Música Erudita Brasilieira [link atualizado 2017]

Este post foi feito originalmente por CVL, que destacou a onbra de Henrique Oswald contida no álbum. Há, no entanto, toda uma linha cronológica com 14 faixas que mostram um caminho pelo qualç a música erudita brasileira trilhou desde o período colonial até a contemporaneidade.

Nas palavras do CVL:
Dando uma olhada no blog Música Brasileira de Concerto (onde nunca consegui achar pelo menos um álbum que eu já tivesse antes, eu que sou defensor perpétuo e repositório pretenso da música erudita brasileira), bati o olho nesse disco pelo repertório histórico amplo como poucas vezes vi em se tratando de obras nacionais – e ainda bem que é o primeiro de uma série, pois seria injusto com os compositores contemporâneos que ficaram de fora do volume um.

Fiquei mais curioso ainda porque tinha uma obra de Henrique Oswald. E, após ouvir o tal Andante, regozijei-me, pois jamais escutei algo do compositor romântico carioca para sair decepcionado.

Vejam, nossos compositores românticos, nenhum deles era incompetente: todos tinham bagagem para fazer bonito em qualquer lugar do planeta (Carlos Gomes que o diga), mas poucos (o campinense no meio) compunham coisas com tanto brilho – lembrando que sem traços nacionalistas, os quais seriam despertados com Nepomuceno.

Esse Andante do Oswald nem é a melhor obra dele (um dia postarei o encantador Concerto para violino e orquestra, mas daqui a meses ou anos), porém, se você gosta de Grieg, Tchaikovsky, Schumann ou Saint-Saëns, ponho minha reputação em jogo de como você vai concordar de que Oswald nada (i. é, CACETE NENHUM) deve aos grandes europeus, até porque foi lá que ele se formou.

Pena que ele faz parte de um país onde o espaço destinado à música erudita no imaginário do povo só tem espaço pra Villa-Lobos e a protofonia de O Guarani.

O CD, ao todo, possui 14 faixas:

Música Erudita Brasileira

01 Luís Álvares Pinto – Lições de Solfejo nos. XXII, XXIII e XIV, para cravo
02 J.J. Emerico Lobo de Mesquita – Para a benção da Cinza da Missa de 4ª feira de Cinzas
03 José Maurício Nunes Garcia – Lição nº12 em ré menor do Método de pianoforte (para cravo)
04 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – I. Te Deum laudamus
05 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – II. Te ergo quaesumus
06 José Maurício Nunes Garcia – Te Deum Laudamus 1801 – III. Aeterna fac
07 Anônimo brasileiro séc. XVIII (atrib. Antonio da Silva Leite) – Xula Carioca
08 Carlos Gomes – Ária de Colombo ‘Era un tramonto d’oro’
09 Henrique Oswald – Andante com variações para piano e orquestra
10 Alberto Nepomuceno – Scherzo 1897 para orquestra
11 Camargo Guarnieri – Abertura Festiva
12 Guilherme Bauer – Instantes Pianísticos – Mutações; Frequências
13 Eduardo Guimarães Álvares – A Falsa Rhumba, Estudo nº2 para marimba e vibrafone
14 Harry Crowl – Do Ciclo para Piano ‘Marinas’ – I. Guaratuba e Antonina; III. Cabo da Roca; VI. La Jolla

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CVL
Repostado por Bisnaga

Marcílio Onofre (1982) – Capricho Medonho e Eatenus

[Post publicado pela primeira vez em 10 de junho de 2010, com acréscimos atualizados em itálico.]

Esse “grande público” distinguiu-se com frequência, nos últimos três séculos, por seu conservadorismo estético: por vezes se queixa das mudanças que lhe tornam a música “incompreensível”, e sua preocupação em compreender (tão estranha diante de uma arte não significante) torna-se obsessiva. Mas não se deve ser sistemático: o artista profético à frente de seu tempo é um lugar-comum da história da música. A defasagem sempre existe, mas, de ordinário, é sempre superada: percebidas a princípio como anomalias, as novidades são integradas à tradição, servindo, por sua vez, para controlar novos progressos. A recusa categórica da música da música moderna por parte de uma maioria do público é uma singularidade de nosso tempo.

Roland de Candé, em História Universal da Música, vol. 1

Sábado passado postei o Concertino para violoncelo e cordas de Clóvis Pereira aqui no blog. Não tenho queixa quanto ao número de downloads, mas creio que se não fosse pelos figurões (Meneses e Haydn) aquele CD não seria tão acessado.

Transcrevi essa epígrafe acima para reforçar uma cantilena que expus tempos atrás. Não sei quantos pararam para ouvir Gilberto Agostinho, Eli-Eri Moura, Clóvis Pereira, Harry Crowl ou Dimitri Cervo, mas sei que o desconhecimento dos nomes espanta os menos ousados. Que alguém não goste de ouvir aquilo com que teve contato é compreensível; estranho é o arraigamento da rejeição àquilo que não se conhece. Daí fica meu convite, mais uma vez, para baixarem obras postadas por mim, CDF, Ranulfus e itadakimasu e comentarem o que quer que seja (desde que não seja para apontar erros gramaticais e de digitação, pois cachorros mortos não serão chutados: serão cremados mesmo aqui no nosso filtro da wordpress).

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Preparei e publiquei o presente post, originalmente, na terça-feira de madrugada [antes do dia 10 de junho] e pouquíssimos puderam vê-lo. Nele, eu falava de como o Compomus (o Laboratório de Composição Musical da UFPB) tornou-se o maior celeiro de compositores nacionais durante esta última década e das parcerias entre esses compositores e grupos musicais locais, como o Brassil. [Só que aí a mudança de servidor mandou os textos do blog daquela semana pro beleléu e eu chutei o balde: reescrevi aquilo que pude recordar.]

Destaquei em particular o jovem Marcílio Onofre, que passou de aluno a professor do Compomus em poucos anos, e esta magnífica obra dele [- o Capricho medonho – ] cujo áudio descobri no YouTube, interpretada pelo próprio Onofre junto com a Sinfônica Jovem da Paraíba – orquestra que dedica um concerto por ano para estrear obras dos alunos do Laboratório (nem orquestras profissionais fazem isso no Brasil, atualmente).

[Removi o link porque recebi este arquivo e o seguinte de um colega meu que garantiu que o compositor não tem a menor bronca com downloads.]

No mais, boa audição. Vale a pena dar uma conferida.

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Fiquei (e continuo) muito bem impressionado com o Capricho medonho acima. Mas medonha é a presente partitura, Eatenus (algo que em latim quer dizer “longe pra caralho, nos confins das pregas do universo”), para flauta, clarineta, fagote, trompa, violino, viola, violoncelo e contrabaixo. As duas obras, lado a lado, mostram uma tendência observada entre os compositores da Paraíba: a de comporem peças experimentais um tanto áridas (como Eatenus) – ligadas às pesquisas desenvolvidas nas áreas de música, musicologia e tecnologia – e a de, consequentemente, terem cabedal para criar obras competentíssimas seguindo referências tradicionais (como o Capricho, que seria digno de ter sido escrito por aluno de Prokofiev ou Bartók caso conhecesse a música modal nordestina).

A interpretação é do grupo residente do Festival de Inverno de Campos do Jordão 2009.

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Nos próximos cinco dias, fiquem com o reload dos Quartetos de Cordas do Villa (que já estavam agendados antes do “apagão”) enquanto ajeito os posts do box de música sacra da Harmonia Mundi.

[Deixei esse trecho pra todo mundo voltar a ficar puto com o veto que levamos, de privar vocês das obras do Villa.]

CVL

Quintetos de sopro brasileiros (1926-1974) – Quinteto Villa-Lobos

Em razão da postagem com obras para sopros solistas de Mozart, me lembrei deste CD duplo do Quinteto Villa-Lobos que estava aqui guardado, esperando para ser postado. Ainda não estou de volta à ativa – vou demorar mais alguns meses em banho-maria – mas pude dar conta desta postagem porque não tenho muitas apreciações a fazer sobre o álbum: é uma compilação (a primeira) de obras importantes do ponto de vista histórico para esta formação instrumental, e algumas são muito bem escritas, mas não consigo ver transcendência, ousadia ou empolgação em quase nenhuma delas (a exceção no terceiro quesito ficou por conta do terceiro movimento dos quintetos de Marlos Nobre e Bruno Blauth; já ousadia, só encontrei no quinteto de Lindembergue Cardoso, mas aviso aos ouvidos menos afeitos à música do séc. XX que a obra é dissonante e fragmentária de cabo a rabo). Espero que vocês possam apreciá-las de alguma forma.

