Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto Nº 5 para piano e orquestra, Op. 73, “Imperador” & 32, 12 e 6 Variações para Piano Solo

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Vamos ao último concerto para piano e orquestra de Beethoven com o Gilels. Uma beleza! O concerto número 5 de Beethoven é conhecido também como “Imperador”. Essa designação não foi dada pelo próprio Beethoven. O compositor Johann Baptist Cramer teria sido o responsável por assim denominá-lo. Ficou primeiramente conhecido com esse epíteto nos países de língua inglesa e logo em seguida tornou-se comum chamar o concerto de “Imperador”. Certo mesmo é que a obra foi escrita entre os anos de 1809 e 1811 em homenagem ao arquiduque Rodolfo, mecenas e aluno de Beethoven. O concerto número 5 é uma peça possuidora daquela beleza idealista de Beethoven. Nele percebemos os sonhos, esperanças e reflexões do grande mestre. Aparecem ainda três variações impelidas pelas mãos geniais de Emil Gilels.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto No. 5 para piano e orquestra in E flat, Op. 73 – “Imperador”, 32 Variations in C minor on an Original Theme, Wo080, 12 Variations in A on Russian Theme from Wranitzky’s ‘Das Waldmädchen’, Wo071 e 6 Variations in D on a Turkish March from “The Ruins of Athens”, Op. 76

Concerto No. 5 para piano e orquestra in E flat, Op. 73 – “Imperador”
01. I – Allegro
02. II – Adagio un poco mosso
03. III – Rondo, Allegro

Cleveland Orchestra
Geroge Szell, regente
Emil Gilels, piano

32 Variations in C minor on an Original Theme, Wo080
04. 32 Variations in C minor on an Original Theme, Wo080

12 Variations in A on Russian Theme from Wranitzky’s ‘Das Waldmädchen’, Wo071
05. 12 Variations in A on Russian Theme from Wranitzky’s ‘Das Waldmädchen’, Wo071

6 Variations in D on a Turkish March from “The Ruins of Athens”, Op. 76
06. 6 Variations in D on a Turkish March from “The Ruins of Athens”, Op. 76

Emil Gilels, piano

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Gilels: uma autoridade em Beethoven
Gilels: uma autoridade em Beethoven

Carlinus

26 comments / Add your comment below

  1. Grande postagem. Só não baixo porque já tenho.
    Se você tiver a oportunidade, poste também a versão Szell/Fleisher. É ainda melhor, pelo menos é a minha favorita do Imperador. E seria interessante comparar duas gravações com a mesma orquestra, o mesmo regente e pianistas diferentes.

  2. Se tem uma coisa que eu não suporto são os filmes sobre Beethoven. Acho-os altamente prejudiciais para compreensão de sua vida e obra. Muito melhor é comprar uma biografia e por um CD pra ouvir.

    Sobre o Concerto Imperador considero que há várias gravações boas, e apesar de eu achar que existem vários pianistas superiores a Pollini, as interpretações de italiano se sobressaem.

    Esta gravação das Variações WoO 80 com Gilels estão entre as mais extraordinárias que vocês podem encontrar. Uma obra-prima!

  3. Realmente, e infelizmente, a maioria dos filmes sobre Beethoven é dispensável.

    Pelo menos “O Segredo de Beethoven” se assume como um filme de fantasia, além de ter o Ed Harris numa interpretação excepcional.

    Ao contrário do “Minha Amada Imortal” pretensamente auto-biográfico, um lixo. Muito pouco deste filme pode ser considerado verdadeiro.

    Mas quem tiver interesse, existe um filme-documentário em 3 partes da BBC na rede: The Genius of Beethoven. Os diálogos dos atores são simplesmente as notas escritas por Beethoven e membros do seu círculo. Este vale a pena conferir.

    sds

  4. Ivan Ricardo:

    Assino embaixo desse trecho que você escreveu:

    “Se tem uma coisa que eu não suporto são os filmes sobre Beethoven. Acho-os altamente prejudiciais para compreensão de sua vida e obra. Muito melhor é comprar uma biografia e por um CD pra ouvir”.

    Sob a desculpa de quererem retratar “o lado mais humano” do compositor os cineastas acabam por fazer uma caricatura do mesmo. Quem vê boa parte desses filmes acaba tendo a idéia de que um dos maiores gênios da humanindade não passava de um velho doido e surdo.

  5. Olá ludwig!

    Eu conheço esses documentários da BBC, e até os acho legais, principalmente porque se baseiam em fatos reais, relatados pelo próprio compositor e pessoas próximas.

    O que realmente não me entra na cabeça são os atores que o interpretam. Aquela “máscara” que poem na cara para ficar com um semblante de alguém chato e arrogante me enche o saco.

    Desses documentários da BBC gosto sobretudo da 1ª parte, quando ele ainda é criança, e das explicações técnicas do narrador. De resto, salvam-se os relatos das pessoas e alguma outra parte. Aquela cena em que uma soprano canta uma ária e Beethoven fica paralisado contemplando eu acho simplesmente insuportável, assim como um monte de outras cenas.

