Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Violino, Op. 61 / Romances

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Posso ser polêmico? Pois, para mim, esta gravação ao vivo é a melhor deste célebre concerto. Mas talvez não deva ser a primeira versão a ser ouvida por um jovem ouvinte. A interpretação pessoalíssima vem de uma Mutter madura e ousada, que tem desagradado os conservadores em função da “jazzificação” de seus solos. Sim, sua interpretação desta grande obra-prima está a léguas da ortodoxia. Eu entendo essas pessoas em seu desconforto. Elas querem mais do mesmo e cada vez mais perfeito, tudo bem longe de quaisquer riscos. Aí aparece Mutter e vira tudo de cabeça para baixo. E tais ouvintes parecem não captar a diferença entre uma improvisação altamente artística e a vulgaridade. Beethoven era uma alma romântica presa em uma moldura clássica e, se voltasse hoje, acho que adoraria ouvir as improvisações da genial Mutter. O que Mutter fez foi projetar uma peça de música celestial para a paisagem onde nós, mortais, vivemos. Sou muito grato.

Beethoven: Violin Concerto In D, Op.61
1 Allegro ma non troppo – Cadenza: Fritz Kreisler 27:08
2 Larghetto 10:58
3 Rondo. Allegro (Cadenza: Fritz Kreisler) 10:10

4 Beethoven: Violin Romance No.1 In G Major, Op.40 7:10
5 Beethoven: Violin Romance No.2 In F Major, Op.50 8:22

Anne-Sophie Mutter
New York Philharmonic
Kurt Masur

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Anne Sophie Mutter, muito obrigado.
Anne Sophie Mutter, muito obrigado.

PQP

1 comment / Add your comment below

  1. As pessoas que “querem mais do mesmo e cada vez mais perfeito, tudo bem longe de quaisquer riscos” não são deficientes intelectuais e podem, certamente, compreender “a diferença entre uma improvisação altamente artística e a vulgaridade”. Todavia há uma diferença entre compreender uma coisa e considera-la adequada. A improvisação é característica do jazz e não da música erudita. O violino concerto de Beethoven não é jazz e não deve ser executado como tal. Não conheço essa gravação de Anne-Sophie Mutter e não estou predisposto a ouvi-la. O que eu desejo com o comentário é deixar claro que na música erudita não há margem para improvisação, tanto que no decorrer do tempo os compositores foram incluindo, nas partituras mais instruções para a execução, sendo não é compreensível uma crítica aos ouvintes desse tipo de música não gostarem que improvisem pois os que gostam emigram para o jazz. Como alternativa para essa gravação sugiro a feita por Carlo Maria Giulini e Itzhak Perlman.

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