É de alto nível, tem até obras com todos os movimentos, mas é um disco de gatinhos. É inevitável. Afinal, Oberlinger é uma estrela e estrelas raramente escapam de cometer esses discos para se popularizarem ainda mais. Mas… Seus méritos começam por ter permanecido exclusivamente em Bach, sem fazer salada de compositores. Então, quando digo que é de alto nível, quero deixar claro que as interpretações são esplêndidas, a audição do disco não provoca quebras de estilo ou de sonoridade e o disco é muito agradável, tanto que foi complicado deixar de ouvi-lo, pois é autêntico Bach, mesmo que sejam transcrições em sua maioria. O disco demonstra também que Bach não é apenas o Rei das Estruturas Polifônicas, mas também o Rei dos Melodistas. A alemã Oberlinger é uma craque em seu instrumento e Edin Karamazov (será que este sobrenome é real?) não lhe fica atrás. Recomendo fortemente a audição.
Johann Sebastian Bach (1685-1750): Peças arranjadas para flauta e alaúde (Oberlinger & Karamazov)
1 Bach: Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659 (Arr. for Recorder & Lute) 03:44
Concerto in D Minor, BWV 974, after Oboe Concerto, S.Z799 by Alessandro Marcello (Arr. for Recorder & Lute):
2 Bach: Concerto in D Minor, BWV 974, after Oboe Concerto, S.Z799 by Alessandro Marcello (Arr. for Recorder & Lute): I. Andante 03:12
3 Bach: Concerto in D Minor, BWV 974, after Oboe Concerto, S.Z799 by Alessandro Marcello (Arr. for Recorder & Lute): II. Adagio 03:17
4 Bach: Concerto in D Minor, BWV 974, after Oboe Concerto, S.Z799 by Alessandro Marcello (Arr. for Recorder & Lute): III. Presto0 3:48
Recorder Sonata in E Minor, BWV 1034:
5 Bach: Recorder Sonata in E Minor, BWV 1034: I. Adagio ma non tanto 03:09
6 Bach: Recorder Sonata in E Minor, BWV 1034: II. Allegro 02:46
7 Bach: Recorder Sonata in E Minor, BWV 1034: III. Andante 03:13
8 Bach: Recorder Sonata in E Minor, BWV 1034: IV. Allegro 05:03
Cello Suite No. 1 in G Major, BWV 1007:
9 Bach: Cello Suite No. 1 in G Major, BWV 1007: I. Prelude (Arr. for Lute solo) 03:16
Recorder Sonata in E Major, BWV 1035:
10 Bach: Recorder Sonata in E Major, BWV 1035: I. Adagio ma non tanto 02:16
11 Bach: Recorder Sonata in E Major, BWV 1035: II. Allegro 03:14
12 Bach: Recorder Sonata in E Major, BWV 1035: III. Siciliano 03:47
13 Bach: Recorder Sonata in E Major, BWV 1035: IV. Allegro assai 03:12
Partita in A Minor, BWV 1013:
14 Bach: Partita in A Minor, BWV 1013: I. Allemande 04:44
Suite in C Minor, BWV 997 (Arr. for Lute & Recorder):
15 Bach: Suite in C Minor, BWV 997 (Arr. for Lute & Recorder): I. Preludio 03:31
16 Bach: Suite in C Minor, BWV 997 (Arr. for Lute & Recorder): II. Fuga 05:25
17 Bach: Suite in C Minor, BWV 997 (Arr. for Lute & Recorder): III. Sarabande 04:00
18 Bach: Suite in C Minor, BWV 997 (Arr. for Lute & Recorder): IV. Gigue & Double 06:35
Lindo disco! Durante um tempo, este CD custava mais de R$ 1000 nos vendedores de discos usados da internet. Depois foi relançado com outra capa — a capa ao lado é a antiga — e seu preço voltou ao normal. Olha, vale muito a pena ouvir. Os discos de música antiga podem ser extraordinários, dependendo da escolha ou da pesquisa envolvida. Os compositores são venezianos e napolitanos em boa parte desconhecidos e estreantes no PQP Bach, à exceção de três. A lista geral é esta: Alessandro Piccinini (1566 – 1638), Giovanni Legrenzi (1626 – 1690), Bartolomeo Montalbano (1600 – 1651), Antonio Valente (c. 1540 – c. 1601), Giovanni Maria Trabaci (1575 – 1647), Cherubino Waesich (cerca de 1600 – 1650), Bernardo Storace (cerca de 1630 – após 1665), Carlo Gesualdo (1560-1613), Gioan-Pietro Del Buono (fl. 1641-), Salomone Rossi (1570 – cerca de 1630) e Giovanni de Macque (1550 – 1614). As peças vão desde a adorável introdução de “Lo Ballo dell’Intorcia” de Valente, à “Pastorale” de Storace, feitas de maneira maravilhosa e inventiva. Estas duas peças são especialmente belas. Ficamos com um pouco do cromatismo da Renascença italiana tardia (o sempre estranho Gesualdo e a Seconde Stravaganze de Macque). Vamos decididamente ao barroco com a sonata de Legrenze, tudo isso interpretado de forma inventiva, com bom gosto e, quando necessário, virtuosismo. Percussão e contínuo, tanto de teclado quanto dedilhados, adicionam cor. Aliás, o trabalho de Guido Balestracci e de seu grupo de violas, cordas e percussão é muito sensível e de notável senso de estilo. Coisa mais linda.
del Buono / Gesualdo / Legrenzi / Macque / Montalbano / Piccinini / Rossi / Storace / Trabaci / Valente / Waesich: Seconde Stravaganze — Música Antiga Veneziana e Napolitana (L’Amoroso)
1 Lo Ballo Dell’Intorcia (Tenore Del Paso E Mezzo)
Composed By – Antonio Valente
4:45
2 Moro, Lasso
Composed By – Carlo Gesualdo
3:32
3 La Moniche
Composed By – Alessandro Piccinini
5:59
4 Gagliarda 1, La Galante
Composed By – Giovanni Maria Trabaci
3:31
5 Sonata No. 7, Stravagante Sull’ Ave Maris Stella
Composed By – Gioanpietro del Buono
4:03
6 Sonata No. 6
Composed By – Giovanni Legrenzi
6:25
7 Canzone No. 2
Composed By – Cherubino Waesich
4:28
8 Sonata Sopra L’ Aria di Ruggiero
Composed By – Salomone Rossi
7:34
9 Gagliarda V Cromatica, La Trabacina
Composed By – Giovanni Maria Trabaci
2:50
10 Canzon No. 7, Cromatica
Composed By – Giovanni Maria Trabaci
3:03
Na série BRTK140, já falamos individualmente sobre cada quarteto, então vamos focar no raro Quinteto para Piano. Béla Bartók começou a escrever seu Quinteto para Piano em Berlim, aos 22 anos (outubro de 1903), não muito depois de se formar na Academia Liszt de Budapeste. Esta foi uma época em que sua música estava sob a influência de Richard Strauss e Debussy. Em 1902, Bartók tinha ouvido Also sprach Zarathustra e a impressão recebida por ele era aparente no poema sinfônico recém-concluído, Kossuth. Simultaneamente, Bartók também estava começando a explorar uma linguagem musical nacional como forma de expressar a identidade húngara, e essa tensão entre a tradição clássica europeia e o desejo de forjar algo novo caracteriza grande parte do quinteto. A obra foi concluída no verão de 1904 na Hungria, e apresentada pela primeira vez em Viena, no Ehrbar Saal, em 21 de novembro pelo Prill Quartet, com o próprio compositor assumindo o piano. Como ele comentou em uma carta alguns dias depois a seu professor de piano da Academia, István Thomán: ‘A dificuldade de meu quinteto prejudicou gravemente a primeira apresentação — mas, afinal de contas, de alguma forma ele foi aprovado. O público gostou ao ponto de voltarmos e vezes ao palco.’ As críticas foram amplamente positivas. O crítico do Welt Blatt , no entanto, foi menos gentil, observando que “um talento inconfundível luta com um vício questionável de efeitos distintos, que não raramente são totalmente repulsivos”… O quinteto foi posteriormente revisado e a nova versão foi interpretada pela primeira vez em 7 de janeiro de 1921. Com o passar dos anos, Bartók passou a detestar a peça. Zoltán Kodály pensou que Bartók tinha destruído totalmente a obra. Ela sumiu. Só que foi redescoberta pelo estudioso de Bartók Denijs Dille. Isso em janeiro de 1963. Ela nunca se tornou popular, mas Janine Jansen a ama e é a atual “dona” da peça. Digo que é “dona” porque ela a divulga onde e quando pode com seu enorme talento e 1,85m. É realmente uma obra que não parece ser de Bartók. Talvez o último movimento possua algo de sua voz, mas é só. Eu gosto muito do Quinteto pelo extravasamento de sinceridade juvenil, o que paradoxalmente o torna mais claro para os aficionados e mais obscuro para o público. Estou com Janine nessa. Mas…
A gravação do Tátrai com a pianista Csilla Szabó é ainda melhor. Os húngaros, sabe?
