Claude Debussy (1860 – 1911) • ∾ • Peças para Piano • ∾ • Steven Osborne ֍

 

Debussy

Peças para Piano

Steven Osborne

 

Um disco para quem gosta de música para piano! Mas, também adequado para quem gosta de música. Que festa de sons!

É impressionante o número de maravilhosos pianistas gravando e regravando um repertório que há quarenta ou cinquenta anos era restrito a um círculo de menos do que meia dúzia deles.

Concorrência anda braba, certo, Steven?

Basta tomar como parâmetro a obra para piano de Ravel, com o dificílimo Gaspard de la nuit, que pode ser acomodada em dois CDs. Veja só alguns nomes que podem lhe ser familiares: Angela Hewitt, Bertrand Chamayou, Jean-Efflam Bavouzet, Jean-Yves Thibaudet, Alexander Tharaud, Artur Pizarro e Steven Osborne, só para ficar nos selos mais conhecidos…

Mesmo assim, ao ouvir um disco como este, não posso deixar de admirar a qualidade técnica e a beleza da interpretação. Sem mencionar a escolha do repertório, de capa e outras pequenas coisas que distinguem um lançamento como este.

O disco começa com duas peças menos conhecidas, para chamar a nossa atenção e, então, L’isle joyeuse – um verdadeiro show de pirotecnia ao piano. Impossível ficar indiferente.

A seguir os dois trípticos chamados de Images, começando com a peça Reflets dans l’eau, que é também usada como encore por vários pianistas.

Seguindo as Images, mais um tríptico, Estampes. As três peças – Pagodes, de inspiração oriental (javanesa), La soirée dans Grenade e o Jardins sous la pluie, mais uma vez a inspiração das gotas de água e os seus ritmos, soam são tão inovadoras como eram ao serem escritas.

Completando o programa a suíte Children’s Corner com seus títulos em inglês. Debussy dedicou a suíte à sua filha, Claude-Emma, de apelido Chou-Chou. Na dedicatória ele colocou: ‘Para minha querida pequenina Chouchou, com a terna desculpa de seu pai pelo que seguirá’. E aí, toma de música linda com inspiração no universo das crianças e seus brinquedos. Enfim, um disco para ser ouvido miles de vezes.

Claude Debussy (1860 – 1911)

Masques L 110 (1903/4)

  1. Masques

… D’un cahier d’esquisses L 112 (1904)

  1. … D’un cahier d’esquisses

L’isle joyeuse L 109 (1903/4)

  1. L’isle joyeuse

Images pour piano I L 105(1905)

  1. Reflets dans l’eau
  2. Hommage à Rameau
  3. Mouvement

Images pour piano II L 120 (1907)

  1. Cloches à travers les feuilles
  2. Et la lune descend sur le temple qui fut
  3. Poissons d’or

Estampes L 108 (1903)

  1. Pagodes
  2. La soirée dans Grenade
  3. Jardins sous la pluie

Children’s Corner L119 (1906/8)

  1. Doctor Gradus ad Parnassum
  2. Jimbo’s lullaby
  3. Serenade for the doll
  4. The snow is dancing
  5. The little shepherd
  6. Golliwogg’s cake-walk

Steven Osborne, piano

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FLAC | 211 MB

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MP3 | 320 KBPS | 171 MB

Atenção! A peça Et la lune descend sur le temple qui fut é uma das mais bonitas do disco, mas é muito especial e merece ser ouvida com toda a atenção, especialmente numa linda e silenciosa noite. Não deixe o encanto ser quebrado…

I couldn’t agree more: here Osborne’s phrasing and pacing is pure and poetic, as well as raptly atmospheric in ‘The Snow is Dancing’ and it finishes with a deliciously louche cake-walk. — BBC Music Magazine, October 2017

Aproveite!

René Denon

Se você gostou da música desta postagem, poderá se interessar em visitar estas postagens aqui:

Debussy (1862-1918): Images e Estampes – Paul Jacobs

Claude Debussy (1862-1918): Images I e II – Estampes – Ivan Moravec, piano

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II, Images II, Children’s Corner

2 comments / Add your comment below

  1. Caro René, achei extraordinários esses registros de Steven Osborne para Debussy e Beethoven. Confesso que tenho dificuldades em relação à música de Debussy, mas não é possível resistir a tanta elegância e riqueza expressiva presentes nesse álbum. Como bem dito na postagem, trata-se de álbum a ser perenemente revisitado. Sua execução das sonatas n. 27 e 28 de Beethoven é muito boa, e realmente temos uma Hammerklavier soberba, fisicamente intensa e ao mesmo tempo desembaraçada. Até mesmo da capa eu gostei, dá um certo tom sublime; estranhei somente a ordem, é como se a op. 106 no começo causasse, na passagem para outra sonata, um anticlímax inevitável, acontecendo algo parecido naquele grande disco de Murray Perahia postado por você (com a sonata n. 14 depois da Hammerklavier), embora reconheço ser interessante aquela sua ideia de contraposição entre cabeça e coração. Obrigado! diariamente há pérolas compartilhadas.

    1. Olá, Otavio Ferraz!
      Obrigado por mencionar que gostou dos discos destas postagens. Com o volume das postagens, com o momento delicado que todos nós estamos vivendo e também uma cultura de pouco ou quase nada escrever (depois que o FB instituiu o ‘curtiu’), temos recebido pouco retorno de nossos caros frequentadores do blog. Assim, ficamos sempre apostando que as pessoas estejam aproveitando e gostando de nossas escolhas e nossas contribuições. Quando uma mensagem como a sua aparece, eu gosto bastante.
      Forte abraço do
      René

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