso seria normal. Mas acredite no que eu e todos os outros te falamos! Não é pelos downloads, não mesmo!

Eu, como já te disse, estudo composição e regência. Pretendo, assim que me estabelecer no Velho Mundo, criar um website com algumas partituras e mp3 de músicas minhas e, se isso realmente sair do papel, eu gostaria muitíssimo que você pudesse ouvir algo. Ando um tanto sem motivação para mostrar minhas músicas por aí, o último concerto com obras minhas foi um fiasco por parte dos executantes nervosos e da platéia desinteressada… mas a vida continua. Acredito que por lá encontrarei instrumentistas mais interessados, pelo menos assim espero.
E muito obrigado também pela doce imagem da pequena garota (A FILHA DE PQP BACH) dançando uma valsinha que sempre me aparece quando ouço o último movimento do Op.132 do grande Ludwig. Sempre penso nisso sorrindo muito.

Um grande abraço! Mantenha contato.

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Caro (a) mantenedor (a) do PQP Bach

Abaixo vai meu agradecimento por manter esse blog. Agradecimento em forma da história da música em minha vida.

Estimulado a ler, me lembro de ir, ainda garotinho, década de 70, ir com minha mãe à livraria comprar um livrinho de “estória”, eu lia tudo que aparecia: mesmo que não entendesse o que significava, ainda assim eu lia; com uns 6 ou 7 anos eu me lembro de ler os cadernos do meu tio que estava no “ginásio”, em particular lembro-me de ter lido um trabalho sobre “fósseis”, a ilustração era feita à mão livre usando canetas BIC nas cores azul, vermelho e verde.

A música tinha reprodução difícil e só havia LP’s com custo alto e eu não tinha acesso livre a eles. Ganhei um toca-discos verde, portátil, da Sonata, com alguns disquinhos coloridos de “estória” infantil, mas eu queria escutar aqueles discos pretos que não me deixavam colocar as mãos; aqueles eram discos de MPB de época, Fado e congêneres, hoje sei que de “clássicos” nada havia. E assim a música ficou meio que latente, suprimida mesmo, em mim.

Não sei onde escutei, imagino que na televisão, uma música “mágica”, que me encantou de um jeito que seus acordes não me saiam da cabeça. Lembro de cantarolar o um pequeno trecho dessa música linda, em uma língua da qual nada entendia, e dela não sabia nem o nome. Essa música era tão intensa, rica em sons que expandiam em minha mente, eu me sentia tão bem quando lembrava dela, e eu tinha sede de escutá-la novamente: recordo-me de ter cantarolado para algumas pessoas o único trechinho que eu sabia, na esperança de alguém me dizer o nome, mas não tive êxito. A única palavra mais clara que “saia” no cantarolar era “Aleluia”, e pelo ritmo, ninguém soube me dizer. Nessa época eu tinha entre 7 e 8 anos pois recordo-me de ter feito a Primeira Comunhão sem dela nada saber. Cheguei a perguntar à professora de Catecismo, mas ela disse não saber do eu falava. Se a palavra central era “Aleluia” imaginei que alguém na Igreja me diria que de se tratava, mas os esforços foram em vão. Na época já havia fitas K7, mas eu não tinha nem toca fitas em casa.

Quando eu tinha 12 anos de idade, era 1985, assisti na TV um filme chamado “O enigma da Pirâmide” e, em uma certa cena do filme, uma música “toucou” e eu fiquei abalado. O que era aquilo? Que música era aquela que jamais houvera escutado, mas que me causava tanta emoção?! Ninguém soube me dizer nada sobre aquele som.

Tudo que eu sabia daquelas duas músicas era que provavelmente aquilo era “música clássica” e nada mais, até que em 1995 a revista Caras lançou uma coletânea de música clássica em CD’s, e eu mesmo sem ter um “toca CD’s” comprava as revistas só pra poder conseguir os CD’s onde poderia estar o que eu tanto procurava. Quando um bom tempo depois comprei um aparelho para escutar os CD’s, finalmente descobri qual era aquela primeira música que me encantou, era o Coro de Aleluia, do Messias, de Handel. Chorei como uma criança ao escutar aquela música que houvera habitado em minha lembrança por tantos anos. Escutei aquilo por dezenas de vezes. Descobri que havia sutis diferenças na mesma peça se tocada por diferentes orquestras; é que “Aleluia” veio gravada nos CD’s 2 e 8 da coletânea Caras: sob a direção de Von Cammus pela Orquestra da Rádio de Berlim e pela orquestra de Praga, por Randell Gork-Choken.

Reconheci algumas outras coisas das quais não sabia o nome como a “Privavera” de Vivaldi, “Danúbio Azul” de Strauss, “chegada dos convidados” e “Cavalgada das Valquírias” de Wagner e a “Dança Germânica op33” de Schubert, entre outras coisas. Só tempos depois fui me dando conta que eu “re”conhecia aqueles sons por eu, em busca das canções da infância, ter passado a prestar atenção em trilhas sonoras de filmes e tudo mais que aparecia na TV, única fonte de informação na época. Em 1999 uma loja de CD’s, do interior de MG onde morava, fez uma “banca de ofertas” daquilo que estava “encalhado” e eu comprei da Deutsche Grammophon um CD do Ravel com seu fabuloso “Bolero”.

Mas, só em 2001 quando tive acesso à internet, eu consegui descobrir a segunda música da infância; aquela do filme “o enigma da pirâmide”, e aquela música mágica era parte de uma obra maior que me inebriou e que tornou-se um “amor”. A música do filme era um trecho de “O fortuna” de Carmina Burana, do Orff. Procurei a história da obra e descobri que a origem dessa obra de Orff eram os manuscritos medievais: e, quando conheci as músicas antigas e medievais eu me apaixonei de modo febril e crônico e, desde então, não parei mais de baixar músicas. E, quando em 2004 consegui entrar pra universidade, o conhecimento de história, sociologia e tudo mais adquirido de modo intuitivo na internet foi tomando forma através de um estudo mais sistematizado me abriu definitivamente os sentidos para uma face do mundo que eu só imaginava existir.

Escrevi esse relato como uma forma de dizer que a pessoa que mantém esse blog presta um grande serviço à humanidade e aos “espíritos” que nela habitam na forma de pessoas que, apesar de não terem tido esse conhecimento posto em seu processo educacional, ainda assim, têm a chance de conhecer obras fabulosas como as aqui postadas.

.oOo.

Alguma semelhança comigo. Aos nove, fuçando os discos antigos da minha mãe, acabei tocando a mesma música que aparecia sempre em um desenho animado. O disco era de uma coleção, não tinha capa e não li o rótulo. Quando quis ouvir de novo, acabei tocando outros discos da coleção e gostando de mais coisas. E foi assim que me apaixonei.

A música era Les Sylphides, arranjo orquestral para três valsas reunidas de Chopin. O desenho era a série Silly Symphonies. E, no caminho, acabei ouvindo Finlândia, Abertura Páscoa Russa e Suíte Peer Gynt I. Toda criança de nove anos deveria passar por epifanias assim.

.oOo.

Carta de Reconhecimento Eterno

Caríssimo PQP,

faz muito tempo que acompanho o seu blog desde Portugal. Descobri-o através de um amigo que me falou nele pouco tempo depois de ter iniciado. Havia acabado a universidade. À época, eu próprio tinha um blog de partilha de música, mas não com a dimensão pantagruélica do PQP. Escrevo porque queria expressar o meu agradecimento pelo vosso trabalho. Há quase dez anos, senão mais, já não sei, que tenho o ritual diário de ir ao PQP. Os excelentes textos que acompanham a música são sempre rastilho e combustível para o dia. Já me surpreendi rindo alto lendo alguns deles. Enfim, todo o dia me é oferecido algo, sem pedir nada, apenas que desfrute ou deixe comentário. Devo reconhecer que não sou um prolífico comentador, e por isso me penitencio. Mas meu agradecimento é eterno e gostaria que fosse concreto, e nessa medida pagarei com amor o amor que o PQP me devotou. Assim, envio uma obra de que gosto muito, a Tafelmusik do Telemann, numa caixa de 4cd da Brilliant Classics. Confesso que não sei em pormenor a história da gravação desta obra. Não faço ideia do valor desta versão, se é pior ou melhor do que outras. Sei que foi a primeira que adquiri, pelo valor baixo da compra, mas igualmente porque me apercebi do próprio valor da Brilliant Classics. Neste particular, deixo pois para vocês o texto final.

Acabo dizendo a todos que foram, e têm sido importantes na minha educação musical, e por isso vos agradeço lamentando ser incapaz de vos corresponder a essa eterna dádiva. Terão de se contentar com o meu igualmente eterno agradecimento… e uns cds do Telemann.

