Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade / Tchaikovsky (1840-1893): Capricho Italiano e Abertura 1812

Eu gosto muito de Sherazade, a princesa que precisava divertir para não morrer, mas não apenas pelas 1001 noites, também pela música de Rimsky-Korsakov. O russo era um grande compositor e arranjador. E von Karajan faz-lhe justiça. Talvez alguns achem os andamentos um pouco arrastados — eu mesmo acho — , mas é indiscutível a qualidade e a grandiosidade da regência. E os solos de violino são belíssimos! Ele e sua modesta Filarmônica também vão bem no Capricho Italiano, cujo final parece ter uma mola que nos obriga a aplaudi-lo mesmo sozinho em casa.

Já na Abertura 1812, von Karajan parece ter enlouquecido. Tudo parece cortado a machado. É muito ruim. Gostei de ouvir a introdução coral aqui utilizada, mas o resto está fora do espírito da música. Os sons de canhão fizeram minha família rir no carro. Não sei que merda ele usou no lugar de canhões de verdade. Ouça por Sherazade e pelos italianos. E ria com 1812.

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sherazade /
Tchaikovsky (1840-1893): Capricho Italiano e Abertura 1812

1. Scheherazade, Op.35 – 1. Largo e maestoso 10:02
2. Scheherazade, Op.35 – 2. Lento 12:50
3. Scheherazade, Op.35 – 3. Andantino quasi allegretto 10:40
4. Scheherazade, Op.35 – 4. Allegro molto 12:55

5. Capriccio italien, Op.45 – Andante un poco rubato 16:59

6. Ouverture solennelle “1812,” Op.49 – Largo – Allegro giusto 15:35

Berlin Philharmonic Orchestra
Herbert von Karajan

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PQP

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  1. Baita texto, hein PQP! A orquestra da minha cidade tocou Scheherazade. Ótima música. Pena que alguns a achem meio “parada”. Mas, cá entre nós, a Filarmônica de Berlim, “modesta”?…

  2. Eu não consigo gostar de Karajan, para mim nem se compara a um Bernstein, a um Furtwangler, até mesmo a um Böhm. Ontem mesmo estava escutando a 7ª de Beethoven com ele, algo decepcionante, nem sei por que escuto, se sei que não vou gostar. Parece que falta vida, força, em suas interpretações. Claro que ele tem grandes momentos, mas no geral, não gosto.

    1. Karajan costuma ser ruizinho mesmo. Ele gravou tanto, tanto que é raro achar algo que preste em meio a tantas gravações descartáveis. Sim, ele tem gravações memoráveis (a nona de Mahler, algumas sinfonias de Bruckner, gosto do seu Anel), mas as péssimas são maioria – indo do ‘ruim’ ao ‘completamente bizarro’.

      Aguardo pedras. Hihi.

  3. Concordo com os críticos de Karajan. Este Scherazade é decepcionante. MInha gravação favorita é com Kondrashin e a Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam. O regente é russo e executa com conhecimento de causa a peça de Rimsky. Além disso, os engenheiros da Philips fizeram um trabalho notável, a qualidade da gravação é excepcional, apesar de ser analógica.

  4. Bem, eu gosto de Karajan. Mas acho que é porque tem um lado meio “sentimental” nisso. Eu me lembro que, quando comecei a ouvir música clássica na internet, eu ainda não tinha internet em casa, e costumava ir numa lan house mesmo. Lá no You Tube tinham os vídeos das sinfonias de Beethoven com o Karajan. E eu gostava muito. Pena que tiraram por causa dos direitos autorais (digo eu).
    Acho que Berstein é meio lento, mas suas interpretações também são boas. Já Furtwängler, Klemperer, o Osawa, acho que todos esses apenas são comparáveis ao Karajan, mas isso sem nenhum tipo de pretensão, afinal, são uma “turma de gênios”.

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