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Quintetos de sopro brasileiros (1926-1974) – Quinteto Villa-Lobos

CD1
Oscar Lorenzo Fernandez – Suite para Quinteto de Sopros, Op.37
1. Pastoral. Crepúsculo no Sertão
2. Fuga. Saci Pererê
3. Canção. Canção da Madrugada
4. Scherzo. Alegria da Manhã

Claudio Santoro – Quinteto de Sopros
5. Alegre
6. Lento
7. Vivo

Osvaldo Lacerda – Variações e Fuga
8. 1º versão 1962, 2º versão, revista e reformulada 1994

José Vieira Brandão – Divertimento nº 1 para Quinteto de Sopros
9. Allegro Moderato
10. Andante Sostenuto
11. Allegro com Moto

Marlos Nobre – Quinteto de Sopro, Op.29
12. Lento. Animato
13. Lento
14. Vivo

Ernst Mahle – Quinteto
15. Poco Lento e Rubato-Vivace
16. Andantino “Noturno”
17. Vivo “Rondo”

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CD2
Mozart Camargo Guarnieri
1. Choro nº 3

José Siqueira
2. Brincadeira a Cinco

Francisco Mignone – 1º Quinteto para Sopros
3. Andante Calmo (Misterioso). Allegro. Andante Calmo
4. Scherzo
5. Adagio
6. Finale

Brenno Blauth – Quinteto para Sopros T.18
7. Moderado
8. Lento
9. Movido

Ricardo Tacuchian – Suite Brasileira para Quinteto de Sopros
10. Canto Místico
11. Canto Sentimental
12. Canto Festivo

Sergio Vasconcellos Correia – Dez Cantos Populares Infantis
13. Seu Sabiá, Terezinha de Jesus, A Moda da Carranquinha, Sapo Cururu, O Castelo Pegou Fogo, O Barqueiro, A Ponte do Avião, Cachorrinho, Você Gosta de Mim?, Eu sou Mineiro de Minas

Lindembergue Cardoso
14. Quinteto

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CVL

Cussy de Almeida Netto (1936-2010)

O maestro Cussy de Almeida, 74 anos, faleceu às 21h30 desta sexta-feira no Hospital Santa Joana, onde estava internado para se tratar de uma deficiência pulmonar. Segundo a família, seu corpo será velado e cremado neste sábado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Ele tinha uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), o que fazia com que apenas 28% do seu pulmão funcionasse.

Nascido em Natal, Cussy de Almeida deixou cinco filhos. Há dez anos ele se dedicava a dirigir a Orquestra Cidadã Meninos do Coque, que foi indicada em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dos 100 melhores projetos sociais do mundo. A seleção final ocorrerá em outubro, com a escolha dos 10 melhores projetos em todo o mundo, em uma festa em Dubai, nos Emirados Árabes.

A Orquestra Criança Cidadã, como era mais conhecida, deverá voltar a se apresentar no dia 5 de agosto, regida por um maestro italiano convidado. O repertório será formado por músicas de Luiz Gonzaga e contará com a participação de Alcimar Monteiro. O show deverá se transformar numa grande homenagem ao próprio Cussy.

Maestro, violinista e compositor, Cussy de Almeida realizou, com apenas seis anos, seu primeiro recital em público no Teatro Carlos Gomes, em Natal. Aos onze realizava concertos em várias cidades do Brasil o que motivou seu pai, o pianista, Waldemar de Almeida, a transferir a família para o estado de Pernambuco.

Ao longo de sua carreira, Cussy de Almeida se apresentou em vários países europeus e tornou-se professor das universidades federais da Paraíba e do Rio Grande do Norte e professor convidado da Universidade Federal de Pernambuco. Foi também diretor do Conservatório Pernambucano de Música, onde criou a Orquestra Armorial de Câmara. Criou ainda a Orquestra de Cordas Dedilhadas, a primeira no Brasil formada com instrumentos populares: violões, violas sertanejas de 12 cordas, bandolins e cavaquinho.

Da Redação do Diario de Pernambuco

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CVL

Einojuhani Rautavaara (1928) – Integral das sinfonias

Em agradecimento a todos vocês que ajudaram a integral dos concertos de Rautavaara a ser um enorme sucesso, e também cumprindo uma promessa minha, aí vai a integral das sinfonias do compositor finlandês. Espero bastante que vocês apreciem enquanto eu tiro férias até o final do ano, em virtude de motivos profissionais. Espero também que apareça alguém na equipe para suprir a necessidade de música clássica brasileira e das Américas e de países underground.

PS.: Os links para download de todos os meus posts de fevereiro para cá, feitos via Megaupload, irão expirar em 45 dias, pois não renovarei minha conta premium. Então, fica o aviso para não perderem a chance.

Thanking to everyone who helped Rautavaara’s Concertos’ downloads to be very successful, and also keeping my promise, now I leave all the finnish composer’s symphonies. Until december, or a little more, I will be on vacation at Seychelles.

PS.: All archives I’m sharing through Megaupload – starting in February and finishing today – will expire in 45 days because I’m not going to renew my premium account. So don’t miss them.

CVL

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Rautavaara: The 8 Symphonies

Disc 1
1. Symphony No. 1 (2003 version): I. Andante Belgium National Orchestra
2. Symphony No. 1 (2003 version): II. Poetico Belgium National Orchestra
3. Symphony No. 1 (2003 version): III. Allegro Belgium National Orchestra
4. Symphony No. 2: I. Quasi grave Leipzig Radio Symphony Orchestra
5. Symphony No. 2: II. Vivace Leipzig Radio Symphony Orchestra
6. Symphony No. 2: III. Largo Leipzig Radio Symphony Orchestra
7. Symphony No. 2: IV. Presto Leipzig Radio Symphony Orchestra

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Disc 2
1. Symphony No. 3: I. Langsam, breit, ruhig Leipzig Radio Symphony Orchestra
2. Symphony No. 3: II. Langsam, doch nicht schleppend Leipzig Radio Symphony Orchestra
3. Symphony No. 3: III. Sehr schnell Leipzig Radio Symphony Orchestra
4. Symphony No. 3: IV. Bewegt Leipzig Radio Symphony Orchestra
5. Symphony No. 4, “Arabescata”: I. – Leipzig Radio Symphony Orchestra
6. Symphony No. 4, “Arabescata”: II. – Leipzig Radio Symphony Orchestra
7. Symphony No. 4, “Arabescata”: III. – Leipzig Radio Symphony Orchestra
8. Symphony No. 4, “Arabescata”: IV. – Leipzig Radio Symphony Orchestra

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Disc 3
1. Symphony No. 5 Leipzig Radio Symphony Orchestra
2. Symphony No. 6, “Vincentiana”: I. Starry Night Helsinki Philharmonic Orchestra
3. Symphony No. 6, “Vincentiana”: II. The Crows Helsinki Philharmonic Orchestra
4. Symphony No. 6, “Vincentiana”: III. Saint-Remy Helsinki Philharmonic Orchestra
5. Symphony No. 6, “Vincentiana”: IV. Apotheosis Helsinki Philharmonic Orchestra

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Disc 4
1. Symphony No. 7, “Angel of Light”: I. Tranquillo Helsinki Philharmonic Orchestra
2. Symphony No. 7, “Angel of Light”: II. Molto allegro Helsinki Philharmonic Orchestra
3. Symphony No. 7, “Angel of Light”: III. Come un sogno Helsinki Philharmonic Orchestra
4. Symphony No. 7, “Angel of Light”: IV. Pesante-cantabile Helsinki Philharmonic Orchestra
5. Symphony No. 8, “The Journey”: I. Adagio assai Helsinki Philharmonic Orchestra
6. Symphony No. 8, “The Journey”: II. Feroce Helsinki Philharmonic Orchestra
7. Symphony No. 8, “The Journey”: III. Tranquillo Helsinki Philharmonic Orchestra
8. Symphony No. 8, “The Journey”: IV. Con grandezza Helsinki Philharmonic Orchestra

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Mikko Franck (Artist, Conductor), Max Pommer (Artist, Conductor), Leif Segerstam (Artist, Conductor), Einojuhani Rautavaara (Composer), National Orchestra of Belgium (Orchestra), Leipzig RSO (Orchestra), Helsinki PO (Orchestra)

CVL

Descompacte os arquivos com o 7-zip / Unzip the tracks using the 7-zip

Cadernos de Música Contemporânea Brasileira

Já fazia um tempinho que eu não postava algo de música clássica nacional, que é minha especialidade aqui no PQP Bach, portanto vou compensando agora essa lacuna antes de me “licenciar” do blog por alguns [poucos] meses pra visitar o mano FDP nas Ilhas Seychelles.