Béla Bartók (1881-1945): Quinteto para Piano / Quarteto Nº 1 (Tátrai / Szabó) #BRTK140 Vol. 7 de 29
1 Piano quintet, BB 33, DD 77 (revised): I. Andante – allegro
piano:
Csilla Szabó
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
Piano Quintet, Sz. 23: I. Andante
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903 until 1904)
part of:
Piano Quintet, Sz. 23
11:58
2 Piano quintet, BB 33, DD 77 (revised): II. Vivace (Scherzando)
piano:
Csilla Szabó
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
Piano Quintet, Sz. 23: II. Vivace (Scherzando)
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903 until 1904)
part of:
Piano Quintet, Sz. 23
7:58
3 Piano quintet, BB 33, DD 77 (revised): III. Adagio
piano:
Csilla Szabó
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
Piano Quintet, Sz. 23: III. Adagio
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903 until 1904)
part of:
Piano Quintet, Sz. 23
10:43
4 Piano quintet, BB 33, DD 77 (revised): IV. Poco a poco più vivace
piano:
Csilla Szabó
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
Piano Quintet, Sz. 23: IV. Poco a poco più vivace
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903 until 1904)
part of:
Piano Quintet, Sz. 23
7:45
5 String quartet No. 1 in A minor, Sz. 40, BB 52 (Op. 7): I. Lento (attacca)
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52: I. Lento
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1908 until 1909)
part of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52
9:33
6 String quartet No. 1 in A minor, Sz. 40, BB 52 (Op. 7): II. Allegretto
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52: II. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1908 until 1909)
part of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52
8:49
7 String quartet No. 1 in A minor, Sz. 40, BB 52 (Op. 7): III. [Introduzione] – allegro (attacca)
string quartet:
Tátrai Quartet
recording of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52: Introduzione [Allegro] – III. Allegro vivace
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1908 until 1909)
part of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52
1:30
8 String quartet No. 1 in A minor, Sz. 40, BB 52 (Op. 7): IV. Allegro vivace
string quartet:
Tátrai Quartet
partial recording of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52: Introduzione [Allegro] – III. Allegro vivace
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1908 until 1909)
part of:
String Quartet no. 1, Sz. 40, BB 52
10:04
Demorei muito para desgrudar desta obra sensacional que é Caribbean Rhapsody. Trata-se de um brilhante álbum do saxofonista James Carter composto e orquestrado por Roberto Sierra e que foi lançado em 2011, um disco excelente que busca uma fusão entre o jazz e o clássico, fazendo-o de forma muito convincente e estimulante. É uma música que desafia aqueles que estão entediados com o comum e o repetitivo. O Concerto para Saxofones e Orquestra (3 movimentos) é um verdadeiro híbrido jazz-clássico e seria puro clássico se não houvesse seções para dar a JC a chance de mostrar suas habilidades de improvisação. O movimento de abertura às vezes soa como se fosse uma peça perdida de Stravinsky. É um belo trabalho que nos coloca em um modo mágico — como no cinema — para apreciar o quadro que está sendo pintado pela mistura de Carter. A combinação de clássico, jazz e de timbres e ritmos latinos ficou esplêndida, tanto no concerto quanto nas 3 outras peças. E a Caribbean Rhapsody é inacreditavelmente linda e MARAVILHOSA!
James Carter: Caribbean Rhapsody
1 Concerto para Saxofones e Orquestra: Rítmico
Composed By – Roberto Sierra
Conductor – Giancarlo Guerrero
Instruments – Sinfonia Varsovia Orchestra*
Soprano Saxophone, Tenor Saxophone – James Carter (3)
4:52
2 Concerto para Saxofones e Orquestra: Tender
Composed By – Roberto Sierra
Conductor – Giancarlo Guerrero
Instruments – Sinfonia Varsovia Orchestra*
Soprano Saxophone, Tenor Saxophone – James Carter (3)
7:04
3 Concerto para Saxofones e Orquestra: Playful – Fast (With Swing)
Composed By – Roberto Sierra
Conductor – Giancarlo Guerrero
Instruments – Sinfonia Varsovia Orchestra*
Soprano Saxophone, Tenor Saxophone – James Carter (3)
7:39
4 Tenor Interlude
Composed By – James Carter (3)
Tenor Saxophone – James Carter (3)
5:34
5 Caribbean Rhapsody
Bass – Kenny Davis
Cello, Leader – Akua Dixon
Composed By – Roberto Sierra
Soprano Saxophone, Tenor Saxophone – James Carter (3)
Viola – Ron Lawrence
Violin [1] – Patrisa Tomasini
Violin [2] – Chala Yancy
Violin [Solo] – Regina Carter
13:37
6 Soprano Interlude
Composed By – James Carter (3)
Soprano Saxophone – James Carter (3)
6:14
Concerto for Saxophones and Orchestra was recorded on 21 December 2009 at the Witold Lutoslawski Concert Studio of Polish Radio in Warsaw, Poland.
Caribbean Rhapsody was recorded on 18 March 2010 at Avatar Studios in New York City.
Tenor Interlude & Soprano Interlude were recorded on 19 March 2010 at Avatar Studios in New York City.
Track 5 features “The Akua Dixon String Quintet” consisting of: Patrisa Tomasini, Chala Yancy, Ron
Lawrence, Akua Dixon, and Kenny Dixon.
Bem, meus caros. Eu não sou a pessoa mais indicada para comentar este disco. Sei de sua alta qualidade artística, mas não consegui ouvir até o final. É muito romantismo para meu coração duro e burro. É tudo muito bonito, mas penso que faltam sangue e música, sobrando ornamentos e virtuosismo. Aliás, esta é uma tola opinião (e agressão beócia) pessoal de quem não aprecia o gênero. É claro que o disco é incensado e todos o elogiam, é claro que trata-se de um real consenso, é claro que há poesia e conteúdo sob a técnica vistosa, mas o que posso fazer se não me dou conta deles? Sim, sei: Nelson Freire é um autêntico gênio. É também uma pessoa modesta e inteligente, cujo virtuosismo e sensibilidade são lendários, mas sabe quando é não pra gente? Pois é. Só que jamais deixaria de postar um disco do qual tantos de vocês fruirão sem dar a mínima para PQP Bach. E ele (o disco) está aí.
Franz Liszt (1811-1886): Harmonies Du Soir (Nelson Freire)
2 Etudes De Concert, S.145
1 No.1 Waldesrauschen 04:00
Années De Pèlerinage: 2ème Année: Italie, S.161
2 Sonetto 104 Del Petrarca 05:57
Valse Oubliée No.1 In F Sharp, S.215
3 Valse Oubliée No.1 In F Sharp, S.215 02:45
Ballade No.2 In B Minor, S.171
4 Ballade No.2 In B Minor, S.171 13:43
Années De Pèlerinage: 1e Année: Suisse, S.160
5 Au Lac De Wallenstadt 02:45
Hungarian Rhapsody No.3 In B Flat, S.244
6 Hungarian Rhapsody No.3 In B Flat, S.244 04:25
6 Consolations, S. 172
7 No. 1 In E Major (Andante Con Moto) 01:42
8 No. 2 In E Major (Un Poco Più Mosso) 02:31
9 No. 3 In D Flat Major (Lento, Placido) 04:22
10 No. 4 In D Flat Major (Quasi Adagio) 02:59
11 No. 5 In E Major (Andantino) 02:21
12 No. 6 In E Major (Allegretto, Sempre Cantabile) 02:11
Este álbum duplo é uma joia. É claro que Esfahani tem lá suas idiossincrasias, mas a luz que ele muitas vezes joga sobre a partitura compensa qualquer nariz torcido aqui e ali. Abaixo, coloco uma reportagem do Guardian com ele. Pretendia apenas colocar os primeiros parágrafos biográficos, mas me entusiasmei com o conteúdo humano e traduzi metade do texto. O link está logo a seguir.
Mahan Esfahani tinha nove anos quando ouviu um cravo pela primeira vez. Ele e seus pais estavam visitando o Irã, país onde ele nasceu e do qual sua família havia partido para os Estados Unidos cinco anos antes. “Um tio me deu um monte de fitas cassete”, diz ele. “Uma era de Karl Richter [o maestro e cravista alemão] tocando Bach. Bem, eu escutei e pensei: ‘Isso é o que eu tenho que fazer.’ Não quero dizer em termos de carreira. Só pensei que minha vida seria boa na companhia deste instrumento. Achei que conseguiria uma profissão, que é o que todo pai iraniano deseja para seu filho, e que — uma vez que fosse médico ou advogado — poderia comprar um cravo e tocar em casa ”.
Foi como se apaixonar? “Sim, absolutamente foi.” Ele pode descrever como o som disso o fez se sentir? Ele pensa por um momento: é difícil colocar em palavras. “Quando tocava flauta ou violino, o que tocava a sério, era como se tivesse uma mão tapando a minha boca. No segundo em que toquei um cravo, foi como se a mão tivesse sido removida. Este era o som que eu procurava para me expressar. ”
Conduzir esse novo caso de amor não foi fácil nos subúrbios da América (a família morava em Rockville, Maryland). Tudo o que ele podia fazer era pegar emprestado o maior número possível de gravações da biblioteca e praticar piano na esperança de que um dia seus dedos corressem pelo teclado de um cravo. “Mas um fim de semana, quando eu tinha 16 anos, duas grandes coisas aconteceram: fui convidado para minha primeira festa e meu pai comprou um cravo e nós o montamos. Lembro que minha mãe ficou chateada, porque tivemos que mudar um arranjo de flores. ”
Pelos próximos dois anos, ele mexeu neste instrumento, conhecendo-o, aprendendo a afiná-lo, e então ele foi para a Universidade de Stanford, onde deveria estudar medicina, depois direito e história (ele foi mudando de ideia). Na verdade, o que ele fez principalmente foi ficar perto do corpo docente de música. “Comecei a ter aulas de cravo imediatamente. Tocar era tudo que eu queria fazer, o tempo todo. ” Ele persuadiu seus pais a deixá-lo estudar musicologia; prometeu fazer um doutorado e se tornar um acadêmico. Mas quando ele estava pronto para se formar, ele teve outras ideias: “Eu queria tentar essa coisa de cravo”.
Esfahani e eu estamos conversando em uma sala de ensaios no Wigmore Hall, em Londres, onde ele vai tocar, entre outras peças, a Suíte de Bach em Sol Menor. Agora um cravista aclamado com reputação internacional, Esfahani, que nasceu em 1984 , faz parte de uma nova geração de intérpretes que estão ajudando a dar, como disse Alex Ross no New Yorker no ano passado, “um perfil quase hipster para um instrumento que muitas vezes foi estereotipado como arcaico”. Você poderia dizer, então, que “a coisa do cravo” deu certo no final.
E ainda assim, ele está inquieto. A luta, para ele, ainda não acabou. “Cada carreira é apenas uma série eterna de pequenos intervalos”, diz ele. “Tive minhas férias e estou feliz. Mas, em termos de levar o cravo onde ele precisa estar… Isso ainda não aconteceu. Quando as pessoas ouvem a palavra ‘cravo’, sobem a guarda. Você tem que empurrar o lado musical e o lado do envolvimento, é claro. Mas você também tem que atacar dizendo: ‘Vamos, pessoal, desistam desses preconceitos’ também. O cravo é como o menino bonito e elegante da prisão. Ele vai levar uma surra ”.
