Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um dos melhores e mais belos discos que já ouvi! Algo verdadeiramente incrível! O barroco francês é período curioso, onde se encontram uma maioria de obras bastante entediantes misturadas a outras pepitas sensacionais. A obra de abertura La Sonnerie é um ostinato levado à frente por um Corelli enlouquecido. Talvez a melhor peça do CD seja Tombeau De Monsieur De Lully, obra absolutamente sentida e bela, mas que também parece fazer referências ao terrível caráter de Lully. O MAK, com seu líder Reinhard Goebel, são um dos pioneiros da Música Historicamente Informada e dá um show à parte neste CD de 1979.

Marais / Rebel / Couperin / Leclair: Le Parnasse Français (Goebel / MAK)

1 La Sonnerie De Sainte-Geneviève Du Mont De Paris
Composed By – Marin Marais
7:50

Tombeau De Monsieur De Lully
Composed By – Jean-Féry Rebel
(15:51)
2 1. Lentement – Gravement 3:07
3 2. Vif – Marqué – Gai 1:59
4 3. Lentement – Doux – Récit – Grave 3:09
5 4. Doux – Récit – Vivement 4:33
6 5. Lentement – Gravement 3:03

Sonate << La Sultane >>
Composed By – François Couperin
(11:43)
7 1. Gravement 4:53
8 2. Gaiement 1:55
9 3. Air (Tendrement) – Gravement 3:05
10 4. Légèrement – Vivement 1:50

Sonate À La Marésienne
Composed By – Marin Marais
(13:53)
11 1. Un Peu Grave 1:47
12 2. Légèrement 1:39
13 3. Un Peu Gai 1:37
14 4. Sarabande 2:27
15 5. Très Vivement – 2:05
16 Gravement 2:06
17 6. Gigue 2:12

Ouverture, Op. 13, No. 2
Composed By – Jean-Marie LeClair
(13:28)
18 1. Grave – Allegro 6:03
19 2. Andante 4:53
20 3. Allegro 2:32

Ouverture (From: Trio In A Major, Op. 14)
Composed By – Jean-Marie LeClair
(8:50)
21 Gravement – Vivement 8:50

Cello [Violoncello] – Jaap ter Linden
Ensemble – Musica Antiqua Köln
Flute [Transverse Flute] – Wilbert Hazelzet
Harpsichord – Henk Bouman
Leader, Directed By – Reinhard Goebel
Viol [Viola Da Gamba] – Jonathan Cable
Viol [Viola Da Gamba], Violone – Charles Medlam
Viola – Karlheinz Steeb
Violin – Hajo Bäß, Reinhard Goebel

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Le Parnasse français: maquete de um projeto abandonado de monumento de Évrard Titon du Tillet para os jardins de Versalhes. Bronze e madeira, ambiente altivo 3 m. Realizado por Louis Garnier, Simon Curé e Augustin Pajou. Museu do Castelo de Versalhes, Inv: 6023. Terminado em 1762.

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este álbum triplo de 2023 já ganhou vários e merecidos prêmios. Kirill Petrenko, o novo regente da Filarmônica de Berlim, dá uma aula de como interpretar seu grande conterrâneo Shostakovich. O milagre que ele faz está nos detalhes que vão, pouco a pouco, iluminando as partituras. Kirill Petrenko é realmente genial, uma grande escolha dos músicos da Filarmônica.

Kirill Petrenko descreve a Oitava Sinfonia de Dmitri Shostakovich como um “grande drama psicológico”. O compositor escreveu-a enquanto a sua vida estava em perigo durante a Segunda Guerra Mundial: entre uma existência entre bombas nazistas e a censura stalinista. A Nona e a Décima também dão testemunho vívido do confronto de Shostakovich com o regime – e da sua auto-afirmação. Musicalmente, cada uma das três sinfonias é um mundo à parte – o que as une é o desejo de liberdade: num caso sussurrado a portas fechadas, noutro ironicamente distorcido, noutro gritado. A Oitava de Shostakovich entregou uma tragédia de sorriso forçado à autoridade ávida por hinos patrióticos. E apesar de toda a camuflagem, a obra foi proibida depois de alguns anos.

Com a sua Nona Sinfonia, o compositor deu então uma reviravolta surpreendente, de modo que teve de permanecer silencioso como sinfonista até depois da morte de Stalin – para sobreviver. Não só o significado tradicional do número 9, a NONA, mas também pelo fato de a guerra ter sido vencida, tendo levado o povo e os funcionários da União Soviética a esperar por uma grande celebração heróica. Em vez da redenção no final da guerra, Shostakovich viu as inúmeras vítimas – e a aproximação da próxima catástrofe. No tom distanciado da Primeira Escola Vienense e com uma alegria grotesca, a sua Nona Escola retrata um mundo circense que erguia um espelho distorcido do regime.

A Décima foi publicada após um hiato de oito anos, imediatamente após a morte de Stalin. Kirill Petrenko chama à obra em que o compositor se torna protagonista de a “libertação no seu trabalho artístico depois da Quinta”: o seu monograma em notas – DSCH – triunfa numa batalha feroz sobre a poderosa maquinaria da ditadura. A esperança de liberdade que está no final desta sinfonia tem grande atualidade como mensagem musical.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Symphonies 8 • 9 • 10 (Berliner Philharmoniker, Kirill Petrenko)

Symphony No. 8 In C Minor, Op.65 (1:00:58)
CD1 1 1. Adagio – Allegro Non Troppo 25:12
CD1 2 2. Allegretto 6:10
CD1 3 3. Allegro Non Troppo – 6:01
CD1 4 4. Largo – 9:55
CD1 5 5. Allegretto 13:40

Symphony No. 9 In E Flat Major, Op.70 (26:02)
CD2 1 1. Allegro 5:10
CD2 2 2. Moderato 7:20
CD2 3 3. Presto – 2:44
CD2 4 4. Largo – 4:18
CD2 5 5. Allegretto 6:30

Symphony No. 10 In E Minor, Op.93 (51:00)
CD2 6 1. Moderato 23:07
CD2 7 2. Allegro 4:08
CD2 8 3. Allegretto 11:50
CD2 9 4. Andante – Allegro 11:55

Orquestra Filarmônica de Berlim
Kirill Petrenko

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Kirill Petrenko: esse veio para ficar. Que tremendo artista!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Este CD de 1985 é um discreto clássico da discografia bachiana. As Invenções e Sinfonias de Bach fazem parte da formação de todo tecladista. Valiosa instrução técnica e soberba originalidade são alguns de seus atributos. Escrita para seu filho mais velho, Wilhelm Friedmann (nascido em 1710), a diversidade temática e a ampla gama de ideias musicais são infinitas, um verdadeiro oceano. Esta versão de Kenneth Gilbert é linda. Bach intitulou a coleção:

Instrução direta para os amantes do cravo, especialmente àqueles desejosos de aprender. São mostrados de maneira clara não apenas (1) como aprender a tocar duas vozes claramente, mas também, após progresso adicional (2) a lidar corretamente e bem com três partes obrigatórias, além disso, ao mesmo tempo, a obter não apenas boas ideias, mas também executá-las bem. Acima de tudo, o aluno alcançará um estilo de tocar cantabile e, assim, adquirirá um forte gosto de composição.

Os dois grupos de 15 peças são organizados em ordem crescente de tonalidade , cada grupo abrangendo oito tonalidades maiores e sete tonalidades menores .

J. S. Bach (1685-1750): Inventionen & Sinfonien (The Two-Part And Three-Part Inventions) (K. Gilbert)

Fifteen Two-Part Inventions, BWV 772–786
1 Two-Part Invention In C Major BWV 772 1:31
2 Two-Part Invention In C Minor BWV 773 1:50
3 Two-Part Invention In D Major BWV 774 1:22
4 Two-Part Invention In D Minor BWV 775 0:58
5 Two-Part Invention In E Flat Major BWV 776 1:36
6 Two-Part Invention In E Major BWV 777 3:44
7 Two-Part Invention In E Minor BWV 778 1:31
8 Two-Part Invention In F Major BWV 779 0:58
9 Two-Part Invention In F Minor BWV 780 1:41
10 Two-Part Invention In G Major BWV 781 1:03
11 Two-Part Invention In G Minor BWV 782 1:11
12 Two-Part Invention In A Major BWV 783 1:44
13 Two-Part Invention In A Minor BWV 784 1:12
14 Two-Part Invention In B Flat Major BWV 785 1:35
15 Two-Part Invention In B Minor BWV 786 1:11

