Kurt Weill (1900-1950) – A Ópera dos Três Vintëns (Die Dreigroschenoper) e A Ópera do Malandro – de Chico Buarque

Há alguns dias atrás um visitante aqui do blog solicitou A ópera dos três vinténs de Weill e Brecht. Como nossa política de atendimento ao público é imensamente irregular, se eu seguisse essa lógica, a obra demoraria bastante para aparecer. Todavia, não entendo o motivo pela qual resolvi postar a obra de Weill assim de forma tão rápida. Quiça o modo sequioso do pedido tenha sensibilizado o meu o coração. CDF já tinha há algum tempo atrás prometido que soltaria o trabalho. Espero que não tenha “atropelado” as suas intenções, pois ele intentava postar o trabalho futuramente, já que havia postado uma versão diminuta.
A ópera dos três vinténs (em alemão Die Dreigroschenoper) é uma obra escrita por Bertolt Brecht e musicada por Kurt Weill. É um trabalho revolucionário. Brecht fez uma releitura da Ópera dos Mendigos, de John Gay. O até então desconhecido Weill e Brecht contam a história do elegante anti-herói Mac Navalha cercado por malandros, mendigos, ladrões, prostitutas e vigaristas. A obra como dizia Walter Benjamin se insere no sentido da “contra-moralidade dos mendigos e vagabundos está intimamente entrelaçada ao discurso da moralidade”. Assim, já se percebe o sentido paradoxal do trabalho. O texto do trabalho privilegia o burlesco e dentro do universo filosófico brechtiano está repleto por aspectos críticos e dialéticos. A obra se situa entre o popular e o clássico, combinando números performáticos, texturas modernistas e temas de crítica social.
A obra está repleta de uma energia instintiva e improvisada, evitando os aspectos profissionais com habilidades democráticas. É um trabalho no qual percebemos graus variados de sarcasmo, tédio, desespero, ironia. A Ópera do Malandro (1986), filme de Ruy Guerra, com música e texto de Chico Buarque foi inspirada em A ópera dos três vinténs. Resolvi postar uma gravação que tenho aqui em casa para a obra. Quem quiser baixar a ópera de Chico Buarque fique à vontade. Boa apreciação!

Kurt Weill (1900-1950) – A Ópera dos Três Vintëns (Die Dreigroschenoper)

01. Ouverture

Ato I

02. Die Moritat von Mackie Messer
03. Der Morgenchoral Despeachum
04. Anstatt-Dass Song
05. Hochzeitslied für ärmere leute
06. Kanonesong
07. Liebeslied
08. Der song vom Nein und ja (Barbara Song)
09. Die Unstcherrheit Menschlicher

Ato II

10. Der Pferdestall
11. Pollys Abschiedslied
12. Zwischenspiel
13. Die ballade von der sexuellen hörigkeit
14. Die seeräuber-Jenny oder träume eines küchenmädchens
15. Die Zuhälterballade
16. Die Ballade vom angenehmen leben
17. Das eifersuchtdsduett
18. Kampf um daseigentum
19. Ballade über die frge: “wovon lebt der mensch?”

Ato III

20. Das lied von der unzulänglichkeit
21. Salomon-Song
22. Ruf Ausder gruft
23. Ballade in der macheath jedermann abbitte leistet
24. Der reitende bote
25. Dreigroschen-finale
26. Die schluss-strophen der moritat

Choro Günther Arnt
Orchestra Sender Freies Berlin

Wilhelm Brükner-Rüggerberg, regente
Lotte Lenya, supervisão

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Ópera do Malandro – de Chico Buarque

01. O malandro (Die moritat von Mackie Messer)
(K. Weill – B. Brecht. Adapt. Chico Buarque)
02. Hino de Duran
03. Viver do Amor
04. Uma canção desnaturada
05. Tango do covil
06. Doze anos
07. O casamento dos pequenos burgueses
08. Homenagem ao malandro
09. Geni e o zepelim
10. Folhetim
11. Ai, se eles me pegam agora
12. O meu amor
13. Se eu fosse o teu patrão
14. Teresinha
15. Pedaço de mim
16. Ópera
(Adap. e texto de Chico Buarque sobre trecho de “RIGOLETTO”, “AIDA”, “LA TRAVIATA” de Verdi,
“CARMEN” de Bizet e “TANNHAUSER” de Wagner
)
17. O malandro No. 2 (Die moritat von Mackie Messer)
(K. Weill – B. Brecht. Adapt. Chico Buarque)

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Carlinus