Chopin, Ballades; Liszt, La Lugubre Gondole; Shostakovich, Quarteto Nº 8 – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 27 de 29

Mais um CD que justifica-se plenamente pela qualidade de seus jovens intérpretes.
Cedric Tiberghien faz um Chopin que conseguiu interessar até a mim, um hostil ao romantismo líquido do pianismo do polonês. Musicalmente, a coisa melhora demais com La Lugubre Gondole, indiscutível obra-prima de um compositor mais afeito aos efeitos, mas que às vezes deixava escapar autêntica musicalidade e, principalmente, profundidade. A violoncelista Emmanuelle Bertrand dá conta do recado com sobras de talento, acompanhada por nosso já conhecido Pascal Amoyel, ao piano. Depois temos talvez a obra mais postada neste blog: o Quarteto Nº 8 de Shosta — seria esta a quinta ou sexta versão que apresentamos dele? Bom, não interessa. Este quarteto é tão bom que, se fizermos mais meia dúzia de postagens com ele está bem posto, ou postado. Posto isto, reitero que estou disposto a matar esta série da HM logo. Até porque já enchi o saco de ver esta caixinha ao lado meu micro. Ah, o Jerusalem Quartet é excelente.

Baita CD!

CD 27

Ballades n°1-4 Frederic Chopin 35’31
1. No.1, Op.23 In G Minor
2. No.2, Op.38 In F Major
3. No.3, Op.47 In A Flat Major
4. No.4, Op.52 In F Minor
Cedric Tiberghien, piano

La Lugubre Gondole Franz Liszt 9’34
5. La Lugubre Gondole
Emmanuelle Bertrand, cello
Pascal Amoyel, piano

Quatuor n°8 op.110 Dimitri Chostakovitch 22’04
6. I. Largo
7. II. Allegro
8. III. Allegretto
9. IV. Largo
10. V. Largo
Jerusalem Quartet

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PQP

5 comments / Add your comment below

  1. Muito, muito bom PQP, ótimo cd.
    Quando possível, poste Romeu e Julieta, de Tchaikovski. Faz tempo que procuro essa magnífica obra, mas nenhum site me cedeu esse presente ainda.

    Abraço.

  2. Obrigada, PQP. Shosta maravilhoso como sempre, esse Liszt eu não conhecia. Mas nas baladas o pianista só mostra que para entender o “romantismo” sarcástico de Chopin tem que ser eslavo. Os alemães fazem um Chopin burocrático e levado a sério.
    Bj

  3. Olá todo mundo!
    Que belíssimas postagens.
    Voltei bem a tempo!
    O Jerualem é, realmente muito bom.
    Ele nos entrega um Shostakovitch de uma nostalgia surpeendente.
    O equilíbrio das sonoridades do conjunto é perfeito e, aqui, a engenharia de som não se intrometeu demais como o fez nas 4 Baladas cujo intérprete parece ter aceito aqueles baixos excessivamente volumosos que “não combinam la essas coisas” com o caráter das peças e, tampouco, com o estilo de Chopin.
    Apesar disto o Thibergien tem um fraseado bem delineado e uma musicalidade que só é atrapalhada mesmo quando a engenharia de som faz das suas.
    Ou… …então… …quem sabe não é a engenharia de som?
    Bem… …pode ser o meu sitema de som que, como eu ja disse muitas vezes, é do Século passado.
    O Liszt tem, na Emmanuelle, uma certeza absoluta: a de que sua composição será aplaudida de pé.
    Grande Emmanuelle!!! …e bem acompanhada…
    Aliás, mais bonita do que o sonoridade de um Violoncelo bem tocado só existe mesmo a da voz humana bem trabalhada.
    Mas, o 21º tem razão: a música do Franz, quando ele resolve esquecer que é o maior pianista do Universo e para de fazer diabruras sem fim no intrumento substituindo a orquestra pelo piano, é muito boa.
    Tem razão, igualmente, quando enfatiza que a música vocal não é pretigiada nete blog.
    Não da para entender por que razão os adoradores de Schubert não se agrupam fazendo um “panelaço” para que seus magistrais Lieder sejam postados aqui e… …depois…
    bem, virão os outros igualmente magistrais:
    Schumann, Wolf, Mahler …certo! Não vou citar todo mundo pois encherei páginas inteiras.
    Mas… …por que mesmo eles não são pretigiados?
    Parece que aqui so tem pianistas.
    Será que o piano pode mesmo substituir a Filarmônica de Viena?
    Apesar de o 21º não engolir o Berlioz, sugiro até que seja postado o TeDeum do mesmo com o Abbado a frente de tudo: 3 orquestra, 3 corais, um Órgão soberbo, um tenor solista e uma música que quase niguém jamais ouviu.
    É uma oportunidade imperdível.
    Pode até ser que o 21º venha a gostar do mesmo e que muitas pessoas venham a ter acesso a um obra transhumana (com h mesmo).
    Bem… …quem sabe?
    Um grande abraço a todos.
    Obrigado.
    Felicidade.
    Edson
    Edson

  4. Excelentes faixas disponibilizadas…Realmente, F.Liszt aqui tem um daqueles momentos em que ele incorpora alguém..Impressionante como ele foi inconstante como compositor.
    Quanto aos outros, nada a declarar.Chopin, um gênio acima das críticas.Ele é um marco, uma referência…e Shostakovich, confesso que ainda estou descobrindo um pouco seu estilo…Obrigado pelas músicas
    Abraços

  5. Sendo bem franco, o menino francês toca muito mal Chopin, lhe faltam entre outras coisas, finesse e elegância. De que vale tanta destreza nos dedos, quando a imaginação é pequena? Bem, ele é jovem ainda…
    O Liszt e o Shosta estão sublimes…obrigado!

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