Fifteen Sinfonias (Three-Part Inventions), BWV 787–801
16 Three-Part Invention In C Major BWV 787 1:14
17 Three-Part Invention In C Minor BWV 788 2:14
18 Three-Part Invention In D Major BWV 789 1:34
19 Three-Part Invention In D Minor BWV 790 1:50
20 Three-Part Invention In E Flat Major BWV 791 2:06
21 Three-Part Invention In E Major BWV 792 1:15
22 Three-Part Invention In E Minor BWV 793 2:20
23 Three-Part Invention In F Major BWV 794 1:11
24 Three-Part Invention In F Minor BWV 795 3:09
25 Three-Part Invention In G Major BWV 796 1:09
26 Three-Part Invention In G Minor BWV 797 2:15
27 Three-Part Invention In A Major BWV 798 1:34
28 Three-Part Invention In A Minor BWV 799 1:53
29 Three-Part Invention In B Flat Major BWV 800 1:49
30 Three-Part Invention In B Minor BWV 801 1:37

Kenneth Gilbert, cravo

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Gilbert feliz por finalmente ver este disco no PQP Bach

PQP

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

Tem uma história curiosa esta obra que está entre as mais importantes de meu pai, Johann Sebastian Bach. Porém, antes dela, um detalhe pessoal: tenho sete gravações da Oferenda Musical. Fico um pouco desconcertado pelo fato de que as três melhores estejam em discos de vinil. Não ouvi ninguém executar melhor esta obra do que Hermann Scherchen em 1964 ou Karl Münchinger em 1976 ou o Musica Antiqua de Köln nos anos 70 ou 80. Não obstante, a gravação que apresento aqui para vocês é bastante boa. Vamos às muitas curiosidades da obra. O texto abaixo foi retirado da Wikipedia. Fiz alguns cortes e pequenas correções.

O Tema do Rei

A coleção tem sua origem num encontro entre Bach e Frederico II em 7 de Maio de 1747. O encontro, que se deu na residência do rei em Potsdam, foi conseqüência do filho de Bach, Carl Philipp Emanuel Bach estar ali trabalhando como músico da corte. Frederico queria mostrar a Bach uma novidade. O pianoforte foi inventado uns poucos anos antes e o rei possuia esse instrumento experimetal, alegadamente o primeiro que Bach viu. Bach, que era bem conhecido por seu talento na arte da improvisação, recebeu um tema, o Thema Regium (“tema do rei”), para improvisar uma fuga.

Ao que parece, a proposta de Frederico, na realidade era para humilhar o velho Bach, pois o tema fornecido fora construído de tal forma que imaginava-se impossível aplicar a ele as regras da polifonia. Inicialmente Frederico ordenou que Bach improvisasse sobre o tema uma fuga a três vozes, o que para espanto do Rei e admiração de todos os presentes Bach fez de imediato. Insatisfeito, o Rei mandou que ele, desta feita, improvisasse uma fuga a seis vozes, uma tarefa considerada impossível por todos, inclusive os os músicos do Rei, os melhores e os mais competentes da época. Bach, que então contava com 62 anos, e que mal chegara de viagem e fora convocado ao palácio sem ter tido tempo de descansar, se desculpou alegando exaustão da viagem, e em 15 dias mandou para o Rei -impressa – sua resposta ao desafio na forma da Oferenda Musical.

Que Bach entendeu o objetivo escuso por trás da proposta do Rei é mais ou menos evidente (embora não possa ser provado) pelo nome que ele deu ao conjunto de peças, já que em alemão Opfer não significa apenas Oferenda, mas também pode significar uma oferta de uma vítima em sacrifício.

Estrutura, instrumentação

Na sua forma final, A Oferenda Musical compreende:

– Dois ricercares escritos em tantas pautas quanto o número de vozes:
– um ricercar a 6 (fuga a seis vozes)
– um ricercar a 3 (fuga a três vozes)

Dez cânones:
– Canones diversi super Thema Regium:
– 2 Cânones a 2
– Cânone a 2, per motum contrarium
– Cânone a 2, per augmentationem, contrario motu
– Cânone a 2, per tonos
– Cânone perpetuus
– Fuga canônica
– Cânone a 2 Quaerendo invenietis
– Cânone a 4
– Cânone perpetuus, contrario motu

Sonata sopr’il Soggetto Reale – uma sonata trio em quatro movimentos, para flauta, um instrumento que Frederico tocava:

– Largo
– Allegro
– Andante
– Allegro

Além da sonata trio, escrita para flauta, violino e baixo contínuo, as demais peças não têm indicações sobre a instrumentação a ser utilizada.

Os ricercares e os cânones têm sido executados de diversas maneiras. Os ricercari são, com
freqüência, executados ao teclado. Um conjunto de músicos de câmara, alternando os grupos de instrumentos e utilizando uma instrumentação semelhante à da sonata trio comumente interpreta os cânones. Mas também existem gravações com um ou mais instrumentos de tecla (piano, cravo) e instrumentações maiores, como uma orquestra.

Como a versão impressa dá a impressão de ser organizada para diminuir o número de “viradas” de página, a ordem das peças pretendida por Bach (se alguma ordem era pretendida) é incerta embora seja costume iniciar a obra com o Ricercare a 3 e tocar a sonata trio no final. Comumente se interpretam juntos os Canones super Thema Regium.

Enigmas

Alguns dos cânones da Oferenda Musical são representados na partitura original por não mais do que pequena melodia monódica com alguns compassos, junto com uma uma inscrição enigmática, em Latim, colocada acima da melodia. Estes trechos são normalmente chamados de ‘fugas-enigma’ (algumas vezes, de maneira mais apropriada, chamadas de cânones-enigma). Esperava-se que, resolvendo os enigmas, os executantes interpretassem a música como uma obra com várias partes (uma obra com várias melodias entrelaçadas). Tem sido argumentado que alguns destes enigmas têm mais de uma solução possível, embora atualmente, a maioria das edições impressas da partitura apresentem apenas uma solução mais ou menos “padronizada”, de modo que os intérpretes podem executar a obra sem se preocupar com o latim ou com o enigma.

Um dos cânones-enigma, in augmentationem, isto é, com o tamanho (a duração) das notas aumentada, tem a inscrição: Notulis crescentibus crescat Fortuna Regis (possa a fortuna do rei aumentar como o tamanho das notas), enquanto que um cânone modulante que termina num tom maior do que o tom em que começou, tem a inscrição: Ascendenteque Modulationis ascendat Gloria Regis (que a glória do rei aumente como uma modulação ascendente).

Como foi recebida

Sabe-se pouco a respeito da reação de Frederico com relação à partitura a ele dedicada, se ele tentou resolver os enigmas ou se ele tocou a parte da flauta da sonata trio. Frederico era conhecido por não gostar de música complicada e logo depois da visita de Bach ele entrou numa campanha militar, portanto é possível que o presente não tenha sido bem recebido.

Adaptações e citações do século XX

Arranjos: O “Ricercar a 6” sofreu diversos arranjos, tendo sido Anton Webern o seu arranjador mais importante, o qual, em 1935, escreveu uma versão para pequena orquestra notável por seu estilo Klangfarbenmelodie, isto é, linhas melódicas que passam de um instrumento para outro depois de um pequeno número de notas, cada nota recebendo a “coloração tonal” do instrumento em que é executada:

Sofia Gubaidulina mais tarde utilizou o Tema Real da Oferenda Musical em seu concerto para violino Ofertorium. Orquestrado conforme um arranjo semelhante ao de Webern, o tema é desconstruído nota a nota através de uma série de variações, e é reconstruído na forma de um hino da Igreja Ortodoxa Russa.

Bart Berman compôs três novos cânones baseados no Tema Real, que foram publicados em 1978 como um suplemento especial de feriado do jornal musical holandês Mens en Melodie (publicado por Elsevier).

J.S. Bach (1685-1750): A Oferenda Musical, BWV 1079 (Capella Istropolitana, Benda)

1 Ricercar a 3 05:33
2 Canon perpetuus super Thema Regium 01:19
3 Canon 2. a 2 Violini in unisono 00:47
4 Canon 3. a 2 per Motum contrarium 01:08
5 Canon 4. a 2 per Augmentationem, contrario Motu 03:04
6 Canon 5. a 2: Canon circularis per Tonos 02:54
7 Sonata sopra il Soggetto Reale: Largo 07:23
8 Sonata sopra il Soggetto Reale: Allegro 06:08
9 Sonata sopra il Soggetto Reale: Andante 03:25
10 Sonata sopra ill Soggetto Reale: Allegro 03:03
11 Canon a 4 06:20
12 Fuga canonica in Epidiapente 01:58
13 Canon a 2 Quaerendo invenietis: I 01:43
14 Canon a 2 Quaerendo invenietis: II 01:11
15 Canon a 2 Quaerendo invenietis: III 01:10
16 Canon a 2 Quaerendo invenietis: IV 01:37
17 Canon 1. a 2: Canon cancrizans 00:50
18 Canon perpetuus a Flauto traverso, Violino e Basso continuo 02:28
19 Ricercar a 6 07:11

Christian Benda, cello
Sebastian Benda, harpsichord
Nils Thilo Kramer, flute
Ariane Pfister, violin
Capella Istropolitana, conducted by Christian Benda

Total Playing Time: 59:14

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Os eslovacos da Capella Istropolitana mandando bala

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Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

O concerto de Schnittke (1990) é triste e desolado. com bastante dissonância. A forma de tocar de Alexander Ivashkin é impressionante. Ele comanda um pesadelo inquietante com sons de arrepiar os cabelos. O violoncelo é imponente, até pela forma com que foi gravado. Eu preferiria ouvir mais a orquestra, especialmente porque ela está repleta de detalhes. A sepultura cavada é avassaladora e o amado cravo do compositor aparece aqui. A passacaglia final é o mais longo dos cinco movimentos e baseia-se num tema da sua música para o filme Agonia. É lindo e desesperado. Em suma, neste concerto, Schnittke vence fácil os escandinavos no jogo sombrio. Não adianta, este é o Schnittke pós-AVC de 1985, ele perdeu toda a muita alegria que tinha. Ele nos joga num redemoinho depressivo.

