Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Ofício Fúnebre a Oito Vozes + Missa de Réquiem (1809) – Coro da OSESP

Pe. José Maurício Nunes Garcia
1767-1830, Rio de Janeiro, RJ

Coro da OSESP
dir. Carlos Alberto Figueiredo
Alessandro Santoro, órgão
Marialbi Trisolio, violoncelo

Ofício Fúnebre a Oito Vozes
Missa de Réquiem 1809
Abertura em Ré

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP, lançou o CD acima em 2017, para comemorar o 250º aniversário do nascimento do Padre José Maurício.

A gravação foi realizada somente com o Coro da OSESP sob a direção do maestro Carlos Alberto Figueiredo, autoridade em música sacra colonial brasileira, e apresenta a pouco conhecida Missa de Réquiem na versão 1809, pela primeira vez. A versão conhecida é a de 1816.

Uma novidade é o Selo Digital OSESP que “oferece música clássica para ouvir e baixar gratuitamente”, segundo o próprio site da OSESP, AQUI.

José Maurício 250
01. Abertura em Ré
02. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório I. – Credo Quod Redemptor Meus Vivit
03. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório II. – Qui Lazarum Resuscitasti
04. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório III. – Domine Quando Veneris
05. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório IV. – Memento Mei Deus
06. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório V. – Hei Mihi Domine
07. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório VI. – Ne Recorderis Peccata Mea
08. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório VII. – Peccantem Me Quotidie
09. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório VIII. – Domine Secundum Actum Meum
10. Ofício Fúnebre a Oito Vozes – Responsório IX. – Libera Me Domine
11. Missa de Réquiem (1809) – I. Introit and Kyrie
12. Missa de Réquiem (1809) – II. Gradual
13. Missa de Réquiem (1809) – III. Offertory
14. Missa de Réquiem (1809) – VI. Sanctus
15. Missa de Réquiem (1809) – V. Agnus Dei
16. Missa de Réquiem (1809) – VI. Communion

José Maurício 250
Pe. José Maurício Nunes Garcia
Coro da OSESP
dir. Carlos Alberto Figueiredo
Alessandro Santoro, órgão
Marialbi Trisolio, violoncelo

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Avicenna

Missa em si bemol maior – Pe. José Maurício Nunes Garcia: Orquestra e Coral da Universidade Rural do Rio de Janeiro (Acervo PQPBach)

festivaMissa festiva em si bemol maior

Pe. José Maurício Nunes Garcia

Orquestra e Coral da Universidade Rural do Rio de Janeiro

Maestro Nilo Hack

c.1965

 

Segundo consta da contra-capa deste disco, “a música desta missa deixa entrever e sentir claramente o caráter festivo e majestoso.”

Jóia Musical do Barroco Brasileiro
1. Missa festiva em si bemol maior – I. Kyrie
2. Missa festiva em si bemol maior – II. Gloria
3. Missa festiva em si bemol maior – III. Laudamus
4. Missa festiva em si bemol maior – IV. Gratias
5. Missa festiva em si bemol maior – V. Domine Deus
6. Missa festiva em si bemol maior – VI. Qui tollis
7. Missa festiva em si bemol maior – VII. Cum Sancto Spiritu
8. Missa festiva em si bemol maior – VIII. Amem

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LP digitalizado por Avicenna

 

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Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Te Deum & Requiem (Acervo PQPBach)

iejghyOriginalmente postado em maio de 2009 pelo CVL. Repostagem com novos e atualizados links pelo Avicenna.

Atendendo às solicitações dos internautas através do nosso SAC, Avicenna apresenta o Te Deum & Requiem do Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830).

Essas duas peças foram compostas com estado de espírito diametralmente opostos.

Te Deum das Matinas de São Pedro, CPM* 92, foi criado em 1809. Quatro anos antes o Pe. José Maurício fora nomeado Mestre de Capela da Catedral do Rio de Janeiro e, a partir de 1805, envolveu-se afetivamente com Severiana Rosa de Castro, com quem teve 6 filhos. Ao compor o Te Deum, tinha suas necessidades básicas satisfeitas: financeiramente ganhava bem, a ponto de manter uma escola de música gratuita em sua casa, profissionalmente era o Mestre de Capela da Catedral, o máximo que podia aspirar e, emocionalmente, amava e sentía-se amado. O Pe. José Maurício só podia agradecer ao Criador, louvando-o com um Te Deum. A força e a exuberância dos seus sentimentos podem ser sentidas na faixa 5: In Te, Domine, speravi: non confundar in æternum (Em Vós esperei, Senhor, jamais serei confundido). Vale a pena ouvir!

Recorro às palavras de André Cardoso, vencedor do Concurso Nacional para Regente Convidado da Orquestra Sinfônica Nacional em 1994, para comentar o momento da criação do Requiem: “As circunstâncias que envolvem a criação do Requiem CPM* 185 em 1816 reforçam a idéia de que se trata de uma obra especial. Em 20 de março de 1816, após um longo período de desequilíbrio mental, falece a mãe de D. João VI, a Rainha D. Maria I. No mesmo dia faleceu também a mãe de José Maurício. O compositor recebeu ordens para compor um Ofício e uma Missa de Requiem em homenagem à Rainha. Não há, entretanto, como não associar os sentimentos que perpassam musicalmente a obra ao falecimento de sua própria mãe. O luto imposto a toda a cidade pela morte da rainha, em José Maurício era real e profundo e seu drama pessoal vai estar presente em cada nota colocada na pauta. O Requiem fora escripto com lágrimas bem íntimas e sinceras, afirmaria anos mais tarde o Visconde de Taunay (1843-1899).”

CPM * – sigla para Catálogo Person de Mattos, musicóloga, professora e regente Cleofe Person de Mattos (1913-2002), das obras do Pe. José Maurício Nunes Garcia.

Te Deum & Requiem – Pe. José Maurício Nunes Garcia
01. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 1. Te Deum Laudamus
02. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 2. Te Ergo Quae Sumus
03. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 3. Æterna Fac
04. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 4. Dignare Domine
05. Te Deum das Matinas de São Pedro CPM 92: 5. In Te Domine Speravi
06. Requiem CPM 185: 1. Introitus
07. Requiem CPM 185: 2. Kyrie
08. Requiem CPM 185: 3. Graduale
09. Requiem CPM 185: 4. Dies Iræ
10. Requiem CPM 185: 5. Ingemisco
11. Requiem CPM 185: 6. Inter Oves
12. Requiem CPM 185: 7. Offertorium
13. Requiem CPM 185: 8. Sanctus
14. Requiem CPM 185: 9. Benedictus
15. Requiem CPM 185: 10. Agnus Dei
16. Requiem CPM 185: 11. Communio

A música na corte de D. João VI
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Te Deus & Requiem – 2008
Coro e Orquestra Sinfônica da UFRJ. Regente: Ernani Aguiar.
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CVL + Avicenna

Ecos da fé na Alma Brasileira

k06gkjTaí, um CD de música sacra de todos os períodos da história da música brasileira cantada por um dos poucos corais femininos do país: o Collegium Cantorum, de Curitiba. Pena ele não oferecer uma interpretação fervorosa neste disco, mas trata-se de uma gravação de referência, pelo ineditismo de algumas peças e pela proposta. Abaixo, uma notícia sobre o lançamento do álbum.

Coro feminino resgata composições sacras
Collegium Cantorum apresenta concerto de lançamento do disco Ecos da Alma, hoje na Oficina de Música

O coro feminino Collegium Cantorum, de Curitiba, lança hoje, na 26ª edição da Oficina de Música, o CD Ecos da fé na Alma Brasileira, na Igreja Presbiteriana. O projeto é o resultado de sete anos de pesquisa no intuito de fazer o resgate e o registro de composições sacras brasileiras. São 25 faixas inéditas gravadas em latim e em português, um retrato do Brasil desde a chegada da família real, há 200 anos. O coro é formado por 25 mulheres, mas nem todas estarão participando. “Muita gente que estava comigo desde o início acabou saindo, mas ainda assim todas quiseram gravar o cd”, conta a maestrina Helma Heller, idealizadora do coro, explicando que, por ser um projeto voluntário, muitas foram atrás de algo que trouxesse retorno financeiro. “Esse repertório foi feito para vozes femininas. Existem poucos coros femininos no Brasil e enfrentar um repertório diferenciado não é fácil”.

Desde 2000 Helma Haller se dedica ao coro, que faz a interpretação, pesquisa e divulgação da música de concerto paranaense e brasileira. O CD promove também o resgate de músicas de compositores paranaenses, como Brasílio Itiberê.

A obra central deste trabalho é a “Missa de Neukomm”, que faz um retrato das expressões musicais e religiosas do início do século 19. O austríaco Sigismund Neukomm viveu no Brasil durante cinco anos, e incorporou às suas composições a sonoridade brasileira. Outra faixa que merece destaque, observa Helma, é o “Pai Nosso”, que vem apresentado em três versões musicadas por diferentes compositores. Com orientação teológica e estética diferenciada, outras obras mais contemporâneas convidam a uma reflexão sobre o sagrado e sua repercussão atemporal na vida humana.

Do site Bem Paraná

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Listagem de faixas disponibilizada pelo estimado Avicenna

Glauco Velásquez (1884-1914)
01. Padre Nosso
Helma Haller (1950- )
02. Pater Noster (1996)
Ernani Aguiar (1950- )
03. Três Motetinos 1. Pater Noster
04. Três Motetinos 2. Ego sum resurrectio et vita
05. Três Motetinos 3. Deo gratias

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
06. Moteto para a Procissão da Ressurreição
Sigismund Ritter von Neukomm (1778-1858)
07. Messe a Duabis Vocibus 1. Kyrie
08. Messe a Duabis Vocibus 2. Gloria
09. Messe a Duabis Vocibus 3. Credo
10. Messe a Duabis Vocibus 4. Sanctus
11. Messe a Duabis Vocibus 5. Benedictus
12. Messe a Duabis Vocibus 6. Agnus Dei

Henrique de Curitiba (1934- )
13. Suíte Coral Pro Pace 1. Oração pela Paz (1953, 2ª versão, 2003)
14. Suíte Coral Pro Pace 2. Parce Domine (1952)
15. Suíte Coral Pro Pace 3. Agnus Dei (1952)
16. Suíte Coral Pro Pace 4. Aleluia – Amen (2002)
17. Suíte Coral Pro Pace 5. Kyrie (1954)
18. Suíte Coral Pro Pace 6. Domine, non sum dignus (1954)
19. Suíte Coral Pro Pace 7. Dá-nos a Paz, Senhor (2003)

Brazílio Itiberê II (1896-1967)
20. Oração da Noite
Marcílio de Oliveira Filho (1947-2005)
21. O Salmo do Messias 1. Oração e testemunho sobre o Messias (Salmo 72.1-3)
22. O Salmo do Messias 2. Domínio do Messias (Salmo 72.8-11)
23. O Salmo do Messias 3. Ministério do Messias (Salmo 72.12-17)
24. O Salmo do Messias 4. Louvor ao Messias (Salmo 72.18, Salmo de uma nota só, processual)
25. O Salmo do Messias 5. O Reino do Messias (Salmo 72.19)

Tudo sobre o CD e o Collegium Cantorum AQUI.

Já para baixar o álbum, CLIQUE AQUI

como-estou-regendo

 

 

 

 

 

 

 

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CVL – repostado pelo Avicenna

Collegium Musicum de Minas: Ninguém morra de ciúme – 1997 (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2018-01-14 às 01.57.27Perceber que as pessoas são capazes de superar o impacto proporcionado pelo uso de instrumentos e elementos de interpretação de época e estabelecer conosco uma identidade emocional estética, representa um poderoso estímulo para o aprofundamento e expansão dos conteúdos de nosso trabalho. Um rico mundo de vivências se descobre dentro de cada um de nós, se estende para além do indivíduo, unindo-se ao outro.

Desde 1993, o Collegium Musicum de Minas trabalha segundo os parâmetros da interpretação histórica, isto é, constrói sua linha de interpretação a partir da pesquisa de elementos musicais inerentes à temporabilidade das composições.

A universalização das emoções como elemento constituinte do universo de representação da música é para nós a percepção fundamental. Exercitamos conceitos que privilegiam o emocional, para além dos aspectos técnicos presentes em nossa abordagem.

Quando interpretamos a música colonial brasileira nosso trabalho é de reconstrução do passado, portanto, de construção da identidade que nele não se esgota.


Captura de Tela 2018-01-14 às 01.58.49Redescobrimos fragmentos de Minas, estilhaços de um Brasil Barroco, ecos de emoções exaltadas. Para nós, o passado está em aberto. Amor, ódio, fé, profanidade, dor e alegria, sentimentos conflitivos que ao serem revelados em experiência estética, funcionam como elos que universalizam contextos distintos. Entendemos no ciúme um sentimento comum, síntese emocional das relações sociais estabelecidas. Filho da convivência conflitiva entre branco e negro, do colonizado e do colonizador, relações que deram o tom ao barroco brasileiro, reveladas para nós em imagens microscósmicas, a Senhora que suplicava a negra que despertava desejos no Senhor.