Abraço de Portugal

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Trecho de matéria no El Clarín:

Pero si, por ejemplo, hacemos una parada en el blog brasilero PQP Bach y cliqueamos sobre los datos del autor, encontraremos la siguiente reseña: “Como decía Tolstoi, las familias son infelices cada una a su manera. La de Johann Sebastian Bach fue feliz hasta el nacimiento del malhadado vigésimo primer hijo, Peter Qualvoll Publizieren Bach. Wilhelm Friedmann, Johann Christian y Carl Philipp Emanuel detestaban a su hermano, quien fue despreciado por el padre y al que no se le enseñó nada útil. Por lo tanto se dedicó a la actividad de desparramar belleza por la blogosfera.” El sitio es mantenido a medias por Clara Schumann, de la que se desconoce si es o no la verdadera. Otro tanto ocurre con el blog de Pituco quien cuenta anécdotas tan inverosímiles como maravillosas de su relación con músicos famosos, que van del Flaco Spinetta a Bob Dylan. La red da, para bien y para mal, una sensación de impunidad que permite experimentar por fuera de las reglas de juego y muy de tanto en tanto acertar con alguna invención.

.oOo.

Espero que a algún bloguero argentino se le ocurra hacer un homenaje a Ástor tan bueno como el de ustedes.

Un abrazo emocionado,

Juliowolfgang desde Buenos Aires (a diez cuadras del Abasto, donde vivió Gardel).

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Acompanho o PQP desde 2009, quando me mudei para a Alemanha. A qualidade dos textos, dosada com inteligência, ironia e bom humor, é sempre um caso à parte. Quanto às músicas, foram tantas polinizações que acabei me tornando mais belo.

PQP

F. Mendelssohn (1809-1847): Violin Concerto | Octet | Songs (Daniel Hope, Chamber Orchestra Of Europe, Thomas Hengelbrock)

F. Mendelssohn (1809-1847): Violin Concerto | Octet | Songs (Daniel Hope, Chamber Orchestra Of Europe, Thomas Hengelbrock)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Daniel Hope tem a habilidade camaleônica de transformar seu estilo a fim de se adequar a cada nova obra. Muitas vezes ele se torna revelador, como em seu Shostakovich, outras vezes apresenta um duvidoso toque intervencionista, como em seus concertos de Bach. Mas nunca é maçante. Sua versão para o Concerto de Mendelssohn — seu primeiro lançamento na DG — é revigorante. A versão de 1844, que Hope apresenta aqui, foi o resultado de uma gestação de sete anos, com o compositor fazendo ainda mais alterações em 1845 para criar a edição que conhecemos hoje. Esta é uma gravação muito colaborativa. O violino não é indevidamente destacado e a execução orquestral é quente, com sopros envolventes, tímpano sutil, todos vitais. O Octeto está em um nível igualmente elevado, com Hope sendo o guia de seus colegas da COE. De fato, é a ênfase em mostrar o funcionamento interno que torna esta performance tão esclarecedora. Uma joia.

F. Mendelssohn (1809-1847): Violin Concerto | Octet | Songs (Daniel Hope, Chamber Orchestra Of Europe, Thomas Hengelbrock)

Concerto For Violin And Orchestra In E Minor, Op. 64 = Konzert Für Violine Und Orchester E-moll = Concerto Pour Violon Et Orchestre En Mi Mineur (Original 1844 Version • World-Premiere Recording)
Conductor – Thomas Hengelbrock
Orchestra – Chamber Orchestra Of Europe*
Violin – Daniel Hope
(25:57)
1 Allegro Con Fuoco – 11:43
2 Andante – Allegretto Non Troppo 8:31
3 Allegro Molto Vivace 5:43

Octet For Strings In E Flat Major, Op. 20 = Streichoktett Es-dur = Octuor À Cordes En Mi Bémol Majeur (Critically Revised Edition 1832 • World-Premiere Recording)
Cello [Cello 1] – William Conway
Cello [Cello 2] – Kate Gould
Orchestra – Soloists Of The Chamber Orchestra Of Europe*
Viola [Viola 1] – Pascal Siffert
Viola [Viola 2] – Stewart Eaton
Violin [Violin 1] – Daniel Hope
Violin [Violin 2] – Lucy Gould
Violin [Violin 3] – Sophie Besançon*
Violin [Violin 4] – Christian Eisenberger
(30:54)
4 1. Allegro Moderato Ma Con Fuoco 13:49
5 2. Andante 6:56
6 3. Scherzo: Allegro Leggierissimo 4:19
7 4. Presto 5:50

3 Lieder (Arr. For Violin And Piano)
Piano – Sebastian Knauer
Violin – Daniel Hope
8 Hexenlied Op. 8, No. 8 = Witches’ Song = Chant Des Sorcières 2:12
9 Suleika Op. 34, No. 4 2:45
10 Auf Flügeln Des Gesanges Op. 34, No. 2 = On Wings Of Song = Sur Les Ailes Du Chant 2:52

Daniel Hope, violin
Chamber Orchestra Of Europe
Thomas Hengelbrock

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Mendelssohn sem pente.

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F. J. Haydn (1732-1809): Trios Nº 43, 44 e 45 (Höbarth, Cohen, Coin)

F. J. Haydn (1732-1809): Trios Nº 43, 44 e 45 (Höbarth, Cohen, Coin)

Um excelente CD. Com raro talento, Höbarth, Cohen e Coin gravaram todos os Trios de Haydn para a Harmonia Mundi e, quando começa o Presto do Trio Nº 43, a gente já sabe que está na companhia de um gênio. Estes são os últimos três trios do compositor, escritos em Londres em meados da década de 1790 para uma pianista chamada Theresa Jansen-Bartolozzi. São entre as peças mais peculiares que ele já escreveu. Ouça as mudanças rítmicas do citado Presto, por exemplo. Haydn cria uma sequência selvagem de acentos mutáveis ​​que o aproxima do território de Bartók. Ou o primeiro movimento do Trio No. 44, uma série bizarra de recomeços que leva a manipulação de Haydn para a forma sonata a um reino totalmente novo. A lista continua. Essas são peças essenciais para o amante de Haydn, e o trio de instrumentos originais do pianista Patrick Cohen, do violinista Erich Höbarth e do violoncelista Christophe Coin as traz com a qualidade discreta certa e o som do tamanho de uma sala que esses trios exigem. O equilíbrio entre os três instrumentos é especialmente bom. O uso de um pianoforte na música de câmara clássica elimina a necessidade de os instrumentistas de cordas se esforçarem para produzir um som mais alto, e as relações entre eles têm um efeito relaxante e surpreendente. Dá-lhe!

F. J. Haydn (1732-1809): Trios Nº 43, 44 e 45 (Höbarth, Cohen, Coin)

Trio N°43 En Ut Majeur/C Major/C-dur (Hob.XV:27)
1 Allegro
2 Andante
3 Presto

Trio N°44 En Mi Majeur/e Minor/e-dur (Hob.Xv:28)
4 Allegro Moderato
5 Allegretto
6 Finale. Allegro

Trio N°45 En Mi Bémol Majeur/E Flat Major/Es-dur (Hob.Xv:29)
7 Poco Allegretto
8 Andantino Ed Innocentemente
9 Finale. Presto Assai

Cello – Christophe Coin
Piano – Patrick Cohen
Violin – Erich Höbarth

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Você sabia que há dois crânios no túmulo de Haydn? Se quer saber mais detalhes, vá estudar.

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Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Octeto, Op. 20 / Quinteto Nº 2, Op. 87 (Brown, Academy Chamber Ensemble)

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Octeto, Op. 20 / Quinteto Nº 2, Op. 87 (Brown, Academy Chamber Ensemble)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gosto muito de Mendelssohn. Melodista de mão cheia, amava as estruturas (e também o melodismo) de Bach. Escreveu sinfonias que são um verdadeiro acinte de tão perfeitas — refiro-me especialmente à terceira, quarta e quinta. E este CD é igualmente é um acinte de tão agradável. Esse Octeto merece uma palavra que não gosto, mas que aqui tem sua mais gloriosa acepção: é adorável. O quinteto vai pela mesma via. Apesar da capa um tanto nublada, estamos frente a um CD luminoso e bastante alegre. A interpretação de Iona Brown e seus pupilos é impecável.

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847):
Octeto, Op. 20 / Quinteto Nº 2, Op. 87

1. Octet in E flat, Op.20 – 1. Allegro moderato, ma con fuoco 13:56
2. Octet in E flat, Op.20 – 2. Andante 7:25
3. Octet in E flat, Op.20 – 3. Scherzo (Allegro leggierissimo) 4:25
4. Octet in E flat, Op.20 – 4. Presto 6:18

5. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 1. Allegro vivace 10:42
6. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 2. Andante scherzando 4:20
7. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 3. Adagio e lento 9:58
8. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 4. Allegro molto vivace 6:07

Academy Chamber Ensemble
Iona Brown

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Um selinho para os pequepianos!
Um selinho para os pequepianos!

