Pietro Antonio Locatelli
Sonatas para Flauta, Op. 10, Nos. 2, 6, 7 & 10
Wilbert Hazelzet, flauta
Ton Koopman, cravo
Richte van der Meer, violoncelo
Como está difícil viajar, pelo menos para os simples mortais, vamos completar nossa miniturnê flautista, que iniciou em Leipzig com a música de Wilhelm Friedemann Bach, passou por Paris com a música charmosa de Boismortier, chegando à ensolarada Itália. Fechamos o ciclo com este disco contendo quatro sonatas de Locatelli. A bem da verdade, Locatelli passou boa parte de sua vida em Amsterdã, mas suas raízes são italianas e não é uma má ideia visitar Amsterdã.
Apesar deste disco ter sido gravado em 1980, enquanto os anteriores são de 2005 (Bach) e 2014 (Boismortier), achei que o conjunto representa bem as diferenças dos estilos musicais. Aqui temos o modelo da sonata barroca que surgiu na Itália, com quatro movimentos: lento-rápido-lento-rápido. Locatelli foi aluno de Corelli e contemporâneo de Vivaldi. Em Amsterdã, ele ocupou-se, entre outras coisas, de assessorar os editores de música, por onde passaram as obras do outro Antonio.
Estas peças de Locatelli, que era flautista e violinista, são ainda de um período no qual ele observava os modelos estabelecidos. Posteriormente sua obra ganhou mais em virtuosidade e ele faz parte da linhagem de virtuoses como seu antecessor Torelli, seu quase exato contemporâneo Tartini e posteriormente Paganini. E já que mencionamos este tema, é justo ciar outro quase exato contemporâneo de Locatelli, mas de outro país, o virtuose Jean-Marie Leclair.
Um de seus contemporâneos disse de Locatelli que a expressividade de suas interpretações fariam um canário cair de seu poleiro em êxtase de prazer – apesar de que como compositor lhe faltaria o inovador talento de Vivaldi. Mas, divago… O que interessa é o disco do Wilbert e Ton, que nos apresentam, com a ajuda do Richte, quatro lindas sonatas para flauta e baixo contínuo. O disco é do tempo em que não era necessário gravar todo o opus 10, bastando duas sonatas para cada lado do LP, permitindo aos músicos escolherem as sonatas que mais os agradavam. A mudança da tonalidade das sonatas deve ter influenciado a escolha da ordem de apresentação das mesmas. A segunda a ser apresentada é em sol menor, enquanto a terceira, que excepcionalmente é em três movimentos, em sol maior. O disco termina com uma sonata em ré maior.
Pietro Antonio Locatelli (1695 – 1764)
Sonatas para Flauta, Op. 10
Sonata No. 7 em lá maior
- Largo
- Allegro
- Largo
- Allegro
Sonata No. 6 em sol menor
- Largo
- Allegro
- Largo
- Allegro
Sonata No. 10 em sol maior
- Largo
- Allegro
- Menuetto
Sonata No. 2 em ré maior
- Largo
- Allegro
- Andante
- Presto
Wilbert Hazelzet, flauta
Ton Koopman, cravo
Richte van der Meer, violoncelo
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FLAC | 224 MB
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MP3 | 320 KBPS | 105 MB
Veja o que Nicholas Anderson disse sobre este disco, lá pelos idos de 1987…
‘I enjoyed these lively and imaginative performances. Hazelzet has a wonderfully supple rhythmic sense, a warm, rounded tone and a very impressive technique. He gives affectionate accounts of the four sonatas included in his recital and is alertly supported by an excellent continuo team, Ton Koopman and Richte van der Meer. […] Recommended.‘
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René Denon
Dá para imaginar essa turma toda vivendo na mesma época?!
Muito obrigado, René Denon, pelos (sempre) deliciosos textos e postagens!