Quando nos deparamos com a composição de Domingos Caldas Barbosa, percebemos que nela eram evidentes elementos de inquietação e originalidade estéticos, típicos da música colonial brasileira, que de outra maneira estavam colocados nas composições deste CD e nas palavras do próprio compositor. “Ninguém Morra de Ciúme”. (José Eduardo Costa Silva, 1997. Extraído do excelente encarte)

O Collegium Musicum de Minas foi um grupo de Belo Horizonte (Brasil) dedicado à pesquisa e à execução da música colonial brasileira. Criado em 1993, sob a coordenação musical e de pesquisa do musicólogo Domingos Sávio Lins Brandão, gravou três cds (“Ninguém morra de ciúme”, 1997; “Senhora del Mundo”, 1998 [postado aqui] ; “A origem”, 2000) . O Collegium Musicum encerrou suas atividades em 2003, deixando um legado de pessoas que se apaixonaram pela música histórica graças ao trabalho realizado pelo grupo. (ex-Facebook)

Palhinha: 01. Deus in Adjutorium


Ninguém morra de ciúme
Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726)
01. Deus in Adjutorium
Anônimo Jesuítico (Sec. XVIII)
02. Domine, quinque talenta
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
03. Processione cum ramis benedictus
Anônimo (Séc. XIX)
04. Cego de amor
Anônimo (Séc. XVIII)
05. Sonata “Sabará” adágio
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
06. Solfejos
Anônimo (Séc. XVIII)
07. Marília tu não conheces
Anônimo (Séc. XIX)
08. Minha Lília
Thomaz Antonio Gonzaga (1744-1810) – atribuída
09. No ragaço da ventura
Anônimo (Séc. XIX)
10. Cego de Amor
11. Cachucha
Antônio José da Silva (Rio de Janeiro, 1705-Portugal, 1739)
12. De mim já não se lembra
Anônimo (Séc. XVII?)
13. Romance de Minervina
Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1740 – Lisboa, 1800)
14. Ningúem morra de ciúme
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
15. Surrexit Dominus
Joze de Mesquita (Séc XVIII)
16. Já se quebrarão os laços

Ninguém morra de ciúme – 1997
Collegium Musicum de Minas

Áudios gentilmente cedidos pelo nosso amigo e ouvinte Maestro Rafael Arantes, do blog “Música Sacra e Profana Brasileira” , e o encarte, escaneado do arquivo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

Captura de Tela 2018-01-14 às 02.00.19

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Le Chemins du Baroque: de Sarrebourg à Urubichá

24wrschDe Sarrebourg à Urubichá, Bolívia
Choeur et Ensemble Instrumental du Festival de Sarrebourg
Coro y Orquesta Juvenil de Urubichá

Esta gravação, realizada na Catedral de Sucre de 21 a 24 de abril e depois na igreja paroquial de Urubichá de 25 a 29 de abril de 1998, é a memória do encontro fraternal e musical da juventude musical de Sarrebourg, com os jovens músicos de Urubichá.

Foram apresentados inúmeros concertos em Sucre, Bolívia, como parte da cadeira de Sucre Playa Mayor de Cultura; depois em Urubichá, Ascensión de Guarayos, San Javier e, finalmente, em Santa Cruz de la Sierra.

Estes últimos concertos foram programados para o Festival Internacional de Música da Renascença e Barroca Americana “Missiones de Chiquitos“.

“Urubichá” significa en guarayo “laguna o extensión de mucha agua”.

Le Chemins du Baroque: de Sarrebourg à Urubichá
Chant guarayo
01. Yeyú (poissons)
Auteur anonyme
02. Regina Coeli laetare
Extr. Misa mo sabado
03. Et in terra pax
Chant guarayo
04. Canción puñete y patada
Attribué à Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726)
05. Ave Maris Stella
06. Iesu, Corona Virginum
Jan Josef Ignác Brentner (Czech, 1689-1742)
07. Cantemus, Domino
Auteur anonyme
08. Salve Regina
António Ripa y Blanque (España, 1720 – 1795)
09. Magnificat, et misericordia, Sicut locutus, Gloria Patri
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
10. Immutemur habitu
11. Inter Vestibulum
José Francisco Velásquez, El Viejo (Venezuela, 1756-1805)
12. Niño mio
Fray Esteban Ponce de León (Perú, ca.1692-175¿?)
13. Cantata “Venid, venid deydades”: 01: “Venid, venid deydades”
14. Cantata “Venid, venid deydades”: 02. Yo, que Arequipa soy, madre primera
15. Cantata “Venid, venid deydades”: 03. Con tal derecho bien disputo
16. Cantata “Venid, venid deydades”: 04. Viva, viva mi Arequipa
17. Cantata “Venid, venid deydades”: 05. Yo, su madre segunda la ciudad del Cuzco soy
18. Cantata “Venid, venid deydades”: 06. Bien lo pregona la voz del clarín
19. Cantata “Venid, venid deydades”: 07. Luego a mi toca el blasón
20. Cantata “Venid, venid deydades”: 08. Viva, viva el prelado que el Cuzco cría
21. Cantata “Venid, venid deydades”: 09. No se apropie hoy el Cuzco
22. Cantata “Venid, venid deydades”: 10. Si en noble competencia
23. Cantata “Venid, venid deydades”: 11. Si en tan reñida cuestión
24. Cantata “Venid, venid deydades”: 12. De tanta victoria
25. Cantata “Venid, venid deydades”: 13. Viva, viva pues triunfante
26. Cantata “Venid, venid deydades”: 14. Y pues se celebra hoy esta memoria

Le Chemins du Baroque: de Sarrebourg à Urubicha – 1998
Choeur et Ensemble Instrumental du Festival de Sarrebourg
Coro y Orquesta Juvenil de Urubicha.
Direction Jean-Frank Anselme & Rubén Dario S. Arana

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MP3 320 kbps | 123,5 MB

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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Maravilha !!!

Boa audição.

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Avicenna

Americantiga: Concerto de Natal no Mosteiro de São Bento (Acervo PQPBach)

v8jzvtEsta rara e magnífica audição do Americantiga Coro e Orquestra de Câmara, numa noite de Natal no Convento de São Bento, em São Paulo, não foi comercializada.
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Somente uns poucos privilegiados a tem, entre eles nós, ouvintes do PQPBach!
(A foto ao lado é uma parte da capa do convite.)


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Com instrumentos de época. On period instruments.

Concerto de Natal no Mosteiro de São Bento
Giovanni Pierluigi da Palestrina (c.1525-1594)
01. Sicut cervus a 4 vozes
Giovanni Battista Bassani (1657-1716)
02. Missa Encarnación – 1. Kyrie
03. Missa Encarnación – 2. Christe eleison
04. Missa Encarnación – 3. Kyrie: Christe eleison
05. Missa Encarnación – 4. Glória
06. Missa Encarnación – 5. Gloria: Qui tollis
07. Missa Encarnación – 6. Gloria: Qui sedes
Francesco Durante (Itália, 1684-1755)
08. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 1. Magnificat anima mea
09. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 2. Et misericordia eius
10. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 3. De possuit potentes
11. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 4. Suscepti Israel
12. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 5. Sicut locutus est
13. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 6. Gloria
14. Magnificat em sí bemol a 4 vozes e baixo contínuo – 7. Sicut erat in principio
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
15. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 1. Te Deum laudamus
16. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 2. Te ergo quasumus
17. Te Deum laudamus (1801) a 4 vozes e órgão 3. Aeterna fac
José Totti (Itália, 1780 – Portugal, 1832)
18. Solitario bosco ombroso (duo de sopranos com teorba)
José Alves (Portugal, sec. XVIII)
19. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 1. Dixit Dominus
20. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 2. Donec ponam
21. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 3. Juravit Dominus
22. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 4. Tu es sacerdos
23. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 5. Gloria Patri
24. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 6. Sicut erat in principio I
25. Dixit Dominus a 8 vozes e baixo contínuo – 7. Sicut erat in principio II

Concerto de Natal no Mosteiro de São Bento – 2002
Americantiga Coro e Orquestra de Câmara
Regente Ricardo Bernardes

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castanha (http://paulocastagna.com) – não tem preço!!
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A todos os amigos que nos acompanham nesta viagem, desejo um Feliz 2014 com muita Paz e Saúde.

Avicenna

Sonata 2ª (Sabará): Antonio Carlos de Magalhães, cravo (Acervo PQPBach)

307ssnqSonata 2ª – Sabará:
Antonio Carlos de Magalhães

Provém de Sabará a primeira informação sobre a presença de cravos e cravistas no Estado de Minas Gerais: em 1739, o músico José Soares tocou cravo na Matriz de Nossa Senhora da Conceição para festejar o dia de Nossa Senhora do Amparo. Não sabemos o que e como ele tocou, e muito menos a reação do público. Infelizmente, a escassez de informações desse tipo nos impede de reconstituir satisfatoriamente a trajetória dos instrumentos de teclado no Brasil Colonial, a fim de podermos avaliar o impacto de um repertório tecladístico na nascente musicalidade brasileira.

Cresce, assim, em importância o desvelamento de uma peça instrumental, única até o momento, de música colonial mineira, encontrada nos arquivos da Sociedade Musical Santa Cecília de Sabará. Trata-se da Sonata 2º para teclado, de autor anônimo, composta pelos seguintes movimentos: a) Allegro, com estrutura muito próxima dos esquemas da forma sonata bitemática, textura típica do classicismo musical do século XVIII; b) Adagio, com estrutura formal do lied instrumental, atendendo aos padrões de andamentos lentos do século XVIII; c) Rondó, com textura típica do estilo rococó cravístico.

A existência desta sonata nos conduz a uma série de exercícios analíticos, pelos quais tentamos, através de associações de ordem estilística, filosófica e sociológica, situá-la no tempo e no espaço. Acreditamos, no entanto, que tais exercícios seriam inúteis se faltasse à obra a oportunidade de ser em si mesma, isto é, realizar- se enquanto experiência musical. Surge, então, a figura do intérprete, que, com a dimensão transcendental de sua subjetividade, nos oferece o ser da obra.

Neste trabalho, o cravista Antonio Carlos de Magalhães cria um espaço possível de realização da Sonata 2ª – “Sabará”-, ao inseri-la em um universo que se caracteriza pela pluralidade de composições, no qual ocorrem relações de alteridade. Esse universo se constitui a partir de uma lógica historiográfica que nos permite supor, para a música colonial brasileira, vínculos com a música praticada por povos que de alguma forma participaram de nossa colonização. Atendendo a esta lógica, Antonio Carlos de Magalhães imagina o contexto sonoro daquele cravista do século XVIII e reúne em um só objeto peças de doze compositores – a saber: Frescobaldi, Cabezon, Sweelink, Couperin, Purcell, Zipolli, Scarlatti, Carlos Seixas, Rameau, Francisco Xavier Baptista, Padre José Maurício e o anônimo sabarense. Resulta disso que o CD Sabará foi concebido em duas dimensões – uma estética, quando ele exercita a ação reflexiva de nossos sentidos, e outra histórica, no momento em que ele presentifica a intuição de um passado.

Ressaltamos o belo jogo de cores a que Antonio Carlos de Magalhães procede ao alternar as sonoridades de dois cravos – o primeiro, um raro exemplar dobrável, que possui sons mais ásperos e rústicos, e o segundo, um Taskin, que produz sons mais aveludados. Esse procedimento revela urna sensibilidade fragmentadora, típica do fazer musical contemporâneo, que tensifica a sensibilidade unificadora característica das músicas do sistema tonal, realçada pelo respeito uniforme às convenções de dinâmica, agógica e ornamentação inerentes aos períodos de composição das peças.

