De todos os grandes compositores, Antonin Dvorák (nascido em Nelahozeves, 8/9/1841; falecido em Praga, 1/5/1904) foi o mais diretamente inspirado por temas e idiomas folclóricos que ele havia assimilado quando ainda era uma criança talentosa no interior da Boêmia, antes de conhecer os grandes mestres clássicos. Estas características simplesmente constituiam a linguagem de Dvorak; sua realização consistiu em utilizá-las de modo convincente em grandes formas sinfônicas.
São 2 os Cello Concertos
Ele já alimentava a idéia de um concerto para violoncelo havia trinta anos quando finalmente compôs a obra que conhecemos hoje, o Concerto para Violoncelo e Orquestra em Si menor, Op. 104, obra em 3 movimentos: Allegro, Adagio ma non troppo, Finale (Allegro moderato), composto no inverno de 1894, quando o compositor estava nos Estados Unidos. Este concerto está fortemente associado a um dos amores da vida do compositor, sua cunhada Josephina.
Embora esse seja o único concerto de Dvorák para violoncelo e orquestra correntemente executado, existe ainda um concerto anterior, escrito por ele em 1865 para seu amigo e celista Ludevit Peer, mas que jamais foi orquestrado como Dvorák pretendia. Trata-se de um concerto em Lá Maior, em 3 movimentos, cujos manuscritos se encontram no Museu Britânico. As casas de concerto nunca conheceram essa obra executada com orquestra, mas apenas na orquestração para piano feita em 1930 por Jamil Burghauser. Desse concerto existem 2 gravações, por Milos Sádlo e por Werner Thomas-Mifune.
Extraído DAQUI
Antonin Dvorak (1841-1904) – Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, Op. 104
01. I. Allegro
02. II. Adagio, ma non troppo
02. III. Finale. Allegro moderato
Estocolmo, Konserthus, noviembre de 1967
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Swedish Radio Symphony Orchestra
Sergiu Celibidache, regente
Jacqueline du Pré, violoncelo
Carlinus
Eu já havia postado a Du Pré tocando este concerto de Dvorák, mas com o John Barbirolli.Ela foi uma grande musisicista, infelizmente a doença a deixou impossibilitada de continuar com a carreira. E este concerto é belíssimo. Também gosto muito da versão do Janos Starker e, claro, a do Rostropovich. Também tive a grata oportunidade de ver, há uns vinte anos atrás, o nosso brasileiríssimo Antonio Menezes tocando este concerto, acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo. Foi emocionante.
Aliás, Carlinus, há quantas anda a postagem da integral das sinfonias do Dvorák com o Kubelik? Existe alguma esperança?
Trabalharemos nesse sentido, nobre FDP. Gosto do trabalho de Dvorak. Tenho outras coisas para postar. Estou pensando em iniciar a postagem dos concertos para piano e orquestra de Mozart com o Brendel, logo que concluir a caixa de Bruckner com o Celibidache. Quem sabe após o Mozart de Brendel eu não encete o projeto com o Kubelik!?
Apenas um adendo: A Du Pré era uma extraordinária musicista. Esta versão do Concerto para cello de Dvorak é uma das melhores que ouvi.
Abraços!
Só lembrando, Carlinus, que o mano PQP já postou esta série do Brendel.
Um dia perguntaram a Brahms.
Porque não escreve um concerto para violoncelo e orquestra ?
Dvorak já o escreveu. Respondeu o bom velhinho.
FDP, obrigado. Terei então que deixar de lado o Mozart de Brendel. Iniciarei outra coisa. Talvez uma caixa com mais de 12 CDs com Rostropovich.
Abraços a todos.
Opa, se for a que estou pensando, da EMI, essa caixa do Rostropovich me interessa bastante. Baixei os três primeiros cds há alguns anos atrás, e depois disso, meio que abandonei o projeto.
Com relação os concertos para piano de Mozart, considero esta versão dele e a outra que postei, do Immerseel, tocando pianoforte, como as melhores. Aliás, pretendo postar a versão das sonatas para piano tocadas no pianoforte, com o Malcolm Bilson, um cara que é especialista neste repertório, ele já tinha gravado os concertos com o Gardiner nos anos 80, e se não me engano, foi a primeira gravação com instrumentos e orquestra de época lançadas no mercado. A sonoridade do pianoforte é muito interessante, foge dos padrões de interpretações “Steinway” com os quais estamos acostumados.
Cara, estou com dificuldade de achar os “Humoreskes” dele (Op. 101). Tô achando que ninguém gosta desta peça. Por acaso vc não teria aí não né? 🙂
Não tenho, Pedro. Lamento.
Haha, Tudo bem, acabei de achar “The Devil and Kate, Op. 112” em ótima qualidade. Esquece os humoreskes xDDDD
Ah! e belíssimo blog esse que você tem! já achei muita coisa boa. Continue com o bom trabalho :}
Poderiam postar este CD num servidor ativo, por favor?