Na breve e divertida Sommernachtstraum (1985, antes do AVC), ele faz chover notas dissonantes. É um Mozart deslizando para frente e para trás no tempo, derretendo através de espelhos e perdido em algum circo enlouquecido do mundo interior de Schnittke. Impossível não rir disso. É hilário e deveria ser uma famosa peça de concerto se o conservadorismo e a falta de humor não grassassem tanto.

O elemento de dissonância é forte nestas obras, mas o sentido de melodia nunca está longe. Este CD é para ouvidos exigentes, prontos para desafios.

Alfred Schnittke (1934-1998): (K)ein Sommernachtstraum / Cello Concerto No. 2 (Ivashkin, Russian State Symphony Orch, Polyansky)

Cello Concerto No. 2 (42:00)
1 I Moderato – 3:20
2 II Allegro 9:34
3 III Lento – 8:26
4 IV Allegretto Mino – 4:34
5 V Grave 16:05

6 (K)ein Sommernachtstraum – (Not) A Midsummer Night’s Dream 10:37

Cello – Alexander Ivashkin
Composed By – Alfred Schnittke
Conductor – Valeri Polyansky
Orchestra – Russian State Symphony Orchestra

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O homem que ficou triste.

PQP

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quem leu a obra-prima O Resto é Ruído, de Alex Ross, sabe que, por algum motivo, o público inglês e o norte-americano amam Sibelius apaixonadamente. Então, não chega ser surpreendente que a excelente orquestra da BBC se dedicasse ao compositor finlandês com tanto esmero, ainda mais se regida por um finlandês como Storgårds. Como deveria soar a música orquestral de Sibelius? Essas sinfonias são despedidas românticas tardias ou declarações visionárias e progressistas? Não temos respostas. Este ciclo antes suntuosamente gravado por nomes como Bernstein e Rattle merece ser ouvidos, e os aventureiros deveriam procurar também as gravações dos 1970 de Gennadi Rozhdestvensky com metais russos sensacionais. Cada uma das sete sinfonias ocupa um mundo sonoro muito distinto e, como acontece com Mahler, é difícil encontrar um maestro que acerte em todas. A propensão de Storgårds por tempos rápidos e texturas limpas rende enormes dividendos para seu registro e acho que você deve ouvir tudo com atenção — vale muito a pena. A caixa da Chandos inclui as transcrições de Timo Virtanen para três fragmentos recentemente desenterrados que podem ter feito parte daquilo que seria a muito aguardada — a vã espera durou décadas! — 8ª Sinfonia de Sibelius. São pouco mais do que fragmentos, mas o primeiro é particularmente magnífico, um dos melhores trechos de Sibelius que você ouvirá. Dizem que a oitava nunca saiu porque Sibelius bebia muito. Mas ele viveu 91 anos…

“Esta bebedeira – em si uma ocupação excepcionalmente agradável – foi longe demais”, Sibelius escreveu essas palavras em 1907, quando duas décadas de farras finalmente começavam a cobrar seu preço. Além de beber regularmente grandes quantidades de álcool — uma pintura famosa que coloco abaixo, O Simpósio, de Akseli Gallen-Kallela, mostra o compositor, sentado com seus companheiros, decididamente bebum durante uma sessão de álcool e rock n’ roll –, Sibelius também era um conhecedor de charutos finos, um hábito que pode ter aprendido com seu pai.

Sibelius fundou um clube de bebidas (ou para beber) em Helsinque. Ele bebia álcool para se fortalecer antes de realizar uma apresentação e era conhecido por desaparecer por dias seguidos. A última página de seu diário traz uma lista de compras de conhaque, champanhe e gim. Certa vez, Sibelius mudou-se para o campo para tentar abandonar seus hábitos de beber e fumar. Ele escreveu: “o isolamento e a solidão estão me levando ao desespero!”. Repito: viveu 91 anos, quase 92.

Jean Sibelius (1865-1957): As Sinfonias Completas e 3 fragmentos tardios (Storgårds, BBC)

Symphony No. 1 In E Minor Op. 39
1-01 I Andante Ma Non Troppo-Allegro Energico 11:16
1-02 II Andante (Ma Non Troppo Lento) 9:21
1-03 III Scherzo, Allegro 5:07
1-04 IV Finale (Quasi Una Fantasia) 12:41

Symphony No. 4 In A Minor Op. 63
1-05 I Tempo Molto Moderato, Quasi Adagio 9:19
1-06 II Allegro Molto Vivace 5:01
1-07 III Il Tempo Largo 10:54
1-08 IV Allegro 9:26

Three Late Fragments
1-09 HUL 1325 1:09
1-10 HUL 1326/9 0:15
1-11 HUL 1327/2. Allegro moderato 1:13

Symphony No. 2 In D Major Op. 43
2-01 I Allegretto 10:12
2-02 II Tempo Andante, Ma Rubato 15:05
2-03 III Vivacissimo 6:06
2-04 IV Finale, Allegro Moderato 14:14

Symphony No. 5 In E Flat Major Op. 82
2-05 I Tempo Molto Moderato-Allegro Moderato 14:03
2-06 II Andante Mosso, Quasi Allegretto 8:44
2-07 III Allegro Molto 9:37

Symphony No. 3 In C Major Op. 52
3-01 I Allegro Moderato 10:17
3-02 II Andantino Con Moto, Quasi Allegretto 9:48
3-03 III Moderato-Allegro 8:43

Symphony No. 6 In D Minor Op. 104
3-04 I Allegro Molto Moderato 8:48
3-05 II Allegretto Moderato 5:27
3-06 III Poco Vivace 3:45
3-07 IV Allegro Molto 10:04

Symphony No. 7 In C Major Op. 105
3-08 Adagio 9:40
3-09 Vivacissimo – Adagio 2:52
3-10 Allegro Molto Moderato – Allegro Moderato 4:03
3-11 Vivace – Presto 5:35

John Storgårds
BBC Philharmonic

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O Simpósio, de Akseli Gallen-Kallela (Sibelius está à direita, abaixo)

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

Certa vez, há algumas décadas, uma namorada, vendo que eu também era tarado por Bach, resolveu me dar todas as Cantatas pelo Helmuth Rilling. Gostei, ainda mais que não existiam as integrais de hoje (a do pugilista Gardiner, a de Suzuki, a de Koopman, a coleção da Netherlands Bach Society, a da Bachstiftung… Ah, a de Harnoncourt-Leonhardt me parecia meio anêmica — aliás, até hoje parece anêmica a este amante do historicamente informado) e que Rilling dava de dez na coleção parcial de Richter. E, ainda hoje, muitas vezes pego na estante um CD aleatório da coleção para ouvir. Bem, nesta manhã peguei um e me apaixonei por este que é o volume 53 da série. Já tinha me apaixonado por outros, mas este é bom também. Destaque para a presença do tenor catarinense Aldo Baldin na gravação.  Prova de que havia vida inteligente em SC antes de todos se tornarem bolsonaristas.

