J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

ESTA É A POSTAGEM DE NÚMERO 8000 DO BLOG PQP BACH.

8000 !!!

A cantata Ich habe genug, BWV 82, de J. S. Bach, expressa o anseio íntimo de São Simeão pela salvação. A cantata foi escrita em 1727 para a Festa da Purificação da Virgem Maria, que aconteceu em 2 de fevereiro. É para um(a) cantor(a) solo e prescinde do coro. Seu libreto anônimo concentra-se em Simeão que, depois de ver o menino Jesus no templo, não precisa mais da vida terrena. E diz: “Ich habe genug” (já tive o bastante).

Em seu brilhante estudo sobre Bach, John Eliot Gardiner diz que a teologia da época encarava o mundo como “um hospício povoado por almas doentes cujos pecados apodrecem como furúnculos em supuração e excrementos amarelos”. Mas, no BWV 82, Bach radicalmente nos permite aspirar a sermos anjos. A morte não é transformação ou punição, é missão cumprida, é uma boa noite de sono ou uma alegre viagem para casa. Anjos não somos, mas por 25 minutos somos sim. Os sons das palavras do texto anônimo são transformados em lindas melodias, mas a realização mais significativa é a de que a melodia e a instrumentação transcendem totalmente o texto.

O formato da cantata é simples: um cantor — Bach criou versões para soprano, mezzo-soprano e baixo-barítono — e três árias conectadas por dois recitativos curtos. Um pequeno conjunto de cordas o acompanha. Um oboé solo (ou flauta, na versão soprano) faz girar melodias acrobáticas fazendo um sofisticado contraponto à linha vocal. Sobre as cordas suaves, a ária de abertura começa com o oboé ou flauta, introduzindo a frase melódica de cinco notas que carregará as palavras Ich habe genug.

Bach não está nos dizendo isso por palavras. Ele não está explicitando nada. Nem está, por mais que pareça, revelando as emoções carregadas no texto. Ele está nos levando pela mão a algum lugar. A suposta tarefa da ária de canção de ninar Schlummert ein (adormeça) era representar a morte como sono. Em vez disso, Bach produz um milagre musical. Para que não nos leve a dormir, Bach produz uma espécie de estado de reverência. O sono, então, torna-se não a morte, mas uma visão fugaz da morte. É por isso que a ária final curta e alegre pode ser escandalosamente viva.

Ich habe genug veio logo depois que Bach se cansou de cantatas para funerais. Aliás, a morte foi sua companheira constante. Seus pais morreram quando ele era menino. Sua primeira esposa morreu jovem. Ele sofreu a morte de muitos de seus 20 filhos, incluindo a de um filho de seis meses antes de escrever o BVW 82. A essa altura, Bach havia deixado a tarefa hercúlea de escrever cantatas sem parar, para produzi-las apenas ocasionalmente. Mas o BWV 82 parece ser uma questão pessoal e Bach produziu um total de seis versões, a última em 1748, dois anos antes de sua própria morte.

O título do CD é Ich bin vergnugt (Estou contente). Refere-se à cantata Ich bin vergnugt mit meinem Glucke (Estou contente com minha felicidade), BWV 84, mas também corresponde inteiramente aos sentimentos da cantora, a austríaca Miriam Feuersinger, que está realizando um desejo antigo com este programa. Ela apresenta as três mais belas cantatas escritas por Johann Sebastian Bach para soprano solo. Já a cantata Jauchzet Gott in allen Landen BWV 52 é um hino de louvor operístico e virtuoso que impõe altas exigências técnicas ao intérprete. Miriam Feuersinger é acompanhada com sensibilidade pelo Capricornus Consort Basel, Com sua voz clara, ela nos deixa sentir seu vergnugen em cada nota.

Junto com o trio de cantatas vêm uns extras nada desprezíveis!

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 51, 82 & 84 (Feuersinger, Capricornus Consort Basel)

Ich Habe Genug, BWV 82
1 I. Ich Habe Genug (Aria) 7:00
2 II. Ich Habe Genug (Recitativo) 1:17
3 III. Schlummert Ein, Ihr Matten Augen 8:43
4 IV. Mein Gott! Wenn Kömmt Das Schöne 0:51
5 V. Ich Freue Mich Auf Meinen Tod 4:01

Trio Sonata In G Major, BWV 1038
6 I. Largo 3:14
7 II. Vivace 1:06
8 III. Adagio 2:03
9 IV. Presto 1:31

Ich Bin Vergnügt Mit Meinem Glücke, BWV 84
10 I. Ich Bin Vergnügt Mit Meinem Glücke 6:38
11 II. Gott Ist Mir Ja Nichts Schuldig 1:45
12 III. Ich Esse Mit Freuden Mein Weniges Brot 4:57
13 IV. Im Schweiße Meines Angesichts 0:55
14 V. Ich Leb Indes In Dir Vergnüget (Transcr. For Soprano & Strings) 1:02
15 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend, BWV 709 (Transcr. P. Barczi For Strings) 2:50
16 Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend, BWV 655 (Transcr. P. Barczi For Strings) 3:07

Jauchzet Gott In Allen Landen, BWV 51
17 I. Jauchzet Gott In Allen Landen! 4:38
18 II. Wir Beten Zu Dem Tempel An 2:21
19 III. Höchster, Mache Deine Güte 4:40
20 IV. Sei Lob Und Preis Mit Ehren 3:42
21 V. Alleluja! 2:22

Miriam Feuersinger, soprano
Capricornus Consort Basel

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Miriam Feuersinger

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

No Brasil, este disco saiu pela MoviePlay e era uma joia no meio das coisas mais ou menos da gravadora. Ambas as Sinfonias Concertantes de Mozart são extraordinárias, com especial destaque para o K. 364, claro. Mas a outra não lhe fica muito a dever. Com excelente regência de Álvaro Cassuto, com bons solistas da Europa Oriental (acredito eu) e uma orquestra bastante boa, este disco baratinho dá um banho em muita gente metidona. Na capa ao lado não aparece nem a orquestra, nem o nome do maestro. É um foda-se total. Apenas ouça. Reclamações — duvido — nos comentários.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante, K. 297 & Sinfonia Concertante, K. 364 (Nova Filarmonia Portuguesa, Cassuto)

Mozart: Sinfonia Concertante in E-flat Major, K. 297b
I. Adagio 13:33
II. Adagio 8:40
III. Andantino con variazioni 8:54

Lisa Kosenko (Oboé)
Chris Inguanti (Clarinete)
Ellen Tomasiewics (Trompa)
Martin Mangrum (Fagote)
Nova Filarmonia Portuguesa
Álvaro Cassuto

Mozart: Sinfonia Concertante for Violin, Viola & Orchestra in E flat major, K. 364
I. Allegro maestoso 13:48
II. Andante 11:39
III. Presto 6:34

Dimitar Dimitrov (Violino)
Dragomir Zahariev (Viola)
Nova Filarmonia Portuguesa
Álvaro Cassuto

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O bom Cassuto

PQP

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

Os Jogadores, Op. 63, é uma ópera inacabada, composta por Dmitri Shostakovich em 1941-42 baseada na comédia de Nikolai Gogol Os Jogadores (1842). O primeiro ato sobrevivente dura cerca de 47 minutos. É o que temos aqui. Shostakovich tentou fazer a peça de Gogol palavra por palavra. Ele percebeu, ao chegar ao final do primeiro ato, que a ópera se tornaria muito longa e difícil de montar, e também que seu texto zombeteiro e a amarga ironia da música não seriam executados sob o regime repressivo da época. Ele abandonou o projeto. Ele reutilizou material da ópera no scherzo de sua composição final, a Sonata para Viola. A estreia mundial foi uma apresentação em forma de concerto no salão do Conservatório de Leningrado em 18 de setembro de 1978, cantada por membros do Teatro de Câmara de Moscou com a Orquestra Filarmônica de Leningrado conduzida por Gennady Rozhdestvensky. Aliás, o mesmo time que gravou este CD em 1978. Que coincidência!

O Nariz, Op. 15, é a primeira ópera de Dmitri Shostakovich, uma obra satírica concluída em 1928 baseada na história de Nikolai Gogol de 1836 com o mesmo nome. A ópera foi escrita entre 1927 e 1928. O libreto é de Shostakovich, Yevgeny Zamyatin, Georgy Ionin e Alexander Preis. Shostakovich afirmou que era uma sátira sobre os tempos de Alexandre I. O enredo diz respeito a um oficial de São Petersburgo cujo nariz deixa seu rosto e desenvolve uma vida própria. A obra original de Gogol foi expandida por meio de empréstimos de algumas de suas outras obras, incluindo O Capote, Diário de um Louco e Almas Mortas, bem como de Os Irmãos Karamazov (1881) de Dostoiévski. Shostakovich usa uma montagem de estilos diferentes, incluindo música folclórica, canção popular e atonalidade . O caos aparente é estruturado por dispositivos musicais formais, como cânones e quartetos, um dispositivo tirado de Wozzeck, de Alban Berg. De acordo com o compositor britânico Gerard McBurney, “O Nariz é uma das maiores obras-primas do jovem Shostakovich, um tour de force eletrizante de acrobacias vocais, cores instrumentais selvagens e absurdo teatral, tudo permeado por uma mistura escaldante de riso e raiva… O resultado, nas mãos implacavelmente irreverentes de Shostakovich, é como uma versão operística de Charlie Chaplin ou Monty Python. Com seu tema magnificamente absurdo e música virtuosa, O Nariz é uma obra extremamente divertida”. Em “O Nariz” os soldados de embebedam, tossem e ao fagote é dada a tarefa de peidar por eles. Ouvi hoje esta ópera e notei que os cantores fazem todo o tipo de sons estranhos, mas não arrotam. É complicado arrotar quando se quer. Se alguém me disser “Arrota aí, meu!” não vai sair nada. Quando criança, eu sempre invejava os amigos que podiam soltar um arroto a qualquer momento. Nunca consegui. Para largar um, eu tinha que beber uma Coca-Cola e esperar que ele, o arroto, se decidisse. Só sim eu largava um bem sonoro.

