Happy Baby: Mozart for kids

Inteiramente tomado de meiguice, P.Q.P. Bach decide homenagear os comentaristas do post sobre John Cage com este CD que tornará seus dias mais belos. Espero que suas nove faixas não lhes provoquem nada senão bons sentimentos. O conhecido Efeito Mozart, que atua tão bem sobre crianças, vai lhes afetar de forma muito positiva, penso. Em nome de C.D.F. Bach, aquele danadinho que certamente está envergonhado neste momento, pedimos escusas pelas repetidas agressões a suas delicadas sensibilidades.

A seguir, um catálogo dos efeitos que vários compositores podem causar a alguns de nossos ouvintes. Aprendam e cuidem-se.

EFEITO PAGANINI: a criança fala muito rápido e em termos extravagantes, mas nunca diz nada importante.
EFEITO BRUCKNER: a criança fala bem devagar e se repete com freqüência. Adquire reputação de profundidade.
EFEITO WAGNER: a criança se torna megalomaníaca. Há a chance de que se case com sua filha (ou irmã).
EFEITO MAHLER: A criança grita sem parar – a plenos pulmões e por várias horas -, dizendo que vai morrer.
EFEITO SCHOENBERG: A criança nunca repete uma palavra antes de usar todas as outras palavras de seu vocabulário. Às vezes fala de trás para diante. Com o tempo, as pessoas param de lhe prestar atenção. A criança passa a reclamar da burrice dos outros, que são incapazes de entendê-la.
EFEITO BOULEZ: A criança balbucia bobagens o tempo todo. Depois de um tempo, as pessoas param de achar bonitinho. A criança não está nem aí, porque seus colegas acham que ela é o máximo.
EFEITO IVES: A criança desenvolve uma habilidade fenomenal para manter várias conversas diferentes ao mesmo tempo.
EFEITO PHILLIP GLASS: A criança costuma dizer tudo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo de novo.
EFEITO STRAVINSKY: a criança tem uma pronunciada tendência a explosões de temperamento selvagem, estridente e blasfemo, que freqüentemente causam pandemônio na escolinha.
EFEITO BRAHMS: a criança fala com maravilhosa gramática e vocabulário desde que suas frases contenham múltiplos de 3 palavras (3, 6, 9, etc.). No entanto, suas frases de 4 ou 8 palavras são bobas e pouco inspiradas.
E, claro, o EFEITO JOHN CAGE: a criança não fala nada por 4 minutos e 33 segundos. É a criança preferida por 9 entre 10 professores.

E muito cuidado nos comentários, há muito mais…

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Mozart for Kids

1. A fragment for a piano in Fa a major
2. A romance (Small night song)
3. So it is fine… (the Magic flute)
4. Andantino (the Concert for a piano № 20, the second part)
5. A quartet for a flute (the First part, the Theme and variations)
6. A minuet (Small night серенада)
7. Largetto (the Concert for a piano № 26, the second part)
8. Largetto (the Concert for a piano № 27, the second part)
9. An andante graciozo (the Sonata for a piano in And, the first part)

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18 comments / Add your comment below

  1. P.Q.P
    ainda pensando muito sobre o Cage, acho q o 4´33´´ é uma boa obra de pensamento, pois por ela podemos pensar o que ´ou não música ou arte, mas sinceramente, como obra musical aquilo é insignificante.

    peço desculpas ao C.D.F se ele foi ofendido.

    acho que ele deveria se vingar postando a Sinfonia dos Salmos ou alguma outra obra sacra de Stravinski. ou entao mais alguma das doideras geniais do Stockhausen…

    ah, e já ia esquecendo, baixei este cd , coloquei pra o meu filho de 8 anos ouvir e ele me disse: música chata! parece até coisa d criança…

    rsrsrsrs
    um abraço.

  2. Achei absolutamente pedagógico e didático o desenrolar dos ‘efeitos’ dos compositoeres sobre as crianças. Hilário.
    Como seria então o Efeito Villa Lobos – A criança fumaria charutos sem parar e ‘receberia’ entidades indígenas?
    E o efeito Carlos Gomes – A criança adoraria repetir o Efeito Verdi e brincaria o dia inteiro de marchinhas tipo ‘circo de cavalinhos’?
    E ainda o efeito Kollreuter onde o criança se expressario por meios atonales e dissonanticos ee serria muiito imporrtante pelo introduçon do musica contemporranio no Brosil?

  3. O problema do efeito John Cage são as reações colaterais: a pessoa não entendeu direito do que se trata e já sai falando um monte de asneiras…

  4. hahahahahaha
    nada como retribuir a má vontade de internautas anti-cage com bom humor. pobres criancinhas!!! rsrs creio que o silêncio ofenda a muitos porque nele não há fuga: o ouvinte terá que se confrontar consigo mesmo. isso é para poucos.

  5. Gostei do “muito cuidado nos comentários”.

    Quanto a John Cage… sinceramente, muito barulho por nada, tanto por parte dos “reclamões” quanto pela reação dos blogueiros. Não é grenal isso aqui, tchê.

  6. Diletíssimo PQP,
    Na condição de frequentador antigo deste excelente blog, gostaria de pedir a reativação (ou seja lá o que for) deste link – meu sobrinho nasceu e queria gravar este cd para ele. Se até tomates não são indiferentes à música de Wolfgang, tenho esperanças que o rebento mostre alguma sensibilidade e proporcione noites mais silenciosas a seus pais.
    Nada contra Cage, mas creio que 4’33” não surtiria muito efeito.

    No mais, parabéns e muito obrigado pelos comentários, informações e pela chance de conhecer tantas gravações maravilhosas.
    Até hoje sou grato pelo Cocset…

    Abraços,
    Augusto

  7. Pô e eu ?
    Cadê o efeito Bach ?
    Ama à Deus e fica esquizofrênico. ( Risos )
    Bach não era, mas se eu continuar ouvindo Bach
    vou chegar lá com cerveja. ( Risos )

    Eu vou ficar com Bach.
    Amém

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