Importamte: saibam que Rilling permanece vivo aos 90 anos e, parece-me, ainda ativo.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)

1 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 1. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher
2 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 2. Aria – Arleen Auger
3 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 3. Recitative – Philippe Huttenlocher
4 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 4. Aria – Philippe Huttenlocher
5 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 5. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher

6 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 1. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher
7 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 2. Aria – Philippe Huttenlocher
8 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 3. Recitative – Mechthild Georg
9 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 4. Aria – Arleen Auger
10 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 5. Recitative – Aldo Baldin
11 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 6. Aria – Mechthild Georg/Aldo Baldin
12 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher

13 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 1. Sinf – Helmuth Rilling
14 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 2. Arioso And Recitative – Carolyn Watkinson
15 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 3. Aria – Carolyn Watkinson
16 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 4. Recitative – Helmuth Rilling
17 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 5. Aria – Carolyn Watkinson
18 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 6. Recitative – Carolyn Watkinson
19 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher

Soprano: Arleen Augér
Alto: Mechthild Georg
Tenor: Aldo Baldin
Baixo: Philippe Huttenlocher
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart
Helmuth Rilling

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O grande Aldo Baldin

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dias atrás, ocorreu uma pequena discussão neste blog. Não quis participar, porque já tinha discutido o assunto em outras oportunidades e as pessoas se tornam muito agressivas, sabe-se lá por quê. O tema era violinistas. Então vieram os passadistas que não leram Virginia Woolf (ou, OK, que não concordam com ela) e desfilaram uma série de nomes de pessoas mortas. Eu sempre defendi a tese de que os instrumentistas modernos são, em sua maioria, superiores aos do passado. Basta ouvir com atenção. O resto, meus amigos, vai por conta do afeto. Uma vez, em minha casa, criei grande confusão ao mostrar gravações de pianistas e violinistas de ontem e hoje. Entre outros grandes artistas, a confusão foi gerada por Viktoria Mullova, uma violinista que “só não é absolutamente fabulosa pelo fato de estar viva” (V.W.). Quase imbatíveis, ela, Gil Shaham, Shlomo Mintz, o russo aquele (Vengerov, acho) e outros violinistas cujos corações ainda batem, ganhavam a preferência de quase todos. E estávamos quase só entre músicos… Dávamos risadas e as pessoas diziam que “não, não pode ser”. Os únicos que efetivamente acompanhavam os modernos eram Heifetz, Oistrakh e Szeryng. Imaginem que Milstein foi chamado de amador por três vezes. Não sou apocalíptico e acho que os modernos fazem melhor por estarem sobre os ombros dos gigantes do passado. Quando o gigante Gould concebeu suas interpretações, não foi auxiliado por Gould. Já Hewitt foi. Deste modo, não é inteiramente estranho que faça tão bem quanto ou até melhor. Bem, esqueçam, este foi só um exemplo e talvez não o mais feliz deles.

Beijos.

P.S.– Ah, há Mullova neste CD. Muita Mullova!

Igor Stravinsky (1882-1971): Concerto para Violino e Orq. / Bela Bartók (1881-1945): Concerto No. 2 para Violino e Orq. (Mullova / Salonen)

Igor Stravinsky (1882-1971) – Violin Concerto in D major

01. No. 1, Toccata
02. No. 2, Aria I
03. No. 3, Aria II

Bela Bartók (1881-1945) – Violin Concerto No. 2 in B minor, Sz. 112, BB 117

04. I. Allegro con troppo
05. II. Andante tranquillo
06. III. Allegro molto

Viktoria Mullova, violino
Los Angeles Philharmonic New Music Group
Esa-Pekka Salonen, regente

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Mullova: com um beijo aos passadistas

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Herbert Blomstedt realizou esta gravação aos 94 anos a fim de comemorar seus 95 anos. E é a melhor gravação para este repertório de todos os tempos da última semana. Estou brincando mas nem tanto. O que ouvi foi um registro extremamente cuidadoso, moderno, respeitoso e original. Blomstedt valorizou ao extremo as melodias de Schubert e, vocês sabem, Schubert era um gênio para inventar melodias. A delicadeza da abordagem favorece intensamente o compositor. Li que Blomstedt observa meticulosamente as marcações nas últimas edições, corrigindo erros em partituras do século XIX que se tornaram tradição. Curiosamente, na Inacabada, Blomstedt parece vê-la como um todo de dois movimentos, o Andante levando a obra a uma conclusão serena. Na Grande, não lembro de ter ouvido gravação melhor.  A Oitava e a Nona de Blomstedt,  tem a sabedoria, a experiência e o afeto acumulados durante uma vida inteira. CD obrigatório!

Franz Schubert (1797-1828) Sinfonia Nº 8 (Inacabada) e Nº 9 (A Grande) (Blomstedt)

Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759 “Inacabada”
1.1 I. Allegro moderado 14:48
1.2 II. Andante com moto 11:06

Sinfonia nº 9 em dó maior, D. 944 “A Grande”
2.1 I. Andante. Allegro Ma Non Troppo 15:20
2.2 II. Andante com moto 14:37
2.3 III. Scherzo. Allegro Vivace 15:10
2.4 4. Allegro Vivace 16:22

Gewandhausorchester
Herbert Blomstedt

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Nada mais jovem do que o velho Blomstedt

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 36 “Linz”, 33 & 27 (Capella Istropoltana / Wordsworth)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 36 “Linz”, 33 & 27 (Capella Istropoltana / Wordsworth)

The Guardian sentenciou: “Absolutamente de primeira linha… entre as performances mais frescas e lindamente tocadas que você pode encontrar em qualquer lugar, maravilhosamente gravadas.” Este é o disco mais leve dos cinco das Sinfonias de Mozart com Wordsworth. Ele destaca as virtudes de sua abordagem. As articulações superprecisas e despojadas, embora estimulantes nas sinfonias maiores, ficariam arrogantes com peças lúdicas como a Sinfonia nº 27. uma qualidade de Wordsworth reside em sua disposição de deixar a música respirar. O movimento de abertura da Nº 33 é lento o suficiente para exibir o gracioso senso da obra: nada melancólico, mas majestoso (isso vale também para o fantástico primeiro movimento adagio-come-allegro da Nº 36). Os movimentos lentos têm a alegria suave e pensativa da famosa pintura de uma jovem e seu livro de Fragonard. E os alegres movimentos finais giram em alegria. A combinação de instrumentos modernos e a presença de câmara da Capella Istropolitana ajudam muito a tornar esta música perfeita.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 36 “Linz”, 33 & 27 (Capella Istropoltana / Wordsworth)

Symphony No.36 in C Major ‘Linz’, K. 425
1 Adagio. Allegro Spiritoso 10:42
2 Poco Adagio 6:55
3 Menuetto 3:34
4 Presto 8:07

Symphony No.33 in B Flat Major, K. 319
5 Allegro Assai 7:55
6 Andante Moderato 4:32
7 Minuetto 2:54
8 Finale. Allegro Assai 4:49

Symphony No.27 in G Major, K. 199/K. 161b
9 Allegro 4:43
10 Andante Grazioso 5:48
11 Presto 4:47

Capella Istropolitana
Barry Wordsworth

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O Fragonard que cito.

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Robert Schumann (1810-1856): Obras Completas para Sopros e Piano (Drucker / Kuyper / Robinson / Shapiro)

Robert Schumann (1810-1856): Obras Completas para Sopros e Piano (Drucker / Kuyper / Robinson / Shapiro)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD extraordinário de obras não tão divulgadas de Schumann. Afinal, Schumann não parece combinar muito com trompas, clarinetes e oboés, certo? Bom, eu acho que as pessoas pensam assim, em sua maioria. O único problema é que as peças foram ordenadas por qualidade descrescente. Ou seja, o disco inicia com uma absoluta obra-prima — sem exagero, o Andante e Variações é isso mesmo, uma obra-prima –, segue com (muito) boas peças e termina meio combalido. O CD tem 66 minutos, mas cansa no final. Experimente!

Robert Schumann (1810-1856): Obras Completas para Sopros e Piano (Drucker / Kuyper / Robinson / Shapiro)

1 Andante und Variationen, Op. 46 20:07

2 Adagio und Allegro, Op. 70: Langsam – mit innigem Ausdruck 04:07
3 Adagio und Allegro, Op. 70: Rasch und feurig 04:46

4 Phantasiestücke, Op. 73: Zart und mit Ausdruck 03:01
5 Phantasiestücke, Op. 73: Lebhaft – Leicht 03:16
6 Phantasiestücke, Op. 73: Rasch und mit Feuer 03:40

7 Drei Romanzen, Op. 94: Nicht schnell 03:15
8 Drei Romanzen, Op. 94: Einfach – innig 03:47
9 Drei Romanzen, Op. 94: Nicht schnell 04:07

10 Märchenerzählungen, Op. 132: Lebhaft – nicht zu schnell 02:50
11 Märchenerzählungen, Op. 132: Lebhaft – und sehr markirt 03:22
12 Märchenerzählungen, Op. 132: Ruhiges Tempo – mit zartem Ausdruck 04:18
13 Märchenerzählungen, Op. 132: Lebhaft – sehr markirt 04:24

Stanley Drucker, clarinete
L. William Kuyper, trompa
Joseph Robinson, oboé
Hetch & Shapiro, duo de pianistas

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Bob Schumann era bem apessoado, não acham?