(José Eduardo Costa Silva, extraído do encarte)

Girolamo Frescobaldi (Italy, 1583-1643)
01. Toccatta prima
Antonio de Cabezón (Spain, 1510-1566)
02. Diferencias cavallero
Jan Pieterszoon Sweelinck (Netherlands, 1562-1621)
03. More palatino
François Couperin (France, 1668-1733)
04. Quatrième prélude (L’art du toucher clavecin)
05. La superbe ou la Forqueray (Dixseptième ordre)
Henry Purcell (England, 1659-1695)
06. Ground (z.D221)
Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726)
07. Corrente
Giuseppe Domenico Scarlatti (Italy, 1685-1757)
08. Sonata XXX
José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
09. Sonata em Sol m
Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764)
10. Allemande (Pieces de clavecin, avec une table pour les agrémens)
Francisco Xavier Baptista (Portugal, ? – 1797)
11. Sonata IV – 1. Allegro
12. Sonata IV – 2. Allegro
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
13. Fantasia 6ª (Método do pianoforte)
Anônimo (Sabará, MG, final do séc. XVIII)
14. Sonata 2ª (Sabará) – 1. Allegro
15. Sonata 2ª (Sabará) – 2. Adágio
16. Sonata 2ª (Sabará) – 3. Rondó

Sabará – 1999
Antonio Carlos de Magalhães
2jcbrls

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Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

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.Avicenna

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 6/7: Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia

23k28wnBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 6/7
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Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia

Camerata Barroca de Caracas
Maestrina Isabel Palacios

En este disco compacto la Camerata Barroca de Caracas y el Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan, ofrecen una rica selección musical que representa el extraordinario mundo estético en el tiempo del barroco y la colonia en latinoamerica. Un tiempo en el cual muchos de los compositores eran europeos o músicos que, si bien habían nacido en el nuevo continente, aún concebían y escribían la música según los cánones del viejo mundo.
Obras de destacados autores como Doménico Zipoli, Juan de Araujo, Tomás de Torrejón y Velasco, Gaspar Fernández, Juan de la Vega Bastón, Juan de Herrera, José Cascante, Estéban Salas, José Mauricio Nunes García y José Angel Lamas, conforman esta interesante selección musical de la música del pasado de América.(http://www.cameratadecaracas.com)

Música Sacra Latinoamericana del Barroco y la Colonia – 2001
1. Vexilla Regis – Anónimo S. XVIII
Catedral de La Plata (Sucre-Bolivia)

2. Lamentación – Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664- Perú 1728)
Archivo del Seminario de San Antonio Abad (El Cuzco-Perú)

3. Salve Regina – Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
Catedral de La Plata (Sucre-Bolivia)

4. Deus in adjutorium – Doménico Zipoli (1688-1726)
Archivo de las Misiones de Chiquitos (Concepción-Bolivia)

5. Popule Meus – Juan de la Vega Bastón
Archivo de La Plata (Sucre-Bolivia)

6. Laudate Dominum – Juan de Herrera y Chumacero (Bogotá, 1665-1738)
Catedral de Santafé de Bogotá – Colombia

7. Salve Regina – José Cascante (Bogotá, 1646-1702)
Catedral de Santafé de Bogotá – Colombia

8. Elegit eum Dominus – Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, 1629)
Catedral de Oaxaca – Mexico

9. Inter Vestibulum – Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Catedral de Rio de Janeiro – Brasil

10. Ave maris stella – Esteban Salas y Castro (Cuba, 1725 – 1803)
Catedral de Santiago de Cuba – Cuba

11. Popule Meus – José Angel Lamas (Caracas, 1775 – 1814)
Catedral de Caracas- Venezuela

Camerata Barroca de Caracas
Maestrina Isabel Palacios
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Lugar: Capilla de la Escuela Experimental de Enfermería de la UCV. Caracas, 2001.

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Encarte completo e único da coleção
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Avicenna

Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg: Pe. José Maurício Nunes Garcia: Missa Pastoril + Matinas de Natal + Gradual para São Sebastião (Acervo PQPBach)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Missa Pastoril
Matinas de Natal
Gradual para São Sebastião

Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg

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2lwayjrJosé Maurício Nunes Garcia – 2001
Atelier Vocal et Instrumental de Sarrebourg
Regente: Jean-Franck Anselme
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memoria

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Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830): Responsórios Fúnebres – Coral Porto Alegre e Orquestra: (Acervo PQPBach)

bjfy45 Responsórios Fúnebres

Pe. José Maurício Nunes Garcia 

Coral Porto Alegre e Orquestra

Determinadas obras só sobreviveram através das cópias. É o caso dos Responsórios Fúnebres (CPM 192). O único exemplar existente encontra-se no arquivo da Orquestra Ribeiro Bastos, na cidade de São João del-Rei,MG, em partes individuais manuscritas, de copista desconhecido e sem datação. Em razão do estado precário dos papéis, a musicóloga Cleofe Person de Mattos realizou o primeiro levantamento da partitura.

Para a presente gravação foi utilizada uma nova partitura, editorada e revista por Aluízio Viegas. Embora o manuscrito mineiro seja a única referência, não podemos deixar de reconhecer que a música e a orquestração são tipicamente mauricianas. O conjunto é formado pelo coro a quatro vozes, uma flauta, duas clarinetas, duas trompas e as cordas. José Maurício optou por não incluir solistas. O coro torna-se então o grande protagonista da obra.

O texto é o do Ofício dos Defuntos, para o qual, aparentemente, José Maurício não compôs música para o lnvitatório. Outra curiosidade está no 9° responsório: no Liber Usualis, consta o Libera me, Domine, de viis infernis. Na cópia manuscrita, encontramos o Libera me, Domine, de morte aeterna, comumente usado na missa de requiem.

Embora não conheçamos as circunstâncias de sua criação, podemos dizer que os Responsórios Fúnebres se apresentam hoje como uma das grandes obras de José Maurício.

(André Cardoso, diretor da Escola de Música da UFRJ. Extraído do encarte)

Palhinha: ouçam 9º Responsório: Libera me Domine

Responsórios Fúnebres
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
1º Responsório: Credo – et in carne – quem visurus – et in carne
2º Responsório: Qui Lazarum – tu, ei, Domine – qui ventures es – tu, eis Domine
3º Responsório: Domine, quando veneris – Quia peccavi – Comissa mea – Requiem aeternam – Quia peccavi
4º Responsório: Memento mei, Deus – nec aspiciat – De profundis – nec aspiciat
5º Responsório: Hei mihi – Miserere mei – Anima mea turbata – Miserere mei
6º Responsório: Ne Reccorderis – dum veneris – Dirige, Domine – Requiem aeternam dum veneris
7º Responsorio: Peccatem – quia in inferno – Deus, i nomine tuo – quia in inferno
8º Responsório: Domine, secundum – ut tu – Amplius – ut tu
9º Responsório: Libera me – Tremens – dum discussio – Dies illa – Requiem aetenam – Kyrie – Requiescat

Responsórios Fúnebres – 2013
Coral Porto Alegre e Orquestra
Maestro Ernani Aguiar

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Avicenna

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 3/7: Brasil en el tiempo de la Colonia

25k1nhfBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 3/7
Brasil en el tiempo de la Colonia

Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan

Maestrina Isabel Palacios

Con el descubrimiento de formidables yacimientos de oro y diamante en Minas Gerais, la música en Brasil tuvo un violento y súbito desarrollo. Portugal, que volvió a ser pobre luego que Venecia se apoderó de su próspero tráfico de especies, pudo reparar con creces su economía. Un segundo factor se hizo presente: la importación en masa de esclavos desde Africa, la cual condujo en pocos años a una población superlativa de mulatos que, en número, llegaron a sobrepasar considerablemente a los habitantes blancos.

Es en este punto que comienza la historia del mulatismo en Minas Gerais y los enormes beneficios que aportó, en lo musical, al mundo. La gran cantidad de niños vagos obligó a las autoridades civiles a ofrecer a las familias establecidas en la capital, Villa Rica, una compensación por su crianza y su cuidado.

Los maestros de música ya establecidos en Minas Gerais, en su mayoría mulatos provenientes del Nordeste, Río de Janeiro y São Paulo, se aprovecharon de esta medida formando sus conservatorios con huérfanos y niños abandonados por sus progenitores. Las dos sangres, la portuguesa y la africana, representaron los factores más propicios para la formación de innumerables talentos en muy poco tiempo. Las numerosísimas hermandades y cofradías rivalizaban entre sí en festividades muy frecuentes, realizadas según las fechas fijadas por el calendario litúrgico, además de las del propio Senado de la Cámara (cuerpo legislativo municipal) que estaba obligado a realizar conmemoraciones oficiales como la llegada de Gobernadores, fechas patrias y las relativas a los Monarcas.

El entrenamiento de los jóvenes era muy riguroso. Se les enseñaba, como era costumbre en Europa a tocar varios instrumentos y, al mismo tiempo, conocer la voz humana. El propio clero estaba obligado a dictar clases de aritmética y de latín, además de otros conocimientos esenciales. Sin hablar de la excelente preparación en materia musical, traída de Portugal, que constituía un poderoso auxilio en el estricto conocimiento del repertorio litúrgico del cual se decía en un viejo proverbio «Quien nace en Minas sabe dos cosas muy bien: solfear y latín».

En esa atmósfera de enseñanza, la música culta religiosa constituida de música homófona, fue la más importante. Sin embargo, aunque había mucho interés por el género vocal y de cámara, la música culta profana no pudo desarrollarse debido a la ausencia de una clase aristocrática que la promoviera con pasión como ha sucedido en Europa. Es muy importante destacar que la creatividad del músico de Minas se mostró posiblemente desde los primeros tiempos; antes, en forma incipiente, pero muy pronto de manera muy intensa. Si la música europea llegaba irregularmente a Brasil, por otro lado él compositor de Minas Gerais tuvo de tal manera estimulado su ingenio que vemos con suma frecuencia el empleo de recursos que sólo más tarde fueron utilizados por compositores de gran alcurnia.

También es muy importante señalar que los creadores de Minas Gerais se emanciparon totalmente del barroco en esa época en boga en América Latina, inclinándose al preclásico y clásico pangermánico, es decir, a la Escuela de Mannheim, y al estilo propio de Praga, Viena, Munich, Salzburgo y de Innsbruck. E este notable hecho, acontecido en la Capitanía de Minas Gerais, es tan único como adopción estilística como lo es la creación de una escuela de compositores mulatos en el Brasil, un hecho que tampoco podrá repetirse jamás.

Los mulatos se supieron hacer indispensables por su condición de «profesores de arte de la música» admirados por su excelsa ejecución y su labor creativa. Intervenían en la música militar de la época fomentada en Minas Gerais con una intensidad sin par en todo el hemisferio americano, formando ya en el siglo XVIII bandas muy completas, tanto en los regimientos de línea, como en los de los mulatos y de los negros. Los de mayor estirpe musical tocaron una banda para los hidalgos. Era la mejor tropa impuesta por las circunstancias por no faltar nación europea dispuesta a invadir tan rico territorio.

De todas maneras hay que anteponer lo siguiente: la maravillosa organización profesional de la hermandad de Santa Cecilia de los Cantores y Músicos de Lisboa de la cual era protector perpetuo el Rey, acompañado por una aristocracia apasionada como él por el arte de la música, fue pronto imitada en Minas Gerais, alrededor de 1740, y no se circunscribió, como en Roma y Lisboa, a una sola ciudad, sino a una vastísima Capitanía provista de una gran distribución de poblados y Villas, hallándose en cada uno de ellos sucursales que se hallaban dignamente representados por la sede central erigida en la capital Villa-Rica. Cuando el Monarca José I envió a Minas Gerais un proyecto Magistrado para que le informara detalladamente sobre la situación de la Capitanía, se permitió incluir una nota artística de alto interés y de enorme sorpresa en el Consejo Ultramarino: «De aquellos mulatos que no se hacen totalmente ociosos, hay muchos que se dedican a la música y de éstos hay muchos más en el Reino».

Debe aclararse que Portugal estaba literalmente lleno de músicos nativos y extranjeros, estos últimos traídos desde que en Lisboa estalló en la Corte la pasión por la ópera. (Francisco Curt Lange, extraído do encarte)

Brasil en el tiempo de la Colonia
Ignacio Parreira das Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
01 – Credo: Patrem Omnipotentem
02 – Credo: Sacramentus
03 – Credo: Et Resurrexit
04 – Credo: Sanctus
05 – Credo: Benedictus
06 – Credo: Agnus Dei

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
09 – Te Deum: Te Dominum
10 – Te Deum: Tibi omnes
11 – Te Deum: Sanctus Dominus
12 – Te Deum: Te Gloriosus
13 – Te Deum: Te Martyrum
14 – Te Deum: Patrem Immensae
15 – Te Deum: Sanctum Quoque
16 – Te Deum: Tu Patris
17 – Te Deum: Tu Devicto Mortis
18 – Te Deum: Judex Crederis
19 – Te Deum: Salvum Fac
20 – Te Deum: Per Singulus Dies
21 – Te Deum: Dignare Domine
22 – Te Deum: Fiat Misericordia
23 – Te Deum: Non Confundar

Música del Pasado de América Vol. 3: Brasil en el tiempo de la Colonia
Camerata Renacentista de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morvan
Isabel Palacios, Directora
Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinado por: Dorian Records
Grabado por: Alejandro Rodríguez
1991

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Mozart: Requiem K. 626, conclu par Sigismund Neukomm, version "Rio de Janeiro" (Acervo PQPBach)

b8k749Esta postagem apresenta o Requiem K. 626 de Mozart completo, com o “Libera me” composto e incluido por Neukomm. 

Muito embora Süssmayr e Eybler tenham completado a grande obra sacra inacabada de Mozart logo após a morte do compositor, ela permaneceu ainda inconclusa. O Libera me que no rito da Igreja Romana termina a missa para os mortos, estava ausente no Réquiem de Mozart. O Libera Me era o que faltava para conseguir terminar essa obra monumental. No Rio de Janeiro, o compositor Sigismund Neukomm teve a ousadia de enfrentar essa tarefa, compondo o final Libera me Domine para grande orquestra, para fazer sequência ao Requiem de Mozart.

