Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Este disco é bom demais, mas tem limitações, sabem? O Brahms é MESMO NOTÁVEL, o Bach é LINDO DE MORRER, o Ravel é EXTRAORDINÁRIO, mas depois o pequepiano de verdade deverá desligar o computador ou o CD Player porque a coisa fica suspeita. Após uma transição meio estranha a cargo de Chausson — um francês que achei mela-cueca — , o tal Waxman faz um medley de Carmen que é das piores coisas que ouvi ultimamente. OK, o CD tem cara de recital. Daquele gênero de recital que começa com o filé e termina com aquela concessão ao gosto do público mais vulgar. É um estilo do qual não gosto. Mas, como diz Milton Ribeiro, futebol é bola na rede e o resto é secundário. Então ouçam o que e como quiserem. Mas de uma coisa tenham certeza, esses armênios aê são bons pra caralho.

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Brahms:
1. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: I. Allegro
2. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: II. Adagio
3. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: III. Un poco presto e con sentimento
4. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: IV. Presto agitato
Bach:
5. Ciaccona from Partita No.2 in D minor, BWV 1004 for violin solo
Ravel:
6. Tzigane, Rhapsodie de Concert
Chausson:
7. Poème Op. 25
Waxman:
8. Carmen Fantasie for Violin and Piano base on Themes from the Opera of Georges Bizet

Sergey Khachatryan, Violino
Lusine Khachatryan, Piano
Vladimir Khachatryan, Piano

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Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir
Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir

PQP

22 comments / Add your comment below

  1. “The Chaconne is in my opinion one of the most wonderful and most incomprehensible pieces of music. Using the technique adapted to a small instrument the man writes a whole world of the deepest thoughts and most powerful feelings. If I could picture myself writing, or even conceiving, such a piece, I am certain that the extreme excitement and emotional tension would have driven me mad.” – Brahms on Bach’s Chaconne

  2. E olhe que quem disse isso foi ninguém menos que Brahms. Na chacona da segunda partita Bach consegue tirar do NADA uma sequência de imagens que definitivamente não são desse mundo. Deus não teria feito melhor.

  3. Comentário infeliz, Regina. Vou explicar porquê. A chacona é uma extraordinária obra musical, das maiores que podemos encontrar, mas é um equívoco você dizer que Bach tira tudo do nada. Muito pelo contrário: o germe de tudo está na impressionante melodia inicial, que já é algo formidável, e, daí em diante, as sequências de variações em torno desse tema atingem um leque amplo dos mais diversos sentimentos.

    Outra coisa: eu respeito sua decisão de ser atéia, mas eu sugiro que você reflita um pouco mais. Deus não é compositor, mas fez algo muito maior: Criou Bach, criou a mim, e criou você também.

  4. ííííh, comesou uma discursão nada a ver aqui no blog, desafiu qualquer um que achar que pode mudar de opinião devido ao argumento de alguem a continuar essa discurção… se não calem-se. Acreditar em Deus é uma questão de fé… acreditar que bach dá um show nesse movimento é questão de baixar e ouvir… viva a bach, que uni ateus e crentes, numa raça só…ouvintes.

  5. Taí, concordo, Vanderson. É mais uma “armação” da língua portuguesa. De fato, dizer “seu comentário não foi feliz” soa muito mais respeitoso que “seu comentário foi infeliz”. Embora que, tecnicamente, signifiquem a mesma coisa. Aprendi mais essa… Valeu!

    PQPBACH: Ok, tudo bem. Platão tinha o direito de errar.

    Vitorclassico: É isso aí! Viva Bach! E viva Beethoven também!

  6. IvanRicardo, seu comentário (uma alfinetada dirigida ao PQP, na verdade) sobre Platão foi muito infeliz. Vou explicar por quê.

    O teísmo de Platão nunca foi monoteísmo. Não há, em Platão, Deus, mas “os deuses”. Então, numa interpretação literal, para Platão, Deus não existe… o que existem são “os deuses” (Zeus, Dionísio, Apolo, Afrodite, etc.), o que não é a mesma coisa, até porque, dentre outros aspectos, esses deuses têm moradia definida (o Monte Olimpo) e apresentam características bastante humanas. E, para Aristóteles, seu mais importante discípulo, nem estes existiam.

    Essa noção de Deus único, todos nós sabemos, veio da tradição hebraica, a qual Platão desconhecia totalmente. Convém não misturar, mesmo porque uma das primeiras iniciativas da Roma cristã foi justamente fechar a Academia de Platão, por considerá-la um templo de ideias pagãs. Assim, usar Platão para justificar uma crença monoteísta, realmente, não dá pé.