Ele definitivamente não está errado sobre isso. Dada sua reputação refinada — imagine filhas obedientes em vestidos de musselina com raminhos, ou talvez os tipos sérios que Kingsley Amis descreve na cena madrigal em Lucky Jim — o cravo é um instrumento estranhamente polêmico, um instrumento que divide opiniões. Para alguns, ele sempre trará à mente a melodia temática da Família Addams, uma associação que alguns podem considerar inteiramente apropriada. O maestro Thomas Beecham comparou com o barulho feito por “dois esqueletos copulando em um telhado de zinco”; o compositor John Cage comparou-o a uma máquina de costura.
Mas mesmo aqueles que amam o instrumento estão frequentemente em guerra — mesmo que apenas com eles mesmos. A Terra do Cravo, como Esfahani gosta de chamá-la, é um reino peculiar e às vezes um tanto perverso que há muito é habitado por duas facções: os defensores da música antiga, cuja obsessão é com a autenticidade; e os modernistas, que anseiam por expandir o cânone, na esperança de que o cravo possa encher novamente as maiores salas de concerto. Tudo isso cria um território complicado — a ponto dos cravistas se sentirem levado a se descrever como sofrendo de um “complexo de perseguição”.
Seus problemas são duplos. Primeiro, como ele tem que seduzir aqueles que insistem que preferem ouvir piano, o instrumento que substituiu o cravo ao longo do século XVIII. Em segundo lugar, como ele pode convencer os puristas de que é possível ser tradicionalista e modernista? Esfahani ama Bach, como sabe qualquer pessoa que ouviu sua recente série na Radio 3 sobre o compositor; Bach é o fio de ouro que percorre sua vida. Mas ele também é conhecido, hoje em dia, por tocar música mais moderna: Poulenc, Ligeti, até John Cage (a vingança assume várias formas). “Não posso ser apenas eu mesmo?” Ele pergunta, sua voz aumentando o volume.
Depois de Stanford, ele foi para Boston, onde teve aulas diárias com Peter Watchorn, um especialista em Bach. Watchorn o protegeu, mas não foi um momento feliz. Esfahani e seus pais não estavam se falando. ; ele estava sem dinheiro e recém aceitando sua sexualidade. “Eu não queria sentar no fundo de um conjunto e tocar o contínuo”, diz ele. “Queria ser solista. Mas para fazer isso, eu sabia que tinha que ir para a Europa, e não tinha apoio financeiro nem visto. Acho que a amargura daqueles anos me levou a falar muito mais tarde para a mídia sobre como há desvantagens para as pessoas [na música clássica] se elas não são europeias ou têm a etnia certa. Ainda acredito nisso, mas talvez haja maneiras mais agradáveis de dizer isso.” Ainda assim, ele continuou pressionando. “Você ouve isso o tempo todo: ele é ambicioso. Mas eu tinha que ser.”
O que aconteceu a seguir, entretanto, foi mais o resultado da sorte do que de determinação. Tendo finalmente chegado a Milão — ele respondeu a um anúncio que oferecia a chance de estudar órgão lá — ele então viajou para Londres para tocar em um evento privado. Esteve presente alguém da BBC e, graças a isso, em 2008 tornou-se o primeiro cravista a ser nomeado artista da nova geração da Rádio 3 da BBC . “Foi bizarro”, diz ele. “Porque eu não tinha carreira nenhuma naquela época.” Tudo o que ele fez foi um punhado de recitais.
Ele se mudou para Oxford — outro fato improvável, e tornou-se artista residente no New College — e depois para Londres, onde gravou o máximo possível. “Mas as orquestras da BBC… Eles não queriam fazer concertos de Bach.” Para a BBC Scottish Symphony Orchestra, ele concordou em tocar o concerto para cravo de Poulenc — ele o aprendeu linha por linha — e isso acabou sendo o começo de algo. “Depois de cinco anos, eu tinha tocado a maior parte do repertório contemporâneo e era conhecido como o cara que tocava música nova – algo que só comecei a fazer por necessidade.”
Em 2010, alguém lhe contou sobre um concerto do compositor tcheco Viktor Kalabis, uma “obra-prima” que ele tocou então com a BBC Concert Orchestra. “Kalabis era marido da [cravista] Zuzana Růžičková. Ela ouviu no rádio e me escreveu para me dar os parabéns. ‘Oh, cara’, pensei. ‘Ela ainda está viva.’ Ela era um ídolo para mim.” Růžičková, uma sobrevivente do Holocausto, tocou com o maestro Herbert von Karajan, e entre seus alunos estava Christopher Hogwood, o fundador da Academia de Música Antiga. Esfahani persuadiu-a a ser sua professora. Ela recusou repetidamente (ela tinha câncer) — até que, um dia, depois de ouvi-lo tocar Haydn no piano, ela finalmente cedeu.
Růžičková mudou tudo para ele. “Tive muita insegurança quando a conheci. Eu não era francês. Eu não era holandês. Eu não era considerado kosher pela comunidade da música antiga. Ela disse: ‘Seja você mesmo.’ ”Ela morreu em 2017, mas Esfahani continua a viver em Praga, uma cidade onde, diz ele, existem cinco grandes orquestras — e onde todos sabem o que é um cravista.
(segue no link acima)
J. S. Bach (1685-1750): Partitas para Cravo (Esfahani)
Partita No 1 in B flat major BWV825[19’07]
CD1
1 Praeludium[1’53]
2 Allemande[3’20]
3 Corrente[3’01]
4 Sarabande[5’44]
5 Menuet I – Menuet II – Menuet I da capo[2’51]
6 Giga[2’18]
Partita No 2 in C minor BWV826[22’15]
7 Sinfonia[5’12]
8 Allemande[5’27]
9 Courante[2’19]
10 Sarabande[3’58]
11 Rondeaux[1’34]
12 Capriccio[3’45]
Partita No 6 in E minor BWV830[32’32]
13 Toccata[8’36]
14 Allemande[4’18]
15 Corrente[4’49]
16 Air[1’07]
17 Sarabande[4’56]
18 Tempo di Gavotta[2’46]
19 Gigue[6’00]
Partita No 3 in A minor BWV827[20’52]
CD2
20 Fantasia[2’33]
21 Allemande[3’46]
22 Corrente[3’02]
23 Sarabande[4’28]
24 Burlesca[2’15]
25 Scherzo[1’26]
26 Gigue[3’22]
Partita No 4 in D major BWV828[31’53]
27 Ouverture[6’24]
28 Allemande[10’18]
29 Courante[3’31]
30 Aria[2’18]
31 Sarabande[4’04]
32 Menuet[1’18]
33 Gigue[4’00]
Partita No 5 in G major BWV829[21’47]
34 Praeambulum[2’24]
35 Allemande[4’20]
36 Corrente[2’07]
37 Sarabande[4’52]
38 Tempo di Minuetta[1’53]
39 Passepied[1’53]
40 Gigue[4’18]
Eu amo os 44 duos de Bartók. Ouço-os há anos com sempre renovado prazer. Os 44 duos para dois violinos, Sz. 98, BB 104 são uma série de duetos compostos em 1931 por Béla Bartók. O compositor não pretendia que esta obra fosse tornar-se peça de concerto como se tornou eventualmente, mas sim uma obra útil para jovens estudantes. A obra foi encomendada por Erich Doflein, violinista e professor alemão, que perguntou a Bartók se ele arranjaria algumas das peças da série Para Crianças. Ele compôs outras obras neste período que pretendiam ser pedagógicas, como Mikrokosmos. Todas as canções e danças incluídas nesta série são baseadas na música folclórica de muitos países da Europa Oriental , mas a liberdade harmônica e rítmica é evidente em toda a peça. Em 1936, Bartók arranjou 6 dessas duos para piano, sob o título Petite Suite. Este trabalho está dividido em quatro livros, e a série avança em dificuldade. O primeiro e o segundo livro devem ser adequados para um aluno de nível básico, enquanto o terceiro livro é para um nível intermediário e o quarto livro para um nível avançado.
Só que amo ainda mais a extraordinária Sonata para 2 Pianos e Percussão, uma das obras-primas e fundamentais de Bartók. A Sonata para Dois Pianos e Percussão , Sz. 110, BB 115, foi escrita por Béla Bartók em 1937. Ela foi estreada pelo compositor e sua segunda esposa, Ditta Pásztory-Bartók, aos pianos, com os percussionistas Fritz Schiesser e Philipp Rühlig, A data de estreia foi 16 de janeiro de 1938, em Basel, Suíça, onde recebeu críticas entusiasmadas. Bartók e sua esposa também tocaram as partes de pianos na estreia norte-americana, que teve lugar em Nova York, com os percussionistas Saul Goodman e Henry Deneke. Desde então, tornou-se uma das obras mais executadas de Bartók. A partitura requer quatro intérpretes: dois pianistas e dois percussionistas, que tocam sete instrumentos entre eles: tímpanos, bumbo, pratos , triângulo, caixa, tam-tam e xilofone. Na partitura publicada, o compositor fornece instruções altamente detalhadas para os percussionistas, estipulando, por exemplo, qual parte de um prato suspenso deve ser batido com que tipo de baqueta. Ele também fornece instruções precisas para o posicionamento dos quatro intérpretes e seus instrumentos.
É uma verdadeira obra-prima que, em 1940, por sugestão de seu editor e agente, Bartók orquestrou, criando o Concerto para Dois Pianos, Percussão e Orquestra. Mas ouvir a Sonata é melhor, garanto-lhes. As partes dos quatro solistas permanecem basicamente inalteradas. A estreia mundial foi no Royal Albert Hall, em Londres, em um concerto da Royal Philharmonic Society em 14 de novembro de 1942, com os percussionistas Ernest Gillegin e Frederick Bradshaw, os pianistas Louis Kentner e Ilona Kabos, e a Orquestra Filarmônica de Londres, dirigida por Sir Adrian Boult. O compositor e Ditta Pásztory-Bartók foram solistas de piano em uma apresentação desta versão em Nova York em janeiro de 1943, com a Filarmônica de Nova York sob Fritz Reiner. Esta foi a última aparição pública de Bartók como pianista. Ele morreu de leucemia em 1945.