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Hermann Goetz (1840-1876): Concertos para Piano Nº 1 & 2 (Banfield / Albert)

Hermann Goetz (1840-1876): Concertos para Piano Nº 1 & 2 (Banfield / Albert)

Fechando esta dupla de postagens dedicadas a românticos obscuros — a outra é esta –, lá vai um CD verdadeiramente excelente. Goetz, sim, Goetz. Quando você quiser impressionar alguém, diga que você é fascinado pelo sabor mendelssohniano de seu primeiro concerto e com o caráter lírico e nostálgico do segundo que, como disse um comentarista, parece prenunciar o fim do romantismo. Se a pessoa não conhecer Goetz, faça cara de surpresa e sugira que quem não conhece o compositor… Bem, o que importa é ter saúde, né? Diga também que Goetz é uma mistura de Beethoven, Mendelssohn e Schumann e não esqueça da cara de louco de Goetz (veja abaixo).

Hermann Goetz (1840-1876): Concertos para Piano Nº 1 & 2

Concerto No.1 in E flat
01. Andante – Allegro 7:06
02. Adagio – Tempo I 12:18

Concerto No.2, Op.18
03. Massig bewegt 14:46
04. Massig langsam 11:05
05. Langsam – Belebter 11:14

Volker Banfield, piano
Radio Philarmonie Hannover des NDR
Werner Andreas Albert

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Goetz tinha um ar meio songamonga, não?

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Sylvius Leopold Weiss (1687-1750): Concertos para Alaúde (Richard Stone / Tempesta Di Mare)

Sylvius Leopold Weiss (1687-1750): Concertos para Alaúde (Richard Stone / Tempesta Di Mare)

Um bom disco! Uma namorada minha — isso há várias décadas, porque éramos adolescentes –, foi a um concerto de música barroca e veio me contar que tinha assistido um Concerto para ATAÚDE. Ela era muito bonita e eu, que sabia do erro, fiquei bem quieto porque queria beijá-la — o máximo que fazíamos na época. Dias depois, com a relação mais estável, perguntei-lhe o que eles faziam com um ataúde no palco… Bem, como essas obras só sobreviveram na parte solo de alaúde, este disco representa um impressionante esforço de Richard Stone, que reorquestrou de forma convincente tudo o que é ouvido aqui. E como ele deu vida a essas peças há muito perdidas! Weiss compôs alguns concertos para alaúde e cordas, mas as partes para cordas não chegaram até nós. Aí é que entra Mr. Stone. Weiss era reconhecido em sua época principalmente por suas improvisações fantásticas e suas suítes para alaúde solo, mas também deve ter sido um bom solista em concertos. Um bom disco!

Sylvius Leopold Weiss (1687-1750): Concertos para Alaúde (Richard Stone / Tempesta Di Mare)

Concerto A Cinque In C Major, SC 90 (9:46)
1 I. Allegro 4:50
2 II. Andante 2:29
3 III. Tempo Di Minuetto 2:28

Concerto In D Minor, SC 58 (15:16)
4 I. Largo 2:59
5 II. Allegro 4:51
6 III. Largo 3:24
7 IV. Allegro Assai 4:02

Concerto For Lute And Flute In F Major, SC 9 (11:36)
8 I. Adagio 1:28
9 II. Allegro 2:15
10 III. Amoroso 3:21
11 IV. Allegro 4:31

Concerto Grosso In B Flat Major, SC 57 (11:07)
12 I. Allegro 4:59
13 II. Largo 2:55
14 III. Allegro 4:12

Concerto In F Major, SC 53 (14:29)
15 I. Largo 2:35
16 II. Allegro 4:24
17 III. Largo 3:09
18 IV. Allegro 4:22

Concerto For Lute And Flute In B Flat Major, SC 6 (12:16)
19 I. Adagio 2:51
20 II. Allegro 4:06
21 III. Grave 1:59
22 IV. Allegro 3:20

Bass – Anne Peterson
Cello [Violoncello] – Eve Miller, Vivian Barton Dozor
Ensemble – Tempesta Di Mare
Flute – Gwyn Roberts (2)
Harpsichord – Barbara Weiss
Lute – Richard Stone
Viola – Fran Berge
Viola [Da Gamba] – Ann Marie Morgan
Violin – Cynthia Roberts, Daniel Elyar, Dongmyung Ahn, Emlyn Ngai, Mark Zaki, Sara De Corso

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Esse era alaudista!

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Maurice Ravel (1875-1937): Complete Orchestral Works (3 CDs) (Abbado)

Maurice Ravel (1875-1937): Complete Orchestral Works (3 CDs) (Abbado)

Adquiri esse cd numa leva de 21 que comprei de uma só vez. Bons tempos aqueles, pois era desprovido de dívidas e obrigações mensais, gastava tudo do jeito que bem entendia. Os preços eram verificados através de selos e somente quando cheguei em casa, percebi que esse cd triplo tinha saído pelo preço de duplo, pois estava, erroneamente, com apenas dois selos. Como tinha comprado uma quantidade razoável, não me senti culpado…

A partir desse álbum triplo pude ter um contato mais próximo com a obra orquestral de Ravel, pois até antes dele, só conhecia o Bolero e a orquestração para Quadros de uma Exposição de Mussorgsky. Aqui pude apreciar e me encantar à primeira audição, o que Stravinsky considerava uma das mais belas obras do século XX, o bailado Daphnis et Chloé, considerado por muitos sua obra-prima, uma verdadeira sinfonia coreográfica.

Fiquei igualmente extasiado ao ouvir, também pela primeira vez, a obra “neobarroca” Le Tombeau de Couperin e suas sutilezas orquestrais, é notório à todos a genialidade orquestral do compositor francês. Sem falar em uma das melodias mais lindas de todos os tempos, Pavane pour une infante défunte é sublime.

A chocante La Valse, com seus acordes dissonantes, foi encomendada por Diaghilev que acabou por não apreciá-la, recusando-se a chamar a obra de balé. Cinco anos depois Ravel, ainda magoado, recusou-se a apertar a mão de Diaghilev, o que motivou o russo a desafiá-lo a um duelo. Um episódio ridículo e evitado por muito pouco. Mais tarde Diaghilev viria a se retratar devido a persuasão de amigos comuns.

Francês de nascença, mas com descendência espanhola por parte de mãe, Ravel revela seu lado ibérico através de obras como Bolero, Rapsodie Espagnole e Alborada Del Gracioso.

Espero que apreciem e se encantem tanto quanto eu. Boa audição!

.oOo.

Maurice Ravel (1875-1937): Complete Orchestral Works (3 CDs) (Abbado)

CD1

1. BoleroTempo di Bolero moderato assai (14:26)

Rapsodie Espagnole
2. I. Prélude à la nuit: Très modéré (4:26)
3. II. Malagueña: Assez vif (2:03)
4. III. Habanera: Assez lent et d’un rythme las (2:41)
5. IV. Feria: Assez animé (6:00)

Ma Mère L’oye – Orchestral version
6. Prélude: Très lent (3:25)
7. 1er Tableau: Danse du rouet et scène – Allegro (3:32)
8. 2e Tableau: Pavane de la Belle au bois dormant – Lent – Allegro – Mouvement de Valse modéré (2:47)
9. 3e Tableau: Les entretiens de la Belle et de la Bête – Mouvement de Valse modéré (5:15)
10. 4e: Petit Poucet  – Très modéré (4:45)
11. 5e Tableau: Laideronnette, Impératrice des Pagodes – Mouvement de Marche – Allegro – Très modéré (4:48)
12. Apothéose: Le jardin féerique – Lent et Grave (3:43)

13. Pavane pour une infante défunteLent (6:37)

CD2

Daphnis et Chloé – Ballet en 3 parties (complete)

Première partie
1. Introduction. Lent – Entrent des jeunes gens – Très modéré (3:31)
2. Danse religieuse. Modéré (2:35)
3. Tout au fond – Chloé le rejoint – Un peu plus lent – Emotion douse (3:13)
4. Vif – Les jeunes filles attirent Daphnis (0:50)
5. A ce moment, elle est entraînée dans la danse des jeunes gens (0:56)
6. Danse générale – Beaucoup moins vif (0:43)
7. Vif – Plus modéré – Très modéré – Pesant – qui termine (2:37)
8. Assez lent – Tous invitent Daphnis – Vif (2:54)
9. Lent – Moins lent – Très libre (1:42)
10. Très modéré – Plus lent – 1er Mouvement (1:35)
11. Modérément animé – Au second plan – Un peu plus animé – Elle se jette – Très animé – Lent – Très agitè (1:35)
12. Modéré – La 2e Nymphe – La 3me Nymphe – Plus lent (1:54)
13. Lent et très souple de mesure – 1er Mouvement – Plus lent – 1er Mouvement – Peu à peu  (3:30)

Deuxième partie
14. Même mesure – Des appels de trompes – Une lueur sourde (2:52)
15. Animé et très rude – (Au camp des pirates) (2:00)
16. Un peu moins animé (1:54)
17. Très rude – Bryaxis lui ordonne – Modéré – Animé – Assez lent – Animé – Lent (3:31)
18. Assez animé – Le chef l’emporte (0:29)
19. Lent – Modére – Par endroits – Cà et là – Les chèvres-pieds (2:09)