Em 15 de maio de 2012, o Prof. Paulo Castagna apresentou o 11º episódio da série “Alma Latina” na Rádio Cultura FM de São Paulo (103,3 MHz), e teceu os seguintes comentários:

Franz Joseph Haydn dizia que seu melhor aluno havia sido Beethoven, mas seu preferido era Neukomm. Foi esse mesmo Neukomm que viajou para o Rio de Janeiro em 1816, em uma comitiva diplomática destinada a felicitar o novo rei e reatar suas relações com a França, rompidas desde as guerras napoleônicas.

Sigismund Neukomm deveria ficar somente alguns meses, mas acabou se encantando com o Rio de Janeiro e aceitou o convite do ministro do reino para exercer atividades musicais na corte. Uma das novas funções de Neukomm foi ensinar música aos infantes reais, como o Príncipe Dom Pedro e sua esposa Dona Leopoldina.

Poucas casas do Rio de Janeiro daquela época possuíam um piano. As variações sobre um lundu, intituladas “O amor brasileiro”, compostas por Neukomm em 1819 e aqui interpretadas por Rosana Lanzelotte, provavelmente foram destinadas ao ambiente doméstico da corte e das famílias europeias do Rio de Janeiro.

O lundu era uma exceção na elite carioca, que desejava consumir música de caráter essencialmente europeu, apartando da corte a sonoridade de qualquer outra etnia. Os autores referenciais da alta classe da época eram sempre europeus, como Haydn e Mozart.

A presença de Neukomm na corte real era, portanto, emblemática. Esse compositor havia nascido em Salzburg, na casa em frente àquela onde nasceu Mozart. E foi nesse contexto que Neukomm deparou-se com uma tarefa delicada: completar, no Rio de Janeiro, nada mais, nada menos, que o Requiem de Mozart.

Wolfgang Amadeus Mozart trabalhou neste Requiem em Viena, nos meses que antecederam sua morte, em 1791. Mozart estava atendendo a encomenda de um
comprador não identificado, e que hoje se sabe ter sido o Conde Franz Von Walsegg e não o compositor Antonio Salieri, como sugeriu o conhecido filme “Amadeus”, de Peter Shaffer, [cuja trilha sonora já postamos aquí.]

Wolfgang morreu sem terminar a partitura. Para concluí-la e entregá-la ao Conde Walsegg, o que era necessário para receber o pagamento final, Constanze Mozart procurou secretamente a ajuda de dois outros compositores e provavelmente os pagou para terminar a partitura: Joseph von Eybler e Franz Xaver Süssmayr, este último responsável pela orquestração da obra.

Com a edição que a Breitkopf & Hartel fez em 1799, a partir da versão de Eybler e Süssmayr, o Requiem de Mozart começou a circular pela Europa. E foi provavelmente um exemplar dessa edição que Sigismund Neukomm levou ao Rio de Janeiro em 1816.

José Maurício Nunes Garcia teve acesso à partitura naquele mesmo ano e dirigiu, em 1819, a primeira apresentação do Requiem de Mozart fora da Europa, em uma festividade organizada pela Confraria de Santa Cecília do Rio de Janeiro.

Neukomm publicou, no ano de 1820, uma interessante notícia em alemão sobre a estréia carioca do Requiem de Mozart, no Allgemeine Musikalische Zeitung de Leipzig. Seu primeiro parágrafo diz o seguinte:

“Rio de Janeiro – A corporação dos músicos […] comemora anualmente a Festa de Santa Cecília e, alguns dias após, é celebrada uma missa em memória dos músicos falecidos no decorrer do ano. Para esse fim, alguns integrantes da corporação, interessados em boa música, propuseram o Requiem de Mozart, que foi executado em dezembro passado na Igreja do Parto, por uma orquestra numerosa. O mestre da Capela Real, Padre José Maurício, assumiu a direção do conjunto”

O Requiem de Mozart foi reapresentado no Rio de Janeiro em 1821 e, para essa ocasião, Neukomm decidiu completá-lo. Mas este compositor não fez o mesmo que Eybler e Süssmayr fizeram em Viena. Neukomm apenas acrescentou, ao final do Requiem, o Responsório “Libera me”, que não havia sido planejado por Mozart, mas que era previsto na liturgia romana.

Wolfgang estava atendendo a uma encomenda do Conde Walsegg destinada ao aniversário de falecimento de sua esposa, e para esse tipo de ocasião, um Requiem não inclui o “Libera me”, cantado somente nas missas de corpo presente.

Wolfgang Amadeus Mozart (Austria, 1756-1791)
Requiem In D Minor, K 626 – I. Introitus: “Requiem aeternam” / II. Kyrie
Requiem In D Minor, K 626 – IIIa. Sequenz: “Dies irae, dies illa”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIb. Sequenz: “Tuba mirum spargens sonum”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIc. Sequenz: “Liber scriptus proferetur”
Requiem In D Minor, K 626 – IIId. Sequenz: “Quid sum miser dunt dicturus?”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIe. Sequenz: “Rex tremendae majestatis”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIf. Sequenz: “Recordare, Jesu pie”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIg. Sequenz: “Ingemisco tamquam reus”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIh. Sequenz: “Confutatis maledictis”
Requiem In D Minor, K 626 – IIIi. Sequenz: “Lacrimosa dies illa”
Requiem In D Minor, K 626 – IV. Offertorium: “Domine Jesu Christe, rex gloriae”
Requiem In D Minor, K 626 – V. “Sanctus, sanctus, sanctus, Dominus”
Requiem In D Minor, K 626 – VI. “Agnus Dei”
Requiem In D Minor, K 626 – VII. Communio: “Lux aeterna luceat eis”
Sigismund Ritter von Neukomm (Salzburg, 1778 – Paris, 1858)
Requiem In D Minor, K 626 – VIII. Communio: “Libera me, Domine”

Mozart: Requiem K. 626, conclu par Sigismund Neukomm – 2005
La Grande Écurie et la Chambre du Roy & Kantorei Saarlouis
Direction: Jean-Claude Malgoire

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

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.Avicenna

O Sacro e o Profano na música da corte de D. João VI (Acervo PQPBach)

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Com instrumentos de época. On period instruments.

Em comemoração ao bicentenário da chegada da família real, o Quarteto Colonial apresenta o CD “O SACRO E O PROFANO”, contendo os motetos para a Semana Santa e para a Quarta-feira de Cinzas de José Maurício, executados a capella, e modinhas e lundus que animaram os saraus da aristocracia do período.

O SACRO
Os motetos para a Semana Santa aqui gravados fazem parte de um volume intitulado “Obras Corais” publicado em 1976 pela Associação de Canto Coral, com organização de Cleofe Person de Mattos, musicóloga responsável pela revitalização da obra de José Maurício. Embora tenham sido organizadas na sequência dos eventos da Semana Santa, as peças foram compostas em épocas diferentes, formando, entretanto, um conjunto bastante harmonioso. O Gradual Tenuisti Manum Dexteram Meam assim como os motetos In Monte Olivetti e Improperium Expectavi fazem parte do Ofício de Domingo de Ramos (CPM 218-2,7 e 10). Domine Tu Mihi Lavas Pedes (CPM 198) é uma antífona para a cerimônia do Lava-pés. O moteto Judas Mercator Pessimus (CPM 199) foi escrlto para o Ofertório da Missa de Quinta-feira Santa. Domine Jesu (CPM 208) é um moteto para ser cantado na noite de Quinta-feira Santa na Procissão do Senhor dos Passos. Popule Meus (CPM 222), Crux Fidelis/Felle Potus (CPM 205) e Sepulto Domino (CPM 223) fazem parte de um mesmo manuscrito intitulado “Bradados de 6ª feira maior”. Completam as obras sacras de José Maurício os motetos Immutemur Habitu (CPM 61) e Inter Vestibulum (CPM 62), para a Ouarta-feira de Cinzas.

Captura de Tela 2018-01-05 às 18.15.01

 

Doriana Mendes, soprano
Talita Siqueira, contralto
Geilson Santos, tenor
Luiz Kleber Queiroz, barítono

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O PROFANO

Além das idas à Capela Real ou ao Teatro, a corte também se deliciava com as modinhas e lundus interpretados durante os saraus que ocorriam nos palácios ou nas residências de famílias abastadas. Sabe-se que o próprio Padre José Maurício, por vezes, participava dessas festas, tocando cravo ou acompanhando cantores, tendo sido convidado, pelo menos uma vez, a tocar para Dom João. De José Maurício apresentamos a modinha No momento da partida. Essa modinha, sem indicação própria de catálogo é anunciada no Jornal do Comércio de 23/02/1837.

Dentre os modinheiros aqui apresentados, talvez o mais importante seja o mulato Domingos Caldas Barbosa, apontado como o responsável pela introdução da modinha brasileira em Portugal no século XVIII. São de sua autoria os textos de três modinhas: Homens errados e loucos, Você trata amor em brinco e Os teus olhos e os meus olhos. As modinhas e lundus escolhidos foram selecionados a partir de algumas importantes fontes da época. Homens errados e loucos, ao lado de É delícia ter amor e Meu amor minha sinhá, faz parte do manuscrito intitulado “Modinhas do Brazil”, encontrado na Biblioteca da Ajuda em Portugal. Você trata amor em brinco, com melodia de Marcos Antonio (Marcos Portugal) foi publicada em fins do século XVIII no “Jomal das Modinhas com acompanhamento de Cravo pelos milhores autores dedicado a Sua Alteza Real Princeza do Brazil” – Carlota Joaquina -, onde também se encontram a modinha Marília tu não conheces, de autor anônimo e a “Moda do Londu” Já se quebrarão os laços, de Joze de Mesquita. Os teus olhos e os meus olhos é um caso curioso de modinha inserida num contexto operístico, no caso, a ópera “A Vingança da Cigana”, de Antonio Leal Moreira, importante autor português do século XVIII, que foi mestre da Capela Real e o primeiro diretor do Teatro de São Carlos, em Lisboa. O lundu Menina você que tem, de autor anônimo, faz parte da “Colecção de Canções e Modinhas de diversos autores para voz com acompanhamento de Viola ou Pianoforte” (c. 1830). Completam a seleção as modinhas Estas Lágrimas Sentidas e Se Queres Saber a Causa de Joaquim Manoel Gago da Camera (nome completo segundo pesquisa de Marcelo Fagerlande). Essas modinhas foram harmonizadas para pianoforte por Sigismund Neukomm e encontram-se atualmente na Biblioteca de Paris.
(Maria Aida Barroso, no encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Motetos para a Semana Santa – 1. Gradual Para Domingo De Ramos
02. Motetos para a Semana Santa – 2. In Monte Oliveti
03. Motetos para a Semana Santa – 3. Domine Tu Mihi Lavas Pedes
04. Motetos para a Semana Santa – 4. Domine Jesu
05. Motetos para a Semana Santa – 5. Judas Mercator Pessimus
06. Motetos para a Semana Santa – 6. Improperium Expectavi
07. Motetos para a Semana Santa – 7. Popule Meus
08. Motetos para a Semana Santa – 8. Crux Fidelis
09. Motetos para a Semana Santa – 9. Felle Potus
10. Motetos para a Semana Santa – 10. Sepulto Domino
11. Motetos para a Quarta-Feira de Cinzas – 1. Immutemur Habitu
12. Motetos para a Quarta-Feira de Cinzas – 2. Inter Vestibulum

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa
13. Você Trata Amor Em Brinco
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
14. No Momento Da Partida
Anônimo (Séc. XVIII)
15. Meu Amor Minha Sinhá
Joze de Mesquita (Séc XVIII)
16. Já Se Quebrarão Os Laços (Moda do Londu)
Joaquim Manuel Gago da Camera (Harmonizado por Sigismund Neukomm)
17. Estas Lágrimas Sentidas
18. Se Queres Saber A Causa

Anônimo (Séc. XVIII)
19. É Delícia Ter Amor
Anônimo/Domingos Caldas Barbosa
20. Homens Errados E Loucos
Anônimo (Séc. XVIII)
21. Menina Você Que Tem
22. Marília Tu Não Conheces

Antonio Leal Moreira/Domingos Caldas Barbosa
23. Os Teus Olhos E Os Meus Olhos

O Sacro e o Profano – 2006
Quarteto Colonial

Maria Aida Barroso, cravo e direção musical
Mario Orlando, viola da gamba
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Boa audição.

Avicenna

Cancões brasileiras recolhidas por Spix & Martius: Anna Maria Kieffer (canto) & Gisela Nogueira (viola de arame) & Edelton Gloeden (guitarra) – Acervo PQPBach

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Cancões brasileiras recolhidas por Spix & Martius entre 1817 e 1820, e outras melodias da época

Anna Maria Kieffer (canto)
Gisela Nogueira (viola de arame)
Edelton Gloeden (guitarra).