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 2 (Haitink, BPO)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 2 (Haitink, BPO)

Bernard Haitink fez diversas gravações da Ressurreição. A mais famosa e considerada é a realizada com sua própria orquestra da época, o Concertgebouw de Amsterdam, mas esta com a Filarmônica de Berlim também está entre as melhores gravações da obra. Para mim, os campeões da Ressurreição são Solti, Rattle e Bernstein. Haitink gravou a Nº 2 com as orquestras citadas, mais uma vez com a Orq. de Chicago e outra com os berlinenses. Esta gravação é do segundo ciclo de Mahler de Haitink com a Berliner Philharmoniker datado do início dos anos 90. Haitink foi o primeiro maestro convidado pela BPO a gravar um ciclo completo de Mahler, e embora o ciclo nunca tenha sido concluído (o projeto foi abortado antes que os Nrs. 8, 9 e A Canção da Terra fossem gravados), alguns registros se destacam por sua qualidade. Esta memorável Ressurreição é uma leitura muito refinada e poderosa desta obra, estando bem próxima do Olimpo.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 2 (Haitink, BPO)

Symphony No. 2 In C Minor “Resurrection” = Symphonie c-moll “Auferstehungs-Symphonie” = En Ut Mineur “Résurrection”
1.1 1. Allegro Maestoso. Mit Durchaus Ernstem Und Feierlichem Ausdruck 22:24
1.2 2. Andante Moderato. Seht Gemachlich 10:49
2.1 3. In Ruhig Flieszender Bewegung 11:05
2.2 4. Urlicht. Sehr Feierlich, Aber Schlicht 5:14
5.
2.3 Im Temp des Scherzos. Wild Herausfahrend 10:03
2.4 Maestoso 8:00
2.5 Sehr Langsam Und Gedehnt 2:28
2.6 Langsam. Misterioso 7:13
2.7 Etwas Bewegter. 8:40

Chorus – Ernst-Senff-Chor*
Chorus Master – Sigurd Brauns
Conductor – Bernard Haitink
Contralto Vocals – Jard Van Nes
Orchestra – Berliner Philharmoniker
Soprano Vocals – Sylvia McNair

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Mahler na época em que fumar não dava câncer

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Adriano Banchieri (1560-1634): Il Zabaione Musicale / Festino nella sera del giovedì grasso avanti cena (Fasolis)

Adriano Banchieri (1560-1634): Il Zabaione Musicale / Festino nella sera del giovedì grasso avanti cena (Fasolis)

Este é o menos cômico dos CDs que possuo de Banchieri. Ele costuma ser muito mais engraçado, apesar de que aqui temos alguns animais cantando… Adriano Banchieri foi um compositor, organista, teórico e poeta italiano do Renascimento tardio e princípios do Barroco. Fundou a Accademia dei Floridi em Bolonha. Banchieri nasceu e morreu em Bolonha. Em 1587 tomou os hábitos da ordem beneditina e fez os seus votos em 1590, mudando o nome de Tomaso para Adriano, com o qual foi conhecido. Especificamente, foi um dos criadores do gênero chamado “comédia madrigal”, que sem chegar a ter uma representação em cena, narrava uma história mediante uma coleção de madrigais. Muitas destas coleções foram compostas para divertir as reuniões dos círculos sociais de Bolonha.

Adriano Banchieri (1560-1634): Il Zabaione Musicale / Festino nella sera del giovedì grasso avanti cena (Fasolis)

Il Zabaione Musicale
1 Introduzione 1:31
Atto I
2 Prologo: L’Humor Spensierato 0:45
3 Intermedio Di Felici Pastori, A Due Cori 1:36
4 Progne E Filomena 1:36
5 Danza Di Pastorelle, In Aria Del Spagnoletto, Con Le Riprese Nella Cornamusa 1:00
6 Madrigale: Soavissimo Ardore 1:42
Atto II
7 Intermedio Di Pignattari 1:14
8 Un Pastorello Con Un Augellino Uccisogli Da Un Gatto 1:34
9 Tirsi A Clori 1:45
10 Dialogo: Aminta, Dafne E Giudizio D’Amore 1:00
11 Gioco Della Passerina 1:39
12 Madrigale: Baci, Sospir E Voci 2:23
Atto III
13 Ergasto Appasionato 2:13
14 Preparamento Pastorale 1:07
15 Gara Amorosa Di Pastori 2:36
16 Danza Di Ninfe E Pastori 1:55
17 Licenza: L’Humore Spensierato 0:52

Festino Nella Sera Del Giovedì Grasso Avanti Cena, Op. 18
18 Il Diletto Moderno Per Introduzione 1:09
19 Giustiniana Di Vicchietti Chiozzotti 1:36
20 Mascherata Di Villanelle 2:31
21 Seguita La Detta Mascherata 1:45
22 Madrigale A Un Dolce Usiglio 2:41
23 Mascherata D’amanti 0:41
24 Gli Amanti Morescano 1:08
25 Gli Amanti Cantano Un Madrigale 2:08
26 Gli Amanti Cantano Una Canzonetta 1:48
27 La Zia Bernardina Racconta Una Novella 1:59
28 Capricciata A Tre Voci 1:20
29 Contrappunto Bestiale Alla Mente 1:33
30 I Cervellini Cantano Un Madrigale 2:07
31 Intermedio Di Venditori Di Fusi 1:12
32 Li Fusari Cantano Un Madrigale 2:07
33 Gioco Del Conte 2:00
34 Li Festinanti (Solo Di Scacciapensieri: Marco Beasley) 0:55
35 – 1:05
36 Vinata Di Brindesi E Ragioni 3:00
37 Sproposito Di Goffi (Pero Di Gusto) 1:30
38 Il Diletto Moderno Licenza E Di Nuovo Invita 1:13

Choir – Choir Of Radio Svizzera, Lugano*
Conductor – Diego Fasolis
Ensemble – Sonatori De La Gioiosa Marca, Treviso*

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Quem vocês pensam que é? Neymar?

PQP

Felix Mendelssohn (1809-1847): Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, “Italiana”, e outras peças para orquestra (Zuckerman, Bernstein)

Felix Mendelssohn (1809-1847): Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, “Italiana”, e outras peças para orquestra (Zuckerman, Bernstein)

Um CD para o qual os adjetivos são insuficientes. Quem já teve a oportunidade de ler as palavras bambas e pobres que já redigi em outros posts de Mendelssohn, pôde perceber a minha profunda admiração pela música do alemão. Mendelssohn foi um indivíduo especial, dotado de uma gama de qualidades únicas. Todas as vezes que penso nele me vem à mente a ideia de um sujeito bem-afortunado. Foi alguém de uma alma profundamente cândida, delicada. Angélica. Acredito que não teve aperreios, mesmo nos últimos anos de vida, período em que a enfermidade lhe foi furtando as forças. Acredito que quem nunca ouviu o compositor e escutasse este CD que ora posto, ficaria com a melhor das impressões. Faria o julgamento de que Mendelssohn foi um sujeito singular. E, de fato, acertaria no julgamento. O CD traz aquelas peças que se tornaram imortais para a história da música. O concerto para violino e orquestra é de uma pureza e uma leveza arrebatadores. Este concerto se estabelece como um dos meus preferidos entre todos os que já foram compostos. A Sinfonia No. 4 é a minha preferida entre as cinco que ele compôs. É uma representação do seu estilo – alegria, festa, celebração e a admiração pela natureza. O tema inicial de As Hébridas possui um encanto arrebatador. Acredito que poucas peças tenham uma abertura de forma tão poderosa. Em suma: Mendelssohn e sua música são motivos para que pensemos em coisas grandes, enormes. Boa apreciação!

Felix Mendelssohn (1809-1847) – Concerto para Violino, Op. 64, Sinfonia No. 4, Athalie, incidental music, Op. 74 e The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26

Concerto para violino e orquestra em Mi menor, Op. 64
01. Allegro molto appassionato
02. Andante
03. Allegretto non troppo

Sinfonia No. 4 em A menor, Op. 90 – “Italiana”
04. Allegro vivace
05. Andante con moto
06. Con moto moderato
07. Saltarello

Athalie, incidental music, Op. 74- Kriegsmarsch der Priester
08. Athalie, incidental music, Op. 74- Kriegsmarsch der Priester

The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26
09. The Hebrides, overture (‘Fingal’s Cave,’ 4 versions), Op. 26

New York Philharmonic
Leonard Bernstein, regente
Pinchas Zukerman, violino

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Galã…

Carlinus

Chopin (1810 – 1849): Noturnos, com o Deus do piano (Maurizio Pollini)

A Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini fundada por Lais Vogel e P.Q.P Bach apresenta:

Olha, com Pollini eu engulo até Chopin! Não é aquela coisa romântica chatinha e devaneante que as pessoas confundem com poesia e sentimento… Como diz Bergman em Sonata de Outono, Chopin não é música para maricas, não é música toda desmanchada como um sorvete quente, é música máscula, música para ser tocada com certo espírito de volante de contenção pelo mais hábil dos pianistas para atingir nosso coração e cérebro. Abaixo os pianistas mela-cuecas!

Aqui temos técnica, sabedoria, musicalidade e sentimento, não temos um lacrimoso deprimido fingindo-se de apaixonado com a bunda colada na frente do piano. E tenho dito!