D. Shostakovich (1906-1975): The Nose (O Nariz) / The Gamblers (Os Jogadores) (Leningrad Philharmonic Orch, Orch Of The Moscow Chamber Opera, Rozhdestvensky)

The Gamblers, Opera, For 6 Male Voices & Orchestra (unfinished)
Edited By – Gennadi Rozhdestvensky
Orchestra – Orchestra Of The Moscow Chamber Opera*
1.1 Instruemtal Introduction
1.2 Do Come In, Do Come In
1.3 I’m Listening Friend, Go On.
1.4 What A Sight
1.5 Have You Come Far?
1.6 Where Is Your Master From?
1.7 Wily Fellows, These.
1.8 Perhaps Kazan Is Better.
1.9 Listen, Did They Give You Much?
1.10 I’m Sorry, The Room’s Not Nice…
1.11 But, Gentlemen, Come Come, Don’t Let’s Argue
1.12 Well Well, This Sturgeon Is Good.
1.13 Jack Of Clubs, Diamonds…
1.14 And So We Shake On The Deal.
1.15 Do Tell Us…
1.16 Do You Remember, Shvokhnev?
1.17 In A Town
1.18 We Have Our Methods.
1.19 There Was Another One Which Went Quite Well.
1.20 Wily Fellows, These.

The Nose, Opera, Op. 15
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra
1.21 Act 1. Introduction
1.22 Act 1. Scene 1. Today, Praskovya Osipovna, I Will Not Take Coffee…
1.23 Act 1. Scene 2. Pick That Up. You’ve Lost Something…
1.24 Act 1. Interlude
1.25 Act 1. Scene 3. Brr… Brr… I’ve Had A Spot On My Nose Since Yesterday…
1.26 Act 1. Scene 3. Gallop
1.27 Act 1. Scene 3. Ah… How On Earth Shall I Address Him…
2.1 Act 2. Introduction. Is The Police Inspector At Home?…
2.2 Act 2. Scene 5. You Can Take My Word For It…
2.3 Act 2. Scene 5. Largo. I Have No Idea How This Misfortune Occured…
2.4 Act 2. Scene 5. No, I Can’t Place Such An Ad In The Newspaper…
2.5 Act 2. Interlude
2.6 Act 2. Scene 6. I Am Indissolubly Linked To My Love…
2.7 Act 2. Scene 6. God, Good God! Why This Calamity?…
2.8 Act 3. Scene 7. With The Authority Vested In Me I Order…
2.9 Act 3. Scene 8. Is This Where College Assessor Kovalyov Lives?…
2.10 Act 3. Scene 8. It’s Really My Nose! There’s The Spot…
2.11 Act 3. Scene 8. Hey, Ivan! Ivan!…
2.12 Act 3. Scene 8. Hey, What A Face…
2.13 Act 3. Scene 8. Ah? Write To Her / I’m Writing…
2.14 Act 3. Intermezzo. There Goes Major Kovalyov’s Nose For A Walk…
2.15 Epilogue. Scene 9. That’s It! That’s It!…
2.16 Epilogue. Scene 10. Good Day Platon Kuzmich…

Accompanied By [Accompanists] – Mary Zhislina* (faixas: 1-21 to 2-16), Tamara Vitold* (faixas: 1-21 to 2-16), Tatyana Askochinskaya* (faixas: 1-21 to 2-16)
Balalaika [Balalaika-Bass] – Valery Sudak* (faixas: 1-1 to 1-20)
Baritone Vocals [Platon Kuzmich Kovalyov (College Assessor)] – Eduard Akimov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Baritone Vocals [Stepan Ivanovich Uteshitelny] – Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [Alexei (Servant At Inn)] – Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [Clerk In Small Ads Office], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Someone] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Doctor] – Ashot Sakirsov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Gavryushka (His Servant)] – Valery Belykh* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Acquaintances Of Kovalyov] – Ashot Sakirsov* (faixas: 1-21 to 2-16), Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Cabman / Father] – Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Coachman At The Posting Inn], Speech [Speaking Role – Traveller] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Dignified Lady Her Sons] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Gentlemen] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Kiosk Salesman] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Policemen] – Valery Solovyanov (faixas: 1-21 to 2-16), Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16), Vladimir Rybasenko* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Servants Giving In Small Ads] – Anatoly Boiko* (faixas: 1-21 to 2-16), Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16), Gennady Mamin* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16), Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Students] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-21 to 2-16), Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Ivan Yakovlevich (Barber)] – Valery Belykh* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Now Bass – In Further Incidental Roles, Servants Giving In Small Ads] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass Vocals [Pyotr Petrovich Shvokhnev] – Ashot Sarkisov* (faixas: 1-1 to 1-20)
Bass-Baritone Vocals [Countess’ Footman], Speech [Speaking Role – Khosriv Mirza], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Heyduke (Servant) / Newcomers] – Igor Paramonov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass-Baritone Vocals [In Further Incidental Roles, Ivan Ivanovich / Policeman], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Dandies] – Yaroslav Radivonik* (faixas: 1-21 to 2-16)
Bass-Baritone Vocals [In Further Incidental Roles, Son], Bass Vocals [In Further Incidental Roles, Speculator] – Gennady Mamin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Choir [Acquaintances Of The Barber, People At Prayer In The Cathedral, Travellers, Ladies And Gentlemen In Waiting, Policemen, Eunuchs, Passers-By] – Choir* (faixas: 1-21 to 2-16)
Chorus – Chorus Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Chorus Master – Vladimir Agronsky* (faixas: 1-21 to 2-16)
Composed By – Dmitri Shostakovich
Concept By [Reissue Concept] – Niels Høirup*
Conductor – Gennady Rozhdestvensky*
Contralto Vocals [In Further Incidental Roles, Aristocratic Old Lady] – Liliana Gavrilyuk* (faixas: 1-21 to 2-16)
Design, Layout – BKMS, Hamburg
Engineer [Recording] – Igor Veprintsev (faixas: 1-1 to 1-20), Severin Pazhukhin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Libretto By – Dmitri Shostakovich (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Preiss* (faixas: 1-21 to 2-16), Georgy Yonin* (faixas: 1-21 to 2-16), Yevgeny Zamyatin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Liner Notes – Sigrid Neef
Liner Notes [Trad.] – Chr. Hinzelin*
Liner Notes [Transl.] – J & M Berridge
Mezzo-soprano Vocals [Alexandra Grigoryevna Podtochina (Staff Officer’s Widow)] – Людмила Сапегина (faixas: 1-21 to 2-16)
Mezzo-soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Dignified Lady] – Alla Kiseleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Orchestra – Leningrad Philharmonic Orchestra (faixas: 1-1 to 1-20), Orchestra Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Photography By [Cover Foto] – H. Matthies*
Remastered By – Michael Glaser
Restoration, Engineer [Sound Engineer] – Eberhard Richter
Solo Vocal – Soloists Of The Moscow Chamber Theatre* (faixas: 1-21 to 2-16)
Solo Vocal, Soprano Vocals – Nina Yakovleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Alexandra Grigoryevna Podtochina Her Daughter], Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Female Voice] – Lyudmila Ukolova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Female Bread-Roll-Seller] – Lyudmilla Sokolenko* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Daughter] – Yelena Pekerskaya* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Female Hanger-On] – Nina Anisimova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Hangers-On] – Maria Bugrova (faixas: 1-21 to 2-16), Alla Kiseleva* (faixas: 1-21 to 2-16), Yelena Druzhenkova* (faixas: 1-21 to 2-16), Elena Pekerskaya* (faixas: 1-21 to 2-16), Irina Barteneva* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Sapegina* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Sokolenko* (faixas: 1-21 to 2-16), Lyudmila Ukolova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Anisimova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Sasulova* (faixas: 1-21 to 2-16), Nina Yakovleva* (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [In Further Incidental Roles, Mother] – Maria Bugrova (faixas: 1-21 to 2-16)
Soprano Vocals [Praskovya Osipovna (Ivan Yakovlevich His Wife)], Speech [Speaking Role – Lady-in-waiting] – Nina Sasulova* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Ikharyov (A Gambler)] – Vladimir Tarkhov* (faixas: 1-1 to 1-20)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Acquaintances Of Kovalyov] – Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Gentlemen] – Alexander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Policemen] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16), Alexander Pekelis* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Students] – Alexander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16), Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Krugel (Colonel)] – Nikolai Kurpe* (faixas: 1-1 to 1-20)
Tenor Vocals [The Nose] – Aleksander Lomonosov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Valet Ivan (Kolyavov’s Waiter)], Tenor Vocals [[In Further Incidental Roles, Eunuch / Newcomers / Dandies] – Boris Druzhinin* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Very High Tenor – District Constable)] – Boris Tarkhov* (faixas: 1-21 to 2-16)
Tenor Vocals [Yaryzhkin], Tenor Vocals [In Further Incidental Roles, Pyotr Fyodorovich / Old Man / A Colonel / Doorman Of The Police Inspector] – Alexander Braim* (faixas: 1-21 to 2-16)
Written-By [Libretto After The Eponymous Story By] – Nikolai Gogol* (faixas: 1-21 to 2-16)

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Foto de uma montagem inglesa de “O Nariz”

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626 (Spering)

W. A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626 (Spering)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Falo sério! Esta é a melhor versão que conheço do Réquiem de Mozart. Ouçam! Excelentes solistas, coro e orquestra. Brilhante regência de Christoph Spering. Em março de 1791, Mozart regeu em Viena um de seus últimos concertos públicos; tocando o Concerto para piano n.º 27 (KV 595). Poucos dias antes, batera a sua porta um desconhecido, que se recusou a identificar-se e deixou Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento e avisou que retornaria em um mês. Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado de Praga para escrever a ópera A Clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II. Quando subia com sua esposa Constanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido ter-se-ia apresentado outra vez, perguntando por sua encomenda. Posteriormente supôs-se que aquele sombrio personagem era um enviado do conde Walsegg-Stuppach, cuja esposa havia falecido. O viúvo desejava que Mozart compusesse a Missa de Réquiem para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa, mas faria crer — como parece que já fizera antes — aos presentes que fora ele quem compusera a obra. Diz-se que Mozart, obsedado pelas ideias de morte desde o falecimento de seu pai, Leopold, debilitado pela fadiga e pela doença que lhe atingia, muito sensível ao sobrenatural devido às suas vinculações com a franco-maçonaria e impressionado pelo aspecto misterioso do homem que encomendou a missa, terminou por acreditar que este era um mensageiro do Destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral. É a lenda, né?

Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três secções com o coro e composição completa: Introito, Kyrie e Dies Irae. Do resto da sequência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e órgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer. Também havia indicações para o Domine Jesu e Agnus Dei. Não havia deixado nada escrito para o Sanctus nem para o Communio. Seu discípulo Süssmayer completou as partes, escreveu música onde faltava, compondo, por exemplo, completamente o Sanctus. Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma reexposição, para dar sentido integral à obra.

A obra teve a sua estreia em Viena, 2 de Janeiro de 1793, num concerto em benefício da viúva de Mozart, Konstanze Weber.

