O recital de David Grimal e Georges Pludermacher começa com a Sonata de Debussy. Não sou apaixonado por ela, mas Grimal me convenceu, o que acontece raramente em um ouvinte como eu, que tem dificuldades com este compositor. Mas Debussy teve grande influência no início da carreira de um dos caras que mais amo, Bartók. A Sonata Para Violino Solo do húngaro é uma obra-prima que foi escrita de encomenda para Yehudi Menuhin. Acho que Grimal poderia ter sido mais agressivo, mas OK. (Creio que Vilde Frang tenha se saído melhor do que Grimal na obra. Aliás, amanhã postaremos uma versão também superior a de David, mas inferior à de Frang). E realmente gostei muito, muito mesmo, de sua interpretação da Sonata de Ravel, que me pareceu, secundado por Bartók, os filés do CD.
Debussy, Ravel: Sonatas para Violino e Piano / Bartók: Sonata para Violino Solo
Claude Debussy
Sonate Pour Violon Et Piano
1 Allegro Vivo 5:00
2 Intermède. Fantasque Et Leger 4:10
3 Finale Très Animé 4:09
Béla Bartok
Sonata For Solo Violin SZ 117
4 Tempo Di Ciaccona 9:53
5 Fuga 4:18
6 Melodia 6:14
7 Presto 5:00
Maurice Ravel
Sonate Nº2 Pour Violon Et Piano
8 Allegreto. Andante 7:45
9 Blues, Moderato 5:04
10 Perpetuum Mobile 3:31
Violin – David Grimal
Piano – Georges Pludermacher
PQP
Se você, Pqpbach, tem dificuldade com Debussy, imagina eu ao ouvir
esta sonata de Bartok! É uma música que soa estranha aos ouvintes
não iniciados como eu – às vezes bárbara outras vezes sutil à maneira de
Debussy(uma das obras de Bartók se chama Allegro Barbaro). É música
boa, sem dúvida mas creio que os ainda não iniciados gostariam de uma
pitada de harmonia, não?
abraços
Pois é. Eu a acho muito lógica e até natural, apesar da aspereza. Ainda bem que não somos todos iguaizinhos, né? Já pensou que chato?
Concordo! Seria enfadonho. O atrito leva à Luz!
abraços fraternais