Chopin: Noturnos

1. Op. 9 No. 1 in B lfat minor. Larghetto
2. Op. 9 No. 2 in E flat major. Andante
3. Op. 9 No. 3 in B major. Allegretto
4. Op. 15 No. 1 in F major. Andante cantabile
5. Op. 15 No. 2 in F sharp major. Larghetto
6. Op. 15 No. 3 in G minor. Lento
7. Op. 27 No. 1 in C sharp minor. Larghetto
8. Op. 27 No. 2 in D flat major. Lento sostenuto
9. Op. 32 No. 1 in B major. Andante sostenuto
10. Op. 32 No. 2 in A flat major. Lento
11. Op. 37 No. 1 in G minor. Andante sostenuto
12. Op. 37 No. 2 in G major. Andantino
13. Op. 48 No. 1 in C minor. Lento
14. Op. 48 No. 2 in F sharp minor. Andantino
15. Op. 55 No. 1 in F minor. Andante
16. Op. 55 No. 2 in E flat major. Lento sostenuto
17. Op. 62 No. 1 in B major. Andante
18. Op. 62 No. 2 in E major. Lento
19. Op. posth. 72 No. 1 in E minor. Andante

Maurizio Pollini, piano
Recorded: Munich, Herkulessaal, 6/2005

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Maurizio Pollini: não adianta criticá-lo. Sou fã e e fã não discute, apenas ama.

PQP (2009, revalidado por Pleyel, 2024)

D. Buxtehude (1637-1707) / J. Pachelbel (1653-1706): Música de Câmara (MAK, Reinhard Goebel)

D. Buxtehude (1637-1707) / J. Pachelbel (1653-1706): Música de Câmara (MAK, Reinhard Goebel)

Um grande CD! A música de Buxtehude é imensamente parecida com a do Bach inicial. Tio Bux — excelente compositor — foi um grande modelo para meu pai. Ele fez uma longa viagem a pé para aprender composição e órgão com Bux. Várias obras de Buxtehude lembram meu pai e este disco do Musica Antiqua é uma joia diversas vezes reeditada para Archiv. Depois, divirtam-se com a versão original do famoso Canon de Pachebel, outro excelente compositor para este instrumento esquecido que é o órgão. O trabalho de Goebel e do seu MAK é, como sempre, extraordinário, e entende-se facilmente o motivo deste CD ter sido tantas vezes reeditado. A capa acima é da primeira edição, a minha.

D. Buxtehude (1637-1707) / J. Pachelbel (1653-1706): Música de Câmara (MAK, Reinhard Goebel)

1 Sonata G-Dur BuxWV 271
Composed By – Dietrich Buxtehude*
7:21

Sonata B-Dur BuxWV 273
Composed By – Dietrich Buxtehude*
2 (Sonata:) Ciaccona – Adagio – Allegro / Adagio / Allegro 7:41
3 Allemande 2:02
4 Courante 1:47
5 Sarabande 1:43
6 Gigue 1:16

7 Sonata C-Dur BuxWV 266
Composed By – Dietrich Buxtehude*
8:04

Partie (Suite) G-Dur
Composed By – Johann Pachelbel
8 Sonatina 1:01
9 Allemande 2:46
10 Gavotte 0:50
11 Courante 0:56
12 Aria 0:38
13 Sarabande 1:37
14 Gigue 1:29
15 Finale. Adagio 0:42

Partie (Suite) E-Moll
Composed By – Johann Pachelbel
16 Sonata. Adagio – Aria 4:17
17 Courante 1:03
18 Aria 0:51
19 Ciaccona 2:03

20 Aria Con Variazioni A-Dur
Composed By – Johann Pachelbel
Instrumentation By [Reconstructed By] – Reinhard Goebel
10:00

Canon & Gigue D-Dur
Composed By – Johann Pachelbel
21 Canon 3:07
22 Gigue 1:28

Cello [Baroque] – Jaap Ter Linden (tracks: 8 to 19, 21, 22)
Conductor – Reinhard Goebel
Ensemble – Musica Antiqua Köln
Harpsichord – Henk Bouman (tracks: 1 to 7, 16 to 22)
Organ [Truhen-orgel] – Henk Bouman (tracks: 8 to 15)
Theorbo – Konrad Junghänel (tracks: 8 to 15)
Viola [Baroque] – Karlheinz Steeb (tracks: 8 to 15)
Viola [Violetta] – Hajo Bäß (tracks: 8 to 15)
Viola da Gamba – Jaap Ter Linden (tracks: 2 to 6), Jonathan Cable (tracks: 20), Pere Ros (tracks: 20)
Violin [Baroque] – Hajo Bäß (tracks: 1, 7, 16 to 19, 21, 22), Mihoko Kimura (tracks: 21, 22), Reinhard Goebel
Violone – Jonathan Cable (tracks: 2 to 7)

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Nossa, que homem bem-apessoado! Este é Pachelbel.

PQP

Bassano, Bovicelli, Crecquillon, da Rore, Fontana, Frescobaldi, Gabrieli, Kempis, Merula, Palestrina: Quel lascivissimo cornetto – Virtuoso solo music for cornetto (Dickey, Tragicomedia)

Bassano, Bovicelli, Crecquillon, da Rore, Fontana, Frescobaldi, Gabrieli, Kempis, Merula, Palestrina: Quel lascivissimo cornetto – Virtuoso solo music for cornetto (Dickey, Tragicomedia)

Aquele cornetto muito lascivo. Hum… Entendi. Mas, antes de lascivo, este é um excelente CD da Access com a rara música para cornetto. O cornetto é um instrumento a respeito do qual podemos dizer que fica entre o trompete e a flauta… Coloco uma foto aí embaixo para que vocês possam conhecê-lo ou reconhecê-lo. Olha, o Sr. Dickey aí do disco é um grande virtuose e faz um trabalho espetacular sobre a música da Renascença e o cornetto. Um show de bola e um grande disco. Muitas das obras apresentadas são transcrições. Tenho esta gravação em vinil e o estranho é que o conjunto que acompanha o “cornetista” atendia antes pelo nome de Tragicomedia. Sempre quis conhecer melhor algum destes grandes virtuoses de instrumentos quase mortos, mas eles existem e Bruce Dickey é um deles. Lembro de uma parábola de Kafka em que um faquir bate todos os recordes de fome mas não tem forças para dizer a ninguém que conseguiu o feito… E, claro, poucos se importam com ele.

Bassano, Bovicelli, Crecquillon, da Rore, Fontana, Frescobaldi, Gabrieli, Kempis, Merula, Palestrina: Quel lascivissimo cornetto – Virtuoso solo music for cornetto

1. Tarquinio Merula: Sonata prima per violino ò cornetto e basso
2. Cipriano da Rore: Angelus ad pastores, motetto passeggiato da Giovanni Battista Bovicelli
3. Andrea Gabrieli: Caro dolce ben mio, madrigale passeggiato da Giovanni Bassano
4. Girolamo Frescobaldi: Canzona seconda detta la Bernadinia per canto solo
5. Frescobaldi: Canzona quintadecima detta la Lievoratta per due bassi
6. Frescobaldi: Canzona decimanona detta la Capriola per canto e basso
7. Giovanni Palestrina: Io son ferito ahi lasso, madrigale passeggiato da Bovicelli
8. Thomas Crecquillon: Onques amour, chanson à 5
9. Crecquillon: Onques amour, chanson passeggiato da Bassano
10. Giovanni Battista Fontana: Sonata seconda
11. Palestrina: Pulchra es amica mea, motetto passeggiato da Francesco Rognoni Taeggio
12. Crecquillon: Petite fleur, chanson à 5
13. Crecquillon: Petite fleur, chanson passeggiato da Girolamo Dalla Casa
14. Nicolaus à Kempis: Sonata per violino solo

Bruce Dickey (cornetto)
Stephen Stubbs (chitarrone, viheula)
Erin Headley (viola da gamba)
Andrew Lawrence-King (double harp, renaissance harp, organ)

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PQP

Antonio Caldara (1670-1736): Maddalena ai piedi di Cristo (Jacobs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este estupendo CD duplo traz o especialista em música barroca René Jacobs com um super time num lançamento da Harmonia Mundi alemã. Tudo perfeito se acrescentarmos que Maddalena ai piedi di Cristo é uma obra-prima.

Trata-se de um disco para ouvir e comprar. Ah, mas quem é Caldara? Eu também conhecia pouco, mas fiquei espantadíssimo com esta gravação multi-premiada.

Antonio Caldara foi um compositor italiano do período barroco, conhecido como compositor de óperas, cantatas e oratórios. Caldara nasceu em Veneza em uma família de músicos. Seu primeiro professor foi seu pai, Giuseppe, que foi violinista. Aos onze anos, estudou sob a direção de Giovanni Legrenzi, foi corista na Catedral de San Marco em Veneza, onde aprendeu vários instrumentos. Em 1699 mudou-se para Mântua, onde se tornou Mestre di cappella Charles IV, Duque de Mântua. Foi um dos mais prolíficos autores da sua geração. Caldara ocupou cargos importantes em Mântua, Roma e Viena, num momento em que a música vocal italiana estava a atravessar um processo de desenvolvimento rápido. Durante os anos seguintes, fez inúmeras viagens na Itália e no estrangeiro. Em 1708 é contratado pelo arquiduque Carlos, e mudou-se para Barcelona, onde compõe várias óperas que representam as primeiras óperas italianas da Península Ibérica. Caldara iria influenciar a escola de Mannheim, bem como Haydn e Mozart.

