O Concerto nº 5 (de 1811) é apelidado Imperador justamente por ser uma das obras orquestrais mais grandiosas da fase heróica de Beethoven, junto com as Sinfonias nº 3 (1803), 5 e 6 (1808) e a ópera Fidelio com suas quatro Aberturas (1805 a 1814).
Karl Böhm (1894-1981) foi um maestro austríaco que conheceu, em Viena e Salzburgo, as gerações contemporâneas de Brahms e Bruckner, e carregou a tocha do romantismo germânico sem os exageros de Karajan. Realizou gravações famosas de Beethoven com a Filarmônica de Viena e a Staatskapelle Dresden. Sua Pastoral foi escolhida por meu colega Das Chucruten como a gravação romântica por excelência desta sinfonia.
Pollini não precisa de apresentações, os frequentadores do blog acompanharam suas gravações de Beethoven, de Chopin e muitos outros. Ele já foi incensado dezenas de vezes pelos elogios de PQP e FDP, como nesta postagem abaixo, de 2008.
Como colaboração à Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini trago para os nossos leitores / ouvintes um grande momento. Maurizio Pollini tocando o Concerto Imperador acompanhado pelo grande Karl Böhm.
Explico: há alguns meses, uma grande amiga do blog, Laís Vogel, me perguntou com aquele jeitinho que toda a baiana tem, se por acaso eu não teria esta gravação. Como grande admirador destes dois músicos, informei-lhe que obviamente possuía, e que se fosse de seu desejo, eu mandaria para ela. Claro que fã ardorosa de Pollini, e membra(?) fundadora da Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini ela pediu encarecidamente a gentileza. Bem, enviei este material para ela, e acabei esquecendo da tal da gravação, envolvido que estava com outras coisas.
Falar o que sobre o Concerto Imperador a não ser que o considero a maior obra já escrita para o repertório pianístico? Falar o que sobre Pollini que já não tenha sido falado aqui no blog, e ardorosamente defendido pela Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini…? E Karl Böhm, um dos maiores regentes do século XX, imbatível no quesito Mozart?
Vamos deixar, portanto, que a música fale por si mesma.
Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concerto No.5 in E flat major Op.73 -“Emperor”
1. Piano Concerto No.5 in E flat major Op.73 -“Emperor” – 1. Allegro
2. Piano Concerto No.5 in E flat major Op.73 -“Emperor” – 2. Adagio un poco mosso
3. Piano Concerto No.5 in E flat major Op.73 -“Emperor” – 3. Rondo (Allegro)
Maurizio Pollini – Piano
Karl Böhm – Condutor
Wiener Philharmoniker
FDP (2008), Pleyel (Repostagem, 2020)
FINALMENTE APARECEU ALGUÉM QUE SABE O NOME DE NOSSA FUNDAÇÃO, LAIS!!!!
Karl Bohm regia dormindo…”zzz”…a melhor gravação do Pollini é realmente com Abbado. O maior concerto para piano já escrito é do filho de Beethoven, o Segundo Concerto para Piano, de Brahms…rsrs…
Esqueceram da gravação de Karajan(BPO) e Weissenberg? e a do Mestre Arthur Schnabel e Malcolm Sargent com a LPO ? e a de Bernard Haitink e M.Perahia ; Bakala e Richter……Temos muito mais ,agora não me recordo.
A gravação do Schnabel, como sempre, peca um pouco pela qualidade do áudio e do Karajan/Weissenberg é a melhor que já ouvi e Sv Richter é muito mais pianista em Beethoven e românticos do que o ”queridinho” do Pollini …Sv Richter é um ”cult”…
Eu costumo concordar com o Cesário, mas desta vez não deu. E olha que vou ignorar a referência blasfema ao excelso Pollini…
Böhm regia dormindo? Nunca! Böhm era genial.
Volto a concordar com o Cesário quando ele diz que o Imperador não é o maior concerto para piano. Na minha humilhíssima opinião, o 2 de Brahms também está à frente do Imperador, mas todos sabemos que o maior foi escrito por Béla Bartók, É CLARO!