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Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Beijo a mão que me condena
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius em S. Paulo, 1817
02. Acaso são estes
03. Perdi o rafeiro
04. Qual Será o feliz dia
05. Escuta formosa Márcia
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius em Minas Gerais 1818
06. No regaço da ventura
Cancões populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius na Bahia, 1818
07. Uma mulata bonita
08. Vais-te Josino e me deixas
09. Prazer igual ao que sinto
Melodias indígenas recolhidas por Spix & Martius, 1818-1820
10. Dança dos Muras
11. Dança dos Purís
12. Dança dos Miranhas
13. Dança do Peixe
Danças populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius, 1819
14. Lundu
Anônimo
15. Marília meu doce bem
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)
16. Lá no Largo da Sé
Mussurunga (Salvador, 1807-1856)
17. Saudades fugi de mim
Dr. José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 1808-1884)
18. Fora o regresso
Francisco Manuel da Silva ( Rio de Janeiro, 1795-1865)
19. A marrequinha

Viagem pelo Brasil – 1990
Anna Maria Kieffer (canto) & Gisela Nogueira (viola de arame) & Edelton Gloeden (guitarra)

E mais outro CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Boa audição.

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Avicenna

Sacred Music From 18th. Century Brazil – Vol. I – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

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Sacred Music From 18th. Century – vol. I

Ouro Preto! Black Gold! The name of one of the most beautiful cities in the world!! The fact that one must cross the Brazilian mountains and trek deep into the valley in order to reach her hidden treasures makes it even more attractive. A slave discovered gold in a stream here in the 18th century, and shortly thereafter the Portuguese streamed into the valley in search of the precious metal. Palaces, churches, fountains and villas were built here. An independent civilization arose, a combination of the European High Baroque with African and Indian influences. Aleijadinho, architect and sculptor of the stature of a Michelangelo or a Puget, left testimony of his genius in Ouro Preto, as did the painter Ataide, who employed mulattos as his models for his paintings of angels and the virgin Mary.
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Music also flourished here, as demonstrated by the Schnitger Organ which was imported to Minas Gerais from Hamburg in 1752 or the opera house which was built in Ouro Preto. The city gave birth to an extraordinary wealth of music, compositions which since have fallen into almost complete neglect. The hymns, motets, masses and tedeums from this period are characterized by a special mixture of elements from Italian and Portuguese Baroque music, spiced with the unique flavor of local musical traditions. What could be more moving than the simple religious fervor of the pioneers and gold-diggers as embodied in the exquisite an of sacred song.
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.The music from Minas Gerais is perhaps the best introduction to the mysterious and brilliant mixture of cultures that developed in the heart of Brazil. (Dominique Fernandez)

Luís Alvares Pinto was born into a mulatto family in Recife in 1719 and died there in 1789. He studied with the well-known composer Henrique da Silva Negrão in Lisbon, who introduced him to the Neapolitan style which was very popular in Portugal at the time. Given contemporary racial prejudices, it was not self-evident that a mulatto could study in the capital of the Portuguese empire. The expressive polyphony of Alvares Pinto’s Te Deum is particularly attractive, marked by the appearance of certain archaic elements (e.g., the voice-leading). The treatment of the cadences, however, presaged new esthetic ideals which would soon spread throughout Europe. Of the works on this recording, the Te Deum is the closest to the Baroque style. Only the vocal parts, a figured bass and a horn part (discovered later) remain. The latter would indicate a version for voices and small orchestra, which was reconstructed for this recording by Dr. Klaus Miehling.

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita is the most important representative of the so-called “Escola de Compositores da Capitania das Minas do Ouro”. Likewise a mulatto, he earned fame as an organ virtuoso and improviser. The three works on this recording by Lobo de Mesquita illustrate interesting aspects of his musical development. The Salve Regina was the first composition from the Minas school to be rediscovered. The composer goes a step further than his Neapolitan models (e.g., Pergolesi and Leo) in his employment of a four-part choir in alternation with solo voices. Tercio is one of the few compositions from Minas that has survived in full score. A surprising detail is the use of the Portuguese language in the middle of the Latin liturgical text. Tractus touches one of the focal points of the repertoire of Lobo de Mesquita and his colleagues: the music for Holy Week. The short examples recorded here are impressive not only for their theatrical dramatics, but also for the rhetorical precision in the relationship between words and music. This music is in some respects still very baroque in style, but at the same time the spirit of the classical period shines through in certain melodic turns and the style of the cadences.

Marcos Coelho Neto was born into a family of musicians in Villa Rica (today Ouro Preto) in 1750 and died there in 1823. He was a member ot the Fraternity São José dos Homens Pardos (São José was the church for the mulattos) as a horn player and composer. Very few of his works have survived, but the Himno à 4 Maria Mater Gratiæ is a little jewel. It is as if the short text is sounded in one breath. The soloists and the chorus alternate, separated by short violin interludes. The whole piece is carried by a bass line that is still strongly influenced by the basso continuo style.

When the Portuguese royalty fled from Napoleon’s troops to Brazil in 1808, the reigning crown prince Don João (son of Maria the First, “the deranged” and future Don João the Sixth) could hardly have expected to find a flourishing musical life with an artist of the stature of a José Maurício Nunes Garcia in the simple city of “São Sebastião do Rio de Janeiro”. Despite the resistance in his court, Don João did not hesitate to appoint the mulatto “Mestre da Capela Real”. The proclamation of Brazil as an empire brought Rio de Janeiro to its heights, in no small part due to foreign (mostly French) artists and musicians. Garcia reached his zenith during this golden age. The diminutive pearls recorded here represent an important part of “Padre Mestre’s” a cappella works. Two of them are dated in the manuscripts: Sepulto Domino (1789) and Judas Mercator Pessimus (1809). Although these two compositions were separated by a gap of twenty years, they are united by the similarities of their harmonic textures as well as their thematic connection to Holy Week. (Sérgio Dias)

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum Laudamus (1760) 1. Te Deum/Te Dominum
02. Te Deum Laudamus (1760) 2. Te æternum/Tibi Omnes
03. Te Deum Laudamus (1760) 3. Tibi Cherubim/Sanctus
04. Te Deum Laudamus (1760) 4. Pleni sunt/Te gloriosus
05. Te Deum Laudamus (1760) 5. Te Prophetarum/Te Martirum
06. Te Deum Laudamus (1760) 6. Te per orbem/Patrem imensæ
07. Te Deum Laudamus (1760) 7. Venerandum/Sanctum quoque
08. Te Deum Laudamus (1760) 8. Tu Rex gloriæ/Tu Patris
09. Te Deum Laudamus (1760) 9. Tu ad liberandum/Tu devicto
10. Te Deum Laudamus (1760) 10. Tu ad dexteram/Judex crederis
11. Te Deum Laudamus (1760) 11. Æterna fac/Salvum fac
12. Te Deum Laudamus (1760) 12. Et rege eos/Per singulos dies
13. Te Deum Laudamus (1760) 13. Et laudamus/Dignare Domine
14. Te Deum Laudamus (1760) 14. Miserere/Fiat misericordia

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
15. Tercis (1783) – Difusa est Gratia/Padre Nosso/Ave Maria/Gloria Patri
16. Tractus para o Sábado Santo (1783) 1. Cantemus Domino
17. Tractus para o Sábado Santo (1783) 2. Vinea facta est
18. Tractus para o Sábado Santo (1783) 3. Attende cælum
19. Tractus para o Sábado Santo (1783) 4. Sicut cervulus
20. Antiphona De Nossa Senhora – Salve Regina (1787)

Marcos Coelho Neto, (Vila Rica [Ouro Preto], 1740-1806)
21. Maria Mater Gratiæ, Himno a 4 (1787)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
22. Motets 1. Improperium do Ofício de 6ª Feira Santa (1789) – Popule Meus
23. Motets 2. Tenuisti manum
24. Motets 3. Crux Fidelis
25. Motets 4. In Monte Oliveti
26. Motets 5. Sepulto Domino
27. Motets 6. Inter Vestibulum
28. Motets 7. Immutemur Habitu
29. Motets 8. Moteto para 5ª Feira Santa (1809) – Judas Mercator Pessimus

Sacred Music from 18th. Century Brazil – Vol. I – 1995
Ensemble Turicum, on historical instruments
Regente e diretor musical: Luiz Alves da Silva
Recorded at Studio DRS, Zurich, September 1994
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Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Missa Pastoril para Noite de Natal – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

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Ensemble Turicum
Pe. José Maurício Nunes Garcia

Com instrumentos de época.

On period instruments.

Esta postagem é um agradecimento natalino a todos aqueles que nos honraram durante 2016 com a sua presença e nos alimentaram com seus comentários. Um Feliz Natal, muita Paz, Saúde e Grana a todos!!!

José Maurício Nunes Garcia

Was he already teaching at the age of twelve? Did he ever correspond with Haydn as has been traditionally claimed? — which we will see further on is not entirely unfounded. In fact this does not matter. The bibliography of Nunes Garcia resulting from the admirable work of the musicologist Cleofe Person de Mattos has other surprises in store: she has produced the critical edition of the works presented in this recording. He was certainly precocious, since he composed his first antiphony Tota Pulcra Es at the age of sixteen. Nunes Garcia quickly realized that in Rio a mulatto from a simple background had to prove himself by working hard to be accepted by the aristocracy. While forging his arms as a composer, an organist, a pianist and a music teacher, he invested an equal passion in Philosophy, Latin, and language studies, making him a remarkable interpreter of Liturgy. This was enough for him to be noticed and at the age of 24 he joined the Sao Pedro dos Clerigos Brotherhood whose members performed his Te Deum a few months on May 10th 1791. The following year Nunes Garcia was ordained priest. This did not prevent him from giving birth to other musical creations while being watched over by a tolerant church. From then on nothing could stop his steady creative activity which occurred at his house in Rua das Marrecas from1795, where he also opened a Music School. ln 1798 his reputation was first established by his appointment as director of the Rio de Janeiro Cathedral’s choir. It was true that it was a rather poor chapel, and its predecessors José de Oliveira e Amaral and João Lopes Ferreira found it difficult to maintain. But that did not matter, a good reputation would finally be replaced by glory, destiny would see to that.

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Destiny bore the name of Napoleon Bonapart and his hired assassins. It was to put an ocean between them and himself that the King of Portugal, dom Joao VI, set sail the 29th November 1807. An exile not without misanthropy. The twenty ships carrying the court estimated at 10,000 to 15,000 people, were surrounded by as many merchant ships as English warships. The Sovereign landed at Bahia the 24th January 1808. An enormous event, as it was the first time in the New World’s colonial history that an European king had set foot on American soil. Bahia had not been the capital of Brazil since 1763 and for two months dreamed that it had recovered its former status. In fact this was not the case, after some hesitation, dom Joao VI left Bahia to settle in Rio where he arrived on the 7th March 1808 with undescribable enthusiasm. He very quickly encouraged the development of an intensive artistic activity which he endowed with his personal library containing as many as 60,000 volumes, which was immediately made available to the public.

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All this was doubly important for Nunes Garcia. Firstly because the King, who, due to an ancient prerogative attached to the House of Bragance, had supreme control over musical activities of the court and its chapel, would recognize his talent. The child who had learned music in a humble Jesuit school just outside Rio would be covered with honours and responsibilities, becoming the official court preacher and then the Inspector of the Royal Chapel. Above all, the arrival of dom Joao VI would generate important movement and enable Nunes to make some exceptional encounters. Among these, the strange, fascinating and too little known Sigismund Neukomm, who would remain in Rio from 1816 to 1821. Along with him, both Mozart and Haydn in person made their entry into America. Neukomm was another precocious musician. He sang at Salzburg Cathedral at the age of seven, nothing out of the ordinary except that he would study music theory under Michael Haydn, one of Wolfgang Amadeus’s most genuine friendships. As for the other Haydn, Joseph, Neukomm would be his pupil for seven years, receiving his benediction for his arrangements of The Creation, the Return of Tobie, the Seasons and Arianna a Naxos. At that time the names of his students were, Anna Milder, and… Wolfgang Amadeus Mozart the Younger.

That such a connoisseur had actually said and written of Nunes Garcia that he was “the world’s first improviser” after hearing one of his concerts, really makes you wonder! Here is an admirer who arrives just at the right moment. For at the time of their encounter and friendship, the star of the brilliant mulatto was on the decline, being replaced by the rising one of Marcos Portugal who was considered as the best Portuguese composer of his time.