Antonio Caldara (1670-1736): Maddalena ai piedi di Cristo (Jacobs)

CD 1
1. Part 1. No. 1. Sinfonia
2. Part 1. No. 2. Aria. Dormi, o cara, e farmi il sonno
3. Part 1. No. 3. Recitativo. Così godea la mente
4. Part 1. No. 4. Aria. Deh, librate amoretti
5. Part 1. No. 5. Recitativo. Del sonno lusinghiero
6. Part 1. No. 6. Aria. La ragione, s’un’alma conseglia
7. Part 1. No. 7. Recitativo. Così sciolta da’lacci de’ sui error
8. Part 1. No. 8. Allegro. Alle vittorie
9. Part 1. No. 9. Recitativo. Oimè, troppo importuno
10. Part 1. No. 10. Aria. In un bivio è il mio volere
11. Part 1. No. 11. Recitativo. Maddelena, nel cielo fissa la sguardo
12. Part 1. No. 12. Aria. Spera, consolati
13. Part 1. No. 13. Recitativo. Troppo dura è la legge
14. Part 1. No. 14. Aria. Fin che danzan le grazie sul viso
15. Part 1. No. 15. Recitativo. Germana, al ciel, deh, volgi
16. Part 1. No. 16. Aria. Non sdegna il ciel le lacrime
17. Part 1. No. 17. Recitativo. Omai spezza quel nodo
18. Part 1. No. 18. Aria. Pompe inutili
19. Part 1. No. 19. Recitativo. E voi, dorati crini
20. Part 1. No. 20. Aria. Il sentier ch’ora tu prendi
21. Part 1. No. 21. Recitativo. Maddalena, coraggio!
22. Part 1. No. 22. Aria. Dilenti non più vanto
23. Part 1. No. 23. Recitativo. Dell’anima tua grande
24. Part 1. No. 24. Aria. Vattene, corri, vola
25. Part 1. No. 25. Recitativo. Marta, ho risolto
26. Part 1. No. 26. Aria. Voglio piangere
27. Part 1. No. 27. Recitativo. A tuo dispetto, Amor Terreno
28. Part 1. No. 28. Duetto. La mia virtude

CD 2
1. Part 2. No 1. Sinfonia
2. Part 2. No 2. Recitativo. Donna grande e fastosa
3. Part 2. No 3. Aria. Parti, che di virtù il gradito splendore
4. Part 2. No 4. Recitativo. Cingan pure quest’alma
5. Part 2. No 5. Aria. Chi con sua cetra
6. Part 2. No 6. Recitativo. Maddalena, deh, ferma!
7. Part 2. No 7. Aria. In lagrime stemprato il cor qui cade
8. Part 2. No 8. Recitativo. Oh ciel, chi vide mai la penitenza
9. Part 2. No 9.Aria. Ride il ciel e gl’astri brillano
10. Part 2. No 10. Recitativo. A tuo dispetto, Amor Terreno
11. Part 2. No 11. Aria. Me ne rido di tue glorie
12. Part 2. No 12. Recitativo. Se non ho forza a superar costei
13. Part 2. No 13. Aria. Orribili, terribili
14. Part 2. No 14. Recitativo. Maddalena, costanza
15. Part 2. No 15. Aria. O fortunate lacrime
16. Part 2. No 16. Recitativo. Mio Dio, mio Redentor
17. Part 2. No 17 .Aria. Chi drizzar di pianta adulta
18. Part 2. No 18. Recitativo. D’esser costante, o mio Gesù, non temo
19. Part 2. No 19. Aria. Per il mar del pianto mio
20. Part 2. No 20. Recitativo. L’atto immenso che, uscito
21. Part 2. No 21. Aria. Del senso soggiogar
22. Part 2. No 22. Recitativo. Di miei dardi possenti
23. Part 2. No 23. Aria. Da quel strale che stilla veleno
24. Part 2. No 24. Recitativo. Sempre dagl’astri scende
25. Part 2. No 25. Aria. Questi sono arcani ignoti
26. Part 2. No 26. Recitativo. Cittadini del ciel
27. Part 2. No 27. Aria. Sù, lieti festeggiate
28. Part 2. No 28. Recitativo. Voi, che in mirarmi oppresso ogn’or godete
29. Part 2. No 29. Aria. Voi del Tartaro
30. Part 2. No 30. Recitativo. Va dunque Maddalena
31. Part 2. No 31. Aria. Chi serva la beltà

Maddalena – Maria Christina Kiehr
Marta – Rosa Dominguez
Amor Terreno – Bernarda Fink
Amor Celeste – Andreas Scholl
Fariseo – Ulrich Messthaler
Cristo – Gerd Türk

Chiara Banchini: violin, dir.

Schola Cantorum Basiliensis
René Jacobs (cond.)

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Antonio Caldara

PQP

Benjamin Britten (1913-1976): Sinfonia da Requiem, Op. 20, Four Sea Interludes, Op. 33a, Passacaglia, Op. 33b e An American Overture

Benjamin Britten (1913-1976): Sinfonia da Requiem, Op. 20, Four Sea Interludes, Op. 33a, Passacaglia, Op. 33b e An American Overture

Este é um dos CDs que mais escuto entre todos os que disponho. E olhe que não é pouca coisa! Mas, há algo de especial nele – a música poderosa de Benjamin Britten. Acredito, sem rodeios, que Britten tenha sido o maior compositor inglês de todos os tempos. E olhem que gosto de Purcell, Elgar, Walton, Holst e Vaughan Williams. Mas Britten é imbatível. Sua música é arrebatadora. Consta que Britten ao nascer teria recebido o nome Benjamin por causa de um arroubo pretensioso da mãe. Ela julgava que o compositor seria “o quarto B” da história da música. Os primeiros foram: Bach, Beethoven e Brahms. Suas intenções eram excessivas. Mas não devemos olvidar as habilidades incomuns de Britten para compor. Sua obra é grandiosa. Separei três de suas óperas mais importantes – Peter Grimes, Morte em Veneza e Billy Bud – para postar. Acredito que isso se efetuará em algumas semanas – ou até o final do ano. Uma boa apreciação desse CD tão querido.

Benjamin Britten (1913-1976): Sinfonia da Requiem, Op. 20, Four Sea Interludes, Op. 33a, Passacaglia, Op. 33b e An American Overture

Sinfonia da Requiem, Op. 20
01. I. Lacrymosa
02. II. Dies Irae
03. III. Requiem Aeternam

Four Sea Interludes, Op. 33a
04. I. Dawn
05. II. Sunday Morning
06. III. Moonlight
07. IV. Storm

Passacaglia, Op. 33b
08. Passacaglia, Op. 33b

An American Overture
09. An American Overture

New Zealand Symphony Orchestra
Myer Fredman, regente

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Após o Réquiem, Britten foi tomar sorvete com os amigos.

Carlinus

Antonio Vivaldi (1678-1741): The French Connection (La Serenissima)

Antonio Vivaldi (1678-1741): The French Connection (La Serenissima)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Não que vá mudar a vida de algum de vocês, mas devo começar esta curta pílula de curadoria dizendo que não amo incondicionalmente Vivaldi. Mas seria de uma desonestidade atroz dizer que não amei incondicionalmente este disco.

Ele ganhou como o melhor disco de música barroca de 2009 da respeitável revista Gramophone. Vocês querem que eu diga o que então? Que é ruim? Não é, é bom demais.

Vivaldi, tal como quase todo Mozart, tem aquele problema de ser alegre e feliz e demais quando eu preciso de uma boa dose de drama e sanguinolência, só que este CD traz um repertório tão original que fiquei surpreso. Não tinha ouvido ainda estes concertos escritos sob inspiração francesa, um vício da época. O título do CD é certamente uma brincadeira com o bom filme homônimo de 1971 que tinha Gene Hackman como ator principal e que foi chamado no Brasil de Operação França.

Disco obrigatório para os amantes do barroco.

O Padre Rosso (o Padre Vermelho, pois Vivaldi era ruivo) foi professor de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza e teve um conhecido caso com uma de suas alunas, Anna Giraud. Um orfanato de moças… Já imaginaram as possibilidades matemáticas disso? Dizem que ele teve relações com várias alunas. Eram meninas oriundas da Roda dos Expostos ou Roda dos Enjeitados que havia no Ospedale. Tais mecanismos ficavam nas fachadas de instituições religiosas, embutidas na parede, dando para a rua. Consistiam em mecanismos utilizados para abandonar os recém-nascidos indesejados, que assim ficavam ao cuidado da instituição. O mecanismo era uma caixa cilíndrica que girava sobre um eixo vertical com uma portinhola ou apenas uma abertura. Quem desejava abandonar um recém-nascido, colocava ali seu filho e girava o cilindro, dando meia volta. Desta forma, quem abandonava a criança não era visto por quem a recebia. As rodas também serviam para que pessoas piedosas oferecessem anonimamente alimentos e medicamentos a tais casas. As crianças eram normalmente filhas de pessoas pobres, para quem seria um peso receber mais uma boca para alimentar, ou filhas de mães solteiras, nobres ou burguesas, que não desejavam ver descoberta sua gravidez. Vivaldi pegava ou não pegava as menininhas? Mais um conto rodrigueano de a vida como ela é.  Há que contrapor a isso a alegria e felicidade de suas obras. Pensem nisso durante a audição deste CD maravilhoso.

