W. A. Mozart (1756 – 1791): Integral Concertos para Piano – Jenö Jandó – Post 4 de 5

The Miles Kendig Post 4

Wolfgang Amadeus Mozart Integral dos Concertos para Piano

Jenö Jandó

Esta postagem, a quarta de uma série de cinco, é dedicada à lembrança de Miles Kendig.

Quando precisa dirigir, mesmo que em estradas sinuosas dos Alpes, ou nos arredores de Londres, Miles Kiling não deixa de levar seus cassettes com concertos para piano de Mozart. Ingrid Haebler e Géza Anda são alguns de seus intérpretes preferidos.

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Jenö Jandó

Jenö Jandó, nosso guia por esta jornada aos Concertos para piano de Mozart é ótimo pianista húngaro. Versatilíssimo, ajudou a construir boa parte do catálogo da gravadora Naxos. O homem produziu a Integral das Sonatas para piano de Beethoven, de Haydn, de Schubert. O que Wilhelm Kempff fez para a Deutsche Grammophon, ele fez para a Naxos e sempre com competência e sensibilidade.

Acredito ainda que, deste período de construção do catálogo da Naxos, sua contribuição maior, mais duradoura, tem sido essa série de Concertos para Piano de Mozart. As gravações do Jenö Jandó, acompanhado pela Concentus Hungaricus, regida por Mátyás Antal ou András Ligeti, vale a nota e a divulgação. Todas as gravações foram feitas no Instituo Italiano de Budapeste, entre 1989 e 1991, com a produção de Ibolya Tóth.

A partir de 1781, quando Mozart se mudou para Viena, os concertos para piano ganharam um papel de destaque (ao lado das óperas) entre as suas composições. O concerto para piano era o veículo ideal para que ele se apresentasse como solista e compositor.

Alguma informação sobre os concertos desta postagem:

Os Concertos Nos. 11, 12 e 13 fazem parte de um conjunto de três e foram os primeiros produzidos em Viena. O Concerto No. 13, em dó maior, K. 415 aproxima-se bastante das sinfonias escritas em dó maior, num estilo pomposos e formal, com ritmos militares e passagens de virtuosismo. São estes os concertos sobre os quais Mozart dizia nas cartas a seu pai serem uma média acertada entre o excessivamente fácil e o excessivamente difícil.

Os Concertos No 15, em si bemol maior, K. 450 e No. 16, em ré maior, K. 451 foram escritos em 1784 para apresentações do próprio Mozart. Em carta de 26 de maio, para seu pai, ele fala desses dois concertos que fazem suar. No concerto No. 15 os sopros rebem um tratamento mais elaborado.  O Concerto No. 16, em ré maior, K. 451, escrito em uma tonalidade tradicionalmente brilhante, tem a orquestra acrescida de trompetes e tímpanos.

No início de 1875 Mozart compôs dois concertos para piano – os Concertos Nos. 20 e 21 não poderiam ser mais diferentes. O Concerto No. 20, em ré menor, K. 466 é o primeiro concerto a ser escrito em tonalidade menor e só haveria mais um, também escrito em tonalidade menor, o Concerto No. 24, em dó menor, K. 491. O Concerto No. 20, em ré menor, tem os mesmos ares da ópera Don Giovanni, e também do Réquiem. Ele começa com um tema sombrio nas cordas, estabelecendo um ar fatídico (dämonisch, dizem os alemães) que ajudou a tornar este um dos concertos de Mozart preferido pelos jovens românticos (mesmo os que não sabiam serem românticos). Beethoven o mantinha em seu repertório. Nesta gravação, Jenö Jandó usa as cadenzas de Beethoven.

Os Concertos Nos. 20 e 21 dão um passo avante em relação aos anteriores (só Mozart para melhorar a perfeição). Antes o solista e o tutti dividiam o mesmo material temático. Aqui temos uma nova relação estabelecida entre o solista e a orquestra.  O movimento final, um Rondo allegro assai, é lançado por uma figura chamada o foguete de Mannheim.  Para as pessoas de nossa época a palavra foguete está associada a artefatos espaciais e coisas assim, mas aqui estamos mais para fogos de artifício. Mas essa figura é bastante presente em peças desta época, com o início do quarto movimento da Sinfonia No. 40 ou o primeiro movimento da Sonata para piano, No. 1, Op. 2, 1, de Beethoven.

O Concerto No. 25, em dó maior, K 503 é contemporâneo da Sinfonia No. 38, Praga, K. 504. O Concerto inicia em tons marciais, como o Concerto No. 5, de Beethoven. O primeiro movimento tem proporções bem sinfônicas e seus ritmos de marcha lembram a Marseillaise, que ainda não havia sido composta. Johann Nepomuk Hummel, do lindíssimo Concerto para trompete, tinha esse concerto em alta conta. A gravação deste concerto feita por Stephen Kovacevich e Colin Davis é um primor e em momento oportuno poderá surgir por aqui.

Complete Piano Concertos – Volume 1

Concerto No. 20 em ré menor, K. 466

  1. Allegro
  2. Romance
  3. Allegro assai

Concerto No. 13 em dó maior, K. 415

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Rondeau: Allegro

Jenö Jandó, piano

Concentus Hungaricus & András Ligeti

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FLAC | 200 MB

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MP3 | 320 KBPS | 128 MB

 

Complete Piano Concetos – Volume 7

Concerto No. 25 em dó maior, K. 503

  1. Allegro maestoso
  2. Andante
  3. Allegretto

Concerto No. 16 em ré maior, K. 451

  1. Allegro assai
  2. Andante
  3. Allegro di molto
  4. Rondo em lá maior, K. 386

Jenö Jandó, piano

Concentus Hungaricus & Mátyás Antal

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MP3 | 320 KBPS | 140 MB

Espero que esta série de postagens lhe aproxime do legado maravilhoso que é a obra de Mozart, em particular de seus concertos para piano. Faça como Miles Kendig, ouça Mozart!

René Denon

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