Schubert
Sonatas para Piano D 664 & D 537
Alfred Brendel
Alfred Brendel é um pianista (agora aposentado das gravações e concertos) especialista em Beethoven, Schubert e Liszt, entre alguns outros compositores. Sua gravação dos Concertos para Piano de Mozart, com a Academy of St. Martin-in-the-Fields, regida por Neville Marriner, é uma referência para este repertório e com o devido mérito.
Eu ouvi muitas vezes um de seus discos tocando Schubert, da Coleção Silver Line Classics, com a Fantasia Wanderer e a Grande Sonata D. 960. Mas o que me chamava a atenção para seus discos era algo do visual. Os retratos com sua proeminente e enrugada testa, os óculos de míope com aros escuros e pesados e um eventual sorriso torto. Mas havia ainda umas estranhas máscaras, que em minha crassa ignorância acreditava serem vagamente ‘africanas’. Assim, quando este disco apareceu eu tratei de investiga-lo com mais atenção. A máscara é arte primitiva de Nova Guiné e o interesse por esse objeto revela como é abrangente o interesse de Brendel por arte. Ele escreveu sobre arte Dada, sobre poesia e muito sobre música.
Neste disco adorável ele apresenta duas sonatas de juventude de Schubert, mas que revelam já o excelente compositor. Eu gosto demais destas duas sonatas. O livreto que acompanha os arquivos conta que estas sonatas são a primeira e a última das sonatas de juventude e que foram completadas. Isto por que Schubert era ousado e aventureiro nestas suas descobertas de composição.
A Sonata em lá maior, D. 664, já está a meio caminho do modelo das sonatas de Mozart e do próprio estilo que Schubert desenvolveria depois – do ‘comprimento celeste’. O Andante da Sonata em lá menor, D, 534, reaparece como o movimento final da Sonata em lá maior, D. 959, Rondo – Allegretto. Quem nos diz isto tudo é o próprio Brendel, que escreveu os comentários do libreto. Ele menciona uma observação de Schnabel dizendo que Schubert, além de lírico e melodioso, é capaz de produzir drama. Schnabel e Kempff que eram modelos de pianistas para Alfred Brendel. Você tem aqui a oportunidade de comparar a interpretação destas sonatas por Brendel com as deixadas pelo grande Wilhelm Kempff, uma vez que Ammiratore postou as gravações feitas por Kempff.
Franz Schubert (1797 – 18282)
Sonata para piano em lá maior, D. 664
- Allegro moderato
- Andante
- Allegro
Sonata para piano em lá menor, D. 537
- Allegro, ma non tropo
- Allegretto quasi andantino
- Allegro vivace
Alfred Brendel, piano
Gravado em Londres, 1982
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FLAC | 161 MB
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MP3 | 320 KBPS | 135 MB
Não se impressione com as máscaras e baixe o disco. Aproveite que é ‘papa-fina’!!
René Denon