  6. O filme mais interessante que assisti sobre Beethoven foi produzido nos anos 30, ou 40, na França, em preto e branco, mas não me perguntem o nome. Assisti em alguma sessão maldita em algum cineclube no início dos anos 90, quando morava em São Paulo (talvez a Sala Cinemateca ou no Cine Carlitos, ali na Prala Roosevelt). Aliás, alguém saberia dizer se este cinema ainda existe?
    Com relação ao “Amada Imortal” achei fraquíssimo, e esse com o Ed Harris também é de doer de ruim. Na verdade, até hoje não fizeram um filme decente sobre Beethoven.

  7. Ok, acompanhei os comentários, enquanto baixava o CD. Primeiramente, agradecer mais uma vez aos responsáveis pelos posts (já baixei vários) e também à dica da versão Szell/Fleischer, já esotu baixando esse tb! Com relação à filmes sobre a vida do gênio de Bonn, realmente cinema dificilmente reproduz na tela algo q diríamos “próximo” do real. Mas enfim, comprei há algum tempo o DVD “À Minha Amada Imortal” e gostei muito da trilha sonora e do roteiro. Quanto a veracidade do mesmo, prefiro nem questionar, afinal, como bom cinéfilo, sei que para se fazer um filme assim teria q haver umas enxerções romantescas na história para ter público. É isso aí, valeu. Abçs!

  8. Vanderson:

    O problema com filmes como “A amada imortal” ou “O segredo de Beethoven” está na falta de compromisso com a verdade. Por mais que se diga que são obras de ficção, é certo que esse tipo de filme influencia muito o que as pessoas (o público em geral) pensa sobre o artista retratado. Muitas pessoas passam a crer que determinadas cenas desses filmes são reais.

    Na “A amada imortal” nota-se um exagero na caracterização do Beethoven. Sob a desculpa de tratarem o compositor de forma menos romântica e mais realista transformaram ele, na parte final do filme, em um velho surdo e imbecil, contrariando a própria produção musical dele, que sempre foi CRESCENTE, ou seja, SEMPRE EVOLUIU para para obras sempre mais complexas. Acho incoerente mostrar uma figura humana patética, que era “objeto de brincadeiras infantis” (tem uma cena ridicula e pavorosa de um Beethoven velho e bobo, ralhando com crianças) e, ao mesmo tempo, querer dizer que essa figura compôs a Nona Sinfonia!!! Que Beethoven ficou surdo, isso é certo. Contudo, ele não perdeu capacidade mental quando envelheceu!

    O documentário da BBC (referido pelo Ivan Ricardo e pelo Ludwig) é mais fiel à biografia do compositor. Contudo tem muitas cenas realmente inadequadas. Das cenas que eu acho VEROSSÍMEIS (mais próximas à personalidade do compositor) eu destaco a cena em que ele se revolta com a reação do público contra a sua Segunda Sinfonia: Ele simplesmente se levanta, possesso, e vai embora. Esse é o Beethoven real, humano. Mesmo assim, essa cena ainda é bem suave perto do que se conhece das reações (a maior parte das vezes, exagerada) do Beethoven.

    Beethoven tinha um personalidade fascinante, mas não era nem um pouco agradável. Esses filmes (principalmente os de Hollywood) adaptam o Beethoven-Real para um Beethoven mais “digerível” pelo público. É interessante como Beethoven “incomoda” até hoje a ponto de sua personalidade ter que ser alterada para poder ser bem recebida pelo público em geral.

    Até mesmo no documenário da BBC existem máscaras, como bem disse o Ivan Ricardo.

  9. Mas as biografias transformadas em filme têm disso mesmo. Vejam como Salieri foi retratado em Amadeus, por exemplo (apesar de o filme não ser sobre ele).

  10. Este filme-documentário da BBC é aquele em que em o Haydn, já velhinho, aparece quando ele está estreando a 3ª Sinfonia no castelo dos Asterházy? Todos reclamam da obra, dizendo que ela é barulhenta, mas o velho Haydn faz um comentário de que se tratava de uma obra do futuro …

  11. Ô se “Amadeus” é sobre Salieri! Inclusive a peça de Peter Shaffer que gerou o filme é baseado em uma peça de Pushkin chamada “Mozart e Salieri”.

  12. Aí, só um desagravo. A sonata 32 opus 111 é o que Bach sonharia para seu sucessor, sem falar em todos os quartetos de Beethoven. Aquele filme citado (com Ed Harris no papel de Beethoven) pelo menos deixa claro que os quartetos eram o legado dele ao futuro. E a Grosse Fugue é o máximo – música 100 anos além do seu tempo.

  13. Passo umas semanas fora, e o que vocês fazem? Postam só coisas legais! Agora me sinto na obrigação de passar o dia de amanhã baixando essas preciosidades da blogosfera!

    Obrigado pela postagem! ;o)

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