W.A. Mozart (1756-1791): Requiem K.626

Requiem (Completed By Franz Xaver Süssmayr)
1) I – Introitus – Requiem
2) II – Kyrie – Kyrie
3) III – Sequentia – Dies Irae
4) III – Sequentia – Tuba Mirum
5) III – Sequentia – Rex Tremendae
6) III – Sequentia – Recordare
7) III – Sequentia – Confutatis
8) III – Sequentia – Lacrimosa
9) IV – Offertorium – Domine Jesu
10) IV – Offertorium – Hostias
11) V – Sanctus – Sanctus
12) VI – Benedictus – Benedictus
13) VII – Agnus Dei – Agnus Dei
14) VIII – Communio – Lux Aeterna

Requiem Autograph Fragments
15) III – Sequentia – Dies Irae
16) III – Sequentia – Tuba Mirum
17) III – Sequentia – Rex Tremendae
18) III – Sequentia – Recordare
19) III – Sequentia – Confutatis
20) III – Sequentia – Lacrimosa
21) IV – Offertorium – Domine Jesu
22) IV – Offertorium – Hostias
23) VIII – Communio – Amen

Chorus Musicus Köln
Das Neue Orchester
Christoph Spering

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PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os melhores Concertos de Mozart, aqueles que ele fazia questão de estrear como solista, aqui interpretados por Alfred Brendel e a Academy Of St. Martin-in-the-Fields regida por Neville Marriner. Vocês querem mais alguma coisa? Talvez um Veuve Clicquot servido em taças de cristal? Ou um show de ursos pandas patinadores? A gravação é de 1990, mas está em excelente estado. Se você quiser reclamar do bit rate — nem olhei de quanto é — fale para o nosso SAC a fim de ser olimpicamente ignorado.

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

Concerto No.15 In B Flat, KV 450
7-4 1. Allegro 11:00
7-5 2. (Andante) 6:16
7-6 3. Allegro 7:54

Concerto No.16 In D, KV 451
7-7 1. Allegro Assai 10:09
7-8 2. Andante 6:23
7-9 3. Allegro Di Molto 6:09

Concerto No.17 In G,KV 453
6-4 1. Allegro 11:28
6-5 2. Andante 10:25
6-6 3. Allegretto 7:33

Concerto No.18 In B Flat, KV 456
8-1 1. Allegro Vivace 12:01
8-2 2. Andante Un Pocco Sostenuto 9:35
8-3 3. Allegro Vivace 7:01

Concerto No.19 In F, Kv 459
8-4 1. Allegro Vivace 12:13
8-5 2. Allegretto 8:18
8-6 3. Allegro Assai 7:18

Concerto No. 20 In D Minor, KV 466
9-1 1. Allegro 13:26
9-2 2. Romance 9:12
9-3 3. Rondo (Allegro Assai) 7:11

Concerto No.21 In C, KV 467
9-4 1. (Allegro) 13:24
9-5 2. Andante 6:32
9-6 3. Allegro Vivave Assai 6:11

Concerto No.22 In E Flat, KV 482
10-1 1. Allegro 13:20
10-2 2. Andante 9:33
10-3 3. Allegro (Rondo) 11:54

Concerto No. 23 In A, KV 488
10-4 1. Allegro 11:05
10-5 2. Adagio 6:48
10-6 3. Allegro Assai 8:00

Concerto No.24 In C Minor, KV 491
11-1 1. Allegro 13:14
11-2 2. Larghetto 7:12
11-3 3. (Allegretto) 9:00

Concerto No.25 In C, KV 503 (Live Recording)
11-4 1. Allegro Maestoso (Cadenza Alfred Brendel) 14:51
11-5 2. Andante 8:21
11-6 3. (Allegretto) 9:18

Concerto No.26, KV 537 « Coronation »
12-1 1. Allegro (Cadenza Alfred Brendel) 14:21
12-2 2. (Larghetto) 6:07
12-3 3. (Allegretto) 10:07

Concerto No.27 In B Flat, KV 595
12-4 1. Allegro 13:45
12-5 2. Larghetto 6:57
12-6 3. Allegro 8:28

Conductor – Sir Neville Marriner
Orchestra – The Academy Of St. Martin-in-the-Fields
Piano – Alfred Brendel

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Brendel coçando um amigo.

PQP

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

As duas obras deste CD, o Concerto em ré menor, Nº 20, K. 466 e o ​​Concerto em dó maior, Nº 21, K. 467 foram escritas com um intervalo de um mês entre si, em fevereiro e março de 1785. Mozart escreveu esses concertos e executou a parte do piano para apresentações durante a Quaresma. Essas duas obras são obras-primas na literatura do concerto para piano. Elas são notavelmente diferentes em tom emocional. O concerto Nº 20 foi escrito em fevereiro de 1785. É um dos dois únicos concertos para piano de Mozart em tom menor. (A outra obra em tom menor é o K. 491.) Ele continua sendo o mais frequentemente executado dos concertos de Mozart. É uma obra trágica que com uma introdução dramática para a orquestra na qual cordas e depois sopros se juntam ao tema. Esta obra exemplifica o tipo de escrita de concerto que apresenta um “duelo” entre solista e orquestra. Os concertos de Mozart não são todos deste tipo. O solo entra na obra com um tema tranquilo que é rapidamente trabalhado e desenvolvido em passagens de grande paixão e virtuosismo. O movimento final, allegro assai, prossegue com uma veia trágica e raivosa até a cadência final. Então, ele muda de caráter e termina em uma conclusão rápida e alegre em tom maior. Este concerto é provavelmente o concerto de Mozart mais próximo em espírito de Beethoven. Beethoven, de fato, escreveu as cadências do primeiro e do terceiro movimentos que são executados aqui. O concerto K. 467, tornou-se famoso quando seu segundo movimento, em uma performance de Géza Anda, foi usado no filme Elvira Madigan algumas décadas atrás. Mozart completou esta obra em março de 1785. Enquanto o ré menor é uma obra de tragédia e paixão, o dó maior é uma obra de majestade. A interação entre solista e orquestra é excelente. O pianista Jeno Jando faz uma excelente leitura dessas obras, que é clara e bem pensada.

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

Piano Concerto No. 20 in D Minor, K. 466
1 I. Allegro 14:09
2 II. Romance 09:02
3 III. Rondo: Allegro assai 07:45

Piano Concerto No. 21 in C Major, K. 467
4 I. Allegro maestoso 13:30
5 II. Andante 06:44
6 III. Allegro vivace assai 06:11

Total Playing Time: 57:21

Conductor(s): Ligeti, András
Orchestra(s): Concentus Hungaricus
Piano: Jandó, Jenő

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Jandó cantava junto enquanto tocava e ficava “desafinado”, então seu produtor colocava um cigarro Marlboro apagado na boca do pianista

PQP

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Um excelente CD realizado por especialistas no gênero. O violinista Levon Ambartsumian e o pianista Anatoly Sheludyakov se unem aqui para apresentar obras de dois dos maiores compositores da Europa oriental. A fase neoclássica de Igor Stravinsky, que se estendeu aproximadamente de 1920 a 1954, é marcada por um retorno deliberado às formas e estilos da música clássica e barroca, embora reinterpretados sob uma perspectiva modernista. Durante esse período, Stravinsky buscou inspiração em compositores como Bach, Mozart e Haydn, com uma abordagem que combinava estruturas tradicionais com sua linguagem harmônica e rítmica. Tanto a Suite italienne quanto o Divertimento são arranjos de partituras de balé, cada obra por sua vez uma transformação alquímica dos estilos barroco e romântico dentro do idioma distinto de Stravinsky. O enigmático, mas expressivo Duo Concertant foi a única obra original de Stravinsky nessa forma. A Rapsódia Nº 1, é a primeira de duas obras virtuosas para violino e piano, escritas por Béla Bartók em 1928 e posteriormente arranjadas em 1929 para violino e orquestra, bem como para violoncelo e piano. É dedicada ao violinista virtuoso húngaro Joseph Szigeti. A mesmíssima história ocorreu com a Rapsódia Nº 2, que é dedicada ao violinista Zoltán Székely.

Stravinsky: Suite italienne, Duo concertant, & Divertimento / Bartók: Rhapsodies Nos. 1 & 2 (Ambartsumian, Sheludyakov)

Stravinsky: Suite italienne
I. Introduzione. Allegro moderato 2:21
II. Serenata. Larghetto 2:57
III. Tarantella. Vivace 2:12
IV. Gavotte con 2 variazioni 4:10
V. Minuetto 1:39
VI. Finale 2:11

Stravinsky: Duo concertant
I. Cantilene 4:00
II. Eglogue I 2:18
III. Eglogue II 3:29
IV. Gigue 3:53
V. Dithyrambe 2:56

Stravinsky: Divertimento
I. Ouverture 6:12
II. Danses suisses. Tempo giusto 4:12
III. Scherzo 2:52
IV. Pas de deux 6:37

Bartók: Rhapsody for Violin & Piano No. 1, BB 94a, Sz. 86
I. Lassú. Moderato 4:37
II. Friss. Allegretto moderato 5:32

Bartók: Rhapsody for Violin & Orchestra No. 2, BB 96b, Sz. 90
I. Lassú. Moderato 4:20
II. Friss. Allegro moderato 6:55

Levon Ambartsumian (violin)
Anatoly Sheludyakov (piano)

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Levon Ambartsumian tem jeito de ser boa praça. Tomaria uma cerveja com ele.

PQP

Alban Berg (1885-1935): Concerto Para Violino – À Memória de um Anjo / Wolfgang Rihm (1952-): Time Chant (Mutter / Levine)

Alban Berg (1885-1935): Concerto Para Violino – À Memória de um Anjo / Wolfgang Rihm (1952-): Time Chant (Mutter / Levine)
Version 1.0.0

A violinista Anne-Sophie Mutter faz parte da nata do mainstream, mas às vezes ataca de moderna. Que bom! Poderia ficar só naqueles Concertos para Violino de sempre e seria admirada como a gênia que efetivamente é, mas o entusiasmo de Mutter para com aquilo que não é tão óbvio demonstra seu tamanho como artista. Sua interpretação de Berg é esplêndida. Alban Berg é o membro que fazia música na Segunda Escola de Viena — os outros faziam algo entre a música e a teoria, mas acho melhor parar antes que CDF delete este post. O Concerto de Berg foi escrito como homenagem à memória de Manon Gropius, filha de Alma Mahler, morta aos 18 anos com poliomielite. Muito apegado à jovem, Berg decidiu que o concerto para violino seria o seu réquiem, sem imaginar que também escrevia o próprio. Denso, difícil e cheio de tristeza, é música de primeiríssima linha. Ecos da música tonal pairam como fantasmas, sobretudo no movimento final, onde Berg cita uma melodia coral de Bach. Rihm, por outro lado, dispensa inteiramente as melodias tradicionais e os modelos musicais do passado. Sua linguagem, a um tempo lírica e fragmentária é notavelmente interpretada por Mutter, sempre de alma, mente e ombros abertos.