Béla Bartók (1881-1945): 44 duos para 2 violinos / Sonata para 2 Pianos e Percussão (Szűcs, Wiłkomirska, Kocsis, Dezső) #BRTK140 Vol. 6 de 29
1 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 1: I. Párosító / II. Kalamajkó / III. Menuetto / IV. Szentivánéji
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
3:33
2 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 1: V. Tót nóta 1. / VI. Magyar nóta 1. / VII. Oláh nóta / VIII. Tót nóta 2. / IX. Játék
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
4:42
3 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 1: X. Rutén nóta / XI. Gyermekrengetéskor / XII. Szénagyûjtéskor / XIII. Lakodalmas / XIV. Párnás tánc
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
5:54
4 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 2: XV. Katonanóta / XVI. Burleszk / XVII. Menetelõ nóta 1. / XVIII. Menetelõ nóta 2.
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
3:40
5 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 2: XIX. Mese / XX. Dal / XXI. Újévköszöntõ 1. / XXII. Szúnyogtánc / XXIII. Menyasszony-búcsúztató / XXIV. Tréfás nóta / XXV. Magyar nóta 2.
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
8:45
6 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 3: XXVI. “ugyan édes komámasszony…” / XXVII. Sánta tánc / XXVIII. Bánkódás / XXIX. Újévköszöntõ 2. / XXX. Újévköszöntõ 3. / XXXI. Újévköszöntõ 4.
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
5:59
7 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 3: XXXII. Máramarosi tánc / XXXIII. Aratáskor / XXXIV. Számláló nóta / XXXV. Rutén kolomejka / XXXVI. Szól a duda 2.
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
6:31
8 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 4: XXXVII. Prelúdium és kánon / XXXVIII. Forgatós / XXXIX. Szerb tánc / XL. Oláh tánc
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
5:07
9 Fourty-four duos for 2 violins, Sz. 98, BB 104: Volume 4: XLI. Scherzo / XLII. Arab dal / XLIII. Pizzicato / XLIV. Erdélyi tánc
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist) and Wanda Wiłkomirska (violinist)
partial recording of:
44 Duos for Two Violins, Sz. 98, BB 104
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1931)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 104) and Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 98)
5:20
10 Sonata for 2 pianos & 2 percussion, Sz. 110, BB 15: I. Assai lento – allegro molto
piano:
Zoltán Kocsis (pianist) and Ránki Dezső
recording of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115: I. Assai lento
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1937)
part of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115
12:30
11 Sonata for 2 pianos & 2 percussion, Sz. 110, BB 15: II. Lento ma non troppo
piano:
Zoltán Kocsis (pianist) and Ránki Dezső
recording of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115: II. Lento, ma non troppo
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1937)
part of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115
6:12
12 Sonata for 2 pianos & 2 percussion, Sz. 110, BB 15: III. Allegro non troppo
piano:
Zoltán Kocsis (pianist) and Ránki Dezső
recording of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115: III. Allegro non troppo
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1937)
part of:
Sonata for 2 Pianos and Percussion, Sz. 110, BB 115
Um bom disco. Bem barulhento também… A música (ou a religiosidade) de Lili Boulanger é austera e hierática. A de Stravinsky é muito mais ágil, rítmica e profana. Ele é bem melhor do que ela, ao menos nestas obras. John Eliot Gardiner é um dos maestros corais supremos, e tem sido interessante ouvi-lo em obras mais recentes do repertório coral. O equilíbrio de clareza e fervor que ele traz para a Sinfonia dos Salmos de Stravinsky enfatiza suas misturas de cores instrumentais e corais. Tudo muito original. Esta é a melhor gravação da peça desde Maazel, penso eu, e uma das melhores de sempre. A música de Lili Boulanger é um complemento adequado em todos os níveis, e Gardiner oferece total impacto emocional com leituras expansivas que demonstram a qualidade e a importância dessas obras.
Lili Boulanger (1893-1918): Psalms 24, 129 & 130 · Vieille Prière bouddhique | Igor Stravinsky (1882-1971): Symphony of Psalms (Gardiner)
Lili Boulanger (1893-1918)
1 Psaume 24 For Chorus, Organ And Orchestra 3:54
2 Psaume 129 For Chorus And Orchestra 7:31
3 Vieille Prière Bouddhique For Tenor, Chorus And Orchestra 8:27
4 “Du Fond De L’abime” (Psaume 130) For Contralto, Tenor, Chorus, Organ And Orchestra 27:26
Igor Stravinsky (1882-1971)
5-7 Symphony Of Psalms For Chorus And Orchestra On Texts From Psalms 38, 39 And 150 20:18
Choir – The Monteverdi Choir
Composed By – Igor Stravinsky, Lili Boulanger
Conductor – John Eliot Gardiner
Mezzo-soprano Vocals – Sally Bruce-Payne
Orchestra – The London Symphony Orchestra
Tenor Vocals – Julian Podger
Escrevo este textinho em 12 de junho, Dia dos Namorados, mas ele está programado para ir ao ar lá em 5 de julho, data em que está marcada a segunda dose de minha amada AstraZeneca, além de ser a dia de aniversário de minha mãe — ela faria 94 anos — e daquela pessoa que posso chamar de meu melhor amigo. Todas datas especiais, portanto. O disco do esplêndido Murray Perahia não tem nada a ver com isso. Mas é um bom disco, um disco, antes de tudo, inteligente. Ele explora os vários pontos fortes de Perahia. Estas peças exigem acima de tudo a capacidade de projetar e sustentar uma linha de canto, de moldar e dar forma a um som belo e cheio de nuances e de evocar a atmosfera de cada inspiração poética. Em suma, eles exigem um pianista com a sensibilidade e o temperamento de Perahia. Os Prelúdios Corais de Bach/Busoni são tocados com andamentos inteiramente naturais, não tão fúnebres como Nikolai Demidenko, mas nunca permitindo que os acompanhamentos, por mais floreados que sejam, soem apressados ou agitados. Na seleção de canções de Mendelssohn, Perahia jamais chafurda nas peças mais lentas — um pecado comum em pianistas que as interpretam. Ele consegue trazer um sorriso ao nosso rosto com o final espirituoso. De todas essas riquezas, no entanto, eu estava mais interessado nas transcrições das canções de Schubert/Liszt. Perahia, um schubertiano natural e pianista de calor e pureza lírica, parece-me um candidato óbvio para esses arranjos maravilhosos e os resultados são sempre envolventes. A poesia pura deste disco é algo para se alegrar e a arte de Perahia brilha em cada compasso.
Bach/Busoni, Mendelssohn, Schubert/Liszt: Canções sem Palavras (Songs Without Words — Perahia)
Johann Sebastian Bach / Ferruccio Busoni
1 “Wachet Auf, Ruft Uns Die Stimme,” BWV 645 3:24
2 “Nun Komm, Der Heiden Heiland,” BWV 659 4:14
3 “Nun Freut Euch, Lieben Christen,” BWV 734 2:03
4 “Ich Ruf’ Zu Dir, Herr Jesu Christ,” BWV 639 3:04
Felix Mendelssohn
Lieder Ohne Worte
5 Opus 19, No. 3 2:07
6 Opus 67, No. 2 1:57
7 Opus 30, No. 4 2:27
8 Opus 19, No. 1 3:14
9 Opus 19, No. 5 2:13
10 Opus 30, No. 6 2:54
11 Opus 38, No. 3 2:13
12 Opus 102, No. 5 1:12
13 Opus 38, No. 2 1:58
14 Opus 30, No. 2 1:57
15 Opus 67, No. 1 2:02
16 Opus 38, No. 6 3:08
17 Opus 67, No. 4 1:43
18 Opus 53, No. 4 2:25
19 Opus 62, No. 2 1:47
Franz Schubert / Franz Liszt
20 “Auf Dem Wasser Zu Singen” 3:52
21 “In Der Ferne” 6:35
22 “Ständchen” 5:17
23 “Erlkönig” 4:28
A atuação de Domus nessas duas obras-primas é leve, delicada e cheia de percepções. Esta é a melhor versão dessas duas lindas peças. São obras profundas e fascinantes de beleza sedutora executadas com cuidado e carinho. Fauré foi um homem modesto, músico e compositor que não alcançou o reconhecimento que provavelmente merecia. Criou uma música de piano sutil e cheia de nuances, deixando de lado as exibições sinfônicas bombásticas (wagnerianas) que estavam em alta na Paris do final do século XIX. Mas, devemos ser muito gratos por esse traço — pois dessa mentalidade contemplativa e subjugada surgiram obras maravilhosas de beleza rara como esses quintetos para piano. O brilho dessas peças é idealmente combinado por Susan Tomes, Richard Lester e o resto deste quinteto. Esta é uma gravação especial de grande profundidade e beleza expressiva. A sensação é a de que o tempo para. As atmosferas etéreas criadas por tons ricos e progressões harmônicas sutis e suaves são verdadeiras revelações da música de Fauré. Esses são momentos muito comoventes nessa música — é difícil imaginá-los tocados de forma mais maravilhosa do que isso. Os prêmio que este CD recebeu foram merecidíssimos!
Gabriel Fauré (1845 -1924): Os Quintetos para Piano (Domus / Marwood)
Piano Quintet No 1 In D Minor Op 89 (28:58)
1 Molto Moderato 10:25
2 Adagio 10:56
3 Allegretto Moderato 7:22
Piano Quintet No 2 In C Minor Op 115 (31:30)
4 Allegro Moderato 10:03
5 Allegro Vivo 4:04
6 Andante Moderato 10:57
7 Allegro Molto 6:06
As Sonatas para Violino e Piano estão entre as obras mais ousadas de Bartók. Como tais, elas pertencem ao período de sua música que radicais como Boulez consideram o seu melhor. Não tenho certeza se isso está correto, porque acho que MUITAS, MAS MUITAS MESMO DE SUAS PEÇAS, inclusive as menos pontiagudas, também são obras-primas. Essas 2 sonatas são incríveis, com certeza. E o desempenho de Kremer é ESPETACULAR! Por que eu sempre tive problemas com Gidon Kremer? Acho que ele esforçava tanto para ser uma estrela pop — a tal síndrome de Kronos — que me irritava. Já aqui, as esmagadoras demandas do compositor foram, uma a uma, compreendidas e sabiamente tocadas por este soberbo mestre.