Lightning streaked the skies of those years during which Nunes Garcia would experience the bitter lesson of the gradual withdrawal of the “great”. They were strangely similar to the life of Mozart whom he cherished so deeply having been introduced to his greatest works by Neukomm. The 19th December 1819 whereas all over Europe the fallen favourite of Vienna had sunk into oblivion, who would have expected hear resounding for the first time in America the sublime strains of the Requiem under the vaults of a sanctuary in Rio? Two years later the public of the capital Brazil would discover the Creation lead by Nunes Garcia. This would be a definite period of decline. It is also the year of Joao VIth’s return to Portugal, he would leave Brazil in the hands of another sovereign, also a musician, but with other preoccupations. A year later Brazil would be independent. Above all it was the year that marked the separation with Neukomm also leaving for Europe. The end of the story is sad-Mozart, Nunes Garcia’s existence would be filled with financial worries and health problems, but not completely, in 1826 in a final creative ‘tour de force’ he gives us the gigantic Missa de Santa Cecilia. It is a masterpiece of universal music; like a mirror or a synthesis of the 43 years of his life spent in the service of music. The final joy of a man who at the age of 58, tired, and worn out succeeds in snatching his final creative force from exhaustion. Jose Mauricio Nunes Garcia died the 18th April 1830 in extreme poverty.

The Missa Pastoril

How can this work be classified and what position does it hold generally in Nunes Garcia’s creative life? As is often the case, the Missa Pastoril appears on several occasions in the catalogue of his works. The first version was composed in 1808 and intended only for voices accompanied by organ. Possible proof of the poor quality of the instrumental formations available in Rio at the time of dom Joao VIth’s arrival. It reappears in 1811 (the version in this recording), enriched with an orchestra which must have been made of musicians from the Royal Chapel of Lisbon also in exile. Through the two versions one can observe how the means for musical creation developed in Rio de Janeiro. Again Nunes Garcia even in the second version which is richer and more elaborate would not use the violins, leaving the altos in divided parts the role of proving that, at this period, at least between Portugal and Brazil this section was held in great esteem which is no longer the case nowadays. We are not that far behind Cherubini nor opera which peeps through with its artifices in the first three bars of the Gloria. The ornate and highly skillful arias are typical of the period. But at a closer look they are already preparing the vocal soloist periods in the Missa de Santa Cecilia who open the way to the future of vocal art. “Para a noite de Natal” (for a Christmas Night), according to the manuscript, and that’s what it’s all about. The entire work is bathed in a soft and tender light of popular art which nothing can overshadow.

Psalms and Graduals

The two psalms, Laudate Dominum omnes gentes and Laudate Pueri are dated 1813. This is not the only similitude, as they appear to have a common unity of conception. The same tonality, the same orchestration, even to similar rhythmical structures, although the Laudate Pueri, which is more developed, leaves more room for tenderness and exultation.

With the Gradual Dies Sanctificatus (1793) “Gradual para dia de Natal” we find little of the atmosphere of the Missa Pastoril. Similarly we have two versions; the present, and the arrangement for choir and organ. This piece intended to be performed on Christmas Day, “Dies Santificatus” belongs to quiet a long series of graduals that Nunes Garcia, the liturgical musician, would compose throughout his life. Perhaps he paid special attention however to the one composed in honour of Saint Sebastian in 1799. The festival of the Patron Saint of the town of Sao Sebastiao do Rio de Janeiro was and still is extremely popular and at the time of Nunes Garcia, the music usually accompanied the procession and ceremonies on the 20th January. In fact the survival of this tradition would be found in a mass by Villa Lobos.
(Alain Pacquier, extraído do encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Missa Pastoril para Noite de Natal – 1. Kyrie
02. Missa Pastoril para Noite de Natal – 2. Gloria
03. Missa Pastoril para Noite de Natal – 3. Laudamus Te
04. Missa Pastoril para Noite de Natal – 4. Gratias
05. Missa Pastoril para Noite de Natal – 5. Qui Tollis
06. Missa Pastoril para Noite de Natal – 6. Qui Sedes
07. Missa Pastoril para Noite de Natal – 7. Cum Sancto Spiritu
08. Missa Pastoril para Noite de Natal – 8. Credo
09. Missa Pastoril para Noite de Natal – 9. Et Incarnatus
10. Missa Pastoril para Noite de Natal – 10. Crucifixus
11. Missa Pastoril para Noite de Natal – 11. Et Resurrexit
12. Missa Pastoril para Noite de Natal – 12. Sanctus
13. Missa Pastoril para Noite de Natal – 13. Benedictus
14. Missa Pastoril para Noite de Natal – 14. Agnus Dei
Anônimo
15. Tarambote para as duas Charamelinhas
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
16. Laudate Dominum – Salmo 116 1. Laudate Dominum
17. Laudate Dominum – Salmo 116 2. Sicut Erat
18. Dies Sanctificatus – Gradual
19. Justus Cum Ceciderit – Gradual para São Sebastião
20. Laudate Pueri – Salmo 112 1. Laudate Pueri
21. Laudate Pueri – Salmo 112 2. Sicut Erat

Missa Pastoril para Noite de Natal – 1999
Ensemble Turicum
Direction: Luiz Alves da Silva & Mathias Weibl
Recorded for the commemoration of the Fifth Century of the Discovery of Brazil by the Portuguese navigator Alvares Cabral

Imagens extraídas do site dedicado à obra e à vida do Pe. José Maurício, AQUI

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Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Matinas do Natal & outras não menos maravilhosas (Acervo PQPBach)

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Matinas do Natal

Mais uma vez o cordenador do call center do nosso SAC, Sr. Voxpopuli Voxdei, nos dá conta dos insistentes pedidos para que seja postada Matinas do Natal, do Pe. José Maurício Nunes Garcia. Nada mais nos resta senão dar imediato cabimento ao fato!

Matinas do Natal, obra composta em 1799, consta de 8 responsórios, coleção ou série de responsos, palavras pronunciadas ou cantadas nos ofícios da Igreja Católica, alternadamente por uma ou mais vozes de uma parte, e pelo coro, como representante da assistência, de outra parte. Esta versão original é para Coro a 4 vozes e baixo contínuo e foi orquestrada em 1801 pelo próprio compositor.
1. Matinas Do Natal (1799) 1. Hodie Nobis Caelorum Rex
2. Matinas Do Natal (1799) 2. Hodie Nobis De Caelo Pax Vera
3. Matinas Do Natal (1799) 3. Quem Vidistis Pastores
4. Matinas Do Natal (1799) 4. O Magnum Mysterium
5. Matinas Do Natal (1799) 5. Beata Dei Genitrix
6. Matinas Do Natal (1799) 6. Sancta Et Immaculata
7. Matinas Do Natal (1799) 7. Beata Viscera Mariae Virginis
8. Matinas Do Natal (1799) 8. Verbum Caro

Miserere, composto em 1798 para a 4ª Feira de Trevas. A peça, para Coro a 4 vozes e baixo contínuo, é alternada com Canto Gregoriano.
9. Matina para 4ª Feira de Trevas (1798) – Miserere

Popule Meus, Improperium do Ofício de 6ª Feira Santa, composto em 1789? para Coro a 4 vozes.
10. Moteto: Improperium do Ofício de 6ª Feira Santa (1789) – Popule Meus

Judas Mercator Pessimus, moteto para 5ª Feira Santa, composto em 1809 para Coro a 6 vozes.
11. Moteto para 5ª Feira Santa (1809) – Judas Mercator Pessimus

Domine Tu Mihi Lavas Pedes, antífona para a cerimônia do Lava Pés de 5ª Feira Santa. Composta em 1799? para Coro a 4 vozes.
12. Antífona para a cerimônia do Lava Pés da 5ª Feira Santa (1799?) – Domine Tu Mihi Lavas Pedes

Coro de Câmera Pro-Arte
Carlos Alberto Figueiredo, regente
Gravação realizada no Consulado de Portugal (RJ), em agosto de  1994
Tal qual o CD, esta postagem é uma homenagem a Cleofe Person de Mattos (1913-2002)

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Avicenna

200 Years of Music at the Brazilian Court of D. João VI – Pe. José Maurício – Requiem 1816 – Americantiga (Acervo PQP)

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José Maurício Nunes Garcia
José Joaquim de Souza Negrão

Americantiga Early Music Ensemble

Com instrumentos de época. On period instruments.

O Requiem em ré menor, uma das obras compostas em 1816 para os funerais da rainha D.Maria I (momento histórico de extrema importância pois leva à Aclamação de D. João VI em 1817), teve sua primeira edição numa versão para canto e órgão realizada em 1898 em Leipzig pelo compositor brasileiro Alberto Nepomuceno.

Esta obra torna-se, então, a composição mais conhecida de Nunes Garcia durante o século XX. Mesmo assim, infelizmente esta obra contou com poucas gravações em sua versão original e sobretudo não havia, até o presente momento, nenhuma realizada nos conceitos da interpretação historicamente informada e com instrumentos de época. Este Requiem, que é parte componente de uma obra maior que consiste dos Responsórios de Defuntos e Missa de Requiem, sempre chamou a atenção por algumas correspondências musicais com a famosa obra análoga de W.A. Mozart, que teve sua estréia americana dirigida por Nunes Garcia em 1819. Contudo, muito mais do que algumas semelhanças com a obra de Mozart, o Requiem de Nunes Garcia é uma das obras de maior força expressiva compostas durante o Brasil Colônia.

O estilo único e inconfundível do compositor pode ser observado em vários momentos da obra porém, sobretudo, no fim da Missa onde algumas linhas melódicas cheias de melancolia fazem lembrar a popular modinha luso-brasileira do inicio do século XIX que se tornara a marca registrada de um “brasileirismo” do nacionalismo do século XX. Para esta gravação foi utilizada a edição preparada para a editora Carus Verlag em 2000 pela musicóloga brasileira Cléofe Person de Mattos, a quem dedicamos uma homenagem póstuma através deste trabalho.

Compositor essencialmente de musica sacra, Nunes Garcia tem somente algumas obras seculares em seu Catálogo. A primeira de suas obras instrumentais, ainda que composta para ser executada numa cerimônia religiosa, é a Sinfonia Fúnebre provavelmene composta em 1790 como introdução ao serviço de exéquias em homenagem aos músicos falecidos da Irmandade de Santa Cecília da qual Nunes Garcia foi membro durante toda sua vida. Com uma orquestração muito leve, este movimento lento em Mi bemol maior expressa uma atmosfera de paz e tranquilidade que contrasta com a dramaticidade da música do Requiem escrito vinte e seis anos depois.

Como um exemplo de obra de um compositor contemporâneo a Nunes Garcia, esta gravação apresenta também a introdução, com recitative e ária, da cantata O Último Cântico de David, composta em 1817 por José Joaquim de Sousa Negrão (Bahia, Brasil-Início de século XIX).  Esta peca occasional, pouco conhecida e uma das raras em língua portuguesa deste repertório, foi descoberta e gentilmente cedida para este projeto pelo maestro Ernani Aguiar.

Finalmente, como um exemplo de uma obra teatral do próprio Nunes Garcia, trazemos o recitativo, ária e finale da cantata Ulissea, composta em 1809 e também cantada em português. Esta obra, ao invés de ser composta para um dos castrati da Real Capela, foi contudo destinada para o soprano feminino Joaquina “Lapinha” cantora mulata brasileira que fez muito sucesso em seu tempo tanto no Brasil quanto em Portugal.

Estas obras foram pela primeira vez em tempos modernos executadas e gravadas com instrumentos de época e, na ocasião muito especial deste projeto bi-nacional, formada por músicos norte-americanos e brasileiros, como nos casos da executante de clarinete do século XVIII Monica Lucas e do soprano Simone Foltran, especialmente trazidas a Austin, Texas, para este evento.
(texto extraído do encarte)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Missa de Requiem (1816) – 1. Introitus
02. Missa de Requiem (1816) – 2. Kyrie
03. Missa de Requiem (1816) – 3. Graduale
04. Missa de Requiem (1816) – 4. Sequentia: Dies Iræ
05. Missa de Requiem (1816) – 5. Sequentia: Ingemisco
06. Missa de Requiem (1816) – 6. Sequentia: Inter Oves
07. Missa de Requiem (1816) – 7. Offertorio
08. Missa de Requiem (1816) – 8. Sanctus
09. Missa de Requiem (1816) – 9. Sanctus, Benedictus
10. Missa de Requiem (1816) – 10. Agnus Dei
11. Missa de Requiem (1816) – 11. Communio
12. Sinfonia Fúnebre (1790)

José Joaquim de Souza Negrão (Bahia, early 19th. Century)
13. Qual Manhã Serena e Clara from the cantata O Último Cântico de Davi (1817) 1. Recitative
14. Qual Manhã Serena e Clara from the cantata O Último Cântico de Davi (1817) 2. Aria

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
15. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 1. Recitativo
16. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 2. Aria
17. Ninfas do Tejo Ameno from the cantata Ulissea, with choir (1809): 3. Coro final do drama

José Maurício Nunes Garcia – 2007
Americantiga Early Music Ensemble
First recording on period instruments
Conductor: Ricardo Bernardes
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XLD RIP | FLAC 237,9 MB | HQ Scans 33,4 MB |
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MP3 320 kbps – 116,7 MB – 49,6 min
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Nossos agradecimentos ao maestro, musicólogo e compositor Harry Crowl por nos ter cedido este CD. Não tem preço!!!

Boa audição.

