Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music – (CD 7 de 11) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Volto às obras de câmera de Brahms, depois de alguns meses. Curiosamente, descobri que estou sem o cd 6 desta integral da Philips, ou emprestei para algum amigo da onça que nunca devolveu, ou ele se perdeu nas brumas do passado. Mas vou compensar, trazendo algumas gravações que possuo da integral da DG.
Bem, sei que o Quarteto op. 26 já foi postado, mas como pretendia dar seqüência à serie, resolvi postar novamente. E junto à ele, teremos um trio póstumo.
A interpretação, como de praxe nessa série da Phillips, está a cargo do Beaux Arts Trio.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quartet in A Major, op. 26, e Piano Trio nº 4, in A Major, Op. phost.

Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – I. Allegro non troppo
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – II. Poco adagio
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – III. Scherzo. Poco allegro
Piano Quartet No. 2 in A major, Op. 26 – IV. Finale. Allegro
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – I. Moderato
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – II. Vivace
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – III. Lento
Piano Trio No. 4 in A major, Op Posth. – IV. Presto

Beaux Arts Trio
Walter Tampler – viola

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Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 1 in D minor , op. 15

Confesso que demorei para postar os concertos para piano de Brahms devido mais à minha busca frenética atrás daquela que considero o graal da interpretação destas obras: a versão de Stephen Bishop Kovacevich ao lado do Colin Davis / LSO. Mas infelizmente não tive sorte até agora…
Pois bem, vamos portanto de Pollini, novamente, visto que é o favorito de muita gente, com exceção de nossa colega Clara Schumann, apaixonada que é pelo Alfred Brendel… se ela fizer questão até posso satisfazer seu desejo de ouvir estes concertos com o velho mestre Brendel, basta sua solicitação… o Abbado é o mesmo.

Desculpe, mas nem tudo é Abbado… Neste primeiro concerto temos o grande Karl Böhm, já velhinho, quase às portas da morte, mas com a mesma classe e elegância de sempre.
O Concerto de nº 1 para piano de Orquestra de Brahms em um primeiro momento assusta pela grandiosidade da abertura… até parece uma sinfonia. Mas a partir do momento em que o solista emerge no meio daquela massa sonora orquestral o que temos é uma belíssima parceria piano/orquestra.

O Concerto nº 2, bem o concerto nº2 é uma outra história… FDP declara com todas as letras maiúsculas e em negrito se for o caso, de que ESSE É SEU CONCERTO PARA PIANO FAVORITO. Que me perdoem beethovenianos com o concerto Imperador, os Mozartianos com o “Elvira Madigan”, ou o de nº23, liszmaníacos, chopinianos, rachmaninovianos, ou sei lá mais quem… a relação de FDP com esse concerto é uma relação de amor antiga, de milhares de vezes virando o velho vinil, de se emocionar a cada audição, mesmo sabendo a melodia de cor, de estar assobiando o tempo todo a melodia do primeiro e do segundo movimentos… sou de opinião de que as obras que nos marcam nos marcam por surgirem em momentos específicos e importantes para nós… como se viessem nos abastecer de alguma coisa que está nos fazendo falta, alguma coisa que possa vir a nos ajudar a encarar e enfrentar determinada situação. Esse concerto surgiu num momento muito importante, daqueles momentos que deixam marcas indeléveis para o resto de nossos dias. Conjunção de fatores externos aliados à uma baixa imunidade emocional fizeram com que essa obra se estabelecesse definitivamente como o nossa favorita.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 1 in D minor , op. 15

1 – Maestoso – Poco pio moderato
2 – Adagio
3 – Rondo (Allegro ma non troppo)

Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker
Karl Böhm – Director

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº 2 in B flat, op. 83

1 – Allegro Non Troppo
2 – Allegro Appasionato
3 – Andante
4 – Allegretto Grazioso – Un Poco Piu Presto

Maurizio Polini – Piano
Wiener Philarmoniker
Claudio Abbado – Director

Concerto nº1 – BAIXE AQUI
Concerto nº2 – BAIXE AQUI

Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 4 de 11) Piano Quintet in F minor, Op. 34, String Quintet No. 1 in F major, Op. 88