O pessoal da La Serenissima
O pessoal da La Serenissima

Antonio Vivaldi (1678-1741): The French Connection

Concerto for strings & continuo in C major, RV 114
1 Allegro 2:41
2 Adagio 0:24
3 Ciacona 3:09

Bassoon Concerto, for bassoon, strings & continuo in F major, RV 488
4 Allegro non molto 3:11
5 Largo 2:57
6 Allegro 2:19

Violin Concerto, for violin, strings & continuo in C major (“La stravaganza” No. 7), Op. 4/7, RV 185
7 Largo 1:56
8 Allegro 2:13
9 Largo 1:32
10 Allegro 2:22

Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, RV 438
11 Allegro 3:52
12 Andante 3:26
13 Allegro 3:25

Concerto for strings & continuo in G minor, RV 157
14 Allegro 2:14
15 Largo 1:38
16 Allegro 2:25

Bassoon Concerto, for bassoon, strings & continuo in C major (incomplete), RV 468
17 Allegro 2:35
18 Andante 1:44

Flute Concerto, for flute, strings & continuo in E minor, RV 432
19 Allegro 3:05

Chamber Concerto, for flute, violin, bassoon & continuo in F major, RV 100
20 Allegro 2:40
21 Largo 2:31
22 Allegro 2:39

Concerto for strings & continuo in C minor, RV 119
23 Allegro 2:47
24 Largo 1:33
25 Allegro 1:36

Violin Concerto, for violin, strings & continuo in D major, RV 211
26 Allegro non molto 6:03
27 Larghetto 3:52
28 Allegro 5:52

Katy Bircher (flute)
Peter Whelan (bassoon)
Adrian Chandler (violin, conductor)
La Serenissima

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Antonio Vivaldi era assim
Antonio Vivaldi era assim…

PQP

Duarte Lôbo (1565-1646): Réquiem a 6 Vozes & Missa Vox Clamantis (The Tallis Scholars, Philips)

Duarte Lôbo (1565-1646): Réquiem a 6 Vozes & Missa Vox Clamantis (The Tallis Scholars, Philips)

Foi casual a data desta postagem se dar próxima ao Dia de Finados. Mas o que interessa é a qualidade da música de Duarte Lôbo e o incrível trabalho do Tallis. De forma paradoxal, os renascentistas espanhóis e portugueses criaram uma música religiosa sutil e discreta, mas também muito envolvente, intensa e profunda. Essa música de Réquiem portuguesa renascentista tem muito disso. Quase tudo de concentra nos acordes bonitos. Há a polifonia, claro, mas a ideia parece ser a de criar uma série de acordes bonitos. E aqui eles são lindos. Claro que o Tallis Scholars é fantástico e capricha demais. O que torna essa música ainda mais impressionante é a rotatividade harmônica. As partes internas se movem mais rapidamente do que as externas, criando um contraste entre eternidade e tumulto secular. O som é absolutamente incrível. As linhas vocais fluem, caindo em acordes que podem ser poderosos, delicados, às vezes alegres. É esplêndido. Em nenhum lugar isso é mais evidente do que no Introitus e no Kyrie (faixas um e dois). Quando a gente acha que virá uma grande tristeza, as vozes caem em outro acorde que nos faz sorrir. A Missa Missa Vox Clamantis também é boa.

Duarte Lôbo (1565-1646): Réquiem a 6 Vozes & Missa Vox Clamantis (The Tallis Scholars, Philips)

Requiem For Six Voices (40:24)
1 Introitus 7:12
2 Kyrie 5:11
3 Graduale: Requiem Aeternam 4:18
4 Sequentia Pro Defunctis 5:15
5 Offertorium: Domine Iesu Christe 6:13
6 Sanctus & Benedictus 2:37
7 Agnus Dei I, II & III 2:33
8 Communio: Lux Aeterna 3:09
9 Responsorium Pro Defunctis: Memento Mei 3:55

Missa Vox Clamantis (25:24)
10 Kyrie 4:35
11 Gloria 5:10
12 Credo 7:57
13 Sanctus & Benedictus 4:10
14 Agnus Dei I & II 3:32

Alto Vocals – Adrian Hill, Michael Lees, Richard Wyn Roberts*, Robert Harre-Jones
Bass Vocals – Donald Greig, Francis Steele
Choir – The Tallis Scholars
Conductor – Peter Phillips
Soprano Vocals – Barbara Borden, Deborah Roberts, Ghislaine Morgan (tracks: 10 to 14), Tessa Bonner
Tenor Vocals – Angus Smith, Harvey Brough (tracks: 1 to 9), Paul Agnew (2) (tracks: 1 to 9), Rufus Müller

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Êta, padreco bom de acorde!.

PQP

Gabriel Fauré (1845-1924): "Messe de Requiem”, Op.48 / “Messe des pêcheurs de Villerville” (Herreweghe)

Gabriel Fauré (1845-1924): "Messe de Requiem”, Op.48 / “Messe des pêcheurs de Villerville” (Herreweghe)

Dr. Cravinhos nos envia uma excelente versão do belíssimo Réquiem de Gabriel Fauré, sob responsabilidade de Philippe Herreweghe, acompanhada da reconstrução da “Messe des pêcheurs de Villerville” — outra obra de Fauré — realizada por André Messager. FDP postou recentemente o Réquiem, mas achei interessante postar outra obra análoga de Fauré. Fauré era um melodista algo melancólico, foi aluno de Saint-Saëns, o qual mostrou-lhe o caminho da verdade: Johann Sebastian Bach. É um compositor antiquado, que ouvia mas recusava Wagner. Viveu até 1924, mas sua música parece a do marido da Clara, Robert Schumann, outro refinado e melancólico melodista.

Faure escreveu este Requiem “simplesmente por prazer, não para qualquer evento”. Nele, Fauré reflete uma relação pessoal com a morte, “como uma libertação feliz”.

O registro de Herreweghe é absolutamente notável. Êta homem compreensivo (*)! Como parece ser uma gravação de 2001 [é de 1988, ver ressalva abaixo], é da atual fase ateia de Herreweghe. É como sempre digo, nada como um bom ateu para compreender (olha ele aí de novo!) as coisas da religiosidade…

(*) No sentido de que compreende a todos.

Gabriel Fauré (1845-1924): Messe de Requiem”, Op.48 / “Messe des pêcheurs de Villerville” (Herreweghe)

Gabriel Fauré (1845 – 1924) “Messe de REQUIEM” op.48, Version 1893
01 Fauré: Requiem, Op. 48 – 1. Introit & Kyrie
02 Fauré: Requiem, Op. 48 – 2. Offertory
03 Fauré: Requiem, Op. 48 – 3. Sanctus
04 Fauré: Requiem, Op. 48 – 4. Pie Jesu
05 Fauré: Requiem, Op. 48 – 5. Agnus Dei
06 Fauré: Requiem, Op. 48 – 6. Libera Me
07 Fauré: Requiem, Op. 48 – 7. In Paradisum

Gabriel Fauré & André Messager “Messe des pêcheurs de Villerville”
08 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Kyrie
09 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Gloria
10 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Sanctus
11 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – O Salutaris
12 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Agnus Dei

Agnès Mellon (soprano solo, faixa 4)
Peter Kooy (barítono solo, faixas 2 e 6)
Jean-Philippe Audoli (violino, faixa 11)
La Chapelle Royale
Les Petits Chanteurs de Saint-Louis
Ensemble Musique Oblique
Philippe Herreweghe (regente)

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Gabriel Fauré e seus longos bigodes brancos (1907)

PQP (post original de 2012)
Pleyel (repostagem em 2024) faz a seguinte ressalva: gravação de 1988, lançada no mesmo ano pela Harmonia Mundi

Gustav Mahler (1860-1911): Das Lied von der Erde (A Canção da Terra) (Halász, Donose, Harper, NSO of Ireland)

Gustav Mahler (1860-1911): Das Lied von der Erde (A Canção da Terra) (Halász, Donose, Harper, NSO of Ireland)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD que não fica nada a dever aos grandes nomes que abordaram esta obra. A Canção da Terra não é uma peça para amadores. Ao contrário, é para orquestras e maestros de primeira categoria, o que não significa que o menos famoso Michael Halász faça dela a tremenda obra-prima que é. Comecemos pela gravação. Ela tem uma clareza que não pé frequentemente encontrada mesmo nas “gravações top” e é particularmente notável por colocar os cantores em correta relação com a orquestra. Todos tem presença sem sobreposições. Halász não é nada enfadonho: ele percebe a importância da grande obra, mas não se impõe a ela como tantos maestros de Mahler tendem a fazer. Da mesma forma, o ritmo é rápido — poucas leituras duram menos de uma hora –, evitando assim o sentimentalismo aberto e, ao mesmo tempo, permitindo que a obra-prima de Mahler fale por si. Os solistas vão na mesma linha. Donose é um achado, canta seus lieder com beleza atraente e leve. Thomas Harper demonstra, ao menos para mim, um equilíbrio certo entre lirismo e força.

A Canção da Terra (1908) é uma cantata sinfônica — ou uma fusão perfeita entre cantata e sinfonia — sobre textos de Li T’ai Po e outros poetas chineses, na tradução alemã de Hans Bethge. O melhor Mahler parece condensado nesta música que mistura o clássico com as predileções de Mahler pela música popular e folclórica. Sua permanente angústia religiosa e as dúvidas do intelectual se manifestam nesta música pessoalíssima e perfeita, que termina com uma comovente canção de despedida.