Os presentes cadernos compilam em cinco volumes uma amostra da produção de importantes compositores brasileiros na ativa. Cada volume, que acompanha um CD, contém um resumo biográfico e uma análise das obras do disco anexo e ainda vem com um caderno contendo as partituras de algumas das obras analisadas (ou todas, como no caso de Gilberto Mendes).

Saiba um pouco neste link.

O CD de Gilberto Mendes abarca 30 das 32 canções que o santista escreveu. Algumas delas estão entre as mais belas do cancioneiro do “lied” nacional, a começar por Peixes de Prata (faixa 10). Por sorte, os intérpretes são Fernando Portari (talvez o melhor tenor brasileiro hoje) e Rosana Lamosa, que têm a virtude de evitar vícios de interpretação e impostação que ainda afetam irritantemente o canto erudito nacional (ainda espero, por exemplo, uma gravação das Serestas de Villa-Lobos decente – que bem poderia ter Portari no lugar de um soprano).

Já o CD de Edino Krieger também traz algumas canções, junto a uma ou duas obras para cordas e os dificílimos Estudos Intervalares, para piano, enquanto o de Rodolfo Coelho de Souza reúne uma diversificada amostragem de seu catálogo, que vai de peças eletroacústicas tonais a um duo para marimba e vibrafone, passando por obras para flauta e cordas.

O CD de Almeida Prado prioriza suas importantes obras para violino e piano, especialmente as três sonatas, ao passo que o de Edmundo Villani-Cortes – compositor decididamente neorromântico e tonal, em total contraste com Almeida Prado – apresenta obras para cordas solistas e piano, com destaque para o belíssimo quinteto Caratinguê (última faixa), que só “perde” para o quinteto Fronteiras de Amaral Vieira entre as obras nacionais derivadas da formação instrumental de A truta.

Sem mais a acrescentar, boa audição a todos.

PS.: Digitar o nome de todas as faixas é uma tarefa ingrata pra mim neste momento. Caso alguém se disponha a fazê-lo, enviarei uma lembrança pelos correios assim que eu puder.

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Almeida Prado

Faixa 1 a 4 Sonata para violino e piano n. 1 (1980)
Faixa 1 1.º mov.: granítico , intenso. 6’ 38” . BR S3A 06 00001
Faixa 2 2.º mov.: contínuo, fantástico. 1”52” . BR S3A 06 00002
Faixa 3 3.º mov.: com luminosidade interior- tema com 5 variações 5’05” . BR S3A 06 00003
Faixa 4 4.º mov.:Movimento contínuo e acelerante 2’41” . BR S3A 06 00004
Dedicada a Natan Schwartzman
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Achille Picchi
Partitura editada pela Tonos

Faixa 5 Sonata para violino e piano n. 2 (1984) 15’25” . BR S3A 06 00005
Dedicada a Ney Salgado e Waleska Hadelich
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Achille Picchi
Partitura editada pela Tonos

Faixa 6 Sonata para violino e piano n. 3 (1991) 15’11” . BR S3A 06 00006
Dedicada a Maria Constança Audi de Almeida Prado
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Helenice Audi
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 7 Cantiga da Amizade (1978) 2’06” . BR S3A 06 00007
Dedicada a Max Feffer
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Achille Picchi
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 8 a 10 Sonatina para violino e piano (1984)
Faixa 8 1.º mov.: Allegro 1’24” . BR S3A 06 00008
Faixa 9 2.º mov.:Andante – Meigo, Calmo 3’12” . BR S3A 06 00009
Faixa 10 3.º mov.: Colorido 3’14” . BR S3A 06 00010
Dedicada a Sergei Eleazar de Carvalho
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Helenice Audi
Partitura editada pela Tonos

Faixa 11 Diálogos (1967) 6’27” . BR S3A 06 00011
Dedicada a Oswaldo e Adelci Paulino
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Helenice Audi
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 12 Balada para violino e piano “B’nai brith” (1993) 6’27” . BR S3A 06 00012
Dedicada a Meri e Natan Schwartzmann
Violino Constanza Almeida Prado
Piano Achille Picchi
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Tempo total: 69’46”

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Edino Krieger

Faixas 1 a 3 Quarteto de Cordas n.1 (1955)
Faixa 1 1.º movimento: Allegro moderato 10’14” . BR S3A 06 00036
Faixa 2 2.º movimento: Andante non troppo 7’06” . BR S3A 06 00037
Faixa 3 3.º movimento: Allegro 5’00” . BR S3A 06 00038

Quarteto Camargo Guarnieri:
Elisa Fukuda, violino I
Maria Fernanda Krug, violino II
Renato Bandel, viola
Fábio Presgrave, violoncelo
Partitura editada pela Pan American EUA

Faixa 4 Balada do Desesperado (1954) 10’21” . BR S3A 06 00039
sobre poema de Castro Alves – D.P.
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 5 Desafio (1955) 1’54” . BR S3A 06 00040
sobre poema de Manuel Bandeira
“ © da letra do fonograma Desafio, do Condomínio dos proprietários dos direitos intelectuais de Manuel Bandeira”“(in: Estrela da vida inteira – Editora Nova Fronteira)”“Direitos cedidos por Solombra – Agência Literária ([email protected])”
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 6 Canción China a dos Voces (1953) 5”07” . BR S3A 06 00041
sobre poema de Nicolás Guillén
Fundación Nicolás Guillén – SGAE/ADDAF
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 7 Três Sonetos de Drummond: Os poderes infernais (2002) 2’45” . BR S3A 06 00042
sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade
Copyright Carlos Drummond Andrade
Dedicada a Renato Mismetti e Maximiliano de Brito
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 8 Três Sonetos de Drummond: Carta (2002) 2’50” . BR S3A 06 00043
sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade
Copyright Carlos Drummond Andrade
Dedicada a Renato Mismetti e Maximiliano de Brito
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 9 Três Sonetos de Drummond: Legado (2002) 3’00” . BR S3A 06 00044
sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade
Copyright Carlos Drummond Andrade
Dedicada a Renato Mismetti e Maximiliano de Brito
Soprano: Céline Imbert
Pianista: Gilberto Tinetti
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixas 10 a 12 Estudos intervalares para piano solo (2001)
Faixa 10 Das segundas 1”40” . BR S3A 06 00045
Faixa 11 Das terças 3’38” . BR S3A 06 00046
Faixa 12 Das quartas 2’49” . BR S3A 06 00047
Obra comissionada pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio de Janeiro para o projeto “3 Séculos de Piano” do Conservatório brasileiro de Música
Pianista: Eduardo Monteiro
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Tempo total: 56’ 30”

BAIXE AQUI

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Edmundo Villani-Côrtes

Faixa 1 a 3 Sonata para violino e piano “Encantada” (1957)
Faixa 1 1.º mov.: Moderato 7’45” . BR S3A06 00013
Faixa 2 2.ºmov.: Andantino 3’53” . BR S3A06 00014
Faixa 3 3.º mov.: Rondo-Vivace 2’39” . BR S3A06 00015

Luiz Filipe Coelho – violino
Paul Rivinus – piano

Faixa 4 Luz para violino e piano (1995) 5’53” . BR S3A06 00016
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto
Luiz Filipe Coelho – violino
Paul Rivinus – piano