Troisième partie
20. Lent – Peu à peu – Un autre berger – Entre un groupe (4:49)
21. Le vieux berger – Lent – Daphnis: Pan apparaît – Au Mouvement – Désepéré, il arrache (2:01)
22. Très lent – En animant toujours (4:08)
23. Lent – Animé – Lent – Animé (1:01)
24. Danse générale – Danse de Daphnis et Chloé – Danse de Dorcon (3:36)

Valses Nobles et Sentimentales
25. I. Modéré – très franc (1:18)
26. II. Assez lent – avec une expression intense (1:52)
27. III. Modéré (1:31)
28. IV. Assez animé (1:10)
29. V. Presque lent – dans un sentiment intime (0:59)
30. VI. Assez vif (0:43)
31. VII. Moins vif (2:53)
32. VIII. Épilogue (Lent) (3:15)

CD3

Le tombeau de Couperin – Orchestral version
1. I. Prélude: Vif (3:01)
2. II. Forlane: Allegretto (5:32)
3. III. Menuet: Allegro moderato (4:36)
4. IV. Rigaudon: Assez vif (3:03)

5. Alborada del GraciosoAssez vif (7:16)

6. Shéhérazade – Ouverture de féerie – Modéré (13:33)

7. Menuet Antique – for Orchestra – Maestoso (6:17)

8. Une barque sur l’océan – Très souple de rythme (7:15)

9. Fanfare from “L’Eventail de Jeanne”Allegro moderato (1:49)

10. La Valse – Choreographic poem, for Orchestra – Mouvement de valse viennoise (12:28)

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado

CD 1 – BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Saudades de Abbado!

Marcelo Stravinsky

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Lembram dos dois sensacionais álbuns de Reinhard Goebel de algumas décadas atrás? Goebel e sua turma ganharam todos os prêmios anuais disponíveis. Querem conhecê-los? O primeiro está aqui, o segundo aqui. Na época Goebel estava colocando na roda alguém que era desconhecido do grande público. Heinichen escreveu algumas obras-primas que soam como os grandes concertos de J.S. Bach. Suas aberturas soam como Telemann. Quando Goebel descobriu este compositor, era tudo muito surpreendente e alegre. Aqui, “Il fondamento” mantém este espírito com muito entusiasmo e beleza trazendo outras obras do grande Heinichen, com  uma exceção, o Sieble 214. Este CD é obrigatório. A música é sublime e os músicos são muito talentosos!

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

Concerto A 7, G Major, Seibel 214
1 Vivace 2:34
2 Largo 2:02
3 Allegro 3:24

Concerto G Minor, Seibel 237
4 Allegro 4:32
5 Andante 2:08
6 Vivace 2:31

Ouverture G Major, Seibel 206
7 Ouverture 3:49
8 Entrée 1:48
9 Menuet 1:01
10 Gavotte 0:45
11 Bourée 1:17
12 Loure 2:32
13 Rondeaux 0:37
14 Menuet 1:02

Concerto A Major, Seibel 228
15 Allegro Assai 3:51
16 Affettuoso 5:14
17 Allegro 3:32

Concerto D Major, Seibel 224
18 Allegro 2:19
19 Affettuoso 1:39
20 Presto 1:46

Ouverture G Major, Seibel 205
21 Ouverture 4:30
22 Air 1:41
23 Bourré Alternativ 2:03
24 Air 1:41
25 Rigadon Alternativ 1:56
26 Air Viste 1:15

Composed By – Johann David Heinichen
Directed By – Paul Dombrecht
Orchestra – Il Fondamento

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O talentoso dito cujo.

PQP

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Há muito tempo, tanto em apresentações públicas como em gravações, Jordi Savall e o seu grupo têm caminhado para um estilo de interpretação cada vez mais meditativo. Com esta gravação, em colaboração com Wieland Kuijken, eles alcançam um estado de abstração raramente experimentado na música. É quase desnecessário dizer que a sua forma de tocar é sempre extremamente bonita: a música assim o exige. Mas qualquer necessidade de ser retórico foi superada e descartada. É tudo muito sutil e convincente — desde a primeira faixa o ouvinte é transportado para uma atmosfera auditiva rarefeita. Embora eu não tenha tido a oportunidade de comparar, a impressão desta versão é que poucos ousariam tocar tão lentamente. A seção lenta da Quarta Fantasia, por exemplo, está quase paralisada. E, ainda assim, a música mais do que sobrevive. São performances que iluminam a partitura de Purcell. Não deixe de ouvir!

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

Fantasia em uma nota
1 Fantasia em uma nota 3:06

3 fantasias em 3 partes
2 Fantasia eu 3:15
3 Fantasia II 2:40
4 Fantasia III 3:38

3 fantasias em 4 partes
5 Fantasia IV, 10 de junho de 1680 3:49
6 Fantasia V, 11 de junho de 1680 3:32
7 Fantasia VI, 14 de junho de 1680 4:05

In Nomine em 6 partes
8 In Nomine em 6 partes 1:51

3 fantasias em 4 partes
9 Fantasia VII, 19 de junho de 1680 4:24
10 Fantasia VIII, 22 de junho de 1680 16:00
11 Fantasia IX, 23 de junho de 1680 5:08

3 fantasias em 4 partes
12 Fantasia X, 30 de junho de 1680 4:05
13 Fantasia XI, 18 de agosto de 1680 3:08
14 Fantasia XII, 31 de agosto de 1680 3:35

In Nomine em 7 partes
15 In Nomine em 7 partes 3:45

Hespèrion XX:
Viol [Basse De Viole] – Marianne Müller * , Philippe Pierlot (2) , Wieland Kuijken
Viol [Dessus De Viole] – Jordi Savall
Viol [Hautecontre De Viole] – Sophie Watillon
Viol [Ténor De Viole] – Eunice Brandão , Sergi Casademunt
Direção: Jordi Savall

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O genial Henry Purcell.

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Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano (Patuzzi)

Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano (Patuzzi)

Ambos viveram 24 anos. Schunke foi amigo de Schumann e não teve tempo de amadurecer. Reubke tem uma obra importante para órgão, a Sonata sobre o 94º Salmo. E só. Morreram cedo os dois jovens românticos. Este CD não é nenhuma maravilha, mas também não é o horror descrito pelo único comentarista que escreveu a respeito na Amazon. Pode ser sem brilhantismo, mas é simpático. Julguem aí.

Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano

J. Reubke: Sonata in B flat minor (1857)
01. Allegro maestoso – Sostenuto – Quasi recitativo – Dolce e con espressione –
Animato – Allegro appassionato – Sostenuto – Quasi recitativo – Dolcissimo
con espressione – Animato – Allegro con fuoco – Maestoso 12:29

02. Andante sostenuto – Animato – Più lento – Adagio 7:22

03. Allegro assai – Allegro agitato – Meno mosso – Grave – Quasi recitativo –
Tempo primo – Presto – Allegro maestoso – Grave 8:26

04. Mazurka in E Major (1856)* 3:23

05. Scherzo in D minor (1856)* 5:24

C. L. Schunke: Grande sonata in G minor Op.3 (1832)
06. Allegro 7:42
07. Scherzo: Molto allegro 2:35
08. Andante sostenuto 4:48
09. Finale: Allegro 7:33

Mario Patuzzi, piano

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Destino desgraçado: a única imagem de Ludwig Schunke já o representa morto.

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Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Este CD consiste de três Ouvertures e três Trio Sonatas que aparecem aqui pela primeira vez em disco. A coleção foi publicada em 1753, quando o Mercure de France registrou que seu conteúdo era “na verdade superior a todas as grandes coisas que o compositor fez até agora”. As aberturas são do tipo francês. A estas Leclair acrescentou em cada caso um movimento intermediário lento e um final animado. As três sonatas estão em quatro movimentos seguindo o padrão lento-rápido-lento-rápido. Dois deles são arranjos do próprio Leclair de sonatas para violino solo de suas duas primeiras coleções impressas, enquanto o terceiro foi originalmente publicado como um trio em uma publicação de 1728. As aberturas, por outro lado, começaram como peças de teatro; na verdade, uma deles, como o próprio Leclair observou, funcionou como abertura para sua única ópera Scylla et Glaucus (1746), enquanto seus dois movimentos restantes e a música das outras duas aberturas talvez tenham servido como música teatral para o duque de Gramont, que contratou Leclair como líder de orquestra no final da década de 1740.