Gustav Mahler (1860-1911): Das Lied von der Erde (A Canção da Terra) (Halász, Donose, Harper, NSP of Ireland)

1 Das Trinklied vom Jammer der Erde 08:02
2 Der Einsame im Herbst 09:02
3 Von der Jugend 03:09
4 Von der Schonheit 06:36
5 Der Trunkene im Fruhling 04:26
6 Der Abschied 27:19

Conductor(s): Halász, Michael
Orchestra(s): Ireland National Symphony Orchestra
Artist(s): Ruxandra Donose, Thomas Harper

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Mahler e família

PQP

Clint Mansell (1963): Requiem for a Dream (Kronos Quartet & Clint Mansell)

Clint Mansell (1963): Requiem for a Dream (Kronos Quartet & Clint Mansell)

Nas últimas duas semanas, o número de postagens com música contemporânea tem sido considerável aqui no PQP Bach. Para não quebrar essa lógica, resolvi postar este Cd, pois ele é uma desafio para mim. É importante deveras ser surpreendido por desafios aparentemente inexpugnáveis. Parafraseando Nietzsche posso afirmar que há músicas que são admitidas com o tempo. Ouvi há quase um ano este cd e a impressão primeira não foi boa. Voltei a ouvi-lo ontem e eis que fui acometido por sensações misteriosas. Confesso que desde ontem estou aturdido com as músicas deste CD. É música profunda, cheia de desafios assustadores, quase que fantasmágoricos. O CD é a compilação da trilha sonora do filme Réquiem para um sonho, que ainda não assisti. Todavia, li algumas informações sobre a produção e tive a curiosidade despertada.  Interessante é que tenho o filme. A trilha foi composta por Clint Mansell e pelo fantástico, prolífico, Kronos Quartet. Esteticamente, sinto-me grávido de impressões confusas, distantes, quando ouço esta música. Há música eletrônica, desvarios sonoros, paisagens cheias de efeitos e um cello que me transmite a ideia de um deserto desolado, afastado, silencioso, de sol amarelecido. É ouvir para conferir.

Clint Mansell (1963): Requiem for a Dream (Kronos Quartet & Clint Mansell)

Summer
1 Summer Overture 2:36
2 Party 0:28
3 Coney Island Dreaming 1:04
4 Party 0:36
5 Chocolate Charms 0:25
6 Ghosts Of Things To Come 1:33
7 Dreams 0:44
8 Tense 0:37
9 Dr. Pill 0:42
10 High On Life 0:11
11 Ghosts 1:21
12 Crimin’ & Dealin’ 1:44
13 Hope Overture 2:31
14 Tense 0:28
15 Bialy & Lox Conga 0:45

Fall
16 Cleaning Apartment 1:25
17 Ghosts-Falling 1:11
18 Dreams 1:02
19 Arnold 2:35
20 Marion Barfs 2:22
21 Supermarket Sweep 2:14
22 Dreams 0:32
23 Sara Goldfarb Has Left The Building 1:17
24 Bugs Got A Devilish Grin Conga 0:57

Winter
25 Winter Overture 0:19
26 Southern Hospitality 1:23
27 Fear 2:26
28 Full Tense 1:04
29 The Beginning Of The End 4:28
30 Ghosts Of A Future Lost 1:50
31 Meltdown 3:55
32 Lux Aeterna 3:54
33 Coney Island Low 2:13

Arranged By [Kronos Quartet Performances Arrangements By] – David Lang
Cello – Jennifer Culp
Featuring – Kronos Quartet
Programmed By [All Machines Programmed By] – Clint Mansell
Viola – Hank Dutt
Violin – David Harrington, John Sherba

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Cena de “Requiem for e Dream”.

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Kovács, Rados)

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Kovács, Rados)

Uma boa gravação destas belíssimas Sonatas de Brahms. Não se compara com a versão de Karl Leister, que é praticamente imbatível, mas mesmo assim é muito boa. Kovács comete uns errinhos e não tem aquela mágica de indiscutível de Leister. Mas… Como resistir a este repertório? Não há como, é grande, enorme música. Essas foram as últimas peças de câmara que Brahms escreveu antes de sua morte e são consideradas duas das grandes obras-primas do repertório de clarinete. Brahms também produziu uma transcrição frequentemente executada dessas obras para viola. Ora, para viola…

Johannes Brahms (1833-1897): As Sonatas para Clarinete (Kovács, Rados)

Sonata In F Minor, Op. 120, No. 1
1 I. Allegro Appassionato 7:33
2 II. Andante Un Poco Adagio 4:18
3 III. Allegretto Grazioso 4:05
4 IV. Vivace 5:00

Sonata In E-Flat, Op. 120, No. 2
5 I. Allegro Amabile 8:40
6 II. Allegro Appassionato 5:19
7 III. Andante Con Moto; Allegro 6:46

Clarinet – Béla Kovács
Piano – Ferenc Rados

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Brahms peidando.

PQP

.: interlúdio :. Charlie Haden: The Best of Quartet West

.: interlúdio :. Charlie Haden: The Best of Quartet West

Charlie Haden (1937-2014) foi um grande gênio. Por mais de 50 anos, ele foi uma das figuras musicais mais importantes do jazz e do planeta. Uma das primeiras vezes onde ele apareceu foi como o garoto branco e magro do lado direito da fotografia da capa de This Is Our Music, de Ornette Coleman, um disco de, entre outras coisas, orgulho da raça negra… Provavelmente é a foto mais legal de um grupo de músicos já tirada. Certamente ele foi aceito porque era apenas o mais perfeito dos baixistas. Eu adoro seu som no contrabaixo, que é sombrio sem ser pesado, adoro a grande economia que às vezes dá lugar a solos dedilhados sombrios, e a maneira como ele parece ser capaz de seguir as improvisações de Ornette e Don Cherry tão de perto, apesar da ausência de diretrizes. Mas o principal é o peso emocional que ele transmite em cada nota que toca e em qualquer banda que liderasse ou com quem se apresentasse. Como todo grande jazzista, Haden tocou com centenas de grupos e formações. Fez algo que apenas outra baixista, o xará Charlie Mingus, conseguiu: criou música fortemente política. Há os cinco álbuns da Liberation Music Orchestra, quatro feitos em estúdio e um ao vivo, documentos essenciais que refletem as lutas de libertação e históricas de sua contemporaneidade na Espanha, na América Central e do Sul, na África do Sul, em Portugal e suas colônias Moçambique, Angola e Guiné, e em outros lugares. Aqui estão as canções e hinos da Brigada Internacional, dos Sandinistas, do MPLA: essa era uma música que importava, pois, para além do jazz, sua atenção fixava-se no cenário maior das coisas. Foi uma atitude que fez com que Haden fosse preso pela polícia secreta portuguesa durante uma turnê com Coleman em 1971.

Claro, sou fã do trabalho de Charlie Haden com Ornette Coleman e a Liberation Music Orchestra há anos, sem mencionar seus inúmeros trabalhos com Keith Jarrett, Pat Metheny e tantos outros. Mas eu realmente não tinha ouvido seu Quartet West, provavelmente porque a maioria das críticas que eu tinha lido se concentrava nas qualidades nostálgicas dos anos 40/50. Era um grupo — surpreendente para Haden — à moda antiga. Mas também é um álbum de jazz, com melodias sofisticadas e envolventes, trabalhos solos expressivos e altamente inventivos, uma abordagem tradicional que reconhece como o jazz soava. Este é um bom CD para ter quando você pega um romance de Raymond Chandler.

Charlie Haden: The Best of Quartet West

1 Hello My Lovely 6:47

2 Body And Soul
Drums – Billy Higgins
Written-By – Heyman*, Green*, Sour*
6:19

3 First Song (For Ruth) 6:57

4 Our Spanish Love Song 6:07

5 Always Say Goodbye 6:38

6 Où Es-Tu, Mon Amour ? (Where Are You, My Love?)
Bass [Sampled From “où Es-tu, Mon Amour ?”, January / February, 1949] – Carlo Pecori
Drums [Sampled From “où Es-tu, Mon Amour ?”, January / February, 1949] – Aurelio De Carolis
Guitar [Sampled From “où Es-tu, Mon Amour ?”, January / February, 1949] – Django Reinhardt
Piano [Sampled From “où Es-tu, Mon Amour ?”, January / February, 1949] – Gianni Safred
Violin – Stéphane Grappelli
Violin [Sampled From “où Es-tu, Mon Amour ?”, January / February, 1949] – Stéphane Grappelli
Written-By – Emil Stern, Henry Lemarchand*
6:47

7 Here’s Looking At You
Arranged By [Orchestra], Conductor [Orchestra] – Alan Broadbent
6:11

8 Alone Together
Performer [Sampled From”alone Together”, November, 1944] – Paul Weston And His Orchestra
Vocals [Sampled From”alone Together”, November, 1944] – Jo Stafford
Written-By – Arthur Schwartz – Howard Dietz*
5:21

9 The Left Hand Of God
Arranged By [Orchestra], Conductor [Orchestra] – Alan Broadbent
Written-By – Victor Young
7:48

10 Lonely Town
Arranged By [Orchestra], Conductor [Orchestra] – Alan Broadbent
Violin, Soloist – Murray Adler
Vocals – Shirley Horn
Written-By – Betty Comden – Adolf Green*, Leonard Bernstein
5:25

11 Moonlight Serenade
Written-By – Glenn Miller, Mitchell Parish
9:08

12 Wayfaring Stranger
Arranged By [Orchestra], Conductor [Orchestra] – Alan Broadbent
Vocals – Charlie Haden
Written-By – Traditional
4:23

Bass – Charlie Haden
Drums – Larence Marable* (tracks: 1, 3 to 12)
Piano – Alan Broadbent
Tenor Saxophone – Ernie Watts

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Haden: gênio absoluto

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Béla Bartók (1881-1945): Cantata Profana / Concerto para Orquestra (Réti, Faragó, Ferencsik)

Béla Bartók (1881-1945): Cantata Profana / Concerto para Orquestra (Réti, Faragó, Ferencsik)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando me perguntam de quais compositores eu mais gosto, sempre respondo:

– Gosto de uns duzentos.

