IM-PER-DÍ-VEL !!!
Gosto muito de Mendelssohn. Melodista de mão cheia, amava as estruturas (e também o melodismo) de Bach. Escreveu sinfonias que são um verdadeiro acinte de tão perfeitas — refiro-me especialmente à terceira, quarta e quinta. E este CD é igualmente é um acinte de tão agradável. Esse Octeto merece uma palavra que não gosto, mas que aqui tem sua mais gloriosa acepção: é adorável. O quinteto vai pela mesma via. Apesar da capa um tanto nublada, estamos frente a um CD luminoso e bastante alegre. A interpretação de Iona Brown e seus pupilos é impecável.
Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847):
Octeto, Op. 20 / Quinteto Nº 2, Op. 87
1. Octet in E flat, Op.20 – 1. Allegro moderato, ma con fuoco 13:56
2. Octet in E flat, Op.20 – 2. Andante 7:25
3. Octet in E flat, Op.20 – 3. Scherzo (Allegro leggierissimo) 4:25
4. Octet in E flat, Op.20 – 4. Presto 6:18
5. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 1. Allegro vivace 10:42
6. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 2. Andante scherzando 4:20
7. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 3. Adagio e lento 9:58
8. String Quintet No.2 in B flat, Op.87 – 4. Allegro molto vivace 6:07
Academy Chamber Ensemble
Iona Brown
PQP
Olá, PQP Bach. Escrevi sobre “A sagração da primavera” no Tertúlia. Se puder passar por lá pra conhecer o site e ler sobre “O massacre da primavera”, agradeço. http://www.tertuliaonline.com.br/postagem/ver/314
A rinha ocorreu à noite, no Théâtre des Champs Élysées, em Paris. Durante a execução de A sagração da primavera, do camaleão Igor Stravinsky, a orquestra — superdimensionada nas madeiras e nos metais — parecia estar se apresentando não a um público de música clássica, mas a um grupo de irlandeses em um pub durante a transmissão de uma partida de futebol. “A estreia resultou no mais famoso escândalo da história da música”, diz Harold C. Schonberg, em A vida dos grandes compositores (Novo Século, 2010). “Praticamente ninguém no público estava preparado para tamanha dissonância e ferocidade, tamanha complexidade e estranheza rítmica”. A plateia chingava e gritava, rebelando-se contra a música e a dança, enquanto perdigotos davam piruetas no ar antes de se esborrachar no chão. Se pensarmos que Rimbaud e Bowie são, juntos, o enfant terrible da literatura e o camaleão do rock, Stravinsky conseguiu reunir as duas pontas em A sagração da primavera, quando virou a música de ponta-cabeça. Era 29 de maio de 1913.
Excelente postagem sua.
Gostei do CD, PQP. Também gosto muito de Mendelssohn.
Que postagem, PQP Bach! Eu tenho Mendelssohn como um dos meus grandes, amo suas composições.
E que interessante são as diferentes percepções acerca da mesma coisa: se por um lado eu também utilizaria o termo “adorável” para essa obra, por outro eu acho que a capa um tanto nublada encaixou direitinho com a música… Como diz Frederico Morais, “Arte é o que eu e você chamamos arte”.
Uma abraço, meu amigo.
É verdade, meu caro.