.: interlúdio :. The Moscow Symphony Orchestra — The Music of Deep Purple

Eu fui um adolescente que ouvia a música erudita de meu pai TODAS AS NOITES e rock durante o dia. Eu e minha irmã gostávamos de rock. Ela amava os Beatles e eu os Beatles e todo o resto. Imaginem, em 1969, eu tinha 12 anos. Peguei vários discos hoje clássicos quando de seus lançamentos. Tenho-os em vinil, perfeitamente conservados. Comprei-os, digamos, na primeira edição. Então, discos como Machine Head, In Rock, Burn, Fireball e Who do we think we are, do Deep Purple, são meus íntimos. Quase não os ouço mais, mas eles estão na minha discoteca. O que temos aqui? Ora, um baita disco de crossover conduzido por Constantine Krimets e arranjado por Stephen Reeve e Martin Riley. Foi gravado em estúdio em 1992. Não há bateria nem guitarra — não há, de fato, nenhum instrumento de rock, apenas uma orquestra sinfônica. Todas as faixas foram cuidadosamente rearranjadas, e umas soam mais fieis que outras aos originais. Child in Time é particularmente bem sucedida, The Mule e Pictures of Home idem, muito graças às belas melodias. Gostei também de Highway Star… Não pude evitar. Krimets disse que quase toda a orquestra conhecia a fundo os temas, de tanto ouvi-los em casa.

Se compararmos estes arranjos com o que ouvimos nos crossover das orquestras brasileiras, nossa, isso aqui é Stockhausen de tão complexo. Mas penso que este disco apenas possa interessar aos nostálgicos que conhecem cada original. Em resumo, um crossover é uma curiosidade boba. E kitsch.

The Moscow Symphony Orchestra – The Music of Deep Purple

01. Smoke On The Water
02. Space Trucking
03. Child In Time
04. Black Night
05. Lazy
06. The Mule
07. Pictures Of Home
08. Strange Kind Of Woman
09. Burn
10. Highway Star
11. Fireball
12. Coda And Reprise

Moscow Symphony Orchestra
Constantine Krimets

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A formação clássica do Deep Purple: Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord.
A formação clássica do Deep Purple: Gillan, Blackmore, Paice, Glover e Lord.

PQP

11 comments / Add your comment below

  1. Interessante… vamos ouvir.. Deep Purple sempre foi minha banda favorita, a lado, é claro do Led Zeppelin. Decorei os solos do Made in Japan, os gritos do Gillan in Child in Time, o duelo Blackmore / Gillan em Strange Kind of Woman neste que considero o melhor disco ao vivo de todos os tempos …

      1. Opa, agora deu certo! Vamos à audição. Muito obrigado por compartilhar. Os “interlúdios” do blog são de extremo bom gosto e sempre geram interesse. Abraços a todos!

  2. Salve PQP!

    Em 1969 eu também tinha 12 anos, mas demorou para que eu tivesse contato com o mundo da música.
    Família pobre da periferia de Sampa….
    Em 1974 começando a trabalhar é que comecei a poder comprar discos. Fui dos primeiros frequentadores do que viria a ser a Galeria do Rock em Sampa, na época havia uma única loja de discos usados de rock em geral, onde eu ia gastar o que economizava.
    Tenho até hoje uma pá de discos em vinil a maioria comprados usados nessa loja pioneira.
    O que eu sinto é não poder ter tido contato com o rock, o blues e o jazz logo na infância.
    Em 1959 Brubeck estava lançando Time Out… fui conhecer décadas depois.
    O contato com a música clássica foi um pouco antes, através de um amigo de ginásio que tocava piano, conheci Beethoven e outros grandes clássicos. Mais tarde fiquei fã da Rádio Cultura FM de Sampa.

    Saludos !

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