Manuel Bandeira (1886 – 1968): Poemas escolhidos pelo autor ֎

 

Manuel Bandeira 

Poemas Escolhidos

 

 

 

Quando a Indesejada das gentes chegar

(Não sei se dura ou caroável),

Talvez eu tenha medo.

Talvez sorria, ou diga:

                    – Alô, iniludível!

O meu dia foi bom, pode a noite descer.

(A noite com seus sortilégios.)

Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

A mesa posta,

Com cada coisa em seu lugar.

O nome deste poema é Consoada e o poeta é Manuel Bandeira, que nasceu em 19 de abril de 1886, no Recife. Em 1903 estava estudando para tornar-se engenheiro ou arquiteto na Escola Politécnica de São Paulo, mas teve que abandonar seus estudos. Em suas próprias palavras:

“Quando caí doente em 1904, fiquei certo de morrer dentro de pouco tempo: a tuberculose era ainda o ‘mal que não perdoa’. Mas fui vivendo[…]. Continuei esperando a morte a qualquer momento, vivendo sempre como que provisoriamente.”

A poesia de Manuel Bandeira tem muito presente este tema, mas tem muitas outras coisas também. Eu possivelmente sou uma das pessoas menos preparadas para escrever uma postagem sobre o poeta, mas me obrigo a fazer isto por duas razões. Primeiro por querer dividir com mais pessoas os poemas lidos pelo poeta e, depois, pelo fato de que Bandeira é o poeta ao qual mais frequentemente recorro. Pois que a poesia é fundamental.

As minhas primeiras leituras de suas obras foram feitas na Escola Elementar (ah, a escola é tão importante nas nossas vidas…), mas gostei tanto que passei a ser um leitor desobrigado, que lê pelo prazer da leitura e pelo que ganhamos ao fazer isso…

Vários livros com seus poemas passaram por minhas mãos, alguns se perderam para outras necessitadas mãos, mas alguns restaram. Um em particular me é caro, uma antologia que acabei mandando encadernar com uma capa mais robusta, pois que tem o autógrafo do poeta. É verdade, a dedicatória é para outrem, mas só de imaginar que a mão do poeta, segurando uma caneta, esteve por um breve momento sobre aquela página, muito me alegra…

Espero que você goste de ouvir a voz marcante de alguém que nasceu no século XIX, viveu seus mais dias na primeira metade do século passado dando vida a alguns de seus mais significativos poemas. Você há de perceber que a mensagem dos poemas continua sendo muito, muito significativa. Especialmente nestes nossos tristes dias!

Manuel Bandeira (1886 – 1968)

01. Noite Morta
02. Berimbau
03. O Cacto
04. Pneumotórax
05. Evocação do Recife
06. Profundamente
07. Namorados
08. Vou-me embora para Pasárgada
09. O Último Poema
10. Estrêla da Manhã
11. Momento num Café
12. Rondó dos Cavalinhos
13. O Martelo
14. Água-Forte
15. Canção do Vento e da Minha Vida
16. Última Canção do Beco
17. Belo Belo (Tenho tudo o que quero…)
18. Piscina
19. Tema e Voltas
20. O Rio
21. Arte de Amar
22. Boi Morto
23. Satélite
24. Noturno do Morro do Encanto
25. Consoada
26. Poema só para Jaime Ovalle
27. A Ninfa
28. Mascarada
29. Maísa
30. Azulão

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Aproveite!

René Denon

Vou-me embora para Pasárgada

Lá sou amigo do rei

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