A Sonata para Violino Solo foi encomendada por Yehudi Menuhin em novembro de 1943. Ele escreveu cartas a Menuhin em abril e junho de 1944 para concordar com pequenas alterações para tornar a Sonata mais fácil de tocar. O Tempo di ciaccona é essencialmente um movimento em forma de sonata escrito um pouco no estilo de uma chacona. Está repleto de harmonias e intervalos folclóricos típicos da Hungria. A Fuga é em quatro vozes em uma melodia em staccato. Depois de uma seção em que a melodia é acompanhada silenciosamente por notas rápidas, ela retorna como uma série de acordes, tocados alternadamente com o arco e dedilhados. No entanto, não é uma fuga estrita, já que cada episódio introduz um novo material. A Melodia começa com um tema lírico, enunciado isoladamente. O Presto alterna entre uma passagem muito silenciosa, rápida e semelhante a uma abelha — tocada com surdina — e uma melodia alegre. Bartók escreveu originalmente as passagens rápidas em quartos de tom, mas muitos violinistas optam por executar uma versão sugerida por Menuhin, que usa apenas as 12 notas padrão da música clássica ocidental. Aqui, Dénes Kovács toca como Bartók desejava. Há três temas contrastantes que aparecem ao longo deste movimento, todos os quais reaparecem na coda final. A Sonata Solo apresenta muitas dificuldades aos violinistas e usa toda a gama de técnicas de violino: várias notas tocadas simultaneamente, harmônicos artificiais , pizzicato para a mão esquerda executado simultaneamente com uma melodia tocada com o arco e grandes saltos entre as notas. Ele pegou pesado, mas era para o Menuhin, que amarelou… Mas o que interessa é que a música é belíssima, não é um caso de ser só difícil.
Béla Bartók (1881-1945): Sonatas para Violino e Piano Nros. 1 e 2 / Sonata para Violino Solo #BRTK140 Vol. 5 de 29
1 Sonata for violin & piano No. 1 in C-sharp minor, Sz. 75, BB 84 (Op. 21): I. Allegro appassionato
piano:
Jury Smirnov
violin:
Gidon Kremer (violinist)
recording of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84: I. Allegro appassionato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84
12:42
2 Sonata for violin & piano No. 1 in C-sharp minor, Sz. 75, BB 84 (Op. 21): II. Adagio
piano:
Jury Smirnov
violin:
Gidon Kremer (violinist)
recording of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84: II. Adagio
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84
9:36
3 Sonata for violin & piano No. 1 in C-sharp minor, Sz. 75, BB 84 (Op. 21): III. Allegro
piano:
Jury Smirnov
violin:
Gidon Kremer (violinist)
recording of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84: III. Allegro molto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Sonata no. 1 for Violin and Piano, op. 21, Sz. 75, BB 84
10:01
4 Sonata for violin & piano No. 2 in C major, Sz. 76, BB 85: I. Molto moderato
piano:
Jury Smirnov
violin:
Gidon Kremer (violinist)
recording of:
Sonata no. 2 for Violin and Piano, Sz. 76, BB 85: I. Molto moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1922)
part of:
Sonata no. 2 for Violin and Piano, Sz. 76, BB 85
8:28
5 Sonata for violin & piano No. 2 in C major, Sz. 76, BB 85: II. Allegretto
piano:
Jury Smirnov
violin:
Gidon Kremer (violinist)
recording of:
Sonata no. 2 for Violin and Piano, Sz. 76, BB 85: II. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1922)
part of:
Sonata no. 2 for Violin and Piano, Sz. 76, BB 85
11:54
6 Sonata for solo violin, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): I. Tempo di ciaccona
violin:
Dénes Kovács
recording of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124: I. Tempo di ciaccona
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1944)
publisher:
Boosey & Hawkes (publisher; do NOT use as release label)
part of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124
7:55
7 Sonata for solo violin, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): II. Fuga
violin:
Dénes Kovács
recording of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124: II. Fuga: Risoluto, non troppo vivo
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1944)
publisher:
Boosey & Hawkes (publisher; do NOT use as release label)
part of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124
4:02
8 Sonata for solo violin, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): III. Melodia
violin:
Dénes Kovács
recording of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124: III. Melodia: Adagio
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1944)
publisher:
Boosey & Hawkes (publisher; do NOT use as release label)
part of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124
6:00
9 Sonata for solo violin, Sz. 117, BB 124 (edited by Yehudi Menhuin): IV. Presto
violin:
Dénes Kovács
recording of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124: IV. Presto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1944)
publisher:
Boosey & Hawkes (publisher; do NOT use as release label)
part of:
Sonata for Solo Violin, Sz.117, BB 124
Ontem, muita gente estava comemorando os 50 anos do álbum Blue, de Joni Mitchell. Um amigo até me mandou um link do Guardian onde uma série de artistas que foram inspirados pelo trabalho de Joni escolhiam sua canção preferida do disco. Mais de 6 delas foram citadas. Blue tem 10.
Eu fiz questão de reouvir o disco para escolher a minha. Fiquei entre a comovente River e as harmonias de A Case of You. Eu não posso escolher só uma delas.
Conheci Blue lá por 1975 e acho que o ouço a cada dois ou três anos — o que é muito pra mim — e ele só melhora. Sou meio desligado da música popular, mas há coisas que vêm e ficam. Joni é uma grande compositora, letrista e contadora de histórias.
Aliás, que ano foi 1971! Construção (Chico), London London (Caetano), Who`s Next (The Who), Led Zeppelin IV, Fa-Tal (Gal), Ela (Elis Regina), Tapestry (Carole King), Ram (Paul McCartney), Imagine (John Lennon),Aqualung (Jethro Tull), All things must pass (George Harrison), o que mais?
.: interlúdio :. Joni Mitchell: Blue
1 All I Want 3:32
2 My Old Man 3:33
3 Little Green 3:25
4 Carey 3:00
5 Blue 3:00
6 California 3:48
7 This Flight Tonight 2:50
8 River 4:00
9 A Case Of You 4:20
10 The Last Time I Saw Richard 4:13
O legado póstumo de Gould na Biblioteca Nacional do Canadá inclui sete caixas de composições. Além deste grande Opus 1, a maioria são ensaios breves e geralmente inacabados. Eles exibem tentativas em todos os estilos, de Palestrina (que foi feita para agradar a seus professores) a Schoenberg (que foi feito para irritá-los). O estilo do quarteto reflete o amor de Gould por Bruckner, Wagner e Richard Strauss. Glenn Gould foi sem dúvida um dos maiores pianistas do século XX. Claro, ele também era um verdadeiro excêntrico, opiniático e genial, frequentemente dividindo a cena da música erudita em dois campos, o dos a favor e o dos contra. Aqui temos o Gould compositor. Bem, ele não foi tão bom aqui quanto foi como pianista, mas o Quarteto é uma peça desafiadora de se ouvir, particularmente para podermos expandir a percepção sobre a mente criativa de Gould. Essa música não é para todos — aqueles que conhecem apenas o Bach de Gould ficarão chocados — mas, ainda assim, é um documento importante de um artista (muito) multifacetado.
Glenn Gould (1932-1982): Quarteto de Cordas Nº 1
1 String Quartet, Op. 1 (recorded under the supervision of the composer)
Eu amo a música moderna, principalmente aquela mais destrutiva. Varèse não é difícil se você já conhece e ama certo Messiaen. Em parte e em determinado período de suas vidas, ambos adotaram o vocabulário de Stravinsky de A Sagração da Primavera e o levaram para um território novo e altamente pessoal. Mas o número de ouvintes que querem pisar nesta selva é diminuto — as pessoas querem a beleza… Ora, vivemos num país horrível, com um governo que estimula a violência e a feiura. Gosto do belo, mas acho que o caos deve ter sua representação. Principalmente o caos erudito. Bem, Boulez entra no mundo sonoro de Varèse com o colorido de Strava em mente. Eu passei anos evitando Varèse, achando seus ataques massivos muito exaustivos. Mas o amor óbvio de Boulez por essa música e suas performances me convenceram. Varèse, eu agora concordo, é um original que precisa ser atendido em seus próprios termos, que incluem melodias e ritmos de dança — jamais ficamos totalmente inundados de ruído, apesar da notória sirene de incêndio em Amériques e Ionisation (na verdade, essa sirene é um instrumento musical eficaz, produzindo urgência, urgência!). Amériques é sensacional, mas as mais delicadas Déserts e Ionisation, talvez sejam pontos melhores para se entrar no mundo de Varèse. A gravação de DG é clara e tem muito impacto, mas fica aquém do espetacular retrato sonoro de Chailly para a Decca.
Arco Iris é o primeiro trabalho de Alaoui para a ECM. É focado no canto, mas apresenta belíssimo e inesquecível acompanhamento de cordas e percussão. O disco é muito lindo, sutil e poético. Dificilmente você poderá ouvi-lo apenas uma vez. Eu amei Fado Menor e várias das outras faixas. Foi gravado em abril de 2010 em Lugano e lançado em 2011. Trata-se de uma esplêndida fusão de diferentes tradições para formar uma Península Ibérica toda própria. Há referências às tradições musicais do fado português, do flamenco espanhol, da música clássica persa e árabe-andaluza.
Amina Alaoui é uma marroquina que canta em árabe, persa clássico , haketia , espanhol e português. Ela nasceu em 1964 em uma família aristocrática em Fez, Marrocos. Aos seis anos começou a aprender música clássica andaluza em ambiente familiar. Aprendeu a tocar piano e foi iniciada na música clássica europeia. Amina também estudou no conservatório de Rabat de 1979 a 1981 e estudou dança moderna e clássica. Também é formada em filologia (Lycée Descartes) e linguística espanhola e árabe na Universidade de Madrid e na Universidade de Granada.
Depois de se estabelecer em Viena, sem se importar com a terrível advertência de papai Leopold, Mozart aproveitou todas as oportunidades para impressioná-lo com a seriedade de seus propósitos. Em abril de 1782, ele informou a seu pai que ‘Todos os domingos, às 12 horas, vou à casa do Barão van Swieten, onde não se toca nada além de Bach e Handel. No momento, estou fazendo uma coleção de fugas de Bach…”. Para as matinês semanais barrocas do Barão, Mozart também transcreveu diversas fugas de Bach para cordas, seis para trio e cinco para quarteto. Seu entusiasmo por Bach pode ter sido estimulado ainda mais por sua noiva, Constanze, que se era uma espécie de fugólatra.
Para seus arranjos de quarteto, Mozart favoreceu as fugas de som mais arcaico. Quando foram publicadas, eram precedidas, de maneira um tanto incongruente, por novos prelúdios de autoria desconhecida — era um Bach filtrado por um prisma galante. A Akademie für Alte Musik complementa três das transcrições de Mozart com arranjos anônimos de quinteto de cordas, com novos prelúdios. Fica tudo muito estranho. Para compensar a severidade potencial em uma sucessão de fugas lentas, a Akademie varia as cores instrumentais: cordas solo, orquestra de cordas, oboés, trombones e fagote.