Porém, um dia, sonhei que me amarraram numa árvore e um implacável algoz me açoitou até que eu dissesse o nome de meus três preferidos.

– Bach, Brahms e Bartók. Mas prefiro morrer a ficar sem os últimos quartetos e sonatas de Beethoven…

E o chicote voltou a explodir sobre minhas costas.

– Diga um que não comece pela letra “B”, seu imbecil!

– Um quarto?

– O quarto você já disse, animal. Ou não ouvi o nome de Beethoven? — e mais uma terrível chicotada. Pobre de mim.

– Está bem. Escolho Shostakovich ou Mahler.

Meu algoz deu a volta na árvore, olhou bem dentro de meus olhos e questionou asperamente:

– Por que não disseste Mozart? E por que haveria dois socialistas na tua lista?

– Não sei. Talvez porque Mozart em excesso me cause enjôo.

– Enjoo???

Neste momento meu algoz caiu desfalecido, vítima de um mal súbito, e eu acordei. Ele era um homem sensível.

Meu sonho serve para que nossos quatorze leitores saibam o respeito que este bastardo bachiano guarda pelo húngaro Bartók e o motivo de sua pressa nessa repostagem. (Pois o antigo link foi para o espaço.)

Não lembro de gravação melhor do que esta para o Concerto para Orquestra. É uma coisa de louco, maravilhosa mesmo.

Béla Bartók (1881-1945): Cantata Profana / Concerto para Orquestra (Réti, Faragó, Ferencsik)

1. Cantata Profana, BB 100, “A kilenc csodaszarvas” (The 9 Enchanted Stags) (19min35)

Jozsef Reti, tenor
Andras Farago, baritone
Janos Ferencsik, conductor
Coro: Budapest Chorus
Budapest Symphony Orchestra

Concerto para Orquestra, BB 123
2. I. Introduzione (9min53)
3. II. Giuoco delle coppie (6min33)
4. III. Elegia (7min02)
5. IV. Intermezzo interrotto (3min49)
6. V. Finale (9min36)

Janos Ferencsik, Conductor
Hungarian State Orchestra

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Uma rarésima foto de Bartók sorrindo.

PQP

.: interlúdio :. Wynton Marsalis: Uptown Ruler

.: interlúdio :. Wynton Marsalis: Uptown Ruler

Este Uptown Ruler não está entre os melhores discos de Wynton Marsalis mas vocês sabem que sempre vale a pena ouvir a sonoridade dos grandes grupos que Wynton  sempre reúne. Este quinteto é maravilhoso. É, aliás, o mesmo caso do disco que o que eu publiquei ontem — um repertório não muito bom, mas executado maravilhosamente. A série “Soul Gestures in Southern Blue”, da qual este é o Vol.2, tem sido vista como o patinho feio da discografia do trompetista. Não deixe de conferir os solos, apesar dos temas e das soluções nada substanciais. Mas é apenas a minha opinião. Provavelmente ele mereça ser explorado por melhores ouvidos.

Wynton Marsalis: Uptown Ruler

Psalm 26 1:26
Uptown Ruler 11:10
The Truth Is Spoken Here 6:50
The Burglar 8:37
Prayer 6:27
Harmonique 4:53
Down Home With Homey 11:55
Psalm 26 1:36

Wynton Marsalis Quintet

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Marsalis na única época baixa de sua carreira.

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Reincken / Buxtehude / Rosenmüller / Westhoff / Pachelbel: Deutsche Kammermusik Vor Bach (Musica Antiqua Köln, Reinhard Goebel)

Reincken / Buxtehude / Rosenmüller / Westhoff / Pachelbel: Deutsche Kammermusik Vor Bach (Musica Antiqua Köln, Reinhard Goebel)

“Música de Câmara Alemã antes de Bach”. Pois é. Este é um disco que não chega a provocar muitas emoções. Roberto Carlos diria: “são poucas emoções”. Enfim, o barroco camarístico pré-Bach não é tão interessante nem tão emocionante quanto o que aconteceu depois. Não obstante, o Musica Antiqua de Köln mantém o alto nível de sempre. Então o disco não chega a ser chato ou desagradável de se ouvir dado o alto nível técnico dos executantes, mas o repertório não é o melhor que temos divulgado em nosso excelso blog. É um disco para tarados pelo barroco. Ou seja, é um disco para mim e o que mais me interessa aqui é a versão realmente magnífica e historicamente informada do célebre Cânon de Pachelbel. Este é, para mim, o ponto alto do disco de resto. Uma bela tarde para todos.

Reincken / Buxtehude / Rosenmüller / Westhoff / Pachelbel: Deutsche Kammermusik Vor Bach (Musica Antiqua Köln, Reinhard Goebel)

Johann Adam Reincken: Sonata A-Moll (15:17)
1 [Sonata:] Adagio – Allegro – Largo / Presto / Adagio / Allegro 5:32
2 Allemande – Allegro 3:17
3 Courante 1:41
4 Sarabande 2:15
5 Gigue – Presto 2:32

Dietrich Buxtehude: Sonata B-Dur, BuxWV 273 (14:30)
6 [Sonata:] Ciaccona – Adagio – Allegro / Adagio / Allegro 7:41
7 Allemande 2:50
8 Courante 1:01
9 Sarabande 1:43
10 Gigue 1:15

Johann Rosenmüller: Sonata E-Moll (9:52)
11 Sonata E-Moll 9:52

Johann Paul Von Westhoff: Sonata – La Guerra – A-Dur (12:22)
12 Adagio Con Una Dolce Maniera – Allegro 3:06
13 Tremulo Adagio 0:54
14 Allegro Ovvero Un Poco Presto 0:44
15 Adagio 1:01
16 Aria (Adagio Assai) 2:20
17 La Guerra Cosi Nominata Di Sua Maesta 0:41
18 Aria (Tutto Adagio) 2:04
19 Vivace 0:16
20 Gigue 1:16

Johann Pachelbel: Partie (Suite) G-Dur (10:00)
21 Sonatina 1:02
22 Allemande 2:46
23 Gavotte 0:50
24 Courante 0:56
25 Aria 0:38
26 Sarabande 1:37
27 Gigue 1:29
28 Finale. Adagio 0:43

Johann Pachelbel: Canon & Gigue D-Dur (4:37)
29 Kanon 3:08
30 Gigue 1:29

Directed By – Reinhard Goebel
Ensemble – Musica Antiqua Köln

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Este CD é um banquete onde chegamos cedo demais (nem se tirou a mesa da refeição anterior).

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Johannes Brahms (1833-1897): Danças Húngaras em versão para piano a 4 mãos (Steven & Stijn Kolacny)

Johannes Brahms (1833-1897): Danças Húngaras em versão para piano a 4 mãos (Steven & Stijn Kolacny)
Version 1.0.0

A versão original das Danças Húngaras é a que consta neste excelente disco onde os irmãos belgas Steven e Stijn Kolacny as interpretam. Claro que, sem a versão orquestral, elas jamais teriam ficado tão famosas, mas ouça-as assim para ver como ficam muito melhores! Os irmãos Kolacny tocam a quatro mãos desde muito jovens e seu entendimento é perfeito. Um belíssimo disco.

J. Brahms (1833-1897): Danças Húngaras em versão para piano a mãos (Steven & Stijn Kolacny)

1. Allegro molto
2. Allegro non assai – vivo
3. Allegretto – vivace
4. Poco sostenuto – vivace – molto allegro
5. Allegro – vivace
6. Vivace – molto sustenuto
7. Allegretto
8. Presto
9. Allegro non troppo – poco sostenuto
10. Presto
11. Poco andante
12. Presto – poco meno presto
13. Andantino grazioso – vivace
14. un poco andante
15. Allegretto grazioso
16. Con moto – presto – poco meno presto
17. Andantino – vivace non troppo – meno presto
18. Molto vivace
19. Allegretto – piu presto
20. Poco allegretto – vivace
21. Vivace – piu presto

Steven Kolacny: piano
Stijn Kolacny: piano

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Os irmãos Steven e Stijn Kolacny: o topetudo e o careca

PQP