Faixa 5 Águas para violino e piano (1991) 5’11” . BR S3A06 00017
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto
Luiz Filipe Coelho – violino
Paul Rivinus – piano

Faixa 6 a 8 Sonata para viola e piano (1969)
Faixa 6 1.º mov.: Allegro moderato 10’37” . BR S3A06 00018
Faixa 7 2.ºmov.: Lento 3’50” . BR S3A06 00019
Faixa 8 3.º mov.: Allegro 5’10” . BR S3A06 00020
Thais Coelho – viola
Paul Rivinus – piano

Faixa 9 Interlúdio n. 5 para viola e piano (1996) 3’29” . BR S3A06 00021
Dos Cinco prelúdios para piano solo, em versão para viola e piano
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Thais Coelho – viola
Paul Rivinus – piano

Faixa 10 Contemplativo para violoncelo e piano (1978) 3’57” . BR S3A06 00022
Prelúdio da obra Cinco Miniaturas Brasileira, em versão para violoncelo e piano
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto
Paul Rivinus – piano
Tatiana Himmelsbach – violoncelo

Faixa 11 Royati (2000) 6’23” . BR S3A06 00024
Luiz Filipe Coelho (1º.violino), Marija Jeremic (2.º violino) Thais Coelho (viola), Tatiana Himmelsbach (violoncelo) e Paul Rivinus (piano)

Faixa 12 Caratinguê (2000) 10’15” . BR S3A06 00025
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Luiz Filipe Coelho (violino), Thais Coelho (viola), Tatiana Himmelsbach (violoncelo), Jason Witjas-Evans (contrabaixo) e Paul Rivinus (piano)

BAIXE AQUI

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Gilberto Mendes

As partituras de todas as canções deste CD tiveram sua primeira edição neste projeto.

Faixa n.º 1Episódio (1949) 1’40” . BR S3A 06 00048
sobre poema de Carlos Drummond de Andrade
Copyright Carlos Drummond Andrade
Dedicada a Nancy Bello
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 2 A hora cinzenta (1951/52) 2’25” . BR S3A 06 00049
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 3 Felicidade I (1951/52) 2’18” . BR S3A 06 00050
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 4 Felicidade II (1951/52) 2’26” . BR S3A 06 00051
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 5 Ingratidão (1951/52) 1’53” . BR S3A 06 00052
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 6 Adolescência (1951/52) 2’01” . BR S3A 06 00053
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 7 Confusão (1951/52) 2’30” . BR S3A 06 00054
sobre poema de Raul de Leoni – D.P.
Dedicada a Maria Cecília de Oliveira e Antonio Eduardo
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 8 Sugestões do Crepúsculo (1951) 3’54” . BR S3A 06 00055
sobre poema de Vicente de Carvalho – D.P.
Dedicada a Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 9 Sonho póstumo(fragmento) (1955) 1’32” . BR S3A 06 00056
sobre poema de Vicente de Carvalho – D.P.
Dedicada a Rosana Lamosa e Rubens Ricciardi
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 10 Peixes de prata (1955) 2’50” . BR S3A 06 00057
sobre poema de Antonieta Dias de Moraes
[email protected], representada pela Página da Cultura site www.paginadacultura.com.br
Dedicada a Eunice Katunda
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 11 A tecelã (1955) 1’43” . BR S3A 06 00058
sobre poema de Antonieta Dias de Moraes
[email protected], representada pela Página da Cultura site www.paginadacultura.com.br
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 12 Lamento (1956) 1’22” . BR S3A 06 00059
sobre antigo poema chinês extraído do Tchu Ivan (320 – a.C) – D.P.
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 13 Canção simples (1957) 1’32” . BR S3A 06 00060
sobre poema de Tereza de Almeida
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari e soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 14 Lagoa (1957) 2’35” . BR S3A 06 00061
sobre poema de Carlos Drummond de Andrade
Copyright Carlos Drummond Andrade
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 15 Desencanto (1957) 1’50” . BR S3A 06 00062
sobre poema de Maria José Aranha de Rezende
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º16 Dizei, Senhora (1966) 1’45” . BR S3A 06 00063
sobre poema de Cid Marcus
Dedicada a Andrea Kaiser e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 17 A mulher e o dragão (1967) 2’07” . BR S3A 06 00064
Texto-fragmento bíblico extraído de “O Apocalipse” de São João – D.P.
Dedicada a Yuri Serov
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 18 Poeminha poemeto poemeu poesseu poessua da flor (1984) 1’31” . BR S3A 06 00065
sobre poema de Décio Pignatari
Dedicada a Eládio Perez González
Soprano: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 19 O trovador (1993) 1’30” . BR S3A 06 00066
sobre poema de Mário de Andrade
Dedicada a Martha Herr
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 20 Finismundo: a última viagem – parte I (1993) 6’42” . BR S3A 06 00067
sobre poema de Haroldo de Campos
Dedicada a Fernando Portari
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 21 Anatomia da musa (1995) 1’07” . BR S3A 06 00068
sobre poema de José Paulo Paes extraído da obra Melhores Poemas de José Paulo Paes, seleção de Davi Arrigucci Jr.Global Editora, 6ª. edição, 2005.
Dedicada a Rosana Lamosa e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 22 Fenomenologia da certeza (1995) 1’03” . BR S3A 06 00077
sobre poema de José Paulo Paes extraído da obra “Socráticas”
Cia das Letras
Dedicada a Fernando Portari e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 23 Sol de Maiakovski (1995) 0’57” . BR S3A 06 00069
sobre poema de Augusto de Campos
Dedicada a Victoria Evtodieva
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 24 Tvgrama I (Tombeau de Mallarmé) 1’27” (1995) . BR S3A 06 00070
sobre poema de Augusto de Campos
Dedicada a Rosana Lamosa e Rubens Ricciardi
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 25 Desencontros, à memória de Kurt Weil, à lembrança de Gilberto Mendes (1995) 1’17” . BR S3A 06 00071
sobre poema de José Paulo Paes extraído da obra “Socráticas”
Cia das Letras
Dedicada a Rosana Lamosa
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 26 Luz mediterrânea: no olvido do tempo (1995) 1’16” . BR S3A 06 00072
sobre poema de Gil Nuno Vaz
Dedicada a Julia Novikova
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 27 O Pai do universo (1997) 2’26” . BR S3A 06 00073
Texto-fragmento extraído do “Baghavad Gita” com tradução de Rogério Duarte
Cia das Letras
Dedicada a João Duarte
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 28 Amplitude (1999) 1’42” . BR S3A 06 00074
sobre poema de Alberto Martins
Dedicada a Rosana Lamosa e Rubens Ricciardi
Soprano: Rosana Lamosa
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 29 Mais uma vez (1999) 0’59” . BR S3A 06 00075
sobre poema de Carlos Ávila
Dedicada a Fernando Portari e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

faixa n.º 30 A festa (1999) 1’32” . BR S3A 06 00076
sobre poema de Narciso de Andrade
Dedicada a Fernando Portari e Rubens Ricciardi
Tenor: Fernando Portari
Pianista: Rubens Ricciardi

Tempo total: 60’01”

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Rodolfo Coelho de Souza

Faixa 1 Tristes Trópicos (1990-1991) 9’10” . BR S3A06 00026
Fernando Corvisier -piano
Partitura editada por Alain Van Kerckhoven Éditeur, Bruxelas, Bélgica, 2005

Faixa 2 Chiaroscuro – (1996) 8’48’ . BR S3A06 00027
Joaquim Abreu e Eduardo Gianesella – percussão
Carmen Célia Fregoneze – piano
Rodolfo Coelho de Souza – eletrônica
Encomendada para o Festival “Sonidos de las Americas – Brasil” pela American Composers Orchestra, promotora do evento

Faixa 3 Estudo n. º 1 para violão em quartos de tom (1977) 4’36” . BR S3A06 00028
Terezinha Prada – violão
Partitura editada por Editora Novas Metas

