BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Fidelio, Op. 72 – Nielsen – Winbergh – Lienbacher – Moll – Titus – Hálasz

 

Encerramos essa semana de “Fidelios” com uma grata surpresa. Ou talvez não, porque a Naxos já vem há um bom tempo colocando, dentro de sua missão de proporcionar qualidade a baixo custo, ótimas gravações no mercado. Algumas, especialmente de ópera, são excelentes, e este “Fidelio” é sensacional. O veterano regente Hálasz dirige o que parece ser uma orquestra de câmara com tempos lépidos e muita atenção ao detalhe, sem deixar de causar sensação, especialmente nas grandiloquentes codas boladas por nosso herói Ludwig. E, falando em heróis, a dupla de protagonistas escandinavos faz muito bonito. A dinamarquesa Nielsen é uma Leonore com brilho e garbo, sem deixar de mostrar com delicadeza sua vulnerabilidade na arriscada (e, combinemos, inverossímil) operação de resgate, e o sueco Winbergh, infelizmente já falecido, é um dos melhores Florestans que já ouvi – sua sensível transição do torpor para a epifania, e dela para a redenção, soa-me impecável. A leveza de suas vozes orna muito bem com o sucinto conjunto orquestral, e o time de coadjuvantes – com destaque para um Kurt Moll que parece que vai engolir suas contrapartes cada vez que Rocco abre a boca – mantém o interesse das tramas secundárias. Os diálogos, que tantos ouvintes consideram indesejáveis, aqui são breves e muito atraentes, valorizando os timbres dos cantores. O único defeito desta gravação, felizmente pouco audível, e só no final, é um Don Fernando a que, parece, faltaram algumas colheradas de Biotônico. Nada que comprometa: ponto para a Naxos, que me proporcionou essa gravação há alguns anos por uns poucos pilas e me deu o “Fidelio” que mais sai de minha estante.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

Fidelio, ópera em dois atos, Op. 72
Libreto de Joseph Sonnleithner (1805) a partir do romance em francês de Jean-Nicolas Bouilly, posteriormente abreviado por Stephan von Breuning (1806) e editado por Georg Friedrich Treitschke (1814)

1 – Abertura

PRIMEIRO ATO

2 – “Jetzt, Schätzchen, jetzt sind wir allein”
3 – “Armer Jaquino, ich war ihm sonst recht gut”
4 – “O wär ich schon mit dir vereint”
5 – “Marzelline, ist Fidelio noch nicht zuruckgekommen?”
6 – “Mir ist so wunderbar”
7 – “Höre, Fidelio”
8- “Hat man nicht auch Gold beineben”
9 – “Ihr habt recht, Vater Rocco”
10 – “Gut Söhnchen, gut”
11 – Marsch
12 – “Drei Schildwachen auf den Wall”
13 – “Ha! Welch ein Augenblick!”
14 – “Hauptmann! Besteigen Sie mit einem Trompeter…”
15 – “Jetzt, Alter, jetzt hat es Eile!”
16 – “Abscheulicher! Wo eilst du hin?”
17 – “Marzelline! Marzelline!”
18 – “O welche Lust, in freier Luft den Atem leicht zu heben!”
19 – “Nun sprecht, wie ging’s”
20 – “Leb wohl, du warmes Sonnenlicht”

SEGUNDO ATO

21 – “Gott! Welch’ Dunkel hier!” – “In des Lebens Frühlingstagen”
22 – “Wie kalt ist es in diesem unterirdischen Gewölbe”
23 – “Er erwacht”
24 – “Euch werde Lohn in bessern Welten”
25 – “Alles ist bereit”
26 – “Er sterbe! Doch er soll erst wissen” – “Vater Rocco! Der Herr Minister ist angekommen” – “Es schlägt der Rache Stunde” – “Meine Leonore”
27 – “O namenlose Freude”
28 – “Heil sei dem Tag”
29 – “Des besten Königs Wink und Wille… O Gott”
30  – “Wer ein holdes Weib errungen”

Inga Nielsen, soprano (Leonore)
Edith Lienbacher,
soprano (Marzelline)
Gösta Winbergh,
tenor (Florestan)
Herwig Pecoraro,
tenor (Jaquino)
Péter Pálinkás, tenor (prisioneiro I)
József Moldvay,
baixo (prisioneiro II)
Kurt Moll,
baixo (Rocco)
Alan Titus,
baixo (Pizarro)
Wolfgang Glashof,
barítono (Don Fernando)
Magyar Rádió Kórus
Budapest Nicolaus Esterházy Sinfonia
Michael Halász,
regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Além dessa enxurrada de “Fidelios” novos – novos, quero dizer, pelo menos aqui no PQP Bach -, eu restaurei a postagem feita pelo colega Carlinus com a gravação de Otto Klemperer, considerada por muitos (entre os quais não me incluo, ainda que goste dela) a melhor que existe. Clique na imagem para conhecê-la e, quem sabe, ficar com uma cara igual à de Klemperer na foto.

 

#BTHVN250, por René Denon

Vassily

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