Alberto Ginastera (1916-1983): Popol Vuh e Cantata para a América Mágica


Honestamente, não sei nada sobre essas duas obras de Ginastera, nada mesmo, apenas comprei o CD para conhecê-las e decidi postar porque devem ter sua importância no catálogo do compositor argentino (tem um encarte que fala sobre elas mas preferi não lê-lo). Não achei nada de excepcional, mas percebi que se tratam de duas partituras de tempos em que Ginastera estava consagrado embora elas mostrem um tratamento percussivo já desenvolvido no balé Estância, décadas antes.

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Ginastera: Popol Vuh, Cantata para América Mágica

Popol Vuh op. 44 (1975–1983) 25:16
La creación del mundo maya · The Creation of the Mayan World
for orchestra

[01] I La noche de los tiempos 06:35
Die Nacht der Zeiten · The Everlasting Night · La nuit des temps

[02] II El nacimiento de la tierra 04:30
Die Geburt der Erde · The Birth of the Earth · La naissance de la terre

[03] III El despertar de la naturaleza 04:55
Das Erwachen der Natur · Nature Wakes · L’éveil de la nature

[04] IV El grito de la creación 00:40
Der Schrei der Schöpfung · The Cry of Creation · Le cri de la création

[05] V La gran lluvia 02:43
Der große Regen · The Grand Rain · La grande pluie

[06] VI La ceremonia mágica del maíz 02:39
Die Magische Maiszeremonie · The Magic Ceremony of Indian Corn · La cérémonie magique du maïs

[07] VII El sol, la luna, las estrellas 03:14
Die Sonne, der Mond, die Sterne · The Sun, the Moon, the Stars · Le soleil, la lune, les étoiles

Cantata para América Mágica op. 27 (1960) 24:18
for dramatic soprano and percussion orchestra
on poems by Mercedes de Toro after ancient pre-Columbian manuscripts

[08] I Preludio y canto a la aurora 04:56
Vorspiel und Gesang an den Sonnenaufgang · Prelude and Song of Dawn · Prélude et chant à l’aurore

[09] II Nocturno y canto de amor 03:59
Nocturne und Liebesgesang · Nocturne and Love Song · Nocturne et chant d’amour

[10] III Canto para la partida de los guerreros 02:08
Gesang zum Aufbruch der Krieger · Song for the Warriors’ Departure · Chant pour le départ des guerriers

[11] IV Interludio fantástico 03:51
Fantastisches Zwischenspiel · Fantastic Interlude · Interlude fantastique

[12] V Canto de agonía y desolación 05:36
Gesang von Agonie und Verzweiflung · Song of Agony and Desolation · Chant d’agonie et de désolation

[13] VI Canto de la profecía 03:49
Prophetischer Gesang · Song of Prophecy · Chant de la prophétie

Rayanne Dupuis (soprano)
Bugallo-Williams Piano Duo
Ensemble_S
Schlagzeugensemble der Musikhochschule Köln
WDR Sinfonieorchester Köln
Stefan Asbury (conductor)

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Ilustração de um exemplar do Popol vuh, do idioma quiché, “livro da comunidade”. É um registro documental da cultura maia, produzido no século XVI, e que tem como tema a concepção de criação do mundo deste povo.
Ilustração de um exemplar do Popol vuh, do idioma quiché, “livro da comunidade”. É um registro documental da cultura maia, produzido no século XVI, e que tem como tema a concepção de criação do mundo deste povo.

CVL

7 comments / Add your comment below

  1. Acho que os argentinos devem ter um certo desgosto (não muito grande, é verdade) por lhes faltar um passado indígena grandioso: foram obrigados a forjar uma “identidade nacional” baseada em outras matrizes, e se inventaram em “europeus da América do Sul”, já que o mito gaúcho não dava muito pano para manga. O Popol Vuh é um livro escrito na língua dos maias-quichés, onde narram seus mitos cosmogônicos e suas lendas, e talvez estranhasse menos que fosse abordado em música por um compositor mexicano ou centro-americano, por exemplo…

    1. Como argentino, poderia compartilhar o que você diz, apenas para corrigir um detalhe: Ginastera (o Paz, o Perón, o Mongo) não é “os argentinos”, mas “um” argentino.
      Obrigado!

        1. Não. Perón foi um importante compositor, Mongo um famoso presidente, e (Juan Carlos) Paz é outra palavra para “qualquer”. Ou algo assim.

        2. Entendi o que houve: quando você disse “o Paz, o Perón, o Mongo”, na verdade queria dizer “ou Paz, ou Perón, ou Mongo”. Foi um erro de português.

          Mas. corrigido o erro, também não houve como eu cair na sua brincadeira de trocar as definições de Perón, Mongo e Paz. Afinal a gente gosta de tirar onda, mas tem cultura.

  2. Ah, sim, claro que Ginastera não é “os argentinos”, mas um agentino. Talvez eu pudesse substituir a expressão “os argentinos” por “O Argentino”, ou seja, o argentino platônico, arquetípico (estereotípico?). Simplificações grosseiras como esta são necessárias, já que, como é notório, estas entidades genéricas (“o argentino”, “o brasileiro”, no plural ou singular), não existem…rs

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