Alban Berg (1885 – 1935)
Violin Concerto “To the Memory of an Angel”

1) 1. Andante – Allegro [11:31]
2) 2. Allegro – Adagio [16:12]

Wolfgang Rihm (1952 – )
“Gesungene Zeit” 1991/92 – Music for violin and orchestra

3) 1. Beginning: quasi senza [14:27]
4) 2. Takt 179: meno mosso [9:56]

Anne-Sophie Mutter
Chicago Symphony Orchestra
James Levine

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A violinista perfeita.

PQP

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Este é um daqueles discos da MoviePlay que são bastante bons. Ele não chega a ser um monumento, mas grudei nele. O repertório é excelente. Os quartetos são lindos, assim como o trio de Schumann. Em 1785, Mozart recebeu uma encomenda para três quartetos do editor Franz Anton Hoffmeister. Hoff achou que este quarteto, o K. 478, era muito difícil e que o público não o compraria, então ele liberou Mozart da obrigação de completar o conjunto. Nove meses depois, Mozart compôs um segundo quarteto para piano, o K. 493. O medo de Hoffmeister de que a obra fosse muito difícil para amadores foi confirmado por um artigo no Journal des Luxus und der Moden publicado em Weimar em junho de 1788. O artigo elogiou muito Mozart e sua obra, mas expressou consternação com as tentativas de amadores de executá-la. O Op. 16 de Beethoven parece ser um Quinteto. Então talvez a MoviePlay esteja louca, pra variar. Os dois primeiros trios para piano de Schumann foram escritos em sucessão próxima, apesar do grande intervalo entre os números de opus de suas obras. O segundo trio para piano, Op. 80, é mais efervescente e alegre do que o primeiro trio – o próprio compositor disse que ele causa uma “impressão mais amigável e imediata” do que seu antecessor. Excelente CD.

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Piano Quartet In G-Minor KV 478 – Wolfgang Amadeus Mozart
1 Allegro 10:31
2 Andante 7:10
3 Rondo: Allegro 7:08

Piano Quartet In E Flat Major Op. 16 – Ludwig van Beethoven
4 Grave: Allegro ma non troppo 9:50
5 Andante cantabile 5:58
6 Rondo: Allegro ma non troppo 5:37

Piano Trio In F Major Op. 80 – Robert Schumann
7 Sehr lebhaft 8:26
8 Mit innigem Andanten 8:31
9 In mässiger Bewegung 4:37
10 Nicht zu rasch 5:36

Bamberger Klavierquartett & Trio
Bamberg Piano Quartet & Trio

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Bob Schu em momento de mau humor.

PQP

J. S. Bach (1685-1750) / W.F. Bach (1710-1784) / C.P.E. Bach (1714–1788): Música de Câmara para Oboé e Cravo (Piguet, Tilney)

J. S. Bach (1685-1750) / W.F. Bach (1710-1784) / C.P.E. Bach (1714–1788): Música de Câmara para Oboé e Cravo (Piguet, Tilney)

Sim, nova manifestação da HIPOBACHEMIA! Fazer o quê? Meu pai e alguns de meus irmãos “oficiais” estão neste disco. WF era o filho preferido, CPE era o mais talentoso. WF herdou as Cantatas. Conseguiu perder 100 delas. Grandessísimo filha-da-puta. Filha da puta metafórico, pois eu sou o filha da puta não metafórico. Além disso, dizem que tinha sérios problemas com a bebida. Como viveu então 74 anos? Dia desses, levei uma mijada de um violista por ter dito que havia pouco repertório para seu instrumento. Ele me descreveu parte da vasta obra escrita para o instrumento, donde concluí que o repertório é ainda menor do que eu imaginava. Bem, e o que dizer do oboé? Heinz Holliger ficava transcrevendo concertos para poder tocar alguma coisinha mais interessante e agora Piguet faz o mesmo com sonatas para flauta de meu pai y otras cositas más. O CD é bem bom, viram? E as as obras já apareceram neste blog nas versões originais, mas vocês sabem: são músicas nascidas no seio de minha família e tal fato sempre me corta o coração.

J.S. Bach (1685-1750) / W.F. Bach (1710-1784) / C.P.E. Bach (1714–1788): Música de Câmara para Oboé e Cravo (Piguet, Tilney)

Johann Sebastian Bach
Sonate for Oboe and Harpsichord in G minor, BWV 1030b
1. Andante
2. Siciliano
3. Presto

4. Fugue for Harpsichord in B minor, BWV 951
(on a Theme by Albinoni)

Sonate for Oboe and Harpsichord in G minor, BWV 1020
5. Allegro
6. Adagio
7. Allegro

Wilhelm Friedemann Bach
8. Polonaise for Harpsichord in E flat major, Falck 12/5

Carl Philipp Emanuel Bach
Sonate for Oboe and Continuo in G minor, Wq.135
9. Adagio
10. Allegro
11. Vivace

Michel Piguet, oboe
Colin Tilney, harpsichord

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PQP

C. P. E. Bach (1714-1788): Hamburger Sinfonien WQ 182, 3 & 4 & 5 / Concerti WQ 165 & 43,4 (Freiburger Barockorchester, Staier, Westermann, Hengelbrock)

C. P. E. Bach (1714-1788): Hamburger Sinfonien WQ 182, 3 & 4 & 5 / Concerti WQ 165 & 43,4 (Freiburger Barockorchester, Staier, Westermann, Hengelbrock)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um maravilhoso CD com a superorquestra barroca de Freiburg e excelentes solistas. Talvez este seja o melhor CD de CPE que postamos até hoje. Há controvérsias, mas defendo que, apesar de WF, CPE foi o mais talentoso filho de Bach. E o menos talentoso foi PQP, obviamente. Para se divertir ouvindo música leve e animada, este disco é um bom exemplo de um programa de concertos muito bom. São três sinfonias muito “sturm un drang” que demonstram o virtuosismo da orquestra, um concerto para cravo em quatro movimentos com Andreas Staier arrasando e um belíssimo e surpreendente concerto para oboé que na minha opinião é a obra mais original do disco. Carl Philipp Emanuel é o segundo mais velho dos filhos de Bach e esta CD fornece uma fascinante visão geral de sua obra instrumental. A Obra de CPE é enorme, viram? A Freiburger Barockorchester foi fundada em 1987 na cidade alemã conhecida como a “Capital da Floresta Negra” por um grupo de estudantes que compartilhavam o interesse em tocar música barroca em instrumentos autênticos. A orquestra se apresentou sem maestro durante os três primeiros anos de sua existência, preferindo selecionar um músico de dentro de suas fileiras para liderar a orquestra caso a caso. No entanto, em 1990, Thomas Hengelbrock foi nomeado diretor musical conjunto junto com Gottfried von der Goltz, uma situação que durou até 1997, quando Hengelbrock deixou o cargo. Seu lugar foi ocupado por Petra Müllejans, que liderou a Freiburger Barockorchester em conjunto com von der Goltz. Müllejans foi sucedido por Kristian Bezuidenhout em 2017. O conjunto se apresenta regularmente com maestros convidados e também frequentemente sem maestro.

C. P. E. Bach (1714-1788): Hamburger Sinfonien WQ 182, 3 & 4 & 5 / Concerti WQ 165 & 43,4 (Freiburger Barockorchester, Staier, Westermann, Hengelbrock)

Sinfonie C-dur; Wq 182,3 (H 659)
1 Allegro Assai 2:46
2 Adagio 3:26
3 Allegretto 5:32

Concerto C-moll Für Cembalo Und Orchester; Wq 43,4 (H 474)
Harpsichord – Andreas Staier
4 Allegro Assai 3:17
5 Poco Adagio 1:55
6 Tempo Di Minuetto 2:16
7 Allegro Assai 4:26

Sinfonie A-dur; Wq 182,4 (H 660)
8 Allegro Ma Non Troppo 4:31
9 Largo Et Innocentemente 3:49
10 Allegro Assai 4:19

Concerto Es-Dur Für Oboe, Streicher Und Bc; Wq 165 (H 468)
Oboe – Hans-Peter Westermann
11 Allegro 6:30
12 Adagio Ma Non Troppo 9:13
13 Allegro Ma Non Troppo 7:13

Sinfonie H-moll; Wq 182,5 (H 661)
14 Allegretto 3:58
15 Larghetto 3:14
16 Presto 3:44

Bassoon – Donna Agrell
Cello – Guido Larisch, Ute Petersilge
Composed By – C. P. E. Bach*
Concert Flute [Traversflöte] – Karl Kaiser, Susanne Kaiser
Double Bass – Richard Myron
Harpsichord – Torsten Johann
Horn – Pavel Bakovsky, Thomas Müller (4)
Orchestra – Freiburger Barockorchester
Viola – Christian Goosses, Ulrike Kaufmann
Violin – Katharina Schreiber*, Brigitte Täubl, Christa Kittel, Gottfried Von Der Goltz, Petra Müllejans, Sabine Lier, Wolfgang Greser
Violin, Concertmaster, Liner Notes, Conductor – Thomas Hengelbrock

Total Time: 70:34

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Registro da orquestra de Freiburg quando foi despejada por não pagar o aluguel da sala de concertos.