Faixa 4 Diálogos para marimba e vibrafone (1988) 5’00” . BR S3A06 00029
Joaquim Abreu – marimba
Eduardo Gianesella -vibrafone
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 5 Divertimento para flauta e piano (1996) 9’39” . BR S3A06 00030
Valentina Daldegan – flauta
Beatriz Furlaneto – piano

Faixa 6 a 8 Serenata para flauta e quarteto de cordas (2004)
Faixa 6 1.º mov. Andante 8’35” . BR S3A06 00031
Faixa 7 2.º mov. Andantino 3’31” . BR S3A06 00032
Faixa 8 3.º mov. Larghetto 5’05” . BR S3A06 00033
2. º prêmio de composição no Festival Aspeckte de Salzburg (2005)
Camerata Ademus composta por:
Rogério Wolf – flauta
Eliane Tokeshi – violino
Luiz Amato – violino
Ricardo Kubala – viola
Julian Tryczynski – cello
A partitura desta obra teve sua primeira edição neste projeto

Faixa 9 Invenções sobre um tema de Gilberto Mendes, para Orquestra Sinfônica (2002) 11’15” . BR S3A06 00034
Sinfonia Cultura, regência Lutero Rodrigues
Fonograma gentilmente cedido pela RÁDIO CULTURA FM DE SÃO PAULO, emissora da Fundação Padre Anchieta

Faixa 10 O Círculo Mágico, para Percussão e Sons Eletrônicos (2005) 7’29” . BR S3A06 00035
Grupo de Percussão da UFPR:
Mariana Cardoso Puchivailo
Mariana Kowalczuk Cioffi
Ariel Gílson Mendes
Juliana Carla Bastos
Direção: Paulo Demarchi

Tempo total: 73’14”

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Use o 7-zip para descompactar os arquivos

CVL, com agradecimentos ao Francisco Carlos Coelho pela ficha técnica das gravações.

Radegundis Feitosa Nunes (1962-2010)

Foi-se o melhor trombonista do Brasil…

CVL

Maestro Radegundis Feitosa e mais três músicos morrem em acidente no Sertão paraibano

Quinta, 01 de Julho de 2010 12h26

Da redação de O NORTE.COM.BR, com informações do Jornal O Norte e Diário da Borborema

O maestro paraibano Radegundis Feitosa e mais três músicos morreram num acidente por volta das 10 horas no final da manhã desta quinta-feira, dia 1º, na BR-361, na região de Itaporanga e Piancó, no Sertão paraibano. O veículo em que vinham os músicos capotou e explodiu.

Além de Radegundis Feitosa, também morreram Ademilton França, 24 anos; Roberto Ângelo Sabino, de 41 anos; Luiz Benedito, 69 anos. Três ocupantes do carro ficaram presos nas ferragens e morrem carbonizados dentro do veículo. Um outro ocupante do carro, que seguia viagem sem o cinto de segurança, foi arremessado para fora do automóvel, no entanto, também acabou morrendo queimado, já que carro explodiu e acabou incendiando a vegetação no local.

O grupo de músicos seguia em um veículo Citroen C4 Pallas, de placa NPP5510, de João Pessoa/PB, para a cidade de Itaporanga, onde eles se apresentariam durante as comemorações de aniversário de 150 anos da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, existente na cidade.

Natural de Itaporanga, o maestro Radegundis Feitosa Nunes, que tinha 41 anos, era considerado como um dos maiores trombonistas do mundo. Ele dirigia o veículo no momento do acidente.

Em 2001, Radegundis Feitosa Nunes, lançou, ao lado da Camerata Brasílica, o álbum “Concerto Brasileiro”. Ele era barachel em música pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da qual era professor. Ele formou doutor em trombone performance pela “The Catholic University of América” de Washington D.C., U.S.A(1991), e mestre pela “The Juilliard School” de New York, U.S.A(1987).

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Quartetos de Cordas V – reload

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Mais uma série concluída. Encarte aqui.

Estou lacônico hoje: só vou falar nos comentários e se eu me empolgar com eles. Tenho esse direito, já que a recíproca de vocês para com os posts é mais comum.

Nada de raiva, é que estou bastante ocupado esta semana: preparação de balancetes anuais do Café do Rato Preto do mundo inteiro pra passar uma vista. (Update: Vendi o café e hoje estou triliardário.)

***

Villa-Lobos – Quartetos 15, 16, 17 – Quarteto Bessler-Reis

01 Quarteto de Cordas nº 15 – Allegro Non Troppo
02 Quarteto de Cordas nº 15 – Moderato
03 Quarteto de Cordas nº 15 – Scherzo Vivo
04 Quarteto de Cordas nº 15 – Allegro
05 Quarteto de Cordas nº 16 – Allegro non Troppo
06 Quarteto de Cordas nº 16 – Molto Andante (Quasi Adagio)
07 Quarteto de Cordas nº 16 – Scherzo Vivace
08 Quarteto de Cordas nº 16 – Molto Allegro
09 Quarteto de Cordas nº 17 – Allegro Non Troppo
10 Quarteto de Cordas nº 17 – Lento
11 Quarteto de Cordas nº 17 – Allegro Vivace
12 Quarteto de Cordas nº 17 – Allegro Vivace, Con Fuoco

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Quartetos de Cordas IV – reload

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Retomo uma série de CDs que foi iniciada pelo mano PQP Bach no início do ano e que, naturalmente, não poderia ficar incompleta, pois falar de quarteto de cordas no século XX é falar de Bartók, Shostakovitch e Villa-Lobos (dêem uma escutada em Philip Glass também) – só o meu querido pai deixou 17. Então, aproveitem este presente de Natal antecipado.

Prestem atenção, que serão cinco posts ao todo e o quarto está vindo agora, antes do terceiro, para que vocês possam baixar os dois primeiros CDs mais este durante o fim de semana – e porque o próximo é duplo. Visite os dois primeiros posts da série clicando aqui e aqui. E acesse o texto do encarte e tudo o mais sobre o presente CD aqui. (Update: Não, não acesse…)

***

Villa-Lobos – Quartetos de Cordas 12, 13, 14 – Quarteto Bessler-Reis

01 Quarteto de Cordas nº 12 – Allegro
02 Quarteto de Cordas nº 12 – Andante Melancólico
03 Quarteto de Cordas nº 12 – Allegretto Leggiero
04 Quarteto de Cordas nº 12 – Allegro (Bien Rythmé)
05 Quarteto de Cordas nº 13 – Allegro non Troppo
06 Quarteto de Cordas nº 13 – Scherzo (Vivace)
07 Quarteto de Cordas nº 13 – Adagio
08 Quarteto de Cordas nº 13 – Allegro Vivace
09 Quarteto de Cordas nº 14 – Allegro
10 Quarteto de Cordas nº 14 – Andante
11 Quarteto de Cordas nº 14 – Scherzo (Vivace)
12 Quarteto de Cordas nº 14 – Molto Allegro

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Quartetos de Cordas III – reload

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Antepenúltimo post da série. Vale lembrar que a integral dos quartetos de cordas do Villa, lançada pela Kuarup, tem cinco álbuns. Este é o único duplo e o único com o Quarteto Amazônia: os restantes são simples e com o Quarteto Bessler-Reis.