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Ouvertura I En Sol Majeur
1 Staccato, Allegro
2 Dolce Andante
3 Minuetto, Altro, Dolce

Sonata I En Ré Majeur
4 Adagio
5 Allegro
6 Sarabande
7 Allegro Assai

Ouvertura II En Ré Majeur
8 Grave Allegro
9 Andante Dolce
10 Allegro

Sonata II En Si Mineur
11 Largo
12 Allegro
13 Largo
14 Allegro

Ouvertura III En La Majeur
15 Grave
16 Allegro
17 Largo
18 Allegro Assai

Sonata III En Sol Mineur
19 Adagio
20 Allegro Ma Non Troppo
21 Aria Gratioso
22 Allegro

Les Talens Lyriques
Christophe Rousset

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Parece mesmo um herói de romance do século XVIII.

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Sado)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Sado)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É um gosto altamente pessoal, claro, mas esta é a minha preferida dentre as Sinfonias de Mahler. Longuíssima e grandiosa, porém cheia de episódios camarísticos, a terceira é aquela que mais me surpreende e surpreende a cada audição. Em conversa com um amigo, disse que é raro ouvir uma má versão das obras de Mahler. Elas afastam naturalmente os amadores. Quem as aborda sabe o que faz, com raras exceções. Esta abordagem gravada ao vivo de Sado é especialmente feliz. A Orquestra Tonkünstler, também conhecida apenas como Tonkünstler, é excelente. Ela foi fundada em 1907 e é uma orquestra austríaca baseada na capital Viena e em Sankt Pölten. Yutaka Sado é seu regente titular desde 2015. (Isaac Karabtchevsky ocupou o posto entre 1988 e 1994). Já a Sinfonia Nº 3 de Mahler foi esboçada em 1893, composta principalmente em 1895, tomando forma final em 1896. Com seis movimentos, é a composição mais longa de Mahler e é a a sinfonia mais longa do repertório padrão, com execução típica durando em torno de 95 a 110 minutos. Foi eleita uma das dez melhores sinfonias de todos os tempos numa pesquisa com maestros realizada pela BBC Music Magazine. A peça é executada em concerto com menos frequência do que as outras sinfonias de Mahler, devido em parte à sua grande extensão e às enormes forças necessárias — oito trompas, coro infantil, etc. Apesar disso, é uma obra popular. Quando é executada, às vezes é feito um pequeno intervalo entre o primeiro movimento (que sozinho dura mais de meia hora) e o resto da peça. Isto está de acordo com a cópia manuscrita da partitura completa (guardada na Biblioteca Pierpont Morgan, Nova Iorque), onde o final do primeiro movimento traz a inscrição Folgt eine lange Pause! (“segue-se uma longa pausa”). A inscrição não é encontrada na partitura publicada. Uma seção do Quarto Movimento aparece no filme Morte em Veneza, de Luchino Visconti, de 1971, que também apresenta o Adagietto da Quinta Sinfonia, como todo mundo sabe. O trecho da Terceira é apresentado como a música que Gustav von Aschenbach compõe antes de morrer.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3 (Sado)

01. Symphony No. 3 in D Minor I. Kraftig. Entschieden
02. Symphony No. 3 in D Minor II. Tempo di minuetto
03. Symphony No. 3 in D Minor III. Comodo, scherzando. Ohne Hast
04. Symphony No. 3 in D Minor IV. Sehr Langsam, misterioso. Durchaus Leise
05. Symphony No. 3 in D Minor V. Lustig im tempo und keck im ausdruck
06. Symphony No. 3 in D Minor VI. Langsam, ruhevoll. Empfunden

Tonkünstler-Orchester
Yutaka Sado, regente

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Yutaka Sado (1961-)

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Alban Berg (1885-1935) & Benjamin Britten (1913-1976): Concertos para Violino (Hope, Watkins, BBC)

Alban Berg (1885-1935) & Benjamin Britten (1913-1976): Concertos para Violino (Hope, Watkins, BBC)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

CD que vai tranquilamente para a categoria dos imperdíveis.

No início de 1935, Berg recebeu a encomenda de um concerto do violinista Louis Krasner para estrear no Festival de Música Contemporânea que aconteceria no ano seguinte em Barcelona. Envolvido com a produção de sua ópera “Lulu”, Berg titubeou em aceitar a encomenda. Mas a morte prematura de Manon Gropius, filha de sua dileta amiga Alma Mahler e do arquiteto Walter Gropius, mobilizou o compositor a homenagear a jovem que se despedira da vida aos 18 anos, vítima de paralisia-infantil. A obra, que deveria ser o Réquiem de Manon, acaba ser o Réquiem do próprio Berg, que morreu em 24 de dezembro de 1935 com 50 anos, deixando sua “Lulu” incompleta. De fato, sua obra derradeira acabou por ser este Concerto para violino, que ele não viveu o suficiente para vê-lo apresentado por Krasner (o autor da encomenda) em Barcelona em 1936. O concerto é belíssimo e Hope desnuda-lhe toda a emoção para nós.

Menos conhecido, mas do mesmo nível — na minha opinião, melhor — é o concerto de Britten. Ele foi escrito entre 1938 a 1939 e dedicado a Henry Boys, seu antigo professor no Royal College of Music. Foi estreado em Nova York em 29 de março de 1940. Não há pontos fracos nesta obra. Ela é toda perfeita. Amor e guerra se misturam nela. O terceiro movimento (Passacaglia) é um tributo aos soltados voluntários britânicos, alguns deles amigos de Britten, que lutaram contra o franquismo durante a Guerra Civil Espanhola. Foi também durante a escrita deste concerto que o compositor conheceu Peter Pears, tenor que se tornou seu companheiro para toda a vida. O sul-africado Daniel Hope volta a atuar maravilhosamente aqui. O que ele faz nos dois primeiros movimentos é pura magia.

Alban Berg (1885-1935) & Benjamin Britten (1913-1976): Concertos para Violino (Hope, Watkins, BBC)

BERG – Violin Concerto. Dem Gedenken Eines Engels • To The Memory Of An Angel • À La Mémoire D’Un Ange
1 Part I: Andante — Allegretto 12:03
2 Part II: Allegro — Adagio 17:08

BRITTEN – Violin Concerto, Op.15
3 I Moderato Con Moto — Agitato — Tempo Primo 10:44
4 II Vivace — Animando — Largamente — Cadenza 9:01
5 III Passacaglia: Andante Lento 16:01

Composed By – Alban Berg (faixas: 1, 2), Benjamin Britten (faixas: 3 to 5)
Conductor – Paul Watkins
Orchestra – BBC Symphony Orchestra
Violin – Daniel Hope

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Hope and Glory

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William Walton (1902-1983) / Dmitri Shostakovitch (1906-1975): Quarteto de Cordas em Lá Menor / Quarteto de Cordas Nº 3 Em Fá Maior, Op. 73 (Albion Quartet)

A peça de Walton é realmente muito boa, devo admitir. Os compositores ingleses não costumam me entusiasmar, mas o Allegro Molto da obra de Walton é de erguer cadáveres. Tive que ouvi-lo muitas vezes para ter certeza se tinha gostado. E gostei, muito. O Albion captura a turbulência, o lirismo melancólico enredado em tensão que é evocado na escrita de Walton. A abertura é cativante, com o tom de Albion ao mesmo tempo açucarado e iluminado, às vezes elétrico. Já o quarteto de Shostakovich é uma obra-prima conhecida. Me dá a impressão de que o Shosta saiu meio “berrado”, mas as diferenças entre cada versão são tão grandes que a gente fica pensando… A versão do Albion denota uma tremenda coragem. De maneira típica, Shostakovich começa com um humor alegre e ensolarado, que não podemos confiar que seja genuíno, como é seu costume. Logo, ele  mostra seu lado cínico. Enquanto ele desce para as sombras, os Albion o seguem obedientemente. Os contrastes aqui são retratados de forma excelente e pintados de forma tão nítida que ficamos na ponta da cadeira a maior parte do tempo. Coragem, sim, coragem.

Quarteto de cordas em lá menor
Composto por – Sir William Walton
1 I. Allegro 10:35
2 II. Presto 4:31
3 III. Lento 8:29
4 IV. Allegro Molto 4:32

Quarteto de cordas nº 3 em Fá maior, op. 73
Composto por – Dmitri Shostakovich
5 I. Alegretto 6:46
6 II. Moderado com moto 5:23
7 III. Allegro Non Troppo 4:09
8 IV. Adagio 5:40
9 V. Moderado 10:41

Albion Quartet:
Tamsin Waley-Cohen and Emma Parker, violin
Ann Beilby, viola
Nathaniel Boyd, cello

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Ele é delas.

