Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Arte da Fuga, BWV 1080

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Obs. de PQP, hoje: Muitos dizem que A Arte da Fuga é uma música tão abstrata e complexa que serve melhor ao leitor de sua partitura do que ao ouvinte. Eu até concordo, mas esta gravação faz música de A Arte da Fuga. E sem perder a erudição e a complexidade. Uma coisa de louco! Mas deixemos a palavra ao Carlinus.

E eis que o PQP Bach chega às 2000 postagens. Isso mesmo! 2000 postagens. (Estávamos em 2010, senhores… Hoje temos 5000). Não é brincadeira. Iria postar Shostakovich, mas acredito que não postar o grande patriarca do blog, que empresta o nome ao espaço, seria uma grande heresia, um verdadeiro sacrilégio. Por isso, resolvi postar A arte da fuga, uma daquelas peças que nos deixa boquiabertos. Esta peça é para ouvir e chorar. Simplesmente, indescritível. É como se Bach pegasse todas as suas composições e dissesse: “Em suma, a síntese de tudo aquilo que produzi está em A Arte da Fuga”. Alguns dados objetivos da peça: “A Arte da Fuga (Die Kunst der Fuge, em alemão), BWV 1080, é uma peça inacabada do compositor alemão Johann Sebastian Bach. A composição da obra provavelmente se iniciou em 1742. A primeira versão de Bach que continha 12 fugas e dois cânones foi copiada em 1745. Este manuscrito tinha um título ligeiramente diferente, acrescentado posteriormente por seu genro, Altnickol: Die Kunst der Fuga. A segunda versão da obra foi publicada depois de sua morte em 1750, contendo 14 fugas e quatro cânones. A obra demonstra o completo domínio de Bach da mais complexa forma de expressão musical da música clássica européia, conhecida como contraponto. A obra é composta de combinações engenhosas e particularmente elaboradas de temas relativamente simples desenvolvidos como composições da mais alta musicalidade. A Arte da Fuga se situa entre os pontos mais altos a que chegou a música européia devido à complexidade única de sua forma e estrutura”. Boa apreciação!

Alguns dados extraídos DAQUI

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A arte da Fuga, BWV 1080

DISCO 01

01. Contrapunctus 1 BWV 1080-1
02. Contrapunctus 2 BWV 1080-2
03. Contrapunctus 3 BWV 1080-3
04. Contrapunctus 4 BWV 1080-4
05. Contrapunctus 5 BWV 1080-5
06. Contrapunctus 6 a 4 in Stylo Francese BWV 1080-6
07. Contrapunctus 7 a 4 per et Diminut[ionem] BWV 1080-7
08. Contrapunctus 8 a 3 BWV 1080-8
09. Contrapunctus 9 a 4 alla Duodecima BWV 1080-9
10. Contrapunctus 10 a 4 alla Decima BWV 1080-10

DISCO 02

01. Contrapunctus 11 a 4 BWV 1080-11
02. Contrapunctus inversus a 4 BWV 1080-12.1
03. Contrapunctus inversus 12 a 4 BWV 1080-12.2
04. Contrapunctus inversus a 3 BWV 1080-13.1
05. Contrapunctus a 3 BWV 1080-13.2
06. Fuga a 3 Soggetti BWV 1080-19
07. Canon alla Ottava BWV 1080-15
08. Canon alla Decima Contrap[p]unto alla Terza BWV 1080-16
09. Canon alla Duodecima in Contrap[p]unto alla Quinta BWV 1080-17
10. Canon per Augmentationem in Contrario Motu BWV 1080-14
11. Fuga a 2 Clav. BWV 1080-18.1 [13.1bis]
12. Alio modo Fuga a 2 Clav. 1080-18.2 [13.2bis]

Sergio Vartolo & Maddalena Vartolo, cravos

BAIXE O CD1 AQUI — DOWNLOAD CD1 HERE
BAIXE O CD2 AQUI — DOWNLOAD CD2 HERE

Bach Alfabeto

Carlinus

14 comments / Add your comment below

  1. Que maravilha! Parabenizo pelo bem enorme que fazem os que aqui passam deixando um rastro de beleza para se ouvir… Que venham mais 2.000 postagens!

  2. Muito boa a interpretação, se bem que aprecio mais a obra em questão com quarteto de cordas, a postagem com o Emmerson Quartet string continua imbatível para mim!

  3. Na verdade, Carlinus, a marca de duas mil postagens já foi batida há tempos… Se considerarmos as postagens do Villa-Lobos, que foram todas excluídas, e as postagens que a antiga contribuidora do blog, Clara Schumann, apagou, acho que já se estaria próximo à marca 2.300…

  4. Carlinus,
    Obrigado pela repostagem! Amo a Arte da Fuga, sobretudo após ter ouvido a versão para sopros que vocês postaram aqui no PQPBach…
    Fico feliz por encontrá-lo por cá, mesmo quando já não o vejo pelO Ser da Música há algumas semanas
    🙂

    1. Olá, Eduardo. O Carlinus parou com o blog por falta de tempo e de tesão de continuar postando. Não creio que vá voltar. Ele tem uma rotina muito puxada como professor e resolveu se dedicar a outras atividades. É uma pena, o blog dele, seu conhecimento e sua erudição eram uma inspiração para todos aqui do PQPBach.

  5. Que gravação estupenda!!!
    Lamento só ter chegado a ouvir HOJE, apesar de ter baixado há anos… (Nem sonhem, os caros leitores, que nós mesmos, da equipe do PQP Bach, damos conta de ouvir todos os oceanos musicais que passam por aqui!)

    Acontece que… eu havia mudado o nome da pasta logo depois do download, e a pasta não contém nenhum arquivo de texto com o nome dos artistas, lista de faixas, etc. Como atualmente o blog tampouco tem mecanismo de busca, tive um bocado de trabalho para achar o nome dos músicos: Sergio e Maddalena Vartolo.

    Acontece que a pasta não contém nenhum arquivo de texto com o nome dos artistas – e a parte do blog aberta ao público não contém mais mecanismo de busca. Precisei logar e fazer a busca como “iniciado”, e só aí encontrei os nomes dos cravistas: Sergio Vartolo e Maddalena Vartolo.

    Ótimo… mas eu ainda não conhecia – e tamanha realização indica artistas que merecem ser conhecidos além do nome. Aí fui ao Google, e…

    … encontrei biografias bastante detalhadas do Sr Sergio: nascido em 1944, cravista, organista, musicólogo, regente, por algum tempo atuou também como contratenor…

    E a Maddalena: Esposa? Filha?
    NENHUMA PALAVRA sobre ela.

    Pesquisando só com “Maddalena Vartolo”, todas as referências levavam a matérias sobre este mesmo disco – mas nenhuma continha uma palavra sobre Maddalena, além do nome.

    O site AllMusic chega a dar uma resenha do CD, assinada por James Leonard, elogiando a realização do Sergio do ponto de vista técnico mas chamando-a (injustissimamente) de fria e sem emoção – sem sequer mencionar que é executada em 2 cravos e existe outra pessoa tocando além do Sergio…

    PQP, que nós homens muitas vezes somos MUITO dos podres, com nosso machismo! Até num meio supostamente mais sensível como o musical!

    Enfim: quem ainda não ouviu, OUÇA. É uma realização bachiana realmente prodigiosa! Mas não vamos esquecer que ela sequer existiria sem as graças de mais esta Santa Maddalena injustiçada!

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