Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 6 – Trágica – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Estava tentando terminar a série das sinfonias de Mahler até o final do ano. Mas pelo visto não conseguirei. Estou tendo sérios problemas com a Oi e sua péssima internet.
Aí vai mais uma….
SINFONIA No.6
Apelido: Trágica (não-oficial)
Tonalidade principal: Lá menor
Composição: 1903-1905
Revisão: 1908
Estréia: Essen, 27 de maio de 1906 (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1906 (Leipzig, C.F. Kahnt Nachf)
Instrumentação:
Piccolo
4 Flautas (flautas 3 e 4 alt. piccolos)
4 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib (tb como 4o. clarinete)
3 clarinetes (Sib, Lá)
Clarone
4 fagotes
Contrafagote
8 trompas
6 trompetes
3 trombones
Trombone baixo
Tuba
Tímpanos
Sinos
Sinos de vaca
Glockenspiel
Xilofone
Celesta (2 ou mais se possível)
Triângulo
Tam-Tam
Pratos
Caixa Clara
Tamburim
Bombo
Martelo
2 harpas
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos)
Duração: aprox. 80 minutos
Movimentos:
I- Allegro energico, ma non troppo. Heftig aber markig
II- Scherzo (Wuchtig)
III- Andante moderato
IV- Finale: Allegro moderato
Comentários: Considerada por muitos como a mais ‘difícil’ sinfonia de Mahler, ela é uma espécie de antítese da Quinta, pois cria uma compexa gama de tensões harmônicas, formais e dinâmicas sem resolvê-las no esperado final. É a mais ‘clássica’ de todas, com uma forma rigidamente sonata, estrutura quase beethoviana, mas, não obstante, sua mais pesada e tensa obra, e que lhe rendeu, muito propriamente, o apelido. O último movimento contém 3 estrondos monumentais, de simbologia um pouco obscura, mas de visão apocalíptica, composto estranhamente num dos períodos mais calmos e felizes de sua vida.

retirado daqui: http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

Filipe Salles escreveu:
A antítese da Quinta é a Sexta, sinfonia que começa nos mesmos moldes, mas que não termina na resolução dos conflitos propostos, conservando as tensões harmônicas até o final, sendo por isso, conhecida como Sinfonia Trágica. Mahler a escreveu em 1905, quando descobriu que era portador de uma doença genética no coração, e que iria matá-lo em breve. Poucas obras musicais revelam com tamanha perfeição o conflito pessoal que o sufocava, tomando consciência de maneira bastante dura e irrevogável de sua condição humana, e, portanto, mortal. É uma sinfonia pesada, de orquestração maciça, harmonias fortes, mas também não sem encantos, sendo seu Andante uma das páginas mais apaixonadas de Mahler. De qualquer modo, não é uma sinfonia facilmente digerível; o clima angustiante de um herói às voltas com seu próprio limite permeia toda a sinfonia, incessantemente. Ao terminá-la, apesar de estar passando por um período relativamente tranqüilo de vida, viu expurgados anseios íntimos, antigas preocupações lhe afloraram.
FDP Bach escreveu:
Gosto muito desta sinfonia, principalmente de seu primeiro movimento, de caráter marcial. Nas mãos de Bernstein torna-se ainda mais incrível.
Ah, existe uma pequena controvérsia referente ao Scherzo e ao andante, melhor detalhada aqui. A opção de Bernstein será a primeira adotada por Mahler, a saber, primeiro o Scherzo, depois o andante. Outros regentes, farão a inversão dos movimentos, como Abbado.
Com relação ao tempo de duração, esta gravação tem 1h e 27 min. Ou seja, não caberia em apenas 1 cd, algo que outros regentes já conseguiram fazer, como o próprio Bernstein, em seu registro de 1967 com a Filarmônica de New York. Só para efeito de comentário, nesta versão que ora posto, o último movimento dura 33:16, enquanto que na versão anterior dura 28m:38s. É uma diferença considerável… mas, enfim, são detalhes referentes às escolhas que são feitas pelos regentes e seus produtores, e sobre isso já fiz outra comparação, que se vai encontrar nos comentários da postagem da sinfonia nº 5.

retirado daqui: http://www.sul21.com.br/blogs/pqpbach/gustav-mahler-1860-1911-sinfonia-n%C2%BA-6-e/