PQP

Tomaso Albinoni (1671-1751): Oboe Concerti Op. 9, Nos. 2, 3, 5, 8, 9 & 11 (Camden, The London Virtuosi, Georgiadis)

Tomaso Albinoni (1671-1751): Oboe Concerti Op. 9, Nos. 2, 3, 5, 8, 9 & 11 (Camden, The London Virtuosi, Georgiadis)

Considerando-se que é um disco com obras de Albinoni, este CD é louco de bom. O disco é extremamente bem executado, é animado e bonitinho. Albinoni foi um compositor bem limitado que ficou famoso por causa de um italiano esperto, Remo Giazotto. Talvez você conheça um certo Adágio de Albinoni. Ele é amplamente conhecido por seu uso frequente em trilhas sonoras de filmes. Frequentemente aparece em gatinhos de clássicos barrocos curtos, porém… Na verdade, esta famosa obra não é de Albinoni. É uma criação de meados do século XX do musicólogo italiano Remo Giazotto, que alegou ter encontrado um fragmento de uma composição de Albinoni nos arquivos de uma biblioteca alemã bombardeada, a Staatsbibliothek (Biblioteca Estadual) em Dresden. Essa biblioteca continha um tesouro de composições de Albinoni que foram destruídas quando a cidade foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial, então a alegação de Giazotto era até plausível. De acordo com Giazotto, o fragmento continha apenas o baixo contínuo e algumas frases da própria melodia, num total de apenas seis compassos. A partir desse material escasso, Giazotto desenvolveu uma composição completa, criando algo mais ou menos no estilo de uma chacona, mas com toda a cara do romantismo. Se aquela mistureca faz parte do barroco, eu sou o George Clooney. O novo Adágio era, na verdade, quase inteiramente — e talvez até mesmo inteiramente — uma composição de Giazotto, escrita em 1949. Ele foi publicado pela editora italiana Ricordi em 1958, quase trezentos anos após o nascimento de Albinoni, e com os direitos sendo de (adivinhe?) de Giazotto. Este Adágio é provavelmente uma ficção, já que ninguém além de Giazotto viu esse suposto fragmento de Albinoni. Giazotto morreu em 1998, levando seu segredo para o túmulo, e a história do Adagio em Sol Menor provavelmente permanecerá um mistério. No final das contas, é difícil desembaraçar a história sem acesso ao manuscrito original, que nunca foi tornado público (possivelmente porque ele não existia). Hoje em dia, a maioria dos estudiosos considera a obra como de Giazotto, embora o debate ainda continue. Para o público em geral, no entanto, a obra ainda é conhecida como apenas uma coisa — é o Adágio de Albinoni e fim.

Tomaso Albinoni (1671-1751): Oboe Concerti Op. 9, Nos. 2, 3, 5, 8, 9 & 11 (Anthony Camden, The London Virtuosi, John Georgiadis)

Oboe Concerto in C major, Op. 9, No. 5
I. Allegro 3:29
II. Adagio (non troppo) 1:59
III. Allegro 3:19

Oboe Concerto in F major, Op. 9, No. 3
I. Allegro 4:45
II. Adagio (non troppo) 2:12
III. Allegro 3:45

Oboe Concerto in D minor, Op. 9, No. 2
I. Allegro e non presto 04:33
II. Adagio 5:23
III. Allegro 3:07

Oboe Concerto in B flat major, Op. 9, No. 11
I. Allegro 4:13
II. Adagio 3:26
III. Allegro 3:13

Oboe Concerto in G minor, Op. 9, No. 8
I. Allegro 3:57
II. Adagio 2:15
III. Allegro 4:04

Oboe Concerto in C major, Op. 9, No. 9
I. Allegro 4:00
II. Adagio (non troppo)
3:02 III. Allegro 3:24

Total Playing Time: 01:04:06

Anthony Camden, oboe
Performed by:London Virtuosi
Conducted by:John Georgiadis

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Albinoni e Giazotto

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Novamente: * Alberto Lizzio é um pseudônimo inventado pelo produtor musical e maestro Alfred Scholz e associado a gravações antigas, de antes da época dos CDs, muitas vezes dirigidas por Milan Horvat, Carl Melles ou pelo próprio Scholz. Essas gravações foram compradas por ele e usadas para lançar gravações clássicas baratas para o mercado de massa sob outros nomes, como se fossem novidades. Scholz escreveu uma biografia fictícia de Lizzio, alegando que ele nasceu em Merano, Tirol do Sul, em 30 de maio de 1926, estudou violino, composição e regência em Milão e que sua segunda esposa, com quem teve um filho, morreu em 1980 em um acidente de carro em que Lizzio ficou gravemente ferido. A biografia fictícia termina com a sua morte em 22 de outubro de 1999, em Dresden.

Outro bom disco como o do post anterior. Boa interpretação, bem gravado. E a Praga é muito, sei lá, estimulante. Ela liga neurônios.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Symphonie Nr. 21 A-dur KV 134
1 Allegro 5:17
2 Andante 4:25
3 Menuetto 3:25
4 Allegro 5:12

Symphonie Nr. 33 B-dur KV 319
5 Allegro Assai 6:58
6 Andante Moderato 5:10
7 Menuetto 2:43
8 Finale: Allegro Assai 9:05

Symphonie Nr. 38 D-dur KV 504
9 Adagio – Allegro 13:44
10 Andante 11:58
11 Finale: Presto 5:38

Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart
Conductor – Alberto Lizzio
Orchestra – Mozart Festival Orchestra

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Alberti Lizzio em ação

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

* Alberto Lizzio é um pseudônimo inventado pelo produtor musical e maestro Alfred Scholz e associado a gravações antigas, de antes da época dos CDs, muitas vezes dirigidas por Milan Horvat, Carl Melles ou pelo próprio Scholz. Essas gravações foram compradas por ele e usadas para lançar gravações clássicas baratas para o mercado de massa sob outros nomes, como se fossem novidades. Scholz escreveu uma biografia fictícia de Lizzio, alegando que ele nasceu em Merano, Tirol do Sul, em 30 de maio de 1926, estudou violino, composição e regência em Milão e que sua segunda esposa, com quem teve um filho, morreu em 1980 em um acidente de carro em que Lizzio ficou gravemente ferido. A biografia fictícia termina com a sua morte em 22 de outubro de 1999, em Dresden.

Mas o que fazer, além de postar, se esta é uma boa gravação de Sinfonias de Mozart? A 29 está sensacional! A Haffner também! O som não é tudo aquilo, mas vale a pena ouvir este CD de um regente e orquestra anônimos.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Symphonie Nr. 29 A-Dur KV 201 = Symphony No. 29 In A Major KV 201
1 Allegro Moderato 10:15
2 Andante 10:06
3 Menuetto 3:37
4 Allegro Con Spirito 5:54

Symphonie Nr. 30 KV 202 = Symphony No. 30 KV 202
5 Molto Allegro 5:41
6 Andantino Con Moto 4:32
7 Menuetto 3:54
8 Presto 4:53

Symphonie Nr. 35 D-Dur KV 385 (Haffner Symphonie) = Symphony No. 35 In D Major KV 385 (Haffner Symphony)
9 Allegro Con Spirito 5:49
10 Andante 8:43
11 Menuetto 3:05
12 Finale: Presto 4:00

Conductor – Alberto Lizzio
Orchestra – Mozart Festival Orchestra

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Alberto Lizzio regendo

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.: interlúdio :. Edu Lobo: Corrupião

.: interlúdio :. Edu Lobo: Corrupião

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma obra-prima absoluta da música popular brasileira. Disco há muito tempo fora de catálogo que traz um Edu Lobo (1943) no auge de sua parceria com Chico Buarque. Músicas de Edu, letras de Chico — uma fórmula que gerou muitas belíssimas canções, hoje meio esquecidas pela estupidez da música atual. É complicado saber qual é a melhor faixa deste CD, mas eu me inclino para Valsa Brasileira, Nego Maluco, Choro Bandido, Falando de Amor, Ave Rara e Corrupião, ou seja, citei 7 das 10 músicas… E o time que o acompanha é formado só de craques, é extremamente sofisticado, tocando arranjos maravilhosos. Um disco perfeito! Edu Lobo é um dos patrimônios vivos da música popular brasileira.

Edu Lobo: Corrupião

1 Corrupião
Written-By – Edu Lobo
3:26

2 Frevo Diabo
Written-By – Chico Buarque, Edu Lobo
3:41

3 Valsa Brasileira
Written-By – Chico Buarque, Edu Lobo
3:37

4 Dos Navegantes
Written-By – Edu Lobo, Paulo César Pinheiro
4:36

5 Falando De Amor / Prelúdio N°3
Written-by [Falando De Amor] – Tom Jobim*
Written-by [Prelúdio N°3] – Villa-Lobos*
4:13

6 A Mulher De Cada Porto
Written-By – Chico Buarque, Edu Lobo
3:19

7 Nego Maluco
Written-By – Chico Buarque, Edu Lobo
4:21

8 Sem Pecado
Written-By – Aldir Blanc, Edu Lobo
3:55

9 Choro Bandido
Written-By – Chico Buarque, Edu Lobo
4:03

10 Ave Rara
Written-By – Aldir Blanc, Edu Lobo
5:19

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Edu, o gênio discreto

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J.S. Bach (1685-1750): A Paixão segundo João, BWV 245, “A Grande Paixão Doente” (Parrott)

J.S. Bach (1685-1750): A Paixão segundo João, BWV 245, “A Grande Paixão Doente” (Parrott)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Truffaut criou a categoria dos Grandes Filmes Doentes. A definição desta categoria está no parágrafo a seguir. Na minha opinião, ela serve à Paixão Segundo São João, nitidamente inferior à São Mateus, mas preferida por mim e outros. Na explicação de Truffaut, troquei as palavras relativas ao cinema por outras relativas à música. Por exemplo, troquei filme por obra ou música, diretor por compositor, cinefilia por melofilia, etc. Com a palavra criminosamente alterada, deixo-vos com François Truffaut:

“Abro um parêntese para definir rapidamente o que chamo de uma “grande obra doente”. Não é senão um obra-prima abortada, um empreendimento ambicioso que sofreu erros de percurso. Esta noção só pode aplicar-se, evidentemente, a compositores muito bons, àqueles que, em outras circunstâncias, demonstraram que podem atingir a perfeição. Um certo grau de melofilia encoraja, por vezes, a preferir, na obra de um compositor, sua grande música doente à sua obra-prima incontestada. Se se aceita a ideia de que a perfeição chega, na maior parte das vezes, a dissimular as intenções, admitir-se-á que as grandes músicas doentes deixam transparecer mais cruamente sua razão de ser. Diria, enfim, que a “grande música doente” sofre geralmente de um extravasamento de sinceridade, o que paradoxalmente a torna mais clara para os aficionados e mais obscura para o público, levado a engolir misturas cuja dosagem privilegia o ardil de preferência à confissão direta.”

Esta é uma belíssima versão de minha Paixão preferida. Um timaço!