    Ou seja: quer defender suas ideias… sei lá, defenda, fale até da Bíblia se quiser, mas não ponha Platão no meio, que é outro departamento. E, de preferência, não fique retrucando, apontando “defeitos” em opiniões ateístas e tentando catequizar os outros, pois isso é realmente muito chato.

    Na boa, meu.

  7. […]Vaidade de vaidades, tudo é vaidade. […] Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o estulto anda em trevas; contudo, entendi que o mesmo lhes sucede a ambos. Pelo que disse eu comigo: como acontece ao estulto, assim me sucede a mim; por que, pois, busquei eu mais a sabedoria? Então, disse a mim mesmo que também isso era vaidade. Pois, tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto! […] Sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento.

  8. Olá, SoyGardel, tudo bem?

    Eu acho que estou ficando maluco. Quem apagou do meu texto a frase em que eu dizia que Platão era monoteísta? Se foi você, sua atitude foi muito feliz (olha eu aqui, Vanderson!). Também peço desculpa pelo tremendo equívoco de equiparar a história da civilização grega com a hebraica; estou morto de vergonha. Também lamento minha impensável atitude de imaginar que acreditar num único Deus é muito menos sensato que acreditar em vários deuses, inclusive para os ateus. Absurdo também eu dizer que Platão não tinha o direito de errar, porque eu sempre vejo o Zeus dele, mas o meu não. E é obvio também que Deus jamais poderia escrever uma chacona daquela, porque Deus, é claro, é uma criação do homem.

    Por favor, todos de pé, aplaudam SoyGardel!

    Rapaz, tu és o cara!

  9. Caríssimo Ivan, “inclua-me” fora disso. Polêmicas inúteis: tô fora. E controle sua agressividade, pois já sou o quarto (ou quinto) alvo de seu sarcasmo, só nesse tópico. Deus te ilumine.

    Quanto ao CD, que é o que importa: indo no mesmo raciocínio do PQP, é um saco de gatos, ou colcha de retalhos. O violinista é fantástico (gostei, em especial, do Brahms, com a brilhante Lusine ao piano), e, no afâ de demonstrar seus superpoderes ao mundo, colocou no mesmo disco Brahms, Bach, música francesa e pout-pourri operístico. Só faltou Mozart e algum pós-Schoenberg pra diversificar a salada. Como cartão de visitas para o mercado fonográfico, é válido, mas como exemplo de bom gosto na combinação do repertório, deixa a desejar. Particularmente, a chacona soa um pouco deslocada antes do efusivo Ravel.

  10. Ivan,
    Peço desculpas – o próprio Bach era profundamente religioso. No entusiasmo pela chacona passei dos limites. Não foi o ateísmo que me levou a esse comentário infeliz, entretanto. Ateus não são assim, eu é que sou mal educada mesmo.

  11. Oh, Regina, não se preocupe. O grande problema é que a maioria dos ateus acha que os crentes são pessoas irracionais, que defendem com muita superficialidade a sua fé. Alguns são assim, outros não. Eu, particularmente, sei defender muito bem aquilo em que creio, ainda mais quando alguém tenta, num comentário acima, inventar palavras que eu jamais havia dito.

    E que história é essa que “ateus não são assim”? Ora, alguns são sim, senhora, assim como existem muitos outros que são pessoas maravilhosas. Da mesma forma que existem muitos religiosos que não sabem medir as palavras ou são brutos ao extremo.

    E agora só pra encerrar esse assunto: é no mínimo desrespeitoso imaginar que a mente prodigiosa de Johann Sebastian Bach, avançada até pros nossos dias, e para muitos o maior gênio de todos os tempos, tenha se voltado para o vazio da ignorância, quando buscava inspiração para suas extraordinárias obras musicais.

    Um forte abraço!

  12. para Raphael Cello, camarada. me diga ai que capitulo é esse?…queria le-lo. Ele é muito bom, e para todos(áteus ou n). Alias, assim como toda a bibliá( n querendo catetisar niguem).

    ja ouviram aquela piada do áteu?(não se ofendam por favor, só pra descontrair um pouco):

    áteu: Rapaz, n venha me evanjelizar n, q eu sou áteu.
    Crente: a vc é áteu?
    áteu: Sou s, Sou áteu graças a Deus.

  13. Sem ter ouvido ainda, vou com cuidado. Medley de Carmen? Paulo Francis dizia que quem gosta de Carmen, não gosta de opera. E dizia também que a nona de Beethoven era muito barulhenta 🙂 Hoje, com os novos medicamentos, talvez não dissesse o mesmo.

    1. Desculpe, mas Paulo Francis não conhecia música erudita. Em três anos de vida, nosso gato Vassily já ouviu muito mais do que ele.

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