Finalmente, mais um cd da integral da obra de câmera de Brahms. Aqui se destacam os quintetos para piano op. 34 e o op. 88 para cordas. Logo mais postarei o cd 5.
A interpretação está a cargo dos membros do Berlin Philarmonic Octet.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quintet in F minor, Op. 34, String Quintet No. 1 in F major, Op. 88

Piano Quintet in F minor, Op. 34 – I. Allegro non troppo
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – II. Andante, un poco adagio
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – III. Scherzo, Allegro
Piano Quintet in F minor, Op. 34 – IV. Finale.Poco sostenuto-Allegro non troppo
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – I. Allegro non troppo, ma con brio
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – II. Grave ed appassionato – Allegretto vivace
String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – III. Allegro energico

Berlin Philarmonic Octet

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Johannes Brahms (1833-1897) – Quarteto para Piano Op. 26

Completando os Quartetos para Piano de Brahms, apresentamos agora o de Nº2, Op. 26, com o Beaux Arts Trio.

Para que os outros Quartetos para Piano – Op. 25 (Nº1) e Op. 60 (Nº2) – sejam encontrados por vocês, basta clicar sobre o “Label” Brahms ao lado.

Os Quartetos para Piano de Brahms são obras fundamentais do repertório de câmara do compositor.

1. Piano quartet in a, op.26 : allegro non troppo
2. Piano quartet in a, op.26 : poco adagio
3. Piano quartet in a, op.26 : scherzo. poco allegro
4. Piano quartet in a, op.26 : finale. allegro

Beaux Arts Trio, com Walter Trampler (viola).

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Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia Nº 1, Op. 68

Retirado – ainda que levemente alterado – de um e-mail de F.D.P. Bach:

Creio que a décima sinfonia de Beethoven, ops, a primeira de Brahms, seja um contraponto interessante para os últimos quartetos publicados.

Essa é a versão que eu ouvia em fita cassete quando morava em São Paulo, até o dia em que a fita arrebentou. Um grande regente, uma grande orquestra, um compositor genial, e uma música simplesmente fantástica. Com uma combinação de talentos como essa, é difícil as coisas não darem certo. Karajan tinha o timing perfeito para Brahms. Conduz a orquestra com uma força e uma energia impressionantes e dá à obra uma grandiosidade que lhe é inerente. Não há como ficar indiferente.

1. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 1. Un Poco Sostenuto – Allegro
2. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 2. Andante Sostenuto
3. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 3. Un Poco Allegretto E Grazioso
4. Symphonie Nr. 1 C-moll Op. 68: 4. Adagio – Allegro Non Troppo Ma Con Brio

Orquestra Filarmônica de Berlim
Herbert von Karajan

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Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 3 de 11) Completando os Trios

F.D.P. Bach escreve sobre Brahms:

Sempre fui apaixonado pela obra de Brahms, desde que ouvi o Concerto para Piano nº 2, em uma gravação que nunca mais vi, com a dupla Kovacevich Bishop/Colin Davis. Passei horas ouvindo a Sinfonia nº1, até arrebentou a fita cassete de uma gravação do Karajan, e sua grandiosidade sempre me emociona. Brahms tinha uma incrível capacidade de dizer muito com poucas notas. Para alguns, isso seria uma falha, mas para a imensa maioria esse detalhe apenas comprova sua genialidade. Ouvindo qualquer uma de suas obras, vemos um eterno ir e voltar aos temas originais, com variações múltiplas. Ele trabalha com poucas notas, mas sabe exatamente como escolhê-las, e onde encaixá-las.

Abaixo, P.Q.P. falou em sua postagem que ele era “um compositor que parece ter nascido maduro e basta ouvir seus primeiros opus para se ter certeza disto.” Em minha opinião essa maturidade vem de duas causas principais: Seu nível de exigência para consigo mesmo era altíssimo, não publicava suas obras antes de ter certeza de que estava tudo em seu lugar. Outro ponto era sua veneração por Beethoven. Ele achava que não havia necessidade de compor outras sinfonias, pois o mestre de Bonn havia esgotado todas as possibilidades. Seu primeiro Concerto para Piano também foi tão trabalhado, reescrito e analisado que acabou saindo já quando ele tinha seus 40 e poucos anos. Ele era antes de tudo seu principal crítico. . Não, ele nunca se utiliza de artifícios vulgares ou concertísticos, como P.Q.P. coloca. Creio que para resumir, sua genialidade reside exatamente nesta característica: a certeza de que estava tudo no lugar certo, e nada sobrando. E, ao utilizar um mínimo de recursos, conseguiu criar uma obra única. Ouçam a Sinfonia nº 1 e depois me digam se não estou certo.

