Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) – Concerto for Violin & Orchestra E minor, op.64, Max Bruch (1838-1920) – Concerto No.1 for Violin & Orchestra G minor, op.26

Nosso leitor Fábio perguntou se eu não teria outra gravação do concerto para violino de Mendelssohn, pois não é muito fã do impressionante Maxim Vengerov. Sugeri então a postagem de alguma das diversas violinistas de origem oriental, como a coreana Chung, Sara Chang, entre tantas outras. Admiro estas violinistas pois todas tem um talento impressionante.

Fuçando dia desses em meus cds, encontrei outra oriental, já postada aqui em outra ocasião, se não me engano tocando Schubert, Midori Gotô, ou simplesmente Midori. Essa moça, como as outras, começou sua carreira ainda cedo, ganhando prêmios ainda criança. Aliás, conta a história que participou de seu primeiro concurso tocando simplesmente o Concerto nº 2 de Bártok, e para completar, a tradicional Chaconne bachiana, todas obras extremamente difíceis, que exigem muito dos solistas. Pois bem, a pequena Midori, ainda criança, conquistou platéias, e outros músicos consagrados, como Pinchas Zukermann e Leonard Bernstein com seu talento e simpatia. Roda no YOUTUBE um vídeo amador muito interessante que mostra a pequena Midori tocando o concerto de Bártok, ao lado de Bernstein, quando arrebenta uma corda de seu violino. Sem perder a calma, ela pede emprestado o instrumento a um dos violinistas da orquestra, e continua tocando, como se nada tivesse acontecido. Esta parte é o que roda no vídeo. O que não mostra, e que testemunhas confirmam, foi que Bernstein, após a conclusão da apresentação, teria se ajoelhado na frente da pequena violinista e dito que ela era um milagre de Deus. Sabemos que isso seria bem típico do maestro americano. Bem Midori hoje está chegando aos 40 anos, 38 para ser mais exato, e se firmou como uma das grandas violinistas da atualidade, sendo inclusive professora do Departamento de Música da Universidade do Sul da Califórnia, mas não abandonou a carreira, ao contrário. Sua agenda sempre está cheia.

Nesta gravação que ora posto, ela interpreta dois arrasa-quarteirões do repertório violinístico, os concertos de Mendelssohn e de Bruch, expoentes máximos do romantismo. Obras extremamente técnicas, exigem dos solistas não apenas toda sua perícia e técnica, mas também sua capacidade de tirar a alma do instrumento, de fazê-lo cantar, como disse certo resenhista da amazon. Outra vantagem desta excelente gravação é que é realizada ao vivo, então podemos sentir toda a emoção da platéia nos aplausos. Mariss Jansons tem em suas mãos simplesmente a Filarmônica de Berlim para conduzir.

Espero que gostem dessa gravação como eu gostei. Com certeza, uma das melhores versões destes dois concertos gravadas nos últimos anos (esta gravação foi realizada em 2003).

Felix Mendelssohn Bartholdy – Concerto for Violin & Orchestra E minor, op.64, Max Bruch – Concerto No.1 for Violin & Orchestra G minor, op.26

1. Concerto in E minor for Violin and Orchestra, Op. 64/I. Allegro molto appassionato
2. Concerto in E minor for Violin and Orchestra, Op. 64/II. Andante
3. Concerto in E minor for Violin and Orchestra, Op. 64/III. Allegretto non troppo – Allegro molto vivace
4. Concerto No. 1 in G minor for Violin and Orchestra, Op. 26/I. Vorspiel. Allegro moderato
5. Concerto No. 1 in G minor for Violin and Orchestra, Op. 26/II. Adagio
6. Concerto No. 1 in G minor for Violin and Orchestra, Op. 26/III. Finale. Allegro energico

Midori Gotô – Violino
Berliner Philarmoniker
Mariss Jansons – Conductor

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13 comments / Add your comment below

  1. poxa, PQP, e os Motetos de Bach ? ? ?

    ouve só a parte inicial do BWV 225 “Cantai ao Senhor com Novo Cântico”

    duvido q não vai ter vontade de postar!!!

  2. FDP concordo contigo. Das violinistas orientais que conheço de gravações que adquiri quase nunca me decepcionaram. É o caso de Kyung Wha Chung em um CD da Decca com concertos de Lalo, Vieuxtemps e a Tzigane de Ravel. Por sinal, esse disco faz parte de uma coleção de concertos para violino gravados por ela.
    Aliás, o que tem de pianista e violinista oriental não é brincadeira! Quando menos se espera, aparece um novo, como Lang Lang. É a China dando sua contribuição à cultura musical “erudita” ocidental.
    Mas confesso que desconhecia esse disco da Midori, japonesa e não “made in China” rsss. Lembro dela ainda adolescente e, na época, não dei muita bola. Mas levando em conta a carreira da moça e os anos de experiência, essas interpretações não deixam a desejar das dos violinistas ocidentais.
    A propósito, conhece a interpretação das sonatas p/ violino e piano de Janácek, Prokofiev e Debussy pela dupla Mullova e Anderszewski?

  3. Conheço Sander. Sou fã da Mullova desde a década de 80, e sempre estou atrás das novidades dela no mercado. Surpreendente também são as sonatas de Bach que ela gravou com o Octavio Dantone, assim como as gravações que realizou com o “El Giardino Armonico” tocando Vivaldi. As sonatas de Brahms dela também são belíssimas.

    Acho que tenho todas as gravações que ela realizou nos últimos dez ou quinze anos .

  4. FDP:

    Obrigado por postar…vou baixar

    Tenho o Lang Lang tocando Chopin (Concerto n. 01). Ele é bom!! Não sei você já ouviu um tenor chinês chamado Yu Qiang Dai… ele foi elogiado pelo Pavarotti e vem tendo boa aceitação na Europa.

  5. Prym, agradeço a correção, mas quem fez a postagem da outra Midori foi o meu irmão PQP, por isso fiz a confusão.
    E olhando meus cds, pude verificar que a Midori Seiler grava com a Akademie für Alte Musik Berlin, e também com o ANIMA ETERNA , grupo dirigido pelo pianista Jos van Immerseel . Estarei postando um cd deste grupo logo, logo.

  6. Excelente post, mas faço uma ligeira correção no comentário original.

    No vídeo do Youtube com Bernstein, Midori não executa o concerto de Bartók, mas a Serenata composta pelo próprio Bernstein, e não arrebenta a corda uma, mas DUAS vezes, e troca de violinos com a maior tranquilidade possível.

    Agradeço também pela referência ao vídeo, que não conhecia.

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