Ahahah…pegue o DVD em que Bohm rege Pollini acho que no terceiro concerto….zzzz…sacanagem do …Lebrecht,de quem mais poderia ser? Está no Livro o Mito do Maestro. Eu adoro Karl tenho vários cds e dvds dele em Mozart,Wagner,Straus…mas que parece dormir…rsrs…
Sviat. Richter era um mito, inclusive pelo caráter esdrúxulo.Vejam bem que disse ”inclusive”…
Nunca ouvi S.Richter tocando o “Imperador”… Alguém de vocês tem isso ????
Abraço, Eduardo
Ola amigos!
Eu estava sem computador esses dias. Que maravilha!!
Realmente, essa gravação do bohm é extraordinaria! A de Abbado tambem é sensacional. Penso que a do Bohm leva uma pequena vantagem por causa do adágio. Pollini não conseguiu repetir com Abbado a mesma performance que conseguiu com Bohm no segundo movimento do Imperador!
Mas isso é pessoal.
PQP! Eu tambem adoro Cesário, mas tenho que discordar dele quando ele fala do Italiano. A noção de tempo, e o lirismo estão perfeitos no Imperador! Pollini consegue uma clareza cristalina nesse maravilhoso concerto que possui momentos dificílimos para piano!
Do jeito que a Laís fala eu tenho que aderir ao Lombardo…salve Laís,sumiu e fez muita falta.
Eduardo eu tenho somente o ”primeiro e o terceiro” do Sv. Richter com o Bakala e a BRNO.
Oi, Cesario !
Eu tenho somente o 1o. Concerto com o S.Richter, mas com a Sinf.Boston/ Munch. O Imperador acho que ele nunca gravou… Se der pra disponibilizar esse 3o., agradeceria muito !
PS – embora seja fã de carteirnha do S.Richter, também sou do Pollini !!! E, nas Sonatas de Beethoven (exceto nas últimas, que acho Pollini imbatível), ainda fico com o Gilels
Abraços, Eduardo
Mais uma coisa: cheguei a ter em vinil uma versão do 3o. Concerto com S.Richter com o Riccardo Muti – muito bem tocado, como era de se esperar, mas meio sem graça, um pouco lento demais…
Eduardo
O Problema todo é que eu não sei como disponibilizar nada pela internet,sou semi-analfa no assunto…eh
Pessoal, só pra continuar uma brincadeira que iniciou nas postagens anteriores: qual o “melhor” Concerto para piano já escrito?
Não tem sentido escolher um único, então proponho uma lista de “legítimos sucessores” do “Imperador”:
– Segundo de Brahms (interpretação referência: Nelson Freire)
– Segundo de Liszt (interpretação referência: Richter)
– Primeiro de Bartok (interpretação referência: Pollini)
– Terceiro e Quinto de Prokofiev (interpretações de referência: Argerich e Richter)
E vocês, que acham???
Abraço, Eduardo
Eduardo, colocaria como referência para o segundo de Brahms a versão do Rubinstein, recém postada, e a minha favorita, e que ainda tenho em LP, infelizmente sumida do mercado, com o Kovacevich. Magnífica também uma de minhas próximas postagens, este Segundo concerto com o Gilels e o Jochum, não por acaso, na lista da Grammophone como uma das maiores gravações de todos os tempos.
Eu colocaria o 2º concerto de Bramhs com a dupla Pollini/Abbado,embora ambas as gravações citadas anteriormente sejam excepcionais.
Para o 2º de liszt concordo com o Eduardo,Richter o faz muito bem.
o 1º de Bartok eu gosto muito da versão de Pollini ,mas prefiro a versão de Anda/Fricsay.
Nos concertos de Prokofiev ,Richter é excelente ,mas a Argerich não me convence muito e também confesso que conheço poucas gravações boas destes concertos de Prokofiev.Bem essas são as minhas opiniões sobre os concertos citados pelo Eduardo,mas também acrescento o concerto nº3 de Beethoven com a dupla Michelangeli/giulini.
Abraço a todos
Junior de Oliveira
Desculpe ter citado o nº3 de Beethoven,não prestei atenção que se tratavam dos sucessores do “imperador”
Olá moçada de bom ouvido! Estou curtindo o Concerto no.5 de Beethoven com o romeno Radu Lupu regido por Zubin Mehta. O que vocês acham dessa versão? Em nenhum momento senti angustia do mestre pela invasão de Viena por Napoleão (1811. Será que a surdez já graçava avançada?