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Avicenna

Tempus Nativitatis: Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ) (Acervo PQPBach)

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A História do Nascimento de Jesus através dos Graduais do Padre José Maurício Nunes Garcia e do Canto Gregoriano.

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Coral dos Canarinhos de Petrópolis
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ

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Tempus Nativitatis
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Virgo Dei Genitrix (Gradual de Nossa Senhora)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
02. Hodie Sciestis (Gradual para a Missa da Vigília Pascal)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
03. Hodie Nobis Caelorum Rex (Gradual para a Missa do Galo)
04. Tecum Principium (Gradual para a 1ª Missa do Natal)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
05. Benedictus Qui Venit (Gradual para a Missa da Aurora)
06. Viderunt Omnes (Gradual para a Missa do Dia do Natal)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
07. Dies Santificatus (Gradual para a 3ª Missa do Natal)
Canto gregoriano, Graduale Triplex, 1979
08. Unam Petii (Gradual para a Festa da Sagrada Família)
09. Diffusa est Gratia (Gradual para a Festa da Mãe de Deus)
10. Speciosus Forma (Gradual para o Segundo Domingo pós Natividade)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
11. Omnes de Saba Venient (Gradual para a Festa dos Reis)
12. Alleluia, Angelus Domini (Gradual para a Fuga para o Egito)

Tempus Nativitatis – 1998
Coral dos Canarinhos de Petrópolis
Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Marco Aurélio Lischt, regente

A presente postagem foi surrupiada do excelente site “Música Sacra e Profana Brasileira”, http://musicasacrabrasileira.blogspot.com, pilotado pelo nosso ouvinte, colaborador, Maestro e Compositor Rafael Sales Arantes. Obrigado, Maestro!
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MP3 256 VBR kbps – 85,2 MB – 41,8 min
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Boa audição.

 

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Avicenna

Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. II/DVD: Americantiga Ensemble – Obras operísticas e sacras de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX (Acervo PQPBach)

2wf0kdw Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX
Americantiga Ensemble

Com instrumentos de época. On period instruments.

Fundado em 1995 por Ricardo Bernardes, o Americantiga é um conjunto especializado em música brasileira, hispano-americana, portuguesa e italiana dos séculos dezoito e princípios do dezenove. Com diferentes formações e enfoques interpretativos o trabalho tem procurado utilizar a execução historicamente informada com o uso de instrumentos da época. Nos últimos anos tem realizado concertos nos Estados Unidos, Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia. Muitos desses concertos foram organizados por embaixadas e consulados brasileiros com o objetivo de difundir esta importante e pouco conhecida produção musical.

O Americantiga tem sido elogiado por crítica e público como um dos mais sólidos e ativos conjuntos de música antiga no terreno do repertório Luso-Brasileiro. A presente gravação foi realizada contando com excelentes músicos argentinos no Palácio Pereda, sede da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, em 18 de setembro de 2008, ocasião em que este DVD foi gravado.

Texto extraído do encarte.
Faixas extraídas do respectivo DVD.

Brasil XVIII – XIX vol. 2 – Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX
João de Sousa Carvalho (Estremoz, 1745 – Alentejo, 1799)
1. ‘Madre, addio’ do Oratório Isacco figura del Redentore (1767)
António Leal Moreira (Abrantes, 1758 – Lisboa, 1819)
2. ‘Della sorte più serena’ do Oratório Ester (1786)
3. ‘Ah, cangiar non può d’afeto’ da Ópera Gli Eroi Spartani (1788)

João de Sousa Carvalho (Estremoz, 1745 – Alentejo, 1799)
4. ‘Con tante riprove’ dueto da Ópera L’amore Industrioso (1765)
5. ‘Ah mio ben, bell’idol mio’ da Ópera Alcione (1787)

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
6. ‘Beatissimae Virginis Mariae’ verso das Matinas da Conceição (1802)
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
7. ‘Te Christe solum novimus’ moteto (1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
8. ‘Senhor, oh céus que tendes?’ dueto da Ópera O Basculho
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
9. ‘Lauda Sion” sequência para Quinta-feira do Corpo de Deus (1809)

Brasil XVIII – XIX   Obras operísticas de compositores brasileiros e portugueses do século XVIII e XIX vol. 2 – DVD – 2008
Americantiga Ensemble
Diretor: Ricardo Bernardes
Rosemeire Moreira, soprano
Silvina Sadoly, soprano
Pablo Luis Travaglino, tenor
Sergio Carlevaris, basso

Instrumentos originais, A = 430Hz
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Boa audição.

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Avicenna

Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. II/CD: Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830): Requiem de 1816 em ré menor & Pe. João de Deus de Castro Lobo (1794-1832): Missa em ré maior (Acervo PQPBach)

2wf0kdwMúsica na Corte do Rio de Janeiro e na Província das Minas Gerais durante o tempo de D. João VI no Brasil 

Americantiga Ensemble

Com instrumentos de época. On period instruments.

BRASIL XVIII-XIX: Música na Corte do Rio de Janeiro e na Província das Minas Gerais durante o tempo de D. João VI no Brasil (1808-1821)

Para enfrentar a série de sucessos que está sendo postada pelos meus amigos, sinto-me obrigado a liberar um ‘blockbuster’ que estava sendo guardado para mais tarde: José Maurício + Castro Lobo + Missa de Requiem + Missa em ré maior + Americantiga Ensemble. Reconheço que estou mandando chumbo grosso, mas a nossa música sacra colonial não pode ficar para trás!

O Americantiga Ensemble, sob os auspícios da Embaixada do Brasil em Buenos Aires e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, tem o imenso prazer em apresentar o segundo volume do projeto de música produzida no Brasil, da transição do século dezoito para o dezenove, na cidade de Buenos Aires, Argentina. Contando com excelentes cantores e instrumentistas brasileiros, argentinos, chilenos e norte-americanos, especializados na performance com instrumentos originais, esta gravação pretende contribuir para a divulgação de um repertório ainda pouco conhecido da produção musical no continente americano durante o período colonial.

A maior parte do repertório remanescente da música produzida no Brasil do período colonial é de fins do século dezoito e primeiras décadas do dezenove, pertencendo a um momento estilístico transitório e considerado tardio, que não permite ser facilmente classificada nos rótulos mercadológicos de Música Antiga ou de Barroca. É deste modo clássica em sua linguagem musical que olha para o futuro, que transita entre o classicismo à italiana de Paisielo e Cimarosa e o bel canto de Rossini, que invade as igrejas e os teatros, dando características únicas de adaptação do estilo italianizante filtrado por Portugal e adaptado ao gosto e possibilidades locais da sociedade colonial em transição.

As obras apresentadas neste segundo volume pertencem a um segundo período, mais tardio, porém mais profícuo da produção musical do Brasil colônia. Trata-se da música composta na corte do Rio de Janeiro e na província das Minas Gerais durante o período da permanência do príncipe regente e depois rei D.Joao VI no Brasil (1808-1821).

Neste CD as obras estão interligadas pela emulação do estilo da corte ocorrida na província. Isto é, a Missa de Castro Lobo foi escrita no mesmo período e utiliza um mesmo estilo exuberante das obras compostas para a Real Capela do Rio de Janeiro, escritas por Nunes Garcia e Marcos Portugal. O Requiem de 1816 de Nunes Garcia e a Missa em Ré Maior de Castro Lobo se encontram entre as obras sacras mais importantes compostas no periodo e revelam, ainda que não intencionalmente, um paralelo estilístico vindo de uma fonte comum.

José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro 1767 – 1830) é considerado hoje o mais importante e é o mais conhecido compositor do periodo colonial brasileiro e foi o compositor principal da Real Capela de Música do Rio de Janeiro entre 1808 e 1811, até a chegada de Marcos Portugal para assumir esta função. Todavia, Nunes Garcia continua compondo para ocasiões relacionadas à corte e escreve este Requiem como parte das varias cerimônias realizadas para as exéquias da rainha D. Maria I, que falece no Rio de Janeiro.

Nunes Garcia dirigiu a primeira apresentação do Requiem de Mozart no continente americano em 1819. Sua Missa de Requiem de 1816 guarda traços mozartianos como uma homenagem ao compositor salzburguense, tornando-se uma de suas obras mais importantes e celebradas (técnica similar a que utiliza em dois salmos de 1821 que são baseados em temas do oratório Die Schöpfung de Joseph Haydn).

João de Deus de Castro Lobo nasceu na antiga Vila Rica, atual Ouro Preto, MG, em 1794. Sua relação com a música aconteceu cedo, pois seu pai Gabriel de Castro Lobo já era um importante músico atuante em várias irmandades locais. Há referências de que, já em 1810, João de Deus teria atuado como regente da temporada da Casa da Ópera de Vila Rica. A sua entrada no Seminário de Mariana, por volta de 1817, marca um caso raro na historia dos músicos/compositores que atuaram em Minas na época da colônia. Ao que tudo indica, ele foi o único compositor a se tornar padre na região, uma vez que a vida musical era tradicionalmente cuidada por leigos filiados às irmandades, confrarias e ordens terceiras. A partir de 1821, o seu nome aparece atuando principalmente em Mariana, onde falecerá precocemente em 1832, por motivos ignorados, provavelmente vítima de males que o acompanhavam desde a infância.

A Missa em Ré Maior foi composta em data ignorada, porém possivelmente em torno de 1817, durante seu período em Vila Rica. Devido à sua exuberância, é muito provável que tenha sido escrita para a Ordem 3ª do Monte do Carmo dos Homens Brancos de Vila Rica, que era a responsável pela igreja mais importante politicamente, como as demais igrejas do Carmo no Brasil colonia, pois essas encontravam-se sempre próximas à sede do poder civil. A outra razão para que acreditemos que as duas missas do padre-compositor foram compostas para essa igreja baseia-se no fato de que o coro dessa igreja é o único suficientemente grande para abrigar o aparato vocal-sinfônico que e as obras demandam. Podemos, sem dúvida, dizer que esta missa é tão grandiloqüente e está entre as principais obras escritas no Brasil assim como as compostas no Rio de Janeiro, por compositores como Nunes Garcia, Marcos Portugal e Sigismund Neukomm e, até mesmo, comparáveis às missas de Franz Joseph Haydn, em Eisenstadt ou Viena.
(Ricardo Bernardes e Harry Crowl, adaptado do encarte)

Palhinha: Requiem de 1816 em ré menor – 1. Introitus

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
(Ed. Cleofe Person de Mattos)
01. Requiem de 1816 em ré menor – 1. Introitus
02. Requiem de 1816 em ré menor – 2. Kyrie
03. Requiem de 1816 em ré menor – 3. Graduale
04. Requiem de 1816 em ré menor – 4. Sequentia 1
05. Requiem de 1816 em ré menor – 5. Sequentia 2
06. Requiem de 1816 em ré menor – 6. Sequentia 3
07. Requiem de 1816 em ré menor – 7. Ofertorio
08. Requiem de 1816 em ré menor – 8. Sanctus
09. Requiem de 1816 em ré menor – 9. Agnus Dei
10. Requiem de 1816 em ré menor – 10. Lux aeterna

Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
(Ed. Harry Crowl)
11. Missa em ré maior – 1. Kyrie
12. Missa em ré maior – 2. Christe
13. Missa em ré maior – 3. Kyrie
14. Missa em ré maior – 4. Gloria
15. Missa em ré maior – 5. Laudamus
16. Missa em ré maior – 6. Gratias
17. Missa em ré maior – 7. Domine Deus
18. Missa em ré maior – 8. Qui tollis
19. Missa em ré maior – 9. Qui sedes
20. Missa em ré maior – 10. Quoniam
21. Missa em ré maior – 11. Cum Sancto Spiritu
22. Missa em ré maior – 12. Amen

BRASIL XVIII-XIX: Música na Corte do Rio de Janeiro e na Província das Minas Gerais durante o tempo de D. João VI no Brasil (1808-1821) – 2008
Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. II/CD
Americantiga Ensemble, Maestro Ricardo Bernardes
Gravação realizada em 2008 na Iglesia San Juan Bautista, em Buenos Aires
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Boa audição.