Acesse o texto do encarte aqui. (Quer dizer, não acesse mais: a Kuarup fechou)

***

Villa-Lobos – Quartetos 7 e 11 – Quarteto Amazônia

01 Quarteto de Cordas nº 7 – Allegro
02 Quarteto de Cordas nº 7 – Andante
03 Quarteto de Cordas nº 7 – Scherzo
04 Quarteto de Cordas nº 7 – Allegro Justo
05 Quarteto de Cordas nº 11 – Allegro non Troppo
06 Quarteto de Cordas nº 11 – Scherzo Vivace
07 Quarteto de Cordas nº 11 – Adagio
08 Quarteto de Cordas nº 11 – Poco Andantino

BAIXE AQUI

***

Villa-Lobos – Quartetos 8, 9, 10 – Quarteto Amazônia

01 Quarteto de Cordas nº 8 – Allegro
02 Quarteto de Cordas nº 8 – Lento
03 Quarteto de Cordas nº 8 – Scherzo
04 Quarteto de Cordas nº 8 – Quasi Allegro
05 Quarteto de Cordas nº 9 – Allegro
06 Quarteto de Cordas nº 9 – Andantino Vagaroso
07 Quarteto de Cordas nº 9 – Allegro Poco Moderato
08 Quarteto de Cordas nº 9 – Molto Allegro
09 Quarteto de Cordas nº 10 – Poco Animato
10 Quarteto de Cordas nº 10 – Adagio
11 Quarteto de Cordas nº 10 – Scherzo
12 Quarteto de Cordas nº 10 – Molto Allegro

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CVL

Sir Paul McCartney (1942) – Duas canções do Oratório de Liverpool

Quando Paul foi mencionado numa postagem de Karl Jenkins que fiz, lembrei que faltava eu postar mais coisas do ex-Beatle aqui no blog. Ano passado teve a Standing Stone (cujo link deve ter expirado há tempos – não vou renová-lo), agora posto duas canções de sua obra de estreia na música clássica: o indisfarçavelmente autobiográfico Oratório de Liverpool, de 1991, escrito com a ajuda do maestro Carl Davis nas orquestrações. Como os arquivos do oratório completo estão em algum back up recôndito em minhas tralhas, disponibilizo este CD demo com as duas melhores canções da obra – dá pra achar a letra na Internet sem muito esforço.

***

Oratório de Liverpool

1. Save the child
Soprano: Kiri Te Kanawa; meio-soprano: Sally Burgess; tenor: Jerry Hadley

2. The drinking song
Baixo: Willard White

Orchestra: Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Conductor: Carl Davis

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CVL

Sir Paul McCartney (1942) – Ecce cor meum

Graças a Händel, o oratório – seja sacro, seja profano – transformou-se em um gênero de composição inglês por excelência, tanto pelas características que adquiriu quanto pela predileção de compositores e público. Por isso mesmo, quando Paul se aventurou pelas searas da música de concerto decidiu seguir o caminho mais previsível, através do Oratório de Liverpool. Não foi lá essas coisas todas, mas rendeu o encorajamento suficiente para não parar. Depois vieram Standing Stone, o CD A garland for Linda e Working Classical, até surgir este segundo oratório, Ecce cor meum (Eis meu coração), que – se não chega a ser Händel (“é, né?”) – ficou muito bem acabado. O álbum acabou rendendo a Paul o Classical British Award de melhor CD em 2007, numa votação em que o segundo lugar foi Canções do Labirinto, de Sting. Tudo bem, foi voto popular, mas eu também daria esse crédito ao ex-Beatle pelo esforço. Vejamos o que vocês dizem.

***

Ecce cor meum

1. I. Spiritus
2. II. Gratia
3. Interlude (Lament)
4. III. Musica
5. IV. Ecce Cor Meum

# Performer: David Theodore, Colm Carey, Mark Law, Kate Royal
# Orchestra: Academy of St. Martin-in-the-Fields
# Conductor: Gavin Greenaway

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CVL

José Manuel Joly Braga Santos (1924-1988) – Sinfonias n° 1 a 6 (exceto a 4) + Fernando Lopes-Graça (1906-1994) – Sinfonia, Suíte rústica n° 1 e Canto de amor e morte

Os arquivos e comentários deste post foram enviados pelo José Eduardo. Acho que é a primeira postagem do blog sobre música portuguesa do séc. XX – mais uma lacuna aqui preenchida (update: deixou de ser com o post do mano CDF no início do mês). Realmente, como vocês podem ler abaixo e ouvir em seguida, Braga Santos tem pontos de semelhança com Camargo Guarnieri, que pensei ser um compositor sem paralelos. E tanto Braga Santos quanto Lópes-Graça são compositores de mão cheia.

CVL

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Fernando Lopes-Graça é provavelmente o principal compositor português, junto com Carlos Seixas e João Domingos Bomtempo (cada um de uma época, portanto). Ele se insere claramente na linha bartókiana de um modernismo bastante claro na forma, ritmicamente vigoroso, contrapontisticamente hiperativo e de harmonia com muitos toques modais, relativamente modesta no uso de dissonância e, sobretudo, que se apóia de maneira bastante inteligente no folclore e na cultura popular.

A Sinfonia que mandei, dita “Per orchestra”, é em três movimentos bem delineados, sendo o último uma passacaglia sobre um tema folclórico. É a única sinfonia do autor. Gosto muito da peça. O sabor modal lembra um pouco Vaughan Williams e Ernest Moeran, mas a ênfase rítmica e a limpidez incrível da forma o aproximam muito mais de Camargo Guarnieri.

A “Suíte rústica” no. 1 (ele escreveu mais duas, uma para orquestra de cordas e outra para piano) é uma peça em seis partes, cada uma baseada em um tema popular de uma região de Portugal: Oliveira do Hospital, Foz Côa, Reguengos de Monsaraz, Póvoa do Lanhoso, Pegarinhos e Beira. É uma delícia, os temas folclóricos são facilmente discerníveis e, ao mesmo tempo, são transformados por harmonia e orquestração bastante sofisticadas.

Joly Braga Santos teve uma carreira menos ilustre e foi menos reconhecido em vida. É, digamos, uma redescoberta mais recente, devida principalmente ao trabalho do regente Álvaro Cassuto. É o compositor português da moda nos países anglófonos. O David Hurwitz, do ClassicsToday, adora Braga Santos.

É um compositor praticamente contemporâneo de Lopes-Graça, porém pertencente a uma linha bem diferente, mais conservadora. Braga Santos foi um compositor precoce, e quatro de suas seis sinfonias foram escritas antes de seus 27 anos – são obras de juventude, surpreendemente bem realizadas.

Sua linguagem lembra Sibelius, Respighi e, principalmente, Vaughan Williams. A forma é bem expandida, os desenvolvimentos são alongados e comumente nascem de um estático inicial que vai acumulando tensão até um grande clímax. A harmonia mistura modalismo e cromatismo pós-wagneriano. As melodias são longas e muito bem desenhadas. A cor orquestral é costumeiramente escura, densa.

As duas sinfonias que mandei, a Segunda e a Terceira, são obras em grande escala. São bem parecidas, quase intercambiáveis entre si. Ambas têm quatro movimentos: os externos mais dramáticos, com longas introduções lentas; um segundo movimento adagio reflexivo; e um scherzo mais próximo do intermezzo brahmsiano do que do scherzo bruckneriano.

Elas surpreendem por terem sido escritas, e tão bem, por um compositor tão jovem. Mas, embora repletas de belíssimos momentos, são obras bastante derivativas. Overall, acho que valem sim a curiosidade.

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Sinfonia no. 2
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

Sinfonia no. 3
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

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A gravação tem um som meio “de lata”, equalização alta – parece de música popular – e pobreza de detalhes. Ela faz parte de uma série de registros de música portuguesa realizada nos anos 90 no Leste Europeu, principalmente Hungria. É bastante curioso. Adoraria ouvir essas peças em som moderno e com intérpretes mais refinados. As sinfonias de Braga Santos tiveram mais sorte e foram magnificamente gravadas pela Marco Polo/Naxos.

Fernando Lopes-Graça (1906-1994)

Sinfonia “per orchestra”, op. 38
Suíte rústica no. 1, sobre temas folclóricos portugueses, op. 64

Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 6
Ana Ester Neves, soprano
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
Orquestra Sinfônica Portuguesa
Álvaro Cassuto, regente

“Encruzilhada”, música para balé
Orquestra Sinfônica de Bournemouth
Álvaro Cassuto, regente

É o complemento dos CDs do Braga Santos que enviei antes. Tem a Sinfonia no. 6 e o balé “Encruzilhada”, todos da última fase, “abstrata” (apud CROWL, Harry), do compositor. Em geral, essa fase não me desperta, infelizmente, maior interesse.

A Sexta Sinfonia tem uma estrutura diferente das demais sinfonias de Braga Santos. É estruturada em seis movimentos executados em um só fôlego. A partir da segunda metade surgem as intervenções corais, com soprano solo (há texto, inclusive, de Camões).