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 6 – Trágica – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

1 – Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig.
2 – Andante moderato
3 – Scherzo: Wuchtig
4 – Finale: Sostenuto – Allegro moderato – Allegro energico

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Gabriel Clarinet

8 comments / Add your comment below

  1. 1) Minha parte favorita da orquestração é o sino da vaca montanhesa. Comentário bovino: Hmmmmmmm!
    2) Mahler só escreveu 9 sinfonias (descontando a Canção da Terra). É pouquíssima coisa. Por que, mesmo assim, contrariando o próprio compositor, as pessoas insistem em perpetrar os apelidos?? Com Haydn dá para entender, afinal, são 104 sinfonias. Mas, porra, só 9???? Os apelidos se justificam tanto quanto se justificariam apelidos para as sinfonias de Brahms ou Beethoven.
    3) Ouvi várias vezes as duas “opções” de ordem de movimentos, e me parece que a original de Mahler (scherzo como 2º movimento) é muuuuuuuuuuito melhor. Assim, o movimento lento serve mais claramente como um “espelho”, aproximando o primeiro movimento e o scherzo (que, inclusive, têm temas iniciais parecidos) de um lado e o final de outro. A tranqüilidade do Andante, assim, pode ser o “centro” da sinfonia. O efeito do Scherzo logo antes do final me soa meio bisonho, inclusive (e principalmente) ao vivo.

  2. PQP, abaixo seguem os links das 3 Suites for Cello de Britten com o Jean-Guihen Queyras. Infelizmente, não tenho a versão dele tocando as suites de Bach, mas sei que não é difícil achar na net. Então, enjoy! Preciso tomar vergonha na cara e aprender a mexer no 4shared… foi minha namorada quem upou os arquivos na conta dela… Desculpa pela demora!

    Pode voltar a postar agora?!

    Abraço! Espero que aproveitem! Se essas versões que estou mandando merecerem um post, posta!

    http://www.4shared.com/file/wBlhpXWm/Britten_No_01.html
    http://www.4shared.com/file/eW5s0Vd2/Britten_No_02.html
    http://www.4shared.com/file/ORHQjPzl/Britten_No_03.html

  3. esse aí é sempre bem vindo.

    sobre essa sinfonia, só não gosto muito do ultimo movimento. acho que Mahler se empolgou demais. poderia ser metade. mas enfim, ele sabia dessas coisas melhor do que eu.

  4. também acho absoluta falta de respeito com o compositor ficar colocando nome nas suas obras. Se ele não colocou, é por que não é pra ter e FIM DE CONVERSA.

    as pessoas que exerçam sua capacidade criativa compondo, e não metendo o bedelho na obra dos outros. tudo bem que é só um apelido – menos mal – mas não cabe rotular a que não compos.

    mas pior ainda é quem se acha no direito de desvirtuar totalmente a obra do compositor, que nem boa parte das novas “virtuoses”, principalmente os chineses. olha essa do yo yo masobre a obra de bach:
    http://www.youtube.com/watch?v=dZn_VBgkPNY

    totalmente fora de respeito e de propósito. mudou o tempo das notas completamente e desvirtuou essa peça do grande mestre: se ficou melhor ou pior? não é este o debate. se ele acha que pode melhorar a obra, que vá compor a sua própria, mas que não toque do eito que bem entenda e chame isso de Bach. aliás, esse aí é só mais um da modinha, tipo o kissin no piano e tantos outros, que caiu no gosto popular. nem de longe o melhor.

    ta aí minha indignação e obrigado a quem se deu o trabalho de ler. abraço!

  5. Engraçado como são as coisas…
    A quinta sinfonia de Mahler foi durante muito tempo minha preferida dentre as nove. A partir do momento em que me dei conta de sua incrível reputação e, principalmente, fama — ancorada, sobretudo, pelo filme de Visconti, chegando a ter um adagietto facilmente reconhecível por não-admiradores de música erudita —, eu passei preferir a sexta sinfonia.
    Por que será dessa mania quase inconsciente de achar ruim tudo aquilo que faz sucesso?

    PS. Grande postagem, Gabriel. Minha sinfonia favorita. =P

  6. Grande postagem, Gabriel.
    Grande em todos os sentidos. Que sinfonia grande danada!

    Mas adorei. Realmente, Mahler entrou para o meu rol dos favoritos.

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