Avicenna

Modinhas de Amor – Lira d’Orfeo (Acervo PQPBach)

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Modinhas de Amor

O repertório para esta gravação foi escolhido a partir de pesquisas próprias em arquivos diversos no Brasil e em Portugal. Na maioria das vezes, trabalhamos com manuscritos ou edições efetuadas na época e reproduzidas em fac-símile em publicações diversas. As únicas exceções são as modinhas “Hei de amar a quem me ama” e “Ah! Nerina, eu não posso“, publicadas pelo pesquisador Manuel Morais em seu livro Modinhas, Lundus e Cançonetas (Lisboa: Casa da Moeda, 2001), e o lundu “Porque me dizes chorando“, publicado pela pesquisadora Gabriela Cruz no livro 20 Modinhas Portuguesas para Canto e Piano (Lisboa: Musicoteca, 1998). (extraído do encarte)

Palhinha: ouça o “Lira d’Orfeo”

Modinhas de Amor
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)/Manuel Araujo de Porto-Alegre (Rio Grande do Sul, 1806-Lisboa, 1879)
01. Lá no Largo da Sé
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800)
02. Você trata amor em brinco
Anônimo séc. XVIII
03. Você se esquiva de mim
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
04. Beijo a mão que me condena
Anônimo séc. XVIII/Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1740 – Lisboa, 1800)
05. Homens errados e loucos
Joaquim Manuel Gago da Câmara (Rio de Janeiro, ca.1780 – ca.1840)/Sigismund Ritter von Neukomm (Salzburg, 1778 – Paris, 1858)
06. Porque me dizes chorando
Anônimo séc. XVIII
07. Triste Lereno
08. A saudade que no peito
09. Ausente, saudoso e triste
Anônimo séc. XIX
10. A estas horas (Instrumental)
11. Uma mulata bonita
Anônimo séc. XVIII
12. Ah! Nerina, eu não posso
13. Ganinha, minha Ganinha
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu
14. Ah! Marilia, que tormento
Anônimo séc. XVIII
15. Lundum, Brasilian Volkstanz (Instrumental)
16. Estas lágrimas sentidas
17. É delicia ter amor
Colhida em S. Paulo por Spix e Martius. Texto: Tomaz Antônio Gonzaga
18. Acaso são estes
Anônimo séc. XVIII
19. Se fores ao fim do mundo
20. Quem ama para agravar
José Forlivese – séc. XVIII
21. Hei de amar
Anônimo séc. XVIII
22. Os me deixas que tu dás
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
23. Xula carioca

Modinhas de Amor – 2006
Lira d’Orfeo
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MP3 320 kbps – 143,8 + 1,1 MB – 58,3 min
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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

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Avicenna

Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. I: Americantiga Coro e Orquestra de Câmara – Música Brasileira e Portuguesa do Século XVIII (Acervo PQPBach)

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Música Brasileira e Portuguesa do Século XVIII
Americantiga Coro e Orquestra de Câmara

Com instrumentos de época. On period instruments.

Existem pessoas que desde cedo mostram o seu talento. Ricardo Bernardes é um caso típico. Nascido em 1976, natural de Curitiba, PR, regente e musicólogo, mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo (USP) está concluindo o doutorado em Musicologia na University of Texas at Austin e na Universidade Nova de Lisboa e é o foco desta postagem, pois ainda jovem e já realizou muita coisa.

Em 1995, com apenas 19 anos, criou o Americantiga Coro e Orquestra de Câmara, grupo especializado em interpretar o repertório musical brasileiro, português e hispano-americano dos séculos XVI ao início do XIX. Este grupo formado por jovens cantores e instrumentistas realiza concertos no Brasil e no exterior, possui uma trilogia em CD’s: Música Brasileira e Portuguesa do Século XVIII, lançado em 1998, Compositores Brasileiros, Portugueses e Italianos do Século XVIII, de 2002 e Música em São Paulo e Lisboa no Século XVIII, de 2004.

Ainda em 1995 realizou seu primeiro trabalho na área de musicologia escrevendo junto com Harry Crowl a reorquestração do Te Deum Laudamus do compositor pernambucano Luís Álvares Pinto, para versão gravada em CD pela Camerata Antiqua de Curitiba. Em 1999, acompanhou o trabalho de Willian Christie, diretor do grupo Les Arts Florissants durante a produção e montagem da ópera Les Indes Galants, na Ópera de Paris – Palais Garnier. Em 2000 assume a regência da Orquestra de Câmara São Paulo, em que atuará por um ano sob a direção artística de Luís Fernando Malheiro. Em 2001, participa de curso de interpretação musical de época com ênfase na produção napolitana dos séculos XVII e XVIII, ministrado por Antonio Florio e Capella della Pietà dei Turchinni, na Fundação Royaumont na França. Especializa-se na Universidade de Bari, Itália nos anos de 2001 e 2002, sob a orientação de um dos maiores musicólogos europeus, Dinko Fabris, em edição musical do repertório italiano dos séculos XVII e XVIII. Em junho de 2002, inaugura a I Temporada Américantiga de Concertos no Mosteiro de São Bento na cidade de São Paulo, realizando três programas de concertos diferentes como diretor musical do Américantiga Coro e Orquestra de Câmara.

Como musicólogo e pesquisador da FUNARTE, em 2002, coordenou a pesquisa em vários acervos musicais para a Coleção Música no Brasil – séculos XVIII e XIX , em convênios com instituições e bibliotecas do Brasil e Europa e a participação de vários pesquisadores brasileiros e realizou a digitalização das partituras das óperas Salvador Rosa e Colombo do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes.

Ricardo Bernardes volta a Buenos Aires nesta semana, quando irá reger e gravar com instrumentos de época, a Missa em Ré Maior do Pe. João de Deus de Castro Lobo.

Veja algumas obras do Americantiga no Youtube.

O CD da presente postagem mereceu de Irineu Franco Perpétuo a seguinte apresentação no encarte: “Dentre os grupos que têm se dedicado à música colonial brasileira, o Americantiga se destaca por aplicar a este repertório, com clarividência e critério, as conquistas e descobertas interpretativas e musicológicas da assim chamada escola de “música de época”. Mais do que a qualidade rara e excepcional das jovens vozes, o Americantiga conquista pela maneira criteriosa e séria pela qual estas são postas a serviço de um repertório ainda carente de ser descoberto e, principalmente, compreendido. Todas as escolhas de interpretação estão baseadas em pesquisa musicológica de extrema erudição e acuidade, com as vaidades pessoais cedendo lugar ao rigor e precisão“.

Ainda no encarte, Harry Crowl complementa: “As obras apresentadas neste CD são o resultado de anos de pesquisa levadas a cabo em Minas, com o apoio da Universidade Federal de Ouro Preto, assim como no Rio de Janeiro e em Lisboa. Primeiramente, realizadas por mim e, em seguida também por Ricardo Bernardes, regente e diretor artístico do conjunto, que realizou incansáveis viagens ao Rio com a intenção de levantar obras inéditas do Pe. José Maurício Nunes Garcia. Temos aqui a satisfação de ver algumas das primeiras gravações mundiais de obras compostas tanto no Brasil quanto em Portugal“.

Duarte Lobo (Évora, 1565-Lisboa, 1615)
01. Pater Peccavi
Anônimo (Portugal, Séc. XVII?)
02. Pueri Hebreorum
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
03. Oratória ao Menino Deus na Noite de Natal – 1. Coro
04. Oratória ao Menino Deus na Noite de Natal – 2. Aria a duo (soprano e contralto)
05. Oratória ao Menino Deus na Noite de Natal – 3. Aria a 3 (soprano, contralto e baixo)
06. Oratória ao Menino Deus na Noite de Natal – 4. Coro

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
07. Veni Sancte Spiritus
João de Souza Carvalho (Estremoz, Portugal, 1745-Alentejo, 1798)
08. Stellae in Caelis Obscurantur
Francisco de Paula Miranda (S. João del Rey, séc. XVIII-XIX)
09. Laudate Dominum
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
10. Domine Jesu
11. Te Christe Solum Novimus (1800)
12. Te Deum (1799?)

Música Brasileira e Portuguesa do Século XVIII – 1998
Relações musicais nos séculos XVII, XVIII e XIX – Vol. I
Americantiga Coro e Orquestra de Câmara
Regente: Ricardo Bernardes
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Boa audição!

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Avicenna

Matinas de Finados: Ofício em Fá Menor – Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Acervo PQPBach

30iypftPe. José Maurício Nunes Garcia

OFÍCIO EM FÁ MENOR

A unidade religiosa – e consequentemenle musical – para as comemorações fúnebres em tempos do Brasil-Colônia, desdobra-se em duas cerimônias distintas, realizadas em dias consecutivos: o Ofício e a Missa de Requiem.

No Oficio – estruturado em nove responsórios – alternam-se a leitura das “Lições” (cantadas em gregoriano) com os “Responsórios” cantados pelos músicos – que formavam, como profissionais, o coro polifônico – com acompanhamento instrumental.

Subdivide-se cada responsório em três movimentos contrastantes: a) lento, ou moderado; b) trecho em andamento vivo, a chamada “presa” c) trecho lento, de caráter mais camarístico – e conclui com o “Da capo” ao segundo trecho, alternância que define a forma responsorial.

O texto dos responsórios – conteúdo desta gravação – associa parte do Officium defunctorum ao das Matinas de exéquias. Repete-se após os responsórios III, VI e IX, o versículo Requiem aeternarn.

Dos quatro ofícios conhecidos de José Maurício, dois têm data conhecida: o de 1799, a quatro vozes e órgão, e o de 1816, a quatro vozes, solistas e orquestra. Os “Responsórios fúnebres” para quatro vozes e orquestra e o Oficio a oito vozes em dois coros, com dois órgãos, que esta gravação revela, não tem data conhecida. Obra bastante significativa no conjunto da obra de José Maurício, e não só entre as que tem o mesmo destino e idêntica estrutura. Os seus recursos harmônicos e a riqueza de sua veia melódica, tanto quanto o senso de equilíbrio no jogo das massas sonoras, situam o Ofício entre as obras de maturidade do compositor, em data posterior a 1816. Dela existem três cópias, todas incompletas. Uma apenas (Escola de Musica da UFRJ, registro nº 30113) e apesar do título – a lápis – “Ofício a 4 vozes” – tem as oito vozes. O texto, porém, está grafado só no soprano e vai pouco além do primeiro responsório, e a notação dos dois órgãos (em baixo cifrado) alcança apenas o IV responsório. Reduzido para quatro vozes e um órgão por Francisco Manoel da Silva (trabalho de que existe o autógrafo), a redução oferece elementos para complementar a deficiência de texto e lapsos da cópia a oito vozes, e é fonte autorizada para confirmação da autoria da obra. O título é desigual nas cópias existentes – inclusive na citação do Catálogo temático das obras do arquivo de J. J. Mendanha, por Olinto de Oliveira: “Matutino di Morti”, o que não permite informar o título original destas Matinas de Finados.

Obra que se exprime em comovente gravidade e se expande em intensa força criadora, o Ofício oferece, pela beleza e força da dramaticidade alienadamente exteriorizada e contida, algumas páginas de profunda emoção, desde o sentimento de humildade do pecador que se penitencia, à euforia do mortal que verá o Criador. Enfim, é o conteúdo do texto litúrgico, em sua patética significação, que se reflete espontaneamente na personalidade do Padre Mestre.

lmpressiona, nesta obra, além da beleza intrinsecamente musical, o seu sentido geral de fervor – dir-se-ia quase, de alegria grave – no triunfo sobre a morte desde o primeiro responsório, a afirmação de fé na Ressurreição: Credo quod Redemplor meus vivit, é dinamizada pela música de José Maurício que lhe comunica o caráter de cântico à vida concebida como eterna. Essa idéia desdobra-se e sucedem-se os momentos marcados pela angústia do homem, a perturbação do seu espírito, o apelo por um socorro. São páginas de luz e de sombra, em que se alinham o “Commissa mea”, o “De profundis” ou o “Anima mea turbata est”, tanto quanto nos responsórios seguintes, o temor do julgamento do “Dum veneris”, página de forte conteúdo impressivo, tanto quanto o realismo do “Quia in inferno”. Ao ouvir esta obra, não parece difícil sentir-se vencido pela força da criatura excepcionalmente bem dotada que a criou.
(Cleofe Person de Mattos, na contra-capa do LP)

Matinas de Finados: Ofício em Fá Menor
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
1. Matinas de Finados – I Responsório: Credo quod/Et in carne mea/Quem visurus/Et in carne mea
2. Matinas de Finados – II Responsório: Qui Lazarum/Tu eis, domine/Qui venturus/Tu eis, domine
3. Matinas de Finados – III Responsório: Domine, quando/Quia peccavi/Comissa mea/Quia peccavi/Requiem
4. Matinas de Finados – IV Responsório: Memento mei/Nec aspiciat/De profundis/Nec aspiciat
5. Matinas de Finados – V Responsório: Hei mibi/Miserere/Anima mea/Miserere
6. Matinas de Finados – VI Responsório: Ne recorderis/Dum veneris/Dirige, domine/Dum veneris/Requiem
7. Matinas de Finados – VII Responsório: Peccantem me/Quia in inferno/Deus, in nomine tuo/Quia in inferno
8. Matinas de Finados – VIII Responsório: Domine, secundum/Ut tu, Deus/Amplius/Ut tu, Deus
9. Matinas de Finados – IX Responsório: Libera me/Quando caeli/Dum veneris/Tremens factus/Quando caeli/Dies illa/ Dum veneris/Requiem/Libera me/Quando caeli/Dum veneris

Matinas de Finados – 1980
Associação de Canto Coral
Regente: Cleofe Person de Mattos
Órgão: Betty Antunes

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Encarte (HQ Scans) do respectivo CD da Funarte

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MP3 320 kbps – 81,5 MB – 4,8 min

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LP digitalizado por Avicenna
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Boa audição.

 

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Avicenna