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Joly Braga Santos

Sinfonia no. 1
Sinfonia no. 5
Orquestra Sinfônica Portuguesa

A Primeira é a minha sinfonia de Braga Santos favorita. Ela tem a mesma linguagem das quatro primeira sinfonias do autor – pós-romântica de toques modais alla Vaughan Williams – mas tem uma modelagem formal diferente. É em três movimentos, sendo que o último, batante poderoso, ainda não tem o início lento habitual do autor – ele prefere aqui incorporar ao finale um trio mais contemplativo, curiosamente parecido com o trio do scherzo da Segunda Sibelius (aquelas notas repetidas no oboé!). A sinfonia termina com um “apêndice” gradioso em estilo bruckneriano, culminando em fortes acordes espaçados (como na Quinta de Sibelius). As múltiplas influências indicam a relativa pouca maturidade do autor, mas a música é em muitos momentos realmente emocionante.

A Quinta pertence a fase posterior da carreira do Braga Santos. Sua linguagem é mais densa, dissonante, misteriosa. A música de Braga Santos já era densa, sombria. Aqui ela se torna realmente escura. Ao contrário das três sinfonias anteriores, a Quinta coloca o scherzo em segundo lugar, e é justamente ele o destaque da obra. Ele é inspirado em um ritmo moçambicano da região de Zavala. A peça mistura um ritmo constante nas percussões (xilofone, celesta) com uma harmonia fantasmagórica.

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Fernando Lopes-Graça

“Canto de amor e morte”
Orquestra Sinfônica Nacional Húngara
Tamás Pal, regente

É o complemento do álbum da Sinfonia e da Suíte rústica no. 1, que já mandei. É, segundo várias fontes, uma grande obra-prima da música portuguesa. Foi composta em 1961 para piano e quinteto de cordas, e orquestrada no ano seguinte. É uma espécie de longo poema sinfônico, de forma livre, em estilo cromático-extremado-quase-não-tonal. É música grave, seriíssima, sisuda, carrancuda. Talvez seja por essa cara feia e sem humor que eu, mesmo reconhecendo sua potência e relevância, nunca tenha sido frequentador assíduo da obra.

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Noneto, Quarteto simbólico e peças para violão

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD importado traz – não sei por que motivo, mas agradeço – duas interpretações do Noneto e duas do Quarteto Simbólico, sendo completado – também sem razão aparente – por algumas peças para violão. As interpretações das duas obras principais não fazem frente à de Gil Jardim, postada no início do ano aqui no blog, mas valem como preciosidade; até porque as peças para violão estão nas mãos de Bream, Segovia e Laurindo Almeida.

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Villa-Lobos: Nonetto; Quatuor

1. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
2. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement – Allegro con moto
3. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement – Andantino
4. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement – Allegro deciso
5. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
6. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement
7. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement
8. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement
9. Estudio, for guitar No. 8 in C sharp minor, A. 235/8
10. Prelúdio, for guitar No. 3 in A minor, A. 419/3
11. Estudio, for guitar No. 1 in E minor, A. 235/1
12. Prelúdio, for guitar No. 2 in E major, A. 419/2
13. Prelúdio, for guitar No. 4 in E minor, A. 419/4
14. Prelúdio, for guitar No. 5 in D major, A. 419/5
15. Gavotta-Chôro, for guitar (Suite populaire brésilienne No. 4), A. 020/4

# Performer: Concert Arts Ensemble, Andrés Segovia, Julian Bream, Laurindo Almeida, Elsie Houston
# Orchestra: The Brazilian Festival Orchestra, The Brazilian Festival Quartet
# Conductor: Roger Wagner, Hugh Ross

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CVL

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2004

Aqui vai o terceiro CD (na verdade, o primeiro dos três) com Minczuk e a Orquestra Acadêmica de Campos do Jordão – assim, vocês poderão apreciar melhor a peça de Marlos Nobre que o Dudamel regeu no YouTube – e ainda tem a bela oitava sinfonia de Dvorák.

01-04. Sinfonia n° 8, de Dvorák
05. Kabbalah, de Marlos Nobre
06. Dança húngara n° 5, de Brahms

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CVL

Eli-Eri Moura (1963) – Música instrumental

Ao se ouvir a obra de Eli-Eri Moura, há de se distinguir dois compositores: o acessível, que compõe obras tonalíssimas como a ópera Dulcineia e Trancoso e o Réquiem Contestado, e o hermético, do CD com obras de câmara postado aqui no blog no início do ano.

No presente álbum vocês poderão comparar as duas tendências do compositor paraibano juntas. Se em Circumsonantis e Nouer III o ouvinte mais convencionalista pode tomar abuso ou arrumar outra coisa pra fazer, em Recordabilis Bach ele pode imaginar a neve caindo dentro de seu próprio quarto e ser impelido a montar um presépio fora de época (ouça pra saber por quê).

E não há nenhuma discrepância ou indissociabilidade entre as duas facetas de Eli-Eri: ele simplesmente parte de uma ideia musical e a articula conforme as linguagens que lhe permitirem melhor expressão.

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Saiba tudo sobre o CD neste link. Por lá mesmo você pode baixar todas as faixas e respectivas partituras (quer dizer, as partituras não achei), senão baixe as faixas AQUI.

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Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2006

Hoje vai o CD com a Orquestra Acadêmica tocando as Ritmetrias do Edino Krieger. A captação de som desses CDs em Campos do Jordão ficou longe das melhores, mas é louvável a iniciativa de se lançarem esses discos com os registros do melhor festival de inverno da América Latina. Por isso, aproveitem.

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01 Glinka – Abertura da Ópera Russlan e Ludmila 5m45s
02 I – Andante sostenuto 18h21s
03 II – Andantino in modo canzona 8m55s
04 III – Scherzo – Allegro 5m32s
05 IV – Allegro con fuoco 8m56s
06 Edino Krieger – Ritmetrias – Variações rítmicas sobre um metro contínuo 6m52s

Roberto Minczuk e a Orquestra Acadêmica

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Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2005

O vídeo de Marlos Nobre ontem me fez ir até a gaveta onde estão guardados os CDs com a Orquestra Acadêmica do FIICJ e postá-los aqui no blog – na verdade ia compartilhar só o CD com a Kabballah, mas pra não ficar indo e voltando presenteio-lhes com os três álbuns de uma vez. Vai primeiro este, duplo, com as excelentes Variações Sinfônicas do Almeida Prado ao final.

CD 1

01 Samuel Barber: Adagio para Cordas, Op. 11 7m26s
02 Johannes Brahms: Abertura Festival Acadêmico em Dó Menor, Op. 80 10m01s
03 a 06 Gustav Mahler: Sinfonia No. 1 em Ré Maior 50m55s
07 Antonín Dvorák: Dança Eslava em Mi Menor, Op. 72 5m38s

Regência: Kurt Masur

01 a 15 Modest Mussorgsky / Maurice Ravel: Quadros de uma Exposição 32m26s
16 Carlos Gomes: Abertura da Ópera O Guarani 8m02s
17 a 27 Almeida Prado: Variações Sinfônicas (Primeira Gravação e Estréia Mundial) 15m25s

Regência: Roberto Minczuk

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gravado no Auditório Cláudio Santoro em julho de 2005 e na Sala São Paulo em 31 de julho de 2005, durante o 36° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão

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Art Metal Quinteto – Dezenovevinteeum

Não conheço muito sobre esse grupo e o repertório (quase todo de arranjos) não se eleva do patamar de partitura de banda de coreto – vale só pelo registro inédito das obras e pelo trabalho de resgate empreendido pelo quinteto.

A resenha abaixo copiei daqui.

Quintetos para metais I

Desde o século XIX o Brasil forma bons instrumentistas de metais, principalmente em bandas militares. No entanto, o número de obras originais para trompete, trompa, trombone e tuba, em qualquer combinação, sempre foi reduzido. Esse fato motivou o Art Metal Quinteto, cujo primeiro trompete é o pernambucano Nailson Simões, a empreender um primoroso resumo de obras e transcrições para quintetos de metais (e percussão) da monarquia aos dias de hoje, abrangendo a música clássica e a popular. Assim, este CD contempla quase anônimos, como João Elias da Cunha e Zulmira Canavarros, e nomes de peso, como Pixinguinha, Anacleto de Medeiros e Camargo Guarnieri. O Nordeste está representado por Maestro Duda e sua suíte Música para metais n° 4. (CEA)

Dezenovevinteeum – Art Metal Quinteto, Ágapa, R$ 25,00

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PS.: O primeiro trompete do Art Metal Quinteto atualmente é David Alves.