J.S. Bach (1685-1750): A Paixão segundo João, BWV 245, “A Grande Paixão Doente” (Parrott)

1-1 Part 1. No. 1. Herr, unser Herrscher 8:53
1-2 Part 1. No. 2a. Jesus ging mit seinen Jüngern / 2b. Jesum von Nazareth / 2c. Jesus spricht zu ihnen 2:18
1-3 Part 1. No. 3. O Große Lieb 0:44
1-4 Part 1. No. 4. Auf daß das Wort erfüllet würde 1:04
1-5 Part 1. No. 5. Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich 0:50
1-6 Part 1. No. 6. Die Schar aber und der Oberhauptmann 0:43
1-7 Part 1. No. 7. Aria. Von den Stricken meiner Sünden 4:49
1-8 Part 1. No. 8. Simon Petrus aber folgete Jesum nach 0:15
1-9 Part 1. No. 9. Aria. Ich folge dir gleichfalls 3:39
1-10 Part 1. No. 10. Derselbige Jünger war dem Hohenpriester bekannt 2:47
1-11 Part 1. No. 11. Wer hat dich so geschlagen 1:38
1-12 Part 1. No. 12a. Und Hannas sandte ihn gebunden / 12b. Bist du nicht seiner Jünger einer? / 12c. Er 2:04
1-13 Part 1. No. 13. Aria. Ach. mein Sinn 2:46
1-14 Part 1. No. 14. Petrus, der nicht denkt zurück 1:21
2-1 Part 2. No. 15. Christus, der uns selig macht 1:14
2-2 Part 2. No. 16a. Da führeten sie Jesum / 16b. Wäre dieser nicht ein Übeltäter / 16c. Da sprach PIla 4:10
2-3 Part 2. No. 17. Ach, großer König 1:30
2-4 Part 2. No. 18a. Da sprach Pilatus zu ihm / 18b. Nicht diesen, sondern Barrabam! / 18c. Barrabas ab 1:56
2-5 Part 2. No. 19. Betrachte, meine Seel 2:12
2-6 Part 2. No. 20.Mein Jesu, ach! 7:17
2-7 Part 2. No. 21a. Und die Kriegsknechte flochten eine Krone / 21b. Sei gegrüßet, lieber Jüdenkönig! 5:38
2-8 Part 2. No. 22. Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn 0:54
2-9 Part 2. No. 23a. Die Jüden aber schrieen und sprachen / 23b. Lässet du diesen los / 23c. Da Pilatus 4:12
2-10 Part 2. No. 24. Eilt,ihr angefochtnen Seelen 3:35
2-11 Part 2. No. 25a. Allda kreuzigten sie ihn / 25b. Schreibe nicht: der Jüden König / 25c. Pilatus ant 2:02
2-12 Part 2. No. 26. In meines Herzens Grunde 0:59
2-13 Part 2. No. 27a. Die Kriegsknechte aber / 27b. Lasset uns den nicht zerteilen / 27c. Auf daß erfül 3:45
2-14 Part 2. No. 28. Er nahm alles wohl in acht 1:08
2-15 Part 2. No. 29. Und von Stund an nahm sie 1:27
2-16 Part 2. No. 30. Es ist vollbracht! 5:06
2-17 Part 2. No. 31. Und neiget das Haupt und verschied 0:19
2-18 Part 2. No. 32. Mein teurer Heiland, laß dich fragen 4:44
2-19 Part 2. No. 33. Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriß 0:29
2-20 Part 2. No. 34. Mein Herz, in dem die ganze Welt 0:39
2-21 Part 2. No. 35. Zerfließe, mein Herze 6:31
2-22 Part 2. No. 36. Die Jüden aber, dieweil es der Rüsttag war 2:13
2-23 Part 2. No. 37. O hilf, Christe, Gottes Sohn 1:06
2-24 Part 2. No. 38. Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia 2:05
2-25 Part 2. No. 39. Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine 8:02
2-26 Part 2. No. 40. Ach Herr, laß dein lieb Engelein 2:04

Performers: Kirkby, Emma (Soprano), van Evera, Emily (Soprano), Iconomou, Panito (Alto), Covey-Crump, Rogers (Tenor), Thomas, David (Bass), Bonner, Tessa (Soprano), Fliegner, Christian (Boy Soprano), Gunther, Christian (Boy Soprano), Trevor, Caroline (Alto), Roberts, Nicholas (Tenor), Tusa, Andrew (Tenor), Charlesworth, Stephen (Bass), Grant, Simon (Bass), Daniels, Charles [Classical] (Tenor), Kooy, Peter (Bass), Tubb, Evelyn (Soprano), Cable, Margaret (Alto), Jochens, Wilfried (Tenor)

Orchestras/Ensembles: Taverner Consort, Taverner Players, Tolz Boys Choir Members

Regência: Andrew Parrott

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O papagaio após soprar um beijo para você

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Antonio Vivaldi (1678-1741): Tito Manlio (Modo Antiquo, Federico Maria Sardelli)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Tito Manlio (Modo Antiquo, Federico Maria Sardelli)

Tá bom, Vivaldi afirmou que compôs sua ópera Tito Manlio em apenas cinco dias (a ópera tem 194 min, nesta gravação) para que estivesse pronta para celebrar o casamento do governador de Mântua, o príncipe Philipp de Hessen-Darmstadt, com a princesa Eleanora de Guastalla (a quem a ópera é dedicada). O enredo de desentendimento familiar e raiva sádica parece inadequado para uma celebração de um casamento, e talvez fosse apropriado que a princesa cancelasse a cerimônia antes mesmo de atravessar os muros da cidade. No entanto, o show deve continuar. O Tito de Vivaldi é um cônsul vilão que ameaça arrastar sua filha Vitélia nua pelas ruas de Roma porque ela se recusa a fazer um voto de ódio contra seus inimigos clamando por uma representação justa no Senado. O enredo se passa na antiga República Romana e se desenvolve em torno de conflitos entre sentimento e dever cívico. A fonte é o Livro VIII da História de Roma, de Tito Lívio. Mas a trama foi bastante alterada pelo libretista Matteo Noris. Tito Mânlio está envolvido na guerra contra as cidades latinas que se rebelaram contra Roma. Por isso faz um juramento solene de ódio aos inimigos e exige que seus filhos, Mânlio e Vitélia, além de seus seguidores, façam o mesmo. Vitélia está secretamente apaixonada por um líder latino, Gemínio e, por isso, se recusa a fazer o juramento. Tito a expulsa de Roma e dá ordens severas a seu filho, Mânlio, para que faça uma missão de reconhecimento junto aos latinos, mas não os ataque. Desobedecendo as ordens do pai, Mânlio mata o líder latino Gemínio, apesar ele, Mânlio, de estar apaixonado por sua irmã, Servília. Pela desobediência, Tito condena o próprio filho à morte. Lúcio, um latino aliado de Tito e dos romanos, tentar ajudar Mânlio a escapar da prisão, mas este se recusa a fugir. Antes de ser executado, Mânlio consegue o perdão do pai pela desobediência graças à intervenção de Décio, líder dos centuriões. Também é perdoado por sua amada Servília pela morte de seu irmão. Esse final feliz modifica a história real , descrita por Tito Lívio, segundo a qual Mânlio é, de fato, executado. Sem dúvida, Tito Manlio é uma das melhores obras de palco do Padre Rosso. Federico Maria Sardelli conduz esta gravação de 2005 que seria a da estreia mundial. (Não creio que seja, tenho uma versão dela em vinil sob a regência de Vittorio Negri). Sardelli comanda grandes quantidades de recitativos com sentido e clareza, embora o melhor aspecto de sua performance sejam as caracterizações ousadamente acentuadas do Modo Antiquo, trazidas à vida com muitas cores. A acústica é muito estrondosa, mas mesmo assim funciona. Sardelli captura todos os efeitos orquestrais da partitura de Vivaldi. ‘Se non v’aprite al di’ e ‘Combatta un gentil cor’ estão sensacionais. Solos de violoncelo, acompanhamentos de continuo inventivos, uma marcha fúnebre surpreendente e um solo de viola d’amore de tirar o fôlego (em ‘Tu dormi in tante pene’) contribuem muito. Duas outras árias de Manlio são particularmente notáveis: ‘Sonno, se pur sei sonno’ é uma abertura maravilhosamente sombria para o Ato 3, com acordes de cordas pulsantes e assustadores. ‘Ti lascerei gl’affetti miei’ é um momento sublime de melancolia em tom menor que começa com apenas um par de oboés e fagote antes de evoluir para um lamento profundamente comovente de beleza e sonoridade consideráveis ​​que é eloquentemente moldado por Sardelli. Infelizmente, a performance de Sardelli é prejudicada por cantores que se inclinam para a competência em vez da expressão.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Tito Manlio (Modo Antiquo, Federico Maria Sardelli)

Tito Manlio (I), Opera In 3 Acts, RV 738
1.1 Sinfonia: Allegro –
1.2 Andante –
1.3 Presto

1º Akt
1.4 Popoli, Chi È Romano, E Chi Di Roma (1. Akt)
1.5 Quando Tito Ora Giurò
1.6 Di Flegetonte Al Nume
1.7 Per Le Romane Vergini Tu Ancora
1.8 Manlio
1.9 Se Il Cor Guerriero
1.10 Ah Manlio
1.11 Perché T’Amo
1.12 O Dio! Sento Nel Petto
1.13 Liquore Ingrato
1.14 Sì Per Vitellia Io Lascio
1.15 Alla Caccia D’Un Bell’adorato
1.16 Vanne, Amante Felice
1.17 E’ Pur Dolce Ad Un’ Anima Amante
1.18 E Ch’a Geminio
1.19 O Silentio Del Mio Labbro
1.20 Parla, Tenta, E Minaccia
1.21 Orribile Lo Scempio
1.22 E Catene Di Ferro Lo Darò Al Piede
1.23 Parla A Me Speranza Amica
1.24 Volerò A Tito Il Padre
1.25 Di Verde Ulivo
1.26 Bramo Stragi
1.27 Nemico Allor All’Or
1.28 Signor
1.29 L’intendo E Non L’intendo
1.30 Qual Di Pocchi Romani
1.31 Fermatevi
1.32 Parto, Ma Lascio L’Alma
1.33 Che Feci Mai!
1.34 Sia Con Pace, O Roma Augusta

2º Akt
2.1 Dunque L’Occulta, E Grave
2.2 Non Ti Lusinghi La Crudeltade
2.3 Padre: A Te Solo Io Palesar Intendo
2.4 D’improvvisoriede Il Riso
2.5 Manlio, Di Tio Il Filio
2.6 E Questa, Manlio, È Questa
2.7 Dovea, Dunque, Dovea
2.8 Se Non V’Aprite Al Dì
2.9 No: Fermati Signora
2.10 Grida Quel Sangue Vendetta
2.11 Vitellia: Dove?
2.12 Rabbia Che Accendasi
2.13 Mia Servilia
2.14 Manlio: Tito Al Tuo Piede
2.15 Dar la Morte A Te Mia Vita
2.16 Alto Campione
2.17 Vedrà Roma, E Vedrà Il Campidoglio
2.18 Ingrata Roma
2.19 Combatta Un Gentil Cor
2.20 Già Da Forte Catena
2.21 Decio Che Porti?
2.22 Nò, Che Non Morirà
2.23 Amor, Su Queste Labbra
2.24 Andrò Fida E Sconsolata
2.25 Forte Cor: Non Ti Scuota O Prego
2.26 Legga, E Vegga
2.27 Addio
2.28 Povero Amante Cor
2.29 Vanne Perfida, Và
2.30 Frà Le Procelle