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Georg Muffat (1653-1704) / Heinrich Ignaz Franz Biber (1644-1704): Suiten & Sonaten (Concentus Musicus Wien / Harnoncourt)

Georg Muffat (1653-1704) / Heinrich Ignaz Franz Biber (1644-1704): Suiten & Sonaten (Concentus Musicus Wien / Harnoncourt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Aqui está um verdadeiro tesouro do antigo catálogo do selo Archiv da Deutsche Grammophon. Este maravilhoso programa de obras instrumentais de Muffat e Biber foi gravado em 1965, interpretado por um conjunto que esteve entre os verdadeiramente grandes pioneiros da performance historicamente informada: o Concentus Musicus Wien, dirigido por Nikolaus Harnoncourt (1929-2016). O som dá a impressão de que foi gravado ontem e a interpretação idem. Harnoncourt era um gênio e só mesmo um mau caráter como Karajan para fazer de tudo a fim de acabar com sua carreira. (Entre outras agressões, Harnoncourt, que era violoncelista da Orquestra Filarmônica de Viena, foi excluído de lá, de Berlim e de Salzburgo depois que começou a reger grupos que utilizavam instrumentos de época, de uma maneira que contrariava a ortodoxia proposta e imposta por Karajan.)

Este disco tem como subtítulo ‘Música da corte barroca austríaca’, uma vez que ambos os compositores trabalharam na Áustria, embora Biber fosse boêmio de nascimento, enquanto Muffat era de ascendência escocesa, mas nasceu na Saboia. As duas obras de Muffat aqui gravadas, a Suite Indissolubilis Amicitia e o Concerto Bona Nova, são belas peças muito distintas entre si e que exemplificam a maneira de Muffat fundir os costumes franceses e italianos em voga na época num estilo próprio, único e altamente atraente. Ilustram também o hábito envolvente do compositor de nomear as suas obras com títulos filosóficos, emocionais ou programáticos – neste caso “amizade eterna” e “boas notícias”. Nas mãos de CMW e Harnoncourt eles soam maravilhosos, com a textura do concerto em particular colorida de forma distinta pelos oboés e fagotes barrocos do conjunto.

As obras de Biber são três sonatas — incluindo uma peça incomum para dois violinos e trombone solo — e a Battalia a 10, esta última frequentemente gravada em outras coleções desde sua primeira aparição em disco. É interessante notar que, na sua crítica original e favorável, o crítico da revista inglesa Gramophone (nome omitido aqui para proteger o ignóbil) chamou esta peça de “bastante infantil”; mas felizmente a maioria dos revisores desse artigo estão demonstrando atualmente uma atitude melhor. O ponto principal, porém, é que as obras escolhidas para este disco ainda sintetizam a beleza, a expressividade e a humanidade da música instrumental barroca no seu melhor. A banda de Harnoncourt demonstra tudo isso em seus instrumentos históricos com texturas gloriosas e em estilo soberbamente idiomático.

Georg Muffat / Heinrich Ignaz Franz Biber: Suiten & Sonaten (Concentus Musicus Wien / Harnoncourt)

Georg Muffat (1653-1704)
Indossolubilis Amicitia (Indissoluble Friendship)
Composed By – Georg Muffat
(16:30)
1 Ouverture 4:29
2 Les Courtisans 1:22
3 Rondeau 2:28
4 Les Gendarmes 0:51
5 Les Bossus 1:03
6 Gavotte 1:05
7 Sarabande Pour Le Génie De L’Amitié 1:57
8 Gigue 1:35
9 Menuet 1:50
Concerto I: Bona Nova (Good News)
Composed By – Georg Muffat
(10:17)
10 Sonata. Grave – Allegro 4:08
11 Ballo. Allegro 1:40
12 Grave 1:02
13 Aria 1:32
14 Giga 1:55

Heinrich Ignaz Franz Biber (1644-1704)
Die Pauern Kirchfahrt (Country Churchgoing)
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
(6:22)
15 Sonata. Adagio – Presto 1:33
16 Die Pauern Kirchfahrt – Adagio 2:19
17 Aria 2:30
Sonata a 2 Violini, Trombone, Violone In D Minor (6:52)
18 (Allegro Non Troppo) 0:34
19 (Poco Allegro) 0:46
20 (Adagio) 1:04
21 (Allegro) 0:21
22 (Adagio) 1:16
23 (Poco Allegro) 0:17
24 (Adagio) 0:55
25 (Allegro) 0:19
26 (Allegro) 1:21
Sonata VIII In B Flat Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
(5:18)
27 Allegro 1:33
28 (Presto) 2:39
29 Presto – Adagio 1:06
Battalia (Battle) a 10 (7:44)
30 Sonata. Allegro 0:58
31 Allegro: Die Liederliche Gesellschaft Von Allerley Humor 0:41
32 Presto 0:37
33 Der Mars 1:04
34 Presto 0:34
35 Aria 1:48
36 Die Schlacht 0:44
37 Adagio: Lamento Der Verwundten Musquetierer 1:18

Concentus Musicus, Vienna*
Nikolaus Harnoncourt

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A reação de Harnoncourt ao tal crítico

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco absolutamente maravilhoso! O Concerto para Violino de Nielsen é quase um anticoncerto romântico. Dificílimo, ele termina com pleno sarcasmo e bom humor, sem nenhum convite ao aplauso. Acho que isto afasta os solistas. Mas é uma obra-prima que inicia como se fosse um épico de completa bravura e acaba por diminuir a voz pouco a pouco. O Concerto foi estreado em Copenhague em fevereiro de 1912. São 4 movimentos que são como se fossem 2, pois cada dupla abre com uma seção lenta, passando para uma mais rápida. Embora incomum, isso pode ser visto como uma forma rápido – lento – rápido, mas com uma extensa introdução lenta ao movimento rápido. A música passa subitamente de uma ideia para outra e, no geral, dá uma sensação ousada e divertida. Jamais esqueçam que é um Concerto escrito por um violinista. James Ehnes é o maior violinista do planeta e aqui demonstra o fato de maneira estarrecedora.

Em total contraste, embora escrita apenas alguns anos depois, a Quarta Sinfonia é mais coesa e unificada. Escrita tendo como pano de fundo a Primeira Guerra Mundial, a obra é uma celebração da própria vida. Pouco antes da estreia em 1916, Nielsen descreveu-a como: “Música é Vida e, como ela, inextinguível.” Bem se vê que ele desconhecia o aquecimento global. Composta na forma usual de quatro movimentos, cada movimento continua desde o anterior sem interrupção. O movimento final apresenta a curiosidade de dois tímpanos lutando entre si na orquestra.

Carl August Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino & Sinfonia Nº 4, “Inextinguível” (Ehnes / Gardner)

Nielsen: Violin Concerto, Op. 33 (FS61)
1 Ia. Praeludium
2 Ib. Allegro Cavalleresco
3 Iia. Poco Adagio
4 Iib. Rondo

Nielsen: Symphony No. 4, Op. 29 (FS76) ‘The Inextinguishable’
5 I. Allegro
6 II. a Tempo (Poco Allegretto)
7 III. Poco Adagio
8 IV. Allegro

James Ehnes, violino
Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner

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Carl Nielsen himself

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Krzysztof Penderecki (1933-2020): Um Réquiem Polonês (Wit)

Krzysztof Penderecki (1933-2020): Um Réquiem Polonês (Wit)

Mesmo assoberbado pelo trabalho – expressão muito original, não? – não poderia deixar de vir aqui fazer uma postagem. Afinal, faz uns três dias que não compareço! Só que o mesmo verdugo – o trabalho – me impedirá de alongar-me muito. Gosto muito desta obra em que Penderecki demonstra um recuo em relação ao modernismo mais furioso que apresentava em “A Paixão Segundo São Lucas”, por exemplo. Seu pós-serialismo é uma manifestação evidente de maturidade e nisto não vai nenhuma crítica às duas horas da música de Webern, nem ao resto da turma da Segunda Escola de Viena. Sua “Lacrimosa” chega a ser cantabile! Gosto dessas pessoas que conseguem renovar-se. É ecológico para a alma saber-se capaz de várias linguagens, mas isso já é outra história e estou sem tempo… Se fosse você, baixava agora. Vale a pena ouvir. A celebridade de Penderecki não é injusta.

Krzysztof Penderecki – A Polish Requiem (Wit)

CD1

01 Introitus 04:10
02 Kyrie 04:16
03 Dies Irae 01:34
04 Tuba mirum 01:58
05 Mors stupebit 06:30
06 Quid sum miser 04:46
07 Rex tremendae 02:18
08 Recordare Jesu pie 11:24
09 Ingemisco tanquam reus 12:07
10 Lacrimosa 04:39

CD2

01 Sanctus 13:44
02 Agnus Dei 07:35
03 Lux aeterna 04:43
04 Libera me, Domine 09:44
05 Offertorium – Swiety Boze 06:33
06 Libera animas 03:26
07 The Dream Of Jacob Lento (new Sanctus) 08:40

Conductor: Antoni Wit
Performers:
Jadwiga Rappe (Alto)
Ryszard Minkiewicz (Tenor)
Piotr Nowacki (Bass)
Izabella Klosinska (Soprano)

Ensemble Warsaw National Philharmonic Choir

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Penderecki super animado com a esposa de Shostakovich, Irina.

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