JS Bach (1685 – 1750): Magnificat BWV 243 e Cantata ‘Unser Mund sei voll Lachens’, BWV 110 – The Netherlands Bach Society – Jos van Veldehoven ֎

Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico

Salmo 126:2

Feliz Natal!

A Cantata Unser Mund sei voll Lachens  teve sua estreia no Serviço Matinal (às 7 da manhã) da Igreja de São Tomás, em Leipzig, no Dia de Natal do ano 1725, há exatos 300 anos! Sua música foi adaptada da Suíte Orquestral No. 4. O festivo primeiro movimento saúda o recém-nascido e a parte rápida da abertura está cheia de bocas sorridentes.

Três anos antes Bach preparara a música para seu primeiro Natal como cantor da Igreja de São Tomás e para tanto compusera uma primeira versão do Magnificat. Dessa composição, ele também ‘emprestou’ um trechinho de música, adaptando o Virga Jesse floruit (de Jessé nasceu a vara, de Jessé nasceu a vara, da vara o Salvador…) para o coro Ehre sei Gott in der Höhe (Louvado seja Deus, nas alturas), o cara era mesmo fera!

Jos feliz com a afinação dos meninos sopranos do PQP Bach Choir

No disco desta natalícia postagem o Magnificat é a versão posterior preparada por Bach em 1733, com nova orquestração e apenas com os trechos cantados em latim. Na primeira versão, identificada por BWV 243a, Bach interpola os textos em latim por ‘interlúdios’, que foram suprimidos na nova versão. Como explica Jos van Veldehoven no livreto do disco: ‘Essas interpolações já eram conhecidas no século XVI. Compositores acrescentaram canções de Natal alemãs e latinas entre os versos do Magnificat, tornando o texto deste último inseparável do Natal’.

A peça adaptada para a cantata, o Virga Jesse floruit é o quarto destes interlúdios, que na cantata tornou-se o coral Ehre sei Gott in der Höhe. Nesta gravação do Magnificat, o regente, que é holandês, usa música de três compositores holandeses (Dirck Janszoon Sweelinck, Jan Baptist Verrijt e Johann Hermann Schein) e um parente de João Sebastião (Johann Michael Bach) para seguir a tradição e usar ‘interlúdios’ na apresentação do Magnificat.

Aproveito a postagem para desejar a todos um feliz Natal e que muito se deliciem ao som dos holandeses… tocando Bach.

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Unser Mund sei voll Lachens (BWV 110)

  1. Unser Mund sei voll Lachens
  2. Ihr Gedanken und ihr Sinnen
  3. Dir, Herr, ist niemand gleich
  4. Ach Herr, was ist ein Menschenkind
  5. Ehre sei Gott in der Höhe
  6. Wacht auf, ihr Adern und ihr Glieder
  7. Alleluja! Gelobt sei Gott

Magnificat in D major (BWV 243)

  1. Magnificat anima mea Dominum
  2. Et exsultavit spiritus meus
  3. Hoe schoon lichtet de morghen ster (1)
  4. Quia respexit humilitatem
  5. Omnes generationes
  6. Quia fecit mihi magna
  7. Currite, pastores (2)
  8. Et misericordia
  9. Fecit potentiam
  10. O Jesulein, mein Jesulein (3)
  11. Deposuit potentes
  12. Esurientes implevit bonis
  13. Ehre sei Gott in der Höhe (4)
  14. Suscepit Israel
  15. Sicut locotus est
  16. Gloria Patri

‘Einlagen’ in Magnificat:

(1) Dirck Janszoon Sweelinck (1591-1652)

(2) Jan Baptist Verrijt (1600-1650)

(3) Johann Hermann Schein (1586-1630)

(4) Johann Michael Bach (1648-1694)

The Netherlands Bach Society

Jos van Veldhoven conductor

Dorothee Mields soprano 1

Johannette Zomer soprano 2 (Magnificat)

William Towers alto

Charles Daniels tenor

Stephan MacLeod bass

Faixa Bonus

Magnificat in E-flat major, BWV 243a

  1. Virga Jesse floruit

Choir of Christchurch Cathedral Oxford

The Academy of Ancient Music

Simon Preston

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 157 MB

Como é Natal, você ganha o presente: The Netherlands Bach Society’s recording of Bach Cantata 110 (“Unser Mund sei voll Lachens”) and the Magnificat, led by Jos van Veldhoven, is universally acclaimed for its vibrant, joyful, and pristine sound, featuring fresh-sounding, first-rate soloists and choir, demonstrating both majesty and intimacy, with critics praising its technical brilliance and authentic spirit, often highlighting the captivating instrumental work and welcome inclusion of 17th-century Dutch motets within the Magnificat. 

E viva o Jesulein, o Menino Jesus!

Aproveite!

René Denon

Deixe um comentário