3º Ato
3.1 Sonno, Se Pur Sei Sonno (3. Akt)
3.2 Deposta Amor la Benda
3.3 Tu Dormi In Tante Pene
3.4 O Crudo, Indegno Laccio
3.5 Parto Contenta
3.6 Toglie, S’Ella Più Resta
3.7 Chi Seguir Vuol La Costanza
3.8 Servilia: Tu Qui Resti
3.9 Non Mi Vuoi Con Te
3.10 Signora: D’Ogni Intorno
3.11 Brutta Cosa È Far La Spia
3.12 Bella Vitellia
3.13 A Te Sarò Fedele
3.14 No Che Non Vedrà Roma
3.15 Padre, Tito, Signor, A Queste Labbra
3.16 Ingrato Manlio, Ascolta
3.17 Ti Lascierei Gl’Affetti Miei
3.18 O Tu, Che Per Alcide
3.19 Sempre Copra Notte Oscura
3.20 Servilia Viene
3.21 Sinfonia Funebre
3.22 E Qui Servilia?
3.23 Viva Il Martre Del Tebro
3.24 Doppo Sì Rei Disastri
3.25 Non Morì Manlio
3.26 Sparì Già Dal Petto
3.27 Tu Dormi In Tante Pene

Rosa Dominguez (Mezzo-Soprano)
Sergio Foresti (Baritone)
Thierry Grégoire (Counter-Tenor)
Nicky Kennedy (Soprano)
Elisabeth Scholl (Soprano)
Lucia Sciannimanico (Mezzo-Soprano)
Bruno Taddia (Baritone)
Modo Antiquo (Early Music Ensemble)
Federico Maria Sardelli (Conductor)
Davide Livermore (Director)

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Tito Mânlio Torquato condena seu próprio filho à morte.

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Gustav Mahler (1860-1911): Des Knaben Wunderhorn (Otter, Quasthoff, Abbado, BP)

Gustav Mahler (1860-1911): Des Knaben Wunderhorn (Otter, Quasthoff, Abbado, BP)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Des Knaben Wunderhorn (“A Trompa Mágica do Menino”) é uma antologia de antigos poemas alemães e canções folclóricas publicada no início do século XIX, resultado do anseio romântico pelos dias simples do passado. Na época em que Mahler musicou vários deles (entre 1892 e 1901), o Zeitgeist havia mudado, e sua abordagem é quase antirromântica em sentimento. Ele usou oito deles em suas sinfonias e escolheu 13 (frequentemente mudando o texto para seus próprios propósitos) para esta coleção. Essas canções orquestradas falam de amor, vida militar, episódios cômicos, misticismo e, às vezes, de várias temas ao mesmo tempo. A gravação de Dietrich Fischer-Dieskau e Elisabeth Schwarzkopf estabeleceu o padrão por muitos anos — sem esquecer de Tennstedt, Popp e Bernd Weikl –, mas esta nova versão é quase tão boa. Ambos os cantores têm belas vozes, inteligência e compreensão. Expressam as mudanças de humor das canções de forma muito eficaz. Thomas Quasthoff não tem a segurança e a precisão de Fischer-Dieskau, mas chega perto, e Anne Sophie von Otter canta com uma sutileza que rivaliza com Schwarzkopf e com menos humor que Popp. O acompanhamento de Claudio Abbado e da Filarmônica de Berlim é esplêndido, como sempre.

Lieder Nach Gedichten Aus “Des Knaben Wunderhorn”

1 Revelge 7:13
2 Rheinlegendchen 3:21
3 Trost Im Unglück 2:22
4 Verlorne Müh’ 2:42
5 Der Schildwache Nachtlied 6:10
6 Das Irdische Leben 2:52
7 Lied Des Verfolgten Im Turm 3:56
8 Wer Hat Dies Liedlein Erdacht? 2:05
9 Des Antonio Von Padua Fischpredigt 4:03
10 Lob Des Hohen Verstandes 2:32
11 Wo Die Schönen Trompeten Blasen 7:11
12 Der Tambourg’sell 6:53
13 Urlicht 5:44

Baritone Vocals – Thomas Quasthoff (tracks: 1, 3, 5, 7, 9, 10, 12)
Conductor – Claudio Abbado
Mezzo-soprano Vocals – Anne Sofie von Otter (tracks: 2, 4, 6, 8, 11, 13)
Orchestra – Berliner Philharmoniker

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Quasthoff, uma lenda

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C. P. E. Bach (1714-1788): Sonatas para Flauta e Cravo WQ. 83 – 87 (Béla Drahos, Zsuzsa Pertis)

C. P. E. Bach (1714-1788): Sonatas para Flauta e Cravo WQ. 83 – 87 (Béla Drahos, Zsuzsa Pertis)

Um bom disco que seria excelente não fosse a loucura do engenheiro de som. O cara colocou o microfone para a flauta, que parece poderosíssima em relação ao cravo. Menos, né, querido? A execução é extraordinária, animada em espírito e tem a marca da sensibilidade distinta do compositor. Há muito carinho pelo idioma expressivo de CPE. Só que o equilíbrio entre flauta e cravo está quebrado. É evidente a dependência de CPE da geração anterior, ainda imersa a pleno na atmosfera barroca e monumentalmente representada pela obra de seu pai, de quem recebeu todo o seu treinamento. Ele tem sólido  conhecimento da polifonia e do antigo sistema do baixo contínuo, do senso de forma, no gosto pelo contraste e pela dramaticidade, embora a partir desta base tomasse rumos bastante divergentes daqueles que Johann Sebastian escolheu para si. CPE parecia muito consciente da posição histórica da música de sua geração e foi um dos poucos compositores do século XVIII que empregavam a expressão “história da música”, pois tinha um vasto conhecimento da música de seu tempo e da produção das gerações anteriores e reconhecia a contribuição dos mestres do passado na construção de sua própria obra. Na música de CPE são encontrados todos esses elementos, modernos e antigos.

C. P. E. Bach (1714-1788): Sonatas For Flute And Harpsichord WQ. 83 – 87 (Béla Drahos, Zsuzsa Pertis)

Sonata In D Major, WQ. 83
1 Allegro Un Poco 4:47
2 Largo 5:54
3 Allegro 4:00

Sonata In E Major, WQ. 84
4 Allegro 7:52
5 Adagio Di Molto 5:34
6 Allegro Assai 5:56

Sonata In G Major, WQ. 85
7 Allegretto 4:17
8 Andantino 3:28
9 Allegro 4:48

Sonata In G Major, WQ. 86
10 Andante 2:46
11 Allegretto 4:17
12 Allegro 3:44

Sonata In C Major, WQ. 87
13 Allegretto 6:13
14 Andantino 2:43
15 Allegro 3:22

Flute – Béla Drahos
Harpsichord – Zsuzsa Pertis

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Béla Drahos: de conluio com o engenheiro de som.

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F. J. Haydn (1732-1809) & G. M. Monn (1717-1750): Concertos para Violoncelo (Queyras, Müllejans, Freiburger Barockorchester)

F. J. Haydn (1732-1809) & G. M. Monn (1717-1750): Concertos para Violoncelo (Queyras, Müllejans, Freiburger Barockorchester)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Alguns de vocês vão pensar que eu e CVL combinamos fazer isso, outros vão achar que eu resolvi encher o saco dele, metendo uma gravação muito boa só para lhe fazer concorrência. Calma, os fatos são mais simples. Eu amo estes concertos de Haydn e, quando vi que havia uma só gravação recebendo o Diapason d`Or, o Choc de Classica e o Editor`s Choice da Gramophone, encomendei a maravilha. Ela chegou em minha datcha trás-anteontem (ou seria tresanteontem?), dia 30, e passei dois dias ouvindo a coisa sem parar. Posso dizer duas coisas: (1) é DISPARADA a melhor gravação que já ouvi destes concertos — Queyras é extraordinário — e (2) não ouvi ainda a gravação do Menezes postada ontem por CVL.

Há um agravante que me fez comprar este CD rapidamente: na minha opinião a Freiburger Barockorchester é o melhor conjunto barroco da atualidade e tenho inclusive DVDs do grupo. É um melhor do que o outro. Bem, se vocês ainda desconfiam que sacaneei CVL, peço que vão tomar nos seus cus.

Pois, em verdade, vos digo: a gente passa a vida esperando a interpretação perfeita e às vezes a encontra, nem que seja apenas por alguns meses ou anos. É o caso. Vale a pena escurecer a sala e ouvir APENAS os concertos. Ah, esqueçam o simpático Monn. A grandeza aqui é toda de Haydn!

F. J. Haydn (1732-1809) & G. M. Monn (1717-1750): Concertos para Violoncelo (Queyras, Müllejans, Freiburger Barockorchester)

Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1, de Franz Joseph Haydn
1. Moderato
2. Adagio
3. Finale, Allegro Molto

Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101), de Franz Joseph Haydn
4. Allegro Moderato
5. Adagio
6. Allegro

Cello Concerto in G minor, de Georg Matthias Monn
7. Allegro
8. Adagio
9. Allegro Non Tanto

Freiburg Baroque Orchestra
Jean-Guihen Queyras, violoncelo
Petra Müllejans, regência

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Queyras, um disco totalmente fora da curva | Foto: Marco Borggreve

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J.S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Goebel, MAK)

J.S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Goebel, MAK)

Muitos músicos dizem que A Arte da Fuga é uma daquelas obras da arte universal diante da qual só é possível calar-se. A obra seria a profissão de fé musical de meu pai, e seu conteúdo metafísico a colocaria no limiar de outro mundo. Ela seria “a abstração em música”, “a forma pura”, “um sopro de ar claro e gelado”, “uma caixa fria” repleta de invenções melódicas cheias de vida. Para muitos, a obra seria praticamente inexequível. O compositor Wolfgang Rihm escreveu: “O único espaço sonoro para a realização desta música continua sendo aquele reservado ao pensamento, situado abaixo da caixa craniana. Esse espaço, porém, é o mais amplo de todos, desde que se possa conceber em pensamento tal realidade sonora”. É algo que está lá no limite do que é música. Bach não definiu sua instrumentação e muitos acham que é algo mais para ser mais lido e admirado do que para ser ouvido. Eu não sei ler música, então só me resta ouvir e percebo que a obra é cheia de impossibilidades e arestas que vão sendo resolvidas de forma inesperada, como se a gente estivesse ouvindo um quadro de Escher. É tudo muito preciso e intrigante. Adorno chamou A Arte da Fuga de economia de motivos. para ele, o tema é esgotado até em seus mínimos componentes e disso resulta algo perfeito. A obra seria “a arte da dissecação”. O resultado é uma forma de insuperável precisão: a fuga. O cruzamento magistral da grande e pequena ordem, das grandes e pequenas formas. Com A Arte da Fuga, Johann Sebastian Bach, meu pai, teria se voltado para o passado e para o futuro. Nela, porém, o mais importante não seria a técnica, nem as leis do ofício da música, mas a expressão musical.