Um disco interessantíssimo!
W.A. Mozart sobre J.S. Bach: Adagios & Fugues (Akademie Für Alte Musik Berlin)
1 Prelude & Fugue In D Minor K405/4 6:03
2 Larghetto Cantabile In D Major & Fugue K405/5 4:45
3 Adagio & Fugue in A Minor 5:55
4 Allegro In C Minor K Anh 44 & Fuga A Due Cembali K426 4:33
5 Adagio Cantabile & Fugue In E Flat Major 3:55
6 Adagio & Fugue In C Minor K546 6:32
7 Adagio & Fugue in E Major K405/3 5:08
8 Adagio & Fugue in B Minor 6:08
9 Adagio & Fugue in D Minor 7:28
Maravilhoso disco! Aqui, mesmo as tais estranhezas do idioma de Bartók soam naturais. Também aquelas peças mais desconsideradas de seu repertório ganham brilho com os caras da Hungaroton no comando. Se você pensava que tinha todo o Bartók digno de se ter — os monumentais Quartetos de Cordas, a Música para Cordas, Percussão e Celesta, o Concerto para Orquestra, os três emocionantes concertos para piano — considere este conjunto de 29 discos. Nesta coleção todos os artistas são húngaros, mas esse não é o único aspecto importante. Ela é bastante democrática, dando espaço a vários artistas desconhecidos fora da Hungria. Por onde começar? Ora, por onde você quiser. Aproveite!
As Rapsódias são lindas e conhecidas, menos conhecida é a Sonata para Violino e Piano BB28 sem número.
Este é um trabalho do último ano dos estudos de Bartók no Conservatório de Budapeste. Mesmo que Bartók tenha atribuído a ela um número de opus, ele numerou sua próxima sonata para violino (a primeira das duas grandes que escreveu em 1921 e 1922) como a “No. 1”, garantindo assim o esquecimento desta. Embora seja boa música, ela carece da maioria das características do Bartók maduro. Seu estilo básico e ideias formais derivam diretamente de Brahms , embora a essa altura ele já tivesse se apaixonado pela abordagem de Richard Strauss. Embora Bartók já fosse um fervoroso nacionalista húngaro, ele desconhecia a existência de um corpo de genuína música folclórica húngara antiga. Seria necessário que sua parceria de coleta de canções folclóricas com Zoltán Kodály o colocasse em contato com essa grande tradição, e é a influência dessa música que criaria a verdadeira voz de Bartók. Em vez disso, Bartók recorreu à música de origem cigana de Liszt , então amplamente considerada a verdadeira música folclórica húngara, para parte de seu material musical, particularmente no movimento final. A obra está colocada firmemente no final da Era Romântica. Sua estreia veio em janeiro de 1904 com Bartók ao piano mais o violinista Jenš Hubay.
Béla Bartók (1881-1945): Rapsódias para Violino (Cello) e Piano, Canções Húngaras para Violino e Piano, Sonata para Violino e Piano BB 28 #BRTK140 Vol. 4 de 29
1 Rhapsody for violin & piano (with first ending) in A major, DD 70, BB 26b
recording of:
Andante in A major, BB 26b
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 26b)
3:49
2 Rhapsody for violin & piano No. 1. Sz. 86, BB 94/a: I. Moderato. Lassú
piano:
Isobel Moore
violin:
Zoltán Székely
recording of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: I. Prima parte “lassú”. Moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1928)
arrangements:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94: I. Prima parte “lassú”. Moderato
later versions:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87: I. Prima parte “lassú”. Moderato
part of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86
4:18
3 Rhapsody for violin & piano No. 1. Sz. 86, BB 94/a: II. Allegretto moderato. Friss
piano:
Isobel Moore
violin:
Zoltán Székely
recording of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: II. Seconda parte “friss”. Allegretto moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1928)
arrangements:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94: II. Allegretto moderato. Friss
later versions:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87: II. Seconda parte “friss”. Allegretto moderato
part of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86
5:49
4 Rhapsody for violin & piano No. 2. Sz. 89, BB 96/a: I. Moderato. Lassú
piano:
Isobel Moore
violin:
Zoltán Székely
recording of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89: I. Prima parte “lassú”. Moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1928)
later versions:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90: I. Prima parte “lassú”. Moderato
part of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89
4:34
5 Rhapsody for violin & piano No. 2. Sz. 89, BB 96/a: II. Allegretto moderato. Friss
piano:
Isobel Moore
violin:
Zoltán Székely
recording of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89: II. Seconda parte “friss”. Allegro moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1928)
later versions:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90: II. Seconda parte “friss”. Allegro moderato
part of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89
6:30
6 Rhapsody for cello & piano, Sz. 88, BB 94/c: I. Moderato. Lassú
cello:
Mező László
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94: I. Prima parte “lassú”. Moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1929)
arrangement of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: I. Prima parte “lassú”. Moderato
part of:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94
4:29
7 Rhapsody for cello & piano, Sz. 88, BB 94/c: II. Allegretto moderato. Friss
cello:
Mező László
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
recording of:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94: II. Allegretto moderato. Friss
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1929)
arrangement of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: II. Seconda parte “friss”. Allegretto moderato
part of:
Rhapsody for cello and piano, Sz. 88, BB 94
5:48
8 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 1/34. Andante. Un poco più lento
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book II no. 34. Andante
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 2: No. 34. Allegretto
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:33
9 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 1/36. Allegretto
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book II no. 36. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 2: No. 36. Drunkard’s Song. Vivace
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
0:35
10 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 1/17. Lento, ma non troppo
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 17. Lento, ma non troppo
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 17. Round Dance. Lento
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:25
11 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 1/31. Allegro
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book II no. 31. Allegro
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 2: No. 31. Andante tranquillo
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:01
12 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 2/16. Lento, poco rubato
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 16. Lento, poco rubato
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 16. Old Hungarian Tune. Andante rubato
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:53
13 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 2/14. Allegretto
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 14. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 14. Allegretto
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
0:29
14 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 2/19. Allegretto, scherzando
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 19. Allegretto scherzando
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 19. Allegretto
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
0:37
15 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 2/8. Sostenuto – allegro – adagio
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 8. Sostenuto
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 8. Children’s Game. Allegretto
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:13
16 Hungarian folk tunes, for violin & piano, Sz. 42, BB 109: No. 2/21. Allegro robusto
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
violin:
Mihály Szűcs (Hungarian violinist)
recording of:
Hungarian Folksongs, BB 109: Book I no. 21. Allegro robusto
composer:
Béla Bartók (composer)
arranger:
Béla Bartók (composer) and Tivadar Országh
arrangement of:
For Children, Book 1: No. 21. Allegro robusto
part of:
Hungarian Folksongs, BB 109
1:06
17 Sonata for violin & piano in E minor, BB 28, DD 72: I. Allegro moderato (molto rubato)
engineer:
János Gyóri (in 1993)
producer:
László Beck (in 1993)
piano:
Márta Gulyás (in 1993)
violin:
Vilmos Szabadi (violin) (in 1993)
recording of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72: I. Allegro moderato (Molto rubato) (in 1993)
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903-02 until 1903-05)
part of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72
9:17
18 Sonata for violin & piano in E minor, BB 28, DD 72: II. Andante
engineer:
János Gyóri (in 1993)
producer:
László Beck (in 1993)
piano:
Márta Gulyás (in 1993)
violin:
Vilmos Szabadi (violin) (in 1993)
recording of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72: II. Andante (in 1993)
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903 until 1903-08)
part of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72
9:40
19 Sonata for violin & piano in E minor, BB 28, DD 72: III. Vivace
engineer:
János Gyóri (in 1993)
producer:
László Beck (in 1993)
piano:
Márta Gulyás (in 1993)
violin:
Vilmos Szabadi (violin) (in 1993)
recording of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72: III. Vivace (in 1993)
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1903-02 until 1903-05)
part of:
Sonata for Violin and Piano in E minor, BB 28, DD 72
9:39
Hoje é o Dia dos Namorados e não encontrei nada mais romântico e adequado à data do que o romantismo de O Mandarim Miraculoso.
O Mandarim Miraculoso é um balé pantomima de um ato composto por Béla Bartók entre 1918 e 1924, baseado numa história de Melchior Lengyel. Estreado em 1926 na Alemanha, causou grande escândalo e foi posteriormente banido por motivos morais. Após uma introdução orquestral retratando o caos da cidade grande, a ação começa em um apartamento onde moram três criminosos. Eles procuram em seus bolsos e gavetas por dinheiro, mas não encontram nenhum. Então forçam uma garota a ficar perto da janela e atrair os homens que passam. A garota começa uma dança bastante atrevida. Ela primeiro atrai um velho libertino, que faz gestos românticos cômicos. A menina pergunta: “Tem algum dinheiro?” Ele responde: “Quem precisa de dinheiro? Tudo o que importa é o amor.” Ele começa a perseguir a garota, ficando cada vez mais insistente até que os criminosos o agarram e o expulsam.
A garota volta para a janela e executa uma segunda dança. Desta vez, ela atrai um jovem tímido, que também não tem dinheiro. Ele começa a dançar com a garota. A dança fica mais apaixonada, mas o trio salta sobre ele e o expulsa também.
A garota começa a dançar novamente. Os mendigos e a garota veem uma figura bizarra na rua, que logo sobe as escadas. Os criminosos se escondem, e a figura, um mandarim (um chinês rico), fica imóvel na porta. Eles incitam a garota a atraí-lo. Ela começa outra dança picante. De repente, ele salta e abraça a garota. Eles lutam e ela escapa; ele começa a persegui-la. Os criminosos saltam sobre ele, despojam-no de seus objetos de valor e tentam sufocá-lo sob travesseiros e cobertores. No entanto, ele continua a olhar para a garota. Eles o esfaqueiam três vezes com uma espada enferrujada; ele quase cai, mas se joga novamente sobre a garota. O trio o agarra novamente e o pendura em um gancho de lâmpada. A lâmpada cai, mergulhando a sala na escuridão, e o corpo do mandarim começa a brilhar com uma luz verde-azulada assustadora. Os quatro ficam apavorados. De repente, a garota sabe o que devem fazer. Ela diz aos criminosos para soltarem o mandarim; eles obedecem. Ele pula de novo na garota, e dessa vez ela não resiste e eles se abraçam. Com o desejo do mandarim satisfeito, suas feridas começam a sangrar e ele morre.