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Art Metal Quinteto – Dezenovevinteeum

1. Dança Brasileira
2. Os Mártires de Canudos
3. Marreco Quer Água
4. O Bom Filho a Casa Torna
5. A Grande Batalha no Avaí
6. A Grande Batalha no Avaí
7. A Grande Batalha no Avaí
8. A Grande Batalha no Avaí
9. Fantasia e Rondó
10. Fantasia e Rondó
11. Beiraçeas
12. Uma Recordação de Amor
13. Cabeça de Boi
14. Voltando de Acari
15. Música para Metais Nº 4

(Agradeço ao Adriano Holtz pelo envio da relação das faixas.)

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Eufonium Brasileiro – Fernando Deddos

A resenha abaixo foi retirada deste link aqui. Particularmente, achei muito boa a iniciativa de se abrir repertórios para o eufônio/bombardino e este álbum apresenta uma diversidade de linguagens muito salutar e rica. Vale a pena, no mínimo, baixar para apreciar as obras, o belo som do eufônio e a competência do intérprete.

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Por Ricardo Prado

“Eufonium Brasileiro” é o primeiro CD do compositor e eufonista Fernando Deddos, um desses artistas poderosos cuja paixão por seu instrumento é capaz de nos iluminar de uma música inesperada e bela.

Eufônio vem de Euphonium, que significa “som bonito”. Ele é o bombardino das bandas militares e escolares – essas matriarcas da música no Brasil. Fernando chama o instrumento carinhosa, poeticamente, de “o querido bombardino”. O compositor Harry Crowl – que está presente com a obra “Diálogo sonoro sob as estrelas”, dedicada ao intérprete -, escreve: “Sempre me intrigou o fato de o bombardino, ou eufônio, não ser um instrumento mais valorizado como solista. Normalmente utilizado para fazer o contracanto nos dobrados e outras obras da tradição brasileira para banda militar, o eufônio também aparece em algumas obras orquestrais como um instrumento exótico. Mas, como podemos constatar, esse instrumento não fica nada a dever para uma trompa e tem mais possibilidades técnicas que um trombone”.

Além das obras de Fernando Deddos, marcadas pela inventividade e, frequentemente, por essa forma agudar de inteligência que é o humor, o CD conta composições de Carlos Gomes, Francisco Braga, Isidoro de Assumpção, Hermeto Paschoal, Carlos da Costa Coelho e Isaac Varzim: uma variedade de estilos que, além de demonstrar as imensas possibilidades do instrumento, forma um panorama da imensa riqueza da criação musical brasileira. Para tanto, Deddos reuniu um elenco de convidados que lhe permite ganhar deles e compartilhar conosco música tão singela quanto imensa.

O disco é, para mim, uma revelação comovente, uma lição de música que Fernando Deddos oferece e que precisa ser aceito e mantido por perto, ao alcance da mão, cotidiano.

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Eufonium Brasileiro

1 – Saudação (Tradicional brasileira)
2 – Frevo do Besouro (Fernando Deddos)
3 – Diálogo sonoro sob as Estrelas (Harry Crowl)
4 – Fantasia Fandango (Fernando Deddos)
5 – Ratatá! (Fernando Deddos)
6 – Interferência
7 – Quem Sabe!? (Carlos Gomes)
8 – Diálogo Sonoro ao Luar (Francisco Braga)
9 – Saudades de Minha Terra (Isidoro C. de Assumpção)
10 – Rabecando (Fernando Deddos)
11 – Chorinho pra Ele (Hermeto Pascoal)
12 – Ferme les Yeux (Carlos Coelho)
13 – Impropus (Fernando Deddos)
14 – Eletrofônio (Isaac Varzim)

Fernando Deddos, eufônio e compositor
Participações musicais: Rodrigo Capistrano, saxofone alto. Adailton Pupia, viola caipira. Rafael Buratto, violoncelo. Thiago Teixeira, Davi Sartori e Carlos Assis, piano. Danilo Köch Jr., caixa clara. Vina Lacerda, pandeiro. Danilo Koch Jr, marimba.

Selo independente

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Universo Clássico 25 – Gershwin

Esse CD, de uma coleção lançada aqui no Brasil década passada, deve ser de gravações originais lançadas em outros discos. Aproveitem porque são excelentes.

1. Rapsódia in blue, com Leonard Bernstein solando e regendo a Sinfônica de Columbia
2. Três prelúdios, com Oscar Levant
3. Concerto em fá – III. Allegro agitato, com André Previn, e Andre Kostelanetz regendo sua orquestra
4. Um americano em Paris, com Eugene Ormandy regendo a Orquestra da Filadélfia
5. Porgy and Bess – Um quadro sinfônico (trechos) – arranjado por Robert Russell Bennett, também com Eugene Ormandy regendo a Orquestra da Filadélfia

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The Sacred Bridge

Se os CDs que postei dos grupos Syntagma, Anima e Carmina formam uma progressão, esse aqui é o orgasmo. Pena que não é brasileiro, mas, fosse de onde fosse, só o fato de terem achado o elo perdido entre o cantochão e a salmodia judaica (faixa 3 – In Exitu Israel) já faz com que esse disco mereça nossa atenção de cabo a rabo. Vale o IM-PER-DÍ-VEL.

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The Sacred Bridge: Jews and Christians in Medieval Europe

1. Boray Ad Ana/Criador Hasta Quando
2. Al Naharto Bavel
3. In Exitu Israel/B’tset Yisrael
4. Mi Al Har Horeb
5. Par Grand Franchise
6. Wa Heb’ Uf
7. Lou Tragediou de la Reine Esther: Cansoun d’Ester
8. Eftach Sefatai
9. Communaute Juive Espagnole en Exil
10. Morena Me Llaman
11. Yo Hanino Tu Hanina
12. Desde Hoy Mas Mi Madre
13. Rosa Enfloresce
14. Respondemos Dio de Abraham
15. Virgen Madre Gloriosa
16. Kaddish
17. Dos Oge Mas Quer Eu Trobar
18. Gran Dereit
19. Cuando el Rey Nimrod
20. Ahot Ketanta
21. Muit E Benaventurado
22. Nora Alila

Joel Cohen (Performer, Conductor), Anonymous (Composer), Sephardic Traditional (Composer), Spanish Anonymous (Composer), Boston Camerata (Performer), Michael Collver (Performer), John Collver (Performer), Anne Azema (Performer), Ellen Harbis (Performer), Lynn Torgove (Performer), Ellen L. Hargis (Performer), John Fleagle (Performer)

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Leonard Bernstein (1918-1990) – American Portraits

Quase todas as gravações da coleção American Portraits são muito vagabundas, mais parecem feitas aqui no Brasil (dadas as devidas exceções, claro), mas são europeias – a falta de qualidade se deveu à falta de feeling e apuro ao lidar com as obras estadunidenses*. Mesmo assim, por conta de duas obras do presente CD, vale a indicação ao menos deste álbum: Halil, um noturno para flauta, harpa e percussão pouco conhecido aqui no Brasil, e o balé Fancy Free, que parafraseia o estilo das big bands dos anos 40 contando as diversões de três marinheiros pela Big Apple (vide argumento aqui).

* Uma curiosidade é que Villa-Lobos integra essa coleção, mesmo sendo dedicada a norte-americanos: honrosa deferência.

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American Portraits: Leonard Bernstein

1. Overture to Candide, for orchestra
2. West Side Story, musical: [Unspecified] Melodies
3. Halil, nocturne for flute solo, piccolo, alto flute, percussion & harp; also for flute, piano & percussion
4. Fancy Free, ballet: Enter Three Sailors
5. Fancy Free, ballet: Scene At The Bar
6. Fancy Free, ballet: Pas de Deux
7. Fancy Free, ballet: Variation I
8. Fancy Free, ballet: Variation II
9. Fancy Free, ballet: Variation III
10. Fancy Free, ballet: Finale

Intérpretes: vide link Amazon

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