(Copiado, com adaptações minhas, de 48 variações sobre Bach, de Franz Rueb.)

J.S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Goebel, MAK)

1. Contrapunctus 1
2. Contrapunctus 2
3. Contrapunctus 3
4. Contrapunctus 4
5. Canon alla Ottava
6. Contrapunctus 5
7. Contrapunctus 6, a 4, in Stylo Francese
8. Contrapunctus 7, a 4, per Augmentationem et Diminutionem
9. Canon alla Duodecima in Contrapuncto alla Terza
10. Contrapunctus 9, a 4, alla Duodecima
11. Contrapunctus 10, a 4, alla Decima
12. Contrapunctus 8, a 3
13. Contrapunctus 11, a 4
14. Canon alla Duodecima in Contrapuncto alla Quinta
15. – rectus
16. – inversus
17. – rectus
18. – inversus
19. Fuga a 2 Clavicembali
20. Alio modo Fuga a 2 Clav.
21. Canon per Augmentationem in contrario motu
22. Fuga a 3 Soggetti (Contrapunctus 14)

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

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MC Escher (1898-1972)

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J.S. Bach (1685-1750): Árias para Soprano e Violino (Battle, Perlman)

J.S. Bach (1685-1750): Árias para Soprano e Violino (Battle, Perlman)

Um cedezinho mais ou menos, daqueles de gatinhos de Bach. Trata-se de um encontro de duas grandes estrelas estadunidenses da DG — Kathleen Battle e Itzhak Perlman. O resultado é agradável. Serve também como guia para algumas boas árias de meu pai, apesar de faltarem algumas extraordinárias que são também para soprano e violino. Na verdade, achei a seleção é pra lá de estranha. Battle vai muito bem, como sempre. Perlman parece meio desconfortável, mas sai com saldo positivo. Os gatinhos são árias de Cantatas e da Missa em Si Menor que só guardam em comum o fato de serrem para soprano e violino. Para pessoas com pouca vivência bachiana, o disco pode ser legal. Pra mim, ele é meio boboca.

J.S. Bach (1685-1750): Árias para Soprano e Violino (Battle, Perlman)

1. Kantate BWV 197 No. 8: Vergnügen und Lust
2. Kantate BWV 58 No. 3: Ich bin vergnügt in meinem Leiden
3. Kantate BWV 204 No. 4: Die Schätzbarkeit der weiten Erden
4. Kantate BWV 97 No. 4: Ich traue seiner Gnade
5. Kantate BWV 115 No. 4: Bete aber auch dabei
6. Kantate BWV 171 No. 4: Jesus soll mein erstes Wort in dem neuen Jahre heißen
7. Messe h-moll, BWV 232 No. 23: Benedictus, qui venit in nomine domini
8. Messe h-moll, BWV 232, No. 5: Laudamus te
9. Kantate BWV 202 No. 5: Wenn die Frühlingslüfte streichen
10. Kantate BWV 36 No. 7: Auch mit gedämpften, schwachen Stimmen
11. Kantate BWV 187 No. 5: Gott versorgt alles Leben
12. Kantate BWV 84 No. 3: Ich esse mit Freuden mein weniges Brot
13. Kantate BWV 105 No. 5: Kann ich nur Jesum mir zum Freunde machen

Performers:
Conductor – John Nelson (5)
Orchestra – Orchestra Of St. Luke’s
Soprano Vocals – Kathleen Battle
Violin – Itzhak Perlman

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Lady Kathleen na época desta gravação.

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Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Um velho disco bastante bom! Nicanor Zabaleta era um mestre em seu instrumento e aqui nos dá um recital solo tocando compositores espanhóis. Claro que todos são nacionalistas até a medula, mas não têm aquela psicose flamenca. As obras são mais delicadas e discretas, ninguém precisa bater violentamente com os pés no chão, bastando as melodias altamente representativas do estilo. São compositores que trabalharam no final do século XIX e no início do século XX. Se bem me lembro, de Falla e Turina viram a desgraça da Guerra Civil e suas consequências. O grande Albéniz, e, parece-me, Granados, não chegaram a viver sob Franco. Voltando à música, fiquei muito feliz de ouvir este disco e conferir que Zabaleta era um monstro.

Albéniz / de Falla / Gombau Guerra / Granados / Halffter / López-Chavarri / Turina: Música para Harpa Espanhola (Zabaleta)

Isaac Albéniz
A1 Granada (Serenata) Aus Der Suite Espagnole, No. 1 4:45
A2 Zaragoza (Capricho) Aus Der II. Suite Espagnole, No. 1 4:09
A3 Mallorca (Barcarola) Op. 202 6:00
A4 Asturias (Leyenda) Aus Der Suite Espagnole, No. 5 6:29
A5 Tango Espagnol 4:55

Manuel De Falla
B1 Serenata Andaluza 4:10

Joaquin Turina
B2 Toccata aus dem Ciclo pianístico, Nr. 1 4:48
B3 Fuga aus dem Ciclo pianistico Nr. 1 5:19

Gerardo Gombau Guerra
B3 Apunte Betico 4:07

Enrique Granados
B4 Danza Espagnola Nr. 5 (Andaluza) 4:47

Ernesto Halffter
B5 Sonatina Aus Dem Ballett “Danza De La Pastora” 3:35

Eduardo Lopez Chavarri
B6 Ei Viego Castillo Moro Aus Cantos Y Fantasias, Nr. 5 2:35

Nicanos Zabaleta, harpa Espanhola

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Nicanor Zabaleta

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.: interlúdio :. Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall

.: interlúdio :. Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall
Version 1.0.0

IM-PER-DÍ-VEL !!! 

Música velha e deliciosa continua saindo da toca — coisas que ninguém sabia que tinham sido gravadas até meio século depois. O gigante do saxofone Coltrane tocou com o genial Monk por apenas seis meses em 1957, e os resultados foram registrados em algumas fitas mal conservadas. Mas, em janeiro deste ano, um funcionário da Biblioteca do Congresso, Larry Appelbaum, encontrou algumas fitas rotuladas como “Event 11/29/57 Carnegie Jazz Concert No 1”. O concerto do Carnegie Hall contou com uma série de estrelas do jazz — incluindo o quarteto Monk/Coltrane, com Monk em um bom piano e a qualidade da gravação incomensuravelmente melhor do que as fitas que citei antes. Coltrane, que estava se recuperando depois largar a heroína naquele ano, teve, no começo, muitos problemas com as composições tortuosas de Monk. Mas este show foi gravado quatro meses após e a parceria já soa sensacionalmente. Aparece um Coltrane apaixonado em Monk’s Mood, e os dois ecoam um ao outro conscientemente na gaguejante Evidence. Os acordes ​​e a imaginação de Monk dominam Crepuscule com Nellie; Nutty e Epistrophy têm um swing sinistro; Blue Monk sorri. Incendiado, liberto e educado pelo encontro, Coltrane gravaria seu primeiro grande marco pessoal, Blue Train, apenas dois meses depois.

Thelonious Monk Quartet with John Coltrane at Carnegie Hall

Early Show
Monk’s Mood 7:52
Evidence 4:41
Crepuscule With Nellie 4:26
Nutty 5:03
Epistrophy 4:29

Late Show
Bye-Ya 6:31
Sweet And Lovely 9:34
Blue Monk 6:31
Epistrophy (Incomplete) 2:24

Thelonious Monk – piano
John Coltrane – tenor saxophone
Ahmed Abdul-Malik – bass
Shadow Wilson – drums

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Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonates pour Viole de Gambe et basse continue (Medlam, Egarr, Hunt, London Baroque)

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonates pour Viole de Gambe et basse continue (Medlam, Egarr, Hunt, London Baroque)

Este CD é um mistério. Não sei onde o consegui, não sei seu número de referência, mas gravei alguns detalhes a respeito. Ele não é tão bom quanto aquele da dupla Pandolfi e Alessandrini (dois posts abaixo), mas é digno e não faz feio num final de tarde de sábado. A música de CPE Bach estava à frente de seu tempo em muitos aspectos, com sua profundidade emocional e experimentação de novas formas. Foi um grande compositor, assim como seu irmão WF. As sonatas para viola da gamba de CPE Bach são conhecidas por sua expressividade emocional, característica marcante da música do compositor. Elas foram escritas durante o período em que CPE Bach esteve em Hamburgo, onde assumiu papel significativo como compositor e diretor musical. Sua música para viola da gamba reflete a busca de um novo tipo de expressividade, mais livre e com maior liberdade emocional, alinhada à ideia do Empfindsamkeit, ou “estilo sentimental”, que era um movimento musical da época.

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): Sonates pour Viole de Gambe et basse continue (Medlam, Egarr, Hunt, London Baroque)

Sonate en Re majeur pour viole da gambe et basse Wq.137
19 – Adagio ma non tanto.mp3
20 – Allegro di molto.mp3
21 – Arioso.mp3

Sonate n°1 pour clavecin en la mineur Wq.49-1
22 – Moderato.mp3
23 – Andante.mp3
24 – Allegro assai.mp3

Sonate en Ut majeur pour viole da gambe et basse Wq.136
25 – Andante.mp3
26 – Allegretto.mp3
27 – Arioso.mp3

Preussische Sonate n°3 pour clavecin en Mi majeur Wq.48-3
28 – Poco allegro.mp3
29 – Adagio.mp3
30 – Presto.mp3

Sonate en sol mineur pour viole da gambe et basse Wq.88
31 – Poco allegro.mp3
32 – Adagio.mp3
33 – Allegro assai.mp3

London Baroque
Charles Medlam, viole de gambe
William Hunt, viole de gambe (continuo)
Richard Egarr, clavecin

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A Lição de Música, de Vermeer. Cravo e, deitadinha, uma Viola da Gamba

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