O Príncipe de Madeira nunca alcançou a fama de O Mandarim Milagroso. A peça usa uma orquestra enorme (inclui até saxofones ). A música mostra a influência de Debussy e Richard Strauss, bem como de Wagner (a introdução ecoa o prelúdio de Das Rheingold). Um príncipe se apaixona por uma princesa, mas é impedido de alcançá-la por uma fada que faz uma floresta e um riacho anteporem-se contra ele. Para atrair a atenção da princesa, o príncipe pendura seu manto em um cajado. Coloca nele uma coroa e mechas de cabelo. A princesa avista este “príncipe de madeira” e vem dançar com ele. A fada traz o príncipe de madeira à vida e a princesa vai embora com ele, em vez do príncipe real, que se desespera. A fada fica com pena dele enquanto ele dorme, veste-o com roupas elegantes e reduz o príncipe de madeira a sem vida novamente. A princesa retorna e finalmente se une ao príncipe humano.
Feliz Dia dos Namorados!
Béla Bartók (1881-1945): O Príncipe de Madeira / O Mandarim Miraculoso (Kórodi / Sándor) #BRTK140 Vol. 3 de 29
1 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): Curtain
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: I. Prelude
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
4:21
2 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): I. Dance. Dance of the princess in the forest
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: II. Dance 1: Dance of the Princess in the Forest
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
2:21
3 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): The prince starts on his way
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
2:27
4 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): II. Dance. Dance of the trees (Struggle-dance)
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: III. Dance 2: Dance of the Trees
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
4:12
5 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): Restored from his lassitude the prince walks / III. Dance. Dance of the waves – An idea enters his mind
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: IV. Dance 3: Dance of the Waves
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
5:38
6 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): Anxious suspence
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
3:10
7 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): IV. Dance. Dance of the princess with the wooden puppet
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: V. Dance 4: Dance of the Princess With the Wooden Doll
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
4:14
8 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): The prince behind in greatest despair / The fairy steps out of the forest
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
5:37
9 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): The fairy takes curly golden hair
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
2:53
10 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): V. Dance. The princess in her endeavour to make him dance
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: VI. Dance 5: The Princess Pulls and Pushes Him and Tries to Make Him Dance
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
0:57
11 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): VI. Dance. The princess tries to persuade the prince to her side to dance with her
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: VII. Dance 6: She Tries to Attract Him With a Seductive Dance
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
0:54
12 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): VII. Dance. Quite alarmed the princess hurries forward him
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: VIII. Dance 7: Alarmed, the Princess Rushes After Him, but the Forest Stops Her
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
2:27
13 The Wooden Prince, Sz. 60, BB 74 (Op. 13): Yet the prince persists. / And finally embraces her. Long kiss
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
András Kórodi (conductor)
recording of:
The Wooden Prince, Sz. 60: IX. Postlude
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1914 until 1917)
part of:
The Wooden Prince, op. 13, Sz. 60
2:41
14 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Allegro. Curtain rises. The first tramp goes through his pocket
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
3:21
15 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Moderato. First decoy game
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
3:47
16 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Lento. Second decoy game
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
3:20
17 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Sostenuto. Third decoy game
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
1:42
18 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Maestoso. The Mandarin enters
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
2:43
19 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Lento. Wild erotic dance
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
4:35
20 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Sempre vivace. She flees from him and he chases more and more wildly
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
1:59
21 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Sempre vivo. The tramps leap out
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
2:20
22 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Adagio. Suddenly the Mandarin’s head appears
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
1:05
23 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Allegro molto. At last the three tramps master their horror
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
2:01
24 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Agitato. The terrified tramps discuss
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
1:20
25 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Molto moderato. The body of the Mandarin begins to glow
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
1:58
26 The Miraculous Mandarin, Sz. 73, BB 82 (Op. 19): Più mosso. The kiss – The Mandarin falls on the floor
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
partial recording of:
The Miraculous Mandarin, BB 82, Sz. 73, op. 19
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1918 until 1924)
premiered at:
[stage performance] (1926-11-27)
publisher:
Universal Edition (publisher; do NOT use as release label) (in 1927)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 73) and Béla Bartók’s Works (BB) (number: BB 82)
is the basis for:
The Miraculous Mandarin Suite, op. 19
Budapest Philharmonic Orchestra
András Kórodi (Príncipe)
János Sándor (Mandarim)
Nós éramos muitos. Meu irmão WF foi o mais velho dentre os irmãos. Para mim, é difícil vê-lo como o homem velho — organista, cravista, professor e compositor — que aparece no Google. Para mim, ele sempre será o chato que era o preferido de nosso pai. Quando nosso pai morreu, ele começou a ter dificuldades pelo consumo excessivo de álcool. Ele se tornou muito sensível e nada confiável e, embora nunca houvesse dúvidas sobre seu talento, ele imaginava que sim. Viveu muito. Ensinou muito. Tocou muito. Complicou muito. Complicou inclusive a sua vida, meu caro bachiano, ao perder 100 Cantatas de nosso pai. Mas este disco é do caraglio. Ouça porque vale a pena. Lamon e seus músicos de mesa são muito competentes neste repertório que fica na transição entre o estilos barroco e o rococó-classicismo.
Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias, Suítes, Concerto para Cravo e Orq. (Lamon)
Sinfonia In D Major, F. 64
1 1. Allegro E Maestoso 3:55
2 2. Andante 3:15
3 3. Vivace 3:24
Sinfonia In D Minor, F. 65
4 Adagio & Fugue
Suite In G Minor, BWV 1070 (Attrib.: W. F. Bach)
5 1. Ouverture – Larghetto 4:35
6 2. Torneo 1:58
7 3. Aria – Adagio 5:22
8 4. Menuetto Alternativo – Trio 4:48
9 5. Capriccio 3:31
Concerto For Harpsichord, Strings And Basso Continuo In D Major, F. 41
10 1. Allegro 5:50
11 2. Andante 5:34
12 3. Vivace 4:28
Sinfonia In F Major For Strings, F. 67
13 1. Vivace 4:22
14 2. Andante 4:48
15 3. Allegro 3:18
16 4. Menuetto 1 & 2 2:30
Bassoon – Michael McCraw
Cello – Christina Mahler, Sergei Istomin
Concert Flute – Christopher Krueger, Elissa Poole
Directed By – Jeanne Lamon
Double Bass – Alison Mackay
Harpsichord – Charlotte Nediger
Horn – Derek Conrod, Teresa Wasiak
Oboe – John Abberger, Washington McClain
Orchestra – Tafelmusik Baroque Orchestra
Viola – Elly Winer, Ivars Taurins, Patrick G. Jordan
Violin – Christopher Verrette, David Greenberg, Kevin Mallon, Linda Melsted, Rona Goldensher, Stephen Marvin, Thomas Georgi
Violin [Leader] – Jeanne Lamon
O Castelo do Barba Azul, aqui cantada em húngaro, é única ópera de Bartók. Trata-se de uma versão moderna da lenda europeia sobre o cruel príncipe Barba Azul e suas esposas desaparecidas. É uma metáfora para a impossibilidade de amor entre homens e mulheres. Sete portas escondem os mais recônditos e obscuros segredos do Duque Barba Azul. Sua quarta mulher, Judite, chega ao seu castelo e pretende desvendar esses mistérios. Para isso terá que abrir cada uma das portas, dando início a um drama psicológico. A ópera tem apenas um ato e é protagonizada por apenas soprano e barítono.
Quando Judite chega ao castelo de Barba Azul, fica intrigada com as sete portas fechadas à chave. Dominada pela curiosidade sobre o segredo que esconde cada uma das áreas, exige que o marido lhe dê as chaves.
Logo na primeira porta encontra uma câmara da tortura…
O suspense sobre o que está por detrás de cada porta sobrepõe-se à ação. No entanto, só depois da revelação de um jardim que está por detrás da quinta porta, e de um lago feito de lágrimas, é que a narrativa explode de forma angustiante.
Béla Balázs, autor do libreto que deu origem à ópera de Béla Bartók proferiu esta curiosa afirmação “A minha balada é sobre a vida interior. O castelo do Barba Azul não é um castelo de pedras. O castelo é a sua alma. É solitário, escuro e secreto: o castelo de portas fechadas”.
Béla Bartók (1881-1945): O Castelo do Barba Azul (Melis / Kasza / Ferencsik) #BRTK140 Vol. 2 de 29
1 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Here we are now. Now at last you see” 8:58
2 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Ah, I see seven great shut door-ways” 4:20
3 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Woe! What seest thou? (Door 1)” 3:44
4 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “What seest thou? Piles of cruel arms and armour (Door 2)” 3:47
5 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Mountains of gold! (Door 3)” 2:01
6 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Ah! Tender flowers! (Door 4)” 4:27
7 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Look, my castle gleams and brightens (Door 5)” 4:58
8 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Two more doors” 1:18
9 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “I can see a sheet of water (Door 6)” 5:38
10 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Tell me, tell me, dearest Bluebeard” 2:46
11 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Now I know it all, oh, Bluebeard” 3:43
12 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Hearts that I have loved and cherished (Door 7)” 2:27
13 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “The first I found at daybreak” 4:16
14 Duke Bluebeard’s Castle, Sz. 48, BB 62 (Op. 11): “Henceforth all shall be darkness” 1:52
baritone vocals: György Melis (baritone)
soprano vocals: Katalin Kasza
orchestra: Budapest Philharmonic Orchestra
conductor: János Ferencsik (conductor)
librettist: Béla Balázs
Steven Isserlis talvez seja a melhor voz de Schumann no violoncelo. Ele apresenta as obras em um modo sensível e divertido. Pena que Schumann não gostasse tanto do violoncelo, apesar de tê-lo tocado em seus primeiros anos. Algumas peças para o instrumento foram destruídas por Clara após sua morte. Várias obras deste CD são transcrições. (1) As três Fantasiestucke foram originalmente escritas para clarinete, mas o próprio Schumann produziu uma edição para violoncelo e, ironicamente, esta é provavelmente a versão agora ouvida com mais frequência. (2) A Sonata para Violino Nº 3 é uma obra reconstruída e transcrita aqui para violoncelo pelo próprio Isserlis. (3) Abendlied é uma transcrição por Joachim a partir de uma versão para dueto de piano. (4) Drei Romanzen Op. 94 eram originalmente para oboé e piano. Aqui o violoncelo leva a linha do oboé para uma oitava abaixo. Todos estes trabalhos vão muito bem no violoncelo e você fica imaginando e lamentando o que Clara destruiu.