Com esta postagem e mais a do dia 22 de janeiro, você tem os Trios Completos de Brahms. Os três para a formação clássica de violino, violoncelo e piano, mais o para violino, trompa e piano e o para clarinete, violoncelo e piano. É grande música.

Estes são os dois primeiros CDs da tarefa que se impôs F.D.P. Bach – a de publicar aqui integralmente a obra de Brahms. Não tenho muito tempo para escrever porque estou organizando o CD com os Trios Completos… Além disto, acho que falar sobre Brahms é muito complicado. É um compositor que parece ter nascido maduro e basta ouvir seus primeiros opus para se ter certeza disto. Suas músicas sempre me impressionaram por sua profundidade e intensidade e por nunca – mesmo – utilizarem artifícios concertísticos ou vulgares. É uma opinião pessoal: Brahms me altera e me melhora.

1. Trio In A Minor, Op. 114, For Piano, Clarinet And Cello: Allegro
2. Trio In A Minor, Op. 114, For Piano, Clarinet And Cello: Adagio
3. Trio In A Minor, Op. 114, For Piano, Clarinet And Cello: Andante grazioso
4. Trio In A Minor, Op. 114, For Piano, Clarinet And Cello: Allegro
5. Piano Trio in C, Op. 87: Allegro
6. Piano Trio in C, Op. 87: Andante con moto
7. Piano Trio in C, Op. 87: Scherzo (Presto)
8. Piano Trio in C, Op. 87: Finale (Allegro giocoso)
9. Piano Trio In C Minor, Op. 101: Allegro energico
10. Piano Trio In C Minor, Op. 101: Presto non assai
11. Piano Trio In C Minor, Op. 101: Andante grazioso
12. Piano Trio In C Minor, Op. 101: Allegro molto

Faixas de 1 a 4:
Bernard Greenhouse (cello) ,
George Pieterson (clarinete) e
Menahem Pressler (piano).

Faixas de 5 a 12:
Beaux Arts Trio, em sua formação clássica:
Bernard Greenhouse (cello),
Daniel Guilet (violino) e
Menahem Pressler (piano).

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Por amor ao contraditório

Tão infindáveis quanto as discussões sobre política ou futebol são as comparações entre interpretações de música erudita. Na opinião deste P.Q.P. Bach, tão bom quanto descobrir uma nova obra é comparar gravações. Àqueles estranhos a este mundo deve parecer curioso falar no “Beethoven de Karajan”, no “Bach de Gould”, no “Bruckner de Jochum” ou no “Mozart de Maria João Pires”. Eles também ignoram que há pessoas dispostas a matar ou roubar para defender Otto Klemperer ou qualquer outro como o maior de todos os maestros interpretando determinada obra… Os amantes da ópera costumam ser piores ainda neste quesito, pois são obrigados a recorrer a incríveis analogias a fim de descrever sua opinião acerca de um agudo de um soprano, por exemplo. Já vi pessoas romperem definitivamente por causa de Maria Callas.

Muitas vezes tais discussões advém realmente de diferenças de concepção deste ou daquele músico ou cantor, porém, outras vezes, alguns registros são defendidos apenas por alguns compassos em que fulano ou sicrano foi, na opinião do ouvinte, sublime.

A fim de este hábito não se perca, P.Q.P. Bach irá contrapor outra gravação ao Op. 25 de Brahms, recentemente disponibilizado por F.D.P. Bach. Deixo aqui para vocês a esplêndida interpretação do Trio Beaux Arts mais o violista Walter Trampler. Não sei se F.D.P. teria a gravação deste conjunto para o Op. 60. Se tivesse, gostaria que ele nos permitisse ouvir, pois… pois… bem, quero fazer uma comparação entre os andantes do Rubinstein e do Beaux Arts, ora.

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