As obras do mais recente álbum de Viktoria Mullova são dedicadas à música para violino de Arvo Pärt. As composições derivam dos estudos de Pärt sobre a música da igreja medieval e são produtos que ele descreve como de estilo “tintinnabuli”, desenvolvido pelo compositor nos anos 70. “Descobri que é suficiente quando uma única nota é tocada de maneira bonita. Essa nota, ou uma batida silenciosa ou um momento de silêncio, me conforta. Eu trabalho com poucos elementos — com uma voz, duas vozes”. Tais peças se tornaram icônicas no repertório contemporâneo. Este álbum foi gravado na presença do compositor, como demonstra a capa. E é EXTRAORDINÁRIO.
Arvo Pärt (1935): Darf ich… / Fratres / Passacaglia / Tabula rasa / Spiegel im Spiegel
1. Darf ich… 02:52
2. Fratres 10:26
3. Passacaglia 04:42
4. Tabula rasa: I. Ludus 10:57
5. Tabula rasa: II. Silentium 20:35
6. Spiegel im Spiegel 09:25
Viktoria Mullova (violin)
Estonian National Symphony Orchestra
Paavo Järvi (conductor)
PQP
Caro PQP, o que nos impede de dizer que Pärt é o maior músico de nossa época e aquele que melhor expressa o espírito religioso contemporâneo?
O PQP não sabe porque não é religioso.
O destino da música de Arvo Part é D´us. Não precisa ser religioso para entender isso.