Robert Schumann (1810-1856): Música para Violoncelo e Piano
Soiréestücke (Fantasiestücke) Op 73 (11:28)
1 Zart Und Mit Ausdruck 4:09
2 Lebhaft, Leicht 3:09
3 Rasch Und Mit Feuer 4:06
Adagio And Allegro Op 70 (8:57)
4 Adagio 4:17
5 Allegro 4:36
Violin Sonata No 3 In A Minor – Arranged By – Steven Isserlis (20:06)
6 Ziemlich Langsam – (Lebhaft) – 7:05
7 Scherzo: Lebhaft 3:12
8 Intermezzo: Bewegt, Doch Nicht Zu Schnell 3:21
9 Finale: Markiertes, Ziemlich Lebhaftes Tempo 6:20
10 Abendlied Op 85 No 12
Arranged By – Joseph Joachim, Steven Isserlis
3:04
Drei Romanzen Op 94 – Arranged By – Steven Isserlis (11:07)
11 Nicht Schnell 3:10
12 Einfach, Innig – Etwas Lebhafter 3:50
13 Nicht Schnell 4:04
Fünf Stücke Im Volkston Op 102 (15:26)
14 Mit Humor 2:48
15 Langsam 3:37
16 Nicht Schnell, Mit Viel Ton Zu Spielen 4:08
17 Nicht Zu Rasch 1:47
18 Stark Und Markiert 3:03
Cello, Liner Notes – Steven Isserlis
Piano [Steinway] – Dénes Várjon
Um bom e elegante CD. Reed é excelente pianista e seu grupo é ótimo ao recriar temas do grande Thelonius Monk. Reed não chega a transcender, ele não “magica”, então o disco não é um perfeição, mas dá seu recado. Todo pianista de jazz está em algum lugar na sombra de Thelonious Monk (1917-1982) e Eric Reed abraça essa sombra em The Dancing Monk. Interpretar a música mítica do pianista / compositor — quanto mais fazer um álbum inteiro com suas músicas — representa um desafio e tanto para qualquer músico moderno, especialmente para um pianista. Primeiro, as composições de Monk são, de fato, desafiadoras por si mesmas. São cheias de compassos estranhos, sincopados e ele escreveu algumas das melodias mais anti-intuitivas conhecidas. Em segundo lugar, o trabalho de Monk no teclado era completamente único e entrelaçado com sua música. Seu jeito de tocar piano era parte integrante dessas canções e um dos principais componentes de sua grandeza. É difícil imaginar um sem o outro. É aí que reside o problema. Um pianista moderno que interpreta essa música se depara com a difícil tarefa de separar a música de Monk de sua maneira de tocar piano, mantendo as composições e, em seguida, trazendo algo novo para a festa. A alternativa é arriscar simplesmente fazer uma cópia de performances que agora têm entre quarenta e sessenta anos. É preciso muita sensibilidade para tocar essa música de uma forma que retenha o que há de bom nas composições, sem massacrar a performance com um pianismo incongruente. Claro, é provável que seja exatamente esse desafio que mantém os músicos regularmente tentando esse feito musical, com graus amplamente variados de sucesso. Reed sai-se bem, mas… Que saudades dos originais de Thelonius!
.: interlúdio :. Eric Reed: The Dancing Monk
1 Ask Me Now 4:00
2 Eronel 3:42
3 Reflections 5:47
4 Light Blue 4:43
5 Ruby, My Dear 5:58
6 Pannonica 4:52
7 Ugly Beauty 4:19
8 The Dancing Monk 3:47
9 ‘Round Midnight 6:54
10 Blue Monk 4:44
Bass – Ben Wolfe
Drums – McClenty Hunter
Piano– Eric Reed
Um disco maravilhoso. Belas canções anônimas interpretadas magnificamente pelo Huelgas-Ensemble. Ouvi, ouvi e ouvi e foi difícil de passar para o próximo CD.
O Huelgas é um grupo belga de música antiga formado pelo maestro flamengo Paul Van Nevel em 1971. A atuação do grupo e sua extensa discografia se concentram na polifonia renascentista . O nome do conjunto refere-se a um manuscrito de música polifônica, o Codex Las Huelgas. Van Nevel é conhecido por seu estilo de executar muitas peças com os cantores e ele mesmo em um grande círculo, girando, tanto em apresentações ao vivo ou em gravações ao redor do microfone pairando acima, no centro.
Ouçam, ouçam, ouçam!
O Cieco Mondo: The Italian Lauda, c.1400-1700 (Huelgas-Ensemble)
1 Volgi Gli Ochi, O Madre Pia 5:24
2 Ave Corpus Vere Natum 2:34
3 Dolor Pianto 5:05
4 Ave Maria Stella 2:51
5 Io Ti Lascio 5:43
6 Signor Pe La Tua Fe 4:01
7 Helas Me Celes 3:16
8 Chi C’Insegna Ov’e Gesu? Nell’ Arrivare Alla Chiesa 7:13
9 O Cieco Mondo 5:43
10 Chi Vol Seguir La Guerra 2:28
11 Che Bella Vit’ha’l Mond’Un Villanello 3:09
Eu amo as 6 Trio Sonatas de Bach e sempre ouço as que passam pela minha frente. Elas foram escritas para órgão solo, e aqui vocês têm uma boa versão original postada pelo Denon. Esta versão de três das Trio Sonatas é uma adaptação para cravo, marimba e cello que é difícil não gostar se você não for purista. O cravista Beausejour e dupla arco e flecha (Krystina Marcoux e Juan Sebastian Delgado) apresentam as obras em outra sonoridade, fato que não é tão anormal assim. Muitos pequenos grupos já tocaram estas obras em formações de camarísticas.
As Trio Sonatas, BWV 525–530, são uma coleção de seis sonatas em forma de trio . Cada uma das sonatas possui três movimentos, sendo que as três partes são os dois manuais e o pedal como obbligato . A coleção foi reunida em Leipzig no final da década de 1720 e continha retrabalhos de composições anteriores de Bach de cantatas anteriores, obras de órgão e música de câmara, bem como alguns movimentos recém-compostos. A sexta sonata, BWV 530, é a única para a qual os três movimentos foram especialmente compostos para a coleção. As Trio Sonatas foram escritas com propósitos parcialmente didáticos, tanto do ponto de vista da execução quanto da composição. Embora destinados inicialmente ao filho mais velho de Bach, Wilhelm Friedemann Bach , eles também se tornaram parte do repertório básico de seus alunos.
J. S. Bach (1685-1750): Trio Sonatas, BWV 525-527 para Cravo, Marimba & Violoncelo
01. Trio Sonata No. 3 in D Minor, BWV 527 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): I. Andante (04:43)
02. Trio Sonata No. 3 in D Minor, BWV 527 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): II. Adagio e dolce (05:35)
03. Trio Sonata No. 3 in D Minor, BWV 527 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): III. Vivace (03:40)
04. Sinfonia No. 4 in D Minor, BWV 790 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello) (01:51)
05. Trio Sonata No. 2 in C Minor, BWV 526 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): I. Vivace (03:30)
06. Trio Sonata No. 2 in C Minor, BWV 526 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): II. Largo (03:19)
07. Trio Sonata No. 2 in C Minor, BWV 526 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): III. Allegro (03:38)
08. Sinfonia No. 9 in F Minor, BWV 795 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello) (03:29)
09. Trio Sonata No. 1 in E-flat Major, BWV 525 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): I. Allegro (02:42)
10. Trio Sonata No. 1 in E-flat Major, BWV 525 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): II. Adagio (06:36)
11. Trio Sonata No. 1 in E-flat Major, BWV 525 (Arr. for Harpsichord, Marimba & Cello): III. Allegro (03:44)
Luc Beauséjour
Stick & Bow (Krystina Marcoux e Juan Sebastian Delgado)
Não consigo pensar em melhor introdução aos mestres da música sacra portuguesa do que esta gravação da Missa de Réquiem em oito partes de Lôbo, juntamente com a Missa dilectus meus em cinco partes de Magalhães. O Réquiem de Lôbo evoca toda a atmosfera das exéquias imponentes de algum grande nobre ou cardeal. O Introito é uma declaração tranquila de luto grave e digno; o canto é controlado e poderoso. Também há momentos de intenso drama, no Ofertório, por exemplo, com as palavras ”sed signifer Sanctus Michael” e também de magnificência no Sanctus e no Agnus Dei, com suas dissonâncias ocasionais e inesperadas. A Missa dilectus meus mostra as vozes agudas com perfeição: elas aparecem com uma pungência surpreendente no Crucifixo. O fraseado é flexível e sutil e o equilíbrio vocal bem ajustado. Uma joia notável é o Benedictus, uma peça gentil e meditativa para três vozes solo. O segundo Agnus Dei, para seis vozes, incorporando um cânone na oitava entre soprano e tenor, fornece um final rico e, ao mesmo tempo, austero. Dois suntuosos motetos funerários são anexados, um de cada compositor.
Duarte Lôbo (1565-1646) / Filipe de Magalhães (1571-1652): Obras-primas da Polifonia Portuguesa
Duarte Lôbo Missa Pro Defunctis, For Eight Voices
1 Introitus 6:15
2 Kyrie 2:16
3 Graduale 3:33
4 Offertorium 3:33
5 Sanctus 2:59
6 Agnus Dei 2:56
7 Communio 2:42
Duarte Lôbo Audivi Vocem De Caelo
8 Motet, For Six Voices 3:03
Filipe de Magalhães Missa Dilectus Meus, For Five Voices
9 Kyrie 4:43
10 Gloria 4:47
11 Credo 7:25
12 Santus 2:39
13 Benedictus 2:08
14 Agnus Dei 5:16
Filipe de Magalhães Commissa Mea Pavesco
15 Motet, For Six Voices 4:37
Choir – The William Byrd Choir
Conductor – Gavin Turner