BTHVN 250 Ludwig van Beethoven – Piano Sonatas Cds 7, 8 e 9 de 9 – Jean-Efflaim Bavouzet

Encerramos com esta postagem mais um ciclo, mais uma integral das Sonatas para Piano de Beethoven, na ótima performance do pianista Jean-Efflaim Bavouzet, um dos principais pianistas da atualidade.

Postar integrais é trabalhoso, ainda mais se estiver envolvida neste monumental trabalho de todos os membros da equipe do PQPBach de trazer a Obra de Beethoven durante este ano de 2020, aliás, triste ano que não vai deixar saudades quando se encerrar. Estamos oferecendo para os senhores uma série de gravações que consideramos importantes, e claro que estamos deixando muitas de fora, afinal, tem muita coisa. As escolhas não são aleatórias, ao contrário. São escolhidas a dedo, dentro do acervo de seus membros, é claro. Então, se os senhores acharem que falta um ou outro intérprete que lhes agrada, lamentamos. Como comentamos acima, são muitas as opções.

Com relação a este ótimo pianista, até onde sabemos, ainda não existe uma integral sua das obras para piano e orquestra do mesmo Beethoven. Claro que isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde, aguardamos ansiosos.

Piano Sonatas, Volume 3
CD ONE

Sonata, Op. 54 in F major
1 In tempo d’un menuetto
2 Allegretto – Più allegro

Sonata, Op. 57 ‘Appassionata’ in F minor
3 Allegro assai – Più allegro 9:31
4 Andante con moto – 5:58
5 Allegro ma non troppo – Presto 8:18

Sonata, Op. 78 in F sharp major
6 Adagio cantabile – Allegro ma non troppo
7 Allegro vivace

Sonata (Sonatina), Op. 79 in G major
8 Presto alla tedesca
9 Andante
10 Vivace

Sonata, Op. 81a ‘Das Lebewohl, Abwesenheit und das Wiedersehen’ in E flat major
11 Das Lebewohl (Les Adieux). Adagio – Allegro
12 Abwesenheit (L’Absence). Andante espressivo
13 Das Wiedersehen (Le Retour). Vivacissimamente – Poco andante – Tempo I

Sonata, Op. 90 in E minor
1 Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
2 Nicht zu geschwind und sehr singbar vorgetragen

Sonata, Op. 101 in A major
3 Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung (Allegretto, ma non troppo)
4 Lebhaft. Marschmäßig (Vivace alla marcia) – [ ] – Marcia da capo al fine senza repetizione
5 Langsam und sehnsuchtvoll (Adagio, ma non troppo, con affetto) – Zeitmaß des ersten Stückes (Tempo del primo pezzo) – Presto –
6 Geschwinde, doch nicht zu sehr, und mit Entschlossenheit (Allegro) – [ ] – Tempo I

Sonata, Op. 106 ‘Hammerklavier’ in B flat major Große Sonate für das Hammer-Klavier
7 Allegro
8 Scherzo. Assai vivace – Presto – Prestissimo – Tempo I – Presto – Tempo I
9 Adagio sostenuto
10 Largo – Un poco più vivace – Tempo I – Allegro – Tempo I – Prestissimo – Allegro risoluto. Fuga a tre voci, con alcune licenze – Poco adagio – Tempo I

CD THREE

Sonata, Op. 109 in E major
1 Vivace, ma non troppo – Adagio espressivo – Tempo I – Adagio espressivo – Tempo I –
2 Prestissimo
3 Gesangvoll, mit innigster Empfindung (Andante molto cantabile ed espressivo) – Variazione I. Molto espressivo – Variazione II. Leggiermente – Variazione III. Allegro vivace – Variazione IV. Etwas langsamer als das Thema –
Variazione V. Allegro, ma non troppo – Variazione VI. Tempo primo del tema

Sonata, Op. 110 in A flat major
4 Moderato cantabile molto espressivo
5 Allegro molto – Coda
6 Adagio ma non troppo – Recitativo (più adagio) – Andante – Adagio – Meno adagio – Adagio – Adagio ma non troppo – Klagender Gesang –
Fuga. Allegro ma non troppo – L’istesso tempo di Arioso [Klagender Gesang] – Ermattet, klagend – L’istesso tempo della Fuga poi a poi di nuovo vivente – Meno allegro – Tempo I

Sonata, Op. 111 in C minor
7 Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
8 Arietta. Adagio molto semplice e cantabile – L’istesso tempo – L’istesso tempo

Jean-Efflaim Bavouzet – Piano

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BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trios para piano, violino e violoncelo, Op. 63, Hess 47 e Anh. 3 – The Beethoven Project Trio

