Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

O escritor Sylvio Lago Júnior no seu livro A Arte da Regência, um calhamaço de quase 700 páginas, afirma que “Toscanini passou para a história dos maestros como um dos seus maiores, e o ponto de interseção das mudanças consideráveis de estilo, técnica e concepção da regência do século XX. Pela extraordinária inteligência ordenadora, pelas sábias recriações das grandes obras, pela generosidade de sua natureza e, principalmente, pela influência poderosa que exerceu sobre toda a direção no século XX, o maestro italiano foi responsável, pela transição da regência do século XIX para os modernos conceitos de intérpretes de nosso tempo”. São por essas e outras que eu não deveria de deixar de postar essa integral das sinfonias de um dos meus compositores favoritos com um excelente regente. Além do que, esta postagem é para atender uma solicitação de FDP que muito queria estas sinfonias com Toscani. Solicitou ainda Wilhelm Furtwängler, mas este pedido somente será atendido na próxima semana. Já separei as  quatro sinfonias com o  Furtwängler. Por enquanto, divirtam-se com esta gravação histórica realizada sob a batuta do mitológico Arturo Toscanini. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

Disco 1

Applause
01. Applause

British National Anthem
02. British National Anthem

Tragic Overture, Op. 81
03. Tragic Overture, Op. 81

Symphony No. 1 in C minor, Op. 68
04. I. Un poco sostenuto – Allegro
05. II. Andante sostenuto
06. III. Un poco allegretto e grazioso
07. IV. Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio

Disco 2

Symphony No. 2 in D major, Op. 73
01.I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (Quasi andantino – Presto, ma non assai
04. IV. Allegro con spirito

British National Anthem
05. British National Anthem

Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a
06. Chorale (St. Antoni)
07. I. Poco più animato
08. II. Più vivace
09. III. Con moto
10. IV. Andante con moto
11. V. Vivace
12. VI. Vivace
13. VII. Grazioso
14. VIII. Presto non troppo
15. Finale

Disco 3

Symphony No. 3 in F major, Op. 90
01. I. Allegro con brio – Un poco sostenuto – Tempo I
02. II. Andante
03. III. Poco allegretto
04. IV. Allegro – Un poco sostenuto

Symphony No. 4 in E minor, Op. 98
05. I. Allegro non troppo
06. II. Andante moderato
07. III. Allegro giocoso – poco meno presto
08. IV. Allegro energico e passionato – Più allegro

Live Royal Festival Hall, London, England
Philharmonia Orchestra
Arturo Toscanini, regente

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Carlinus

7 comments / Add your comment below

  1. Toscanini foi o mais virtuose do regentes. Memória excepcional ( existe uma historia dele com Thomas Mann e Bruno Walter em Salzburg que mostra isso) , uma audição excepcional e um dominio incomum sobre os musicos. Mas sou sincero que não é tudo gravado por Toscanini que me agrada. Seu Beethoven é por demais rispido (olha o primeiro acorde da abertura “A consagração da casa” , seu Brahms sem a profundidade necessária ( a meu ver pelo menos) , sendo que, na minha opinião, um de seus piores registros é o segundo concerto de Brahms com Horowitz como solista. O que ainda creio ser interessante ouvir com Toscanini é Debussy ( seu La Mer é ainda uma das maiores referencias), seu Wagner ( sobretudo as cenas da Valquiria e de O Crepusculo dos Deuses com Farrel e Melchior, um must absoluto) e as óperas Othello e Falstaf de Verdi. Confesso que a aversão que Toscanini tinha pela musica moderna ( nunca regeu Bartok e os Vienenses, e rejeitou a obra de Stravinsky) e tinha opiniões terriveis (chegou a dizer que as sinfonias de Mahler eram boas para servir de papel higienico.Não concordo que Toscanini seja referencia para o futuro. É uma figura típica de seu tempo. Mas reafirmo que foi um grande musico.

  2. Agradecendo seu comentário, Colarusso, gostaria de ter uma opinião sua (se possível, é claro) sobre as diferenças entre estas gravações de Beethoven, visto que ele gravou duas integrais, uma com a Orquestra da NBC e outra com a Philharmonia, que é a que tenho e que confesso que não é a minha preferida. Não sei se ele também gravou Brahms com a Orquestra da NBC.
    Também conheço sua fama de carrasco com os músicos, e claro que jamais tiraria seu mérito de ter sido um dos maiores regentes do século XX. Não conheço essa gravação do Concerto nº 2 com seu genro Horowitz ao piano, porém gosto muito de um Rach 3 que tenho com os dois.

    1. Lamento dizer mas eles nunca gravaram Rach 3. As Sinfonias de Brahms sao melhores na gravação londrina. Existem momentos até mesmo muito belos, como o final da Quarta. Mas no geral não gosto mesmo. Muito dura e incisiva.Brahms não é fácil….Prefiro as de Jochum e sobretudo acho as melhores as de Kertesz.

  3. Gosto muito do ciclo do Kertész. (Aliás, gosto muito de tudo o que ele gravou: é de uma musicalidade irresistível, muito espontânea e natural! São gravações muito, muito bonitas.) A Terceira é, pra mim, imbatível; e a Primeira é espetacular. Curiosamente, a gravação de que gosto menos é da Quarta. Nesse caso prefiro a abordagem hipermeticulosa de Kleiber.

    Colarusso, o que você acha da integral Brahms de Kurt Sanderling?

  4. Baixei o primeiro cd.Aminha opnião a respeito da 1° sinfonia por Tosscanni é a melhor que ouvi.E quanto à profundidade,parece um abismo com um vale ao fundo.Pelo menos esta gravação,é a melhor que vi,superando às demais tipo Karajan,nao que nao sejam excelemte,e Simon Rattle.

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