Para quem começara tão bem, protelando a publicação de seu Opus 1 e a inauguração de seu catálogo oficial de obras até os quase vinte e cinco anos, a década seguinte foi como um caminhão (se houvesse naquela época) esmigalhando aquele pobre bicho que era a já esculhambada organização de Ludwig van Beethoven. A necessidade do vil metal, muito aumentada pelos aportes irregulares de seus patronos, em função das guerras que devoravam os povos do continente, não só o fez furungar seus baús para publicar velharias dos tempos de Bonn, como a perder muitas vezes o controle sobre a divulgação de suas obras – invariavelmente pirateadas depois da primeira edição – e da própria numeração delas em seu catálogo pessoal.

Uma dessas criaturas frankensteinianas é o trio para piano, violino e violoncelo, Op. 63, que soará familiar a alguns que nos vêm acompanhando desde o começo da série: trata-se de um arranjo do quinteto para cordas, Op. 4, que já era, por sua vez, uma adaptação do octeto para sopros, Op. 104. Há quem force uma barra enorme para tentar se convencer de que o arranjo foi feito pelo próprio Beethoven, mas a ausência de menções ao Op. 63 em suas correspondências, bem como a surpresa com que recebeu a sua publicação, apontam que foi obra de terceiros a que, no máximo, o compositor acedeu sem sequer lhe corrigir as provas. O resultado ocupa de maneira agradável uns trinta e poucos minutos, ao final dos quais a gente concorda com que a única razão de ser para mais esta guaribada na composição juvenil deve ter sido um bom dinheiro, pois a obra não diz muito a que veio, com todo um abismo a separá-lo dos trios tão bem burilados do Op. 1.

Muito da experiência agradável da audição provém da qualidade da gravação da Cedille e do bom trio de intérpretes, todos radicados em Chicago. Seu nome – The Beethoven Project Trio – atesta que eles se uniram para um projeto: tocar todos trios com piano de Ludwig em várias cidades dos Estados Unidos, o que incluiu algumas estreias norte-americanas e, até, a estreia mundial duma obra do renano. Claro que, em pleno 2010, não poderíamos esperar que viesse à tona uma grande obra – e o trio Hess 47 não é exatamente algo desconhecido, pois é um arranjo (mais um!) do primeiro movimento do trio de cordas, Op. 3. A versão aqui ouvida espelha o conteúdo da competente composição original, com um interesse adicional trazido pela parte de piano, que nesta gravação é um Fazioli de elegante som. A obra que arredonda o disco não é exatamente um pinto bem-vindo ao galinheiro beethoveniano. Embora o encarte do BPT jure de pés juntos que a obra, outrora atribuída a Mozart, foi “possivelmente” composta por Beethoven, justificando assim sua inclusão no projeto, a realidade é bem outra. O cuidadoso catálogo de Kinsky-Hahn atirou-a no apêndice (Anhang) de seu rol de obras de Beethoven, que é um limbo onde estão as composições que ninguém hoje crê a sério que tenham vindo de sua pena. Tudo indica é que ele tenha sido escrito por Beethoven, mas não O Beethoven: não por Ludwig, e sim por Karl, seu irmão do meio, que tentara a sorte na composição antes de atuar como secretário, copista e, também sem muito êxito, como representante de Ludwig nas negociações com editoras. Além da atribuição duvidosa, a obra em dois movimentos ainda está incompleta, por lhe faltarem pelo menos duas páginas do Allegro inicial. O musicólogo Robert McConnell preencheu a lacuna, o BPT completou seu disco, e os completistas beethovenianos riscaram mais uma linha de sua lista de faltantes.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

Trio para piano, violino e violoncelo em Mi bemol maior, Hess 47

1 – Allegro con brio

Kaspar Anton Karl van BEETHOVEN (1774-1815)

Trio para piano, violino e violoncelo em Ré maior, Kinsky/Hahn Anhang 3 (1799)
Atribuído anteriormente a Ludwig van Beethoven
Completado por Robert McConnell

2 – Allegro
3 – Rondo: Allegretto

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

Trio para piano, violino e violoncelo em Mi bemol maior, Op. 63 (1806)
Arranjo anônimo do quinteto para cordas, Op. 4

4 – Allegro con brio
5 – Andante
6 – Menuetto & Trio
7 – Finale: Presto

The Beethoven Project Trio:

George Lepauw, piano
Sang Mee Lee, violino
Wendy Warner, violoncelo

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Muito esperei pela oportunidade de postar esta bela imagem de Karl van Beethoven. Chegou a hora. De nada.
#BTHVN250, por René Denon

Vassily